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<p>LABORATÓRIO DE FARMACOLOGIA</p><p>Coprocultura: Identifica a presença de</p><p>bactérias nas fezes. Permite a pesquisa</p><p>principalmente de agentes enteropatogênicos</p><p>como Salmonella, Shigella e alguns sorotipos</p><p>de Escherichia coli, que podem ser pesquisados</p><p>são Campytobacter spp., Yersinia spp. e Vibrio</p><p>spp.</p><p>Parasitológico: Identifica parasitas, ovos,</p><p>larvas nas fezes.</p><p>EXAME PARASITOLÓGICO DE FEZES</p><p>MÉTODO KATO- KATZ</p><p>• O método Kato-Katz permite revelar, além</p><p>dos ovos de Schistossoma mansoni, ovos de</p><p>outros helmintos presentes nas amostras de</p><p>fezes, tais como: Ascaris, Schistosoma,</p><p>Ancilostomídeos, Trichuris, Taenia e com</p><p>menos frequência os de Enterobius e</p><p>Strongyloides.</p><p>• No caso dos ovos de Schistossoma mansoni,</p><p>deve ser feita a contagem e anotação de</p><p>todos os ovos, enquanto que os outros</p><p>helmintos deve-se detectar apenas a presença</p><p>ou não dos ovos.</p><p>Técnica</p><p>• Colocar a amostra fecal sobre o papel</p><p>absorvente.</p><p>• Comprimir a tela de náilon sobre as fezes</p><p>(pelos orifícios passam os ovos de helmintos e</p><p>os detritos menores).</p><p>• Com a espátula do kit, raspar uma pequena</p><p>quantidade das fezes passadas pela malha, e</p><p>preencher o orifício central da placa</p><p>quantificadora, o qual deve estar colocado</p><p>sobre a lâmina de vidro, nivelando a</p><p>superfície.</p><p>• Retirar cuidadosamente a placa, deixando</p><p>um pequeno cilindro de fezes sobre a lâmina</p><p>de vidro.</p><p>• Com a lamínula de papel celofane</p><p>p rev ia men te e mb ebid a na so luçã o</p><p>diafanizadora, cobrir as fezes, inverter a</p><p>lâmina pressionando-a sobre o papel filtro</p><p>em uma superfície lisa (vidro).</p><p>• Colocar as lâminas para secagem em estufa</p><p>por 4 horas e realizar a leitura em</p><p>microscópio ótico de toda a superfície da</p><p>lâmina de celofane.</p><p>• O número de ovos contados, multiplicado</p><p>pelo fator 24, corresponderá ao número de</p><p>ovos por grama de fezes.</p><p>MÉTODO DE HOFFMAN</p><p>• O Método de Hoffman, Pons e Janer ou Lutz</p><p>ou método de sedimentação espontânea é</p><p>um tipo de exame parasitológico de fezes e</p><p>urina.</p><p>• Consiste basicamente na mistura das fezes</p><p>com água, onde será filtrada por uma gaze</p><p>cirúrgica e deixado em repouso, formando</p><p>uma consistente sedimentação dos restos</p><p>fecais ao fundo do cálice.</p><p>• Essa sedimentação é inserida em lâmina,</p><p>fei to um esfregaço e observado em</p><p>microscópio.</p><p>• Este método detecta a presença de ovos nas</p><p>fezes, e após coloração com lugol é possível</p><p>verificar a presença de cistos de protozoários</p><p>e larvas de helmintos.</p><p>LEUCÓCITOS FECAIS</p><p>• Análise fecal para identificação de leucócitos.</p><p>• Exames de fezes incluem leucócitos fecais,</p><p>que são frequentemente positivos em</p><p>pacientes com diarreia inflamatória.</p><p>• A presença de leucócitos fecais sugere como</p><p>• agente s e t io ló gico s com o S hige l la ,</p><p>Campylobactere E. coli entero-invasiva.</p><p>CASO CLÍNICO 1</p><p>Tibério Antunes, casado, agricultor, ensino</p><p>médio incompleto, natural e procedente de</p><p>SEMANA 4 Maria Vitória de Sousa Santos</p><p>Cocais-PI, procurou a unidade básica com</p><p>queixa de sangue nas fezes há 2 dias. Mora em</p><p>zona rural com a mulher e 2 filhos em casa</p><p>rebocada sem saneamento básico e utiliza água</p><p>fervida. Afirma banhos de rio desde a infância,</p><p>afirmando que já ouviu falar da doença do</p><p>caramujo em sua região.</p><p>Observações:</p><p>Paciente encontrava-se em precário estado</p><p>geral, orientado e lúcido, emagrecido (afirma</p><p>perda de 5 Kg), acianótico, aniotérico, mucosas</p><p>hipocrômicas (+/+4). Paciente refere fezes</p><p>enegrecidas, fétidas e amolecidas há 2 dias.</p><p>Afirma alterações no ritmo intestinal nos</p><p>últimos 4 meses, além de cansaço progressivo</p><p>que o tem impedido de trabalhar. Nega febre,</p><p>inapetência, empachamento pós-prandial,</p><p>nauseas e vômitos. Paciente apresentou 2</p><p>episódios de hematêmese e aumento do volume</p><p>abdominal há 4 meses, associado a quadro de</p><p>melena. Ao exame do abdome, paciente</p><p>apresentava abdome globoso, ausculta de ascite</p><p>moderada com presença de circulação</p><p>colateral. Abdome doloroso à palpação</p><p>profunda Sem alterações no aparelho</p><p>neuro lógico. Foi so l ic i tado ava l iação</p><p>laboratorial incluindo hemograma, aspartato</p><p>a m i n o t r a n s f e r a s e ( A S T ) a l a n i n a</p><p>aminotransferase (ALT), fosfatase alcalina (PA),</p><p>gama glutamil transferase (GGT), nível sérico</p><p>de albumina e parasitológico de fezes Além de</p><p>USG de abdome total e endoscopia digestiva</p><p>alta. Notou-se moderada anemia, leve aumento</p><p>das aminotransferase, diminuição da albumina</p><p>sérica O USG evidenciou fibrose em</p><p>parênquima hepático e a EDA mostrou</p><p>ro mp im ent o d e va r i z e s de e s ô f ag o.</p><p>Aguardando os resultados do parasitológico de</p><p>fezes.</p><p>Questionário:</p><p>1. Qual possível agente etiológico?</p><p>Resposta: Schistosoma mansoni</p><p>2. Como ocorre a transmissão?</p><p>Resposta: Contato com água contaminada</p><p>pelas cercárias.</p><p>3. Qual técnica parasitológica utilizada?</p><p>Resposta: Kato-Katz.</p><p>4. No exame parasitológico de fezes o que</p><p>provavelmente seria observado?</p><p>Resposta: Ovos.</p><p>CASO CLÍNICO 2</p><p>Thomas Cromwell, autônomo, natural e</p><p>procedente de cidade urbana, deu entrada no</p><p>pronto-socorro de urgência com dor abdominal</p><p>no quadrante superior direito com oito dias de</p><p>evolução. O paciente nega viagens recentes ao</p><p>exterior.</p><p>Observações:</p><p>O exame físico revelou icterícia e sensibilidade</p><p>acentuada no hipocôndrio direito. Parâmetros</p><p>laboratoriais compatíveis com colestase</p><p>hepatica, com predomínio de colestase. Foi</p><p>solicitado avaliação laboratorial (exames e</p><p>resultados abaixo). O paciente foi tratado com</p><p>sucesso, com terapêutica anti-helmíntica,</p><p>assistindo-se à expulsão espontânea do</p><p>helminto para o duodeno, confirmada pelo</p><p>controle imaginológico posterior.</p><p>Resultados dos testes laboratoriais não</p><p>mostraram anemia, nem leucocitose. AST 146</p><p>U/L (faixa de referência: 0-35 0/L), ALT 308</p><p>U/L (faixa de referência: 0-45 0/L), fosfatase</p><p>alcalina 243 U/L (faixa de referência: 38-126</p><p>0/L), biliprubina total 8,7 mg/dL (faixa de</p><p>referência: 0,3-1,2 mg/dL), bilirrubina direta</p><p>4,7 mg/dL (faixa de referência: 0-0,5 mg/dL),</p><p>lactato desidrogenase 836 0/L (faixa de</p><p>referência 313-818), proteina C reativa 1,3</p><p>mg/aL (faixa de referência ‹ 0,8 mg/aL) e</p><p>amilase sér ica nor mal . Foi rea l izada</p><p>ultrassonografia abdominal com observação de</p><p>dilatação biliar intra-hepática, bem como da</p><p>via biliar principal (11 milimetros) sem</p><p>identificação da causa obstrutiva. Na vesícula</p><p>biliar presença de estruturas endoluminais</p><p>hiperecogênicas alongadas filiformes com</p><p>centro hipoecogênico sugestivo de Ascaris</p><p>lumbricoides. Resultado parasitológico de fezes</p><p>presença de ovos férteis de Ascaris lumbricoide.</p><p>Questionário:</p><p>1. Quais técnicas parasitológicas solicitadas</p><p>para o diagnóstico do parasito?</p><p>Resposta: Método de Kato-Katz e Hoffman.</p><p>2. Qual ( i s ) poss ível ( i s ) t ratamento</p><p>farmacológico utilizado(s) pelo paciente.</p><p>Resposta: Albendazol e mebendazol.</p><p>3. Explique como age (mecanismo de ação) o</p><p>fármaco citado.</p><p>Resposta: Esses medicamentos fazem parte</p><p>dos benzimidazois. Agem inibindo a</p><p>polimerização dos microtúbulos por sua ligação</p><p>com a beta-tubulina, impedindo a divisão</p><p>anictérico</p><p>FA</p><p>bilirrubina</p><p>do</p><p>Maria Vitória de Sousa Santos</p><p>celular e levando as células do parasita a</p><p>apoptose.</p><p>CASO CLÍNICO 3</p><p>Andrew Martins, casado, que foi levado ao</p><p>Serviço de Urgência por quadro com 10 dias</p><p>de evolução consti tu ído por diarre ia</p><p>sanguinolenta, com muco e sem pus. Paciente</p><p>permaneceu internado no hospital por alguns</p><p>dias.</p><p>Observações:</p><p>O paciente relata apresentar 4 evacuações</p><p>diárias (incluindo o período noturno), arrepios</p><p>de frio e febre (39°C). Paciente apresenta rash</p><p>cutâneo no tronco e membros. Foi solicitado</p><p>avaliação laboratorial (exames e resultados</p><p>abaixo). O paciente iniciou antibioticoterapia</p><p>com Doxiciclina</p><p>e ao 2° dia apresentava</p><p>melhoria clínica global, encontrando-se</p><p>assintomático, apirético, com resolução</p><p>completa da diarreia, sem perdas hemáticas e</p><p>com melhoria progressiva do rash cutâneo,</p><p>motivo pelo qual foi suspensa a0 3° dia Teve</p><p>alta hospitalar ao 8° dia referenciado para</p><p>acompanhamento na consulta externa. No</p><p>exame das fezes a pesquisa de leucócitos fecais</p><p>e toxina de Clostridium dificille foi negativa. As</p><p>coproculturas permitiram o isolamento de</p><p>S a lm o ne l l a sp p g r u po B. O exam e</p><p>parasitológico foi negativo.</p><p>Questionário:</p><p>1. Como se deve orientar o paciente para a</p><p>coleta de fezes para coprocultura?</p><p>Resposta: Coletar a amostra durante a fase</p><p>aguda da diarreia (primeiros 5 dias), coletar</p><p>antes da antibioticoterapia, não utilizar</p><p>laxante, não coletar as fezes com areia ou urina</p><p>e nem por meio do papel higiênico. O coletor</p><p>deve ser estéril, não deve ser preenchido por</p><p>completo e deve ser entregue em até 24h.</p><p>2. Qual a final idade diagnós t ica da</p><p>coprocultura?</p><p>Resposta: Avaliar quantitativamente e</p><p>qualitativamente a presença de bactérias nas</p><p>fezes.</p><p>3. Observando-se presença de leucócitos nas</p><p>f e ze s , qua i s bac tér i a s devem ser</p><p>responsáveis pela diarreia?</p><p>Re s p o s t a : S a l m o n e l a , S h i g e l l a ,</p><p>Campylobacter, Yerzin ia , Entamoeba</p><p>histolytica, E. coli enteroinvasiva e E.coli</p><p>produtora de toxina SHIGA.</p><p>ao</p><p>Maria Vitória de Sousa Santos</p>

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