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<p>TERÃO FUNÇÃO.</p><p>(COSENZA E GUERRA, 2011)</p><p>Alguns atributos precisam ser levados em consideração na formação do atleta dentro do ambiente de</p><p>treinamento, para uma melhor eficiência no processo de desenvolvimento e aprendizagem:</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Rotina específica com subdivisões de treinamentos de acordo com as demandas e necessidades</p><p>de determinado esporte, levando em consideração o estresse físico e mental das atividades.</p><p>Trabalhar a autoconfiança, desenvolvendo suas habilidades emocionais, através do</p><p>amadurecimento de seu potencial e acolhimento de suas fragilidades, transformando-as em</p><p>potências.</p><p>Estabelecer rotinas com pausas para que o cérebro do atleta tenha momentos de descanso,</p><p>contribuindo para uma melhor organização do foco, atenção e motivação na volta ao treino para</p><p>ser submetido novamente aos diferentes estímulos.</p><p>Passar as atividades através de estímulos ricos em recursos para o desenvolvimento de</p><p>habilidades, proporcionando um ambiente potencializador das engrenagens de resiliência,</p><p>persistência e aprimoramento.</p><p>Reservar espaço para que as fragilidades e dificuldades sejam abordadas como parte do</p><p>processo, no qual, "vencer a si mesmo" deverá ser o foco do ponto de referência no</p><p>desenvolvimento das estruturas envolvidas no desenvolvimento e desempenho.</p><p>Ter um ambiente com mínimo de estímulos que possam levar à distração do atleta, pois o cérebro</p><p>será mais facilmente tendencioso a processar o que possui sentido, vinculado às nossas</p><p>motivações.</p><p>Manter o significado e algum tipo de gratificação ou premiação, ou outra modalidade de prazer</p><p>imediato, quando as metas do grupo, equipe ou individuais forem atingidas.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Tomada de decisão no esporte.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. A AMÍGDALA É A ÁREA RESPONSÁVEL PELA GESTÃO DAS EMOÇÕES</p><p>PERTENCENTE AO SISTEMA LÍMBICO, COORDENA AS RESPOSTAS</p><p>EMOCIONAIS DO INDIVÍDUO E CONTRIBUI PARA EMISSÃO DE ALERTAS</p><p>INTERNOS FRENTE A ESTÍMULOS EXTERNOS. DIANTE DESTE CONTEXTO, O</p><p>ESPORTISTA ESTARÁ INSERIDO EM UMA INTERRELAÇÃO QUE ENVOLVE</p><p>RESPOSTAS EMOCIONAIS INSTINTIVAS E RACIONAIS. SOBRE A GESTÃO</p><p>EMOCIONAL E O TRABALHO REALIZADO NA FORMAÇÃO DO INDIVÍDUO</p><p>ACERCA DE SUAS PRÓPRIAS EMOÇÕES, É CORRETO AFIRMAR QUE:</p><p>A) Os atletas são profissionais pagos para o desempenho elevado durante uma competição, por isso,</p><p>ele deve reprimir suas emoções e atuar apenas com a razão.</p><p>B) O atleta é um profissional treinado mentalmente para atuar em sua melhor performance nas</p><p>competições, por isso, ele treina tanto o físico, quanto o mental, através do auxílio e trabalho pedagógico</p><p>realizado nos centros de treinamento.</p><p>C) O atleta não precisará utilizar a razão nas competições e treinamentos, uma vez que o esporte é</p><p>espaço apenas para demonstrar habilidades e dons sem obedecer a nenhum critério específico de</p><p>aprendizado pedagógico e aperfeiçoamento.</p><p>D) O atleta é composto por dimensões físicas e mentais que estão presentes nas competições, e</p><p>apenas com a intuição ele conseguirá prever e agir da maneira mais eficiente em sua atuação.</p><p>E) As competições são configuradas em ambientes hostis e com diversos estímulos, por isso, é</p><p>importante que o atleta entre com sangue quente e instintos de sobrevivência e ação, pois assim</p><p>conseguirá lidar com toda adrenalina e estresse daquele ambiente, utilizando-se de sua força física para</p><p>conquistar a premiação.</p><p>2. A PLASTICIDADE CEREBRAL É A CAPACIDADE DE O INDIVÍDUO ESTAR</p><p>SEMPRE APTO A SE DESENVOLVER, APRENDENDO NOVOS ENSINAMENTOS E</p><p>MANIFESTAÇÕES DO COMPORTAMENTO, QUE ENVOLVE TAMBÉM A</p><p>COGNIÇÃO. DENTRO DESTA PERSPECTIVA, O AMBIENTE DE TREINAMENTO</p><p>PRECISA SER ESTIMULANTE, ASSIM COMO O CONTEXTO ESCOLAR,</p><p>EXTRAINDO AS POTÊNCIAS E PROPORCIONANDO UM PROJETO PEDAGÓGICO</p><p>PARA LIDAR COM AS FRAGILIDADES, INTERNALIZANDO O PROCESSO DE</p><p>ADAPTAÇÃO E DESENVOLVIMENTO. QUAL DAS ALTERNATIVAS MELHOR</p><p>DESCREVE A IMPORTÂNCIA DA PLASTICIDADE CEREBRAL NO PROCESSO DE</p><p>FORMAÇÃO?</p><p>A) A plasticidade cerebral é um processo que ocorre em apenas alguns indivíduos quando eles estão</p><p>inseridos em ambientes ricos de estímulos para o aprendizado.</p><p>B) A plasticidade cerebral é um mecanismo inato a todos nós, e é desenvolvida em ambientes ricos de</p><p>estímulos potencializadores, que proporcionem de forma eficiente e clara o processo de aprendizado.</p><p>C) A plasticidade cerebral é estimulada apenas em esportes que possuem raciocínio complexo, como é</p><p>o caso do xadrez.</p><p>D) A plasticidade cerebral é a capacidade da criança e jovem transformar-se em um atleta de alto nível</p><p>em esportes que envolvem potência.</p><p>E) A plasticidade cerebral só ocorre nos primeiros anos de vida, e atinge seu ápice até os 25 anos, após</p><p>este período o organismo apenas definha neurologicamente.</p><p>GABARITO</p><p>1. A amígdala é a área responsável pela gestão das emoções pertencente ao sistema límbico,</p><p>coordena as respostas emocionais do indivíduo e contribui para emissão de alertas internos</p><p>frente a estímulos externos. Diante deste contexto, o esportista estará inserido em uma</p><p>interrelação que envolve respostas emocionais instintivas e racionais. Sobre a gestão emocional</p><p>e o trabalho realizado na formação do indivíduo acerca de suas próprias emoções, é correto</p><p>afirmar que:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>A formação do atleta envolve um trabalho de aprimoramento da inteligência emocional, desenvolvendo a</p><p>capacidade de lidar com os próprios sentimentos em relação às exigências do meio.</p><p>2. A plasticidade cerebral é a capacidade de o indivíduo estar sempre apto a se desenvolver,</p><p>aprendendo novos ensinamentos e manifestações do comportamento, que envolve também a</p><p>cognição. Dentro desta perspectiva, o ambiente de treinamento precisa ser estimulante, assim</p><p>como o contexto escolar, extraindo as potências e proporcionando um projeto pedagógico para</p><p>lidar com as fragilidades, internalizando o processo de adaptação e desenvolvimento. Qual das</p><p>alternativas melhor descreve a importância da plasticidade cerebral no processo de formação?</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>A formação do atleta envolve um ambiente específico, e este precisa ser estimulante e livre de ruídos</p><p>que tirem o foco. Para que a mensagem dos treinadores e o aprendizado que ele pretende passar aos</p><p>atletas chegue de forma clara e objetiva ao sistema nervoso, para que haja uma associação e</p><p>internalização funcional do que foi aprendido, contribuindo para o processo de atenção, motivação e</p><p>foco do sujeito.</p><p>MÓDULO 4</p><p> Reconhecer como se configura o planejamento e a gestão da carreira esportiva</p><p>PLANEJAMENTO DA CARREIRA ESPORTIVA</p><p>Para compreendermos as contribuições da Psicologia do Esporte no planejamento da carreira esportiva</p><p>no contexto de formação do atleta, é preciso destacar a equipe multidisciplinar em saúde dentro dos</p><p>centros de treinamento e a figura do gestor de carreira esportiva no planejamento e desenvolvimento do</p><p>atleta.</p><p>Seguir uma carreira esportiva diferencia-se das demais profissões comuns ao mercado de trabalho</p><p>convencional. Com relação ao planejamento e à gestão de carreira tradicional, que tem seu início logo</p><p>após a profissionalização, graduação ou técnico, a carreira esportiva se dá comumente de forma</p><p>precoce, logo nos períodos de formação do jovem atleta.</p><p>O processo de desenvolvimento e exigências do meio no mundo convencional das demais profissões,</p><p>são, normalmente, compostas por fases bem estabelecidas no processo de crescimento e gestão de</p><p>carreira; já no esporte, as exigências físicas e maturacionais são menos flexíveis e a criança ou</p><p>adolescente precisa lidar com toda essa pressão e desenvolvimento precoce de maturidade e</p><p>habilidades e resultados que precisa entregar.</p><p> VOCÊ SABIA</p><p>A aposentadoria é algo que muitos trabalhadores investem desde cedo nas carreiras tradicionais; já na</p><p>carreira esportiva, esta categoria de pós-atividade não recebe tanto espaço e planejamento por parte de</p><p>todos os gestores ou atletas. Em alguns cenários, trabalhadores comuns procuram empresas</p><p>especializadas no assunto para se realocarem na profissão, elaborando um tipo de gestão de carreira.</p><p>Já no mundo dos esportes profissionais, seguir carreira envolve precisamente a contratação de um</p><p>gestor, agente ou responsável para acompanhar, organizar e planejar a vida do esportista.</p><p>Para Hellstedt (1995), a família representa um ambiente primário de desenvolvimento da identidade,</p><p>motivação, autoestima e sucesso. Uma carreira bem-sucedida de um atleta sofre influências destes</p><p>familiares que, em sua maioria, encorajam e ensinam valores através do amor e suporte. No entanto, é</p><p>comum identificarmos atletas que não possuem um ambiente familiar colaborativo e amoroso, o que,</p><p>muitas vezes, geram impactos significativos neste modelo de gestão e planejamento.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Quando falamos sobre planejamento de carreira e a importância de um gestor na realidade do atleta,</p><p>significa ter um suporte para gerir a gama de variabilidades que se configuram neste contexto de prática</p><p>profissional. Um planejamento estruturado e consistente diminui as intercorrências de Burnout e um</p><p>possível Dropout, que são fenômenos intercorrentes na vida de muitos atletas frente às dificuldades</p><p>enfrentadas pelo estresse físico e mental.</p><p>BURNOUT</p><p>O Burnout, dentro das modalidades esportivas, caracteriza-se como uma desistência baseada em</p><p>estresse físico e adoecimento mental, configurando-se através de exaustão crônica em relação ao</p><p>contexto que antes era prazeroso para o atleta. Este esgotamento permeia-se através de estágios</p><p>que são influenciados por fatores motivacionais, personalidade, ansiedade e autoestima,</p><p>acarretando desgaste físico e emocional.</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>DROPOUT</p><p>Ocorre quando a desistência proveniente do estresse físico e adoecimento mental se dá por</p><p>influências do contexto externo, em conflito com os interesses internos e objetivos do atleta, por</p><p>exemplo, quando o esportista se vê desmotivado por uma percepção inferior de suas</p><p>competências, quando perde o sentido e diversão que antes o motivava nos treinamentos ou</p><p>quando há modificações na gestão ou membros da equipe, que contribuam para atitudes que vão</p><p>de confronto aos valores e propósitos daquele indivíduo no contexto esportivo.</p><p>Dentro destas realidades possíveis de manifestações que contribuem para o encerramento da carreira,</p><p>mesmo antes de construir uma, fica evidente a necessidade de uma figura que compreenda e domine</p><p>este campo, de modo a auxiliar o atleta.</p><p>Ao nascer um atleta profissional, nasce uma marca que possui um valor específico no mercado</p><p>esportivo. Em determinado momento, o atleta estará vinculado a um grupo, dentre diversas instituições e</p><p>possibilidades.</p><p> EXEMPLO</p><p>No caso de uma empresa, a busca por um profissional qualificado para uma vaga implica o desejo de</p><p>que o funcionário esteja alinhado com os objetivos, missão e propósitos da empresa, de maneira que</p><p>possa se adequar àquela realidade coorporativa, contribuindo para o crescimento da organização. Da</p><p>mesma forma, no caso de um atleta, quando é contratado, estará suscetível aos mesmos julgamentos e</p><p>análises, mas com uma diferenciação: a imagem e a reputação de forma mais clara e estabelecida,</p><p>tanto dentro, quanto fora do contexto esportivo.</p><p>O atleta detém uma força de trabalho que possui um valor e importância para seu empregador, que o</p><p>remunera por isso. O indivíduo vende sua força de trabalho, sendo seu valor de mercado regulado pela</p><p>famosa lei da oferta e da procura, na qual engloba não somente suas competências de formação e</p><p>atuação, engloba também sua posição na mídia, dentro do papel central nos veículos de imprensa</p><p>(DAMO, 2007).</p><p>A passagem de um competidor amador para um profissional envolve o processo econômico que o</p><p>tornará uma empresa do ramo mercantil dentro de um mercado globalizado e livre comércio. É um</p><p>processo complexo, devido às recentes transações e espetáculos, como vemos no mundo do Futebol</p><p>Europeu, da NBA. do UFC, entre outros, que nos permitem compreender como ocorre a</p><p>democratização, inovação e transformação do mercado esportivo. O que traz consigo novas formas e</p><p>abordagens na gestão e construção de uma carreira esportiva.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>É importante que se apresente a carreira do atleta, já que a mesma demanda circular pelos diversos</p><p>campos relacionados com a Psicologia do Esporte, social, da orientação profissional e do trabalho.</p><p>Aqui, faz-se essencial contextualizar a carreira do atleta com fatores sócio-históricos existentes, assim</p><p>como os contextos organizacionais e da sociedade civil, os quais estão passando por mudanças e que</p><p>derivam na abertura de perspectivas de futuro e novos paradigmas (ANGELO, 2014).</p><p>ESFERAS DO PLANEJAMENTO</p><p>PLANEJAMENTO DE CARREIRA ESPORTIVA</p><p> COMENTÁRIO</p><p>Todo planejamento envolve o estudo das variáveis que comtemplam o período de desenvolvimento até a</p><p>constituição de um atleta e seu futuro, incluindo até a sua aposentadoria. A partir do momento que um</p><p>atleta é profissionalizado, ele está construindo sua marca, conquistando seu espaço e ficando em</p><p>evidência no mercado. Isso envolve saber se posicionar ativamente ocupando o papel de potência</p><p>diante dos desafios e oportunidades.</p><p>Atuação</p><p>Conquistas</p><p>Títulos</p><p>Recordes</p><p>Performance também fora dos holofotes</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Quando abordamos este conjunto de ações e posicionamentos que o atleta realiza, que envolve</p><p>estratégias de riscos e manobras, estamos adentrando em um projeto construído que busca um fim</p><p>específico. Então, para se alcançar tal fim, toda uma carreira e imagem precisam ser elaboradas,</p><p>através da análise do perfil daquele indivíduo e quais objetivos e metas ele pretende alcançar, norteando</p><p>as ações e investimentos naquele contexto.</p><p> RESUMINDO</p><p>Planejar faz parte do processo de motivação, atenção e concentração; para se ter um norte, lançando-se</p><p>de estratégias que o levem à satisfação e realização.</p><p>Ao elaborar um plano de carreira para um atleta, não podemos deixar de levar em consideração os</p><p>objetivos pessoais, ambientais, sociais e culturais que estão por trás daquela busca por realização.</p><p>Estabelecer o propósito e missão de vida daquele sujeito é imprescindível para elaborar como o âmbito</p><p>profissional de conquistas e vitórias na profissão poderão contribuir para realização e sentido de vida.</p><p>Ser atleta implica fazer parte de algo maior representativo e simbólico na vida, trazendo aspectos</p><p>psicológicos relevantes, que, muitas vezes, sustentam e dão suporte para momentos difíceis ou de</p><p>desistência de um objetivo. Para que o indivíduo não se perca durante o processo, ou após o fim dele,</p><p>como alguns exemplos conhecidos no mercado esportivo.</p><p> EXEMPLO</p><p>Atletas que se perderam após a aposentadoria para as drogas, vícios e perda de patrimônio, ou aqueles</p><p>que, por conta de questões emocionais e pessoais mal resolvidas, ou por falta de base de formação,</p><p>escolhas erradas e falta de comprometimento com o processo de planejamento e execução de carreira,</p><p>acabaram por se envolver com excesso de festas, relacionamentos, afastando-se de sua missão e</p><p>propósito de vida e, consequentemente, da carreira esportiva.</p><p>Em um contexto social mais competitivo, os centros e programas de treinamento intensivo para atletas</p><p>chegam a durar até 10 anos ou 10 mil horas de treinos, tudo isso sem a garantia de que poderá viver</p><p>desse sonho. O desgaste físico, mental e emocional é expressivo para um atleta: os treinos são longos,</p><p>o descanso físico é desproporcional ao desgaste daquele grupo muscular específico, pressão</p><p>psicológica e o processo emocional diante de decisões e momentos importantes. Por isso, a</p><p>necessidade de intensificarmos a importância da Psicologia do Esporte na formação.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Assim como em uma empresa, na vida de um atleta estão envolvidas responsabilidades e obrigações</p><p>que, muitas vezes, escapam da realidade de conhecimento para gestão e solução burocráticas. Este</p><p>fato se faz evidente, principalmente, levando em consideração</p><p>as rotinas dos treinos e pouco tempo</p><p>para descanso junto ao desconhecimento. Muitos atletas vêm de origem humilde, pouca escolaridade e</p><p>instrução, onde encontraram um caminho diferente do que seu contexto familiar pôde proporcionar.</p><p>Para além da performance esportiva, o atleta, junto aos seus gestores de carreira, precisará organizar 3</p><p>principais dimensões de sua vida, para que o desempenho mental seja a chave para o sucesso, sem</p><p>que ruídos advindos da vida pessoal, emocional ou financeira interfiram na profissão:</p><p>PROFISSIONAL</p><p>Gerindo as possibilidades de carreira até atingir as metas estabelecidas, auxiliando na imagem e</p><p>aparições para os grandes clubes; contratos, cláusulas contratuais, negociações e planejamentos para</p><p>depois da carreira.</p><p>PESSOAL</p><p>Autorrealizações e contexto familiar.</p><p>ECONÔMICA</p><p>Contas a pagar, receber e investimentos.</p><p>O Brasil é considerado um país ainda em desenvolvimento, com diversas desestruturas territoriais,</p><p>econômicas, bem como, na saúde e educação. Estes reflexos econômicos influenciam na formação de</p><p>base dos esportistas que sonham em viver da carreira de atleta. Para aqueles que possuem um</p><p>patrocinador ou que fazem parte de alguma seleção, muitas vezes, procuram o intercâmbio como uma</p><p>opção de aprimoramentos, treinamento e vivências no esporte, com muitos talentos já consolidados, que</p><p>acabam por residir e treinar em grandes centros esportivos nos Estados Unidos e Europa.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>A figura gestora na carreira do atleta é essencial para orquestrar e adaptar as muitas possibilidades de</p><p>acordo com o perfil daquele indivíduo dentro do esporte, principalmente, quando este precisa enfrentar</p><p>desafios e oportunidades fora de sua nação, na qual, muitas vezes, o próprio idioma torna-se uma</p><p>barreira para se relacionar com o meio ao seu redor.</p><p>O gestor precisa também se deter nas características competentes para administrar a carreira, para que</p><p>não só o dinheiro seja o foco, o que acaba, por muitas vezes, atrapalhando a performance. Sendo</p><p>comum a alguns membros da família do atleta desempenharem esse papel de confiança ou outros</p><p>profissionais que, após serem esportistas e se aposentarem, dedicaram-se a realizar este papel de</p><p>gestor, empresário ou padrinho de novos atletas e formação.</p><p>Dentro deste tipo de profissão, destacam-se grandes empresas especializadas neste serviço que</p><p>envolve, desde a gestão básica, até a gestão mais elaborada, cuidando de quase todos os interesses de</p><p>um profissional do ramo.</p><p> VOCÊ SABIA</p><p>Neste cenário, surgem outras profissões presentes no mercado de trabalho dentro da realidade do</p><p>esportista, como advogado, corretor de seguros, agente de investimentos, contador, personal shopper</p><p>(pessoa que realiza compras para outra), personal stylist (pessoa que cuida da imagem e vestuário de</p><p>outra) entre outras, de acordo com o poder aquisitivo, fama e demandas do atleta.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Planejamento da carreira esportiva.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. A CARREIRA ESPORTIVA É UM CONSTRUTO, ASSIM COMO A FORMAÇÃO E A</p><p>CONSOLIDAÇÃO DE UM ATLETA. É IMPORTANTE QUE CADA ETAPA SEJA BEM</p><p>ESTRUTURADA E PLANEJADA, POSSIBILITANDO QUE O INDIVÍDUO ESTEJA</p><p>CONSCIENTE E PARTICIPATIVO NO SEU PROCESSO DE DESENVOLVIMENTO.</p><p>EM RELAÇÃO AO PLANEJAMENTO, PODEMOS AFIRMAR QUE:</p><p>A) Ele deve respeitar as individualidades biológicas e psicológicas de cada indivíduo, através de uma</p><p>análise de perfil do esportista identificando quais metas e objetivos ele é capaz de atingir dentro de suas</p><p>habilidades e capacidades e características de formação, auxiliando-o a estabelecer de forma mais clara</p><p>onde quer chegar, colaborando para o processo de motivação, foco e concentração.</p><p>B) O planejamento de carreira é algo comum a todos os atletas e já existe um modelo padrão aplicável</p><p>de acordo com cada federação e modalidade específica.</p><p>C) O planejamento de carreira é algo feito somente pelo atleta, sem a interferência de nenhuma outra</p><p>figura. Isso porque, os esportistas aprendem a ter autonomia e responsabilidade sobre suas ações e</p><p>carreira logo cedo.</p><p>D) O planejamento de carreira é comumente apenas utilizado nos esportes como o futebol, basquete e</p><p>MMA, pois são as modalidades que mais estão em alta no século XXI e que movimentam milhões de</p><p>dólares.</p><p>E) Ele deve envolver apenas motivações financeiras, guiando o atleta para as oportunidades e</p><p>possibilidades que lhe rendam muito dinheiro, que servirá de reforço positivo para cada atuação.</p><p>2. A CARREIRA ESPORTIVA ENVOLVE VÁRIAS DIMENSÕES QUE COMPETEM A</p><p>VIDA DO ATLETA, POIS O INDIVÍDUO É UM SER RELACIONAL E COMPLEXO,</p><p>ENVOLVENDO ESTRUTURAS FISIOLÓGICAS, BIOQUÍMICAS, PSICOLÓGICAS E</p><p>COGNITIVAS. DESTA FORMA, É INCORRETO AFIRMAR QUE:</p><p>A) São 3 as principais áreas geridas na carreira do indivíduo: pessoal, profissional e financeira.</p><p>B) A carreira esportiva engloba só o esportista inserido no contexto de atuação, não envolvendo a</p><p>aposentadoria do sujeito.</p><p>C) A carreira esportiva abrange uma diversidade de possibilidades e ofertas de serviços, tudo vai</p><p>depender do poder aquisitivo e prestígio do atleta, sua missão e propósito de vida.</p><p>D) Um bom planejamento e gestão de carreira contribui para que o contexto pessoal e emocional do</p><p>sujeito não interfira em sua performance como profissional e imagem que o representa.</p><p>E) A carreira planeja desde metas, objetivos e perspectiva de crescimento, quanto à imagem do atleta</p><p>para atrair patrocinadores e solidificar sua marca no mercado, incluindo também suas metas e objetivos</p><p>pós-carreira ativa.</p><p>GABARITO</p><p>1. A carreira esportiva é um construto, assim como a formação e a consolidação de um atleta. É</p><p>importante que cada etapa seja bem estruturada e planejada, possibilitando que o indivíduo</p><p>esteja consciente e participativo no seu processo de desenvolvimento. Em relação ao</p><p>planejamento, podemos afirmar que:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>A gestão de carreira esportiva respeita a individualidade do sujeito abrangendo todas as suas</p><p>características e peculiaridades, a fim de contribuir para objetivos e metas claras de qual ponto de</p><p>referência atingirá na perspectiva de sua carreira.</p><p>2. A carreira esportiva envolve várias dimensões que competem a vida do atleta, pois o indivíduo</p><p>é um ser relacional e complexo, envolvendo estruturas fisiológicas, bioquímicas, psicológicas e</p><p>cognitivas. Desta forma, é incorreto afirmar que:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>As principais áreas envolvidas no processo de formação de carreira do atleta precisam levar em</p><p>consideração seus pressupostos biológicos, fisiológicos, habilidades, competências, fragilidades,</p><p>objetivos, metas, o que acaba por englobar área pessoal, profissional e financeira, externalizando</p><p>através delas todas as suas possibilidades de ação.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Abordamos as principais contribuições da Psicologia do Esporte para auxiliar na compreensão das</p><p>variáveis – internas e externas – no processo de formação de um atleta. Apresentou-se também como</p><p>este é um construto, que será formado como um esportista ao decorrer de sua vida, através do</p><p>desenvolvimento e maturação no âmbito pessoal, formando sua personalidade através das bases</p><p>genéticas, fisiológicas e psicológicas que competem à complexidade do esportista.</p><p>Compreendemos que qualidades, habilidades e características físicas contribuem para um atleta</p><p>profissional ser formado e atingir o sucesso na sua carreira. Mas, outras dimensões são imprescindíveis</p><p>para sua formação, como: valores, ética, respeito, disciplina, foco, atenção, concentração, motivação e</p><p>metas bem estabelecidos, constituindo-se enquanto ser humano e profissional em uma relação ativa ao</p><p>meio que o cerca. Neste processo, são comuns interrelações, conexões, internalizações, aprendizados e</p><p>ações inseridas nos processos relacionais com os membros da equipe.</p><p>O trabalho de formação envolve hierarquia, respeito e educação, que são essenciais para qualquer</p><p>esporte e para construção de homem. Por isso, a realização de orientações dentro dos centros de</p><p>treinamento</p><p>como estratégia no processo de educação contínua, facilita o acesso a informações de</p><p>forma mais eficiente. É uma preparação não só para o esporte, trata-se de uma preparação para vida</p><p>que o profissional passará a enfrentar, dentro e fora dos centros de treinamento, colaborando para uma</p><p>boa gestão emocional de todas essas circunstâncias, configurando-se em uma base sólida de formação.</p><p>Neste processo que engloba uma hierarquia de comando com funções específicas e metas bem</p><p>estabelecidas, a pressão de conquistar o principal objetivo recai sobre todos os níveis, na qual</p><p>envolvem, muitas vezes, também patrocinadores e agentes sedentos pela imagem de campeão</p><p>atrelados às suas empresas. Isso torna, dentre todas as variáveis apresentadas, um ambiente</p><p>extremamente fora da zona de conforto do ser humano, onde todos os limites do corpo e da mente</p><p>serão testados a cada treino, a cada vitória e derrota. No entanto, os atletas, frente aos demais</p><p>membros, são as principais figuras responsáveis por carregarem a missão de concretizar, através de</p><p>seu desempenho, a conquista. Diante deste cenário desafiador é que se apresenta a importância e o</p><p>reconhecimento da Psicologia do Esporte, cada vez mais presente e valorizada diante dos processos</p><p>formadores.</p><p>FALA MESTRE</p><p>Psicologia no Futebol: driblando os preconceitos</p><p>Sinopse: Zico fala sobre a resistência com o acompanhamento psicológico ainda presente no futebol, e</p><p>também do trabalho fundamental desse profissional na preparação do jogador, usando como exemplo</p><p>sua experiência como técnico no Japão.</p><p>Sinopse: Zico fala sobre a resistência com o acompanhamento psicológico ainda presente no futebol, e</p><p>também do trabalho fundamental desse profissional na preparação do jogador, usando como exemplo</p><p>sua experiência como técnico no Japão.</p><p>Paciência, União e Recuperação</p><p>Sinopse: Zico fala sobre o seu processo de recuperação após operar o joelho com o Dr. Neylor Lasmar,</p><p>a importância de ter paciência e também da união e incentivo coletivo durante esse processo.</p><p>Sinopse: Zico fala sobre o seu processo de recuperação após operar o joelho com o Dr. Neylor Lasmar,</p><p>a importância de ter paciência e também da união e incentivo coletivo durante esse processo.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>ANGELO, L. F. Gestão de carreira esportiva: uma história a ser contada no futebol. Tese (Doutorado</p><p>em Pedagogia do Movimento Humano) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São</p><p>Paulo, 2014.</p><p>ARAUJO, S. S. E. D. Definições e história da psicologia do desporto: Psicologia do Desporto e do</p><p>Exercício. 1. ed. Cruz Quebrada: Fmh Edições, 2002.</p><p>BECKER J. R. B. A preparação psicológica do atleta. Rio de Janeiro: Revista Brasileira de Educação</p><p>Física e Desportos, 1981.</p><p>COSENZA, R. M. Neuroriênda e educação: como o cérebro aprende. Porto Alegre: Artmed, 2011.</p><p>DAMO, A. S. Do dom à profissão. A formação de futebolistas no Brasil e na França. São Paulo:</p><p>Aderaldo & Rothschild, Anpocs, 2007.</p><p>FELTZ, D. L. The nature of Sport Psychology. Em T. S. Horn (Ed.). Advances in sport psychology.</p><p>Champaign: Human Kinetics, 1992.</p><p>GILL, D. L. Psychological dynamics of sport. Champaign: Human Kinetics, 1986.</p><p>MACHADO, A. A. Psicologia do esporte: sua história. In: A. A. Machado (org). Psicologia do Esporte.</p><p>Jundiaí: Ápice, 1997.</p><p>MALDONADO, D. T., LIMONGELLI, A. M. A. Trajetória da prática pedagógica dos professores de</p><p>Educação Física Escolar nas séries iniciais do ensino fundamental, 2009.</p><p>MARQUES, J. A. A.; KURODA, S. J. Iniciação esportiva: um instrumento para a socialização e</p><p>formação de crianças e jovens. In: RAMÍREZ, J. La planificación del deporte escolar en el currículo de</p><p>educación física. Revista Digital, 1999.</p><p>RUBIO, K. A psicologia do esporte: histórico e áreas de atuação e pesquisa. v. 19, n. 3. Brasília:</p><p>Psicol. cienc. prof., 1999.</p><p>RUBIO, K. Entre a psicologia e o esporte: as matrizes teóricas da psicologia e sua aplicação ao</p><p>esporte. Temas psicol. v. 12, n. 2. Ribeirão Preto, 2004.</p><p>RUBIO, Kátia (Org.). Psicologia do esporte: interfaces, pesquisa e intervenção. São Paulo: Casa do</p><p>Psicólogo, 2000.</p><p>SMITHS, R.S. 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Fundamentos de Psicologia del Deporte y el exercício físico.</p><p>Barcelona: Ariel, 1996.</p><p>EXPLORE+</p><p>Para saber mais sobre os assuntos explorados neste tema, pesquise como Katia Rubio aborda a</p><p>dinâmica do processo de formação do atleta no contexto da Psicologia do Esporte nos artigos: A prática</p><p>esportiva como ferramenta educacional: trabalhando valores e a resiliência e Da psicologia do esporte</p><p>que temos à psicologia do esporte que queremos.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Thaís Pinheiro Gouveia Crisciullo</p><p> CURRÍCULO LATTES</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p><p>indivíduo se torna atleta, traz consigo uma história de vida, motivações pessoais,</p><p>simbolismo, propósitos, personalidade, habilidades e limitações que o compõem e que geram grandes</p><p>desafios nesta formação. São estes fatores que serão o campo de estudo e atuação da Psicologia do</p><p>Esporte, levando-se em consideração a constituição e o bem-estar do indivíduo, para que, em um</p><p>segundo plano, desenvolva-se a fim de atingir sua máxima performance através do trabalho que envolve</p><p>a relação entre as teorias e práticas da Psicologia na formação do atleta.</p><p>AFINAL, COMO SE FORMA UM ATLETA?</p><p> COMENTÁRIO</p><p>A prática esportiva contribui para uma formação integral do indivíduo, sendo este um aspecto que</p><p>envolve não somente o corpo físico do esportista, mas também influenciando nas funções psicológicas e</p><p>sociais. É interessante que o processo de formação do atleta envolva desde as fases iniciais da vida,</p><p>contribuindo para uma educação permanente passando por todas as etapas etárias. Assim, os</p><p>benefícios não se restringem aos atletas, mas à população, já que os valores do esporte e suas</p><p>contribuições favorecem o desenvolvimento psicomotor, envolvendo também o processo de socialização</p><p>através do esporte (TUBINO, 1996).</p><p>Com os avanços tecnológicos, diversos aplicativos e sistemas avaliam a performance de um atleta em</p><p>tempo real, por isso chegamos cada vez mais próximo de quantificar o desempenho e a atuação do</p><p>esportista. Com estas inovações, tem-se a necessidade de gestão emocional para lidar com o excesso</p><p>de estímulos, variáveis e demandas, que acarretam novas exigências do meio em que estamos</p><p>inseridos.</p><p>Dentro do esporte, a formação do atleta está sujeita a este ‘’aceleramento’’ do tempo, que precisa ser</p><p>gerido diante das inúmeras exigências e competências que um profissional do ramo necessita</p><p>desenvolver, como a exigência de vitórias, campeonatos etc. Nesta relação de tempo comum x tempo</p><p>corrido, há incongruências dimensionais, como o intervalo de pouco descanso entre as obrigações da</p><p>agenda do esportista. Tudo isto envolve fatores como desenvolvimento, amadurecimento, falhas, treino,</p><p>adaptação, tempo, foco, força, atenção, nutrição, repouso, lesões, preparação fisiológica, biológica e</p><p>psicológica alinhados aos aspectos pessoais da vida.</p><p>No esporte, o autoconhecimento é fundamental. Este elemento está relacionado à resiliência, afetando</p><p>positivamente o processo de desenvolvimento do indivíduo, possibilitando-o reconhecer seus limites,</p><p>habilidades e qualidades inerentes ao processo de adaptação frente à diversidade, que envolvem tanto</p><p>expectativas, quanto frustrações. Trata-se de reconhecer potencialidades e trabalhar para o processo de</p><p>formação (TROMBETA, 2000). As competições e vitórias que são características do desempenho</p><p>esperado no mundo esportivo são marcadas por conflitos, tanto do corpo físico, quanto emocional.</p><p>Neste contexto, a Psicologia do Esporte está inserida em debates na realidade destes profissionais, que</p><p>se importam cada vez mais com o desempenho nos treinamentos e competições (RAMIREZ, 1999).</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p> RESUMINDO</p><p>Na formação do atleta, o Psicólogo do Esporte ou as contribuições acadêmicas da Psicologia do</p><p>Esporte, possuem como objetivo auxiliar a comissão técnica e atletas, através da gestão emocional pelo</p><p>autoconhecimento, amadurecimento das potencialidades, compreensão e manejo das limitações. Assim,</p><p>contribuímos para alcançar a performance máxima, aprendendo a administrar as interferências</p><p>emocionais que possam atrapalhar o processo.</p><p>Fatores psicológicos afetam diretamente o desempenho, dentro ou fora dos esportes. Eles possuem</p><p>influência no desenvolvimento e formação da criança, adolescente ou adulto atleta. Por isso, além da</p><p>maturação física esperada do atleta, necessita-se de uma intervenção em níveis mentais, a fim de dar</p><p>suporte e integração às respectivas dimensões: corpo, mente e ambiente externo profissional, social e</p><p>cultural.</p><p>É importante compreender que, tanto a Psicologia, quanto a Psicologia do Esporte, enquanto derivada</p><p>dela, vão abordar o atleta, comissão técnica, diretores e patrocinadores, como objetos de estudo</p><p>inseridos dentro de um contexto específico, no qual formam interconexões, influenciando e sendo</p><p>influenciados entre si. Assim, devemos considerar, tanto os fatores externos (meio), quanto os fatores</p><p>internos; subjetivos e construídos durante o desenvolvimento de cada ser humano, como emoção,</p><p>concentração, foco, metas, desempenho, resposta sob pressão, gatilhos, traumas, relacionamentos,</p><p>adaptação, entre outros fatores específicos ao campo de atuação.</p><p>Ao compararmos a formação do sujeito no âmbito esportivo, podemos traçar semelhanças que</p><p>contribuam para uma exemplificação do trabalho e importância das variáveis psicológicas que surgem</p><p>no processo.</p><p> EXEMPLO</p><p>É comum que alguns alunos apresentem transtornos ou déficits na atenção associados a falhas no</p><p>modelo de aprendizagem. Outros exemplos são indivíduos que apresentam algum tipo de transtorno ou</p><p>doença mental: autismo, transtornos de hiperatividade, borderline, depressão, bipolaridade, ansiedade</p><p>generalizada, pânico etc.</p><p>Devemos considerar também as questões psicológicas relacionadas à história de vida do sujeito, como</p><p>agressividade familiar, histórico de agressões físicas e psicológicas, desnutrição, debilidades de higiene</p><p>e outras variantes do contexto social que se configuram na atuação, formação e aprendizado de</p><p>crianças. Neste contexto específico, o psicólogo trabalha na dinâmica de inclusão e manejo das</p><p>variáveis psicológicas, contribuindo para um papel ativo da escola na formação da criança e</p><p>desenvolvimento de possíveis habilidades e potenciais - dando suporte às suas fragilidades individuais,</p><p>que acabam por se externalizar e participar no contexto escolar e de aprendizado na sala de aula.</p><p>Nesta perspectiva, podemos traçar uma analogia com o contexto de formação de um atleta, inseridos</p><p>em ‘’escolas’’ como os clubes, seleções ou instituições. Neste contexto de multidimensões e influências</p><p>na formação do atleta, torna-se de extrema importância o papel da Psicologia do Esporte, que atua</p><p>como centralizadora na liderança da gestão das ferramentas e instrumentos disponíveis para lidar com</p><p>os aspectos simbólicos, subjetivos e individuais. Esses aspectos influenciam o indivíduo ou grupo</p><p>inseridos no contexto esportivo, através do diálogo entre as outras áreas científicas.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p> RECOMENDAÇÃO</p><p>É fundamental que o psicólogo mantenha um diálogo próximo no dia a dia do atleta, com treinadores,</p><p>fisioterapeutas, nutricionistas, médicos e outros componentes da comissão técnica.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Aspectos simbólicos, subjetivos e individuais da psicologia do esporte.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. A PSICOLOGIA DO ESPORTE É UMA CIÊNCIA RELATIVAMENTE NOVA</p><p>QUANDO COMPARADA AOS OUTROS CAMPOS DE SABER CIENTÍFICOS.</p><p>RECENTEMENTE, ELA VEM GANHANDO CADA VEZ MAIS ESPAÇO DENTRO DO</p><p>CONTEXTO ACADÊMICO E PROFISSIONAL. COM ISSO, NAS PRÁTICAS</p><p>ESPORTIVAS, É COMUM IDENTIFICARMOS ESTE TIPO DE TRABALHO DENTRO</p><p>DOS CLUBES, SELEÇÕES E INSTITUIÇÕES PATROCINADORAS. EM RELAÇÃO A</p><p>ESTE CAMPO DE SABER, É CORRETO AFIRMAR QUE:</p><p>A) Dedica-se exclusivamente à análise do ser humano por uma perspectiva individualista,</p><p>compreendendo sua história singular de vida, traumas, personalidade, potencialidades e fragilidades,</p><p>excluindo em sua análise e intervenção, a dinâmica de relação ‘’indivíduo-meio’’, e como o desempenho</p><p>no meio esportivo, acarreta ou sofre influências das emoções.</p><p>B) Dedica-se à uma análise multidimensional que engloba e envolve o ser humano, levando em</p><p>consideração todos os aspectos fisiológicos, biológicos, psicológicos, sociais e culturais que envolvem a</p><p>vida do indivíduo, abordando-o enquanto um ser biopsicossocial, inserido em um contexto relacional</p><p>com o meio ambiente que o cerca.</p><p>C) O psicólogo do esporte trabalhará somente com o indivíduo-atleta em questão, não abrangendo o</p><p>grupo ou seleção ao qual ele pertence.</p><p>Realizará um trabalho individualizado com cada membro da</p><p>equipe em separado, uma vez que o processo de formação é individual e não sofre influência do meio</p><p>externo e de outros atletas e membros da equipe.</p><p>D) A Psicologia do Esporte e suas contribuições acadêmicas só podem estar presentes dentro de um</p><p>determinado contexto do esporte na formação do atleta, quando efetivamente haja um psicólogo</p><p>especializado no assunto.</p><p>E) A Psicologia do Esporte é uma abordagem que só é utilizada em clubes grandes e seleções de</p><p>países desenvolvidos, pois ter este diferencial requer investimento financeiro alto por parte dos gestores.</p><p>Uma vez que este tipo de formação só é ensinado em pós-graduações muito específicas e caras.</p><p>2. A FORMAÇÃO DO ATLETA REQUER NÍVEIS DE COMPREENSÃO,</p><p>DESENVOLVIMENTO, MATURAÇÃO, TRABALHO PEDAGÓGICO ESPECÍFICO,</p><p>APRIMORAMENTO FÍSICO, TREINO, FOCO E DIVERSAS OUTRAS QUESTÕES E</p><p>VARIÁVEIS QUE NÃO SÃO TANGÍVEIS OU BEM ESTRUTURADAS</p><p>EXTERNAMENTE NO CAMPO EM QUE SE CONFIGURAM. DIANTE DESTA</p><p>AFIRMAÇÃO, É POSSÍVEL ACRESCENTAR, SEGUNDO O CONTEÚDO</p><p>TRABALHADO, QUE:</p><p>A) A dimensão psicológica humana subjetiva está envolvida em todos os momentos deste processo de</p><p>formação do atleta, contribuindo para o seu desenvolvimento e performance, focando no</p><p>desenvolvimento de suas potencialidades e no manejo das fragilidades emocionais que se apresentam</p><p>no contexto de forma simbólica e subjetiva.</p><p>B) A formação do atleta é simples e objetiva, com padrões específicos e rigorosos a serem seguidos por</p><p>todos os clubes e instituições formadoras. Nada tem a ver com a formação dele como cidadão.</p><p>C) A Psicologia do Esporte na formação do atleta trabalha apenas com as evidências quantitativas e</p><p>qualitativas, visíveis e expostas pelo atleta ou grupo.</p><p>D) A Psicologia do Esporte engloba as variáveis psicológicas, emocionais, fisiológicas e biológicas que</p><p>se apresentam, mas o foco de atuação é apenas no trabalho motivacional para conquista de vitórias,</p><p>medalhas e premiações, não levando em consideração a história de vida do indivíduo, seus traumas,</p><p>suas dinâmica familiar, seus limites e estresse.</p><p>E) A formação do atleta dentro do contexto da Psicologia do Esporte envolve somente a compreensão</p><p>das potencialidades dele, desenvolvendo-as e as aprimorando cada vez mais através dos conceitos da</p><p>Psicologia. O que não estiver relacionado a aprimoramento físico para conquista de títulos e medalhas</p><p>não necessita de atenção, pois não gera influências nos treinos.</p><p>GABARITO</p><p>1. A Psicologia do Esporte é uma ciência relativamente nova quando comparada aos outros</p><p>campos de saber científicos. Recentemente, ela vem ganhando cada vez mais espaço dentro do</p><p>contexto acadêmico e profissional. Com isso, nas práticas esportivas, é comum identificarmos</p><p>este tipo de trabalho dentro dos clubes, seleções e instituições patrocinadoras. Em relação a</p><p>este campo de saber, é correto afirmar que:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>A Psicologia do Esporte é uma abordagem multidimensional, holística e sistêmica, que aborda as</p><p>demandas e os aspectos emocionais dos atletas sem excluir qualquer conceito, dimensão ou estrutura</p><p>que o compõe. Visa sempre compreender tais fenômenos na relação indivíduo-meio.</p><p>2. A formação do atleta requer níveis de compreensão, desenvolvimento, maturação, trabalho</p><p>pedagógico específico, aprimoramento físico, treino, foco e diversas outras questões e variáveis</p><p>que não são tangíveis ou bem estruturadas externamente no campo em que se configuram.</p><p>Diante desta afirmação, é possível acrescentar, segundo o conteúdo trabalhado, que:</p><p>A alternativa "A " está correta.</p><p>A Psicologia do Esporte trabalha as subjetividades e os simbolismos inseridos no inconsciente do atleta,</p><p>suas influências na performance e desenvolvimento dentro do processo de formação.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Identificar as principais teorias da motivação e como elas podem ser aplicadas no contexto</p><p>esportivo</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Agora, chegou o momento de compreender como a Psicologia penetra as estruturas e as</p><p>dinâmicas que competem ao processo de formação do atleta:</p><p>Dentre um arsenal de aleatoriedades, propagandas, pessoas, barulhos, cheiros, texturas, o que prende</p><p>a atenção de um esportista no momento dos treinos, jogos e decisões?</p><p>O que é preciso para se concentrar em um objetivo ou meta estabelecida pelo atleta?</p><p>Qual é a função dos mecanismos cognitivos e como eles podem ser trabalhados para contribuição do</p><p>processo de formação?</p><p>O que faz um atleta se concentrar?</p><p>Como prender a atenção de um atleta na importância do descanso e recuperação, alinhado à</p><p>Fisioterapia em detrimento do medo de se machucar novamente ou no tempo perdido?</p><p>Como lidar com a atenção e a concentração inseridos no contexto de performance, nas metas e</p><p>objetivos finais, não deixando de enfatizar a importância de se passar por todo processo aprimorando</p><p>suas habilidades, potenciais e trabalhando seus medos e fragilidades?</p><p>ATIVIDADE DE REFLEXÃO DISCURSIVA</p><p>PARA FALAR SOBRE COMPORTAMENTO HUMANO,</p><p>PSICOLOGIA, ESPORTE, FORMAÇÃO DO ATLETA E</p><p>OUTROS FENÔMENOS É CRUCIAL</p><p>COMPREENDERMOS DE MANEIRA CIENTÍFICA OS</p><p>PRESSUPOSTOS DA EXISTÊNCIA DE TAIS</p><p>ESTRUTURAS NA CONFIGURAÇÃO DA NOSSA</p><p>ESPÉCIE. AFINAL, POR QUE NÓS, HUMANOS,</p><p>MANTEMOS, DESENVOLVEMOS E APRIMORAMOS</p><p>TAIS MECANISMOS NO DECORRER DO NOSSO</p><p>DESENVOLVIMENTO?</p><p>RESPOSTA</p><p>javascript:void(0)</p><p>Quando abordamos qualquer fenômeno ou atividade humana, precisamos buscar as referências científicas</p><p>que colaborem para o ensinamento deste processo de construção do sujeito em um período específico,</p><p>dentro de um contexto sócio-histórico, alinhado às produções de saberes científicos. Isto só seria possível de</p><p>forma clara através das bases científicas do comportamento humano.</p><p>A motivação, atenção e concentração do atleta são fenômenos cognitivos que possuem uma função</p><p>estruturada de acordo com suas especificidades, funções, representações e possibilidades. Estas ações</p><p>possuem pressupostos fisiológicos, bioquímicos e sociais que os precedem.</p><p>Desta maneira, iremos compreender as bases destes processos para então compreender como eles se</p><p>manifestam dentro do contexto esportivo.</p><p>PERSPECTIVA EVOLUCIONISTA</p><p>Nossos antepassados viviam em uma realidade muito diferente da que usufruímos atualmente. O</p><p>ambiente era hostil, inseguro e nada era possível de ser comprado enlatado em um supermercado</p><p>próximo. Não existia eletricidade, tecnologia, segurança e garantias de sobrevivência. A expectativa de</p><p>vida era baixíssima e existia uma constante luta pela adaptação, sobrevivência e procriação da espécie</p><p>humana, garantindo-lhe a evolução e aprimoramento genético.</p><p>No percorrer do desenvolvimento humano, algumas estruturas se atrofiaram e outras se tornaram</p><p>aguçadas, desenvolvendo-se de acordo com as exigências do meio e de nosso organismo. Neste</p><p>primeiro momento da evolução, a capacidade de atenção e concentração era direcionada às</p><p>necessidades dos instintos primitivos: alimentação, através da habilidade de caça; à socialização com</p><p>outros seres humanos, a fim de formar grupos para caça e sobrevivência, mantendo-se seguros e</p><p>procriando a espécie.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>As estruturas cerebrais envolvidas para sobrevivência das espécies, permanecem no nosso aparelho</p><p>psíquico até hoje. Contudo, no decorrer da história, novas estruturas foram emergindo. A principal delas</p><p>é o que chamamos de neocórtex, que se desenvolveu como a parte mais recente do córtex nos homo</p><p>sapiens, levando-nos a uma categoria muito desenvolvida que envolve raciocínio simples, complexo e</p><p>abstrato; linguagem e, consequentemente, o desenvolvimento de cultura, manipulando o ambiente</p><p>através de novas tecnologias, instrumentos e domínio da natureza.</p><p> VOCÊ SABIA</p><p>A natureza é inteligente e obedece à lei da necessidade; se algo não é mais necessário para</p><p>sobrevivência, ele é então, com o tempo, eliminado de nossos genes que serão passados para as</p><p>próximas gerações. Por outro lado, diversas estruturas mantiveram-se, pois comportam uma função</p><p>específica no</p><p>processo evolutivo e de garantia da vida.</p><p>ATENÇÃO, CONCENTRAÇÃO E MOTIVAÇÃO</p><p>Nossa mente é regida por um órgão extremamente complexo e pouco conhecido em sua totalidade, com</p><p>capacidade de plasticidade ou atrofia; é o órgão também mais pesado e que consome maior energia: o</p><p>cérebro. Além dos processos cognitivos, é responsável por todo o resto que está relacionado ao</p><p>funcionamento fisiológico e bioquímico, como regulação da homeostase, respiração, temperatura</p><p>corporal, ritmo cardíaco etc. Por questões óbvias de sobrevivência, na qual nosso cérebro que muito</p><p>consome energia torna-se um ‘’problema’’ de gestão de recursos, foi preciso desenvolver estratégias,</p><p>garantindo que haveria energia suficiente para estabelecer todas as suas obrigações.</p><p> RESUMINDO</p><p>Poupar energia é um dos pilares do mecanismo de funcionamento do nosso aparelho psíquico,</p><p>garantindo nossa sobrevivência, eficiência e pouco desperdício com aquilo que não nos garante a vida,</p><p>não nos mantém seguros ou que não dá prazer, o que colabora para existência de processos mentais</p><p>que garantam tais fins: atenção, concentração e motivação.</p><p>Dentro desta perspectiva que envolvem estes processos, levaremos em consideração as bases</p><p>fenomenológicas que estão inseridas nestes mecanismos cognitivos: segurança, autopreservação e</p><p>prazer. Estes mecanismos colaboraram para comportamentos instintivos, primitivos e inconscientes que</p><p>facilitem a busca por uma zona de conforto, pouco desperdício de energia, ativação do nosso sistema de</p><p>recompensa e poucos riscos.</p><p>Partindo desta perspectiva evolucionista, nosso foco, atenção e concentração eram elementos</p><p>essenciais para a caça e para a construção de abrigos que permitissem passar uma noite segura. Esses</p><p>fatores continuaram se aprimorando e existindo até os dias atuais em nosso aparelho psíquico.</p><p>Afinal, qual é o papel desses processos dentro da Psicologia do Esporte, e como podemos abordar os</p><p>mesmos de maneira eficiente na sua atuação, contribuindo para um bom trabalho dentro do esporte de</p><p>formação?</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Ancestrais x Homem moderno.</p><p> COMENTÁRIO</p><p>A relação atleta-meio ambiente não são separáveis de forma simples, o indivíduo e o seu meio são</p><p>indissociáveis do ponto de vista interpretativo de uma realidade. Por isso, abordar atenção,</p><p>concentração e motivação é levar em consideração tudo o que foi ensinado até aqui; lembrando que</p><p>existe uma predominância neurocientífica, psicológica, fisiológica, biológica e subjetiva que envolve</p><p>todos os processos derivados do comportamento humano.</p><p>ATENÇÃO</p><p>A todo instante somos bombardeados com diversos estímulos e informações, os quais podem ser</p><p>percebidos pelos nossos sentidos: visão, olfato, audição, tato e paladar. Estes órgãos sensoriais</p><p>interligados diretamente ao sistema nervoso central, que após análise e integração da informação pelos</p><p>circuitos neurais, compreende a realidade. Este processo sofre influência de diversos fatores contidos no</p><p>ambiente em que se apresenta e no processo que envolve as representações simbólicas que estes</p><p>estímulos nos representam.</p><p>Os estímulos ambientais são interpretados através das associações feitas com memórias já registradas</p><p>em nossa mente, influenciados pelos aspectos subjetivos de cada ser humano:</p><p>MOTIVAÇÃO</p><p></p><p>ESTADO EMOCIONAL</p><p></p><p>NÍVEIS DE ESTRESSE</p><p>Os processos conscientes e inconscientes que envolvem os sentidos, chamados de modalidades,</p><p>possuem submodalidades. A pele está relacionada ao nosso sentido de tato, envolvida em</p><p>circunstâncias que podem estar ligadas a sensações como temperatura, dor e pressão. Esta interação</p><p>entre uma ou mais modalidades, e suas respectivas submodalidades, é o que chamamos de sinestesia.</p><p>Todo esse aglomerado de variáveis nos dará uma impressão da realidade que ficará armazenada em</p><p>nossa mente como se fosse uma foto ou vídeo daquele momento. Trata-se de uma representação</p><p>acrescida das nossas próprias percepções e compreensão, que ficará registrada na memória do</p><p>indivíduo.</p><p>SINESTESIA</p><p>É a relação entre diferentes sistemas sensoriais.</p><p>E o que isso importa para o contexto esportivo?</p><p>Precisamos compreender que cada atleta irá registrar uma impressão daquele momento, refletido em</p><p>seus mecanismos cognitivos individuais, biológicos, inconscientes e simbólicos de acordo com as</p><p>experiências vividas e registradas anteriormente. As ferramentas científicas permitem a compreensão do</p><p>comportamento humano, o que colabora para que técnicos utilizem de forma eficiente os recursos do</p><p>meio ambiente para um manejo eficiente na abordagem com o atleta. Assim, utilizando-se da ciência</p><p>para trabalhar as demandas inseridas no contexto de formação profissional, podemos compreender a</p><p>relevância de diversos processos e mecanismos cognitivos. Assim, motivação, atenção, concentração,</p><p>memória, plasticidade cerebral e o desenvolvimento da performance desejada, em uma atividade ou fim</p><p>específico, seja em um treino, em um jogo ou campeonato, nos permitem conquistar títulos e</p><p>premiações.</p><p>javascript:void(0)</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>De acordo com a literatura da área das Neurociências, a mente de um adulto normal produz diariamente</p><p>uma média de 40.000 a 60.000 pensamentos. Quando a energia disponibilizada para nosso dia a dia</p><p>fica escassa, os pensamentos precisam ser orquestrados para foco, concentração e escolhas que</p><p>garantam, tanto nossas necessidades instintivas, quanto as individuais-subjetivas, sociais e culturais.</p><p>Nosso foco e atenção possuem um direcionamento, para utilizar a energia vital da maneira mais útil,</p><p>eficiente, obtendo-nos algum tipo de benefício, mantendo-nos em segurança e sobrevivendo. Nossa</p><p>capacidade de atenção e foco é limitada em um período específico, por isso, direcionamos alguns</p><p>estímulos em detrimento de outros.</p><p>0 CÉREBRO É UM DISPOSITIVO CRIADO AO LONGO DA</p><p>EVOLUÇÃO PARA OBSERVAR O AMBIENTE E APREENDER</p><p>O QUE FOR IMPORTANTE PARA A SOBREVIVÊNCIA DO</p><p>INDIVÍDUO OU DA ESPÉCIE. ELE PRESTARÁ ATENÇÃO NO</p><p>QUE FOR JULGADO RELEVANTE OU COM SIGNIFICÂNCIA.</p><p>TERÁ MAIS CHANCE DE SER CONSIDERADO COMO</p><p>SIGNIFICANTE E, PORTANTO, ALVO DA ATENÇÃO, AQUILO</p><p>QUE FAÇA SENTIDO NO CONTEXTO EM QUE VIVE O</p><p>INDIVÍDUO, QUE TENHA LIGAÇÕES COM O QUE JÁ É</p><p>CONHECIDO, QUE ATENDA A EXPECTATIVAS OU QUE SEJA</p><p>ESTIMULANTE E AGRADÁVEL.</p><p>(GUERRA, 2011)</p><p>Atenção é fundamental para nossa sobrevivência e, em um segundo plano, para percepção e</p><p>aprendizagem daquilo que nos traz algum sentido, ou somos motivados a aprender, desenvolver e nos</p><p>apropriar.</p><p> VOCÊ SABIA</p><p>Pesquisas realizadas com foco nos processos cerebrais, através de ressonância magnética, tomógrafos</p><p>etc., nos mostram que nossa atenção é focal, ou seja, não conseguimos prestar atenção em diversos</p><p>estímulos ao mesmo tempo em um determinado ambiente, evidenciando a necessidade de aprimorar e</p><p>desenvolver a motivação, atenção, foco e concentração na formação do atleta. Tudo isto demonstra que,</p><p>quando há falhas nesse processo, ou excesso de estímulos sem foco específico, há prejuízos na</p><p>aprendizagem e leva a uma fadiga mental, pois nosso cérebro ‘’desliga’’ para poupar energia.</p><p>A mente é seletiva, e esta seleção é realizada pois existe uma memória ou um conhecimento prévio</p><p>daquilo que nos chamou atenção. Atenção automática e atenção dirigida são duas modalidades</p><p>possíveis de uma mesma natureza advinda do sistema nervoso.</p><p>A atenção não é um mecanismo simplista, sendo regulada por diversos mecanismos. O primeiro nível de</p><p>atenção está relacionado ao circuito de vigilância e alerta. O segundo possui a função de orientação,</p><p>responsável pelo redirecionamento dos pontos focais, e o terceiro é responsável por fixar a atenção e</p><p>inibir os outros pontos distrativos, até que o objetivo seja conquistado, ou haja a perda do interesse.</p><p>ATENÇÃO AUTOMÁTICA</p><p>Podendo considerar automática quando estiver ligada à sobrevivência, instintos e segurança.</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>ATENÇÃO DIRIGIDA</p><p>Quando está relacionada às nossas memórias e aos sentidos construídos no decorrer do</p><p>desenvolvimento pessoal e</p><p>história de vida, sofrendo interferências do meio sociocultural,</p><p>codificadas através de signos e símbolos em nossa mente.</p><p>Níveis de atenção:</p><p>1º. Circuito de vigilância e alerta</p><p>2º. Redirecionamento dos pontos focais</p><p>3º. Fixar a atenção e inibir pontos distrativos</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>Quando o indivíduo recebe estímulos do meio que serão processados pelo cérebro tende a prestar mais</p><p>atenção àqueles que apresentem significado e despertem interesse. É estabelecida uma relação entre o</p><p>novo que se apresenta na realidade presente de forma aleatória, junto a milhares de outras</p><p>possibilidades, atraindo-nos para a informação ou estímulo que possa ser relacionado a uma</p><p>experiência prévia.</p><p> RESPOSTA</p><p>O atleta é um construto a ser desenvolvido nessa atmosfera de performance, superando seus próprios</p><p>limites e conquistando gratificações e reforços positivos a cada conquista.</p><p>No contexto escolar, a atenção da criança ou adolescente precisa estar inserida em um processo</p><p>eficiente e estimulante, despertando interesse na aprendizagem. Igualmente, ocorre no processo de</p><p>formação do atleta, que precisa estar inserido em um contexto rico de recursos e estruturas,</p><p>possibilitando a interação, a relação e a conexão entre todos os elementos reais, físicos, abstratos e</p><p>mentais daquela realidade. Portanto, cabe à comissão técnica saber se comunicar efetivamente com os</p><p>atletas.</p><p> RECOMENDAÇÃO</p><p>É importante que o planejamento de aprendizado e formação seja passado de maneira congruente,</p><p>evitando falhas na comunicação e utilizando todos os recursos disponíveis de forma criativa, pedagógica</p><p>e estruturada para facilitar a aprendizagem, compreensão, reprodução motora, memorização do</p><p>conceito e internalização da experiência. A experiência de aprendizado precisa ser repetida, levando o</p><p>atleta à sua melhor performance, superando seus próprios limites e evoluindo suas habilidades mentais</p><p>e motoras.</p><p>MOTIVAÇÃO</p><p>Agora, vamos estudar teorias psicológicas que abordam motivação, atenção e concentração do</p><p>indivíduo.</p><p>É importante atentar que as teorias contribuem, mas não explicam em sua totalidade toda gama do</p><p>comportamento humano:</p><p>Umas atentam para os aspectos comportamentais, visíveis e tangíveis do processo.</p><p></p><p>Outras abordam os aspectos emocionais e cognitivos da mente humana.</p><p></p><p>Aquelas que agregam as duas esferas e o meio externo que as compõem.</p><p>Essas teorias compõem uma pequena parcela dos pensadores, psicólogos e filósofos que contribuíram</p><p>para melhor compreensão da mente e comportamento humano, servindo-nos como arsenal teórico</p><p>científico para atuarmos no manejo das variáveis e sistemas que estão inseridos na formação do atleta.</p><p>Todas estas ideias contribuem para o trabalho dos profissionais inseridos neste contexto, que são os</p><p>responsáveis pela elaboração de cada proposta pedagógica no mundo esportivo.</p><p>Do ponto de vista empírico, existem 3 possibilidades:</p><p>AÇÃO</p><p></p><p>REAÇÃO</p><p></p><p>REPOUSO</p><p>Tais estruturas contemplam as possibilidades humanas. Para migrarmos de um estado para outro, é</p><p>preciso que haja algum estímulo proveniente de uma necessidade, seja ela orgânica, fisiológica ou</p><p>emocional, em que o resultado será uma ação específica para satisfazer tal necessidade. No entanto,</p><p>nem sempre a ação satisfaz a necessidade que a originou, o que contribui para os sentimentos de</p><p>inadequação, frustração, agressividade, revolta, medo, estresse, nervosismo, angústia etc., que estarão</p><p>presentes no contexto esportivo – necessitando da atenção e direcionamento. Esta representação</p><p>poderá ser compreendida através de uma visão cíclica, e não um estado permanente de ser.</p><p> RECOMENDAÇÃO</p><p>O processo de motivação precisa ser trabalhado constantemente no contexto de formação e</p><p>desenvolvimento do atleta, transformando-se em um trabalho permanente.</p><p>O que motiva um atleta e como este processo faz parte da formação?</p><p>Motivação é quando um indivíduo passa a agir através de um motivo específico. Quando ele sofre</p><p>alguma influência interna ou externa que leve seu corpo a sair da zona de conforto, neutra ou em</p><p>repouso para uma ação específica, visando um determinado fim.</p><p>Trazendo para o esporte, é o mecanismo pelo qual treinadores, preparadores e psicólogos da equipe</p><p>produzirão, através de sua fala, estímulos que permitam trabalhar uma reação no psiquismo e no físico</p><p>dos atletas, levando-os para uma ação. Toda esta estimulação envolve os fenômenos de atenção e</p><p>concentração, aprimorando habilidades emocionais e físicas que contribuirão para a conquista de títulos</p><p>e um bom desempenho nos testes ou momentos de decisão no esporte.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Representação do modelo de motivação.</p><p>NEUROCIÊNCIA DA MOTIVAÇÃO</p><p>Você já ouviu falar em sistema de recompensa? Ou já observou como comer alimentos açucarados ou</p><p>gordurosos te dão mais prazer do que legumes e verduras? Ou você já ouviu sobre não dar açúcar em</p><p>excesso para uma criança antes dormir, para não prejudicar seu sono?</p><p>Todas estas opções estão vinculadas a um mesmo mecanismo do cérebro.</p><p> ATENÇÃO</p><p>Sistema de recompensa é a área cerebral responsável por liberar serotonina, noradrenalina, dopamina</p><p>dando-nos uma sensação de prazer, êxtase e satisfação. Podemos identificar as influências deste</p><p>sistema específico em nosso aparelho psíquico. A partir de uma ação que traz um benefício de forma</p><p>rápida e prazerosa, há a liberação do neurotransmissor chamado de dopamina, que faz parte do grupo</p><p>da noradrenalina e adrenalina. A dopamina relaciona-se diretamente ao sistema de recompensa, que faz</p><p>parte da estrutura cerebral e que influencia nossas emoções. Este sistema também está relacionado à</p><p>motivação para o movimento e realização de alguma atividade específica.</p><p>Quando este sistema é ativado, ocorre a liberação de dopamina nas regiões cerebrais, gerando uma</p><p>sensação de prazer, bem-estar, felicidade e êxtase. É possível compreender que todo comportamento</p><p>humano que gera um prazer imediato, contribuindo para ativar o nosso sistema de recompensa, tende a</p><p>gerar um reforço deste comportamento, para que ele se repita e a sensação de prazer também se</p><p>repete.</p><p>Ao realizarmos uma ação baseada em um estímulo ambiental, que ativa o sistema de recompensa e</p><p>libera dopamina, tendemos a realizar essa ação novamente, a fim de sentir prazer mais uma vez. Para</p><p>exemplificar, podemos acrescentar o papel do açúcar, farinha branca e cocaína, que são ‘’modalidades</p><p>físicas’’ de um estímulo ambiental e que, através do seu consumo, afetam o sistema de recompensa,</p><p>liberação de dopamina e, consequentemente, a repetição da ação.</p><p>REFORÇO</p><p>É o que chamamos de reforço positivo, o qual gerou tal reação orgânica, o que mobiliza a atenção</p><p>para este estímulo externo específico, contribuindo para que ele se repita.</p><p>javascript:void(0)</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Pesquisas científicas demostraram que estes 3 tipos de matéria-prima agem na mesma área do nosso</p><p>cérebro, contribuindo para a dependência e vício, uma vez que nosso organismo é tendencioso a</p><p>experimentar o prazer como uma forma de poupar energia, e somos tendenciosos a nos afastar de</p><p>estímulos negativos que causem algum prejuízo ao organismo, a fim de não gastarmos energia de forma</p><p>desnecessária. No entanto, nem sempre tais pressupostos da motivação para ação são conscientes,</p><p>muitas vezes, são padrões inconscientes.</p><p> RECOMENDAÇÃO</p><p>A motivação, a atenção e a concentração com o atleta precisam obedecer a uma ordem de treinamento</p><p>mental específico, a fim de aprimorar a capacidade do indivíduo de gerir e organizar seus sentimentos e</p><p>emoções, para que, de forma inconsciente, não prejudique seu desempenho.</p><p>Já parou para se perguntar o motivo pelo qual as crianças e adolescentes dentro de uma escolinha ou</p><p>centro de treinamento preferem os momentos de jogos em detrimento dos processos pedagógicos que</p><p>envolvem aprendizado, cognição e habilidades motoras de equilíbrio e direcionamento motor específico?</p><p>Por que, muitas vezes, elas só querem</p><p>brincar, correr, pular, ao invés de aprender um determinado</p><p>movimento específico que envolva os processos de atenção, concentração, memória, internalização,</p><p>repetição e ação motora associada a aspectos cognitivos?</p><p>Muitas vezes, estes processos não são dominados no primeiro momento, gerando um sentimento de</p><p>inadequação, frustração e irritabilidade, o que torna o processo de aprender desconfortável quando não</p><p>baseado em propostas pedagógicas dinâmicas e adaptadas ao contexto infantil.</p><p>Ensinar a esta criança que o processo de conquista do prazer imediato como um gol, uma cesta, ou</p><p>ganhar um jogo necessariamente envolve aspectos que precisam ser treinados, contribuindo para</p><p>esse reforço positivo como ganhar, acertar ou comemorar. Envolve compreender que a busca de um</p><p>prazer imediato é instintiva e inerente ao cérebro, buscando prazer como forma de poupar energia.</p><p>De forma consciente, compreendemos que precisamos estudar, aprender e aprimorar nossas</p><p>competências e habilidades em um determinado contexto para que o prazer ou reforço positivo seja</p><p>atingido, contribuindo para a sensação de felicidade e bem-estar, advindos do nosso sistema de</p><p>recompensa e liberação de dopamina.</p><p>ASPECTOS QUE PRECISAM SER TREINADOS</p><p>Como a habilidade motora; aprendizagem; memória; noção sensório espacial; entre outras que</p><p>contribuem para o objetivo.</p><p> EXEMPLO</p><p>Um exemplo deste mecanismo de funcionamento cerebral complexo é quando o atleta sofre algum tipo</p><p>de lesão ou punição, que o afaste das competições. Estes estímulos, são reforços negativos, pois geram</p><p>um prejuízo ao indivíduo e seu organismo, consumindo-o mentalmente, levando a um desperdício muito</p><p>grande de energia.</p><p>Tais gatilhos ficaram registrados em sua mente, como ações que devem ser evitadas e vigiadas para</p><p>que não se repitam e, consequentemente, não experimente novamente o sentimento de frustração,</p><p>angústia e medo, o que é o oposto do prazer que estamos inerentes a obedecer de forma inconsciente.</p><p>As atividades que envolvem processos cognitivos complexos, como atenção, concentração, memória,</p><p>linguagem e compreensão de um conceito são pertencentes ao grupo de metodologias pedagógicas</p><p>inerentes ao processo de formação em qualquer contexto, nas escolas, nos centros de treinamento, nas</p><p>faculdades, entre outras modalidades de ensino.</p><p>Estas metodologias podem ser entendidas:</p><p>Pelo mecanismo de desprazer</p><p>javascript:void(0)</p><p>Envolvem o manejo de processos internos que consomem muita energia, o que vai de encontro aos</p><p>mecanismos de sobrevivência inatos ao nosso funcionamento orgânico.</p><p></p><p>Por um reforço positivo</p><p>Pois nos levarão a caminhos que queremos alcançar como títulos, desenvolvimento de carreira, ganhos</p><p>financeiros e autorrealização.</p><p> COMENTÁRIO</p><p>Por isso, o processo de aprendizado, motivação, atenção, concentração de um indivíduo envolve a</p><p>relação de variáveis internas e externas, contribuindo para nossa ação consciente visando um objetivo.</p><p>Assim, precisamos aprimorar nossas habilidades de reconhecer padrões inconscientes que gerem</p><p>ações que nos afastarão de nossos objetivos, metas e fins específicos. Torna-se essencial a</p><p>compreensão dos mecanismos de motivação para que este seja desenvolvido com os atletas,</p><p>colaborando para compreensão das estruturas inerentes ao processo que atuam tanto de forma</p><p>consciente e inconscientes, colaborando para a ação do indivíduo.</p><p>Atividades muito complexas fazem com que o nosso cérebro fique desmotivado, não sendo atraído por</p><p>tais estímulos, o qual identifica como um grande desperdício de energia vital, pois o prazer imediato não</p><p>ocorre nestas situações, o que não gera reforços positivos.</p><p>Portanto, na formação do atleta, toda atividade precisa respeitar esta relação com o meio, para que o</p><p>atleta esteja envolvido em uma relação de reforços positivos, liberação de dopamina e repetição do</p><p>comportamento, reforçando a aprendizagem, performance e, consequentemente, títulos.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA X MOTIVAÇÃO</p><p>EXTRÍNSECA</p><p>Motivação intrínseca Motivação extrínseca</p><p>Relacionada às necessidades e motivos pessoais de</p><p>cada indivíduo, sejam eles fisiológicos ou psicológicos.</p><p>São influências e gatilhos que vêm de estruturas</p><p>complexas internas, que, após uma associação de</p><p>estímulos, implicam em uma determinada ação-resposta</p><p>advinda destas estruturas.</p><p>Pode ser compreendida como os</p><p>reforços positivos advindos do</p><p>meio externo. Diferente da</p><p>motivação intrínseca, possuí uma</p><p>finalidade específica.</p><p> Atenção! Para visualizaçãocompleta da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>São exemplos de motivação intrínseca aquelas que satisfazem nosso prazer, que não buscam um</p><p>fim específico como foco do comportamento. É a ação realizada a fim de satisfazer suas próprias</p><p>necessidades.</p><p>MOTIVAÇÃO EXTRÍNSECA</p><p>Por exemplo, conquistar títulos ou bater um recorde.</p><p>Torna-se importante pontuar que ambas interagem entre si, podendo ser contempladas juntas ou não.</p><p>Não podemos reduzir motivação intrínseca ao mundo interno do indivíduo e motivação extrínseca ao</p><p>que vem do meio externo. Existem situações nas quais uma leva até a outra, pela interação entre o</p><p>indivíduo e o meio, na qual ambas as conexões são integradas pelas sinapses, motivando e</p><p>oficializando uma ação.</p><p> EXEMPLO</p><p>Quando o indivíduo treina, empenha-se, aumenta a dedicação, mesmo fora do horário normal da equipe,</p><p>ou quando busca outros profissionais para aprimorar habilidades específicas ou desenvolver outras, o</p><p>que podemos considerar uma motivação intrínseca.</p><p>No entanto, o efeito derivado desta ação leva a conquista de um título, algum tipo de premiação que</p><p>servirá como reforço, que consideramos uma motivação extrínseca.</p><p>O conhecimento da Psicologia do esporte e comportamento humano auxilia técnicos, atletas e direção a</p><p>trabalharem em prol do manejo das variáveis psicológicas que intercorrem no processo de formação do</p><p>atleta, a fim de, dentro do processo de formação do indivíduo-cidadão em atleta de alta performance,</p><p>contribuir para:</p><p>MOTIVAÇÃO</p><p></p><p>AÇÃO</p><p></p><p>PREMIAÇÃO</p><p>TEORIA DE MASLOW</p><p> VOCÊ SABIA</p><p>Maslow foi um psicólogo americano que deixou um marco nas influências em diversas abordagens,</p><p>como: Humanismo, Fenomenologia e Existencialismo.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Existe uma pirâmide de necessidades humanas, a qual se torna base para o comportamento humano,</p><p>composta por necessidades fisiológicas, de segurança, sociais ou comunitárias e de autorrealização,</p><p>que representam os motivos que nos levam a agir.</p><p>Torna-se essencial inserimos, neste momento, a Teoria de Maslow acerca das estruturas e hierarquia de</p><p>necessidades que regem, segundo sua concepção, o ser humano e seu comportamento.</p><p>Existem 5 esferas dentro da pirâmide que compõem a hierarquia das necessidades humanas a serem</p><p>supridas e que envolvem o indivíduo e o meio em que ele está inserido.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Em primeiro lugar, na base da estrutura, existem as necessidades fisiológicas ou básicas, determinantes</p><p>para a homeostase e o funcionamento adequado das estruturas que regem a sobrevivência de um</p><p>organismo, são elas: água, comida, abrigo e sono, caracterizando as principais necessidades humanas</p><p>para serem atendidas cotidianamente, a fim de garantir a vida.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Em segundo lugar, temos a necessidade de segurança individual, mas garantindo também a segurança</p><p>daqueles que nos cercam e de nossas casas. São elas: segurança da família, do corpo e da</p><p>propriedade.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Em terceiro lugar, existe a capacidade de socializar e estabelecer vínculos e laços para garantir a</p><p>sobrevivência, o que faz com que formemos famílias, comunidades, amor e amizades.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Em quarto lugar, estão o reconhecimento, o status e a autoestima.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Por fim, mas não menos importante, temos as necessidades de autorrealizações ou realizações</p><p>pessoais, que envolvem criatividade, talentos e tudo aquilo que compete a um</p><p>desenvolvimento de</p><p>habilidades. Dentre as estruturas da pirâmide, esta última está relacionada a aspectos mais subjetivos,</p><p>simbólicos e lúdicos do ser humano, é um caminho pessoal, não havendo um padrão específico a se</p><p>esperar de cada indivíduo.</p><p>Nesta hierarquia das necessidades, quando uma é atendida, de forma crescente, da base para cima, o</p><p>indivíduo tende a subir etapas, até que chegue nas necessidades de autorrealização.</p><p>Fonte: J. Finkelstein (translated to pt-BR by Felipe Sanches) / Wikimedia Commons / CC BY-SA 3.0</p><p>Diante desta apresentação das hierarquias das necessidades humanas essenciais para o indivíduo,</p><p>podemos começar a abordar as estruturas cognitivas responsáveis pelo desempenho, constância,</p><p>conquistas e títulos dos atletas.</p><p>Motivação, portanto, pode ser relacionada ao motivo que leva à ação e, segundo Maslow, envolve</p><p>mecanismos instintivos de sobrevivência, segurança, autopreservação e proteção que precisam estar</p><p>com o mínimo de estruturas compatíveis para que outros níveis sejam capazes de serem atendidos,</p><p>como as necessidades de estima e autorrealização.</p><p>ATIVIDADE DE REFLEXÃO DISCURSIVA</p><p>Uma das principais contribuições para compreensão da motivação que envolve a vida de uma atleta</p><p>estará vinculada à capacidade do indivíduo de sanar suas principais necessidades humanas fisiológicas.</p><p>Mas, dentro de um contexto de formação, comumente, encontram-se falhas em cada um desses</p><p>níveis que compõem a pirâmide:</p><p>Afinal, como trabalhar e constituir o processo de formação, motivação, desempenho, desenvolvimento e</p><p>conquistas de um atleta, sem levar em consideração se ele passa fome fora do clube ou se a família é</p><p>disfuncional, ou até mesmo como conciliar estudo, educação e provas com as rotinas cansativas nos</p><p>esportes, dia após dia?</p><p>Outro exemplo comum é o intercâmbio de atletas, nacional ou internacionalmente. Então, como motivar</p><p>e dar suporte àqueles que estão longe de casa, de sua família, de sua zona de conforto e segurança?</p><p>Em níveis sociais e de relacionamentos, como conciliar a vida pessoal com a rotina e pressões dos</p><p>treinos e campeonatos?</p><p>Como lidar com frustração, medo, insegurança e necessidade de autorrealização de cada atleta?</p><p>ESCREVA COM SUAS PALAVRAS A RESPEITO DA</p><p>PROBLEMÁTICA.</p><p>RESPOSTA</p><p>Primeiramente, deverão ser abordadas as estruturas hierárquicas que compõem e dão suporte existencial</p><p>para a vida do sujeito. Por isso, muitos clubes investem para além dos treinos, vivências e situações</p><p>específicas do contexto esportivo. Eles vão além, seja por incentivo ou investimento, pois compreendem que</p><p>é impossível dissociar o atleta de seu meio natural.</p><p>Neste aspecto, trabalhar a motivação e questões derivadas da personalidade do indivíduo, espírito de</p><p>liderança, violência, impulsos agressivos, relacionamento em grupo e sob pressão, pensamentos,</p><p>sentimentos e emoções são dimensões que, quando trabalhadas pelo viés da Psicologia do Esporte,</p><p>contribuem para um trabalho diferenciado, abordando para além do modelo tradicional, abrindo espaço para</p><p>novos insights, tomadas de consciência e produção subjetiva de formação e autorrealização dentro do</p><p>esporte.</p><p>O MODELO CONDICIONAMENTO DE SKINNER</p><p>javascript:void(0)</p><p> VOCÊ SABIA</p><p>Burrhus Frederic Skinner foi um professor de Harvard, filósofo e psicólogo que popularizou a linha</p><p>behaviorista (comportamental), bastante divulgada e validada nos anos 50, abordando o tema de</p><p>condicionamento operante para explicar o comportamento do indivíduo, e o que o motiva.</p><p>Para Skinner, um comportamento torna-se frequente ou reduzido até ser excluído, a partir da</p><p>perspectiva de reforço (consequências que aumentam a probabilidade de uma resposta) e punição</p><p>(consequências que diminuem a probabilidade de uma resposta).</p><p>Dentre as consequências, encontram-se aquelas que possuem uma função ligada aos nossos instintos</p><p>inatos de sobrevivência, o que a torna frequente, sendo reforçada, aumentando sua probabilidade de se</p><p>manter e aumentar de frequência.</p><p></p><p>Em um ponto oposto, temos as consequências que trazem prejuízos e déficit à nossa sobrevivência,</p><p>corroborando para que tais respostas sejam punitivas, diminuindo sua frequência e recorrência, evitando</p><p>prejuízos para nosso organismo, garantindo nossa segurança e sobrevivência.</p><p>Nesta perspectiva, estão em jogo os estímulos do ambiente frente às respostas do nosso organismo.</p><p>Por outro lado, as respostas seguem padrões deterministas como a filogenética, ontogenética e</p><p>cultural.</p><p>FILOGENÉTICA</p><p>Relacionada à evolução da espécie, sobrevivência e instintos.</p><p>SELEÇÃO ONTOGENÉTICA</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>Subjetivo a cada organismo, associado à história de vida, personalidade e desenvolvimento</p><p>pessoal de cada indivíduo inserido dentro de uma determinada espécie.</p><p>SELEÇÃO CULTURAL</p><p>Comportamentos sociais apresentados por uma determinada espécie.</p><p>CONCENTRAÇÃO</p><p>A concentração vem após os processos de atenção e motivação. Podemos dizer que é o foco sem</p><p>ruídos em algo que motive seu fim, como finalidade específica para o indivíduo que a opera. Esta</p><p>atenção focal é voluntária de nosso aparelho psíquico, nossa consciência em um determinado objeto</p><p>concretizada no momento presente, abstendo-se do que possa atrapalhar, física ou mentalmente.</p><p>Para Becker (1981), a capacidade motora é influenciada pelos processos que regulam sua atenção e</p><p>concentração. A atenção visual estabelece um papel importante nos processos e dinâmicas que</p><p>envolvem o âmbito esportivo, contribuindo para aspectos como motivação e concentração. Falhas neste</p><p>processo prejudicam o desempenho dos atletas.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>É importante salientar que tal processo é mais fácil de se conquistar quando não há distrações</p><p>orgânicas ou que ameacem nossa sobrevivência. Por isso, o requisito mínimo para a concentração é a</p><p>atenção, motivação e que haja em um nível satisfatório de homeostase.</p><p>Afinal, como se concentrar com fome, sede, sono, doente ou desanimado?</p><p>Concentração significa reduzir ruídos; como é possível trabalhar isso na vida do atleta dentro do</p><p>processo de formação, na proposta pedagógica, nos trabalhos específicos, nas palestras, preparando-o</p><p>para as competições, que precisarão lidar, muitas vezes, com a torcida, espectadores e pressão</p><p>psicológica que tenta desestabilizar a todo momento?</p><p>Como trabalhar a concentração nos treinamentos e nos jogos?</p><p>Qual é o papel da Psicologia do Esporte e como o profissional de Educação Física pode ajudar nesta</p><p>preparação?</p><p> RESPOSTA</p><p>Pesquisas na área da Psicologia do Esporte contribuíram para o papel do imaginário, visualizações e</p><p>auto falas durante os treinamentos, contribuindo para a autogestão das emoções e aumento no</p><p>desempenho durante as competições. Um recurso para o atleta exercer domínio sobre o processo de</p><p>concentração é aprender a se ater em estímulos relevantes à sua realidade dentro de momentos</p><p>decisivos, reduzindo os níveis de atenção em estímulos ou ruídos que não contribuam para o processo</p><p>de forma funcional e clara. Este conceito comumente é trabalhado através do que chamamos de auto</p><p>fala (WEINBERG, GOULD, 1996). O que é trabalhado constantemente em centros de treinamento</p><p>envolvendo o atleta no domínio da técnica e autogestão dos processos de atenção e foco.</p><p>Fonte: EnsineMe</p><p> Motivação, atenção e concentração.</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. EM RELAÇÃO AO PROCESSO COGNITIVO CEREBRAL E À CAPACIDADE DE</p><p>NOS MANTERMOS ATENTOS AOS DEMAIS ESTÍMULOS QUE NOS ACOMETE, É</p><p>POSSÍVEL AFIRMAR:</p><p>A) Devido ao nosso processo evolutivo, adquirimos a habilidade de focar em várias coisas ao mesmo</p><p>tempo. Por isso, é comum dentro dos centros esportivos e preparatórios dos atletas trabalharmos</p><p>diversos estímulos, modalidades de treinamento, palestras e outros conjuntos de possibilidades de</p><p>intervenção e desenvolvimento, em um único dia, capacitando-o para desenvolver cada vez mais este</p><p>mecanismo de atenção.</p><p>B) Em um primeiro período evolutivo, nossa capacidade de atenção estava voltada para nossa</p><p>segurança e sobrevivência.</p><p>Com a evolução no estilo de vida, novas tecnologias e cultura, passamos a</p><p>atenção para variáveis, estímulos ou informações que tragam algum tipo de significado para nossa</p><p>mente, associando-os com memórias já vividas anteriormente.</p><p>C) Trabalhar o processo de atenção com o atleta só é possível com novas tecnologias, recursos e</p><p>aplicativos, uma vez que a mente do século XXI está acelerada e mais propensa a este tipo de</p><p>desenvolvimento e atividade.</p><p>D) A atenção e a concentração são recursos possíveis apenas de serem trabalhados com crianças e</p><p>adolescentes, pois adultos já são indivíduos formados, e atletas efetivos não precisam trabalhar este</p><p>processo de atenção, concentração e motivação. Conseguem realizar isso sozinhos em suas casas,</p><p>longe dos treinos.</p><p>E) A concentração dos atletas poderá ser exigida através da disciplina e por uma figura de liderança,</p><p>como o treinador. Ela não precisa ser trabalhada nos treinos, nem desenvolvida através de atividades</p><p>pedagógicas, pois requer hierarquia de comando superior.</p><p>2. SEGUNDO AS TEORIAS DA MOTIVAÇÃO APRESENTADAS, EXISTE A</p><p>MOTIVAÇÃO INTRÍNSECA E EXTRÍNSECA. DESTA FORMA, É CORRETO</p><p>AFIRMAR QUE:</p><p>A) A motivação extrínseca é a que advém do indivíduo, relacionada aos seus mecanismos subjetivos.</p><p>B) A motivação intrínseca é aquela que advém de fora do organismo, envolvendo estímulos e</p><p>informações externas.</p><p>C) Ambas não podem ser compreendidas em uma relação mútua, ou ocorre uma, ou necessariamente,</p><p>ocorrerá a outra.</p><p>D) Ambas podem ser compreendidas em uma relação mútua, em que uma pode levar até a outra e vice</p><p>versa.</p><p>E) Tanto a motivação intrínseca, quanto extrínseca são relativas a mecanismos unicamente internos do</p><p>indivíduo em questão. O que diferencia uma da outra é a consequência. Quando a consequência do</p><p>comportamento for direcionada para o indivíduo e benefício próprio ela é intrínseca; quando a</p><p>consequência da ação for direcionada a outro indivíduo ou meio ela é extrínseca.</p><p>GABARITO</p><p>1. Em relação ao processo cognitivo cerebral e à capacidade de nos mantermos atentos aos</p><p>demais estímulos que nos acomete, é possível afirmar:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>A Psicologia do Esporte trabalha com os processos cognitivos como a atenção, que será compreendida</p><p>dentro da relação com experiências já vividas e a memória do sujeito.</p><p>2. Segundo as teorias da motivação apresentadas, existe a motivação intrínseca e extrínseca.</p><p>Desta forma, é correto afirmar que:</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>A motivação intrínseca pode levar a uma motivação extrínseca.</p><p>MÓDULO 3</p><p> Reconhecer os processos que englobam a tomada de decisão no esporte e como eles podem</p><p>ser trabalhados nos treinamentos com o atleta</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>A inteligência emocional pode contribuir para o processo de formação do atleta inserido no contexto</p><p>esportivo. Procuramos, assim, auxiliar o atleta a estar apto nas habilidades de adaptação ao meio</p><p>externo esportivo e aprender com as suas experiências, tudo isso possibilitado, através dos processos</p><p>cognitivos de aprendizado, memória, plasticidade cerebral, atenção, motivação, concentração, emoção e</p><p>entendendo como estes influenciam no processo de tomada de decisão do atleta.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Nos anos de 1990, uma inteligência emocional foi proposta pelos pesquisadores Salovey e Mayer e</p><p>popularizada pelo psicólogo Daniel Goleman, obtendo muito sucesso nos meios de comunicação e</p><p>empresariais. Ela seria a habilidade de perceber os próprios sentimentos e emoções de forma precisa,</p><p>de expressar as emoções e lidar com elas de uma maneira positiva, de saber reconhecer as emoções</p><p>nos outros e, com isso, facilitar os relacionamentos e o crescimento pessoal (GUERRA, 2011).</p><p>A atenção visual é um fenômeno psicológico envolvido nos processos de cognição, sendo imprescindível</p><p>para captação de estímulos e tomada de decisões nos esportes. Tomar decisões e fazer escolhas são</p><p>situações que envolvem o momento do indivíduo. Durante o dia, processamos diversos estímulos e</p><p>informações. Precisamos, na maioria das vezes, tomar decisões das mais básicas, como que roupa</p><p>vestir, o que comer no café da manhã, que horas ir para academia, até decisões mais complexas. Por</p><p>isso, como viver envolve pensar e fazer escolhas, a maioria destes mecanismos passa a ser automático,</p><p>poupando energia e tempo de processamento consciente. A maioria são processos que ocorrem de</p><p>forma inconsciente quando são meras ações cotidianas ou hábitos do sujeito.</p><p>Quando conscientes, envolvem mecanismos complexos desde a memória, motivação, emoções</p><p>baseadas nos processos inatos de segurança e sobrevivência, em um primeiro momento, para então,</p><p>envolver outros processos como propósitos, objetivos, metas e senso de autorrealização.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Dentre as decisões complexas, existem aquelas que envolvem riscos, possibilidade de insegurança ou</p><p>perda, racionalizações mais estruturadas pelo nosso sistema nervoso, sempre levando em consideração</p><p>os benefícios, ganhos, seguranças em detrimento das perdas, inseguranças e dificuldades que</p><p>envolvam prejuízos. Os processos cognitivos e as emoções contribuem para este processo. Cabendo</p><p>ressaltar que vai depender sempre da experiência prévia do indivíduo, sua subjetividade e história de</p><p>vida.</p><p>O que faz um atleta tomar uma decisão importante em um contexto esportivo?</p><p>Como a Psicologia do Esporte pode contribuir para escolhas eficazes que maximizem os ganhos e</p><p>minimizem as perdas?</p><p>No contexto específico do atleta, tomar decisões envolve riscos e oportunidades, sendo quase que uma</p><p>aposta em que os resultados não podem ser previstos. Alguns efeitos da tomada de decisão podem ser</p><p>considerados mero erro, reparável em uma outra tentativa ou oportunidade, como é o caso do chute a</p><p>gol, tentativa de arremessos ou passes, por exemplo. Por outro lado, existem situações que envolvem</p><p>um maior risco, tanto de perda da oportunidade, como também da punição.</p><p> EXEMPLO</p><p>São exemplos comuns, como o uso de anabolizantes e outras drogas que aumentem o desempenho,</p><p>empurrões, agressões e outras modalidades de contato físico intencional, que poderão acarretar em</p><p>expulsões e penalidades, tanto dentro do jogo, quanto fora das quadras de competições, como é o</p><p>exemplo de profissionais que tomam multas de seus clubes ou sofrem restrições pelas instituições</p><p>fiscalizadoras.</p><p>Dentro desta dinâmica da tomada de decisão nos esportes, entram em questão duas nuances: razão e</p><p>emoção, principalmente, acrescidas dos processos de motivação, ego, vaidade, ira, inveja, ambição,</p><p>desejos inconscientes e outros mecanismos psicológicos. Por isso, nem sempre a razão ou as emoções</p><p>serão utilizadas de maneira polarizada.</p><p> RECOMENDAÇÃO</p><p>Por isso, é importante que seja um trabalho pedagógico, realizado junto ao atleta na gestão do equilíbrio</p><p>na tomada de decisão, para que o indivíduo não faça escolhas erradas, podendo prejudicar a si mesmo</p><p>e ao grupo.</p><p>Todo o processo de tomada de decisão envolve riscos e imprevisibilidade na vida do atleta, seja qual for</p><p>a faixa etária que ele represente. Então, como lidar com as incertezas e reduzir a margem de erro e</p><p>quais os principais instrumentos presentes no trabalho no contexto esportivo? Seguem algumas</p><p>possibilidades que ajudam a lidar com as incertezas do atleta na tomada de decisões.</p><p>Possibilidades para lidar com incertezas do atleta na tomada de decisões</p><p>A propagação da missão e valores do clube, seleção ou instituição patrocinadora no dia a dia do</p><p>atleta, gerando um senso de pertencimento, comprometimento e confiança entre todos,</p><p>transformando o ambiente de treinamento seguro, acolhedor e potencializador das habilidades</p><p>emocionais e físicas do esportista.</p><p>O desenvolvimento, em forma de competências, da gestão de habilidades emocionais.</p><p>O indivíduo, inserido na esfera pessoal e suas implicações no processo de decisão no esporte,</p><p>que envolvem valores pessoais e intrasferíveis, visão de mundo, objetivos e metas individuais.</p><p>Trabalhar estes fenômenos através da internalização</p><p>do senso de confiança no grupo, quando for</p><p>mais de um atleta envolvido ou no trabalho realizado fora das competições e confiança nos</p><p>membros da comissão.</p><p> Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p>As contribuições da Psicologia do Esporte são imprescindíveis para este processo, pois quando</p><p>decidimos ser influenciados apenas por nossas emoções, podemos correr um grande risco de errar. Na</p><p>maioria das vezes, isto significa que estamos passando por uma situação de estresse, euforia ou que</p><p>atuamos de maneira impulsiva.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>Em termos neurocognitivos podemos entender que estamos agindo em estado primitivo, devido ao</p><p>processamento das informações pela amígdala, uma região do cérebro que é responsável pela gestão</p><p>emocional, limitando os esquemas de luta e fuga, não utilizando as áreas racionais de nosso aparelho</p><p>psíquico.</p><p>Por outro lado, escolhas e decisões que envolvam o equilíbrio dos mecanismos da razão e emoção,</p><p>tendem a nos levar a resultados mais seguros e efetivos, nos quais é possível identificar as influências</p><p>de todo os processos cognitivos, na aprendizagem, desempenho e, consequentemente, reprodução de</p><p>tudo que foi construído no decorrer da formação do atleta, ficando evidenciados sobre forma de</p><p>resultado nas competições.</p><p>O PROCESSO EMOCIONAL NA TOMADA DE</p><p>DECISÃO</p><p>Ajudar o atleta em formação a gerir as próprias emoções e alinhá-las com o momento adequado do</p><p>contexto esportivo é uma das principais missões envolvidas nos treinamentos realizados, contribuindo</p><p>para o aperfeiçoamento do autoconhecimento na formação. Estas condições favoráveis para o</p><p>desenvolvimento emocional devem ser criadas na atmosfera do esporte, para que haja orientação para</p><p>adequação das manifestações emocionais diante do ambiente social que está inserido.</p><p> SAIBA MAIS</p><p>As emoções são fenômenos sinalizadores internos que geram alterações na fisiologia humana junto aos</p><p>pensamentos, através dos recursos cognitivos existentes: a percepção e a atenção, que sinalizam algo</p><p>importante naquela realidade.</p><p>Dentro do comportamento animal, do qual derivamos até chegar na nossa espécie, as emoções</p><p>possuem uma função dentro do grupo. Por exemplo: reconhecer as expressões faciais dos outros</p><p>animais de um clã, permite que os outros membros tenham reações mais rápidas na percepção e</p><p>reação diante do perigo e ajuda na captação que o emissor da mensagem decide passar. Segundo</p><p>Cosenza e Guerra (2011), nossas emoções seguiram os mesmos processos evolutivos e derivam dos</p><p>sistemas primitivos encontrados nos animais, que possuem a emoção para assimilar um evento</p><p>importante, funcionando como uma das variantes da sobrevivência para espécie.</p><p>Existe uma estrutura específica em nosso organismo para regular as emoções, a amígdala, que</p><p>costuma ser incluída em um conjunto de estruturas encefálicas conhecido como sistema límbico, ao qual</p><p>se atribui o controle das emoções e dos processos motivacionais. Trata-se de um aglomerado de</p><p>neurônios de organização complexa, que possui múltiplas conexões com outras áreas do sistema</p><p>nervoso. Através dessas conexões, a amígdala age como um centro coordenador, que dispara</p><p>comandos que poderão provocar o aumento da vigilância e as modificações viscerais (taquicardia,</p><p>sudorese, dilatação da pupila), além de promover a secreção de hormônios da glândula suprarrenal, que</p><p>têm papel importante nas emoções (COSENZA E GUERRA, 2011).</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p> VOCÊ SABIA</p><p>Estudos indicam que os processos emocionais podem ajudar no aprendizado, mas, em contrapartida, o</p><p>estresse emocional, causado pelo ambiente externo o qual o indivíduo está inserido, pode acarretar</p><p>dificuldade de aprendizado e formação.</p><p>Os momentos decisivos na vida do esportista, como os jogos e as competições, acabam por acarretar</p><p>estresse físico, mental e psicológico. A ansiedade, frente ao desafio que está por vir, pode influenciar na</p><p>performance. O papel das funções individuais sobre o domínio e gestão das emoções é primordial no</p><p>desempenho do atleta. Estas são características trabalhadas dentro do contexto de treinamentos, muitas</p><p>vezes, aplicadas por treinadores e preparadores físicos – baseados nas contribuições da Psicologia do</p><p>Esporte. O controle emocional e o fenômeno cognitivo de concentração são fundamentais na</p><p>materialização da realidade visualizada nos processos de treinamento.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>TOMADA DE DECISÃO</p><p> COMENTÁRIO</p><p>Evidências demonstram o papel da ansiedade nos mecanismos de concentração e atenção, alterando</p><p>condições fisiológicas incluídas nos processos emocionais. Aqui, o foco é distorcido ou perdido</p><p>momentaneamente, por influência de questões psicofisiológicas do sujeito. Por isso, a gestão emocional</p><p>adaptada ao contexto em que o atleta está inserido é fundamental para a performance esperada. Tudo</p><p>isso auxilia o atleta a gerir suas emoções de forma inteligente, para que suas ações sejam conscientes e</p><p>aplicadas em coerência ao contexto que está inserido: treinamento, competições, descanso ou lazer.</p><p>Trabalhos físicos e mentais que envolvam o papel dos reforços positivos e estruturados dentro do</p><p>ambiente de treinamento possuem relevância no processo de aprendizado e performance dos</p><p>esportistas. Aprimorar as habilidades de confiança, motivação e superação nos treinamentos capacita o</p><p>atleta a desenvolver suas possibilidades de autogestão emocional que contribuirá para o processo de</p><p>tomada de decisão.</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>PLASTICIDADE CEREBRAL NO PROCESSO DE</p><p>APRENDIZADO</p><p>A organização do cérebro obedece a um plano comum. Todos temos cérebros semelhantes, mas não</p><p>existem dois cérebros iguais, pois os detalhes das conexões entre os neurônios são fruto da história</p><p>pessoal.</p><p>O bebê nasce bastante imaturo, pois a maior parte das conexões em seu cérebro será feita com a ajuda</p><p>das interações com o meio ambiente. Mesmo a percepção sensorial e a habilidade motora deverão</p><p>passar por longos períodos de aprendizagem. A falta de estimulação adequada pode ser prejudicial ao</p><p>desenvolvimento do cérebro.</p><p>O sistema nervoso tem uma enorme plasticidade, uma grande capacidade de fazer e desfazer ligações</p><p>entre as células nervosas como consequência das interações permanentes com o ambiente externo e</p><p>interno do organismo. A aprendizagem e a mudança comportamental têm um correlato biológico, que é a</p><p>formação e a consolidação das ligações sinápticas entre as células nervosas (COSENZA E GUERRA,</p><p>2011).</p><p>Fonte: Shutterstock.com</p><p>Os estudos de Cosenza e Guerra (2011), nos processos de desenvolvimento e aprendizagem, nos</p><p>permitem abordar o contexto de desenvolvimento e formação do atleta, compreendendo que cada</p><p>jogador é único. Claro que não podemos esquecer que existem semelhanças e respondentes aos</p><p>mesmos processos, como todos os outros, mas que a internalização do conceito passado e o</p><p>comportamento diante do contexto será individual, sendo imprescindível compreender o indivíduo para</p><p>além do que é visto e manifestado conscientemente.</p><p>O QUE TORNA OS CÉREBROS DIFERENTES É O FATO DE</p><p>QUE OS DETALHES DE COMO OS NEURÔNIOS SE</p><p>INTERLIGAM VÃO SEGUIR UMA HISTÓRIA PRÓPRIA. É</p><p>COMO UMA CIDADE PLANEJADA, QUE À MEDIDA QUE VAI</p><p>SENDO CONSTRUÍDA, VAI ADQUIRINDO</p><p>CARACTERÍSTICAS PRÓPRIAS, PODENDO OCORRER,</p><p>INCLUSIVE, ALGUMAS MUDANÇAS NO PLANO ORIGINAL. A</p><p>HISTÓRIA DE VIDA DE CADA UM CONSTRÓI, DESFAZ E</p><p>REORGANIZA PERMANENTEMENTE AS CONEXÕES</p><p>SINÁPTICAS ENTRE OS BILHÕES DE NEURÔNIOS QUE</p><p>CONSTITUEM O CÉREBRO. DURANTE MUITO TEMPO,</p><p>ACREDITOU-SE QUE NÃO SE FORMAVAM NOVOS</p><p>NEURÔNIOS APÓS O NASCIMENTO E QUE HAVIA UMA</p><p>PERDA PROGRESSIVA NA POPULAÇÃO NEURONAL À</p><p>MEDIDA QUE ENVELHECEMOS. HOJE, SABEMOS QUE</p><p>ALGUMAS REGIÕES DO CÉREBRO MANTÊM A</p><p>CAPACIDADE DE PRODUZIR NOVAS CÉLULAS PELA VIDA</p><p>INTEIRA. POR OUTRO LADO, DESCOBRIU-SE QUE AS</p><p>PERDAS QUE OCORREM AO LONGO DA VIDA SÃO MENOS</p><p>INTENSAS DO QUE SE IMAGINAVA INICIALMENTE, E NEM</p><p>DE LONGE SE COMPARAM COM A DESTRUIÇÃO DE</p><p>NEURÔNIOS QUE OCORRE, POR EXEMPLO, ANTES DO</p><p>NASCIMENTO, E QUE VISA ELIMINAR TODOS AQUELES</p><p>QUE NÃO</p>como estratégia no processo de educação contínua, facilita o acesso a informações de forma mais eficiente. É uma preparação não só para o esporte, trata-se de uma preparação para vida que o profissional passará a enfrentar, dentro e fora dos centros de treinamento, colaborando para uma boa gestão emocional de todas essas circunstâncias, configurando-se em uma base sólida de formação. Neste processo que engloba uma hierarquia de comando com funções específicas e metas bem estabelecidas, a pressão de conquistar o principal objetivo recai sobre todos os níveis, na qual envolvem, muitas vezes, também patrocinadores e agentes sedentos pela imagem de campeão atrelados às suas empresas. Isso torna, dentre todas as variáveis apresentadas, um ambiente extremamente fora da zona de conforto do ser humano, onde todos os limites do corpo e da mente serão testados a cada treino, a cada vitória e derrota. No entanto, os atletas, frente aos demais membros, são as principais figuras responsáveis por carregarem a missão de concretizar, através de seu desempenho, a conquista. Diante deste cenário desafiador é que se apresenta a importância e o reconhecimento da Psicologia do Esporte, cada vez mais presente e valorizada diante dos processos formadores. FALA MESTRE Psicologia no Futebol: driblando os preconceitos Sinopse: Zico fala sobre a resistência com o acompanhamento psicológico ainda presente no futebol, e também do trabalho fundamental desse profissional na preparação do jogador, usando como exemplo sua experiência como técnico no Japão. Sinopse: Zico fala sobre a resistência com o acompanhamento psicológico ainda presente no futebol, e também do trabalho fundamental desse profissional na preparação do jogador, usando como exemplo sua experiência como técnico no Japão. Paciência, União e Recuperação Sinopse: Zico fala sobre o seu processo de recuperação após operar o joelho com o Dr. Neylor Lasmar, a importância de ter paciência e também da união e incentivo coletivo durante esse processo. Sinopse: Zico fala sobre o seu processo de recuperação após operar o joelho com o Dr. Neylor Lasmar, a importância de ter paciência e também da união e incentivo coletivo durante esse processo. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ANGELO, L. F. Gestão de carreira esportiva: uma história a ser contada no futebol. Tese (Doutorado em Pedagogia do Movimento Humano) - Escola de Educação Física e Esporte, Universidade de São Paulo, 2014. ARAUJO, S. S. E. D. 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O Esporte no Brasil, do período colonial aos nossos dias. São Paulo: Ibrasa, 1996. WEINBERG, R. S.; GOULD, D. Fundamentos de Psicologia del Deporte y el exercício físico. Barcelona: Ariel, 1996. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos explorados neste tema, pesquise como Katia Rubio aborda a dinâmica do processo de formação do atleta no contexto da Psicologia do Esporte nos artigos: A prática esportiva como ferramenta educacional: trabalhando valores e a resiliência e Da psicologia do esporte que temos à psicologia do esporte que queremos. CONTEUDISTA Thaís Pinheiro Gouveia Crisciullo CURRÍCULO LATTES javascript:void(0); javascript:void(0);