Prévia do material em texto
<p>Técnicas de Entrevista Jornalística</p><p>Profa Dra Élida Vaz</p><p>2024.2 AULA 2</p><p>Tema 1. ENTREVISTA COMO INSTRUMENTO</p><p>JORNALÍSTICO</p><p>1</p><p>Objetivos</p><p>Compreender a natureza da entrevista no jornalismo,</p><p>com base em seus conceitos e especificidades, para superar a noção do senso comum que entende a entrevista apenas com o ato de fazer perguntas</p><p>29/7/20XX</p><p>2</p><p>2</p><p>Qual o papel e a importância das entrevistas no Jornalismo?</p><p>Tema para debate</p><p>3</p><p>E a finalidade da entrevista no jornalismo?</p><p>Tema para debate</p><p>4</p><p>Exemplos marcantes?</p><p>Tema para debate</p><p>5</p><p>https://www1.folha.uol.com.br/folha-100-anos/entrevistas-historicas/</p><p>https://exame.com/pop/gloria-maria-relembre-as-entrevistas-mais-historicas-da-jornalista/</p><p>https://veja.abril.com.br/paginas-amarelas</p><p>Origem da entrevista no jornalismo</p><p>Surge entre os séculos XIX e XX como um procedimento clássico de apuração de informações.</p><p>Técnica utilizada em diversas outras profissões, como médicos, psicólogos, assistentes sociais, juízes,</p><p>vendedores, pesquisadores.</p><p>Objetivo: buscar informações para diagnósticos, estratégias, decisões, dados em geral.</p><p>7</p><p>7</p><p>Definição</p><p>A expressão “entrevista” é usada para definir a interação oral face a face, baseada no par dialógico pergunta-resposta, utilizada por jornalistas e outros profissionais da comunicação na elaboração de notícias, reportagens e documentários.</p><p>8</p><p>Autores de referência</p><p>Cremilda Medina</p><p>Nilson Lage</p><p>9</p><p>Edgar Morin</p><p>Cremilda Medina</p><p>E a autora divide as entrevistas em dois grupos: as que reforçariam a espetacularização e as que estimulariam a compreensão ou aprofundamento.</p><p>No grupo da espetacularização, ela encontra os seguintes perfis de entrevista: Pitoresco, Inusitado, Condenação, Ironia “intelectualizada”. No grupo da compreensão: Entrevista conceitual, Entrevista enquete, Entrevista investigativa, Confrontação-polemização, Perfil humanizado.</p><p>10</p><p>Considera a entrevista como uma possibilidade de construção de um diálogo profundo: (...) haverá até a possibilidade de acontecer um ato culminante que se pode nomear como interação social criadora. Neste caso, tanto entrevistado como entrevistador são (...) simplesmente duas pessoas, que se auto-elucidam (…) ao mesmo tempo que se modificam” (Medina, 1995, p. 30-31).</p><p>Ainda Medina</p><p>Para caracterizar o diálogo, Cremilda recorre em alguns momentos a Martin Buber. Para ele, o dialógico é uma forma de comportamento dos homens uns com os outros, uma abertura. Assim, pessoas dialogicamente ligadas precisam, necessariamente, estar voltadas umas para as outras. Entre as maneiras de perceber o outro, Buber distingue três. Duas mais distantes – o observador e o contemplador – e uma terceira que ele nomeia como “tomada de conhecimento íntimo”, quando o outro “diz algo a mim, transmite algo a mim, fala algo que se introduz dentro da minha própria vida” (Buber, 1982, p. 42). No processo de construção do diálogo, para Medina, atuam a personalidade do entrevistador – mais monológica ou dialógica – e a sua maturidade para lidar com esse encontro, desviando da “agressividade, imposição, autoritarismo” e respeitando as etapas naturais: “namoro, busca da confiança recíproca, entrega”. Ela acrescenta ainda que a personalidade do entrevistado, sua disponibilidade, também interfere no resultado.</p><p>11</p><p>Edgar Morin</p><p>Morin classifica as entrevistas jornalísticas (rádio, televisão e cinema) em função do que define como “Grau de comunicabilidade” da entrevista: Rito, Anedótica, Diálogo e Neoconfissões.</p><p>12</p><p>“Uma entrevista é uma comunicação pessoal tendo em vista um objetivo de informação.</p><p>Esta definição é comum à entrevista científica, praticada notavelmente em psicologia social, e à entrevista de imprensa, rádio, cinema e televisão. Mas a diferença aparece na natureza da informação. A informação em ciências sociais enquadra-se num sistema metodológico, hipotético e verificador. A informação nos veículos de massa obedece às normas jornalísticas, e, muito freqüentemente, tem um fim espetacular.</p><p>A informação da entrevista científica deve, antes de tudo, interessar um pequeno grupo de pesquisadores. A informação da entrevista nos veículos de massa, interessar um vasto público.</p><p>Assim, a entrevista de rádio-cinemas-televisão é uma comunicação pessoal com um fim de informação pública ou (e) espetacular.”</p><p>Nilson Lage</p><p>Lage (2001, p. 73) classifica a entrevista como “uma expansão da consulta às fontes, objetivando, geralmente, a coleta de interpretações e a reconstituição de fatos”.</p><p>“A entrevista é o procedimento clássico de apuração de informações em jornalismo. É uma expansão da consulta às fontes, objetivando, geralmente, a coleta de interpretações e a reconstituição de fatos. A palavra entrevista é ambígua. Ela significa</p><p>(a) qualquer procedimento de apuração junto a uma fonte capaz do diálogo;</p><p>(b) uma conversa de duração variável com personagem notável ou portador de conhecimentos ou informações de interesse para o público;</p><p>(c) a matéria publicada com as informações colhidas em (b). Os procedimentos de apuração foram discutidos no capítulo que tratou de fontes. Restam, portanto, os itens (b) e (c).</p><p>13</p><p>13</p><p>Próxima aula</p><p>Leitura e apresentação dos tipos de entrevistas analisados pelos autores</p><p>14</p><p>Referências</p><p>LAGE, Nilson. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. Rio de Janeiro: Record, 2001.</p><p>Disponível em http://nilsonlage.com.br/wp-content/uploads/2017/10/A-reportagem.pdf</p><p>MEDINA, Cremilda. Entrevista, o diálogo possível</p><p>Disponível em https://issuu.com/emanuellimeira/docs/livro_entrevista-o_di_logo_poss_vel__cremilda_de_a</p><p>MORIN, Edgar. A entrevista nas ciências sociais no rádio e televisão. In: MOLES, Abraham e outros. Linguagem da cultura de massas: televisão e canção. Petrópolis: Editora Vozes, 1973. p. 115-135.</p><p>https://midiato.files.wordpress.com/2009/09/morin_entrevistasocial.doc</p><p>29/7/20XX</p><p>Orientações para os funcionários</p><p>15</p><p>15</p>