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<p>Direito e Legislação do Consumidor</p><p>Legislação empresarial aplicada</p><p>Relação jurídica de consumo</p><p>Competência da Unidade Ser capaz de compreender os principais conceitos e normas aplicáveis à relação de consumo.</p><p>Resumo Vamos estudar a relação jurídica de consumo, os direitos básicos do consumidor, os vícios e defeitos dos produtos e serviços e as práticas abusivas.</p><p>Palavras chave relação de consumo; fornecedor; consumidor.</p><p>Aula Direito e Legislação do Consumidor</p><p>Contextualização</p><p>O que significa uma relação de consumo?</p><p>• Quem são os sujeitos da relação de consumo?</p><p>• Quais são os direitos básicos do consumidor?</p><p>• O que são defeitos e vícios do serviço ou produto?</p><p>• O que são práticas abusivas?</p><p>O direito do consumidor resulta de um movimento internacional em defesa do consumidor. Seus estudos permitem compreender o desenvolvimento e a evolução do direito, podendo verificar minuciosamente a legislação que aborda este tema e contribuir na resolução de conflitos que o envolvem.</p><p>Relação jurídica de consumo</p><p>Princípios do Direito do Consumidor</p><p>Vulnerabilidade fática</p><p>Vulnerabilidade técnica</p><p>Vulnerabilidade científica</p><p>* Princípio da vulnerabilidade</p><p>* Princípio da equidade e confiança</p><p>* Princípio da informação e da transparência</p><p>* Princípio da boa-fé objetiva</p><p>* Princípio da segurança</p><p>Princípios do Direito do Consumidor</p><p>Vulnerabilidade Técnica: aquela em que o consumidor não detém de conhecimentos específicos sobre o produto ou serviço. ...</p><p>Vulnerabilidade Jurídica: aquele em que o consumidor não entende sobre as consequências do contrato firmado, enquanto o fornecedor conta com assessoria jurídica.</p><p>Vulnerabilidade fática: quando há vulnerabilidade dupla, se tratando de consumidor idoso e criança.</p><p>Equidade e Confiança</p><p>A justiça contratual só é possível de ser alcançada se for mantido, desde o início até o fim, o equilíbrio de deveres e obrigações, posto que um contrato desequilibrado está fadado ao inadimplemento, o que atenta contra a sua finalidade social, que é a circulação de riquezas. Vedam-se, portanto, vantagens exageradas ao fornecedor em detrimento do consumidor (art. 51, IV do CDC).</p><p>Assim, a confiança que o consumidor tem direito e pode exigir, acerca de determinado produto ou serviço, é a segurança que dele razoavelmente se espera, tal como preceitua o art. 20, § 2º do CDC. Daí que, quando essa confiança é quebrada, aplica-se a teoria do risco do empreendimento, suportando o fornecedor o risco decorrente de sua atividade, não importando sua vontade de violar a norma.</p><p>Princípio da informação e</p><p>da transparência</p><p>O dever de informação é a pedra de toque no direito do consumidor, sem o qual se mostra quase impossível atingir os escopos da política nacional de proteção ao consumidor, que é a busca por um consumo seguro e consciente.</p><p>O dever de transparência e clareza se impõe em todas fases negociais, ou seja, nos momentos pré-contratual, contratual e pós-contratual. Tamanha a importância do dever de informação e da confiança que o consumidor deposita na informação recebida, que na seara consumerista ganha especial atenção a legítima expectativa do consumidor, que é fortemente tutelada quando da apresentação da oferta e da publicidade, momento em que a informação deve ser a mais precisa possível.</p><p>Princípio da boa-fé objetiva</p><p>Princípio da boa-fé objetiva</p><p>Decorrência lógica do princípio da boa-fé objetiva - regra de conduta pautada por padrões éticos de comportamento - o dever de informação é uma obrigação imposta ao Estado e aos fornecedores, no sentido de educarem o consumidor, de maneira clara e adequada, quanto às características do produto ou serviço contratado, seu modo de utilização, seus riscos e o respectivo preço (artigos 4º, IV, 6º, III e 31, todos do CDC).</p><p>Princípio da segurança</p><p>O consumidor tem o direito básico à proteção de sua vida e de sua saúde. Assim, o fornecedor não pode colocar no mercado produtos ou serviços que possam oferecer riscos ao consumidor. Os riscos devem ser claramente advertidos, inclusive, com orientações seguras de como minimizá-los.</p><p>Fornecedor</p><p>CDC, Art. 3° Fornecedor é toda pessoa física ou jurídica, pública ou privada, nacional ou estrangeira, bem como os entes despersonalizados, que desenvolvem atividade de produção, montagem, criação, construção, transformação, importação, exportação, distribuição ou comercialização de produtos ou prestação de serviços.</p><p>Produto ou serviço</p><p>§ 1° Produto é qualquer bem, móvel ou imóvel, material ou imaterial. § 2° Serviço é qualquer atividade fornecida no mercado de consumo, mediante remuneração, inclusive as de natureza bancária, financeira, de crédito e securitária, salvo as decorrentes das relações de caráter trabalhista.</p><p>Consumidor</p><p>CDC, Art. 2° Consumidor é toda pessoa física ou jurídica que adquire ou utiliza produto ou serviço como destinatário final.</p><p>A princípio, não são consumidores aqueles que adquiram produtos ou serviços para empregá-los em suas atividades comerciais.</p><p>Consumidores equiparados</p><p>Art. 2°, p. ú. a coletividade de pessoas, ainda que indetermináveis, que haja intervindo nas relações de consumo.</p><p>Art. 17, CDC as vítimas de acidentes causados por produtos defeituosos, mesmo que não os tenha adquirido diretamente;</p><p>Art. 29 CDC pessoas expostas às práticas abusivas previstas no Código do Consumidor, como, por exemplo, publicidade enganosa ou abusiva.</p><p>Direitos básicos do consumidor</p><p>CDC. Art. 6º São direitos básicos do consumidor:</p><p>I - a proteção da vida, saúde e segurança contra os riscos provocados por práticas no fornecimento de produtos e serviços considerados perigosos ou nocivos;</p><p>II - a educação e divulgação sobre o consumo adequado dos produtos e serviços, asseguradas a liberdade de escolha e a igualdade nas contratações;</p><p>III - a informação adequada e clara sobre os diferentes produtos e serviços, com especificação correta de quantidade, características, composição, qualidade, tributos incidentes e preço, bem como sobre os riscos que apresentem;</p><p>IV - a proteção contra a publicidade enganosa e abusiva, métodos comerciais coercitivos ou desleais, bem como contra práticas e cláusulas abusivas ou impostas no fornecimento de produtos e serviços;</p><p>Direitos básicos do consumidor</p><p>V - a modificação das cláusulas contratuais que estabeleçam prestações desproporcionais ou sua revisão em razão de fatos supervenientes que as tornem excessivamente onerosas;</p><p>VI - a efetiva prevenção e reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos e difusos;</p><p>VII - o acesso aos órgãos judiciários e administrativos com vistas à prevenção ou reparação de danos patrimoniais e morais, individuais, coletivos ou difusos, assegurada a proteção Jurídica, administrativa e técnica aos necessitados;</p><p>VIII - a facilitação da defesa de seus direitos, inclusive com a inversão do ônus da prova, a seu favor, no processo civil, quando, a critério do juiz, for verossímil a alegação ou quando for ele hipossuficiente, segundo as regras ordinárias de experiências;</p><p>Direitos básicos do consumidor</p><p>X - a adequada e eficaz prestação dos serviços públicos em geral.</p><p>XI - a garantia de práticas de crédito responsável, de educação financeira e de prevenção e tratamento de situações de superendividamento, preservado o mínimo existencial, nos termos da regulamentação, por meio da revisão e da repactuação da dívida, entre outras medidas;</p><p>Incluídos pela Lei nº 14.181, de 2021.</p><p>XII</p><p>- a preservação do mínimo existencial, nos termos da regulamentação, na repactuação de dívidas e na concessão de crédito;</p><p>XIII - a informação acerca dos preços dos produtos por unidade de medida, tal como por quilo, por litro, por metro ou por outra unidade, conforme o caso.</p><p>Sistema Nacional de Defesa do Consumidor (SNDC)</p><p>• Regulamentado pelo Decreto presidencial nº 2.181/97;</p><p>• Coordenado pela Secretaria Nacional do Consumidor;</p><p>• Estruturas e órgãos integrantes:</p><p>Procon</p><p>Ministério Público</p><p>Defensoria Pública</p><p>Delegacia de defesa do consumidor</p><p>Juizados especiais cíveis</p><p>Organizações civis de defesa do consumidor</p><p>Proteção administrativa do consumidor</p><p>Direito penal do consumidor</p><p>Cliente X Consumidor</p><p>O que é cliente?</p><p>O cliente é a pessoa que quando precisa comprar um produto ou serviço recorre a empresas que ela já conhece, priorizando aquelas com as quais teve boas experiências nas compras anteriores.</p><p>Ele possui um histórico de relacionamento com a marca das quais está comprando, independentemente se elas têm ou não o menor preço do mercado.</p><p>Em vista disso, um cliente é mais fiel e não abre mão da qualidade, do bom atendimento e das vantagens que uma organização oferece para ele.</p><p>O que é consumidor?</p><p>Diferente do cliente, o consumidor é uma pessoa que quer adquirir algo e compra do lugar mais conveniente. Geralmente sua decisão é tomada com base na facilidade e no preço.</p><p>Por exemplo, se uma empresa concorrente da sua está fazendo uma promoção, ele vai comprar dela para aproveitar. Ou então, se estiver andando por um lugar longe e encontrar mais facilidade para comprar um produto nesse momento, ele o fará.</p><p>Isso quer dizer que o consumidor não tem a mesma lealdade à marca que um cliente. Então para fechar uma compra ele é mais objetivo, assim como o próprio processo de pesquisa.</p><p>CLIENTE/COMPRADOR</p><p>CONSUMIDOR</p><p>PRODUTO</p><p>DIFERENÇA ENTRE CLIENTE E CONSUMIDOR</p><p>DIFERENÇA ENTRE CLIENTE E CONSUMIDOR</p><p>CLIENTE/COMPRADOR</p><p>PAGA PELO SERVIÇO A EDUCAÇÃO</p><p>CONSUMIDOR</p><p>RECEBE O SERVIÇO A EDUCAÇÃO</p><p>Práticas</p><p>abusivas</p><p>Práticas abusivas nas relações de consumo</p><p>O que são práticas abusivas?</p><p>As práticas comerciais abusivas são práticas cometidas em violação aos princípios da probidade e da boa-fé no decorrer de um contrato. Estão estabelecidas no art. 39 do Código de Defesa do Consumidor (CDC).</p><p>Venda casada: condicionar o fornecimento de produto ou de serviço ao fornecimento de outro produto ou serviço, bem como, sem justa causa, a limites quantitativos;</p><p>Recusar atendimento às demandas dos consumidores, na exata medida de suas disponibilidades de estoque, e, ainda, de conformidade com os usos e costumes;</p><p>Enviar ou entregar ao consumidor, sem solicitação prévia, qualquer produto, ou fornecer qualquer serviço;</p><p>Executar serviços sem a prévia elaboração de orçamento e autorização expressa do consumidor, ressalvadas as decorrentes de práticas anteriores entre as partes;</p><p>Exigir do consumidor vantagem manifestamente excessiva;</p><p>Deixar de estipular prazo para o cumprimento de sua obrigação ou deixar a fixação de seu termo inicial a seu exclusivo critério.</p><p>Vendas fora do estabelecimento: o consumidor pode desistir do contrato, no prazo de 07 dias a contar de sua assinatura ou do ato de recebimento do produto ou serviço.</p><p>Consumidor inadimplente: o consumidor inadimplente não será exposto a ridículo, nem será submetido a qualquer tipo de constrangimento ou ameaça.</p><p>Cobrança indevida: o consumidor cobrado em quantia indevida tem direito à repetição do indébito, por valor igual ao dobro do que pagou em excesso, acrescido de correção monetária e juros legais, salvo hipótese de engano justificável.</p><p>Vc sabia que?</p><p>Responsabilidade civil nas relações de consumo</p><p>Defeito</p><p>Produto com defeito</p><p>O produto é defeituoso quando não oferece a segurança que dele legitimamente se espera, levando-se em consideração algumas circunstâncias relevantes:</p><p>Sua apresentação;</p><p>O uso e os riscos que razoavelmente dele se esperam e</p><p>A época em que foi colocado em circulação.</p><p>Serviço com defeito</p><p>O serviço é defeituoso quando não fornece a segurança que o consumidor dele pode esperar, levando-se em consideração as circunstâncias relevantes, entre as quais:</p><p>O modo de seu fornecimento;</p><p>O resultado e os riscos que razoavelmente dele se esperam e a época em que foi fornecido.</p><p>Não se considera defeito: Surgir outro produto de melhor qualidade no mercado; Surgir novas técnicas para prestação do serviço.</p><p>Vício</p><p>Produto com vício</p><p>Se for possível reparar (arrumar) o produto: o consumidor precisará aguardar 30 (trinta) dias.</p><p>Após, pode o consumidor exigir:</p><p>I - a substituição do produto por outro da mesma espécie;</p><p>II - a restituição imediata da quantia paga (atualizada) + perdas e danos;</p><p>III - o abatimento proporcional do preço.</p><p>Serviço com vício</p><p>O consumidor pode exigir, alternativamente e à sua escolha:</p><p>I - a reexecução dos serviços, sem custo adicional e quando cabível;</p><p>II - a restituição imediata da quantia paga, monetariamente atualizada, sem prejuízo de eventuais perdas e danos;</p><p>III - o abatimento proporcional do preço.</p><p>Responsabilidade civil</p><p>A responsabilidade civil é dever de indenizar que surge em razão do descumprimento de uma obrigação, de um contrato ou de uma norma legal que regula a vida.</p><p>Quanto à natureza, pode ser: contratual (ou negocial) ou extracontratual (aquiliana);</p><p>Quanto ao tipo, pode ser:</p><p>objetiva (independe de culpa) ou subjetiva (depende de culpa).</p><p>Culpa lato sensu:</p><p>Dolo: intenção!</p><p>Culpa stricto sensu :imprudência, imperícia ou negligência!</p><p>CDC. Art. 14. O fornecedor de serviços responde, independentemente da existência de culpa, pela reparação dos danos causados aos consumidores por defeitos relativos à prestação dos serviços, bem como por informações insuficientes ou inadequadas sobre sua fruição e riscos.</p><p>§ 4° A responsabilidade pessoal dos profissionais liberais será apurada mediante a verificação de culpa.</p><p>Agora já podemos ir às compras...rs</p><p>image1.png</p><p>image2.jpeg</p><p>image3.jpeg</p><p>image4.jpeg</p><p>image5.jpeg</p><p>image6.png</p><p>image7.png</p><p>image8.emf</p><p>image9.emf</p><p>image10.emf</p><p>image11.emf</p><p>image12.emf</p><p>image13.emf</p><p>image14.emf</p><p>image15.emf</p><p>image16.emf</p><p>image17.emf</p><p>image18.emf</p><p>image19.emf</p><p>image20.emf</p><p>image21.emf</p><p>image22.emf</p><p>image23.emf</p><p>image24.emf</p><p>image25.emf</p><p>image26.emf</p><p>image27.emf</p><p>image28.emf</p><p>image29.emf</p><p>image30.emf</p><p>image31.emf</p><p>image32.emf</p><p>image33.emf</p><p>image34.emf</p><p>image35.emf</p><p>image36.png</p><p>image37.png</p><p>image38.png</p><p>image39.png</p><p>image40.png</p><p>image41.jpg</p>