Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.

Prévia do material em texto

<p>XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003</p><p>ENEGEP 2003 ABEPRO 1</p><p>Método do Espectro de Acessibilidade</p><p>Arthur Henrique Neves Baptista (UFPE) arthurbap@uol.com.br</p><p>Vilma Villarouco (UFPE) villarouco@hotmail.com</p><p>Laura Bezerra Martins (UFPE) laurabm@smartsat.com.br</p><p>Resumo</p><p>Este artigo traz um modelo conceitual da avaliação da acessibilidade de sistemas, prontos ou</p><p>em fase de projetos por um procedimento que utiliza indicadores e parâmetros de caráter</p><p>universal. O seu objetivo é disponibilizar uma ferramenta de análise para o avaliador e de</p><p>tomada de decisão para o projetista, em função das necessidades específicas dos usuários,</p><p>dos princípios da ergonomia, do design universal e da acessibilidade integral.Um exemplo</p><p>prático em uma seção de passeio público horizontal permite visualizar algumas aplicações e</p><p>potencialidades.</p><p>Palavras Chave: Acessibilidade Integral, Design Universal, Avaliação Pós-Ocupacional.</p><p>1. Introdução</p><p>Esta pesquisa faz parte de uma dissertação de mestrado que coloca a acessibilidade do</p><p>pedestre no espaço urbano como um fator de produtividade, competitividade para a região e</p><p>qualidade de vida para a sociedade, na medida em que o acesso com conforto e segurança,</p><p>favorece e amplia o fluxo de pessoas aos bens, serviços e empregos ofertados pela economia</p><p>urbana e promove a inclusão social através da equiparação de oportunidades. Dentro do</p><p>projeto surgiu a necessidade de se elaborar um procedimento de avaliação da acessibilidade</p><p>de forma universal. O método apresentado mostrou-se aplicável, com as devidas adaptações, a</p><p>diversos sistemas (produtos e ambientes construídos).</p><p>Acessar sistemas como ambientes construídos e produtos faz parte do dia a dia das pessoas.</p><p>Os ambiente tidos como públicos e os produtos de uso geral devem possuir um caráter</p><p>universal, ou seja, devem ser acessíveis a todos. Um projeto que almeje ser universal, além de</p><p>garantir o acesso, independentemente das habilidades ou comprometimento dos usuários,</p><p>deve permitir faze-lo, segundo Ubierna (1997), com comodidade, segurança e beleza. Na</p><p>elaboração de um projeto ou numa intervenção em um espaço surgem dúvidas acerca de qual</p><p>solução adotar de modo a privilegiar uma gama maior de usuários ou àqueles que sofrem os</p><p>maiores constrangimentos. Surge a necessidade de se poder avaliar por um procedimento</p><p>multi - criterioso as conseqüências de cada decisão, e desse modo se comprometer com a</p><p>solução que seja a mais acessível, levando em consideração os custos e as restrições locais.</p><p>O artigo propõe o método do Espectro de Acessibilidade que permite a avaliação das</p><p>condições de acesso de um sistema, através de uma pontuação final de 0 (inacessível) a 100</p><p>(acessível de acordo com o Design Universal). O procedimento adota critérios de</p><p>acessibilidade baseados em normas técnicas nacionais e internacionais e considera que tais</p><p>critérios afetam de forma diferente a cada usuário em função de suas habilidades e</p><p>deficiências correlacionadas ao sistema. Deste modo é possível avaliar o nível de</p><p>acessibilidade e com que grau de comodidade ela se dá para cada tipo de usuários.</p><p>O procedimento proposto é uma ferramenta de grande utilidade para a avaliação de sistemas:</p><p>− Seja após a ocupação, de modo a avalia-la em função da sua acessibilidade;</p><p>− Seja na simulação de um projeto, em busca de uma maior relação custo benefício;</p><p>mailto:arthurbap@uol.com.br</p><p>mailto:villarouco@hotmail.com</p><p>mailto:laurabm@smartsat.com.br</p><p>XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003</p><p>ENEGEP 2003 ABEPRO 2</p><p>− Seja na tomada de decisão de projeto, ao se escolher a solução mais universal.</p><p>O método visa ser um instrumento de grande aplicabilidade e de promoção de projetos</p><p>mais acessíveis aos usuários. Uma vez que ele viabiliza a quantificação e classificação de</p><p>sistemas torna possível, por parte dos órgãos especializados e pelos próprios usuários, julgar e</p><p>cobrar uma pontuação mínima que garanta a aceitação do projeto.</p><p>2. Design Universal.</p><p>Ao longo do século XX, a sociedade passou por profundas mudanças que alteram o perfil dos</p><p>usuários de produtos e ambientes. Segundo Story et all (1998), o Design Universal começou a</p><p>partir de mudanças demográficas, legislativas, econômicas e sociais entre adultos idosos e</p><p>pessoas com deficiência. Avanços na medicina permitiram que pessoas sobrevivessem a</p><p>acidentes e doenças que seriam fatais o que deu uma maior sobrevida aos idosos. Ao mesmo</p><p>tempo, guerras geravam veteranos portadores de deficiência. Deste modo, paradoxalmente ao</p><p>progresso da civilização cresceram o numero de pessoas com necessidades especiais. Pessoas</p><p>cada vez mais conscientes dos seus direitos e que e passaram a exigi-lo, como no</p><p>Architectural Barrier Act de 1968, nos Estados Unidos que requeria que todos os prédios</p><p>projetados, construídos, reformados e alugados com recursos federais deveriam ser acessíveis.</p><p>Nesta época estava em voga o Movimento Livre de Barreiras com o objetivo de eliminar os</p><p>obstáculos arquitetônicos promovendo o acesso aos deficientes. Com o passar do tempo,</p><p>defensores do Desenho Livre de Barreiras e da Acessibilidade Arquitetural reconheceram o</p><p>poder legal, econômico e social de um conceito que se destinasse ao uso das necessidades</p><p>comuns de pessoas com ou sem deficiências. Os arquitetos começaram a lutar contra a</p><p>implementação de padrões e modelos de projeto. Estes tornavam evidente uma acessibilidade</p><p>exclusiva, de caráter “especial”, mais cara e usualmente mais feia. O reconhecimento de que</p><p>os produtos poderiam ter um caráter comum, com menos despesa, sem rótulos, atrativos e</p><p>mais negociáveis, levou a fundação do movimento do Design Universal.Os pesquisadores da</p><p>linha anglo-saxônica (Bettye Rose Connell, Mike Jones, Ron Mace, Jim Mueller, Abir</p><p>Mullick, Elaine Ostroff, Jon Sanford, Ed. Steinfeld, Molly Story, Gregg Vanderheiden),</p><p>conduzidos pelo Centro para o Design Universal da Escola de Design da Universidade</p><p>Estadual da Carolina do Norte – EUA destacam 7 princípios do Design Universal:</p><p>− 1. Uso eqüitativo: O projeto é útil e acessível para as pessoas com o mesmo modo de uso</p><p>para todos sem descriminação de algum usuário, garantindo a privacidade e segurança e</p><p>sendo atrativo.</p><p>− 2. Uso flexível: O projeto se adequar a múltiplas preferências e habilidades individuais;</p><p>permite o acesso e uso de destros e canhotos, facilita a precisão e exatidão; proporciona</p><p>adaptabilidade do espaço em que será utilizado.</p><p>− 3. Uso simples e Intuitivo: O projeto é compreensível independentemente da experiência,</p><p>conhecimento, habilidades de linguagem ou nível de concentração; elimina complexidades</p><p>desnecessárias; é consistente com as expectativas e intuição dos usuários, proporciona</p><p>informação efetiva e pontual durante e depois a realização da tarefa.</p><p>− 4. Informação percebível: O projeto possui a informação necessária para seu uso,</p><p>independente das condições ambientais e capacidades sensorial dos usuários; emprega</p><p>modalidades, verbais, táteis ou pictóricas para apresentar a informação básica; proporciona</p><p>contraste adequado entre a informação e o fundo.</p><p>− 5. Tolerância ao erro: O projeto minimiza as conseqüências perigosas derivadas de ações</p><p>acidentais ou não intencionais; proporciona elementos de segurança diante do erro; desvia</p><p>a realização de ações involuntárias em tarefas que requerem vigilância; previne</p><p>XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003</p><p>ENEGEP 2003 ABEPRO 3</p><p>visualmente de perigos e erros,</p><p>− 6. Mínimo esforço físico: O desenho pode ser usado de maneira eficiente, cômoda com um</p><p>mínimo de fadiga; permite sua utilização mantendo o corpo em uma posição neutra; reduz</p><p>a necessidade de repetir ações; minimiza a manutenção de esforços físicos.</p><p>− 7. Espaços e dimensões adequadas para aproximação e uso: O projeto proporciona espaço</p><p>e dimensões tais que garantem a aproximação, alcance,</p><p>manipulação e uso</p><p>independentemente do tamanho, postura e mobilidade do usuário; possui alcance dos</p><p>componentes de forma confortável; prover adequado espaço para o uso de dispositivos de</p><p>assistência.</p><p>Conforme a Organização Mundial de Saúde – OMS, confirmado em Ubierna (1997), Tortosa</p><p>(1997) e CORDE (2001), a deficiência é toda perda ou anormalidade de uma estrutura ou</p><p>função psicológica, fisiológica, ou anatômica. Essa condição pode levar a uma incapacidade</p><p>que é a restrição da capacidade de realizar uma atividade na forma medida que se considera</p><p>normal a um ser humano. Por sua vez, a deficiência ou a incapacidade pode levar a uma</p><p>situação de desvantagem para um determinado indivíduo que o limite ou impeça de</p><p>desempenhar um papel que é normal para seu caso (em função da idade, sexo e fatores sociais</p><p>e culturais). Segundo o CORDE (2001), a desvantagem é um limite externo que impeça o</p><p>indivíduo a se integrar à sociedade.</p><p>O papel do Design Universal é o de eliminar, junto às tecnologias de reabilitação, esta</p><p>desvantagem, principalmente quando ela é decorrência dos ambientes construídos ou dos</p><p>produtos, integrando o indivíduo à sociedade e potencializando suas capacidades. Para a</p><p>eliminação das desvantagens é preciso compreender as necessidades específicas de cada tipo</p><p>de usuário. Pois, cada ação a favor de um projeto mais acessível afeta de uma forma diferente</p><p>cada pessoa em função de suas dificuldades para realizar uma tarefa.</p><p>A OMS estima que 10% da população mundial são de pessoas portadoras de deficiência, dos</p><p>quais, 5% são de origem mental, 2% de física, 1.5% de auditiva, 1% múltipla e 0.5% de</p><p>Visual. O censo do IBGE de 2000, que considerou deficiências severas e limitações</p><p>funcionais, aponta que existem no Brasil aproximadamente 24,5 milhões de pessoas</p><p>portadoras de alguma deficiência permanente, cerca de 14,5% da população. Conforme Story</p><p>et al (1998), em 1994, 20.6% da população dos Estados Unidos (53,9 milhões) tinham algum</p><p>tipo de deficiência dos quais 9.9% eram severas. Segundo os anais do VI Seminário Ibero-</p><p>Americano de Acessibilidade ao Meio Físico Apud Soares& Martins (1998), realizado em</p><p>1994 no Rio de Janeiro, pesquisas desenvolvidas por arquitetos europeus apontam que 80%</p><p>da população mundial fogem ao modelo do “homem-padrão”. Oposto ao modelo do</p><p>considerado “homem-padrão”, encontram-se aquelas pessoas com capacidade física reduzida,</p><p>as idosas, as obesas ou as excessivamente altas ou baixas, incluindo aqui as crianças.</p><p>Destaca-se que o Design Universal ajuda pessoas que não são consideradas deficientes, mas</p><p>que apresentam dificuldades para utilizar um sistema; ou ainda maximiza o uso, o conforto e a</p><p>segurança dos que não apresentam quaisquer dificuldades. Portanto o Design Universal não é</p><p>uma ação exclusiva a pessoas com deficiência, e sim uma ação em prol de todos, inclusive os</p><p>com deficiência.</p><p>Ubierna (1997), ressalta a importância de se tratar à acessibilidade de forma universal nos</p><p>âmbitos da edificação, do urbanismo, dos transportes e dos sistemas de comunicação e</p><p>informação, formando a Cadeia de Acessibilidade Integral. Todos os elos devem ser</p><p>acessíveis, a precariedade de um elo prejudica toda a cadeia.</p><p>XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003</p><p>ENEGEP 2003 ABEPRO 4</p><p>3. Descrição do método</p><p>O método do Espetro de acessibilidade transforma os indicadores de acessibilidade de um</p><p>sistema em um feixe de níveis de acessibilidade para diferentes grupos gerando um espectro.</p><p>Tal processo gráfico permitiu a visualização da acessibilidade do sistema sem perder a noção</p><p>do conjunto.</p><p>Para obtenção dos resultados através do método, são proposta as seguintes etapas:</p><p>− [A] Sistematização do objeto a ser avaliado: sistema-alvo, função/meta, ambiente do</p><p>sistema, restrições ambientais e as variáveis ou indicadores a serem avaliados.</p><p>− [B] Tipificação dos usuários por grupos em função de suas necessidades especiais para a</p><p>realização das tarefas solicitadas para a utilização do sistema.</p><p>− [C] Construção das folhas de checagem, em planilhas eletrônicas, com os indicadores e</p><p>parâmetros de qualidade para cada grupo baseados em normas e observações.</p><p>− [D] Checagem do Sistema-Alvo.</p><p>− [E] Avaliação de acordo com o procedimento metodológico.</p><p>− [F] Resultado parcial para cada grupo de usuários.</p><p>− [G] Distribuição ponderada da pontuação em função da representatividade estatística de</p><p>cada grupo de usuários, como síntese da avaliação.</p><p>− [H] Analise da atuação de fatores externos</p><p>− [I] Orçamento para atender cada requerimento de acessibilidade.</p><p>− [J] Avaliação pós-ocupação do Sistema – Alvo. (No caso de espaços ou produtos</p><p>existentes)</p><p>− [L] Simulação de alternativas de projeto. (No caso do projetista)</p><p>− [M] Seleção da solução mais universal e ou da solução de melhor custo benefício. (No caso</p><p>do empreendedor).</p><p>A avaliação segue o seguinte procedimento:</p><p>− Os dados colhidos nas folhas de checagem são comparados aos parâmetros de</p><p>acessibilidade, que partem do completamente inacessível (I) ao plenamente acessível (A),</p><p>obtendo-se um nível de acessibilidade em uma escala de 0 à 100 no que se refere àquele</p><p>indicador para um determinado grupo de usuários com necessidades semelhantes. Os</p><p>parâmetros forma calibrados para que uma pontuação 75 seja considerada aceitável.</p><p>− Os níveis de acessibilidade obtidos para cada indicador são ordenados do menor para o</p><p>maior. Os indicadores de menores níveis terão os maiores pesos e os de maiores níveis</p><p>terão os menores pesos, para a atribuição do nível de acessibilidade de um determinado</p><p>grupo. (ver figura 01)</p><p>Figura 01 – Ponderação dos indicadores</p><p>Tal procedimento parte da observação que basta que um indicador esteja inacessível para que</p><p>toda a acessibilidade esteja comprometida (obtendo-se no máximo uma pontuação 50) e que</p><p>um ou dois indicadores plenamente acessíveis, pouco contribuirão se os demais estiverem</p><p>apenas parcialmente acessíveis. Uma boa acessibilidade se dará quando a todos os indicadores</p><p>estiverem ao menos em níveis aceitáveis. Recomenda-se o uso de pelo menos 5 indicadores.</p><p>Nível de acessibilidade</p><p>para n indicadores.</p><p>= ∑ (1/2 x Ind.1 + 1/22 x Ind.2 + 1/23 x Ind.3 + ... + 1/2n-1 x Ind.n-1 + 1/2n-1 x Ind.n)</p><p>XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003</p><p>ENEGEP 2003 ABEPRO</p><p>4. Exemplo Prático</p><p>Como demonstração é exemplificado um estudo de caso que permita a visualização do</p><p>método e algumas de suas aplicações. O sistema alvo é uma seção horizontal de passeio de</p><p>pedestres em uma via pública local. A sua função é permitir um acesso universal, cômodo e</p><p>seguro a todos os usuários independentemente de limitações pessoais. O sistema com seus</p><p>requisitos e restrições ambientais pode ser observado na figura 02.</p><p>Figura 02 – Sistem</p><p>Dentro da pesquisa foi proposta uma tipificação</p><p>específicas para a utilização do sistema e realização</p><p>pelas atividades de locomoção e orientação. O Q</p><p>tipificação. A tipificação está relacionada ao sistem</p><p>em função das particularidades do sistema avalia</p><p>seguimento foi estipulada com base em estudos e</p><p>possuem qualquer representatividade estatística e ne</p><p>Grupos de usuários % Dificuldades</p><p>1. Sem dificuldades 20 Nenhuma aparente.</p><p>2. Dificuldades leves 30 Maior exposição ao desconfort</p><p>3. Dificuldades</p><p>moderadas</p><p>30 Maior exposição ao desconfort</p><p>integridade física; certa dificuld</p><p>controle e percepção.</p><p>4. Dificuldades severas e</p><p>4.1 Mobilidade</p><p>- Cadeira de rodas</p><p>2 Manobras; vencer desníveis; co</p><p>4.2 Mobilidade -</p><p>Ambulantes</p><p>5 Percorrer longas distâncias; ven</p><p>alcance; resistência física; dobr</p><p>4.3 Membros superiores 2 Alcance manual; controle e ma</p><p>acionamento; de apoiar-se.</p><p>4.4 Cognitiva 5 Interpretação de códigos; enten</p><p>4.5 Audição / Fala. 2 Alcance de informações sonora</p><p>comunicação; sensação de isola</p><p>4.6 Visão 2 Alcance visual de obstáculos e</p><p>perigo.</p><p>4.7 Múltipla 2 Considera-se todas anteriores;</p><p>Quadro 01 – Tipificação</p><p>Entrada Saída</p><p>Realimentação</p><p>Meta:</p><p>Rota Acessível ao</p><p>ser humano</p><p>Ação</p><p>Variáveis</p><p>Variáveis</p><p>Indicadores:</p><p>Superfície livre conforme (SLC); superfície</p><p>média regular (SMR); largura livre (LL);</p><p>altura livre (AL); desnível (D); inclinação</p><p>longitudinal (IL); inclinação transversal (IT);</p><p>diâmetro de manobra (DM); juntas e grelhas</p><p>(JG); alcance visual de informações (AV);</p><p>altura de dispositivos de acionamento (AD);</p><p>sinalização táctil conforme (STC).</p><p>Restrições ambientais:</p><p>Iluminação; choque com veículos; segurança</p><p>pública; densidade; temperatura efetiva;</p><p>intempéries; ruídos; poluição do ar;</p><p>velocidade do vento; e limpeza pública.</p><p>5</p><p>a Alvo</p><p>dos usuários segundo suas necessidades</p><p>da tarefa que é composta principalmente</p><p>uadro 01 traz o resumo da proposta de</p><p>a alvo do exemplo, podendo ser alterada</p><p>do. A percentagem de usuários de cada</p><p>stimativos para esta demonstração e não</p><p>m devem ser utilizados com outros fins.</p><p>o, insegurança e fadiga temporários.</p><p>o, insegurança e fadiga; cuidado com a</p><p>ade de manobra, vencer desníveis, alcance,</p><p>específicas</p><p>ntrole e manipulação; equilíbrio; alcance.</p><p>cer desníveis; controle e manipulação; equilíbrio;</p><p>ar os joelhos; respiratórias.</p><p>nipulação; utilização de mecanismos de</p><p>dimento da tarefa; percepção espacial.</p><p>s; percepção do espaço; percepção do perigo;</p><p>mento.</p><p>informações; percepção do espaço; percepção do</p><p>necessitam constantemente da ajuda de terceiros.</p><p>dos Usuários</p><p>XXIII Encontro Nac. de Eng. de Produção - Ouro Preto, MG, Brasil, 21 a 24 de out de 2003</p><p>ENEGEP 2003 ABEPRO 6</p><p>A tipificação partiu de estudos de autores como Ubierna (1997), Malet & Lloveras (1999) e</p><p>Tortosa (1997) e considerações dos autores do trabalho.</p><p>Com base nos indicadores e na tipificação dos usuários foi elaborado o Quadro 02 que</p><p>descreve os parâmetros do sistema alvo para cada seguimento de usuário. Os valores partiram</p><p>de normas e códigos internacionais e nacionais como em Ubierna (1999) e ABNT NBR-</p><p>9050/1994, e sofreram ajustes para adequação ao procedimento de avaliação. Também foram</p><p>utilizados requerimentos antropométricos a partir de Panero & Zelnik (2001), esses autores</p><p>recomendam que em situações de alcance sejam contemplados os usuários de menores</p><p>percentis e em situações de acomodação os de maiores percentis.</p><p>Ind. SLC (cm) SMR (cm) LL (cm) AL (cm) D (cm) IL (%)</p><p>Grupo I - 0 A -100 I - 0 A -100 I - 0 A -100 I - 0 A -100 I - 0 A -100 I - 0 A -100</p><p>1 20 100 0 30 20 100 160 210 37,5 2 50 6,66</p><p>2 30 110 0 30 30 110 170 210 25 1,5 33,3 5</p><p>3 40 120 0 60 40 120 180 210 18 1 33,3 4</p><p>4.1 70 150 0 100 70 150 140 210 6 0 25 3,33</p><p>4.2 70 150 0 100 70 150 190 210 18 0 25 3,33</p><p>4.3 40 120 0 50 40 120 180 210 18 1 25 3,33</p><p>4.4 40 120 0 50 40 120 190 210 18 1 33,3 4</p><p>4.5 40 120 0 50 40 120 180 210 18 1 33,3 4</p><p>4.6 70 150 0 85 70 150 190 210 18 0 25 3,33</p><p>4.7 70 150 0 100 70 150 190 210 6 0 25 3,33</p><p>Ind. IT (%) DM (cm) JG (cm) AV (cm) AD (cm) STC (cm)</p><p>Grupo I - 0 A -100 I - 0 A -100 I - 0 A -100 I - 0 A -100 I - 0 A -100 I - 0 A -100</p><p>1 20 3,33 - - 15 2 195 >135175 >100195 >135175 >100195 >135165 >100180 >110135 >80195 >135165 >100195 >135140 >110195 >135165 >100195 >135165 >100175 >150165 >100180 >110135 >80</p><p>podem dar ao</p><p>método um valor de norma. Neste caso, com os critérios definidos, será possível que</p><p>consumidores e usuários possam cobrar um nível mínimo de acessibilidade do produto ou</p><p>ambiente e que os órgãos competentes possam fiscalizar os sistemas em funcionamento ou em</p><p>fase de projeto. Assim espera-se ter contribuído com uma ferramenta útil e aplicável.</p><p>Dentro da pesquisa em desenvolvimento está sendo considerado um procedimento para</p><p>melhor aferir as influências das restrições ambientais à acessibilidade. Outra etapa é</p><p>considerar os indicadores que possuem uma atuação global para todo o itinerário dos</p><p>pedestres, como os sistemas de localização; e adaptar os indicadores a outros tipos de seções</p><p>em passeio público como as circulações verticais e os cruzamentos em nível.</p><p>Ao se avaliar uma sucessão de seções passa a ser possível identificar ou promover uma rota</p><p>acessível no espaço urbano ao ser humano, conforme Baptista & Martins (2002), uma</p><p>“Antropovia”. Desta forma, o método responde aos objetivos de dissertação de promover a</p><p>acessibilidade com conforto e segurança visando o desenvolvimento econômico e social da</p><p>localidade, com qualidade de vida.</p><p>Referências</p><p>ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT (1994). NBR 9050; Acessibilidade de</p><p>pessoas portadoras de deficiências a edificações, espaço, mobiliário e equipamentos urbanos. Rio de Janeiro:</p><p>ABNT.</p><p>BAPTISTA, A. H. N. & MARTINS, L. B (2002). Considerações Introdutórias a “Antropovia”. In: Congresso</p><p>latino-americano de Ergonomia, VII; Congresso brasileiro de ergonomia, XII; Seminário brasileiro de</p><p>acessibilidade integral, I. Recife, 2002. Anais ABERGO 2002, CD. Recife, ABERGO.</p><p>COORDENADORIA NACIONAL PARA INTEGRAÇÃO DA PESSOA PORTADORA DE DEFICIÊNCIA –</p><p>CORDE (2001). O Papel do Município em Acessibilidade. 3. ed. Rio de janeiro, IBAM/DUMA – Instituto</p><p>Brasileiro de Administração Municipal.</p><p>MALET, S. D. I & LLOVERAS, F. J. G (1999). Accesibilidad Arquitectónica In: Curso Básico Sobre</p><p>Accesibilidad (con Seguridad) Del Medio Físico; Selección de Materiales. 7. ed. Madrid, Real Patronato de</p><p>Prevención y de Atención a Personas con Minusvalía. pg. 17-66.</p><p>PANERO, J & ZELINK, M (2001). Las dimensiones humanas en los espacios interiores; estándares</p><p>antropométricos. 8. ed. Barcelona, Ediciones G. Gilli.</p><p>SOARES, M. M. & MARTINS, L. B (2000). Design Universal e Ergonomia; Uma Parceria Que Garante</p><p>Acessibilidade Para Todos. In: PPGEP-UFPE, Produção e Competitividade; Aplicações e Inovações. Recife, Ed.</p><p>Universitária da UFPE.</p><p>STORY, M. F., MUELLER, J. L. & MACE, R. L (1998). The Universal Design File; Designing for People of</p><p>All Ages and Abilities. Raleigh, North Carolina State University School of Design.</p><p>TORTOSA, L (1997). Ergonomía y discapacidad. 1.ed. Madrid, IMERSO – Instituto de Migración y Servicios</p><p>Sociales.</p><p>UBIERNA J. A. J., coord. (1999). Manual de Accesibilidad Integral; Guía para la aplicación del Código de</p><p>Accesibilidad de Castilla-La Mancha. Castilla-La Mancha, Junta de comunidades de Castilla-La Mancha,</p><p>Consejería de Bienestar Social.</p><p>UBIERNA, J. A. J. (1997). Diseño Universal; Factores Clave para la Accesibilidad. Castilla-La Mancha, Ed.</p><p>COCEMFE.</p>

Mais conteúdos dessa disciplina