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<p>Slide 2</p><p>INTRODUÇÃO DO PRINCIPE:</p><p>O que é o Príncipe</p><p>Na sua obra mais famosa, Maquiavel, escreveu sobre a política na prática, como ela</p><p>é, e não no plano das ideias, na teoria presente nos livros, teve a coragem de colocar</p><p>no papel aquilo que considerava ser correto e incorreto, ético e condenável, para</p><p>um político se estabelecer no poder. O senso de moralidade de Maquiavel, no que se</p><p>referia a política, foi delineado com base no que ele assistia no dia a dia da vida pública</p><p>em Florença.</p><p>O objetivo maior de Maquiavel ao escrever O Príncipe era demonstrar todo o seu</p><p>conhecimento político prático para a família Médici, que estava no poder, a fim de</p><p>conseguir reaver o cargo público que tinha. Depois que o seu protetor Soderini saiu do</p><p>poder, Maquiavel ficou cada vez mais distante da vida pública de Florença. Através do</p><p>seu livro, Nicolau Maquiavel queria mostrar que estava por dentro das questões políticas</p><p>palacianas florentinas e dos principais centros da Europa. O destinatário do seu livro era</p><p>Lorenzo di Piero de Médici (1492-1519), que governou Florença durante três anos e a</p><p>quem Maquiavel tentou impressionar.</p><p>Modelo de Governança</p><p>Para Maquiavel, só há duas formas de governo: o Principado (governado por somente</p><p>uma pessoa), e a República (governado por mais de uma pessoa). Em O Príncipe,</p><p>Maquiavel discorre sobre o Principado, , no qual também são apresentadas suas</p><p>subdivisões (principados hereditários ou novos, estes novamente divididos em</p><p>inteiramente novos ou anexados). A intenção da obra é ensinar aos príncipes como</p><p>chegar ao poder e não perdê-lo, não perder seus territórios. Maquiavel enfatizou a</p><p>necessidade de se ter boas armas e boas leis, além de comandar e defender os</p><p>principados mais fracos que estiverem em torno do território principal. Esta medida é</p><p>preventiva, pois fortalece a fronteira contra possíveis inimigos.Ele apresenta duas</p><p>categorias de principados: os hereditários, que são passados de geração em geração,</p><p>são mais fáceis de governar pois já são vistos como sendo de famílias que têm direito</p><p>ao poder.</p><p>Os principados novos, conquistados através de força ou sorte. Os principados</p><p>novos encontram mais dificuldades para se estabelecerem, pois precisarão de apoio</p><p>para manter o território conquistado.</p><p> Maquiavel acreditava que a melhor forma de governo seria uma monarquia, onde</p><p>o governante tem total controle sobre o Estado e seu povo. Ele defendia que o</p><p>Príncipe deveria ser temido, mas também respeitado, e que deveria evitar ser</p><p>odiado pelos seus súditos. O autor também abordou a importância do exército e</p><p>a necessidade de manter um equilíbrio entre ações virtuosas e cruéis para</p><p>garantir a estabilidade do seu governo.</p><p>Aspectos Políticos</p><p>A obra de Maquiavel, "O Príncipe", foi proibida pela Igreja Católica (no século XVI).</p><p>Em "O Príncipe", propõe a separação entre a moral religiosa e a ética política e</p><p>afirmava que ser um bom cristão não era compatível com ser um bom político.</p><p>Maquiavel, em suas obras, aplicava um racionalismo e realismo que não eram</p><p>majoritários na época. Além disso, suas defesas não eram do interesse da Igreja, pois</p><p>ele separava a moral religiosa e a ética política e afastava-se da religião.</p><p>Maquiavel defendia o Estado Laico, o absolutismo e o uso da força pelo Estado para</p><p>manter o poder e a ordem civil.</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Principado</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Rep%C3%BAblica</p><p>https://pt.wikipedia.org/wiki/Principado</p><p>Slide 3</p><p>AUTOR E CONTEXTO HISTORICO:</p><p>Biografia de Maquiavel</p><p>Nicolau Maquiavel (1469-1527) foi um filósofo político, historiador, estadista e escritor</p><p>italiano, autor da obra-prima "O Príncipe". Foi profundo conhecedor da política da época</p><p>e a estudou em suas diferentes obras. Viveu durante o governo de Lourenço de Médici.</p><p>Realista e patriota, definiu os meios para a unificação da Itália. Nicolau Maquiavel</p><p>nasceu em Florença, Itália. Sua família de origem Toscana participou dos cargos</p><p>públicos por mais de três séculos. Interessado pelos problemas de seu tempo,</p><p>Maquiavel participou ativamente da política de Florença. Com 29 anos tornou-se</p><p>secretário da Segunda Chancelaria durante o governo de Piero Soderini. Tinha a seu</p><p>cargo questões militares e de ordem interna. Realizou várias missões diplomáticas</p><p>envolvendo a França, Alemanha, os Estados papais e diversas cidades italianas, como</p><p>Milão, Pisa e Veneza. Em 1512 quando os Médici derrubaram a República e retomaram</p><p>o governo de Florença, perdido em 1494, Maquiavel foi destituído de seu cargo e</p><p>recolheu-se ao exílio voluntário na propriedade de San Casciano, perto de Florença,</p><p>onde iniciou sua atividade de escritor político, historiador e literato. Durante o exílio,</p><p>escreveu também “O Príncipe” (1513) procurando demonstrar a superioridade do dialeto</p><p>florentino sobre os demais dialetos da Itália. Em 1519, anistiado, Maquiavel voltou para</p><p>Florença para exercer funções político-militares Em 1520, conseguiu do Cardeal Gíulio</p><p>de Médici a função remunerada de escrever a “História de Florença”. Nicolau Maquiavel</p><p>faleceu em Florença, Itália, no dia 22 de julho de 1527. Seu corpo foi sepultado na Igreja</p><p>da Santa Cruz, em Florença. Morreu sem ver seu sonho realizado, pois a unificação da</p><p>Itália só se completaria no século XIX.</p><p>Renascimento Italiano</p><p>Durante o Renascimento italiano, o Príncipe também foi influenciado pelas guerras e</p><p>conflitos políticos que assolaram a região. Para conquistar e se manter no poder, o</p><p>príncipe deve adotar ações políticas como a manipulação das alianças, o uso</p><p>estratégico da guerra e a habilidade de se adaptar às circunstâncias. A estabilidade</p><p>política e a busca do interesse próprio são os principais focos de Maquiavel. Ele defende</p><p>que o governante deve buscar a estabilidade política em vez de se preocupar com</p><p>questões religiosas. Isso se deve ao fato de que, para Maquiavel, a religião é apenas</p><p>um instrumento de controle utilizado pelo príncipe para manter-se no poder. Portanto, a</p><p>política é vista como a principal ferramenta para garantir a estabilidade e o sucesso do</p><p>governante</p><p>Reforma e Contrarreforma</p><p>A Reforma e Contrarreforma foram movimentos que impactaram a sociedade europeia</p><p>no século XVI, buscando reformar e reafirmar as práticas religiosas e a estrutura de</p><p>poder da Igreja Católica. Esses movimentos trouxeram questionamentos sobre a</p><p>autoridade religiosa e política, o que pode ter influenciado a abordagem de Maquiavel</p><p>em seu trabalho, o Príncipe. Além disso, a Reforma e Contrarreforma também</p><p>provocaram um clima de instabilidade e conflito entre diferentes facções religiosas e</p><p>governamentais. Essas tensões e disputas pelo poder podem ter sido elementos que</p><p>Maquiavel considerou em sua obra, já que o livro discute as estratégias e táticas</p><p>necessárias para manter o poder em um ambiente político volátil. A influência desses</p><p>movimentos na sociedade europeia da época certamente moldou o contexto em que O</p><p>Príncipe foi escrito.</p><p>Slide 4</p><p>O que o Príncipe Ensina</p><p>Realpolitik</p><p>Ele defendia a ideia de que um governante deve agir de acordo com as circunstâncias</p><p>e não se apegar a princípios morais. Segundo Maquiavel, a política deve ser baseada</p><p>em interesses e resultados concretos, em vez de considerações éticas ou religiosas.</p><p>Em sua obra, ele descreve as estratégias e táticas que um governante deve empregar</p><p>para alcançar e manter o poder. Para Maquiavel, a política não deveria ser governada</p><p>pela moral e pela ética, mas sim pelos resultados concretos que o governante precisa</p><p>alcançar para manter o poder. Ele propôs uma ideia prática e realista, conhecida como</p><p>Realpolitik, que pressupunha que a política deveria ser vista como uma arte que exige</p><p>táticas e estratégias para ser bem-sucedida. Em O Príncipe, ele defendeu que o</p><p>governante deve ser capaz de empregar a força sempre que necessário para manter a</p><p>estabilidade do Estado.</p><p>Militarismo</p><p>Maquiavel acreditava que o exército é uma das principais ferramentas do Estado,</p><p>essencial para garantir a segurança, a expansão territorial e a estabilidade interna. Além</p><p>disso, Maquiavel argumenta que o líder deve ser astuto e inteligente para manter-se no</p><p>controle, e que a moralidade não deve ser um obstáculo para alcançar esse objetivo.</p><p>Relação entre príncipe e súditos um príncipe deve manter uma relação de respeito e</p><p>cooperação com seus súditos. Ele também destaca a importância de evitar ser odiado</p><p>pelo povo, pois isso pode levar a uma rebelião. O Príncipe também argumenta que, se</p><p>necessário, um líder deve ser capaz de usar estratégias de manipulação e propaganda</p><p>para influenciar a opinião pública a seu favor. Além disso, Maquiavel considera essencial</p><p>que o príncipe se mantenha vigilante contra possíveis traições ou conspirações dentro</p><p>de seu próprio círculo de poder. Ele destaca a importância de identificar e neutralizar</p><p>qualquer ameaça à sua autoridade. Para isso, Maquiavel sugere que o príncipe</p><p>estabeleça uma rede de informantes e espiões que possam monitorar a lealdade dos</p><p>membros próximos e identificar potenciais inimigos. Além disso, ele destaca a</p><p>importância de recompensar aqueles que demonstram fidelidade e punir aqueles que</p><p>se mostram traidores, a fim de demonstrar sua autoridade e garantir a estabilidade no</p><p>reino. Dessa forma, o príncipe estará apto a proteger sua posição de poder e manter o</p><p>controle sobre seus súditos.</p><p>Riqueza e Poder</p><p>Maquiavel destacou a importância da riqueza e do poder para manter o controle sobre</p><p>o território. Conquistar e Manter o Poder. Além disso, o autor defendia a ideia de que o</p><p>príncipe deveria se manter distante dos vícios e hábitos comuns, pois isso poderia</p><p>enfraquecer sua posição. Ele acreditava que o governante deveria ser astuto e sempre</p><p>buscar o interesse do Estado acima de tudo, mesmo que isso implicasse em atos cruéis</p><p>ou impopulares. A estabilidade do Estado também era um aspecto crucial para</p><p>Maquiavel. Ele acreditava que o príncipe deveria fazer todo o possível para evitar</p><p>conflitos internos, pois eles enfraqueceriam o seu governante e abririam caminho para</p><p>a queda do poder. Além disso, o autor enfatizava a importância de manter uma</p><p>reputação sólida, pois a reputação de um governante afetava diretamente sua</p><p>capacidade de governar.</p><p>Slides 5,6</p><p>Ideias Centrais do Príncipe:</p><p>Virtu e fortuna: Maquiavel também explora a relação entre virtu (habilidade e talento)</p><p>e fortuna (sorte e circunstância) no contexto do poder político.Ele argumenta que,</p><p>embora a fortuna possa influenciar, é a virtu do líder que determina seu sucesso. No</p><p>entanto, Maquiavel ressalta que a fortuna é volátil e que, mesmo com virtu, um líder não</p><p>pode controlar todas as circunstâncias externas. O autor também discute o conceito de</p><p>virtú e fortuna, destacando que a habilidade e talento de um líder são determinantes</p><p>para o sucesso, embora a sorte e as circunstâncias também desempenhem um papel.</p><p>Maquiavel reconhece a volatilidade da fortuna e ressalta que, mesmo com virtú, um líder</p><p>não tem controle total sobre todas as situações externas. No entanto, é através da virtú</p><p>que o líder tem a capacidade de enfrentar e superar os desafios impostos pela fortuna.</p><p>Ações populares e ações impopulares: Maquiavel discute a distinção entre ações</p><p>populares e ações impopulares em "O Príncipe". Ele afirma que, em certas</p><p>circunstâncias, é necessário para um líder realizar ações impopulares para preservar o</p><p>poder e a estabilidade do Estado. No entanto, ele adverte que essas ações devem ser</p><p>usadas com sabedoria e moderação, para evitar a alienação do povo. Melhor ainda é</p><p>se um líder conseguir realizar ações populares que sejam benéficas para o Estado, pois</p><p>dessa forma ele ganha o apoio e a lealdade do povo. Maquiavel ressalta que o líder</p><p>deve ter a habilidade de adaptar suas ações de acordo com as circunstâncias e o</p><p>contexto político, sempre buscando o equilíbrio entre a popularidade e a necessidade</p><p>de preservar o poder.</p><p>Ser amado é bom, mas é preferível ser temido: Maquiavel afirma que é preferível um</p><p>líder ser temido do que amado. Ele argumenta que o medo pode ser mais eficaz em</p><p>manter o poder e controlar o povo, enquanto o amor pode ser volátil e facilmente</p><p>perdido. No entanto, ele ressalta que um líder deve evitar ser odiado, pois isso pode</p><p>levar à sua queda. Para evitar ser odiado e manter o poder, Maquiavel destaca a</p><p>importância de agir com prudência e sabedoria. Ele argumenta que um líder deve ser</p><p>capaz de equilibrar o medo e o respeito, demonstrando força quando necessário, mas</p><p>também mostrando compaixão e benevolência quando apropriado. Ao adotar essa</p><p>abordagem, é possível manter uma base sólida de apoio e garantir a estabilidade do</p><p>governo.</p><p>Estado de Natureza: Maquiavel acreditava que, em seu estado natural, os homens não</p><p>têm noção de moralidade e só pensam em satisfazer os seus desejos. No entanto, ele</p><p>argumenta que é necessário um estado soberano para impor ordem e controlar esses</p><p>instintos humanos. Maquiavel descreve o estado de natureza como caótico e violento,</p><p>justificando assim a necessidade do poder político. Para Maquiavel, ações impopulares</p><p>são muitas vezes necessárias para garantir a ordem e a estabilidade do Estado. Ele</p><p>argumenta que, embora ser amado seja desejável, manter o poder é a prioridade mais</p><p>importante de um príncipe. Por esta razão, o líder deve optar por ações difíceis e</p><p>impopulares, se for necessário para manter sua posição.</p><p>Divisão de Poderes: Maquiavel separava as funções de líderes em conquista e</p><p>manutenção do poder, conforme as necessidades do momento. Ele defendeu a ideia de</p><p>que um príncipe deve ter um controle completo sobre suas forças armadas, e incentivou</p><p>os governantes a estarem preparados para a guerra a qualquer momento. Além disso,</p><p>Maquiavel acreditava que a divisão de poderes poderia enfraquecer o estado e torná-lo</p><p>vulnerável a inimigos internos e externos. Portanto, ele enfatizou a importância de um</p><p>líder centralizado e autoritário, capaz de tomar decisões rápidas e eficazes para garantir</p><p>a estabilidade do Estado. Maquiavel acreditava que a concentração do poder nas mãos</p><p>de um único líder era fundamental para evitar a desunião e a fragilidade política que</p><p>poderiam surgir com a divisão de poderes. Dessa forma, ele defendeu um governo</p><p>autocrático e centralizado como a melhor forma de garantir a sobrevivência e o sucesso</p><p>do Estado.</p><p>Cero Toleratione: Maquiavel defende a ideia da não tolerância à traição, principalmente</p><p>de nobres e líderes, com penas exemplares. Ele acreditava que a traição minava a</p><p>autoridade e a estabilidade do Estado, enfraquecendo a capacidade do líder de tomar</p><p>decisões assertivas. Para evitar isso, Maquiavel argumentou que punições severas</p><p>deveriam ser aplicadas aos traidores, como forma de dissuadir outros de agirem de</p><p>maneira semelhante. Essa postura inflexível visava manter a coesão e o poder</p><p>consolidado nas mãos do líder. Além disso, Maquiavel afirmou que o líder deveria ser</p><p>temido ao invés de amado, pois o medo seria um grande aliado para manter a ordem e</p><p>a obediência do povo, enquanto o amor poderia ser volúvel e trazer instabilidade nas</p><p>relações de poder. Para ele, o governante deveria ser visto como uma figura</p><p>inquestionável e respeitada pelos cidadãos, como uma forma de manter a estabilidade</p><p>do Estado. Por fim, Maquiavel defendeu que o Estado deveria buscar a sua própria</p><p>grandeza sem se preocupar com ideais moralistas ou religiosos, pois a política deveria</p><p>ser guiada pela razão e não por sentimentos.</p><p>Os fins justificam os meios: Maquiavel não disse essa frase, mas ela foi atribuída à</p><p>sua obra por estar alinhada com o seu pensamento. Porque ele defende a ideia de que</p><p>os fins justificam os meios na política. Ele argumenta que, em certos casos, é</p><p>permissível e até necessário usar métodos questionáveis para atingir objetivos políticos</p><p>importantes. No entanto, ele destaca que</p><p>essa abordagem deve ser utilizada com</p><p>cautela e ponderação, levando em consideração as consequências a longo prazo. Além</p><p>disso, Maquiavel enfatiza a importância do realismo político, afirmando que os líderes</p><p>devem ser pragmáticos e não se deixar iludir por ilusões ou ideais utópicos. Ele</p><p>argumenta que é fundamental compreender e lidar com a política como ela realmente</p><p>é, em vez de como deveria ser idealmente. Isso implica tomar decisões difíceis e muitas</p><p>vezes impopulares, mas essenciais para a manutenção do poder e da estabilidade.</p><p>Slide 7</p><p>Críticas ao Príncipe</p><p>Absolutismo: O Príncipe é criticado por ser muito associado ao absolutismo e ditadura,</p><p>bem como pela ideia do Fim Justifica os Meios. Entretanto, as críticas ao Príncipe não</p><p>podem ser totalmente descartadas, especialmente quando se trata da adoção de</p><p>medidas extremas e antiéticas para atingir determinados fins. Além disso, há também a</p><p>crítica de que a visão de Maquiavel sobre o poder e a política pode levar a uma falta de</p><p>consideração pelos direitos e bem-estar dos cidadãos, resultando em possíveis abusos</p><p>de poder. Apesar das críticas ao Príncipe, é importante destacar que o objetivo central</p><p>de Maquiavel era oferecer um manual prático para governantes que desejavam se</p><p>manter no poder, em uma época marcada por conflitos e instabilidade política. Ao</p><p>descrever os meios extremos e antiéticos, Maquiavel buscava explorar as realidades do</p><p>exercício do poder, ainda que isso suscite debates sobre a moralidade de suas</p><p>propostas. É necessário, portanto, analisar as ideias do Príncipe dentro de seu contexto</p><p>histórico e político.</p><p>Desumanidade: Muitos consideram que O Príncipe se concentra demasiadamente na</p><p>estabilidade política, ignorando o bem-estar humano. Essa abordagem focada na</p><p>estabilidade política pode ser vista como uma forma de desumanidade, já que</p><p>negligencia a importância dos direitos e do bem-estar dos cidadãos. Ao colocar o poder</p><p>e a estabilidade acima de tudo, o Príncipe deixa de considerar o impacto dessas</p><p>políticas sobre as pessoas comuns e seus direitos fundamentais. Isso levanta questões</p><p>sobre a ética e a responsabilidade dos governantes em relação ao seu povo. Nesse</p><p>sentido, é válido considerar se a visão apresentada por O Príncipe é moralmente</p><p>justificável ou se fere princípios éticos fundamentais. A análise das ideias de Maquiavel</p><p>dentro do contexto histórico e político é essencial para compreender até que ponto a</p><p>desumanidade é uma característica inerente ao exercício do poder. É necessário refletir</p><p>sobre os limites e responsabilidades dos governantes no equilíbrio entre estabilidade e</p><p>bem-estar da sociedade</p><p>Imoralidade: Críticos acusam O Príncipe de imoralidade, argumentando que Maquiavel</p><p>promoveu o uso da mentira e da fraude. Essas ações, de acordo com os críticos, são</p><p>contrárias aos valores éticos e aos direitos fundamentais das pessoas. No entanto,</p><p>defensores de Maquiavel argumentam que suas ideias eram um reflexo realista da</p><p>natureza do poder e das circunstâncias políticas da época. Eles afirmam que a</p><p>imoralidade pode ser justificada em determinadas situações para manter a estabilidade</p><p>e o bem-estar da sociedade. Apesar de parecer controverso, é importante ter em mente</p><p>que a moralidade pode ser relativa e mudar conforme o contexto e situação. Muitas</p><p>vezes, governantes podem se ver em circunstâncias extremas que os forcem a usar</p><p>táticas que não seriam consideradas éticas em tempos de paz. Entretanto, é importante</p><p>avaliar caso a caso para que a justificativa da imoralidade não seja utilizada como</p><p>desculpa para práticas corruptas ou abuso de poder.</p><p>Slides 8</p><p>Conclusão e Aplicação Atual</p><p>Práticas Atuais: O Príncipe é estudado até hoje por políticos e líderes, como uma</p><p>referência em técnicas de governo, no que se refere ao poder, à segurança, à economia</p><p>e aos assuntos militares. Muitos princípios discutidos por Maquiavel no livro ainda são</p><p>considerados relevantes e aplicáveis nos dias de hoje. Ainda há debates sobre o</p><p>equilíbrio entre a moralidade e a eficiência na tomada de decisões políticas,</p><p>especialmente em momentos de crise. No entanto, é importante lembrar que a ética e a</p><p>integridade também desempenham um papel crucial na manutenção da confiança</p><p>pública e na sustentabilidade de qualquer governo. Além disso, a transparência e a</p><p>prestação de contas são cada vez mais valorizadas pelos cidadãos, influenciando a</p><p>forma como os governantes são avaliados. A sociedade atual exige uma abordagem</p><p>ética e responsável por parte dos líderes, a fim de garantir um ambiente político</p><p>saudável e livre de corrupção. Assim, embora o "O Príncipe" de Maquiavel ainda seja</p><p>estudado e debatido, é fundamental adaptar seus princípios à realidade contemporânea,</p><p>levando em consideração os avanços éticos e as demandas da sociedade atual.</p><p>Linhas de Discussão: O Príncipe continua gerando discussões sobre ética, moral,</p><p>manipulação, confiança, poder e liderança. Essas linhas de discussão são essenciais</p><p>para entender as implicações das estratégias descritas por Maquiavel no contexto</p><p>político atual. Além disso, é importante avaliar como os líderes contemporâneos estão</p><p>se adaptando a essas demandas éticas e desenvolvendo abordagens de liderança que</p><p>sejam mais inclusivas, transparentes e responsáveis. Outra questão importante que</p><p>surge dessas linhas de discussão é a necessidade de conscientização e participação</p><p>ativa dos cidadãos na construção de um ambiente político saudável e democrático.</p><p>Afinal, a responsabilidade pela promoção de valores éticos e pela fiscalização dos</p><p>governantes não deve ser exclusiva dos líderes, mas também dos indivíduos comuns.</p><p>Dessa forma, é possível garantir uma sociedade mais justa e livre de corrupção.</p><p>Aplicação Atual: As ideias do Príncipe continuam sendo aplicadas em muitas áreas,</p><p>como gestão de empresas e liderança em geral. No entanto, é importante ressaltar que</p><p>algumas críticas também surgiram em relação à aplicação dessas abordagens de</p><p>liderança, questionando sua efetividade em promover uma verdadeira transformação</p><p>ética. Portanto, é fundamental continuarmos analisando e debatendo as implicações</p><p>dessas práticas e buscar constantemente novas formas de liderança ética e</p><p>responsável. Além disso, é necessário considerar o contexto atual e os desafios que a</p><p>sociedade enfrenta, como a rápida evolução tecnológica e as demandas por</p><p>sustentabilidade. Essas questões trazem novos dilemas éticos que devem ser</p><p>abordados na busca por uma liderança efetiva. Assim, a aplicação das ideias do</p><p>Príncipe deve estar sempre em constante adaptação e atualização para lidar com os</p><p>desafios contemporâneos.</p><p>Muitos ainda enxergam o livro como um guia de instruções para se manter no poder,</p><p>mas outros consideram que a obra de Maquiavel pode ser interpretada de diferentes</p><p>formas, dependendo do contexto histórico e político. É inegável que as ideias do autor</p><p>ainda influenciam o pensamento político contemporâneo.</p>

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