Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>CISA - Aula 10 - Interação entre álcool e várias classes de medicamentos</p><p>Aula 10 - Interação entre álcool e várias classes de medicamentos</p><p>1. Abertura</p><p>A maioria das pessoas que consome álcool, seja em quantidades moderadas ou</p><p>grandes, também toma medicamentos, pelo menos ocasionalmente. Como</p><p>resultado, muitas pessoas ingerem álcool enquanto um medicamento está presente</p><p>em seu corpo ou vice-versa.</p><p>Um grande número de medicamentos têm o potencial de interagir com o álcool.</p><p>Essas interações podem alterar o metabolismo ou a atividade do medicamento e/ou</p><p>do metabolismo do álcool, resultando em consequências médicas potencialmente</p><p>graves.</p><p>2. Contextualização</p><p>Muitos medicamentos podem interagir com o álcool, alterando assim o metabolismo</p><p>ou os efeitos do álcool e/ou da medicação. Algumas dessas interações podem</p><p>ocorrer mesmo em níveis moderados de consumo e resultar em efeitos adversos à</p><p>saúde para o bebedor.</p><p>Existem dois tipos de interações álcool-medicamento:</p><p>1. interações farmacocinéticas, nas quais o álcool interfere no</p><p>metabolismo do medicamento;</p><p>2. interações farmacodinâmicas, nas quais o álcool potencializa os</p><p>efeitos do medicamento, particularmente no Sistema Nervoso Central</p><p>(p. ex. sedação).</p><p>As interações farmacocinéticas geralmente ocorrem no fígado, onde tanto o álcool</p><p>quanto muitos medicamentos são metabolizados, frequentemente pelas mesmas</p><p>enzimas.</p><p>Numerosas classes de medicamentos de prescrição podem interagir com o álcool,</p><p>incluindo antibióticos, antidepressivos, anti-histamínicos, barbitúricos,</p><p>benzodiazepínicos, antagonistas do receptor de histamina H2, relaxantes</p><p>musculares, medicamentos para dor não narcóticos e agentes</p><p>anti-inflamatórios, opioides, e varfarina.</p><p>Além disso, muitos medicamentos sem receita e à base de plantas podem causar</p><p>efeitos negativos quando tomados com álcool.</p><p>Por outro lado, certos peptídeos, estimulantes "inespecíficos", agentes</p><p>dopaminérgicos e antagonistas de opiáceos podem antagonizar a embriaguez</p><p>induzida pelo álcool em grau significativo.</p><p>3. Antibióticos:</p><p>A interação do álcool com os antibióticos pode se dar de duas maneiras:</p><p>Eritromicina</p><p>No caso da eritromicina, a interação com o álcool pode aumentar o esvaziamento</p><p>gástrico, levando a absorção mais rápida de álcool no intestino delgado.</p><p>Isoniazida</p><p>No caso da isoniazida, o álcool aumenta o risco de doença hepática relacionada ao</p><p>uso do antibiótico.</p><p>4. Analgésicos:</p><p>A interação do álcool com os analgésicos, ou seja, remédios para alívio da dor como</p><p>a Aspirina e o Paracetamol, também podem trazer riscos aumentados para a saúde.</p><p>Aspirina</p><p>A aspirina aumenta o esvaziamento gástrico, levando a uma absorção mais rápida</p><p>de álcool no intestino delgado; também pode inibir o ADH gástrico.</p><p>Paracetamol</p><p>O álcool aumenta o metabolismo do Paracetamol, transformando-o em um produto</p><p>tóxico, potencialmente sendo danoso para o fígado.</p><p>5. Anticonvulsivantes:</p><p>Os anticonvulsivantes são medicamentos que tratam os distúrbios convulsivos, e</p><p>nessa classe de medicamentos, só vamos falar da interação de um deles com o</p><p>álcool: a fenitoína.</p><p>Fenitoína</p><p>A fenitoína é um medicamento muito usado para tratar a epilepsia, por exemplo. No</p><p>entanto, o álcool afeta sua eficácia, principalmente quando o consumo de álcool é</p><p>crônico. Isso ocasiona a quebra da fenitoína e deixa a pessoa com maior risco de</p><p>convulsão.</p><p>6. Antihistamínicos:</p><p>Os medicamentos que tratam alergias ou resfriados, classe de medicamentos</p><p>conhecida como anti-histamínicos, não é segura para ser usada com o álcool. Uma</p><p>série de compostos antihistamínicos pode causar interações arriscadas, como a</p><p>Difenidramina; a Clorfeniramina; a Clemastina; o Hydroxyzine; o Promethazine e o</p><p>Cyproheptadine.</p><p>O álcool potencializa os efeitos desses agentes no sistema nervoso central,</p><p>aumentando a sensação de sonolência, sedação e diminuição das habilidades</p><p>motoras.</p><p>As interações são mais pronunciadas em pessoas idosas.</p><p>Não existem interações documentadas com anti-histamínicos não sedativos (isto é,</p><p>certrazina, hismanal, loratadina).</p><p>7. Anticoagulantes:</p><p>No caso dos anticoagulantes, ou seja, medicamentos usados na prevenção de</p><p>coágulos sanguíneos, a ingestão aguda de álcool pode aumentar a anticoagulação</p><p>por diminuir o metabolismo da varfarina.</p><p>A ingestão crônica de álcool diminui a anticoagulação por aumentar o metabolismo</p><p>da varfarina.</p><p>8. Agentes antidiabéticos</p><p>Os agentes antidiabéticos é uma classe de medicamentos usada para regular o</p><p>açúcar no sangue, principalmente receitada para pacientes diabéticos.</p><p>O consumo de álcool por pacientes diabéticos que tomam esses medicamentos</p><p>aumenta o risco de níveis de açúcar no sangue mais baixos do que o normal (ou</p><p>seja, hipoglicemia).</p><p>Clorpropamida, Gliburida e Tolbutamida podem causar interações semelhantes ao</p><p>dissulfiram após a ingestão de álcool.</p><p>A metformina pode causar aumento dos níveis de ácido lático no sangue após o</p><p>consumo de álcool.</p><p>9. Barbitúricos e Benzodiazepínicos</p><p>Os agentes barbitúricos e os medicamentos benzodiazepínicos têm usos distintos:</p><p>os barbitúricos são usados para anestesia e alívio da dor. Os benzodiazepínicos são</p><p>agentes sedativos usados no alívio de condições psicossomáticas. Mas ambas as</p><p>classes de medicamentos têm efeitos semelhantes quando são consumidos junto de</p><p>álcool.</p><p>A ingestão crônica de álcool aumenta o metabolismo dos barbitúricos pelo citocromo</p><p>P450. O álcool aumenta os efeitos sedativos e hipnóticos no sistema nervoso</p><p>central. O álcool potencializa os efeitos desses agentes no sistema nervoso central,</p><p>como sonolência, sedação e diminuição das habilidades motoras. Os medicamentos</p><p>barbitúricos que interagem dessa maneira com o álcool são os com Fenobarbital. Já</p><p>os diazepínicos são: Alprazolam, Clordiazepóxido, Clonazepam, Clorazepato,</p><p>Diazepam, Lorazepam, Midazolam, Oxazepam, Temazepam e Triazolam.</p><p>10.Opioides</p><p>11.O álcool potencializa os efeitos dos agentes opioides, classe de remédios</p><p>usados para alívio da dor como Hidromorfona, Fentanil, Morfina e</p><p>Meperidina no SNC, aumentando efeitos como sonolência, sedação e</p><p>diminuição das habilidades motoras.</p><p>12.Moduladores imunológicos</p><p>Os moduladores imunológicos (ou seja, medicamentos que afetam a função das</p><p>células imunológicas) estão associados ao risco de danos ao fígado, que é</p><p>aumentado em combinação com o álcool.</p><p>13.Relaxantes musculares</p><p>O consumo de álcool em conjunto com relaxantes musculares aumenta o</p><p>comprometimento das capacidades físicas (por exemplo, dirigir) e aumenta o efeito</p><p>de sedação.</p><p>14.Anti-Inflamatórios Não Esteroidais</p><p>O consumo de álcool em conjunto com Anti-Inflamatórios Não Esteroidais, ou seja,</p><p>medicamentos usados para o alívio da dor e inflamação, aumenta o risco associado</p><p>de sangramento gastrointestinal. Alguns exemplos de medicações que causam essa</p><p>interação são: Ibuprofeno, Flurbiprofeno, Fenoprofeno, Cetoprofeno, Naproxeno e</p><p>Diclofenaco</p><p>15.Antidepressivos tricíclicos</p><p>O consumo de álcool em conjunto com antidepressivos tricíclicos, ou seja,</p><p>medicamentos usados para o tratamento da depressão, aumenta o risco de</p><p>sedação e queda brusca da pressão arterial quando a pessoa se levanta</p><p>(hipotensão ortostática). Alguns exemplos de medicações que causam essa</p><p>interação são: Amitriptilina, Clomipramina, Desipramina, Doxepin, Imipramina,</p><p>Nortriptyline e Trimipramina</p><p>16.Medicamentos à base de plantas (soníferos)</p><p>Medicamentos à base de plantas que têm a principal função associada a aumentar</p><p>a sonolência, como por exemplo remédios à base de Echinacea, Valeriana e</p><p>Camomila, quando associados ao álcool, podem ter os efeitos de sonolência</p><p>acentuados.</p><p>17.Antídoto</p><p>O metanol é largamente usado como solvente industrial na produção de outros</p><p>produtos químicos</p><p>Entretanto existem relatos de uso fraudulento dessa substância como substituto do</p><p>etanol em bebidas alcoólicas fabricadas clandestinamente. A maior parte dos casos</p><p>de intoxicação se dá por ingestão aguda de grande quantidade</p><p>É um antídoto e pode ser usado se não houver alternativa de atendimento.</p><p>O etanol usa a mesma enzima que o metanol para metabolizar</p><p>no fígado e tem uma</p><p>afinidade muito maior. Portanto, para evitar que o metanol use essa enzima e</p><p>produza ácido fórmico, o etanol pode ser injetado.</p><p>18.Encerramento</p><p>Nessa aula exploramos como é que diferentes classes de medicamentos agem no</p><p>corpo quando interagindo com álcool.</p><p>Misturar esses medicamentos com álcool se classifica como uso nocivo de álcool e</p><p>é um desafio entender como aumentar a prevenção e informação das pessoas em</p><p>geral em relação a essa problemática. Obrigado por sua participação.</p><p>Referências:</p><p>1. Beilin LJ. Alcohol and hypertension. Clinical and Experimental Pharmacology and</p><p>Physiology. 1995;22:185–188. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>2. Emanuele NV, Swade TF, Emanuele MA. Consequences of alcohol use in diabetics.</p><p>Alcohol Health & Research World. 1998;22(3):211–219. [PMC free article] [PubMed]</p><p>[Google Scholar]</p><p>3. Adams WL. Interactions between alcohol and other drugs. International Journal of</p><p>Addictions. 1995;30:1903–1923. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>4. American Pharmaceutical Association. Navigating the Medication Marketplace: How</p><p>Consumers Choose. Washington, DC: the Association; 1997. [Google Scholar]</p><p>5. Bode JC, Bode C, Thiele D. Alcohol metabolism in man: Effect of intravenous</p><p>fructose infusion on blood ethanol elimination rate following stimulation by</p><p>phenobarbital treatment or chronic alcohol consumption. Klinische Wochenschrift.</p><p>1979;57:125–130. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>6. Caballeria J, Baraona E, Deulofeu R, Hernandez-Munoz R, Rodes J, Lieber CS.</p><p>Effects of H-2 receptor antagonists on gastric alcohol dehydrogenase activity.</p><p>Digestive Disease Sciences. 1991;36:1673–1679. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>7. Carriere V, Verthou F, Baird S, Belloc C, Beaune P, De Waziers I. Human cytochrome</p><p>P450 2E1 (CYP2E1): From genotype to phenotype. Pharmacogenetics.</p><p>1996;6:203–211. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>8. Deykin D, Janson P, McMahon L. Ethanol potentiation of aspirin-induced</p><p>prolongation of the bleeding time. New England Journal of Medicine.</p><p>1982;306:852–854. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>9. Dufour MC, Archer L, Gordis E. Alcohol and the elderly. Clinical Geriatric Medicine.</p><p>1992;8:127–141. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>10. Goedde HW, Singh S, Agarwal DP, Fritze G, Stapel K, Paik YK. Genotyping of</p><p>mitochondrial aldehyde dehydrogenase in blood samples using allele-specific</p><p>oligonucleotides: Comparison with phenotyping in hair roots. Human Genetics.</p><p>1989;81:305–307. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>11. Gupta AM, Baraona E, Lieber CS. Significant increase of blood alcohol by cimetidine</p><p>after repetitive drinking of small alcohol doses. Alcoholism: Clinical and Experimental</p><p>Research. 1995;19:1083–1087. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>12. Heathcote J, Wanless IR. Hepatotoxicity: Newer aspects of pathogenesis and</p><p>treatment. Gastroenterologist. 1995;3(2):119–129. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>13. Levitt MD, Levitt DG. Use of a two-compartment model to assess the</p><p>pharmacokinetics of human ethanol metabolism. Alcoholism: Clinical and</p><p>Experimental Research. 1998;22:1680–1688. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>14. Lieber CS. Alcohol and the liver: 1994 update. Gastroenterology.</p><p>1994;106:1085–1105. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>15. Lieber CS. Gastric ethanol metabolism and gastritis: Interactions with other drugs,</p><p>Helicobacter pylori, and antibiotic therapy. Alcoholism: Clinical and Experimental</p><p>Research. 1997;21:1360–1366. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>16. Lim RT, Jr, Gentry RT, Ito D, Yokoyama H, Baraona E, Lieber CS. First-pass</p><p>metabolism of ethanol is predominantly gastric. Alcoholism: Clinical and</p><p>Experimental Research. 1993;17:1337–1344. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>17. Matilla MJ. Alcohol and drug interactions. Annals of Medicine. 1990;22:363–369.</p><p>[PubMed] [Google Scholar]</p><p>18. Martin NG, Perl J, Oakeshott JG, Gibson JB, Starmer GA, Wilks AV. A twin study of</p><p>ethanol metabolism. Behavior Genetics. 1985;15:93–109. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>19. Miller LG. Herbal medicinals. Archives of Internal Medicine. 1998;158:2200–2211.</p><p>[PubMed] [Google Scholar]</p><p>20. Niemela O, Parkkila S, Pasanen M, Iimur Y, Bradford B, Thurman RG. Early alcoholic</p><p>liver injury: Formation of protein adducts with acetaldehyde and lipid peroxidation</p><p>products, and expression of CYP2E1 and CYP3A. Alcoholism: Clinical and</p><p>Experimental Research. 1998;22:2118–2124. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>21. Nosova T, Jokelainen K, Kaihovaara P, Vakevainen S, Rautio M, Jousimies-Somer H,</p><p>Salaspuro M. Ciprofloxacin administration decreases enhanced ethanol elimination in</p><p>ethanol-fed rats. Alcohol and Alcoholism. 1999;34:48–54. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>22. Roine R, Gentry RT, Hernandez-Munoz R, Baraona E, Lieber CS. Aspirin increases</p><p>blood alcohol concentration in humans after ingestion of ethanol. Journal of the</p><p>American Medical Association. 1990;264:2406–2408. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>23. Salmela KS, Kessova IG, Tsyrlov IB, Lieber CS. Respective roles of human</p><p>cytochrome P-4502E1, 1A2, and 3A4 in the hepatic microsomal ethanol oxidizing</p><p>system. Alcoholism: Clinical and Experimental Research. 1998;22:2125–2132.</p><p>[PubMed] [Google Scholar]</p><p>24. Simmons MM, Cupp MJ. Use and abuse of flunitrazepam. Annals of</p><p>Pharmacotherapy. 1998;32:117–119. [PubMed] [Google Scholar]</p><p>25. Thomasson HR. Gender differences in alcohol metabolism. Physiological responses</p><p>to ethanol. Recent Developments in Alcoholism. 1995;12:163–179. [PubMed]</p><p>[Google Scholar]</p>

Mais conteúdos dessa disciplina