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<p>Introdução</p><p>A personalidade é um conjunto de características e traços individuais que moldam a forma como uma pessoa pensa, sente e se comporta. Ela é composta por uma combinação única de fatores genéticos, ambientais e sociais que influenciam a maneira como uma pessoa interage com o mundo ao seu redor. A personalidade pode influenciar a forma como lidamos com desafios, como nos relacionamos com outras pessoas e até mesmo nossas preferências e escolhas na vida. Estudos psicológicos têm se dedicado a compreender a complexidade da personalidade e como ela pode impactar diversos aspectos da vida de um indivíduo.</p><p>Objectivos</p><p>Geral</p><p>· Compreender a personalidade.</p><p>Específicos</p><p>· Conceituar a personalidade e sua importância;</p><p>· Mencionar e explicar os diferentes estágios de desenvolvimento psicossocial;</p><p>· Identificar valores, crenças e atitudes, que influenciam o comportamento, e que encontramos na sociedade.</p><p>Conceito de personalidade</p><p>Sob ponto de vista de Baptista (2016) ʻʻpersonalidade é o conjunto das características marcantes de uma pessoa, é a força ativa que ajuda a determinar o relacionamento das pessoa baseado em seu padrão de individualidade pessoal e social, referente ao pensar, sentir e agirʼʼ (p. 44).</p><p>Já para Bee (2003) ʻʻpersonalidade é um termo abstrato utilizado para descrever e dar uma explicação teórica do conjunto de peculiaridades de um indivíduo que o caracterizam e diferenciam dos outrosʼʼ (p. 33).</p><p>Divergindo com os argumentos apresentados pelos autores acima, Bernaud (1998) defende que:</p><p>A personalidade tem várias facetas que são considerados como parte integrante dela, e que influenciam as atitudes de cada pessoa. A forma física pode influenciar na auto estima, de maneira positiva ou negativamente alterando o comportamento e a percepção que a pessoa tem de si. O temperamento é responsável pelo comportamento afectivo, à excitação e atenção. A personalidade também é influenciada pela inteligência e criatividade onde, através dela, consegue-se encontrar soluções diferentes para as coisas, havendo a abertura diante de novas experiências, apresentando uma competência social, onde demonstra capacidade de defender ou impor os seus interesses e a capacidade de construir relacionamentos (p. 44).</p><p>Ao contrário dos argumentos apresentados pelos autores acima, Corr (2008) argumenta que:</p><p>A personalidade é ligada à postura de valores, a tendência de julgar determinados objetivos, como a liberdade, ou disposições de ação como a honestidade, como desejável ou não. As pessoas que tem um postura curiosa valorizam as novidades, já as ansiosas valorizam a segurança. A personalidade pode ser classificada pelas atitudes, pela auto-estima, como o juízo que a pessoa faz de si mesma, o bem estar, que representa também um traço da personalidade, e que tem a ver com a parte subjectiva da saúde mental (p. 57).</p><p>Já na perspectiva de Erikson (1998) ʻʻpersonalidade é um termo abstrato utilizado para descrever e dar uma explicação teórica do conjunto de peculiaridades de um indivíduo que o caracterizam e diferenciam dos outrosʼʼ (p. 66).</p><p>No que diz respeito ao conceito de personalidade Hall (2000) defende que:</p><p>A personalidade é uma característica do ser humano que organiza os sistemas físicos, fisiológicos, psíquicos e morais de forma que, interligados, determinam a individualidade de cada ser. Tal característica é formada ao longo do período de crescimento, ou seja, inicia-se na infância de acordo com o tratamento que recebe e com o modo de vida que tem dentro de seus ambientes, sejam eles o lar, a escola e os demais (p. 55).</p><p>A personalidade em formação na criança não deve ser exigida, pois esse fato implicaria no amadurecimento precoce dessa e conseqüentemente na perca de sua infantilidade. Ao contrário, a formação da personalidade pode ser estimulada através da personalidade de seus pais, educadores e outros que permanecem próximos a tais crianças por longos períodos. A partir das atitudes características da personalidade de cada indivíduo a criança passa a ser influenciada por tais e passa a manifestá-las demonstrando sua vontade. A essas pessoas ligadas à criança cabe a responsabilidade da formação inconsciente do caráter, dos sentimentos, do psicológico, do temperamento, da inteligência e de outros (Idem).</p><p>Hall (2000) enfatiza que:</p><p>De acordo com a formação que recebe na infância uma pessoa pode desenvolver sua personalidade de forma introvertida ou extrovertida. Uma pessoa introvertida concentra seus interesses em si próprio ao contrário da extrovertida que demonstra seus interesses nas situações que ocorrem no meio externo, na vida social e na relação com terceiros (p. 57).</p><p>Sob ponto de vista de Hansenne (2003) ʻʻa personalidade pode ser definida como o conjunto de características emocionais, comportamentais e sociais que definem cada indivíduo de forma única. Ela é moldada por diversos fatores, como experiências de vida, ambiente em que a pessoa está inserida, herança genética, entre outrosʼʼ (p. 49).</p><p>Existem diferentes teorias que buscam explicar a personalidade, sendo uma das mais conhecidas a Teoria dos Cinco Grandes Fatores, que considera cinco dimensões principais da personalidade: abertura para experiência, conscienciosidade, extroversão, agradabilidade e neuroticismo. Cada pessoa possui uma combinação única desses traços de personalidade, o que influencia diretamente em como ela interage com o mundo e com as outras pessoas. A personalidade pode também ser flexível e passível de mudanças ao longo da vida, principalmente em resposta a novas experiências e aprendizados (Idem).</p><p>No meu ponto de vista é importante ressaltar que a personalidade é um aspecto complexo e multifacetado de cada indivíduo, e seu estudo é fundamental para compreendermos melhor as diferenças individuais e os padrões de comportamento humano.</p><p>Conceito de Desenvolvimento psicossocial</p><p>Na visão de Rabello e Passos (2001) ʻʻo desenvolvimento psicossocial refere-se ao processo de crescimento e mudança que ocorre em diferentes aspectos da vida de uma pessoa, tanto em termos psicológicos quanto sociais. É influenciado por uma variedade de fatores, como a interação com os outros, a experiência pessoal e as circunstâncias ambientaisʼʼ (p. 61).</p><p>Divergindo com os argumentos apresentados pelos autores acima, Martins, L. M. (2004) refere que:</p><p>Uma teoria importante no desenvolvimento psicossocial é a proposta por Erik Erikson. Ele propôs uma série de estágios do desenvolvimento, cada um caracterizado por um conflito específico que a pessoa deve resolver para avançar para o próximo estágio. Por exemplo, o conflito entre confiança e desconfiança ocorre durante o primeiro ano de vida, enquanto o conflito entre identidade e confusão de papéis ocorre durante a adolescência (p. 49).</p><p>Além das teorias de Erikson, outros factores que influenciam o desenvolvimento psicossocial incluem a capacidade de se relacionar com os outros, a autoestima, a empatia e a capacidade de lidar com o estresse e as adversidades. É importante lembrar que o desenvolvimento psicossocial é um processo contínuo e que as pessoas podem continuar a crescer e mudar ao longo de suas vidas (Idem).</p><p>No meu ponto de vista o desenvolvimento psicossocial é um aspecto crucial da vida de uma pessoa, influenciado por uma série de fatores e teorias. Compreender esse processo pode ajudar as pessoas a lidar melhor com os desafios da vida e a alcançar um maior bem-estar emocional e social.</p><p>Os diferentes estágios de desenvolvimento psicossocial</p><p>1. Confiança x Desconfiança: até 2 anos</p><p>Durante o primeiro estágio do desenvolvimento psicossocial, que é confiança versus desconfiança, que ocorre desde o nascimento até os dois anos de idade, as interações entre o bebê e seus cuidadores desempenham um papel fundamental no desenvolvimento de confiança. Nesta fase, é crucial que os cuidadores atendam às necessidades básicas do bebê, como alimentação, conforto e afeto, de forma consistente e responsiva. Quando os cuidadores respondem prontamente às necessidades do bebê, ele começa a desenvolver um senso</p><p>de confiança no mundo e nas pessoas ao seu redor, além de um senso de conforto em explorar seu ambiente (Erikson, 1998, p. 72).</p><p>Por outro lado, se o bebê não receber cuidados adequados e consistentes, ou se as interações com os cuidadores forem marcadas por negligência ou falta de resposta às suas necessidades, ele pode desenvolver um sentimento de desconfiança em relação aos outros e ao mundo em geral. Isso pode levar a dificuldades em estabelecer relacionamentos saudáveis, confiar nos outros e lidar com o mundo de forma positiva (Idem).</p><p>No meu ponto de vista o estágio de confiança versus desconfiança é fundamental no desenvolvimento psicossocial, pois estabelece as bases para as relações futuras e influencia a forma como o indivíduo percebe o mundo e interage com ele. É importante que os cuidadores estejam sensíveis e responsivos às necessidades emocionais e físicas dos bebês durante esse estágio para promover um senso saudável de confiança e segurança.</p><p>2. Autonomia x Vergonha e Dúvida: entre 2–3 anos</p><p>Durante o estágio de Autonomia versus Vergonha e Dúvida, que ocorre por volta dos 2 aos 3 anos de idade de acordo com a teoria do desenvolvimento psicossocial de Erikson, as crianças estão em uma fase crucial de seu crescimento. Neste período, as crianças começam a explorar e a exercitar sua autonomia, querendo fazer coisas por si mesmas, como se vestir, comer sozinhas e tomar decisões simples (Wiggins, 2003, p. 69).</p><p>Quando os cuidadores oferecem apoio e encorajamento adequados para esses primeiros passos em direção à independência, as crianças desenvolvem um senso saudável de autoconfiança e autonomia. No entanto, se forem tratadas de forma crítica, excessivamente controladas ou desencorajadas em suas tentativas de autonomia, as crianças podem desenvolver sentimentos de vergonha e dúvida sobre suas capacidades e o mundo ao seu redor. Isso pode impactar negativamente o desenvolvimento de sua autoestima e habilidades sociais (Idem).</p><p>No meu ponto de vista é importante que os cuidadores forneçam um ambiente seguro e encorajador para que as crianças nesta fase experimentem e aprendam com seus erros, construindo assim uma base sólida para o desenvolvimento saudável de sua identidade e autoconfiança. É fundamental equilibrar a orientação e os limites com a liberdade e a autonomia, permitindo que as crianças cresçam e se desenvolvam de forma positiva.</p><p>3. Iniciativa x Culpa: entre 4–5 anos</p><p>Segundo (2000) ʻʻo estágio de Iniciativa versus Culpa, de acordo com a teoria do desenvolvimento psicossocial de Erik Erikson, ocorre por volta dos 4 a 5 anos de idade. Neste estágio, as crianças começam a explorar o mundo ao seu redor e a desenvolver um senso de independência. Elas estão animadas em descobrir novas experiências e assumir desafiosʼʼ (p. 82).</p><p>Para Erikson (1998) ʻʻdurante este período, as crianças estão focadas em aprender novas habilidades e em serem mais autônomas. Elas demonstram iniciativa ao tentar resolver problemas e ao tomar ações independentes. É crucial que os pais e cuidadores incentivem essa iniciativa, pois isso ajuda as crianças a desenvolver um senso saudável de autoconfiança e independênciaʼʼ (p. 82).</p><p>No entanto, se as crianças são desencorajadas em suas tentativas de explorar e agir por conta própria, elas podem desenvolver um sentimento de culpa. Isso pode acontecer se forem punidas por tentar ser independentes ou se receberem críticas constantes por suas ações. Como resultado, as crianças podem se tornar inibidas em suas ações futuras, com medo de cometer erros ou de se aventurar em novas experiências (Idem).</p><p>No meu ponto de vista neste estágio, é importante que os adultos forneçam um ambiente encorajador e de apoio para as crianças, permitindo-lhes explorar e experimentar, ao mesmo tempo em que estabelecem limites apropriados. Isso ajudará as crianças a desenvolver um senso saudável de autonomia e a lidar com desafios futuros de forma mais eficaz.</p><p>4. Diligência x Inferioridade: entre 6–11 anos</p><p>No estágio de Diligência x Inferioridade, que ocorre entre os 6 e 11 anos de idade de acordo com a teoria do desenvolvimento de Erikson, as crianças se encontram em um momento crucial em que estão descobrindo o seu próprio valor e competência. Durante esse período, as crianças passam a desenvolver habilidades cognitivas, sociais e emocionais de forma mais aprofundada, o que pode levá-las a enfrentar desafios à sua autoestima e autoconfiança (Erikson, 1998, p. 86).</p><p>As crianças que recebem estímulos positivos e encorajamento durante esta fase tendem a desenvolver um senso de diligência, sentindo-se capazes e competentes em relação às tarefas que realizam. Elas buscam superar desafios, aprendem a lidar com a frustração e a perseverar diante das dificuldades, o que contribui para a construção de uma autoimagem positiva (Idem).</p><p>Por outro lado, Bernaud (1998) refere que:</p><p>Se as crianças não recebem o apoio necessário ou se enfrentam muitas críticas e cobranças excessivas, elas podem desenvolver um sentimento de inferioridade. Isso pode resultar em uma falta de confiança em si mesmas, medo de tentar coisas novas e dificuldade em lidar com os desafios do quotidiano (p. 75).</p><p>Portanto, no meu ponto de vista é fundamental que os pais, educadores e cuidadores proporcionem um ambiente que estimule o desenvolvimento saudável das crianças nessa fase, oferecendo desafios apropriados às suas capacidades, incentivando a autonomia, elogiando seus esforços e auxiliando no enfrentamento das dificuldades. Dessa forma, as crianças podem desenvolver um senso de diligência e autoconfiança que serão fundamentais para o seu crescimento e bem-estar emocional.</p><p>5. Identidade x Confusão de Identidade: entre 12 – 18 anos</p><p>O estágio de Identidade versus Confusão de Identidade, proposto por Erik Erikson, ocorre durante a adolescência, geralmente entre os 12 e 18 anos. Nesse período, os jovens buscam desenvolver um senso claro de identidade própria, obtendo respostas para quem são, o que acreditam e qual é o seu lugar no mundo (Erikson, 1998, p. 88).</p><p>Durante essa fase, os adolescentes enfrentam uma série de desafios ao tentar entender sua identidade em termos de sexualidade, valores, crenças, papéis sociais e aspirações futuras. Eles podem passar por conflitos internos e externos enquanto tentam descobrir quem são de verdade e como se encaixam na sociedade (Idem).</p><p>Já Corr (2008) argumenta que:</p><p>É comum os jovens experimentarem diferentes identidades, explorando uma série de papéis e comportamentos, o que pode levar a momentos de confusão e incerteza. Eles podem se sentir pressionados a se encaixar em determinados grupos sociais ou a seguir certas expectativas, ao mesmo tempo em que buscam sua singularidade e autenticidade (p. 75).</p><p>No meu ponto de vista nesse estágio, é fundamental que os adolescentes sintam-se apoiados e encorajados a explorar e descobrir sua identidade de forma saudável. Os desafios enfrentados durante esse período contribuem para a formação de uma identidade sólida e coesa, que servirá de base para as fases posteriores do desenvolvimento psicossocial.</p><p>6. Intimidade x Isolamento: entre 19-40 anos</p><p>Na teoria do desenvolvimento psicossocial de Erikson, a 6ª fase ocorre na idade adulta jovem, entre 19 e 40 anos, e é marcada pelo conflito entre intimidade e isolamento. Neste estágio, as pessoas buscam estabelecer relacionamentos íntimos e significativos com os outros, ao mesmo tempo em que lidam com o medo de serem rejeitadas ou de ficarem isoladas. A capacidade de criar laços emocionais saudáveis e duradouros é fundamental para o desenvolvimento saudável nessa fase da vida. Se a pessoa não conseguir estabelecer relações profundas, pode acabar se sentindo solitária e isolada. Por outro lado, se houver sucesso na resolução desse conflito, a pessoa poderá experimentar uma sensação de conexão e proximidade com os outros, contribuindo para o seu bem-estar emocional e psicológico (Erikson, 1998, p. 90).</p><p>7. Generatividade x Estagnação: entre 40-60 anos</p><p>Na teoria do desenvolvimento psicossocial de Erikson, a 7ª fase ocorre</p><p>na meia-idade, entre os 40 e 60 anos, e é caracterizada pelo conflito entre generatividade e estagnação. Neste estágio, as pessoas enfrentam o desafio de contribuir e deixar um legado para as gerações futuras, seja através do cuidado com a família, do trabalho ou de outras formas de envolvimento significativo com a comunidade (Erikson, 1998, p. 93).</p><p>A generatividade refere-se à capacidade de orientar, nutrir e fazer contribuições positivas para além de si mesmo, enquanto a estagnação ocorre quando a pessoa se sente estagnada, sem propósito ou sem conseguir encontrar significado em suas ações e realizações. Encontrar um equilíbrio saudável entre essas forças opostas é essencial para o bem-estar psicológico e emocional durante a meia-idade. Aqueles que são capazes de cultivar um senso de generatividade geralmente experimentam satisfação e realização pessoal, enquanto aqueles que ficam presos na estagnação podem sentir um vazio existencial e insatisfação com suas vidas. (Idem).</p><p>8. Integridade x Desespero: entre 60 anos e resto da vida</p><p>Nesta fase do desenvolvimento psicossocial, proposta por Erik Erikson, os indivíduos estão na última etapa da vida, geralmente a partir dos 60 anos, e lidam com o desafio entre integridade versus desespero. Durante esse período, as pessoas refletem sobre suas vidas, avaliam suas realizações e ponderam sobre as escolhas feitas ao longo dos anos (Hall, 2000, p. 101).</p><p>A integridade é o sentimento de integração e aceitação de toda a vida vivida, incluindo as conquistas e os arrependimentos. As pessoas que alcançam a integridade nesta fase tendem a aceitar o passado, encontrar significado nas experiências vividas e desenvolver uma visão mais ampla e compreensiva da existência (Idem).</p><p>Por outro lado, Erikson (1998) refere que ʻʻo desespero surge quando os indivíduos se sentem insatisfeitos com suas vidas, lamentam oportunidades perdidas, experiências não vividas ou arrependem-se profundamente de escolhas feitas. Isso pode levar a sentimentos de tristeza, raiva, ressentimento e desesperança em relação ao futuroʼʼ (p. 97).</p><p>Durante este estágio, é crucial para os indivíduos buscarem reconciliação consigo mesmos e com os outros, enfrentando e aceitando as limitações próprias da idade avançada. A conexão com familiares, amigos e comunidade desempenha um papel fundamental no processo de alcançar a integridade e lidar com os desafios que surgem (Idem).</p><p>No meu ponto de vista a fase de Integridade x Desespero é um período em que se faz uma avaliação final da vida, buscando aceitação e significado. A capacidade de integrar todas as experiências vividas, encontrar paz de espírito e manter relacionamentos significativos é essencial para enfrentar os desafios e alcançar a integridade emocional nesta etapa da vida.</p><p>Valores influenciam o comportamento e que encontramos nas sociedades</p><p>Segundo Martins (2020) ʻʻos valores são crenças ou princípios fundamentais que moldam e orientam o comportamento das pessoas em uma sociedade. Eles servem como guias para as escolhas e ações individuais e coletivas. Os valores podem ser aprendidos e internalizados através da socialização, da cultura e das experiências de vidaʼʼ (p. 103).</p><p>Na sociedade, os valores desempenham um papel crucial na forma como as pessoas interagem umas com as outras, na maneira como organizam suas instituições e na maneira como tomam decisões. Os valores podem influenciar questões como ética, moralidade, justiça, igualdade, liberdade, solidariedade, entre outros (Idem).</p><p>Segundo Silva (2018) ʻʻexistem diferentes tipos de valores, como os éticos, morais, culturais, religiosos, políticos, econômicos, entre outros. Cada sociedade pode ter seus próprios valores específicos, influenciados pela história, tradições, normas e contextos sociaisʼʼ (p. 124).</p><p>Os valores podem ser expressos de diversas maneiras, como por meio de leis, políticas públicas, símbolos, rituais, práticas sociais, entre outros. Eles podem ser tanto explicitamente declarados e compartilhados por uma sociedade, quanto implícitos e subjacentes às práticas e comportamentos das pessoas (Idem).</p><p>No meu ponto de vista os valores podem ser tanto uma força de coesão social, unindo as pessoas em torno de objetivos comuns, quanto uma fonte de conflito, quando há divergências ou choques de valores dentro de uma sociedade. Portanto, compreender e analisar os valores presentes em uma sociedade é essencial para entender seu funcionamento e suas dinâmicas sociais.</p><p>As crenças que influenciam o comportamento e que encontramos nas sociedades</p><p>As crenças são elementos fundamentais que moldam o comportamento individual e coletivo dentro de uma sociedade. Elas representam os valores, ideias e princípios que são internalizados pelos membros de uma comunidade e que influenciam suas ações, escolhas e interações. As crenças são transmitidas por meio da cultura, da educação, da religião, da tradição e de outras formas de socialização (Adler e Silva, 2013, p. 144).</p><p>Segundo Dewey (1995) ʻʻexistem diferentes tipos de crenças que desempenham um papel crucial na formação do comportamento humano. Algumas dessas crenças incluem: crenças culturais e religiosasʼʼ (p. 140).</p><p>Crenças culturais são aquelas que refletem os valores e normas de uma determinada cultura. Elas determinam o que é considerado certo ou errado, aceitável ou inaceitável dentro de uma sociedade. No que diz respeito as crenças religiosas: muitas sociedades possuem crenças religiosas que orientam as ações e orientações morais de seus membros. Essas crenças podem influenciar desde questões éticas até práticas quotidianas (Idem).</p><p>Já para Rokeach (1990) ʻʻexistem diferentes tipos de crenças que desempenham um papel crucial na formação do comportamento humano. Algumas dessas crenças incluem: crenças políticas e crenças pessoaisʼʼ (p. 120)</p><p>As crenças políticas são aquelas relacionadas a ideologias, partidos políticos ou sistemas de governo. Elas podem determinar as visões que as pessoas têm sobre questões sociais, econômicas e políticas. Além das crenças compartilhadas pela sociedade, cada indivíduo possui suas próprias crenças pessoais que são moldadas por experiências de vida, valores familiares e educação (Idem).</p><p>No meu ponto de vista as crenças exercem uma influência profunda sobre o comportamento das pessoas, pois orientam suas decisões, atitudes e percepções do mundo ao seu redor. Elas podem servir como motivadores para a ação, fornecendo um senso de propósito e significado para as atividades diárias. É importante notar que nem todas as crenças são positivas ou benéficas. Algumas crenças podem levar a preconceitos, discriminação e conflitos dentro da sociedade.</p><p>As atitudes que influenciam o comportamento e que encontramos nas sociedades</p><p>Os valores desempenham um papel fundamental na influência do comportamento das pessoas em uma sociedade. Os valores são crenças ou ideias que uma pessoa considera importantes ou desejáveis. Eles são adquiridos através da socialização, interação com outras pessoas, experiências pessoais e cultura. Quando se trata de valores influenciando o comportamento, é importante notar que existem diferentes tipos de valores, como valores morais, éticos, culturais e pessoais (Martins, 2020, p. 167).</p><p>Valores morais estão relacionados ao que é considerado certo ou errado, bom ou ruim, baseado em normas e padrões estabelecidos pela sociedade. Eles orientam as ações das pessoas e influenciam suas decisões éticas e morais (Idem).</p><p>Já para Silva (2018) ʻʻos valores éticos estão ligados ao senso de integridade, justiça e responsabilidade. Eles influenciam a maneira como as pessoas interagem umas com as outras e como tomam decisões em situações complexasʼʼ (p. 163).</p><p>Já na perspectiva de Adler e Silva (2013) ʻʻos valores culturais são aqueles compartilhados por membros de uma sociedade ou grupo social específico. Eles moldam a identidade coletiva e influenciam as tradições, normas e práticas de uma comunidadeʼʼ (p. 170).</p><p>Por fim, os valores pessoais são as crenças individuais de uma pessoa, que refletem suas preferências,</p><p>prioridades e objetivos na vida. Esses valores pessoais podem diferir entre os indivíduos e são moldados por suas experiências, educação e personalidade (Idem).</p><p>No meu ponto de vista os valores podem ser internalizados ao longo do tempo e guiar as escolhas e ações das pessoas em diferentes contextos sociais. Os valores desempenham um papel crucial na determinação do comportamento das pessoas em uma sociedade, moldando suas atitudes, ações e interações. Eles são um componente fundamental da identidade individual e coletiva, refletindo as crenças e princípios fundamentais que regem a vida em comunidade.</p><p>Metodologia usada</p><p>Para a elaboração deste trabalho usou-se o método bibliográfica que é desenvolvida a partir de material já elaborado, ou construído, podendo ser em formato físico ou encontrado em sites electrónicos. A escolha desta técnica adveio pela importância da necessidade de se fazer uma confrontação com aquilo que já foi lido, escrito e publicado sobre a personalidade o que se está a estudar para se tirar outras conclusões, daí a necessidade e escolha da pesquisa bibliográfica, sendo que a mesma apoiou se à artigos, periódicos, monografias, dissertações, teses, livros, relatórios.</p><p>Conclusão</p><p>No que diz respeito a personalidade concluiu-se que a personalidade de um indivíduo é moldada por uma série de influências ao longo da vida, influenciando diretamente seu comportamento e interações sociais. Os estágios de desenvolvimento psicossocial, propostos por psicólogos como Erik Erikson, ajudam a compreender como as experiências em diferentes fases da vida impactam a formação da personalidade. Essas etapas, como confiança versus desconfiança, autonomia versus vergonha/dúvida, iniciativa versus culpa, têm um papel crucial na construção da identidade de uma pessoa.</p><p>Além disso, no que diz respeito aos valores, crenças e atitudes concluiu-se que os valores, crenças e atitudes internalizados ao longo dos anos também desempenham um papel significativo na formação da personalidade e no direcionamento do comportamento de um indivíduo. Esses elementos, muitas vezes adquiridos por meio da socialização e da interação com a sociedade, tornam-se a base para as escolhas, ações e relações interpessoais de cada pessoa.</p><p>No entanto, também concluiu-se que na sociedade, esses valores, crenças e atitudes variam amplamente, refletindo a diversidade cultural e a multiplicidade de perspectivas presentes no mundo. A interação desses diferentes sistemas de valores e a dinâmica das relações interpessoais contribuem para a complexidade da personalidade e do comportamento humano, demonstrando que somos seres moldados por uma combinação única de experiências individuais e sociais.</p><p>Assim sendo, a compreensão da personalidade humana requer a consideração não apenas dos estágios de desenvolvimento e das influências psicossociais, mas também da riqueza e diversidade de valores, crenças e atitudes presentes na sociedade. Esta interação complexa entre o indivíduo e o ambiente social destaca a natureza única e multifacetada da personalidade humana, enriquecendo nossa compreensão da complexidade e diversidade dos seres humanos.</p><p>Bibliografia</p><p>Adler, C. S., & Silva, A. L. (2013). A interface entre valores humanos e mudança</p><p>organizacional: evidências de uma operação de aquisição. Rio de Janeiro, Brasil: Mancazie.</p><p>Baptista, N. J. M. (2016). Teorias da personalidade. Lisboa, Portugal: Atlas.</p><p>Bee, H. (2003). A criança em desenvolvimento. Porto Alegre, Brasil: Artmed.</p><p>Bernaud, J. (1998). Métodos de avaliação da personalidade. Lisboa, Portugal: Climepsi.</p><p>Corr, P. J. (2008). The reinforcement sensitivity theory of personality. New York, Ingland: CUP.</p><p>Dewey, J. (1995). Teoria da vida moral. São Paulo, Brasil: Ibrasa.</p><p>Erikson, E. (1998). O ciclo da vida completo. Porto Alegre, Brasil: Artes Médicas.</p><p>Hall, C. (2000). Teorias da Personalidade. Porto Alegre, Brasil: Artes Médicas.</p><p>Hansenne, M. (2003). Psicologia da Personalidade. Rio de Janeiro, Brasil: URJ.</p><p>Martins, L. M. (2004). A natureza histórico-social da personalidade. Porto, Portugal: Cadernos</p><p>Cedes.</p><p>Martins, J. (2020). Os valores e crenças que influenciam o comportamento. Porto, Portugal:</p><p>Atlas.</p><p>Rabello, E,. & Passos, J. S. (2001). Erikson e a Teoria Psicossocial do Desenvolvimento. Rio de</p><p>Janeiro: URJ.</p><p>Silva, T. A. (2018). Os valores, atitudes e crenças que influenciam o comportamento. Lisboa,</p><p>Portugal: Zahaar.</p><p>Wiggins, J. S. (2003). Paradigms of personality assessment. New York, Ingland: Guilford.</p><p>Introdução</p><p>A personalidade é um conjunto de características e traços individuais que moldam a forma como</p><p>uma pessoa pensa, sente e se comporta. Ela é composta por uma combinação única de fatores</p><p>genéticos, ambientais e sociais que influenciam a maneira</p><p>como uma pessoa interage com o</p><p>mundo ao seu redor. A personalidade pode influenciar a forma como lidamos com desafios,</p><p>como nos relacionamos com outras pessoas e até mesmo nossas preferências e escolhas na vida.</p><p>Estudos psicológicos têm se dedicado a compr</p><p>eender a complexidade da personalidade e como</p><p>ela pode impactar diversos aspectos da vida de um indivíduo.</p><p>Objectivos</p><p>Geral</p><p>ü</p><p>Compreender a personalidade.</p><p>Específicos</p><p>ü</p><p>Conceituar a personalidade e sua importância;</p><p>ü</p><p>Mencionar e explicar os diferentes estágios</p><p>de desenvolvimento psicossocial;</p><p>ü</p><p>Identificar valores, crenças e atitudes, que influenciam o comportamento, e que</p><p>encontramos na sociedade.</p><p>Introdução</p><p>A personalidade é um conjunto de características e traços individuais que moldam a forma como</p><p>uma pessoa pensa, sente e se comporta. Ela é composta por uma combinação única de fatores</p><p>genéticos, ambientais e sociais que influenciam a maneira como uma pessoa interage com o</p><p>mundo ao seu redor. A personalidade pode influenciar a forma como lidamos com desafios,</p><p>como nos relacionamos com outras pessoas e até mesmo nossas preferências e escolhas na vida.</p><p>Estudos psicológicos têm se dedicado a compreender a complexidade da personalidade e como</p><p>ela pode impactar diversos aspectos da vida de um indivíduo.</p><p>Objectivos</p><p>Geral</p><p> Compreender a personalidade.</p><p>Específicos</p><p> Conceituar a personalidade e sua importância;</p><p> Mencionar e explicar os diferentes estágios de desenvolvimento psicossocial;</p><p> Identificar valores, crenças e atitudes, que influenciam o comportamento, e que</p><p>encontramos na sociedade.</p>