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<p>Saúde Integral do Adulto – 1° ciclo/ Fernanda</p><p>ELETROCARDIOGRAMA NORMAL FUNDAMENTOS</p><p>Porque o médico deve saber ler o ECG?</p><p>É um exame barato, de fácil acesso e rápido.</p><p>- Aplicações:</p><p> Através dele fazemos diagnóstico do</p><p>RITMO cardíaco e (ARRITMIAS);</p><p> No diagnóstico do INFARTO é baseado</p><p>no ECG – com SUPRA de ST/ sem</p><p>SUPRA de ST;</p><p> ISQUEMIA;</p><p> Sobrecargas cardíacas;</p><p> TEP;</p><p> Alterações de potássio;</p><p> Intoxicação digitálica;</p><p> Marca-passos;</p><p> Miocardite;</p><p>******CUIDADO: ECG NORMAL NÃO EXCLUI ALGUMA DOENÇA CARDÍACA******</p><p>O ECG é usado para a monitorização do paciente!</p><p>Sistema de condução</p><p>- Anatomia:</p><p>- Fisiologia:</p><p> O músculo cardíaco é autônomo – tem capacidade de gerar impulsos elétricos (polariza</p><p>e despolariza de forma automática);</p><p> Sistema de condução – são células cardíacas (miócitos) modificados com a capacidade</p><p>de gerar capacidades potenciais de ação;</p><p> Potenciais de ação = platô;</p><p>Quando falamos do ECG = leitura da atividade elétrica que</p><p>está correndo no coração, geram ondas – podendo ser</p><p>positivas ou negativas.</p><p>Impulso: inicia-se no nodo sinusal, passa para o nodo átrio</p><p>ventricular, depois para o feixe de HIS e se divide em ramo</p><p>esquerdo e ramo direito e por fim nas fibras de Purkinje.</p><p> O músculo cardíaco apresenta contrações coordenadas, devido a ritmicidade do</p><p>coração. E o impulso da o “ponta pé”.</p><p>- Corrente:</p><p> DEFLEXÃO POSITIVA – DESPOLARIZAÇÃO;</p><p> DEFLEXÃO NEGATIVA – REPOLARIZAÇÃO;</p><p>- Traçado do ECG normal:</p><p> Onda P – despolarização atrial (contração);</p><p> Complexo QRS – despolarização ventricular</p><p>(contração);</p><p> Onda T – repolarização ventricular (relaxamento);</p><p>As ondas correspondem a eventos elétricos (precedem os batimentos cardíacos).</p><p>*Durante a repolarização atrial a onda P se esconde no complexo QRS. Pois é uma massa</p><p>muito pequena quando comparada com o ventrículo.</p><p>- Velocidade: 2,5 cm/s</p><p> Importante, porque → padronização para os</p><p>diagnósticos.</p><p>Amplitude elétrica (mini volts) X Tempo (segundo) →</p><p>P, QRS, T = 1 batimento cardiáco!</p><p>- Atividade elétrica X ciclo cardíaco:</p><p>- Derivação:</p><p>Dimensão do papel do resultado do exame 2D/ Dimensão do coração 3D (tridimensional)!</p><p> ECG de 12 derivações – padrão (Pontos de vista diferentes, enxerga o coração como</p><p>um todo – noção espacial);</p><p>*Ex.: na UTI é utilizado poucos eletrodos, pois o objetivo é, apenas, saber se o coração está</p><p>batendo.</p><p>Para o analise do coração como todo = pelo menos as 12 derivações!</p><p> 6 derivações precordiais (V1,V2,V3,V4,V5,V6);</p><p> 6 derivações frontais (AVL, AVF, AVR, DI, DII, DIII);</p><p> Adicionais (V3R, V4R, V7, V8);</p><p>Cada derivação corresponde com uma linha elétrica;</p><p>- Derivações do plano frontal:</p><p> D I: entre o elétrodo do braço direito para o braço esquerdo;</p><p> D II: entre o elétrodo do braço direito para a perna esquerda;</p><p> D III: entre o elétrodo do braço direito para a perna esquerda;</p><p> aVL:</p><p> aVR:</p><p> aVF:</p><p>Se realocarmos as derivações, formamos um circulo (360° graus) →</p><p> Posicionamento espacial;</p><p> Apresenta as 6 derivações bem posicionadas (aVR; aVL; aVF;</p><p>D I; D II; D III);</p><p> aVR; aVL; aVF – formam um Y invertido;</p><p> D I; D II; D III – forma um triângulo;</p><p> E dentre as derivações conseguimos considerar ângulos;</p><p> Usado para calcular o eixo elétrico;</p><p>* ↑ quantidade de massa muscular no ventrículo esquerdo, logo, ↑ quantidade de células</p><p>cardíacas, logo, ↑ atividade elétrica. Dessa forma, o vetor resultante tem que está localizado do</p><p>nó sinoatrial para o ápice do coração (sai do átrio direito, em direção ao ventrículo esquerdo);</p><p>* Resultante = eixo (eixo cardíaco);</p><p>*Ex.: hipertrofia do ventrículo esquerdo (situação patológica) = Logo, ↑ quantidade de células</p><p>cardíacas/ atividade elétrica do lado direito. No entanto, a resultante tende a desviar (resultante</p><p>desce); Pode ocorrer também quando há defeito na condução, bloqueio = condições</p><p>patológicas!</p><p>*Normal = resultante entre - 30 a 90;</p><p>Conseguimos fazer uma derivação topográfica dentre as derivações e as paredes</p><p>cardíacas.</p><p> Parede inferior – D II; D III; aVF;</p><p> Parede anterior - derivações precordiais (V1,V2,V3,V4,V5,V6);</p><p> Parede lateral – D I; aVL;</p><p>- Derivações precordiais:</p><p>Plano transversal (como se o paciente estivesse em uma TC);</p><p> V 1:</p><p> V 2:</p><p> V 3:</p><p> V 4:</p><p> V 5:</p><p> V 6:</p><p>*Supra de ST = isquemia. Nas derivações D II, D III, aVF = infarto na parede anterior;</p><p>*ECG: faz o diagnostico e localiza a parede do infarto;</p><p>- Interpretações do EC:</p><p>1. Características</p><p>técnicas;</p><p>2. Frequência</p><p>cardíaca;</p><p>3. Ritmo;</p><p>4. Determinação do</p><p>eixo;</p><p>5. Onda P;</p><p>6. Intervalo PR;</p><p>7. Complexo QRS;</p><p>8. Segmento ST;</p><p>9. Onda T;</p><p>10. Intervalo QT;</p><p>*O pode causar desvio no ECG? Metal (celular, moeda, prótese antiga); FR elevada; eletrodo</p><p>mau posicionado!</p><p>- Determinação da FC:</p><p>Definição de frequência = Determinar BPM:</p><p>1500/ N°QUADRADINHOS entre R E R</p><p> Cada quadradinho dura 0,04 S; 60 S = 1500</p><p>*Macete: 5 quadradinho do complexo QRS qualquer q você escolher traçar uma linha</p><p>imaginaria e contar mais 5 quadradinhos→ a FC</p><p>vai ser aproximada ao quadradinho que estiver</p><p>próximo ao R;</p><p> 1 QUADRADÃO = 300 BPM;</p><p> 2 QUADRADÕES = 150 BPM;</p><p> 3 QUADRADÕES = 100 BPM;</p><p> 4 QUADRADÕES = 75 BPM;</p><p> 5 QUADRADÕES = 60 BPM; 6 QUADRADÕES = 50 BPM;</p><p>- Determinação do ritmo:</p><p> Ritmo sinusal – normal (fisiológico);</p><p> Ritmo não sinusal – FA (fibrilação atrial), flutter......</p><p>(vários tipos de arritmias);</p><p>*O que determina o ritmo sinusal? Posição espacial de</p><p>onda P (positiva) em D I, D II e avF + toda onda P seja</p><p>sucedida por um complexo QRS e todo complexo QRS precedida por uma onda P + o intervalo R-</p><p>R do mesmo tamanho;</p><p> Onda P: despolarização atrial</p><p> POSIÇÃO ESPACIAL NORMAL da onda P – POSITIVA EM DI, DII E AVF;</p><p> TODA onda P deve ser SUCEDIDA POR QRS. E TODO QRS SER PRECEDIDA POR</p><p>ONDA P;</p><p> O INTERVALO R-R DE MESMO TAMANHO</p><p>*ECG sem onda P = ausência de atividade elétrica no átrio; O impulso não vem do nó sinoatrial e</p><p>sim do atrioventricular!</p><p>- Determinação do eixo:</p><p>*O impulso elétrico sai do nó sinusal e percorre todo o coração.</p><p>*Padrão de contração = 1° o átrio depois o ventrículo;</p><p>*Local do coração que tem ↑ eletricidade? Ápice do coração</p><p>(ventrículo esquerdo). Logo, o vetor elétrico corre para o ápice</p><p>do coração;</p><p> Vetor Resultante da eletricidade do coração = está para</p><p>BAIXO e para a ESQUERDA;</p><p>*Como determinar a localização espacial para o vetor resultante de</p><p>cada paciente? Sim, a partir do ECG, na qual é individual para</p><p>paciente. Pois, dependendo da atividade elétrica pode desviar o vetor</p><p>resultante (ex.: situações patológicas);</p><p>*Posição espacial: para baixo = positivo; para cima = negativo;</p><p>*Vetor: positivo = na ponta da seta; negativo = na bundinha;</p><p>EIXO NORMAL (fisiológico) - ENTRE - 30° a 90°!!!</p><p> Determinação dos eixos médios:</p><p>*O eixo é dado pela resultante;</p><p> Verificar a polaridade em D I e aVF:</p><p>*aVF e D I positivos = ECG normal;</p><p>- Determinar o eixo no espaço (exata): olhar a determinação isodifásica;</p><p> O eixo é perpendicular à derivação</p><p>ISODIFÁSICA:</p><p>Isodifásica = Mesma quantidade de quadradinho</p><p>positivos e negativos (mesmo tamanho); →</p><p> E quando NÃO há derivação ISODIFÁSICA, o</p><p>calculo é dado por aproximação. Podendo</p><p>escolher uma derivação que seja quase</p><p>isodifásica;</p><p>- Onda P:</p><p> Despolarização dos átrios;</p><p> NORMAL: - Amplitude = 2,5 mm;</p><p>- Comprimento = entre 0,08 e 0,10;</p><p>*Melhor derivação para observar a onda P = D II;</p><p> Onda P Mitrale (AE) → achatamento na onda P,</p><p>melhor relacionada a doenças no átrio esquerdo;</p><p> Onda P Pulmonale (AD) → Uma demora na onda P,</p><p>melhor relacionada a doenças no átrio direito;</p><p> Arritmias - ausência da onda P → disfunção do nó</p><p>sinusal, no entanto existe contração atrial; + comum = FA;</p><p>- Intervalo PR: a medida entre o início da onda P até a onda R.</p><p> NORMAL = 0,12 a 0,20 S = (3 a 5 quadradinhos);</p><p> Aumentado – BLOQUEIOS = atrioventricular</p><p>*Demanda um tempo para o impulso do nó sinusal chegar ao atrioventricular = intervalo PR. E se</p><p>há um atraso, chamamos de: Bloqueios átrio ventriculares 1° grau. Neste caso, o estimulo está</p><p>sendo conduzido mas com atraso.</p><p>*E se o estimulo não passar (ter a onda P e não existir o complexo QRS)? Há um bloqueio de 2°</p><p>grau.</p><p>****Bloqueio de 2° grau é mais grave que o de 1° e se subdivide em mobs 1 e mobs 2!</p><p>*Bloqueio de 3° grau com certeza é o mais grave de todo, é quando já não tem mais relação entre</p><p>o átrio e o ventrículo – do impulso elétrico. O átrio bate de forma independente do ventrículo.</p><p>(Bloqueio átrio ventricular total – indicação de marca-passo);</p><p> Curto - Síndrome de Wolff-Parkinson-White; Causa de arritmias malignas e PCR;</p><p>- Complexo QRS: repolarização do ventrículo;</p><p>Q – 1° deflexão negativa; R – 1° deflexão positiva; S – 1° deflexão negativa após R;</p><p> Morfologia é VARIÁVEL;</p><p> Amplitude é VARIÁVEL;</p><p> Baixa voltagem se nas derivações DI, DII, DIII amplitude</p><p>menor 5 mm e nas precordiais menor que 8 mm;</p><p>*Amplitude aumentada = sobrecarga;</p><p>Baixa voltagem / amplitude CURTA:</p><p> OBESIDADE;</p><p> DPOC;</p><p> HIPOTIREOIDISMO;</p><p> DERRAME PERICÁRDICO;</p><p> ANASARCA;</p><p> DERRAME PLEURAL;</p><p> Duração de 0,05 até 0,12 segundos; (1 a 3 quadradinhos);</p><p>*Duração aumentada (demora mais tempo para o impulso correr no ventrículo) = Bloqueio de</p><p>ramos;</p><p>Duração pode estar AUMENTADA em:</p><p> SOBRECARGA VENTRICULAR;</p><p> BLOQUEIO DE RAMO → bloqueio</p><p>intraventricular;</p><p> TAQUICARDIA VENTRICULAR;</p><p> BLOQUEIO ATRIOVENTRICULAR</p><p>TOTAL (BAV);</p><p> HIPERPOTASSEMIA;</p><p>- Segmento ST: marca o fim do complexo QRS até o início da onda T;</p><p> Em condições NORMAIS = é</p><p>ISOELÉTRICO (presente na linha de base);</p><p> Caso esteva acima da linha de base</p><p>= SUPRA;</p><p> Caso esteva abaixo da linha de base</p><p>= INFRA;</p><p>Ponto J – fim do complexo QRS/ início do intervalo ST;</p><p>SUPRA DESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST:</p><p>*Tomar cuidado com a despolarização precoce, pois pode confundir seu diagnostico IAM;</p><p>INFRA DESNIVELAMENTO DO SEGMENTO ST:</p><p>- Onda T:</p><p> Repolarização ventricular;</p><p> Arredondada e assimétrica – pois seu ramo ascendente é lento e o descendente é rápido;</p><p> Amplitude normal = MENOR que o complexo QRS;</p><p>ONDA T E POTÁSSIO:</p><p>• Potássio – íon necessário para a despolarização dos canais. Logo, se tenho distúrbios de</p><p>potássio, causará um atraso (alargando o complexo QRS);</p><p>*Aumento de potássio = sobe a onda T. Quando maior a taxa do potássio, maior a onda T e</p><p>chega uma hora que também altera (alarga) o complexo QRS – levando ao ritmo sinusoidal</p><p>(PCR);</p><p>• Onda T apiculada = hiperpotassemia/ hipercalemia;</p><p>• Onda T reta/ achatada = baixa de potássio;</p><p>- Intervalo QT: atividade elétrica do ventrículo</p><p> Início do complexo QRS, ao final da onda T;</p><p>*A análise da duração da onda T é junto com a do intervalo QT;</p><p>• Duração total da sístole elétrica ventricular:</p><p>Valores de referência:</p><p> HOMEM = 0,425;</p><p> MULHER = 0,440;</p><p>OBS: Calcular QT CORRIGIDO, pois a sístole elétrica aumenta conforme a frequência cardíaca;</p><p> Formula - Bazett: QTc=QT medido/√RR (QT corrigido (medido em segundo) = quantidade</p><p>de quadradinhos X 0,04 /√RR) → Usa app para calcular;</p><p> Alargamento: HIPOCALEMIA, HIPERTROFIA VENTRICULAR ESQUERDA, BLOQUEIO DE</p><p>RAMO;</p><p> Encurtamento: DIGITÁLICOS;</p><p>- Onda U:</p><p>*Pode ou não existir e vem logo após o final da onda T, podendo ser patológica ou fisiológica.</p><p>Quando aprece é melhor visualizada em V 2 e V 3, mas pode também aparecer em outras</p><p>derivações;</p><p> É a última deflexão do ECG;</p><p> Sempre gerou muita discussão, pois ninguém sabe ao certo falar o q ela significa;</p><p> Dizem que é o FINAL DA REPOLARIZAÇÃO;</p><p> Patologias que pode estar relacionada:</p><p> SÍNDROME QT LONGO;</p><p> HIPOPOTASSEMIA;</p><p> DOENÇA ISQUÊMICA;</p><p>***Cuidado para não confundir com a onda P***</p>