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<p>Fundação Centro de Ciências e Educação a Distância do Estado do Rio de Janeiro</p><p>Centro de Educação Superior a Distância do Estado do Rio de Janeiro</p><p>Universidade Federal Fluminense</p><p>Curso de Licenciatura em Letras- UFF / CEDERJ</p><p>Disciplina: Linguística III</p><p>Coordenadora: Profª Silmara Dela Silva</p><p>Tutora a distância: Fernanda Mello</p><p>Avaliação a distância 1 - 2024/2</p><p>Aluno(a): _______________________________________________________</p><p>Polo: __________________________ Matrícula ________________________</p><p>Nota: _______________</p><p>Instruções:</p><p>Não escreva em tópicos. Escreva um texto coerente e coeso, em registro linguístico compatível</p><p>com o trabalho acadêmico formal.</p><p>1) Considere a seguinte afirmação a respeito do estudo linguístico do texto e a tirinha, apresentadas</p><p>na sequência, para responder às questões a e b:</p><p>a) A tirinha apresentada a seguir pode ser objeto de estudo da linguística textual? Por quê?</p><p>Justifique a sua resposta, expondo os seus conhecimentos sobre a noção teórica de texto. (1,0</p><p>ponto)</p><p>b) Faça uma análise da tirinha, considerando ao menos dois dos seguintes critérios: i)</p><p>informatividade; ii) intencionalidade; iii) situacionalidade; iv) aceitabilidade. (2,0 pontos)</p><p>“Um texto se constitui como tal no momento em que os parceiros de uma atividade comunicativa global, diante</p><p>de uma manifestação linguística, pela atuação conjunta de uma complexa rede de fatores de ordem situacional,</p><p>cognitiva, sociocultural e interacional, são capazes de construir, para ela, determinado sentido [...] o sentido</p><p>não está no texto, mas se constrói a partir dele, no curso de uma interação.” (KOCH, I.G.V. O texto e a</p><p>construção de sentidos. São Paulo: Contexto, 1997, p. 30.).</p><p>Fonte: DAHMER, André. Série “Quadrinhos dos anos 10”, 2017.</p><p>2) No fragmento textual a seguir, Ataliba de Castilho fala sobre duas tendências nos estudos da</p><p>linguagem. Faça um comentário sobre essas duas posições, mostrando os seus conhecimentos</p><p>sobre elas. Em qual desses dois polos localizam-se os estudos linguísticos que se desenvolvem a</p><p>partir da década de 1960? Dê exemplo de ao menos um objeto teórico estudado pela Linguística</p><p>a partir dessa época. (2,0 pontos)</p><p>“A linguística tem oscilado entre (...) dois pólos, ora destacando a língua como um enunciado – valorizando-</p><p>se as gramáticas formais, estruturais, gerativas –, ora destacando a língua como uma enunciação – valorizando-</p><p>se as gramáticas funcionais. (...) Os professores que têm trinta ou mais anos de idade aprenderam, na</p><p>universidade, a considerar a língua como um fenômeno homogêneo, iniciando-se numa gramática formal</p><p>(sobretudo estrutural), e tomando a sentença como seu território máximo de atuação. (...) a indagação</p><p>lingüística atual parte de um entendimento mais rico da linguagem, postulada como um conjunto de usos, cujas</p><p>condições de produção não podem ser esquecidas no momento em que se analisa seu produto.” (CASTILHO,</p><p>A.T. A língua falada no ensino de português. São Paulo: Contexto, 1998)</p><p>3) Explique o que são os gêneros do discurso (ou gêneros discursivos) na perspectiva de Bakhtin.</p><p>Considerando os aspectos relacionados ao gênero, faça uma análise do anúncio a seguir. (2,5</p><p>pontos)</p><p>4) Utilize o fragmento textual que segue para discorrer sobre o objeto de estudos e os objetivos da</p><p>análise da conversação. Em sua resposta, apresente ao menos duas características do texto que</p><p>permitem caracterizá-lo como uma conversa. É possível, a partir dos pressupostos teóricos da</p><p>análise da conversação, analisar este fragmento textual? Por quê? (2,5 pontos)</p><p>— Você pensou bem no que vai fazer, Paulo?</p><p>— Pensei. Já estou decidido. Agora não volto atrás.</p><p>— Olhe lá, hein, rapaz... [...]</p><p>— Pense um pouco mais, Paulo. Reflita. Essas decisões súbitas...</p><p>— Mas que súbitas? Estamos praticamente separados há um ano!</p><p>— Dê outra chance ao seu casamento, Paulo.</p><p>— A Margarida é uma ótima mulher.</p><p>— Espera um pouquinho. Você mesmo deixou de freqüentar nossa casa por causa da Margarida. Depois</p><p>que ela chamou vocês de bêbados e expulsou todo mundo.</p><p>— E fez muito bem. Nós estávamos bêbados e tínhamos que ser expulsos.</p><p>— Outra coisa, Paulo. O divórcio. Sei lá.</p><p>— Eu não entendo mais nada. Você sempre defendeu o divórcio!</p><p>— É. Mas quando acontece com um amigo...</p><p>— Olha, Paulo. Eu não sou moralista. Mas acho a família uma coisa importantíssima. Acho que a família</p><p>merece qualquer sacrifício.</p><p>— Pense nas crianças, Paulo. No trauma.</p><p>— Mas nós não temos filhos!</p><p>— Nos filhos dos outros, então. No mau exemplo. [...]</p><p>(VERÍSSIMO, L.F. Os moralistas. In: As Mentiras que os Homens Contam. Rio de Janeiro: Editora Objetiva,</p><p>2000, p. 41).</p>