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<p>AULA 2:FATORES DE INTERFERÊNCIA,</p><p>PROCESSOS DE PRODUÇÃO, EXTRATIVOS</p><p>E EXTRATOS VEGETAIS</p><p>Disciplina de</p><p>FARMACOGNOSIA</p><p>Prof (a): Msc. Larissa Aguiar de Mendonça</p><p>QUAL OBJETIVO DO CULTIVO DE PLANTAS</p><p>MEDICINAIS???</p><p>❖Maximização da produção de metabólitos secundários</p><p>“A melhor forma de se manter a</p><p>qualidade das plantas medicinais e de</p><p>suas preparações é assegurar uma</p><p>correta sequência de operações desde o</p><p>plantio, colheita, pré-processamento até</p><p>o produto final que chega ao usuário.”</p><p>Prof. Abreu Matos</p><p>Fatores intrínsecos :</p><p>• Quimiotaxia e variabilidade química.</p><p>Fatores extrínsecos:</p><p>• climáticos: temperatura, luminosidade</p><p>• climático-edáficos: umidade, gás carbônico</p><p>• edáficos: físicos, químicos, microbiológicos</p><p>• outros: latitude, fertilização, pragas e doenças</p><p>• pós-colheita: principalmente condições de secagem e armazenamento.</p><p>Os fatores genéticos são responsáveis por</p><p>regular e manter características próprias da</p><p>planta, como síntese de metabólitos.</p><p>FATORES GENÉTICOS</p><p>Variabilidade química</p><p>Gráfico demonstra que de acordo com a idade da planta ocorre um período</p><p>onde a quantidade de serpentina será maior nas raízes da planta medicinal</p><p>ETAPA DO PROCESSO PÓS-COLHEITA</p><p>Colheita de plantas medicinais</p><p>A produção de substâncias com atividades terapêuticas apresentam</p><p>alta variabilidade. O ponto de colheita varia de acordo com o órgão</p><p>da planta, estágio de desenvolvimento , época do ano e hora do dia.</p><p>Parte colhida Ponto de colheita</p><p>Cascas Plantas desenvolvidas e floridas</p><p>Flores Início da floração</p><p>Frutos e sementes Estiverem maduros</p><p>Raízes Planta adulta</p><p>Talhos e folhas Antes do florescimento</p><p>Fonte: Embrapa, 2004</p><p>Preparação pós-colheita</p><p>A planta pode seguir dois caminhos após a colheita:</p><p>Material vegetal fresco: deve ser processado</p><p>imediatamente ou conservado, até a análise,</p><p>em baixas temperaturas.</p><p>Material vegetal seco: exige cuidados</p><p>especiais, a fim de interromper os processos</p><p>metabólicos que ocorrem mesmo após a</p><p>coleta.</p><p>Estabilização:</p><p>• aquecimento – Cuidado com a degradação pelo calor ,</p><p>feito em estufas ou ao livre.</p><p>• solvente – Cuidado para ser inerte com as moléculas.</p><p>• Irradiação – Geralmente prejudicial devido ao efeito de</p><p>modificação das moléculas pela radiação.</p><p>Preparação da planta medicinal</p><p>Secagem: retirada de água do material vegetal para impedir reações</p><p>de hidrólise e de crescimento microbiano.</p><p>Exposição à temperaturas inferiores a 60ºC. Pode ser realizada ao ar</p><p>livre ou em estufas.</p><p>Secagem:</p><p>Processos naturais: à sombra; ao sol</p><p>Processos artificiais:</p><p>• aquecimento</p><p>• circulação de ar</p><p>• aquecimento com circulação de ar</p><p>• outros: vácuo; liofilização</p><p>Moagem</p><p>o Reduzir, mecanicamente, o material vegetal a fragmentos</p><p>de pequenas dimensões. Para fins de armazenagem.</p><p>Gral e pistilo</p><p>Moinho de pino</p><p>Armazenamento</p><p>Local fresco</p><p>Recipiente tampado e etiquetado</p><p> Afastado do chão</p><p> Em condições propícias de</p><p>pressão, temperatura e umidade</p><p>Extração</p><p>Retirada dos princípios ativos de</p><p>dentro de determinada planta, por</p><p>meio de um solvente.</p><p> Afetada pela quantidade, teor de</p><p>umidade e granulometria.</p><p> O solvente deve ser o mais</p><p>seletivo possível.</p><p> Conhecer a substância que se</p><p>deseja extrair, determina o</p><p>solvente.</p><p>Extração</p><p>Métodos de extração sólido/líquido</p><p>1.Agitação: pode diminuir o tempo gasto em um processo</p><p>extrativo</p><p>2.Temperatura: se aumenta a temperatura, aumenta a</p><p>solubilidade</p><p>3.Tempo: rigidez dos tecidos do material vegetal, estado de</p><p>divisão, natureza das substâncias a extrair, solvente e do</p><p>emprego ou não de temperatura e/ou agitação.</p><p>Extrações a frio: maceração, percolação e turbolização</p><p>Extrações a quente em sistemas abertos: infusão e decocção</p><p>Extrações a quente em sistemas fechados: extração sob</p><p>refluxos e extrações em aparelho de Soxhlet</p><p>ExtraçãoEscolha do solvente</p><p>1.Propriedades extrativas: eficiência e seletividade na</p><p>dissolução da substância de interesse, à temperatura</p><p>ambiente.</p><p>2.Adequação tecnológica: eliminação do solvente do produto</p><p>final</p><p>3.Inocuidade fisiológica: toxicidade do solvente para o ser</p><p>humano</p><p>Leva-se em conta também a estabilidade, a disponibilidade e</p><p>o custo.</p><p>Extração</p><p>Tipos de solvente utilizados por ordem de polaridade</p><p>Solvente Tipos de substâncias preferencialmente extraídas</p><p>Éter de petróleo, n-hexano Lipídeos, ceras, pigmentos, furanocumarinas</p><p>Tolueno, diclorometano, clorofórmio Bases livres de alcalóides, antraquinonas livres, óleos</p><p>voláteis, glicosídeos cardiotônicos</p><p>Acetato de etila, n-butanol Flavonóides, cumarinas simples</p><p>Etanol, metanol Heterosídeos em geral</p><p>Misturas hidroalcoólicas, água Saponinas, taninos</p><p>Água acidificada Alcalóides</p><p>Água alcalinizada saponinas</p><p>- A maioria dos constituintes apresentam solubilidade em</p><p>misturas etanólicas ou metanólicas a 80%.</p><p>Fonte: Simões, CMO., 2007</p><p>Extração a frio</p><p>Maceração</p><p>- Difusão do solvente através do tecido vegetal</p><p>- Recipiente fechado</p><p>- Temperatura ambiente</p><p>- Período prolongado (horas/dias)</p><p>- Sob agitação ocasional</p><p>- Sem renovação do líquido extrator.</p><p>*Desvantagens</p><p>- Processo lento</p><p>- Não leva ao esgotamento da</p><p>droga</p><p>Maceração – variações</p><p>Aumento da eficiência:</p><p>-Digestão: sistema aquecido a 40-60ºC</p><p>-Maceração dinâmica: agitação mecânica constante</p><p>-Remaceração: renova-se o líquido extrator.</p><p>Extração a frio</p><p>Maceração</p><p>-Preparação de tinturas mães e tinturas oficiais.</p><p>-Material indicado: ricos em substâncias ativas que não</p><p>apresentam estrutura celular (gomas, resinas, alginatos).</p><p>-Solvente: líquidos muito voláteis raramente são utilizados.</p><p>-Não se recomenda o emprego de água ou de mistura</p><p>hidroalcóolicas com concentração</p><p>Soxhlet</p><p>-Utilizado para extrair sólidos com solventes voláteis.</p><p>-Consiste de um reservatório de vidro que fica entre um balão</p><p>na parte inferior e um condensador no topo. Dentro do</p><p>reservatório é colocado o material sólido. No balão fica o</p><p>solvente escolhido e no condensador há fluxo de água. O balão</p><p>é aquecido para que o solvente entre em ebulição. O vapor</p><p>condensa e goteja sobre o material, solubilizando a substância a</p><p>ser extraída.</p><p>-O aparelho possui um sifão que permite o refluxo contínuo do</p><p>solvente. Quando o reservatório enche e atinge a altura do sifão,</p><p>este transborda levando o solvente e o extrato para o balão.</p><p>APÓS OBTER O EXTRATO, O QUE SE FAZ?</p>

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