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Jornalismo Impresso Aula 10: Técnicas de Entrevista em Jornalismo Apresentação Percorremos um grande caminho até aqui. Conhecemos os processos históricos de evolução da comunicação impressa. Re�etimos sobre a diferença entre informação e notícia, bem como os critérios de noticiabilidade que orientam a produção da notícia. Trabalhamos algumas das técnicas de construção da notícia e aprofundamos o conhecimento sobre os gêneros e formatos jornalísticos, além, de entender como funciona a produção no jornalismo impresso e algumas das técnicas usadas nas redações. Nesta última aula, continuaremos a estudar sobre as técnicas de produção e redação jornalística, como foco para o uso de entrevistas no jornalismo. Vamos conhecer os tipos de entrevistas que são utilizados no jornalismo impresso e quais técnicas são usadas pelos jornalistas neste processo. As entrevistas são elementos que quali�cam e enriquecem muito os produtos jornalísticos. Por isso, encerraremos nossa disciplina com esse conteúdo de grande importância para a vida pro�ssional de todo jornalista. Objetivos Identi�car os tipos de entrevistas usados no jornalismo impresso; Reconhecer a dinâmica e as técnicas usadas pelos jornalistas no processo das entrevistas. Primeiras palavras Em aulas anteriores, conhecemos os diversos gêneros e formatos jornalísticos que estão presentes nas edições dos jornais. Temos, dentre os formatos jornalísticos, a entrevista, que compõem o quadro dos formatos do gênero informativo, segundo a classi�cação de José Marques de Melo que estudamos na disciplina. Ao olharmos para a história dos processos de comunicação, podemos identi�car que as origens da entrevista remontam a 1836, quando James Gordon Bennet fez perguntas a Rosina Townsend, proprietária de um prostíbulo de Nova York no qual teria ocorrido um assassinato. Segundo registros de Mário Erbolato no livro Técnicas de codi�cação em jornalismo- redação, captação e edição do jornal diário. Neste sentido, a entrevista ocupa um importante papel na construção e na legitimação da prática do jornalismo informativo em diferentes países do mundo. A técnica de entrevista usada pelos jornalistas ajudou na a�rmação da identidade pro�ssional do grupo. Nesta que é a nossa última aula, buscaremos compreender como os principais autores do jornalismo classi�cam e conceituam entrevista, identi�cando assim os tipos de entrevistas usados no jornalismo impresso, bem como conhecer a dinâmica e as técnicas usadas pelos pro�ssionais neste processo. Vamos lá? O conceito de entrevista Diversos autores já se dedicaram a re�etir sobre a função, os tipos e as interpretações em torno do conceito de entrevista. Alguns brasileiros se destacam neste quadro de autores, dentre eles três já apresentados em outras aulas da disciplina: Luiz Beltrão, José Marques de Melo e Nilson Lage. Em seu livro A imprensa informativa, Luiz Beltrão (1969) de�ne a entrevista como a técnica de obter matérias de interesse jornalístico por meio de perguntas e respostas. José Marques de Melo de�ne entrevista, em sua obra Gêneros de Comunicação Massiva como um relato que privilegia a versão de um ou mais protagonistas dos acontecimentos. Nilson Lage (2001), em seu clássico livro A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística, argumenta que a palavra entrevista é ambígua, pois signi�ca tanto diálogo com a fonte, como matéria publicada. Partindo dos conceitos apresentados acima e da re�exão sobre os principais usos de entrevistas no jornalismo, Luiz Amaral (1987), a�rma em seu livro Técnicas de jornal e periódico que é possível distinguir dois tipos de entrevistas: A entrevista é um dos principais instrumentos usados pelos jornalistas para exercer a apuração das informações que são indispensáveis para a sua produção jornalística. É através dos dados obtidos nas entrevistas que o repórter constrói seu texto, seja com declarações citadas entre aspas ou em formato pingue-pongue, também conhecida como perguntas e respostas. Luiz Amaral (1987) comenta que nos dois tipos de entrevista o jornalista funciona como um intermediário do leitor que tem interesse em ambas as abordagens. Diante do entrevistado, o jornalista é a própria representação do seu leitor, ou receptor, isso signi�ca que o bom jornalista deve conhecer o seu público para que em ocasiões como a de realizar entrevistas faça perguntas que realmente representem o interesse da maioria. Segundo Luiz Amaral (1997), o ato de entrevistar não é somente fazer perguntas, esperar uma resposta e juntar à resposta outra pergunta. Trata-se de um exercício pro�ssional trabalhoso. A relação entre o interesse do jornal e do entrevistado nem sempre está em sintonia. Muitas vezes, quanto maior é o interesse do jornal em conseguir a entrevista, menor o do entrevistado em concedê-la, e vice-versa., como matéria publicada. As tipologias da entrevista É muito importante compreender as principais classi�cações dos tipos de entrevistas. Diversos autores estruturaram propostas de tipologias para classi�car entrevistas. Apresentaremos a seguir as principais. A primeira tipologia que vamos estudar é a proposta por Edgar Morin (1986), que de�ne a entrevista como uma comunicação pessoal, realizada com objetivo de informação e propõe a seguinte classi�cação: CLASSIFICAÇÃO TIPO Espetacularização – Entrevista-rito – Entrevista anedótica Compreensão – Entrevista diálogo – Neoconfissões Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Classificação de entrevista por Edgar Morin. (Fonte: Autor). Outra proposta de classi�cação é a desenvolvida por Cremilda Medina (1986), que entende a entrevista como uma técnica de obtenção de informações que recorre ao particular. CLASSIFICAÇÃO TIPO Espetacularização – Perfil pitoresco – Perfil inusitado – Perfil da condenação – Perfil da Ironia Compreensão – Conceitual – Entrevista/Enquete – Investigativa – Confrontação – Perfil humanizado Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Classificação de entrevista por Cremilda Medina. (Fonte: Autor). Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Nilson Lage (2001) também propõe uma classi�cação. Para ele a entrevista é o procedimento clássico de apuração de informações em jornalismo. É uma expansão da consulta às fontes, objetivando, geralmente, a coleta de interpretações e a reconstituição de fatos. Vejamos a classi�cação proposta por ele. CLASSIFICAÇÃO TIPO Circunstâncias – Ocasional – Confronto – Coletiva – Dialogal Objetivos – Ritual – Temática – Testemunhal – Em profundidade Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal Classificação de entrevista por Nilson Lage. (Fonte: Autor). Em nossa aula, trabalharemos com a classi�cação dos tipos de entrevista, segundo Nilson Lage, que organiza por circunstâncias de realização das entrevistas e do ponto de vista dos objetivos. Conheceremos cada um dos tipos propostos por ele a seguir. Preparados? Tipos de entrevista por circunstâncias Clique nos botões para ver as informações. Essa é a entrevista não programada, ou pelo menos, não combinada previamente com o entrevistado ou sua assessoria. De acordo com Nilson Lage (2001), o resultado deste tipo de entrevista é eventualmente interessante porque, sem estar preparado e preso ao compromisso de veracidade e relevância de qualquer conversa, o entrevistado pode dar respostas mais sinceras ou menos cautelosas do que tivesse se programado anteriormente. Ocasional Neste tipo de entrevista, o jornalista assume um papel quase que de inquisidor, colocando diante do entrevistado questões problema, acusações e contra argumentando constantemente o entrevistado, com base em informações previamente colhidas. Para Nilson Lage (2001), o repórter atua neste tipo de entrevista, como uma espécie de promotor em um julgamento informal. Essa é uma tática comum em jornalismo pan�etário, quando se pretende "ouviro outro lado" sem lhe dar, na verdade, condições razoáveis de expor seus pontos de vista. Confronto A entrevista coletiva é o momento em que um entrevistado é submetido a perguntas de vários repórteres, que por sua vez são oriundos de diferentes jornais. Essas entrevistas podem acontecer em estruturas mais formais ou com menor formalidade. Partindo da re�exão de Nilson Lage (2001), é importante destacar que essas entrevistas coletivas são comuns quando há interesse geral por algum ou alguns personagens que acabam de participar de ou assistir a um evento interessante. São também programadas como parte da promoção de espetáculos, eventos culturais ou vendas de produtos que embutem alguma criação ou tecnologia. Lage aponta ainda que grandes autoridades são os principais atores deste tipo de entrevista, inclusive costumam dar entrevistas coletivas periodicamente. Coletiva Nilson Lage (2001) a�rma que essas são as entrevistas por excelência, pois são marcadas com antecedência, e reúnem entrevistados e entrevistador em um ambiente favorável para a realização da entrevista. Desta forma, entrevistador e entrevistado conseguem construir o tom da conversa, que evolui a partir de questões colocadas pelo entrevistador, que é o repórter, mas não se limitam a esses tópicos: Permite-se o aprofundamento e detalhamento dos pontos abordados. Dialogal Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Tipos de entrevista por objetivos Clique nos botões para ver as informações. Essa classi�cação tem como foco a exposição da voz e da �gura do entrevistado e no que ele tem a dizer sobre determinado tema. Exemplos são as entrevistas com jogadores ou técnicos de times de futebol após a vitória ou a derrota, entrevistas de celebridades no tapete vermelho de cerimônias de premiação. Nilson Lage (2001) comenta que as declarações colhidas durante essas entrevistas ou são irrelevantes, ou esperadas, ou ainda mera formalidade a que, por algum motivo, se atribui dimensão simbólica. O mundo o�cial é rico em situações rituais: Interessam, aí, o ambiente, o clima, a encenação (cumprimentos, cerimonial, trajes e atitudes), cuidadosamente programados para compor o "documento histórico". Ritual Essas são as entrevistas que abordam uma temática especí�ca, onde o entrevistado em questão é considerado um especialista ou uma autoridade sobre o tema. Segundo a re�exão de Nilson Lage (2001), esse tipo de entrevista geralmente consiste na exposição de versões ou interpretações de acontecimentos. Podendo ser usado para ajudar na compreensão de um problema, na exposição de um ponto de vista, ou até mesmo para reiterar uma linha editorial com o argumento de autoridade carregado pelo entrevistado. Temática De acordo com Nilson Lage (2001), esse tipo de entrevista funciona como um relato do entrevistado sobre algo de que ele participou ou assistiu. O entrevistado faz então, uma reconstituição do evento a partir de suas lembranças, do seu ponto de vista, acrescentando suas próprias interpretações. Geralmente, esse tipo de depoimento não se limita a episódias em que o entrevistado se envolveu diretamente, mas inclui informações a que teve acesso e impressões subjetivas. Testemunhal O foco da entrevista em profundidade não está em um tema especí�co, ou em um acontecimento em particular, o foco está centrado na �gura do entrevistado. Nilson Lage (2001) a�rma que a intenção deste tipo de entrevista é compreender a representação de mundo que o entrevistado constrói, uma atividade que desenvolve ou um viés de sua maneira de ser geralmente relacionada com outros aspectos de sua vida. Procura-se construir uma novela ou um ensaio sobre o personagem, a partir de seus próprios depoimentos e impressões. Em profundidade Conhecemos, então, as principais tipologias de classi�cação de entrevistas, com destaque a proposta de Nilson Lage que tomamos como referência para essa aula, por ser a mais usada no contexto acadêmico e por representar de maneira mais próxima a realidade das práticas pro�ssionais jornalísticas. Técnicas para entrevistar Clique no botão acima. Já sabemos quais são os principais tipos de entrevista. Vamos agora conhecer a dinâmica e as técnicas usadas pelos jornalistas no processo das entrevistas. São muitas as técnicas utilizadas para entrevistar, porém, destacaremos aqui 10 orientações preparadas pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas, que é um programa de extensão e capacitação pro�ssional para jornalistas na América Latina e no Caribe da Universidade do Texas. Vejamos. 1 – De�na seus objetivos É sempre muito importante saber o que se quer com uma entrevista. Sem dúvidas, esse é um passo muito importante para traçar a estratégia que será usada durante toda a conversa com o entrevistado. No guia elaborado pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas sobre entrevistas, são sugeridas algumas questões que todo jornalista deve responder antes de iniciar uma entrevista. Veja só: Por que você está fazendo esta matéria? O que você precisa saber (e como vai conseguir)? O que você quer saber (e como vai conseguir)? Qual é o seu propósito ou foco inicial? Quais são os desa�os logísticos/jornalísticos/éticos/morais? 2 – Esteja preparado É praticamente um senso comum entre os manuais de jornalismo que o segredo de uma boa entrevista é o nível de preparação do entrevistador, do jornalista que como mencionamos anteriormente deve representar os interesses dos seus leitores. No guia elaborado pelo Centro Knight temos acesso a uma a�rmação de Jon Talton, colunista do Seattle Times, que assegura a importância de se fazer uma lista de perguntas prévias, porém, isso não garante o sucesso da entrevista. Para ele é indispensável pesquisar e estar completamente por dentro do que será debatido e da pessoa com quem se debaterá, no caso o seu entrevistado, pois isso pode render bons frutos. 3 – Saiba como perguntar Nem sempre os entrevistados rendem como se fala entre os jornalistas, isso quer dizer que o entrevistado não deu respostas tão completas, ou simplesmente foi monossilábico. No cotidiano da prática jornalística, frequentemente, nos deparamos com entrevistados que não estão tão dispostos a colaborar com a produção da nossa matéria. Neste momento, é importante saber como e quais perguntas fazer. O guia elaborado pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas apresenta algumas dicas do jornalista investigativo canadense John Sawatsky, uma referência em entrevistas jornalísticas. Veja só: Atenção! Aqui existe uma videoaula, acesso pelo conteúdo online Evite perguntas cujas respostas possam ser apenas "sim" ou "não" (a não ser que se queira con�rmar alguma informação precisa), pre�ra as do tipo "como", "por que", "o que"; Mantenha as perguntas curtas e focadas em um único assunto (uma de cada vez); Evite hipérboles ou palavras carregadas; Mantenha sua opinião fora das perguntas; Não tente argumentar com a fonte para convencê-la da sua versão; ao invés disso, peça para ela comentar uma informação que você saiba ser verdadeira; Sempre questione: Como você sabe? Pergunte sobre temas sensíveis sem soar "combativo"; Peça exemplos e descrições, isso ajuda a fonte a lembrar e articular as respostas. 4 – Conduza uma conversa Realize suas entrevistas sempre em tom de conversa, isso favorece e deixa o entrevistado mais a vontade para responder as perguntas. Entre as dicas presentes no guia elaborado pelo Centro Knight está a necessidade de se aprender a fazer anotações sem olhar diretamente apenas para o caderno. Segundo o guia é fundamental manter a interação visual e corporal com o entrevistado. Isso a ajuda a demonstrar empatia e deixa a fonte mais à vontade, o que favorece que ela se permita responder com mais tranquilidade. 5 – Escute e controle o ritmo O guia elaborado pelo Centro Knight orienta sobre a importância de o jornalista estar atento ao direcionamento da entrevista. É fato que, muitas vezes, o pro�ssionaldo jornalismo está mais preocupado em seguir o seu roteiro de perguntas, do que aprofundar algumas questões que vão aparecendo ao longo da entrevista. De acordo com o guia, se possível, é indispensável ter noção da quantidade de tempo que se tem para a realização da entrevista, pois se houver limitações de tempo, o jornalista deve se concentrar no tópico mais importante, se o tempo for liberado, explore os pontos que soarem mais interessantes durante a entrevista. 6 – Faça perguntas a partir das respostas Quanto mais atento parecemos estar à resposta do entrevistado, mais ele se sente con�ante para responder com tranquilidade as perguntas. Neste sentido é importante valorizar a possibilidade de fazer perguntas a partir das próprias respostas do entrevistado. 7 – Negocie os termos de antemão Esse é um ponto extremamente relevante para a realização de uma entrevista de qualidade. É importante acertar os termos, as preocupações da fonte e os interesses do jornal antes de iniciar qualquer entrevista. O guia elaborado pelo Centro Knight para o Jornalismo nas Américas apresenta um interessante relato da jornalista Ann Friedman que cita Max Linsky, um grande entrevistador, que diz: "Longas entrevistas podem ter três atos – saiba onde você quer começar, onde você quer terminar, e como você quer chegar lá. E deixe o entrevistado conhecer o plano! Essas conversas podem sair dos trilhos rapidamente – compartilhar o roteiro antecipadamente permite que você interrompa e mude as coisas com mais facilidade. Faz com que entrevistado e entrevistador se sintam como se estivessem no mesmo time". 8 – Cara a cara, telefone, e-mail? Na atualidade, graças ao desenvolvimento tecnológico podemos realizar uma entrevista de diversas maneiras: Pessoalmente, por telefone, Skype, e-mail, com uso ou não de câmeras de vídeo. Para grande maioria dos jornalistas a preferência é por entrevistas cara a cara, porque isso favorece a observação de detalhes e comportamentos do entrevistado. Quando nos deparamos com situações em que a distância é um fator determinante, torna-se comum recorrer ao uso de ferramentas como Skype ou ligação telefônica. É praticamente uma unanimidade entre os jornalistas que a entrevista por e-mail é a última opção. 9 – Seja esperto, ouse ser ignorante Para parecer estar por dentro do assunto, muitas vezes, o jornalista não se preocupa em pedir algumas explicações sobre expressões e jargões técnicos. Ser ignorante neste sentido é justamente não ter receio em perguntar e tirar dúvidas sobre questões complexas e técnicas demais. O guia elaborado pelo Centro Knight orienta que é importante pedir que a fonte explique algumas questões como se estivesse falando com uma criança, para ser o mais claro e detalhado possível. 10 – Fique atento ao pós-entrevista No guia do Centro Knight, encontramos dicas importantes sobre o pós-entrevista, especialmente anotar telefones, e-mails, endereços, detalhes sobre o local e o entrevistado. Isso é extremamente importante, pois no processo de organização das informações da entrevista podem surgir algumas dúvidas e até mesmo informações que �caram incompletas. Além disso, é essencial colher os comentários junto ao entrevistado após a publicação da entrevista. Isso ajuda a potencializar e a aguçar ainda mais a prática de entrevistar. O guia destaca que é interessante observar não somente as respostas dadas pelo entrevistado, mas também as perguntas que foram feitas ao transcrever as conversas gravadas. Isso ajuda a aperfeiçoar a arte de fazer boas perguntas. Essas são algumas das principais dicas para a realização de uma boa entrevista. É pertinente ter consciência que depois da realização de algumas entrevistas começamos a nos sentir mais à vontade para entrevistar. Praticar é sempre a melhor dica. Atividade 1. É possível identi�car no processo histórico do desenvolvimento da comunicação um momento, um fato que originou as entrevistas no jornalismo? 2. De acordo com as re�exões de Luiz Amaral, qual a alternativa que apresenta os dois tipos possíveis de entrevista a partir da classi�cação do autor que tem como base os principais usos de entrevistas no jornalismo. a) Informação/Opinião e perfil b) Perfil e entretenimento/Diversão c) Informação e entretenimento d) Opinião e divulgação/Informativo e) Perfil e divulgação 3. Com relação às tipologias para entrevista desenvolvidas por Edgar Morin e Cremilda Medina: I. Edgar Morin categoriza as entrevistas em duas modalidades: 1) espetacularização e 2) compreensão; II. Cremilda Medina classi�ca as entrevistas em: 1) espetacularização e 2) compreensão; III. As classi�cações de entrevista de Edgar Morin e Cremilda Medina são iguais em todos os sentidos; IV. Edgar Morin classi�ca entrevista em: 1) compreensão; e 2) informação; V. Cremilda Medina propõem uma classi�cação de três tipos de entrevistas: 1) compreensão; 2) noticiosa; 3) utilidade pública. Assinale a alternativa correta: a) Apenas as afirmativas I, II estão corretas. b) Apenas as afirmativas II e III estão corretas. c) Apenas a afirmativa III está correta. d) Todas as alternativas estão corretas. e) Nenhuma das alternativas está correta. 4. A classi�cação de Nilson Lage para entrevistas é a mais usada entre os professores e pro�ssionais da comunicação. Para ele, a entrevista é o procedimento clássico de apuração de informações em jornalismo. Cite pelos menos dois tipos de entrevistas classi�cadas segundo a tipologia de Lage. 5. Entrevistar é a arte de fazer boas perguntas. Porém, nem sempre os entrevistados dão respostas tão boas. Liste ao menos duas dicas para fazer boas perguntas durante uma entrevista jornalística. Referências AMARAL, L. Jornalismo: matéria de primeira página. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1997. AMARAL, L. Técnicas de jornal e periódico. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1987. BELTRÃO, L. A imprensa informativa. São Paulo: Folco Masucci, 1969. ERBOLATO, M. Técnicas de codi�cação em jornalismo-redação, captação e edição do jornal diário. São Paulo: Ática, 1991. GUIA para jornalistas que querem aprimorar a arte da entrevista. Knight Center, Texas, 05 jul. 2013. Disponível em: . Acesso em 28 set. 2019. LAGE, N. A reportagem: teoria e técnica de entrevista e pesquisa jornalística. São Paulo: Record, 2001. MEDINA, C. Entrevista: o diálogo possível. São Paulo: Ática, 1968. MORIN, E. A entrevista nas ciências sociais, no rádio e na televisão. In: Cadernos de Jornalismo e Comunicação. Rio de Janeiro, 1968. TÉCNICAS DE ENTREVISTA. Observatório da Imprensa, São Paulo, 13 mar. 2002. Disponível em: //observatoriodaimprensa.com.br/primeiras-edicoes/tcnicas-de- entrevista/. Acesso em 28 set. 2019. Explore mais Leia o livro de Nilson Lage Teoria e técnica de reportagem, entrevista e pesquisa jornalística <//nilsonlage.com.br/wp- content/uploads/2017/10/A-reportagem.pdf> . https://nilsonlage.com.br/wp-content/uploads/2017/10/A-reportagem.pdf https://nilsonlage.com.br/wp-content/uploads/2017/10/A-reportagem.pdf https://nilsonlage.com.br/wp-content/uploads/2017/10/A-reportagem.pdf
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