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<p>DIREITO ELEITORAL</p><p>INELEGIBILIDADES – PARTE 3</p><p>Profª Raquel Tinoco - Instagram - @profraqueltinoco</p><p>Qconcursos // www.qconcursos.com/Professora Raquel Tinoco 1</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>DIREITOS POLÍTICOS</p><p>INELEGIBILIDADES</p><p>INELEGIBILIDADE RELATIVA</p><p>MOTIVOS FUNCIONAIS</p><p>Constituição da República de 1988. Art. 14. § 5º O Presidente da República,</p><p>os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e quem os</p><p>houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser reeleitos</p><p>para um único período subsequente. (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 16, de 1997); § 6º Para concorrerem a outros cargos, o</p><p>Presidente da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal</p><p>e os Prefeitos devem renunciar aos respectivos mandatos até seis meses</p><p>antes do pleito.</p><p>• E o Vice-Chefe do Poder Executivo?</p><p>LC 64/90. Art. 1º. § 2° O Vice-Presidente, o Vice-Governador e o Vice-Prefeito</p><p>poderão candidatar-se a outros cargos, preservando os seus mandatos</p><p>respectivos, desde que, nos últimos 6 (seis) meses anteriores ao pleito, não</p><p>tenham sucedido ou substituído o titular.</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>STF. RECURSO EXTRAORDINÁRIO. REPERCUSSÃO GERAL. REELEIÇÃO.</p><p>PREFEITO. INTERPRETAÇÃO DO ART. 14, § 5º, DA CONSTITUIÇÃO.</p><p>MUDANÇA DA JURISPRUDÊNCIA EM MATÉRIA ELEITORAL. SEGURANÇA</p><p>JURÍDICA. I. REELEIÇÃO. MUNICÍPIOS. INTERPRETAÇÃO DO ART. 14, § 5º,</p><p>DA CONSTITUIÇÃO. PREFEITO. PROIBIÇÃO DE TERCEIRA ELEIÇÃO EM</p><p>CARGO DA MESMA NATUREZA, AINDA QUE EM MUNICÍPIO DIVERSO. O</p><p>instituto da reeleição tem fundamento não somente no postulado da continuidade</p><p>administrativa, mas também no princípio republicano, que impede a perpetuação</p><p>de uma mesma pessoa ou grupo no poder. O princípio republicano condiciona a</p><p>interpretação e a aplicação do próprio comando da norma constitucional, de</p><p>modo que a reeleição é permitida por apenas uma única vez. Esse princípio</p><p>impede a terceira eleição não apenas no mesmo município, mas em relação a</p><p>qualquer outro município da federação.</p><p>Entendimento contrário tornaria possível a figura do denominado “prefeito</p><p>itinerante” ou do “prefeito profissional”, o que claramente é incompatível com</p><p>esse princípio, que também traduz um postulado de temporariedade/alternância</p><p>do exercício do poder. Portanto, ambos os princípios – continuidade</p><p>administrativa e republicanismo – condicionam a interpretação e a aplicação</p><p>teleológicas do art. 14, § 5º, da Constituição. O cidadão que exerce dois</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>INELEGIBILIDADES – PARTE 3</p><p>Profª Raquel Tinoco - Instagram - @profraqueltinoco</p><p>Qconcursos // www.qconcursos.com/Professora Raquel Tinoco 2</p><p>mandatos consecutivos como prefeito de determinado município fica inelegível</p><p>para o cargo da mesma natureza em qualquer outro município da federação.</p><p>TSE. “[...] 5. O art. 14, § 6º, da CF exige a renúncia do chefe do Poder Executivo</p><p>até 6 meses antes do pleito para que se possa concorrer a cargo diverso. 6. O</p><p>presidente da Câmara Municipal que assumir o cargo de prefeito nos 6 meses</p><p>anteriores à eleição estará inelegível para o cargo de vereador,</p><p>independentemente de já ter requerido seu registro à reeleição, por força do</p><p>art. 14, § 6º, da CF. [...]” (Ac. de 25.2.2021 no REspEl nº 060038872, rel. Min.</p><p>Mauro Campbell Marques.)</p><p>TSE. “[...] 1. A teor da jurisprudência desta Corte, ‘na hipótese de sucessão, o</p><p>vice-prefeito assume definitivamente o cargo de prefeito [...]. Para disputar outros</p><p>cargos inclusive o anteriormente exercido, de vice-prefeito, [...] deve renunciar</p><p>no período de seis meses antes da eleição, conforme preceitua o § 6º do art. 14</p><p>da Constituição’ [...] Precedentes. [...]” (Ac. de 21.2.2019 no AgR-REspe nº</p><p>117866, rel. Min. Jorge Mussi.)</p><p>“[...] Prefeito municipal. Segundo mandato. Renúncia. Possibilidade de reeleição.</p><p>Cargo de prefeito ou vice-prefeito em circunscrição eleitoral diversa.</p><p>Impossibilidade. Configuração de terceiro mandato. [...] 1. Consulta formulada,</p><p>com base no art. 23, XII, do Código Eleitoral [...] nos seguintes termos:</p><p>1.1 ‘ O Chefe do Poder Executivo Municipal que está cumprindo seu segundo</p><p>mandato consecutivo e renuncia para disputar o pleito nacional (Deputado</p><p>Estadual ou Federal), pode se candidatar ao cargo de Prefeito no próximo pleito</p><p>municipal, na mesma ou em outra circunscrição eleitoral?"</p><p>1.2 ' O Chefe do Poder Executivo Municipal que está cumprindo seu segundo</p><p>mandato consecutivo, renunciando seis meses antes do pleito eleitoral</p><p>municipal, pode disputar o cargo de Vice-Prefeito em outra circunscrição</p><p>eleitoral?’</p><p>2. Na linha da atual jurisprudência desta Corte, o exercício de dois mandatos</p><p>subsequentes como Prefeito de determinado Município torna o agente político</p><p>inelegível para o cargo da mesma natureza.</p><p>3. Consoante já decidiu este Tribunal Superior, é vedado ao Prefeito, no</p><p>exercício do segundo mandato, se candidatar ao cargo de Vice-Prefeito,</p><p>ainda que haja renunciado anteriormente ao cargo, tendo em vista a</p><p>possibilidade de assunção da titularidade do cargo nas hipóteses de sucessão</p><p>ou substituição. [...]” (Ac. de 27.3.2018 na Cta nº 060395151, rel. Min. Rosa</p><p>Weber.)</p><p>“[...] Inelegibilidade. Art. 14, §§ 5º e 6°, da constituição federal. Vice–prefeito.</p><p>Substituição no semestre anterior à eleição. Reeleição. Terceiro mandato. [...] 4.</p><p>No mérito, de acordo com o disposto no art. 14, § 5º, da CF/88, ‘[o] Presidente</p><p>da República, os Governadores de Estado e do Distrito Federal, os Prefeitos e</p><p>quem os houver sucedido, ou substituído no curso dos mandatos poderão ser</p><p>reeleitos para um único período subsequente’. 5. A jurisprudência do Supremo</p><p>Tribunal Federal e desta Corte firmou–se no sentido de que ‘[o] vice que assume</p><p>o mandato por sucessão ou substituição do titular dentro dos seis meses</p><p>anteriores ao pleito pode se candidatar ao cargo titular, mas, se for eleito, não</p><p>poderá ser candidato à reeleição no período seguinte’ [...] 6. Não é possível</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>INELEGIBILIDADES – PARTE 3</p><p>Profª Raquel Tinoco - Instagram - @profraqueltinoco</p><p>Qconcursos // www.qconcursos.com/Professora Raquel Tinoco 3</p><p>afastar a inelegibilidade para um terceiro mandato consecutivo quando há</p><p>exercício do cargo de prefeito, ainda que por período curto e a título provisório,</p><p>nos seis meses anteriores ao pleito, impedimento que possui natureza objetiva.</p><p>[...]” (Ac. de 1º.7.2021 no AgR-REspEl nº 060022282, rel. Min. Luis Felipe</p><p>Salomão.)</p><p>“[...] 1. A substituição eventual do chefe do Executivo Municipal pelo vice-prefeito</p><p>não atrai a inelegibilidade do art. 14, § 5º, da CF, desde que não ocorra nos seis</p><p>meses que antecedem o novo pleito. [...]” (Ac. de 17.12.2012 no REspe nº 16357,</p><p>rel. Min. Luciana Lóssio.)</p><p>“[...] 2. A compreensão jurisprudencial estabelecida no TSE é, como regra, no</p><p>sentido de que: (i) se o vice (ou outro agente na linha sucessória) substitui o</p><p>titular antes dos 6 (seis) meses que antecedem a eleição, ele pode se candidatar</p><p>ao cargo de titular e, se eleito, poderá ser candidato à reeleição no pleito futuro;</p><p>ou (ii) se o vice (ou outro agente na linha sucessória) assume o mandato de</p><p>titular por sucessão a qualquer tempo ou por substituição dentro dos 6 (seis)</p><p>meses anteriores ao pleito, ele poderá se candidatar, mas, se for eleito, não</p><p>poderá ser candidato à reeleição no período seguinte. 3. Caso concreto em que</p><p>houve a assunção do cargo de prefeito pelo recorrente, então segundo colocado</p><p>no pleito, de forma absolutamente efêmera e por força de embate judicial, em</p><p>dois lapsos temporais que, somados, computaram 18 (dezoito) dias, todos fora</p><p>do período crítico referente aos 6 (seis) meses que antecederam o pleito de</p><p>2016, o que permite a reeleição do recorrente nas eleições de 2020, sem que se</p><p>configure terceiro mandato vedado pelo art. 14, § 5º, da CRFB. [...]” (Ac. de</p><p>4.3.2021 no REspEl nº 060007827, rel. Min. Tarcisio Vieira de Carvalho Neto.)</p><p>“[...] 1. Ao ocupante de dois mandatos consecutivos de vice-prefeito é vedado se</p><p>candidatar</p><p>ao mesmo cargo no pleito seguinte, sob pena de restar configurado</p><p>o exercício de três mandatos sucessivos. 2. Tal vedação persiste ainda que, em</p><p>cada um dos mandatos, o referido vice tenha exercido o cargo com prefeitos de</p><p>diferentes chapas. [...]” (Res. nº 22761 na Cta nº 1557, de 15.4.2008, rel. Min.</p><p>Felix Fischer; no mesmo sentido a Res. nº 22520 na Cta nº 1399, de 20.3.2007,</p><p>rel. Min. Caputo Bastos.)</p><p>MILITAR</p><p>Constituição da República de 1988. Art. 14. § 8º O militar alistável é elegível,</p><p>atendidas as seguintes condições: I - se contar menos de dez anos de serviço,</p><p>deverá afastar-se da atividade; II - se contar mais de dez anos de serviço, será</p><p>agregado pela autoridade superior e, se eleito, passará automaticamente, no ato</p><p>da diplomação, para a inatividade.</p><p>Constituição da República de 1988. Art. 142. § 3º Os membros das Forças</p><p>Armadas são denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a</p><p>ser fixadas em lei, as seguintes disposições: (...) V - o militar, enquanto em</p><p>serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; (Incluído pela Emenda</p><p>Constitucional nº 18, de 1998)</p><p>DIREITO ELEITORAL</p><p>INELEGIBILIDADES – PARTE 3</p><p>Profª Raquel Tinoco - Instagram - @profraqueltinoco</p><p>Qconcursos // www.qconcursos.com/Professora Raquel Tinoco 4</p><p>Art. 42. § 1º Aplicam-se aos militares dos Estados, do Distrito Federal e dos</p><p>Territórios, além do que vier a ser fixado em lei, as disposições do art. 14, § 8º;</p><p>do art. 40, § 9º; e do art. 142, §§ 2º e 3º, cabendo a lei estadual específica dispor</p><p>sobre as matérias do art. 142, § 3º, inciso X, sendo as patentes dos oficiais</p><p>conferidas pelos respectivos governadores. (Redação dada pela Emenda</p><p>Constitucional nº 20, de 15/12/98)</p><p>JURISPRUDÊNCIA</p><p>“[...] Senador. À luz do art. 14, § 8º, I, da Constituição Federal, que diz: ‘O militar</p><p>alistável é elegível, atendidas as seguintes condições: I – Se contar menos de</p><p>dez anos de serviço, deverá afastar-se da atividade; ’Indaga: ‘Afastar-se da</p><p>atividade, o que significa?’ Respondida nos seguintes termos: O afastamento do</p><p>militar, de sua atividade, previsto no art. 14, § 8º, I, da Constituição, deverá se</p><p>processar mediante demissão ou licenciamento ex officio , na forma da</p><p>legislação que trata do serviço militar e dos regulamentos específicos de cada</p><p>Força Armada.” Cta nº 571 de 13.4.2000, rel. Min. Costa Porto.)</p><p>TSE. “[...] Registro de candidatura. Deputado estadual. Indeferimento.</p><p>Desincompatibilização. Militar da ativa sem função de comando. Afastamento a</p><p>partir do requerimento de registro de candidatura. Jurisprudência do TSE.</p><p>[...] 1. Consoante a jurisprudência deste Tribunal Superior, inaplicável o prazo</p><p>de desincompatibilização previsto no art. 1º, II, l, da LC nº 64/90 ao militar da</p><p>ativa sem função de comando [...], devendo, nesse caso, ocorrer o afastamento</p><p>da atividade militar até o momento em que for requerido o seu registro de</p><p>candidatura.” (Ac. de 30.9.2022 no RO-El nº 060065566, rel. Min. Carlos</p><p>Horbach.)</p>

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