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<p>Como escrever um laudo neuropsicológico ?</p><p>O laudo neuropsicológico não é apenas o resumo dos resultados dos testes e exames, mas sim a articulação das informações coletadas para sustentar o raciocínio clínico. É a expressão final do procedimento de avaliação.</p><p>Embora cada profissional tenha seu estilo próprio e ainda não exista fórmula definida para a tarefa de escrever laudos, algumas diretrizes são discutidas.</p><p>Ressalta-se que o paciente tem o direito legal de um laudo decorrente de um processo avaliação.</p><p>Em uma avaliação neuropsicológica por um psicólogo, esperam-se relações entre aspectos emocionais/socioafetivos e cognitivos.</p><p>Questões a serem respondidas - sendo o laudo um documento que deve responder às demandas principais, podendo levantar novas;</p><p>Fundamentos teóricos -</p><p>O que é um laudo neuropsicológico? É a devolução por escrito de um processo de avaliação.</p><p>O objetivo desse documento é esclarecer todo o processo, desde a demanda,os instrumentos utilizados, resultados e o significado da conclusão.</p><p>Já a finalidade da avaliação em si é responder uma demanda ou pergunta de encaminhamento a fim de possibilitar ou contribuir para um diagnóstico, planejamento de intervenções terapêuticas de diversas áreas ou decisão legal judicial.</p><p>Um laudo bem-sucedido contará com as capacidades éticas e técnicas do profissional durante todo o processo da avaliação neuropsicológica. A escolha e uso dos instrumentos adequados à demanda e às características do paciente avaliado, a condução do avaliador em situações imprevistas, entre outros fatores.</p><p>A atuação técnica-ética, portanto, só pode ser atingida por meio da premissa da busca incessante de conhecimento nesse amplo campo, o mais baseada em evidências possível.</p><p>Dois procedimentos são pilares para o diagnóstico modal-funcional: Observação e entrevistas clínicas com o maior leque possível de fontes de informação.</p><p>São esses dados que conduzirão o examinador na seleção de técnicas de avaliação, na integração final dos dados e na compreensão geral do indivíduo. São nas entrevistas iniciais que se obtêm dados referentes a outros exames que o paciente tenha sido submetido e que servirão para acrescentar e auxiliar no raciocínio final de fechamento do caso.</p><p>A observação clínica pode ser realizada durante todo o processo de avaliação neuropsicológica.</p><p>Por outro lado, o tempo total necessário para realizar a avaliação neuropsicológica pode ser considerado um indício qualitativo da velocidade de processamento do paciente.</p><p>Fatores individuais – efeito do seco, idade, do nível de escolaridade, dos traços de personalidade, entre outros. Investigar o histórico de estimulação cognitiva do sujeito;</p><p>Além de estar relacionada a maturidade cerebral, a idade cronológica do paciente esta associada ao tempo de exposição a estimulação;</p><p>Traços específicos de personalidade podem servir como recurso de proteção dos declínios cognitivos relacionados à idade.</p><p>Fatores socioculturais – fatores ambientais, a escolaridade, o tipo de escola e o nível socioeconômico são fatores socioculturais importantes.</p><p>Os anos de escolaridade tem se mostrado uma variável preditiva do desempenho cognitivo, com potencial para diminuir a suscetibilidade as perdas comuns do envelhecimento e o impacto de prejuízos causados por doenças neurológicas e/ou psiquiátricas.</p><p>O nível socioeconômico e o nível educacional dos membros da família, a ocupação dos mesmos, os recursos materiais como meios de comunicação, entre outros.</p><p>No caso do nível de escolaridade dos familiares, estudos têm apontado a influência da história educacional dos pais na cognição das crianças.</p><p>Nota-se, então, que os fatores socioculturais podem, em conexão com os individuais, influências em processos cognitivos ao longo do ciclo vital. Tal raciocínio deve permear o processo de avaliação psicológica e seu registro escrito.</p><p>Fatores clínicos – É indispensável que no laudo sejam feitas relações dos resultados atuais com aqueles obtidos em avaliações anteriores, sejam elas neuropsicológicas ou de outro enfoque.</p><p>Além disso, aspectos clínicos atuais podem explicar grande parte dos resultados na avaliação, como é o caso de uso das medicações, das doenças e urologia e psiquiátricas. Sabe-se, por exemplo, que algumas medicações comprometem o desempenho cognitivo do paciente (como a velocidade visomotora de processamento), mas que, no entanto, não podem ter seu uso interrompido durante a avaliação. Por outro lado, algumas medicações podem afetar positivamente o desempenho. Nesse caso, é de extrema importância mencionar que a avaliação foi conduzida sobre o uso de fármacos.</p><p>Em caso de diagnósticos clínicos, o contínuo de apresentação e de caracterização de fatores do quadro de base deve contextualizar a compreensão das associações e das dissociações cognitivas à luz das queixas.</p>

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