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<p>Modalidades de usucapião</p><p>➢ O que é usucapião?</p><p>Usucapião é um direito legal que permite a uma pessoa se tornar proprietária de um bem,</p><p>seja ele imóvel (como um terreno ou casa) ou móvel (como um veículo), após possuí-lo</p><p>por um certo período de tempo de maneira contínua, pacífica e sem oposição do dono</p><p>original. Para isso, é necessário atender a alguns requisitos, como demonstrar o "animus</p><p>domini" (intenção de ser dono) e não ter sofrido oposição ao longo do tempo de posse.</p><p>Usucapião não se aplica a bens públicos.</p><p>Trata-se de um modo originário de aquisição da propriedade por meio da posse</p><p>mansa e pacifica ao longo do tempo fixado em lei e desde que seja quitado o</p><p>tributo pela transmissão do bem. (FIGUEREDO, Luciano; FUGUEREDO,</p><p>Roberto, 2024)</p><p>Art. 183. CF/88 - Aquele que possuir como sua área urbana de</p><p>até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos,</p><p>ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia</p><p>ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja</p><p>proprietário de outro imóvel urbano ou rural.</p><p>§1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos</p><p>ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado</p><p>civil.</p><p>§2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais</p><p>de uma vez.</p><p>§3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.</p><p>Art. 191. CF/88 - Aquele que, não sendo proprietário de imóvel</p><p>rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos,</p><p>sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a</p><p>cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de</p><p>sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a</p><p>propriedade.</p><p>Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por</p><p>usucapião.</p><p>➢ Requisitos da Usucapião</p><p>Baseado em menção de Gomis y Muñoz feita por Orlando Gomes, nosso autor arrola três</p><p>requisitos gerais da usucapião:</p><p>1. Requisitos pessoais → Referem-se à qualificação do possuidor e do</p><p>proprietário. O possuidor deve ter capacidade e legitimidade (não têm</p><p>legitimidade o cônjuge em relação ao bem comum do casal, os ascendentes e</p><p>descendentes, os incapazes e seus representantes, em relação aos bens uns dos</p><p>outros, e o condômino em relação ao bem comum); o proprietário deve ser o</p><p>titular do bem da usucapião.</p><p>2. Requisitos reais → Abrangem os bens e direitos que podem ser objeto de</p><p>usucapião (a princípio, qualquer móvel ou imóvel), e aí se incluem todos os</p><p>bens prescritíveis, como propriedade, servidões, enfiteuse, uso e habitação.</p><p>3. Requisitos formais → São a posse e o tempo, que são comuns em todas as</p><p>modalidades de usucapião.</p><p>➢ Modalidades do Usucapião:</p><p>I. Extraordinário</p><p>A usucapião extraordinária é uma modalidade de aquisição de propriedade que ocorre</p><p>quando alguém exerce a posse de um bem imóvel de maneira contínua e sem interrupção</p><p>por um longo período de tempo, sem a necessidade de justo título ou boa-fé. Essa posse</p><p>pode ser inicial, inclusive, de forma violenta, clandestina ou precária, desde que a situação</p><p>se normalize e o possuidor mantenha o imóvel por tempo suficiente.</p><p>ELA INDEPENDE DE TITULO OU BOA-FÉ, CONTENTANDO-SE COM UM</p><p>MERO DECURSO DE PRAZO DE 15 (QUINZE) ANOS.</p><p>OBS.: Esse prazo é reduzido para 10 (DEZ) ANOS no caso da posse de trabalho.</p><p>Requisitos da usucapião extraordinária:</p><p>1. Posse prolongada e ininterrupta: O possuidor deve exercer a posse sobre o</p><p>imóvel por 15 anos, de forma contínua, sem oposição do proprietário ou de</p><p>terceiros.</p><p>2. Posse mansa e pacífica: A posse deve ser exercida de maneira pacífica, ou seja,</p><p>sem contestação judicial ou interferência que interrompa a continuidade do uso.</p><p>3. Dispensa de justo título e boa-fé: Diferente de outras modalidades de usucapião,</p><p>não é necessário que o possuidor tenha um documento formal que justifique a</p><p>posse (justo título) ou que a posse tenha sido adquirida de boa-fé. Isso significa</p><p>que o possuidor pode adquirir o imóvel mesmo que soubesse, desde o início, que</p><p>ele pertencia a outra pessoa.</p><p>Redução do prazo:</p><p>O prazo pode ser reduzido de 15 para 10 anos se o possuidor tiver estabelecido sua</p><p>moradia habitual no imóvel ou realizado nele obras ou serviços de caráter produtivo.</p><p>“A usucapião extraordinária é disciplinada no art. 1.238 do Código Civil e seus</p><p>requisitos são: posse de quinze anos (que pode reduzir-se a dez anos se o possuidor</p><p>houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual ou nele realizado obras ou</p><p>serviços de caráter produtivo), exercida com ânimo de dono, de forma contínua,</p><p>mansa e pacificamente. Dispensam-se os requisitos do justo título e da boa-fé.”</p><p>GONÇALVES (2020, p. 240)</p><p>“A usucapião de coisas móveis não apresenta a mesma importância da de imóveis.</p><p>Prevê o Código Civil prazos mais reduzidos para a primeira. […] A extraordinária</p><p>é prevista no art. 1.261 […]” GONÇALVES (2020, p. 304)</p><p>Lei Nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02</p><p>Art. 1.238. Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem</p><p>oposição, possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade,</p><p>independentemente de título e boa-fé; podendo requerer ao juiz</p><p>que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para</p><p>o registro no Cartório de Registro de Imóveis.</p><p>[…]</p><p>Art. 1.261. Se a posse da coisa móvel se prolongar por cinco</p><p>anos, produzirá usucapião, independentemente de título ou boa-</p><p>fé.</p><p>Posse qualificada:</p><p>“O conceito de “posse-trabalho”, quer se corporifique na construção de uma</p><p>residência, quer se concretize em investimentos de caráter produtivo ou cultural,</p><p>levou o legislador a reduzir para dez anos a usucapião extraordinária, como consta</p><p>do parágrafo único supratranscrito. Para que ocorra a redução do prazo não basta</p><p>comprovar o pagamento de tributos, uma vez que, num país com grandes áreas</p><p>despovoadas, poderia o fato propiciar direitos a quem não se encontre em situação</p><p>efetivamente merecedora do amparo legal. Pareceu mais conforme aos ditames</p><p>sociais, segundo justificativa apresentada por Miguel Reale, situar o problema em</p><p>termos de “posse-trabalho”, que se manifesta por meio de obras e serviços</p><p>realizados pelo possuidor ou de construção, no local, de sua morada.”</p><p>GONÇALVES (2020, p. 241)</p><p>Lei Nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil</p><p>Art. 1.238, Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo</p><p>reduzir-se-á a dez anos se o possuidor houver estabelecido no</p><p>imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou</p><p>serviços de caráter produtivo.</p><p>II. Ordinária</p><p>A usucapião ordinária é uma modalidade de aquisição de propriedade que ocorre</p><p>quando alguém exerce a posse de um imóvel por um período de tempo determinado, de</p><p>forma contínua, pacífica e com justo título e boa-fé. É uma forma de reconhecer o direito</p><p>de propriedade ao possuidor que agiu de maneira correta e acreditava legitimamente que</p><p>era o proprietário do bem.</p><p>ELA EXIGE-SE TANTO O JUSTO TITULO, QUANTO A BOA-FÉ. O LAPSO</p><p>TEMPORAL É MENOR, DE 10 OU 5 (DEZ OU CINCO) ANOS.</p><p>OBS.: “E POSSIVEL QUE UMA PESSOA ADIQUIRA A PROPRIEDADE PELA</p><p>USUCAPIÃO ORDINARIA DE MAIS DE UM BEM, INDEPENDENTEMENTE</p><p>DA AREA.” (FIGUEREDO, Luciano; FUGUEREDO, Roberto, 2024)</p><p>Requisitos da usucapião ordinária:</p><p>1. Posse contínua e ininterrupta por 10 anos: O possuidor deve manter a posse do</p><p>imóvel de forma contínua, sem interrupção e sem oposição do proprietário ou de</p><p>terceiros por pelo menos 10 anos.</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02</p><p>2. Justo título: É necessário que o possuidor tenha um documento que justifique a</p><p>sua posse, como, por exemplo, um contrato de compra e venda, uma escritura ou</p><p>outro título que demonstre que ele adquiriu o imóvel acreditando que estava</p><p>fazendo de forma legítima.</p><p>3. Boa-fé:</p><p>O possuidor deve acreditar sinceramente que tem o direito sobre o imóvel.</p><p>Isso significa que ele não sabia que o imóvel pertencia a outra pessoa, ou seja, ele</p><p>acreditava ser o verdadeiro dono no momento em que passou a possuir o bem.</p><p>“A usucapião ordinária apresenta os seguintes requisitos: posse de dez anos, exercida</p><p>com ânimo de dono, de forma contínua, mansa e pacificamente, além de justo título</p><p>e boa-fé.” GONÇALVES (2020, p. 241):</p><p>Lei Nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil</p><p>Art. 1.242. Adquire também a propriedade do imóvel aquele que,</p><p>contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o</p><p>possuir por dez anos.</p><p>[…]</p><p>Art. 1.260. Aquele que possuir coisa móvel como sua, contínua e</p><p>incontestadamente durante três anos, com justo título e boa-fé,</p><p>adquirir-lhe-á a propriedade.</p><p>Posse qualificada:</p><p>“Aduza-se que o parágrafo único do art. 1.242 do Código Civil trouxe uma</p><p>inovação: prevalece a aquisição por usucapião ordinária, ainda no caso de ter sido</p><p>o imóvel adquirido por ato oneroso e conste o instrumento de registro público,</p><p>cancelado posteriormente por sentença. Neste caso, o tempo fica reduzido a cinco</p><p>anos, “desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou</p><p>realizado investimentos de interesse social e econômico”, ou seja, desde que nele</p><p>tenham feito despesas que não sejam de interesse apenas do possuidor, mas que</p><p>se projetem socialmente. O inconveniente maior desta última ressalva, pondera</p><p>Caio Mário, é a margem aberta ao subjetivismo do juiz, devido à falta de um</p><p>parâmetro em que se possa apoiar. Se o cancelamento do título decorre da nulidade</p><p>do negócio jurídico, não se tem justo título. Isso só é possível em sendo o negócio</p><p>jurídico anulável, ou se o que se debateu foi a respeito da validade do registro. E</p><p>assim o é porque o sistema brasileiro de registro é substantivo, ou seja, a eficácia</p><p>ou ineficácia do negócio jurídico repercute no registro de imóveis.”</p><p>GONÇALVES (2020, p. 275)</p><p>Lei Nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil</p><p>Art. 1.242, Parágrafo único. Será de cinco anos o prazo previsto</p><p>neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente,</p><p>com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada</p><p>posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem</p><p>estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de</p><p>interesse social e econômico.</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652242/paragrafo-1-artigo-1242-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652274/artigo-1242-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02</p><p>III. Especial rural ou pro-labore ou rústico</p><p>A usucapião especial rural é destinada àqueles que utilizam a terra para fins de</p><p>subsistência e moradia, sendo uma modalidade voltada à promoção da função social da</p><p>propriedade rural. Essa usucapião visa beneficiar pequenos agricultores que não possuem</p><p>outra propriedade.</p><p>Requisitos:</p><p>• Posse ininterrupta por 5 anos.</p><p>• A área rural não pode exceder 50 hectares.</p><p>• O possuidor e sua família devem utilizar o imóvel para sua moradia e produção.</p><p>• Não pode ser proprietário de outro imóvel, seja ele rural ou urbano.</p><p>“A usucapião especial rural ou pro labore surgiu, no direito brasileiro, com</p><p>a Constituição Federal de 1934, sendo conservada na Carta outorgada de 1937 e</p><p>na Constituição de 1946. A Constituição de 1967 e a Emenda Constitucional de 1969</p><p>não repetiram o texto das anteriores, mas a última consignou os seus requisitos</p><p>básicos, remetendo a sua disciplina à lei ordinária. Enquanto não regulamentada,</p><p>aplicou-se a Lei n. 4.504, de 30 de novembro de 1964, denominada Estatuto da Terra,</p><p>até o advento da Lei n. 6.969, de 10 de dezembro de 1981, elaborada especialmente</p><p>para regulamentar a aquisição, por usucapião especial, de imóveis rurais. Preceitua o</p><p>seu art. 1º: “Todo aquele que, não sendo proprietário rural nem urbano, possuir como</p><p>sua, por 5 (cinco) anos ininterruptos, sem oposição, área rural contínua, não excedente</p><p>de 25 (vinte e cinco) hectares, e a houver tornado produtiva com seu trabalho e nela</p><p>tiver sua morada, adquirir-lhe-á o domínio, independentemente de justo título e boa-</p><p>fé, podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título</p><p>para transcrição no Registro de Imóveis”. GONÇALVES (2020, p. 242)</p><p>Lei Nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil</p><p>Art. 1.239. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural</p><p>ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem</p><p>oposição, área de terra em zona rural não superior a cinquenta</p><p>hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua</p><p>família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.</p><p>Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988</p><p>Art. 191. Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou</p><p>urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem</p><p>oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinquenta</p><p>hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua</p><p>família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade.</p><p>Parágrafo único. Os imóveis públicos não serão adquiridos por</p><p>usucapião.</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92083/constituicao-da-republica-dos-estados-unidos-do-brasil-34</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92058/constituicao-dos-estados-unidos-do-brasil-46</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/92036/constituicao-federal-1967-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1967</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104451/estatuto-da-terra-lei-4504-64</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/104451/estatuto-da-terra-lei-4504-64</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/128277/lei-6969-81</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988</p><p>IV. Urbana ou “pro misero”</p><p>A usucapião especial urbana é voltada para moradores de áreas urbanas que utilizam o</p><p>imóvel para fins de moradia. Essa modalidade também busca promover a função social</p><p>da propriedade urbana.</p><p>Requisitos:</p><p>• Posse ininterrupta por 5 anos.</p><p>• O imóvel urbano não pode exceder 250 metros quadrados.</p><p>• O possuidor e sua família devem utilizar o imóvel para moradia.</p><p>• Não pode ser proprietário de outro imóvel, seja ele rural ou urbano.</p><p>“A usucapião especial urbana constitui inovação trazida pela Constituição Federal de</p><p>1988, estando regulamentada em seu art. 183, verbis: “Aquele que possuir como sua</p><p>área urbana de até duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos,</p><p>ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família,</p><p>adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou</p><p>rural”. Tal espécie não se aplica à posse de terreno urbano sem construção, pois é</p><p>requisito a sua utilização para moradia do possuidor ou de sua família. Por outro lado,</p><p>não reclama justo título nem boa-fé, como também ocorre com a usucapião especial</p><p>rural e já foi dito. Acrescentam os §§ 2º e 3º do dispositivo constitucional</p><p>supratranscrito que “esse direito não será reconhecido ao novo possuidor mais de uma</p><p>vez” e que os “imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião”. O título de</p><p>domínio e a concessão de uso serão conferidos ao homem ou à mulher, ou a ambos,</p><p>independentemente do estado civil (§ 1º). Como se trata de inovação trazida pela Carta</p><p>de 1988, conforme mencionado, não se incluem no preceito constitucional as posses</p><p>anteriores. O prazo de cinco anos só começou a contar, para os interessados, a partir</p><p>da vigência da atual Constituição. O novo direito não poderia retroagir,</p><p>surpreendendo o proprietário com uma situação</p><p>jurídica anteriormente não prevista.</p><p>Assim, os primeiros pedidos somente puderam ser formulados a partir de 5 de outubro</p><p>de 1993. No art. 1.240, o Código Civil de 2002 reproduziu, integralmente, o</p><p>art. 183, §§ 1º e 2º, da Constituição Federal. Tem legitimidade para usucapir o</p><p>possuidor, como pessoa física. A lei exige do prescribente que utilize o imóvel para</p><p>sua moradia ou de sua família. A pessoa jurídica, tendo sede e não residência, não tem</p><p>família e, portanto, não está legitimada para arguir a prescrição aquisitiva.”</p><p>GONÇALVES (2020, p. 244)</p><p>Lei Nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil</p><p>Art. 1.240. Aquele que possuir, como sua, área urbana de até</p><p>duzentos e cinquenta metros quadrados, por cinco anos</p><p>ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia</p><p>ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja</p><p>proprietário de outro imóvel urbano ou rural.</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/2721464/artigo-183-da-constituicao-federal-de-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652462/artigo-1240-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/2721464/artigo-183-da-constituicao-federal-de-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10657451/paragrafo-1-artigo-183-da-constituicao-federal-de-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10657415/paragrafo-2-artigo-183-da-constituicao-federal-de-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02</p><p>§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos</p><p>ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado</p><p>civil.</p><p>§ 2º O direito previsto no parágrafo antecedente não será</p><p>reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez.</p><p>Constituição da Republica Federativa do Brasil de 1988</p><p>Art. 183. Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos</p><p>e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente</p><p>e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família,</p><p>adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de</p><p>outro imóvel urbano ou rural.</p><p>§ 1º O título de domínio e a concessão de uso serão conferidos</p><p>ao homem ou à mulher, ou a ambos, independentemente do estado</p><p>civil.</p><p>§ 2º Esse direito não será reconhecido ao mesmo possuidor mais</p><p>de uma vez.</p><p>§ 3º Os imóveis públicos não serão adquiridos por usucapião.</p><p>V. Coletiva</p><p>A usucapião especial urbana coletiva é uma modalidade voltada para grupos de pessoas</p><p>que ocupam áreas urbanas, especialmente em casos de ocupações de grande escala, como</p><p>comunidades e favelas. Ela permite que o direito de propriedade seja reconhecido para o</p><p>grupo, transformando a área em um condomínio.</p><p>Requisitos:</p><p>• Posse ininterrupta por 5 anos.</p><p>• A área deve ser urbana e sua metragem deve ser dividida entre os possuidores de</p><p>modo que cada um fique com uma parte inferior a 250 metros quadrados.</p><p>• Os possuidores não podem ser proprietários de outros imóveis.</p><p>• A posse deve ser exercida para fins de moradia.</p><p>“Indaga-se se a usucapião urbana coletiva constitui modalidade distinta daquela</p><p>estabelecida no art. 183 da Constituição Federal e se as posses anteriores à vigência</p><p>do mencionado Estatuto podem ser computadas. Segundo o magistério de Benedito</p><p>Silvério Ribeiro, os que entendem não se tratar de nova modalidade de usucapião</p><p>argumentam que o legislador do Estatuto apenas forneceu instrumento para viabilizar</p><p>situações peculiares da já conhecida usucapião constitucional urbana. Assim, a</p><p>usucapião coletiva nada mais é do que uma espécie de usucapião urbana</p><p>constitucional, apenas ostentando algumas facetas peculiares para solucionar</p><p>situações fáticas que encontravam obstáculos de natureza formal para consumação da</p><p>prescrição aquisitiva. Aduz-se que o Estatuto da Cidade teve período de vacatio legis</p><p>suficientemente longo para que eventuais titulares do domínio ajuizassem ações para</p><p>retomar os imóveis ocupados, não sendo colhidos, assim, de surpresa pela suposta</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/2721464/artigo-183-da-constituicao-federal-de-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101340/estatuto-da-cidade-lei-10257-01</p><p>nova modalidade de prescrição aquisitiva. Entretanto, aduz o mencionado jurista, é</p><p>de se ponderar que o prazo de noventa dias mostra-se curto para a defesa da</p><p>propriedade. Além disso, o Estatuto afasta a possibilidade de usucapião individual de</p><p>área que ultrapassar o limite máximo de metragem, de duzentos e cinquenta metros</p><p>quadrados, permitida no art. 183 da Constituição Federal. Ademais, a finalidade</p><p>buscada na usucapião coletiva é a formação de um condomínio, cabendo frações</p><p>ideais a cada um dos condôminos, até mesmo de forma diferenciada. O acréscimo de</p><p>posse (accessio possessionis), que não era admitido na modalidade constitucional do</p><p>art. 183, constitui inovação do legislador ordinário. Todas essas circunstâncias estão</p><p>a evidenciar que se trata de nova figura ou modalidade de usucapião, cuja contagem</p><p>do prazo prescricional deve ocorrer a partir da vigência do art. 10 do Estatuto da</p><p>Cidade. Não há um limite do tamanho da área, que deve ser de propriedade particular,</p><p>uma vez que é proibido usucapir terras públicas (CF, art. 183, § 3º; CC, art. 102; STF,</p><p>Súmula 340). Não se trata de terra bruta, mas sim ocupada por pessoas que vivem em</p><p>barracos ou habitações precárias construídas com material frágil, até mesmo com</p><p>coberturas improvisadas. Tendo em vista os parâmetros constitucionais, não se admite</p><p>que cada um dos ocupantes receba parte ideal, conquanto possa ser diferenciada</p><p>(Estatuto da Cidade, art. 10, § 3º), superior a duzentos e cinquenta metros quadrados,</p><p>extensão estipulada para moradia urbana, consoante se infere do preceito contido no</p><p>caput do mencionado art. 183 da Constituição Federal.” GONÇALVES (2020, p. 249)</p><p>Lei Nº 10.257 de 10 de julho de 2001.</p><p>Regulamenta os arts. 182 e 183 da Constituição Federal,</p><p>estabelece diretrizes gerais da política urbana e dá outras</p><p>providências</p><p>Art. 10. Os núcleos urbanos informais existentes sem oposição</p><p>há mais de cinco anos e cuja área total dividida pelo número de</p><p>possuidores seja inferior a duzentos e cinquenta metros</p><p>quadrados por possuidor são suscetíveis de serem usucapidos</p><p>coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários</p><p>de outro imóvel urbano ou rural. (Redação dada pela lei nº</p><p>13.465, de 2017)</p><p>§ 1º O possuidor pode, para o fim de contar o prazo exigido por</p><p>este artigo, acrescentar sua posse à de seu antecessor, contanto</p><p>que ambas sejam contínuas.</p><p>§ 2º A usucapião especial coletiva de imóvel urbano será</p><p>declarada pelo juiz, mediante sentença, a qual servirá de título</p><p>para registro no cartório de registro de imóveis.</p><p>§ 3º Na sentença, o juiz atribuirá igual fração ideal de terreno</p><p>a cada possuidor, independentemente da dimensão do terreno que</p><p>cada um ocupe, salvo hipótese de acordo escrito entre os</p><p>condôminos, estabelecendo frações ideais diferenciadas.</p><p>§ 4º O condomínio especial constituído é indivisível, não sendo</p><p>passível de extinção, salvo deliberação favorável tomada por,</p><p>no mínimo, dois terços dos condôminos, no caso de execução de</p><p>urbanização posterior à constituição do condomínio.</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/2721464/artigo-183-da-constituicao-federal-de-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11144958/artigo-10-da-lei-n-10257-de-10-de-julho-de-2001</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101340/estatuto-da-cidade-lei-10257-01</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101340/estatuto-da-cidade-lei-10257-01</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/2721464/artigo-183-da-constituicao-federal-de-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10657381/paragrafo-3-artigo-183-da-constituicao-federal-de-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10723319/artigo-102-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/101340/estatuto-da-cidade-lei-10257-01</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11144958/artigo-10-da-lei-n-10257-de-10-de-julho-de-2001</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/11144853/paragrafo-3-artigo-10-da-lei-n-10257-de-10-de-julho-de-2001</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/2721464/artigo-183-da-constituicao-federal-de-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10657746/artigo-182-da-constituicao-federal-de-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/2721464/artigo-183-da-constituicao-federal-de-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988</p><p>§ 5º As deliberações relativas à administração do condomínio</p><p>especial serão tomadas por maioria de votos dos condôminos</p><p>presentes, obrigando também os demais, discordantes ou ausentes.</p><p>VI. Por abandono do lar (Usucapião Familiar)</p><p>A usucapião especial urbana por abandono de lar é destinada ao cônjuge ou</p><p>companheiro que foi abandonado pelo outro, permitindo que ele adquira a propriedade</p><p>do imóvel em que permaneceu morando.</p><p>Requisitos:</p><p>• Posse ininterrupta por 2 anos.</p><p>• O imóvel urbano deve ter até 250 metros quadrados.</p><p>• O possuidor não pode ter outro imóvel.</p><p>• Deve ser comprovado o abandono do lar por parte do outro cônjuge ou</p><p>companheiro.</p><p>“Trata-se, como mencionado, de nova modalidade de usucapião especial urbana,</p><p>instituída em favor de pessoas de baixa renda, que não têm imóvel próprio, seja</p><p>urbano ou rural. A lei em apreço disciplina o novo instituto nos mesmos moldes</p><p>previstos no art. 183 da Constituição Federal. Tanto no caso da usucapião especial</p><p>urbana, como no da usucapião familiar, é necessário que o usucapiente não seja</p><p>proprietário de outro imóvel urbano ou rural e exerça posse mansa, pacífica e</p><p>ininterrupta sobre imóvel urbano de até 250 metros quadrados, para fins de sua</p><p>moradia ou de sua família, não sendo permitida a concessão da medida mais de uma</p><p>vez em favor da mesma pessoa. Podem ser apontadas, no entanto, as seguintes</p><p>diferenças entre as duas modalidades: a) na usucapião familiar, ao contrário do que</p><p>sucede na usucapião especial urbana disciplinada no art. 1.240 do Código Civil,</p><p>exige- se, além dos requisitos mencionados, que o usucapiente seja coproprietário do</p><p>imóvel, em comunhão ou condomínio com seu ex-cônjuge ou ex- companheiro; b)</p><p>exige-se, também, que estes tenham abandonado o lar de forma voluntária e</p><p>injustificada; e c) o tempo necessário para usucapir é flagrantemente inferior às</p><p>demais espécies de usucapião, consumando-se a prescrição aquisitiva no prazo de dois</p><p>anos.” GONÇALVES (2020, p. 255)</p><p>Lei Nº 10.406, de 10 de janeiro de 2002. Institui o Código Civil</p><p>Art. 1.240-A. Aquele que exercer, por 2 (dois) anos</p><p>ininterruptamente e sem oposição, posse direta, com</p><p>exclusividade, sobre imóvel urbano de até 250m² (duzentos e</p><p>cinquenta metros quadrados) cuja propriedade divida com ex-</p><p>cônjuge ou ex-companheiro que abandonou o lar, utilizando-o para</p><p>sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio integral,</p><p>desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural.</p><p>(Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/2721464/artigo-183-da-constituicao-federal-de-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/1503907193/constituicao-federal-constituicao-da-republica-federativa-do-brasil-1988</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/topicos/10652462/artigo-1240-da-lei-n-10406-de-10-de-janeiro-de-2002</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02</p><p>https://www.jusbrasil.com.br/legislacao/91577/codigo-civil-lei-10406-02</p><p>§ 1º O direito previsto no caput não será reconhecido ao mesmo</p><p>possuidor mais de uma vez.</p><p>§ 2º No registro do título do direito previsto no caput, sendo</p><p>o autor da ação judicialmente considerado hipossuficiente, sobre</p><p>os emolumentos do registrador não incidirão e nem serão</p><p>acrescidos a quaisquer títulos taxas, custas e contribuições</p><p>para o Estado ou Distrito Federal, carteira de previdência, fundo</p><p>de custeio de atos gratuitos, fundos especiais do Tribunal de</p><p>Justiça, bem como de associação de classe, criados ou que venham</p><p>a ser criados sob qualquer título ou denominação. (VETADO) .</p><p>(Incluído pela Lei nº 12.424, de 2011)</p><p>VII. Indígena</p><p>A usucapião indígena é uma modalidade que permite aos indígenas adquirir a</p><p>propriedade de um imóvel com base em sua posse prolongada, respeitando os direitos e</p><p>tradições culturais indígenas.</p><p>Requisitos:</p><p>• Posse ininterrupta por 10 anos.</p><p>• A posse deve ser exercida por indígenas para fins de moradia ou trabalho.</p><p>• Não pode ser proprietário de outro imóvel.</p><p>• Essa modalidade não abrange terras indígenas pertencentes à União.</p><p>Lei Federal nº 6.001/73 – Estatuto do Índio</p><p>Art. 32. São de propriedade plena do índio ou da comunidade</p><p>indígena, conforme o caso, as terras havidas por qualquer das</p><p>formas de aquisição do domínio, nos termos da legislação civil.</p><p>Art. 33. O índio, integrado ou não, que ocupe como próprio, por</p><p>dez anos consecutivos, trecho de terra inferior a cinqüenta</p><p>hectares, adquirir-lhe-á a propriedade plena.</p><p>Parágrafo único. O disposto neste artigo não se aplica às terras</p><p>do domínio da União, ocupadas por grupos tribais, às áreas</p><p>reservadas de que trata esta Lei, nem às terras de propriedade</p><p>coletiva de grupo tribal.</p><p>VIII. Administrativa do CPC/15</p><p>A usucapião extrajudicial foi instituída pelo Código de Processo Civil de 2015 e</p><p>permite que o processo de usucapião seja realizado diretamente em cartório, sem a</p><p>necessidade de um processo judicial, tornando o procedimento mais ágil.</p><p>Requisitos:</p><p>• A posse deve atender aos requisitos das diferentes modalidades de usucapião.</p><p>• O procedimento pode ser feito diretamente no cartório de registro de imóveis.</p><p>• Não pode haver contestação por parte de terceiros.</p><p>• Requer a participação de um advogado ou defensor público.</p><p>• É necessário que o possuidor apresente documentos como a planta e o memorial</p><p>descritivo do imóvel.</p><p>Lei de Registros Públicos</p><p>Art. 216-A. Sem prejuízo da via jurisdicional, é admitido o</p><p>pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião, que será</p><p>processado diretamente perante o cartório do registro de imóveis</p><p>da comarca em que estiver situado o imóvel usucapiendo, a</p><p>requerimento do interessado, representado por advogado,</p><p>instruído com: (Incluído pela Lei nº 13.105, de 2015) (Vigência)</p>

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