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<p>6</p><p>GESTÃO DE QUALIDADE TOTAL</p><p>IVO JOSE DA SILVA</p><p>Professor(a): Márcia Juliana</p><p>Centro Universitário Leonardo da Vinci-UNIASSELVI</p><p>Bacharelado em Administração ( ADG 0193)</p><p>18/06/2012</p><p>RESUMO</p><p>Nas últimas décadas o mundo dos negócios vêm sofrendo profundas transformações, estas refletindo em vários setores da economia. Entre as mudanças estão os grandes avanços tecnológicos, a automação industrial e dos ambientes de trabalho, o desenvolvimento da robótica e da microeletrônica. Neste contexto, surge a figura do funcionário como peça fundamental na elaboração da gestão da qualidade total, sendo necessário a participação efetiva dos colaboradores nas reuniões das empresas, para que possam opinar sobre anomalias existentes em seu ambiente laboral, pois são eles que estão diretamente envolvidos com a parte operacional e sabem fazer o seu serviço com técnica e dar idéias afim de evitar desperdícios dentro de uma organização.</p><p>Palavras chave: Competitividade; valorização funcional; Gestão da qualidade.</p><p>1 INTRODUÇÃO</p><p>A Gestão pela Qualidade Total - GQT - é uma abordagem abrangente que visa melhorar a competitividade, a eficácia e a flexibilidade de uma organização por meio de planejamento, organização e compreensão de cada atividade, envolvendo cada indivíduo em cada nível. Nesse sentido a GQT, vêm para inovar o mercado de um modo geral, onde ela tem sido aplicada como uma ferramenta de administração para solução de problemas e para aumentar a eficiêcia e a produtividade.</p><p>Dessa forma, torna- se essencial uma mudança radical no modelo de gestão no mercado atual, deixando de lado o jeitinho brasileiro e se adequando ao novo mercado que se torna cada vez mais competitivo.</p><p>Com a implantação destes programas busca-se a capacitação do quadro de funcionários e adaptabilidade dos recursos humanos diante das transformações do mercado</p><p>As empresas vêm sendo pressionadas a aprimorar cada vez vez mais seus padrões de qualidade, tanto para seus clientes internos e externos, pois é necessário que além de almejar a satisfação do cliente externo, haja um reconhecimento por parte da gerência nas pessoas que estão envolvidas diretamente na empresa.</p><p>“Nas últimas décadas, a informação e o conhecimento passaram a ser componentes importantes para o desenvolvimento das organizações e da sociedade. Numa velocidade até então desconhecida, a tecnologia está cada vez mais a serviço das organizações que possuem competência para utilizá-la de maneira adequada à sua realidade e proporcionar estratégias de sobrevivência num mercado hipercompetitivo.”</p><p>(DRUCKER, 1996).</p><p>Metodologia</p><p>Neste artigo, busca-se respaldo num resgate teórico, pois o intuito é a apresentação de um quadro teórico de referência para uma maior compreensão do tema (GIL, 1991). Parte-se de uma pesquisa voltada na valorização do funcionário como parte indispensável na introdução e implantação da Gestão da Qualidade Total, onde muitas empresas esquecem os funcionários e não os qualificam, causando assim efeitos contrários ao que reza as políticas da GQT, que diz que “o funcionário motivado produz com mais qualidade.”. A pesquisa que envolveu a realização de estudos bibliográficos para a elaboração de um quadro teórico de referência que permita a compreensão e a descoberta de novas ideias sobre o assunto, especialmente no que se refere à gestão da qualidade num contexto marcado pela reestruturação industrial e produtiva.</p><p>Segundo Richardson (1999), a pesquisa qualitativa proporciona ao pesquisador a possibilidade de uma visão mais ampla e substantiva em relação ao objeto de estudo. Os dados coletados são oriundos essencialmente de fontes secundárias. Foram coletados dados secundários por meio de consulta em livros, apostilas e sites específicos sobre o assunto abordado.</p><p>1 - Valorização do funcionário</p><p>1.1 – VALORIZAÇÃO DO FUNCIONÁRIO COMO FERRAMENTA DE SUCESSO</p><p>A implantação de projetos que visem a melhoria na gestão de qualidade está cada vez mais crescente em um mercado cada vez mais exigente e inovador. Nesse cenário a Gestão da Qualidade Total vêm como um agente transformador para a sobrevivência das empresas, pois com a implantação desses projetos, busca-se um maior nível de capacitação das pessoas e adaptabilidade dos recursos humanos.</p><p>Para algumas empresas, o funcionário é desconsiderado dentro do processo produtivo, um erro grave, pois o funcionário é parte integrante no sucesso da empresa, seja na participação na implantação de projetos de qualidade e também na identificação de problemas operacionais internos que devem ser considerados e analisados pela gerencia em reuniões da empresa.</p><p>Sendo assim, a falta de valorização acaba por desestimular a dedicação às atividades propostas, fazendo com que o funcionário se limite a fazer apenas o que lhe é pedido, nunca desejando ir além. Na opinião de Marins (2007), não existe incentivo melhor que o prestígio e o reconhecimento, mesmo não sendo um bem tangível, tornam-se um aliado importante, o que poderá determinar a diferença entre uma alta ou baixa produtividade.</p><p>Violin (2007), menciona algo que é importante salientar, o funcionário antes de mais nada, é um ser humano, logo, guardam sentimentos e ressentimentos. O que jamais pode ser desconsiderado é que ao não esquecer uma bronca, um desaforo ou injustiça a que foram submetidos, se refletirá no andamento do seu trabalho. O gestor não pode ignorar o fato que o cuidado e a educação ao se dirigir aos seus funcionários fazem toda diferença na produtividade de uma empresa. Cada região do país possui características próprias, porém, gerenciar envolve não apenas lidar com peculiaridades, como também manter uma capacidade administrativa e habilidade de lidar com as pessoas.</p><p>1.2 - A VALORIZAÇÃO DO FUNCIONÁRIO NO PROJETO DE INOVAÇÃO</p><p>Na introdução de programas de gestão de qualidade total desencadeia inevitavelmente mudanças no comportamento, no modo de pensar das pessoas e na relação da organização com o ambiente, gerando transformações de ordem social e cultural dentro das organizações. (Race, Unoesc, v. 6, n. 1, p. 7-26, jan./jun. 2007)</p><p>As empresas muitas vezes estão focando apenas nos clientes externos, deixando de avaliar o quanto estão desperdiçando tempo e dinheiro, pois o funcionário é em parte o responsável direto no sucesso na implantação de projetos que busquem a qualidade. Fazer com que os funcionários correspondam às expectativas é o ideal que todo gestor busca, o ponto principal é como alcançar essa meta, uma delas está na valorização de cada funcionário, reconhecendo o seu trabalho e o capacitando com cursos na sua área de atuação, isso gera um sentimento de responsabilidade e faz com que o colaborador expanda o seu campo de visão em relação ao seu ambiente de trabalho.</p><p>A mudança organizacional é um fenômeno que ocorre necessariamente em um contexto de interações sociais humanas, que constituem e são constituídas por comunicação. Estas interações produzem e reproduzem as estruturas e ações sócias que as pessoas conhecem como realidade. Sob tal perspectiva, a mudança é um processo recursivo de construção social, no qual novas realidades são criadas, sustentadas e modificadas no processo de comunicação (Ford e Ford, 1995).</p><p>2 - DESENVOLVIMENTO DE RECURSOS HUMANOS</p><p>As pessoas que fazem parte de uma organização são a matéria – prima mais importante, pois elas são responsáveis em grande parte pelo sucesso da empresa.</p><p>É possível manter o controle sobre os colaboradores, seja determinando normas, fiscalizando e supervisionando, mas nada será tão eficaz quanto o espírito de colaboração e de iniciativa daqueles que acreditam no trabalho.</p><p>Com a valorização do funcionário-colaborador , seja em reconhecimento no trabalho, gratificações por desenpenho ou em capacitação, a empresa em um curto espaço de tempo, que chega a 1 ano terá bons resultados, pois o colaborador busca não apenas remuneração adequada, mas sim espaço e oportunidade para demonstrar aptidões, participar, crescer profissionalmente e ver seus esforços serem reconhecidos.</p><p>Quando esses anseios são deixados em segundo plano, estamos condenando os empregados à rotina, o comodismo, à insatisfação, clima exatamente contrário ao espírito da qualidade total.</p><p>3 - GERENCIA PARTICIPATIVA</p><p>A Participação efetiva dos funcionários de uma organização é imprescindível, quando o lider consegue criar uma cultura de envolvimento com os propósitos da empresa, mobilizando forças, fortalecendo decisões e gerando compromisso com os resultados.</p><p>O principal objetivo é o comprometimento por completo dos funcionários da empresa desde o mais alto escalão até o início da linha de produção, onde o todoé maior que a soma das partes, ou seja, todos sendo um, em fazer os anseios empresriais serem alcançados.</p><p>No processo de qualidade total, liderar não significa apenas em dar ordens e impor as normas da empresa, mas sim mobilizar esforços, atribuir responsabilidade, delegar competências, motivar, debater e ouvir sugestões, transformando grupos em verdadeira equipes.</p><p>[...] um sistema de Gerenciamento Empresarial voltado para a satisfação das pessoas; não por extorsão, mas por métodos e técnicas que todos os funcionários devem aprender para o crescimento da empresa. Pessoas nesse caso quer dizer: clientes (mercado consumidor), empregados (mercado de trabalho), acionistas (mercado financeiro) e vizinhos (mercado amplo e sociedade).</p><p>(CAMPOS, 1998, p. 7).</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Com isso, uma das principais preocupações de uma empresa ao adotar políticas de qualidade, está na valorização do funcionário com autor indispensável para o sucesso da empresa, visto que com o seu profissionalismo e seu comprometimento com as metas a serem alcançadas, será fácil o desencadeamento e os resultados serão bem mais rápidos, pois são eles quem colocam em prática e atingem os resultados esperados. Um dos principais pontos a serem considerados na valorização dos funcionários está no reconhecimento das pessoas e não do cargo, é imprescindível que as empresas identifiquem os funcionários com perfil empreendedor, com capacidade técnica e determinação e dar à eles oportunidades de capacitação e crescimento dentro da empresa.</p><p>Outra opção está no estímulo da participação em cursos e treinamentos rápidos contendo dinâmicas e exercícios que visam à resolução de problemas.</p><p>Todo e qualquer programa de treinamento e desenvolvimento representa para o profissional um sinal de interesse e de reconhecimento por parte da empresa. Dálcio e Hélio sugerem em seu texto que a formação do funcionário pode ser feita de diversas formas: internamente, usando especialistas da própria empresa, difundindo tecnologias dominadas para os demais funcionários; por especialistas externos que poderão repassar tecnologias difundidas no exterior da empresa e finalmente enviando algumas pessoas a receber cursos ou participar de seminários fora da empresa.</p><p>São também uma ótima opção para motivar os funcionários os programas de desenvolvimento de equipes, pois, dessa forma o potencial humano é ativado fazendo com que as pessoas se sintam importante no processo, além das relações entre funcionários e gerentes se estreitarem, aumentando o respeito entre eles. Deve-se entender a competência criativa, como capacidade de agregar valor ao negócio, através do patrimônio pessoal, estimulando tanto o desenvolvimento pessoal, quanto o grupal e empresarial.</p><p>Enquanto não houver uma motivação seja ela financeira, profissional ou emocional, os funcionários não se sentirão diretamente ligados a esses projetos e o potencial explorado estará aquém do possível, presumindo a capacidade pessoal e o conhecimento dos funcionários à disposição dentro da empresa. Empresas nada mais são do que o resultado da atividade e do relacionamento entre funcionários e instituição.</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BALLESTERO-ALVAREZ, M. E. Administração da qualidade e da produtividade: abordagens do processo administrativo. São Paulo: Atlas, 2001.</p><p>VIEIRA FILHO, Geraldo. Gestão da qualidade total: uma abordagem prática. 3ª ed. Campinas: Alínea, 2010.</p><p>CAMPOS, Vicente Falconi. Gestão da Qualidade: compromisso que gera satisfação e confiança.</p><p>Correios Hoje, ano 4, n. 25, jan./fev. 1998.</p><p>COLTRO, Alex. A gestão da qualidade total e suas influências na competitividade empresarial. São Paulo, 1996. (Caderno de Pesquisas em Administração).</p><p>DRUCKER, P. F. Administrando em tempos de grandes mudanças. São Paulo: Pioneira, 1996.</p><p>A Gestão da Qualidade Total e a reestruturação industrial e produtiva.</p><p>http://www.gostodeler.com.br/materia/5561/valorizacao_do_funcionario.html</p><p>http://www.techoje.com.br/site/techoje/categoria/detalhe_artigo/427</p><p>http://www.simpep.feb.unesp.br/anais/anais_13/artigos/460.pdf</p><p>http://www.ead.fea.usp.br/cad-pesq/arquivos/C02-art04.pdf</p>