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<p>Antibiótico para</p><p>o Internato</p><p>Autores:</p><p>Flavia Shwenck Fagundes</p><p>Vladmir do Nascimento Aragão</p><p>Letícia De Paula Santos</p><p>Ana Karoline Mendes Lima</p><p>Giuliana Fulco</p><p>Pedro Henrique Pascoal</p><p>Gabriel Alverca</p><p>Lanna Do Carmo Carvalho</p><p>Revisores:</p><p>Gabriel Nascimento Silva</p><p>Vinicius Cogo Destefani</p><p>Editor chefe:</p><p>Vinicius Cogo Destefani</p><p>SUMÁRIO</p><p>Dia a Dia da ATB</p><p>Microbiologia clínica</p><p>Conceitos gerais em Antibioticoterapia</p><p>Mecanismo de ação dos principais ATBs e Resistência Bacteriana</p><p>Grande classe e utilização na prática clínica (Betalactâmicos)</p><p>Grande classe e utilização na prática clínica: Cefalosporinas</p><p>Grande classe e utilização na prática clínica: Aminoglicosídeos</p><p>Grande classe e utilização na prática clínica: Macrolídeos</p><p>01</p><p>06</p><p>11</p><p>14</p><p>19</p><p>26</p><p>31</p><p>33</p><p>1. Dia a Dia da ATB</p><p>Autora: Flavia Shwenck Fagundes</p><p>dos problemas relacionados ao uso desses medicamentos. Assim, torna-se necessário</p><p>desenvolver novos métodos de diagnóstico das doenças infecciosas, bem como educar</p><p>médicos e leigos sobre o uso criterioso dessa classe.</p><p>Cuidados ao prescrever um ATB</p><p>Estude antibioticoterapia por Guias Nacionais</p><p>Os guias têm como principal finalidade orientar os profissionais dos serviços de saúde</p><p>(hospitais e atenção básica) com informações necessárias sobre a antibioticoterapia e o</p><p>perfil bacteriológico de forma didática e sistematizada, servindo como fonte de consulta</p><p>para novos e experientes profissionais. Lembrando que, os medicamentos antimicrobia-</p><p>nos devem ser prescritos e dispensados de acordo com a RDC n° 20 de 5 de maio de 2011</p><p>da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA).</p><p>Conheça a resistência local aos ATB</p><p>O conhecimento da microbiota local é decisivo para a qualificação do exercício profissional</p><p>com reflexo na segurança dos pacientes. O perfil bacteriológico demonstra quais são os</p><p>agentes patógenos mais frequentes no meio, sendo possível realizar ações corretas</p><p>quanto a padronização de antimicrobianos, políticas de prevenção e controle de infecções.</p><p>Isso é importante para atender as demandas da instituição, evitar o agrupamento de</p><p>diversas drogas similares de uma mesma classe e possibilitar a opção pelos mais baratos.</p><p>Lembrando que, a padronização deverá ser revista em intervalos regulares de tempo, isso</p><p>Os antibióticos são substâncias</p><p>capazes de eliminar ou impedir o</p><p>crescimento de um agente infec-</p><p>cioso sem danos ao hospedeiro.</p><p>Portanto, eles têm como finalidade</p><p>a cura de uma doença infecciosa</p><p>(cura clínica) ou o combate de um</p><p>agente infeccioso situado em um</p><p>determinado foco (cura microbi-</p><p>ológica).</p><p>A alta prevalência das infecções e o</p><p>consequente consumo dos antimi-</p><p>crobianos para tratá-las no dia a dia</p><p>acarretam muitos erros de pre-</p><p>scrição. Essas falhas se relacionam</p><p>às incertezas diagnósticas e ao</p><p>desconhecimento farmacológico,</p><p>podendo promover um aumento</p><p>01</p><p>por causa do dinamismo das bactérias. Além das possíveis alterações do perfil assistencial,</p><p>custo dos medicamentos e surgimento de novos fármacos.</p><p>Discuta casos de Infecção Hospitalar com CCIH</p><p>A Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH) deverá estar presente em todos os</p><p>hospitais do país, com o objetivo de reduzir os riscos de infecções relacionadas à assistên-</p><p>cia à saúde (IRAS). Cada caso de IH deverá ser discutido com a CCIH para averiguar quais</p><p>condutas deverão ser tomadas.</p><p>O responsável por escolher a terapia antimicrobiana do paciente sob seus cuidados é o</p><p>médico assistente. No entanto, o CCIH tem o dever e o interesse em colaborar para otimi-</p><p>zar as prescrições, visando o controle das infecções hospitalares. O controle de bactérias</p><p>multirresistentes depende não somente do uso adequado dos antibióticos, mas do con-</p><p>trole da transmissão cruzada. Portanto, torna-se importante também a adesão às medidas</p><p>de precaução e a higienização das mãos pelos profissionais de saúde.</p><p>Evite prolongar o tempo de uso sem necessidade</p><p>O uso prolongado desses fármacos de maneira inadequada acelera o processo natural de</p><p>resistência das bactérias contra os antibióticos. Além disso, o aumento no tempo de</p><p>utilização gera também uma adição nos custos do tratamento e efeitos colaterais indese-</p><p>jáveis. Evitar isso torna-se imprescindível, já que é cada vez mais frequente o protagonis-</p><p>mo de germes multirresistentes, ao mesmo tempo em que se esgotam as possibilidades</p><p>de desenvolvimento de novos antimicrobianos.</p><p>Antibioticoterapia e Sepse</p><p>A elevada mortalidade causada pela sepse grave e o choque séptico se relaciona a inade-</p><p>quação da abordagem do agente infeccioso. A conduta terapêutica – incluindo a antibio-</p><p>ticoterapia, vai diferir, substancialmente, de acordo com o local da infecção primária.</p><p>Assim, o controle do foco infeccioso identificando a localização e os principais agentes</p><p>para cada sítio é pré-requisito para que as defesas do hospedeiro, bem como, a antibioti-</p><p>coterapia, tenham sucesso na eliminação do agressor.</p><p>A prescrição de antibióticos requer diagnóstico clínico apropriado, fundamentado em</p><p>exames clínicos e laboratoriais. A história clínica deverá ser feita buscando achados que</p><p>sugiram a presença de infecção. Para isso é importante investigar quadros de febre, realizar</p><p>um bom exame físico. Além de avaliar sinais de sepse, isso porque, o tratamento efetivo</p><p>dessa condição está relacionado a precocidade do uso da antibioticoterapia.</p><p>No laboratório a procalcitonina (PCT), é um biomarcador que apresenta elevada sensibili-</p><p>dade e especificidade para distinguir a SIRS (Síndrome da Resposta Inflamatória Sistêmi-</p><p>ca) de sepse, auxiliando na redução do uso de antibióticos inclusive nas unidades de tera-</p><p>pia intensiva.</p><p>02</p><p>Isolamento do agente etiológico</p><p>O diagnóstico de doenças bacterianas pode ser realizado por diversos procedimentos. O</p><p>diagnóstico definitivo é realizado pelo isolamento e identificação do agente bacteriano a</p><p>partir de materiais clínicos colhidos adequadamente do sítio de infecção, conhecido nor-</p><p>malmente como exame bacteriológico ou cultura.</p><p>O isolamento deve sempre ser feito, já que as possibilidades etiológicas são múltiplas e os</p><p>perfis de sensibilidade aos antimicrobianos são variáveis. Portanto, torna-se recomendável</p><p>o isolamento de rotina em:</p><p>1. Todas as Infecções Hospitalares</p><p>2. Infecções Comunitárias Graves</p><p>Situações Especiais</p><p>Não são todas as infecções que necessitam de antibioticoterapia, é preciso avaliar individ-</p><p>ualmente cada paciente. Nesse cenário, não se deve tratar com antibiótico:</p><p>Bacteriúria assintomática</p><p>São raras as situações em que o rastreio e tratamento de bacteriúria assintomática são</p><p>capazes de trazer benefícios, ao mesmo tempo em que o uso indiscriminado de antibióti-</p><p>cos aumenta o risco de eventos adversos e de seleção de microrganismos resistentes.</p><p>Com a exceção de gestantes e pré-procedimentos urológicos, que devem ser rastreados</p><p>e tratados com antibioticoterapia correta.</p><p>Diarreias Infecciosas</p><p>Essas são situações autolimitadas em sua maioria, portanto, os princípios fundamentais</p><p>para o tratamento da diarreia aguda são a terapia de reidratação e a manutenção de</p><p>alimentação que atenda às necessidades nutricionais do paciente. Os antibióticos são</p><p>recomendados apenas para pacientes com disenteria, considerando a possibilidade de</p><p>Shigella.</p><p>Flebites não purulentas</p><p>Não há indicação de antibioticoterapia nos casos não complicados, somente se presença</p><p>de sinais de infecção (febre alta, drenagem purulenta).</p><p>Febre relacionada a Cateter Venoso Profundo de curta duração</p><p>Em casos de pacientes com quadro febril associado a presença de cateter venoso profun-</p><p>do de curta duração, sem sepse, que em geral, se resolve com a retirada do dispositivo.</p><p>Úlceras cutâneas crônicas</p><p>Além da terapia compressiva, o tratamento local inclui limpeza, técnicas de desbridamen-</p><p>03</p><p>to e curativos que minimizam a infecção/colonização e facilitam a cicatrização. Os</p><p>antibióticos sistêmicos só devem ser utilizados em casos com evidência clínica de infecção</p><p>local.</p><p>Abcessos de paredes (drenar)</p><p>Considerações</p><p>(DDRP) da bactéria sensível, cessando a síntese de</p><p>proteína da célula bacteriana.</p><p>As quinolonas inibem a síntese do DNA bacteriano, ocorrendo assim, a morte da bactéria.</p><p>Os principais alvos na ação dessas drogas são a inibição de atividades das enzimas DNA</p><p>girase (Topoisomerase II) e da topoisomerase IV.</p><p>As sulfonamidas são inibidoras competitivas da enzima bacteriana sintetase de dihidrop-</p><p>eroato (são análogos do seu substrato o ácido paraaminobenzóico — PABA). A enzima</p><p>catalisa uma reação necessária à síntese de ácido fólico, necessário para a síntese de pre-</p><p>cursores de DNA e RNA) nas bactérias as quinolonas inibem a síntese do DNA bacteriano,</p><p>ocorrendo assim, a morte da bactéria. Os principais alvos na ação dessas drogas são a</p><p>inibição de atividades das enzimas DNA girase (Topoisomerase II) e da topoisomerase IV.</p><p>38</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>Questões Comentadas</p><p>4. (2016) Paciente, 18 anos, é admitida em Unidade Coronariana de hospital público devido</p><p>a infarto agudo do miocárdio. No terceiro dia de internação, apresenta temperatura axilar</p><p>de 38°C e leucometria de 16.000/mm3 com 10% de bastões. Ao exame físico, é detectada</p><p>área de hiperemia, calor e dor em trajeto de veia periférica relacionada à inserção de</p><p>cateter vascular. Para investigação diagnóstica, são enviadas duas amostras de sangue</p><p>para hemoculturas. Estas detectaram crescimento de Staphylococcus aureus sensível à</p><p>oxacilina e vancomicina. Dentre os antimicrobianos citados abaixo, a principal opção</p><p>terapêutica para tratamento da infecção causada por esse micro-organismo é:</p><p>Teicoplanina.</p><p>Vancomicina.</p><p>Linezolida.</p><p>Oxacilina.</p><p>Sulfametoxazol/trimetoprim.</p><p>Resposta: D</p><p>Comentário da questão:</p><p>A droga de escolha é a oxacilina associada ao uso de aminoglicosídeo por um curto perío-</p><p>do de tempo (3 a 7 dias). A vancomicina deve ser reservada para as cepas resistentes à oxa-</p><p>cilina, pois no caso de cepas de estafilococos sensíveis à oxacilina, os glicopeptídeos têm</p><p>ação antimicrobiana inferior à oxacilina.</p><p>39</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>Questões Comentadas</p><p>5. (2012) Qual dos antimicrobianos abaixo relacionados é o recomendado para o tratamen-</p><p>to de um jovem, com relato de alergia a sulfas, apresentando celulite no membro inferior</p><p>causada por Staphylococcus aureus resistente a meticilina?</p><p>Oxacilina.</p><p>Vancomicina.</p><p>Imipenem.</p><p>Cefuroxima.</p><p>Ampicilina com sulbactam.</p><p>Resposta: B</p><p>Comentário da questão:</p><p>Nas infecções causadas por cepa de estafilococo sensível à oxacilina, a vancomicina deve</p><p>ser a droga de escolha pela maior potência e menor toxicidade quando comparada com os</p><p>glicopeptídeos.</p><p>40</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>Questões Comentadas</p><p>6. (2016) Quando indicamos tratamento antimicrobiano para paciente com pneumonia</p><p>comunitária grave, frequentemente recorremos ao uso das ditas quinolonas respiratórias,</p><p>NÃO podendo ser afirmado a respeito delas que:</p><p>Possuem flúor em sua composição.</p><p>Atuam lesando o DNA.</p><p>Atuam na parede celular.</p><p>Apresentam cobertura para etiologias ditas atípicas.</p><p>Resposta: C</p><p>Comentário da questão:</p><p>São inibidores da enzima bacteriana DNA topoisomerase II (girase de DNA) e da DNA</p><p>topoisomerase IV. Para muitas bactérias Gram-positivo (S. aureus), a DNA topoisomerase</p><p>IV é a principal inibida pelas quinolonas. Em contraste, para muitas bactérias Gram-negati-</p><p>vo (E. coli), o principal alvo das quinolonas é a DNA-girase. As fluoroquinolonas apresen-</p><p>tam um átomo de flúor não observado nas quinolonas. Ambas formam o grupo de</p><p>antibióticos mais tóxico atualmente em uso com mais de 40% dos usuários sofrendo de</p><p>efeitos colaterais. Mais de metade dos fármacos encontradas dentro desta classe já foram</p><p>removidas do uso clínico devido a reações adversas que podem causar dano permanente.</p><p>Processos em massa estão sendo litigados devido a esta classe causar rompimento de</p><p>tendões espontâneo e a FDA passou a apresentar os fármacos em Black Box, uma espécie</p><p>de tarja preta desde 2008.</p><p>41</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>Questões Comentadas</p><p>7. (2018) Homem, 56 anos de idade, hipertenso, chega ao pronto socorro com quadro de</p><p>tosse com expectoração amarelada, dispneia e febre há três dias. Nas últimas três horas</p><p>vem se apresentando sonolento. Sinais vitais: PA = 80/30mmHg, FC = 130 bpm, TEC=4 seg,</p><p>saturação O?= 90%, FR =30 ipm, Glasgow = 13, temperatura axilar = 38°C, peso corporal=80</p><p>Kg. Qual a antibioticoterapia de escolha, sabendo que o paciente não tem história de inter-</p><p>nação hospitalar?</p><p>Meropenem + vancomicina</p><p>Ceftriaxone + claritromicina</p><p>Piperaciclina + tazobactan</p><p>Cefepima + vancomicina</p><p>Ciprofloxacin + oxacilina</p><p>Resposta: B</p><p>Comentário da questão:</p><p>Os antimicrobianos recomendados para o paciente que necessita de internação, mas em</p><p>uma enfermaria clínica é a ceftriaxona intravenosa associada a uma claritromicina, pois são</p><p>as mais indicadas em casos de pneumonia atipíca.</p><p>42</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>Questões Comentadas</p><p>8. (2017) Homem, 66 anos, apresenta, há 2 dias, tosse com escarro purulento, febre e</p><p>dispneia. Ao exame, encontra-se confuso, febril (38,4°C), com estertores crepitantes em</p><p>base direita à ausculta pulmonar. O radiograma de tórax evidencia infiltrado em base pul-</p><p>monar direita. O paciente é internado e recebe prontamente antibioticoterapia. Qual é o</p><p>regime de antibiótico mais indicado?</p><p>Ampicilina.</p><p>Levofloxacino.</p><p>Claritromicina.</p><p>Azitromicina.</p><p>Piperacilina + tazobactam</p><p>Resposta: B</p><p>Comentário da questão:</p><p>O levofloxacino é um antibiótico de 3° geração. Este atua por meio da redução da síntese</p><p>de DNA bacteriano. Este é eficaz contra uma série de bactérias gram negativas, devido ao</p><p>seu amplo espectro de ação, sendo prescrito para várias infecções onde o agente causal é</p><p>desconhecido. As principais indicações são para as infecções do trato respiratório superior,</p><p>sinusite, bronquite bacteriana, exacerbações agudas de bronquite crônica e pneumonia e</p><p>Legionelose</p><p>43</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>Questões Comentadas</p><p>9. (2015) O tratamento da colite pseudomembranosa geralmente implica administração</p><p>de:</p><p>Enemas de corticosteroide.</p><p>Budesonida oral.</p><p>Clindamicina ou ciprofloxacino oral ou EV.</p><p>Sulfassalazina enema ou oral.</p><p>Vancomicina ou metronidazol oral.</p><p>Resposta: E</p><p>Comentário da questão:</p><p>A colite pseudomembranosa é uma doença do intestino delgado que causa diarréia. Ori-</p><p>unda por exposição a antibióticos de largo espectro cursando com alterações da flora</p><p>colônica normal, colonização do clostridium defficile toxigênico e crescimento bacteriano</p><p>com inflamações e danos da mucosa intestinal. A administração de metronidazol, via oral,</p><p>é o tratamento de 1° escolha nos casos de colite pseudomembranosa, em casos leves a</p><p>moderados. A vancomicina é uma droga de 2° opção, em especial em casos mais</p><p>graves.Os corticóides são eficazes para episódios agudos de várias formas de doença</p><p>inflamatória intestinal, quando outras formas são inadequadas, mas não são apropriados</p><p>para a terapia de manutenção.</p><p>O ácido aminossalicílico bloqueia a síntese de prostaglandinas e leucotrienos e outros</p><p>eventos benéficos na cascata inflamatória. É ativo intraluminarmente é de rápida absorção</p><p>pelo intestino delgado proximal. Exemplos são a sulfassalazina.</p><p>44</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>Questões Comentadas</p><p>10. (2018) A resistência bacteriana constitui enorme problema na atualidade. As enzimas</p><p>geradoras de resistência no caso das bactérias denominadas KPC são:</p><p>Metalolactamases</p><p>Carbapenemases</p><p>Betalactamases de espectro ampliado</p><p>Bombas de efluxo</p><p>Resposta: B</p><p>Comentário da questão:</p><p>A Klebsiella pneumoniae produtora de carbapenemase, conhecida como KPC, é uma bac-</p><p>téria limitada a ambiente hospitalar, cuja característica é a produção de uma betalact-</p><p>amase denominada carbapenemase, que tem a propriedade de inibir a ação dos antibióti-</p><p>cos carbapenêmicos. Essa bactéria pode causar infecção hospitalar que costuma acome-</p><p>ter pacientes imunodeprimidos, especialmente os que se encontram nas</p><p>unidades de</p><p>terapia intensiva. É importante enfatizar que os pacientes de UTI também apresentam</p><p>várias portas de entrada para infecções, tais como, sonda vesical de demora, cateter</p><p>venoso central, tubo orotraqueal, cânula de traqueostomia, e às vezes feridas de decúbito,</p><p>facilitando muito a infecção por bactérias multirresistentes. Vários são os mecanismos de</p><p>resistência que podem impedir a ação dos carbapenêmicos, e a resistência surge, oca-</p><p>sionalmente, da combinação de impermeabilidade da membrana com betalactamases</p><p>cromossômicas (AmpC) ou de amplo espectro (ESBL). A multirresistência está frequente-</p><p>mente relacionada ao uso indiscriminado de antibióticos, tais como as cefalosporinas de</p><p>terceira geração, por exemplo, a ceftriaxona, cefotaxima e ceftazidima, associado a trans-</p><p>missão horizontal entre os pacientes.</p><p>45</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>Finais</p><p>Os erros na prescrição de medicamentos comprometem a segurança do paciente e a</p><p>qualidade do cuidado assistencial. Para minimizar esses entraves, é essencial conscientizar</p><p>os profissionais de que uma resposta terapêutica adequada e sem danos ao paciente é</p><p>responsabilidade de toda a equipe de saúde. A abordagem dos erros de medicação de</p><p>forma sistêmica é essencial na implantação e melhoria das práticas assistenciais visando</p><p>maior segurança no cuidado em saúde.</p><p>Referências:</p><p>1. AZEVEDO, José Raimundo Araujo de et al. Procalcitonina como biomarcador de prog-</p><p>nóstico da sepse grave e choque séptico. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões [on-</p><p>line]. 2012, v. 39, n. 6 [Acessado 13 Agosto 2021] , pp. 456-461. Disponível em: .</p><p>2. MORAES, Rafael Barberena et al. Descalonamento, adequação antimicrobiana e posi-</p><p>tividade de culturas em pacientes sépticos: estudo observacional. Revista Brasileira de Ter-</p><p>apia Intensiva [online]. 2016, v. 28, n. 03 [Acessado 13 Agosto 2021], pp. 315-322. Disponível</p><p>em: .</p><p>3. NICOLINI, Paola et al. Fatores relacionados à prescrição médica de antibióticos em</p><p>farmácia pública da região Oeste da cidade de São Paulo. Ciência & Saúde Coletiva [on-</p><p>line]. 2008, v. 13, n. suppl [Acessado 13 Agosto 2021], pp. 689-696. Disponível em: .</p><p>4. PEREIRA, Rose Elisabeth Peres et al. Principais métodos diagnósticos bacterianos –</p><p>revisão de literatura. Disponível em: http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquiv-</p><p>os_destaque/u94lwYWgePGj05L_2013-6-26-11-11-29.pdf</p><p>5. SALOMÃO, Reinaldo et al. Diretrizes para tratamento da sepse grave/choque séptico:</p><p>abordagem do agente infeccioso - controle do foco infeccioso e tratamento antimicrobia-</p><p>no. Revista Brasileira de Terapia Intensiva [online]. 2011, v. 23, n. 2 [Acessado 13 Agosto</p><p>2021], pp. 145-157. Disponível em: .</p><p>6. SILVA, Waldiney Henrique. Perfil bacteriológico da Unidade de Terapia Intensiva de</p><p>adultos do Hospital Santa Casa de Misericórdia de Patrocínio – Minas Gerais. Disponível</p><p>e m : h t t p s : // o s w a l d o c r u z . b r / r e v i s t a _ a c a d e m i c a / c o n t e n t / p d f / E d i -</p><p>cao_23_WALDINEY_HENRIQUE_DA_SILVA.pdf.</p><p>04</p><p>Questão Comentada</p><p>(2017) Quanto às Cefalosporinas de primeira geração podemos afirmar que:</p><p>a) Agem contra estafilococos resistentes a oxacilina, pneumococos resistentes à penicilina,</p><p>Enterococcus spp. e anaeróbios.</p><p>b) São muito ativas contra cocos gram-positivos e tem atividade moderada contra E. coli.</p><p>c) São muito ativas contra H. influenzae e agem contra estafilococos resistentes a oxacilina,</p><p>pneumococos resistentes à penicilina, Enterococcus spp. e anaeróbios.</p><p>d) Não devem ser usadas durante a gestação.</p><p>Resposta: B</p><p>Alternativa A: INCORRETA. As cefalosporinas de 1ª geração não agem contra estafilococos</p><p>resistentes à oxacilina, pneumococos resistentes à penicilina, Enterococcus spp. e anaer-</p><p>óbios.</p><p>Alternativa B: CORRETA. Essa classe de antibiótico é muito ativa contra cocos gram- posi-</p><p>tivos e tem atividade moderada contra E.coli, Proteus mirabilis e K. pneumoniae adquiridos</p><p>na comunidade.</p><p>Alternativa C: INCORRETA. As cefalosporinas de primeira geração não têm atividade</p><p>contra H. Influenzae, e não agem contra esses microrganismos como foi justificado na</p><p>alternativa A.</p><p>Alternativa D: INCORRETA. Essa classe pode ser utilizada durante a gestação da mulher.</p><p>05</p><p>2. Microbiologia clínica</p><p>Autor: Vladmir do Nascimento Aragão</p><p>dida em 2 categorias, ocorre devido à composição morfológica da bactéria, ou seja, as bac-</p><p>térias Gram-positivas possuem parede espessa de peptideoglicano e uma ampla quanti-</p><p>dade de ácido teocóico. Enquanto que as Gram-negativas possuem parede celular consti-</p><p>tuída de uma camada fina de peptideoglicano.</p><p>Sabe-se que o estudo da Microbio-</p><p>logia Clínica é fundamental na área</p><p>médica, uma vez que é ela é pre-</p><p>mente para um bom diagnóstico</p><p>clínico, com o objetivo de tornar um</p><p>tratamento mais eficaz possível.</p><p>Diante disso, convém ressaltar</p><p>alguns conceitos fundamentais da</p><p>Microbiologia, como as classifi-</p><p>cações, principalmente a Gram, e</p><p>algumas bactérias de relevância na</p><p>Medicina.</p><p>Nesse contexto, reitera-se a especi-</p><p>ficidade da classificação Gram, a</p><p>qual ganhou o nome devido a uma</p><p>homenagem ao médico dinamar-</p><p>quês Hans Cristian Joaquim Gram</p><p>em 1884. A classificação Gram, divi-</p><p>A classificação Macroscópica</p><p>(colônia ou modo de crescimento) ou</p><p>estrutura microscópica (tamanho,</p><p>forma, arranjo das células, flagelos</p><p>ou cápsulas) ocorre quando há difer-</p><p>enciação bioquímica. Isso acontece</p><p>laboratorialmente, por meio de cul-</p><p>turas, da morfologia, da Coloração</p><p>de Gram ou Coloração para</p><p>álcool-ácido resistente. Ademais, há</p><p>outros métodos para identificação,</p><p>por exemplo, métodos moleculares –</p><p>PCR – antígenos e outras colorações</p><p>mais específicas, como Zihel Neelsen</p><p>para micobacterias, campo escuro</p><p>para treponema, KOH e tinta da</p><p>China para fungos.</p><p>06</p><p>Um dos conceitos relevantes para a Microbiologia é a definição de infecção, de coloni-</p><p>zação e de contaminação. Diante disso, entende-se que infecção é um fenômeno causado</p><p>por um microorganismo nos tecidos de um hospedeiro, o qual tem uma reação imunológi-</p><p>ca, provocando ou não uma doença. Enquanto que colonização é a presença de microor-</p><p>ganismos em multiplicação em um hospedeiro sem manifestações clínicas ou resposta</p><p>imunológica. Em contrapartida, o termo contaminação refere-se à presença de microor-</p><p>ganismos em uma cultura, sem que eles representem colonização ou infecção, podendo</p><p>ocorrer em objetos inanimados.</p><p>Convém lembrar a definição de MIC, que é a menor concentração do antibiótico para</p><p>inibir um crescimento bacteriano visível, sendo determinada através de soluções do</p><p>agente em concentrações crescentes, as quais serão incubadas com bactérias cultivadas.</p><p>A medição desses resultados e determinação dos C.I.M (Concentração Inibitória Mínima)</p><p>é efetuada por diluição em ágar ou micro-diluição, seguindo as diretrizes de organizações,</p><p>como CLSI, BSAC ou EUCAST.</p><p>É impreterível relatar sobre algumas bactérias de relevância médica. Com isso, sabe-se que</p><p>as principais classificações são:</p><p>- Cocos gram-positivos aeróbios: Staphylococcus, Streptococus e Enterococos</p><p>- Bacilos gram-positivos aeróbios: Listeria sp e Nocardia sp</p><p>- Cocos gram-negativos aeróbios: Meningoccoe Gonococo</p><p>- Bacilos gram-negativos aeróbios: Enterobactérias</p><p>- Anaeróbios: Peptococcus, Peptostreptococcus, Clostridium, Bacteroides fragillis</p><p>- Bacilos gram-negativos aeróbios : Fermentadores E.coli. Kleibsiella, Citrobacter, Serratia, Proteus,</p><p>Salmonella</p><p>- Bacilos gram-negativos aeróbios: Não-fermentadores: Acinetobacter, Pseudomonas, Burkholde-</p><p>ria cepacea</p><p>07</p><p>Estreptos</p><p>Estáfilos</p><p>Enterococos</p><p>Gram +</p><p>Cocos</p><p>Bacilos</p><p>Anaeróbio Klebisiella</p><p>Escherichia</p><p>Salmonella</p><p>Shigella</p><p>Gram -</p><p>Neisserias</p><p>Maraxellas</p><p>Listeria</p><p>Ciostridium</p><p>Neisserias</p><p>Maraxellas</p><p>Microbiota que você precisa saber</p><p>Micobacterium</p><p>Chlamydia</p><p>Mycoplasma</p><p>Treponema</p><p>Outros</p><p>Sabe-se que os estafilococos são cocos esféricos organizados em cachos de uvas irregu-</p><p>lares e todos eles produzem a enzima catalase; os mais importantes são: S.aureus, S.epi-</p><p>dermidis e S.saprophyticus. Entre esses, o mais nocivo para o homem é o S.aureus,</p><p>enquanto os outros dois são estafilococos coagulase- negativos, isto é, tem potencial</p><p>para causar infecções. Os estreptococos são cocos esféricos, normalmente, organizados</p><p>em cadeias ou pares e todos os estreptococos são catalase-negativos, ou seja, no teste</p><p>de catalase, os estreptococos não formam bolhas de ar. As principais espécies de</p><p>importância médica são: S. pyogenes, S. agalactiae, Enterococcus faecalis, E. faecium, S.</p><p>bovis, S. pneumoniae e o Grupo viridans (S. mitis, S. sanguis e S. Mutans). Além disso,</p><p>ressalta-se que o S. pneumoniae é o responsável por infecções de vias</p><p>aéreas superiores</p><p>em substancial parte das vezes. O S. agalactiae coloniza o trato genital de algumas mul-</p><p>heres e pode ser a causa da meningite bacteriana em recém-nascidos. Os Enterococos</p><p>(E. faecalis e E. faecium) e S. bovis podem causar hemólise do tipo α.</p><p>08</p><p>Questões Comentadas</p><p>1. (2013) Os bacilos gram-negativos produtores de beta lactamases de amplo espectro</p><p>(ESBL) geralmente acometem pacientes com internação prolongada em UTI, portadores</p><p>de sonda vesical de demora e tratados com cefalosporinas de amplo espectro. Entre as</p><p>bactérias mais associadas a esse tipo de resistência, estão:</p><p>Salmonela sp. e Proteus mirabilis.</p><p>Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii.</p><p>Stenotrophomonas maltophilia e Serratia sp.</p><p>Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae.</p><p>Resposta: D. As bactérias Gram-negativas são produtoras de ESBL, como as enterobac-</p><p>térias, incluindo a Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae.</p><p>2. (2017) Quanto às Cefalosporinas de primeira geração podemos afirmar que:</p><p>Agem contra estafilococos resistentes à oxacilina, pneumococos resistentes à penicili-</p><p>na, En terococcus spp. e anaeróbios.</p><p>São muito ativas contra cocos gram-positivos e têm atividade moderada contra E. coli.</p><p>São muito ativas contra H. influenzae e agem contra estafilococos resistentes à oxacili-</p><p>na, pneumococos resistentes à penicilina, Entero coccus spp. e anaeróbios.</p><p>Não devem ser usadas durante a gestação.</p><p>Resposta: B. O espectro de ação das cefalosporinas de primeira geração são bactérias</p><p>Gram-positivas, como Streptococcus e Staphylococcus, enquanto que a ação e a potência</p><p>contra Gram-negativas ampliam com a evolução das gerações.</p><p>3. (2016) Quando indicamos tratamento antimicrobiano para paciente com pneumonia</p><p>comunitária grave, frequentemente recorremos ao uso das ditas quinolonas respiratórias,</p><p>NÃO podendo ser afirmado a respeito delas que:</p><p>Possuem flúor em sua composição.</p><p>Atuam lesando o DNA.</p><p>Atuam na parede celular.</p><p>Apresentam cobertura para etiologias ditas atípicas.</p><p>Resposta: C. As quinolonas atuam impedindo a síntese do DNA, algumas possuem flúor,</p><p>como a ciprofloxacina, mas sem atuar na parede celular.</p><p>4. (2015) O tratamento da colite pseudomembranosa geralmente implica administração</p><p>de:</p><p>Enemas de corticosteróide.</p><p>Budesonida oral.</p><p>Clindamicina ou ciprofloxacino oral ou EV.</p><p>Sulfassalazina enema ou oral.</p><p>Vancomicina ou metronidazol oral.</p><p>09</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>Resposta: E. A administração de metronidazol, via oral, é a primeira escolha nos casos de</p><p>colite pseudomembranosa, enquanto que a vancomicina é considerada de segunda</p><p>opção.</p><p>5. (2018) A resistência bacteriana constitui enorme problema na atualidade. As enzimas</p><p>geradoras de resistência no caso das bactérias denominadas KPC são:</p><p>Metalolactamases</p><p>Carbapenemases</p><p>Betalactamases de espectro ampliado</p><p>Bombas de efluxo</p><p>Resposta: B. KPC significa Klebsiella pneumoniae produtora Carbapenemase, que é uma</p><p>enzima de resistência.</p><p>Referências</p><p>http://www.icb.usp.br/bmm/mariojac/index.php?option=com_con-</p><p>tent&view=article&id=47&Itemid=57&lang=br</p><p>Curso Básico de Antimicrobianos: Divisão de MI – CM – FMRP-USP – Cefalosporina –</p><p>Cinara Silva Feliciano</p><p>https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cur-</p><p>sos/rm_controle/opas_web/modulo1/quinilonas.htm#</p><p>http://rmmg.org/artigo/detalhes/565</p><p>https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/re-</p><p>giao-centro-oeste/hujm-ufmt/saude/centro-de-informacoes-sobre-medicamentos-hujm</p><p>/2015/nota-tecnica-kpc.pdf</p><p>10</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>3. Conceitos gerais em Antibioticoterapia</p><p>Autora: Letícia De Paula Santos</p><p>Entretanto, para que um antimicrobiano realize a sua atividade, é preciso que, primeira-</p><p>mente, ele atinja a concentração ideal no local da infecção, seja capaz de atravessar, de</p><p>forma passiva ou ativa, a parede celular, apresente afinidade pelo sítio de ligação no interi-</p><p>or da bactéria e permaneça tempo suficiente para exercer seu efeito inibitório (Figura 1).</p><p>Pelos conhecimentos da farmacocinética e das características dos organismos frente ao</p><p>antimicrobiano, é possível adequar a posologia, a via de administração e o intervalo entre</p><p>as doses.</p><p>É imprescindível a racionalização dos</p><p>antimicrobianos, tanto no ambiente</p><p>intra-hospitalar quanto nas infecções</p><p>comunitárias, pois o uso excessivo</p><p>destes fármacos está associado à</p><p>emergência e a seleção de cepas de</p><p>bactérias resistentes, elevação dos</p><p>custos, efeitos adversos e mortalidade.</p><p>Para o melhor entendimento deste</p><p>assunto, torna-se necessário a com-</p><p>preensão dos diferentes efeitos de um</p><p>antimicrobiano. Ele pode ter um efeito</p><p>bacteriostático ou bactericida, sendo</p><p>que o bacteriostático corresponde a</p><p>supressão da multiplicação bacteriana,</p><p>e bactericida corresponde a capaci-</p><p>dade de destruição dos microrganis-</p><p>mos.</p><p>Figura 1. Escolha do ATB por princípios de farmacocinética.</p><p>Fonte: ANVISA</p><p>11</p><p>Concentração sérica</p><p>Um antimicrobiano é administrado na dose padronizada, então a sua concentração</p><p>plasmática aumenta até atingir a concentração plasmática máxima e, na medida que é dis-</p><p>tribuído pelos tecidos ou é metabolizado/eliminado, a concentração plasmática diminui</p><p>até tornar-se nula.</p><p>Antes da administração da próxima dose (respeitando-se o intervalo padronizado), a con-</p><p>centração do antimicrobiano corresponde à concentração sérica mínima. Já o tempo de</p><p>meia-vida de um antimicrobiano corresponde ao tempo necessário para que a concen-</p><p>tração sérica máxima, alcançada com a administração de uma dose</p><p>padrão, se reduza à metade. Este índice é independente do pico da concentração sérica e</p><p>é determinado pelo grau de excreção/metabolização e pela rapidez de difusão tecidual</p><p>(Figura 2).</p><p>Antimicrobianos tempo-dependentes</p><p>Os antimicrobianos tempo-dependentes, como os beta-lactâmicos e a vancomicina, pos-</p><p>suem sua ação regida pelo tempo de exposição dos microrganismos às suas concen-</p><p>trações séricas e teciduais, ou seja, não depende dos níveis séricos que atingem, mas sim</p><p>do tempo que permanecem acima da concentração inibitória mínima para o microrganis-</p><p>mo em questão.</p><p>Antimicrobianos concentração ou dose-dependentes</p><p>Já os antimicrobianos concentração ou dose-dependentes, como os aminoglicosídeos e</p><p>fluoroquinolonas, possuem ação de destruição de bactéria em razão de sua concentração</p><p>plasmática, ou seja, quanto maior a concentração, mais rápida é a erradicação do patóge-</p><p>no.</p><p>12</p><p>A sensibilidade dos microrganismos</p><p>aos antimicrobianos é representada</p><p>pela concentração inibitória mínima de</p><p>cada microrganismo para cada antimi-</p><p>crobiano, que corresponde à menor</p><p>concentração do antimicrobiano capaz</p><p>de inibir o desenvolvimento visível do</p><p>microrganismo.</p><p>Figura 2. Farmacocinética dos antibióticos.</p><p>Fonte: ANVISA</p><p>Questões Comentadas</p><p>1. (2016) Quando indicamos tratamento antimicrobiano para paciente com pneumonia</p><p>comunitária grave, frequentemente recorremos ao uso das ditas quinolonas respiratórias,</p><p>NÃO podendo ser afirmado a respeito delas que:</p><p>Possuem flúor em sua composição.</p><p>Atuam lesando o DNA.</p><p>Atuam na parede celular.</p><p>Apresentam cobertura para etiologias ditas atípicas.</p><p>RESPOSTA: LETRA C.</p><p>COMENTÁRIO: O mecanismo de ação das quinolonas ou fluoroquinolonas envolve a</p><p>inibição da duplicação do DNA e não a lesão a parede celular da bactéria. Um exemplo</p><p>de antimicrobiano que atua na parede celular das bactérias são os beta-lactâmicos, que</p><p>são classificados como antimicrobianos tempo-dependentes; já as quinolonas são classi-</p><p>ficadas como antimicrobianos concentração ou dose-dependentes.</p><p>13</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>4. Mecanismo de ação dos principais ATBs e Resistência Bacteriana</p><p>Autora: Ana Karoline Mendes Lima</p><p>irá agir em uma fase da vida da bactéria, na tentativa de inibir sua proliferação (são os</p><p>chamados bacteriostáticos) ou causando a morte imediata (são os chamados bacterici-</p><p>das).</p><p>2. Inibição de síntese proteica: aminoglicosídeos, tetraciclinas, cloranfenicol, macrolideos,</p><p>licosamida e oxazolinidonas. Os ribossomos das bactérias têm em sua constituição duas</p><p>importantes subunidades: 30s e 50s, são nelas que ocorrem as sínteses proteicas, sendo</p><p>assim, sera onde os fármacos irão atuar. O medicamento faz um tipo de ligação irreversível</p><p>nessas subunidades impedindo a formação das proteínas essenciais para a bactéria.</p><p>O que são antimicrobianos</p><p>Os antimicrobianos são substâncias</p><p>naturais ou sintéticas que agem sobre</p><p>microrganismos inibindo seu crescimen-</p><p>to ou causando sua destruição.</p><p>Antibacterianos</p><p>No caso das bactérias o medicamento</p><p>será um antibacteriano, que é dividido</p><p>em:</p><p>Antibiótico – produzido de forma natural</p><p>Quimioterápico – produzido de forma</p><p>sintética ou semissintética</p><p>Cada bactéria tem uma característica</p><p>específica e por isso cada antibacteriano</p><p>1. Inibição da síntese de parede</p><p>celular: β-lactâmicos (penicilinas</p><p>e cefalosporinas). Esses fárma-</p><p>cos atuam a nível de parede</p><p>celular impedindo sua estru-</p><p>turação. O medicamento inibe</p><p>as enzimas que produzem os</p><p>peptidoglicanos. Glicopeptid-</p><p>eos, como a vancomicina, age</p><p>ligando-se a porção terminal do</p><p>peptídeo D-Ala-D-Ala, desesta-</p><p>bilizando a parede celular.</p><p>14</p><p>> As bactérias se reproduzem</p><p>rapidamente e com isso é muito</p><p>comum que ocorra mutações,</p><p>podendo ser benéfica ou não</p><p>para elas, se a nova característi-</p><p>ca que surgir não for favorável</p><p>logo ela sera descartada, porém</p><p>se for uma melhora essa carac-</p><p>terística irá ser passada. Pode ser</p><p>que o resultado de uma dessas</p><p>mutações seja a resistência ao</p><p>fármaco. Se a resistência vem</p><p>através de mutações durante a</p><p>3. Inibição da síntese do material genético: quinolonas (ciprofloxacina, norfloxacina, ofloxa-</p><p>cina). Essa classe medicamentosa atua inibindo duas enzimas: girasse e topoisomease IV</p><p>que são essenciais no processo de replicação do DNA bacteriano. Se essas enzimas são</p><p>inativadas não ocorre síntese no mRNA e, consequentemente, a síntese proteína fica prej-</p><p>udicada.</p><p>4. Desorganização da membrana celular: polimixinas. Os medicamentos dessa classe são</p><p>compostos por moléculas anfipáticas tensoativas que agem nos polissacarídeos da mem-</p><p>brana externa da bactéria. Eles causam uma desordem que traz como consequência alter-</p><p>ação da permeabilidade resultando num vazamento do conteúdo intracelular.</p><p>5. Interferência no metabolismo celular: sulfonamidas e o trimetropim. O folato é um cofa-</p><p>tor extremamente importante para que ocorra síntese de DNA e RNA, nesse caso ocorre</p><p>um bloqueio em diferentes etapas de síntese desde cofator.</p><p>Resistência bacteriana</p><p>Existem dois tipos de resistência a antimicrobianos: intrínseca ou adquirida.</p><p>replicação é uma resistência</p><p>intrínseca.</p><p>> Agentes exógenos também podem acabar influenciando nas mutações genéticas das</p><p>bactérias, material genético de outros microrganismos que já tem resistência pode ser</p><p>passador para as bactérias através da conjugação transformação e transdução. Se a</p><p>resistência for por intermédio de outros agentes ela será adquirida.</p><p>Os tipos de resistência descritos são:</p><p>1. Inativação enzimática do antibiótico: essa forma de resistência provoca uma inativação</p><p>do fármaco. A bactéria consegue produzir enzimas que irão degradar ou inativar a ação do</p><p>medicamento.</p><p>a) O exemplo mais fácil de entender é a produção de enzima β-lactamase que hidrolisa o</p><p>anel β-lactâmico das penicilinas e cefalosporinas. Diversas bactérias Gram positivas e</p><p>15</p><p>Gram negativas tem a capacidade de produção de β-lactamases de espectro estendido,</p><p>isso gera resistência a todas as penicilinas e cefalosporinas ate 3ªgeraçao, apenas cefamici-</p><p>nas e carbapenêmicos conseguem combate-las.</p><p>b) Existe também as bactérias que produzem carbapenemases que degradam o anel das</p><p>carbapenemicos. Elas são chamadas de KPC e as polimixinas ou aminoglicosídeos são</p><p>usadas na tentativa de combate.</p><p>2. Modificação do alvo do antibiótico: cada antimicrobiano age em uma região especifica</p><p>da bactéria com uma afinidade muito alta, e essa ligação impede o processo fisiológico da</p><p>bactéria. Dessa forma, uma outra forma de resistência é a alteração da estrutura que o</p><p>fármaco se ligaria, sem alterar sua função.</p><p>a) Proteínas ligadoras de penicilinas (PBP) ligam o acido N-acetilmurâmico e N-acetilglu-</p><p>cosamina que são precursores do peptideoglicano que forma a parede celular. Quando</p><p>sofrem mutações produzem PBPs estruturalmente modoficadas, as PBPa2, que acaba</p><p>impedindo a lise celular, já que, a droga não consegue realizar sua interação. Esse é o me-</p><p>canismo de resistência Staphylococcus aureus, chamados de OXA R.</p><p>3. Modificações dos amoniacidos D-alanina: D-alanina fica na extremidade terminal do</p><p>peptideoglicano é alterada para forma de D-alanina-D-lactato ou D-alanina-D-serina. Essa</p><p>alteração reduz de maneira considerável a atração entre fármaco e sitio de ligação.</p><p>a) Bomba de efluxo: são proteínas de membranas que exportam o antimicrobiano para o</p><p>meio extracelular deixando o intra da bactéria com baixa concentração. Esse é o tipo de</p><p>resistência que acaba afetando todas as classes de medicamentos , principalmente: mac-</p><p>rolitos, tetraciclinas e fluoroquinolonas.</p><p>4. Alteração de permeabilidade de membrana: a penetração farmacológica na bactéria</p><p>pode acontecer de algumas formas:</p><p>a) Difusão simples pela bicamada fosfolipídica</p><p>b) Por difusão facilitada que é mediada pelas porinas, proteínas de membranas. Essa</p><p>forma é bastante comum principalmente em Gram negativos</p><p>Conclusão</p><p>A resistência das bactérias aos antimicrobianos é um problema que vem preocupando</p><p>cada vez mais os profissionais da área da saúde. É de suma importância que ocorra a con-</p><p>scientização não apenas dos profissionais da área mas também da população em geral</p><p>para que o uso dos medicamentos seja feito corretamente e até mesmo para que o des-</p><p>carte desse tipo de medicamento seja feito de maneira correta. É preocupante pensar que</p><p>existem microrganismos que não são combatidos com medicamentos já existentes, e que</p><p>toda a população está sujeita a sofrer com as consequências se esse momento chegar a</p><p>acontecer.</p><p>16</p><p>Questões Comentadas</p><p>1. Os bacilos gram-negativos produtores de beta-lactamases de amplo espectro (ESBL)</p><p>geralmente acometem pacientes com internação prolongada em UTI, portadores de</p><p>sonda vesical de demora e tratados com cefalosporinas de amplo espectro. Entre as bac-</p><p>térias mais associadas a esse tipo de resistência, estão:</p><p>Salmonela sp. e Proteus mirabilis.</p><p>Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii.</p><p>Stenotrophomonas maltophilia e Serratia sp</p><p>Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae</p><p>Resposta: D</p><p>2. Quanto às Cefalosporinas de primeira geração podemos afirmar que:</p><p>Agem contra estafilococos resistentes à oxacilina, pneumococos resistentes à penicilina,</p><p>Enterococcus spp. e anaeróbios.</p><p>São muito ativas contra cocos gram-positivos e têm atividade moderada contra E. coli.</p><p>São muito ativas contra H. influenzae e agem contra estafilococos resistentes à oxacili-</p><p>na, pneumococos resistentes à penicilina, Enterococcus spp. e anaeróbios</p><p>Não devem ser usadas durante a gestação</p><p>Resposta: B</p><p>3. Quanto aos mecanismos de ação dos antibióticos, CORRELACIONE:</p><p>1. betalactâmicos (penicilinas e cefalosporinas).</p><p>2. aminoglicosídios (gentamicina).</p><p>3. rifampicina.</p><p>4. quinolonas (ciprofloxacino).</p><p>5. sulfonamidas e trimetoprima.</p><p>A. Inibição das ligações cruzadas.</p><p>B. Inibe competitivamente as enzimas envolvidas nos dois passos da biossíntese do ácido</p><p>fólico.</p><p>C. Liga-se a subunidade 30S do ribossomo.</p><p>D. Inibe a RNA polimerase dependente de DNA.</p><p>E. Inibe a DNA girase (subunidade A) e a topoisomerase IV.</p><p>1B, 2D, 3C, 4A, 5E</p><p>1D, 2E, 3A, 4B, 5C</p><p>1A, 2C, 3D, 4E, 5B</p><p>1C, 2B, 3E, 4D, 5ª</p><p>1C, 2A, 3B, 4C, 5D</p><p>Resposta: C</p><p>17</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>Questões Comentadas</p><p>Paciente, 18 anos, é admitida em Unidade Coronariana</p><p>de hospital público devido a infarto</p><p>agudo do miocárdio. No terceiro dia de internação, aprensenta temperatura axilar de 38°C</p><p>e leucometria de 16.000/mm3 com 10% de bastões. Ao exame físico, é detectada área de</p><p>hiperemia, calor e dor em trajeto de veia periférica relacionada à inserção de cateter vascu-</p><p>lar. Para investigação diagnóstica, são enviadas duas amostras de sangue para hemocultu-</p><p>ras. Estas detectaram crescimento de Staphylococcus aureus sensível à oxacilina e vanco-</p><p>micina. Dentre os antimicrobianos citados abaixo, a principal opção terapêutica para trata-</p><p>mento da infecção causada por esse micro-organismo é:</p><p>Teicoplanina. Oxacilina</p><p>Vancomicina. Sulfametoxazol/trimetropim</p><p>Linezolida.</p><p>Resposta: D</p><p>Qual dos antimicrobianos abaixo relacionados é o recomendado para o tratamento de um</p><p>jovem, com relato de alergia a sulfas, apresentando celulite no membro inferior causada</p><p>por Staphylococcus aureus resistente a meticilina?</p><p>Oxacilina. Cefuroxima</p><p>Vancomicina. Ampicilina com sulbactam</p><p>Imipenem.</p><p>Resposta: B</p><p>Quando indicamos tratamento antimicrobiano para paciente com pneumonia comunitária</p><p>grave, frequentemente recorremos ao uso das ditas quinolonas respiratórias, NÃO poden-</p><p>do ser afirmado a respeito delas que:</p><p>Possuem flúor em sua composição.</p><p>Atuam lesando o DNA.</p><p>Atuam na parede celular.</p><p>Apresentam cobertura para etiologias ditas atípicas.</p><p>Resposta: C</p><p>Homem, 56 anos de idade, hipertenso, chega ao pronto socorro com quadro de tosse com</p><p>expectoração amarelada, dispneia e febre há três dias. Nas últimas três horas vem se apre-</p><p>sentando sonolento. Sinais vitais: PA = 80/30mmHg, FC = 130 bpm, TEC=4 seg, saturação</p><p>O?= 90%, FR =30 ipm, Glasgow = 13, temperatura axilar = 38°C, peso corporal=80 Kg. Qual</p><p>a antibioticoterapia de escolha, sabendo que o paciente não tem história de internação</p><p>hospitalar?</p><p>Meropenen + vancomicina Piperaciclina + tazobactan</p><p>Ceftriaxone + claritromicina Cefepima + vancomicina</p><p>Ciprofloxacin + oxacilina</p><p>Resposta: B</p><p>18</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>5. Grande classe e utilização na prática clínica (Betalactâmicos)</p><p>Autora: Giuliana Fulco</p><p>Tipos de penicilinas</p><p>Penicilinas naturais ou benzil penicilinas (Penicilinas G e P. V)</p><p>A Penicilina G Benzina (Benzetacil) é aplicada via intramuscular, atuando contra gram-posi-</p><p>tivos. Sempre lembrar de três doenças: sífilis, impetigo estreptocócico e faringoamidalite</p><p>bacteriana, sendo assim a profilaxia da febre reumática. É droga de depósito, cujo efeito</p><p>persiste até 21 dias.</p><p>Já a penicilina G cristalina é aplicada IV quando há sinais de gravidade, em leptospirose,</p><p>pneumonia grave em crianças ou endocardite bacteriana por Neisseria meningiditis</p><p>(gram-negativo). A Penicilina G procaína (IM), tem ação semelhante a benzatina, meia-vida</p><p>curta, mas pouco utilizada.</p><p>Penicilinas resistentes às penicilases (isozazolil penicilinas)</p><p>Cloxacilina, dicloxacilina, meticilina, nafcilina e oxacilina, a representante prevalente no</p><p>Brasil. Essa classe é utilizada para tratar Staphyloccocus aureus (casos de erisipela, celu-</p><p>lite...) sensíveis (MSSA) à meticilina. MSSA deve ser tratada com oxacilina, enquanto a</p><p>MRSA (resistente), por vancomicina, da classe dos glicopeptídeos.</p><p>Aminopenicilinas</p><p>Cobre gram-positivos (menos que penicilinas), negativos, cocos e bacilos mais preva-</p><p>lentes. Amoxicilina para faringoamigdalite bacteriana, pneumonia adquirida na comuni-</p><p>dade, rinossinusite bacteriana e infecção por H. pylori. Ampicilina (IV) utilizada para gastro-</p><p>enterite aguda bacteriana (cobertura Shigella), pneumonia em crianças, Endocardite infec-</p><p>Peniciliinas</p><p>O que são</p><p>As penicilinas são antibióticos que</p><p>atuam inibindo a síntese da parede celu-</p><p>lar bacteriana, atuando na transpep-</p><p>tidação (ligação cruzada do peptideogli-</p><p>cano); funcionam em Gram +/-.</p><p>Mecanismo de ação</p><p>Se ligam a Penicilin-Binding Protein</p><p>(PBP) na membrana plasmática e</p><p>impedem a transpeptidação para formar</p><p>o peptideoglicano bacteriano, o que</p><p>gera repercussões na morfologia celular</p><p>bacteriana e sua sobrevivência.</p><p>19</p><p>ciosa, PAC, Infecção por Streptococcus do grupo B , Corioamnionite, etc. Apresentação de</p><p>500 ou 1000mg, dose 2g 4h/4h.</p><p>Carboxipenicilinas e ureidopenicilinas</p><p>Respectivamente, representadas por Carbenicilina, Ticarcilina e por Mezlocilina, Piperacili-</p><p>na e Azlocilina. Na prática se utiliza a associação de Piperacilina com inibidor betalact-</p><p>amase (Piperacilina-Tazobactam/Tazocin), agindo muito bem contra gram-negativos (en-</p><p>terobactérias resistentes a penicilina). Usado em infecções hospitalares e risco de infecção</p><p>por pseudomonas.</p><p>Inibidores da betalactamase</p><p>São associados a penicilinas, ampliando o espectro de ação quando enfrentando uma</p><p>espécie produtora de betalactamase (estreptococo resistente). Exemplos são o supracita-</p><p>do Tazocin, mas outras associações bastante conhecidas, como Amoxicilina-Clavulanato</p><p>ou Ampicilina-Sulbactam.</p><p>Carbapenêmicos</p><p>Atuam no amplo espectro com larga potência; utilização principalmente em infecções</p><p>hospitalares. Representados por Meropenem, Imipinem e Ertapenem. Todos cobrem</p><p>anaeróbios, mas o Ertapenem não atua contra pseudomonas. São as drogas escolhidas</p><p>quando em caso de bactérias produtoras de betalactamase de espectro estendido (ESBL).</p><p>A bactéria com resistência aos carbapanêmicos é a Klebsiella Produtora de Carbapene-</p><p>mase (KPC), utilizando então de polimixinas para seu tratamento.</p><p>O Imipinem é associado a Cilastina (que impede a ação da deidropeptidase renal e aumen-</p><p>ta a biodisponibilidade da droga). Tem boa distribuição em tecidos, além de ultrapassar as</p><p>barreiras hematoencefálica e fetoencefálica (ou seja, utilização possível em meningoence-</p><p>falites). Tem amplo espectro, sendo eficaz contra cocos e bacilos gram-negativos, positi-</p><p>vos e anaeróbios. Estreptococos, pneumococos, estafilococos oxacilina-sensíveis, hemófi-</p><p>los, gonococos, meningococos, E. coli, Klebsiella, Proteus, Morganella, Salmonella, Shigella,</p><p>Pseudomonas aeruginosa. Inibe a multiplicação por 2-4h das bactérias sobreviventes. Uso</p><p>em infecções hospitalares, infecções com risco de pseudomonas, infecções abdominais e</p><p>droga de escolha para pancreatite aguda necrotizante.</p><p>Já o Meropenem é muito utilizado em UTI, com um espectro maior para bacilos gram-neg-</p><p>ativo (Pseudomona aeruginosa) anaeróbios e bacilos gram-positivos (Listeria monocyto-</p><p>genes). Também atravessa BHE. Muito eficaz contra estreptococos, pneumococos, hemó-</p><p>filos, estafilococos oxacilina-sensíveis, gonococos, meningococos, E. coli (e outras entero-</p><p>bactérias), Pseudomonas aeruginosa. Sua utilização é semelhante a do Imipinem.</p><p>Cefalosporinas</p><p>Também são incluídas na classe dos betalactâmicos e serão discutidas em outros textos.</p><p>20</p><p>Questões Comentadas</p><p>1. 2013) Os bacilos gram-negativos produtores de betalactamases de amplo espectro</p><p>(ESBL) geralmente acometem pacientes com internação prolongada em UTI, portadores</p><p>de sonda vesical de demora e tratados com cefalosporinas de amplo espectro. Entre as</p><p>bactérias mais associadas a esse tipo de resistência, estão:</p><p>Salmonela sp. e Proteus mirabilis.</p><p>Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii.</p><p>Stenotrophomonas maltophilia e Serratia sp.</p><p>Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae.</p><p>Dificuldade: **</p><p>Resposta: D</p><p>Comentário: Questão simples, apenas reconhecer o assunto sem muita análise necessária.</p><p>A E. Coli e Klebsiella pneumonia são os exemplos mais clássicos de ESBLs. Klebsiella oxyto-</p><p>ca é outro citado logo atrás, seguido por Acinetobacter, Burkholderia, Citrobacter, Entero-</p><p>bacter, Morganella, Proteus (especialmente o mirabilis), Pseudomonas, Salmonella, Serra-</p><p>tia, e Shigella spp. Pseudomonas aeruginosa sempre deve ser lembrada ao se tratar</p><p>de</p><p>infecção hospitalar.</p><p>2. (2017) Quanto às Cefalosporinas de primeira geração podemos afirmar que:</p><p>Agem contra estafilococos resistentes à oxacilina, pneumococos resistentes à penicilina,</p><p>Enterococcus spp. e anaeróbios.</p><p>São muito ativas contra cocos gram-positivos e têm atividade moderada contra E. coli</p><p>São muito ativas contra H. influenzae e agem contra estafilococos resistentes à oxacilina,</p><p>pneumococos resistentes à penicilina, Enterococcus spp. e anaeróbios.</p><p>Não devem ser usadas durante a gestação.</p><p>Dificuldade: **</p><p>Resposta: B</p><p>Comentário: Vamos realizar por partes. A - Incorreta. São ativas contra a maior parte dos</p><p>cocos gram-positivos (incluindo estafilococos produtores de penicilinase), mas não eram</p><p>clinicamente ativas contra a maior parte dos enterococos, listeria, estafilococo resistente a</p><p>meticilina ou pneumococo resistente a penicilina. C - Incorreta. H.influenzae e estafiloco-</p><p>cos resistentes à oxacilina, são resistentes à cefalotina ou cefazolina (drogas protótipo das</p><p>cefalosporinas de primeira); D- Incorreta. Não há evidências que indiquem efeitos adver-</p><p>sos ao binômio mãe-feto durante a gestação, no entanto só deve ser utilizada caso a</p><p>necessidade seja constatada. B - Correta. É ativa contra cocos gram-positivos e já foi ativa</p><p>contra boa parte das cepas de E. coli.</p><p>21</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>Questões Comentadas</p><p>3. (2010) Quanto aos mecanismos de ação dos antibióticos, CORRELACIONE:</p><p>1. betalactâmicos (penicilinas e cefalosporinas).</p><p>2. aminoglicosídios (gentamicina).</p><p>3. rifampicina.</p><p>4. quinolonas (ciprofloxacino).</p><p>5. sulfonamidas e trimetoprima.</p><p>A. Inibição das ligações cruzadas.</p><p>B. Inibe competitivamente as enzimas envolvidas nos dois passos da biossíntese do ácido</p><p>fólico.</p><p>C. Liga-se a subunidade 30S do ribossomo.</p><p>D. Inibe a RNA polimerase dependente de DNA.</p><p>E. Inibe a DNA girase (subunidade A) e a topoisomerase IV.</p><p>1B, 2D, 3C, 4A, 5E</p><p>1D, 2E, 3A, 4B, 5C</p><p>1A, 2C, 3D, 4E, 5B</p><p>1C, 2B, 3E, 4D, 5A</p><p>1C, 2A, 3B, 4C, 5D</p><p>Dificuldade: ***</p><p>Resposta: C</p><p>Comentário: Os betalactâmicos atuam inibindo (por meio da inibição enzimática) a trans-</p><p>peptidação, que são as ligações cruzadas do peptideoglicano. A única alternativa que</p><p>supre essa condição é a letra C, na qual o número 1 está associado a A.</p><p>4. (2016) Paciente, 18 anos, é admitida em Unidade Coronariana de hospital público devido</p><p>a infarto agudo do miocárdio. No terceiro dia de internação, apresenta temperatura axilar</p><p>de 38°C e leucometria de 16.000/mm3 com 10% de bastões. Ao exame físico, é detectada</p><p>área de hiperemia, calor e dor em trajeto de veia periférica relacionada à inserção de</p><p>cateter vascular. Para investigação diagnóstica, são enviadas duas amostras de sangue</p><p>para hemoculturas. Estas detectaram crescimento de Staphylococcus aureus sensível à</p><p>oxacilina e vancomicina. Dentre os antimicrobianos citados abaixo, a principal opção</p><p>terapêutica para tratamento da infecção causada por esse micro-organismo é:</p><p>Teicoplanina.</p><p>Vancomicina.</p><p>Linezolida.</p><p>Oxacilina.</p><p>Sulfametoxazol/trimetoprim.</p><p>Dificuldade: ***</p><p>Resposta: D</p><p>22</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>Questões Comentadas</p><p>Comentário: O principal uso da oxacilina é para MSSA, ou seja, Staphylococcus aureus</p><p>sensível a meticilina ou oxacilina. A vancomicina deve ser utilizada somente se for um caso</p><p>de resistência a isozazolil penicilinas, MRSA. Alternativa correta: Letra D.</p><p>5. (2012) Qual dos antimicrobianos abaixo relacionados é o recomendado para o tratamen-</p><p>to de um jovem, com relato de alergia a sulfas, apresentando celulite no membro inferior</p><p>causada por Staphylococcus aureus resistente a meticilina?</p><p>Oxacilina.</p><p>Vancomicina.</p><p>Imipenem.</p><p>Cefuroxima.</p><p>Ampicilina com sulbactam.</p><p>Dificuldade: ***</p><p>Resposta: B</p><p>Comentário: Em caso de Staphylococcus aureus resistente a meticilina ou oxacilina,</p><p>deve-se utilizar a vancomicina como droga de escolha.</p><p>6. (2016) Quando indicamos tratamento antimicrobiano para paciente com pneumonia</p><p>comunitária grave, frequentemente recorremos ao uso das ditas quinolonas respiratórias,</p><p>NÃO podendo ser afirmado a respeito delas que:</p><p>Possuem flúor em sua composição.</p><p>Atuam lesando o DNA.</p><p>Atuam na parede celular.</p><p>Apresentam cobertura para etiologias ditas atípicas.</p><p>Dificuldade: ***</p><p>Resposta: C</p><p>Comentário: A questão pede a alternativa incorreta. A - Correta. Um nome alternativo para</p><p>as quinolonas é FLUORoquinolonas, em referência ao flúor em sua composição. B - Corre-</p><p>ta. As quinolonas tanto inibem as enzimas que atuam na produção do DNA, como</p><p>também causam dano em suas ligações, o que leva à morte celular bacteriana. D - Correta.</p><p>As quinolonas respiratórias possuem cobertura para etiologias ditas atípicas, como Legio-</p><p>nella spp, Mycoplasma spp, Chlamydia pneumoniae e micobactérias não tuberculosas (M.</p><p>fortuitum, M. kansasii e M. chelonae). C. Incorreta. Atuam na quebra e inibição da produção</p><p>do DNA. Quem atua na parede são os betalactâmicos.</p><p>23</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>Questões Comentadas</p><p>7. (2018) Homem, 56 anos de idade, hipertenso, chega ao pronto socorro com quadro de</p><p>tosse com expectoração amarelada, dispneia e febre há três dias. Nas últimas três horas</p><p>vem se apresentando sonolento. Sinais vitais: PA = 80/30mmHg, FC = 130 bpm, TEC=4 seg,</p><p>saturação O2= 90%, FR =30 ipm, Glasgow = 13, temperatura axilar = 38°C, peso corporal=80</p><p>Kg. Qual a antibioticoterapia de escolha, sabendo que o paciente não tem história de inter-</p><p>nação hospitalar?</p><p>Meropenen + vancomicina Piperaciclina + tazobactan</p><p>Ceftriaxone + claritromicina Cefepima + vancomicina</p><p>Ciprofloxacin + oxacilina</p><p>Dificuldade: ***</p><p>Resposta: B</p><p>Comentário: Já que não existe história prévia de internação hospitalar, o risco de pseudo-</p><p>monas diminui consideravelmente (P. aeruginosa), eliminamos a letra C. Paciente apresen-</p><p>ta quadro infeccioso respiratório com risco de sepse, evidenciado pela sonolência, então</p><p>até conhecermos a etiologia por hemocultura, devemos começar em até 60 minutos do</p><p>internamento um tratamento de amplo espectro para os microrganismos considerados.</p><p>Por não sabermos ainda e provavelmente não se tratar de MRSA, a vancomicina não deve</p><p>ser empregada, eliminando letras A e D. Oxacilina não é considerada de amplo espectro, e</p><p>sim para infecções de estafilococos sensíveis. A resposta mais adequada é a letra B.</p><p>8. (2017) Homem, 66 anos, apresenta, há 2 dias, tosse com escarro purulento, febre e</p><p>dispneia. Ao exame, encontra-se confuso, febril (38,4°C), com estertores crepitantes em</p><p>base direita à ausculta pulmonar. O radiograma de tórax evidencia infiltrado em base pul-</p><p>monar direita. O paciente é internado e recebe prontamente antibioticoterapia. Qual é o</p><p>regime de antibiótico mais indicado?</p><p>Ampicilina. Azitromicina.</p><p>Levofloxacino. Piperacilina + tazobactam.</p><p>Claritromicina.</p><p>Dificuldade: ***</p><p>Resposta: B</p><p>Comentário: Não há suspeita de pseudomonas, por não haver internamento prévio, então</p><p>letra E está eliminada de cara. Temos um quadro infeccioso respiratório inespecífico com</p><p>alteração de ausculta e infiltrado em Rx, podendo enquadrar pneumonia comunitária, ou</p><p>até mesmo uma tuberculose, e em um paciente idoso o risco de sepse é eminente. Levo-</p><p>floxacino, entre essas drogas, possui ampla atividade contra os patógenos respiratórios</p><p>usuais e é recomendada para tratamento empírico de infecções respiratórias. B é a alterna-</p><p>tiva correta. Claritromicina (letra C) poderia ser considerada caso estivesse associada à cef-</p><p>triaxona ou cefatoxima (cefalosporina de terceira geração), já que se trata de um paciente</p><p>de risco, e seria levemente mais apropriada que azitromicina, pois possui cobertura para S.</p><p>pneumoniae além de cobertura semelhante a da azitromicina para M. pneumoniae, C.</p><p>pneumoniae e Legionella pneumophilia.</p><p>24</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>A)</p><p>B)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>Questões Comentadas</p><p>9. (2015) O tratamento da colite pseudomembranosa geralmente implica administração</p><p>de:</p><p>Enemas de corticosteroide.</p><p>Budesonida oral.</p><p>Clindamicina ou ciprofloxacino oral ou EV.</p><p>Sulfassalazina enema ou oral.</p><p>Vancomicina ou metronidazol oral.</p><p>Dificuldade: ***</p><p>Resposta: E</p><p>Comentário: Colite pseudomembranosa indica infecção por Clostridium difficile, o que</p><p>demonstra tratamento antibiótico prévio, resistência bacteriana e implica em uso de van-</p><p>comicina para tratamento, e metronidazol em casos menos severos ou iniciais, podendo</p><p>ou não ser associado à vancomicina (guideline da Infectious Diseases Society of America,</p><p>IDSA, UpToDate). Alternativa correta: letra E.</p><p>10. (2018) A resistência bacteriana constitui enorme problema na atualidade. As enzimas</p><p>geradoras de resistência no caso das bactérias denominadas KPC são:</p><p>Metalolactamases</p><p>Carbapenemases</p><p>Betalactamases de espectro ampliado</p><p>Bombas de efluxo</p><p>Dificuldade: ***</p><p>Resposta: B</p><p>Comentário: Questão bem simples. KPC é uma sigla que significa “Klebsiella Produtora de</p><p>Carbapenemase”. São bactérias resistentes a carbapenêmicos. Alternativa correta: Letra B</p><p>25</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>5. Grande classe e utilização na prática clínica: As Cefalosporinas</p><p>Autor: Pedro Henrique Pascoal</p><p>Cefalosporinas de 1° Geração:</p><p>O espectro de ação das cefalosporinas de 1ª geração é gram-positivos (exceto entecoccos</p><p>e estafiloco coagulase negativo) e poucos gram-negativos (como E. coli, Proteus spp e</p><p>Klebsiela pneumoniae). Dos gram-positivos apresenta cobertura contra o MSSA (Staphy-</p><p>lococcus aureus meticilina sensível).</p><p>Indicações para infecção de trato urinário inferior não complicadas, principalmente em</p><p>crianças e gestantes; Infecções de pele em tratamento ambulatorial ou hospitalar; Pro-</p><p>filaxia de infecção de ferida cirúrgica.</p><p>- Cefalexina: admistradação por via oral por comprimidos revestidos de 500mg ou 1g ou</p><p>suspensão oral de 100 mg/mL ou 250 mg/5 mL; dose usual de 250-500 mg de 6 em 6</p><p>horas.</p><p>- Cefadroxila: administrado por via oral em cápsulas de 500 mg ou suspensão oral de 50</p><p>mg/mL; dose usual 500 mg 1-2 g de 12 em 12 horas.</p><p>- Cefalotina: intravenosa com apresentação de 1 g; dose usual 500mg a 1 g a cada 4 ou 6</p><p>horas.</p><p>- Cefazolina: intravenosa com apresentação de 1 g; dose usual de 0,5 a 1g a cada 8 ou 12 -</p><p>horas.</p><p>Cefalosporinas de 2° Geração:</p><p>Maior cobertura contra cocos gram-negativos e cocos gram-positivos. Apresentam</p><p>cobertura contra H. influenzae, M. catarrhalis e enterobactérias. No geral são indicados</p><p>para infecções abdominais e profilaxia de cirurgias abdominais e pélvicas</p><p>Divididas em 5 gerações, as cefalospori-</p><p>nas possuem ação bactericida por inibição</p><p>das enzimas transpeptidases</p><p>responsáveis pela integridade da parede</p><p>celular bacteriana. São antibióticos tam-</p><p>po-dependentes e a maioria têm boa</p><p>ação contra cocos Gram positivos. As</p><p>cefalosporinas de 1ª e 2ª geração são</p><p>eficazes contra as os cocos gram positivos</p><p>que habitam a pele e o trato respiratório</p><p>superior. A atividade contra gram negati-</p><p>vos torna-se mais expressiva a partir da 2ª</p><p>geração, que têm atividade contra entero-</p><p>bactérias. São, no geral, drogas com bom</p><p>perfil de segurança e baixa toxicidade,</p><p>sendo o efeito adverso mais comum as</p><p>reações de hipersensibilidade.</p><p>26</p><p>- Cefuroxima: intravenoso com apresentação de 750 mg; dose usual de 750-15500 mg de</p><p>8 em 8 horas</p><p>- Cefoxitina: intravenosa com apresentação de 1 g; dose usual 1 a 2g de 6/6 horas</p><p>- Cefaclor: via oral em cápsulas de 500 mg; dose usual de 250 mg a cada 8 horas</p><p>Cefalosporinas de 3° Geração:</p><p>Uma das classes mais utilizadas na prática médica. Seu poder de ação se amplia para os</p><p>gram negativos. Penetra barreira hemato-encefálica, por isso são usadas em meningites</p><p>(exceto se por Listeria monocytogenes).</p><p>- Ceftriaxona: intravenosa ou intramuscular, apresentação de 500 mg ou 1 g; dose usual de</p><p>1g a cada 8 a 12 horas</p><p>- Cefotaxima: intravenosa, apresentação de 500 mg ou 1 g; dose usual de 1g a cada 8 a 12</p><p>horas</p><p>- Ceftazidma: intravenosa, apresentação de 1 ou 2 g; dose usual de 1g a cada 8 a 12 horas</p><p>A Ceftadzima é a única com boa ação contra Pseudomonas. Seu uso se dá em pneumo-</p><p>nias bacterianas em tratamento hospitalar, tratamento empírico de meningite e tratamen-</p><p>to hospitalar de ITU complicada, além de infecções intestinais</p><p>Cefalosporinas de 4° Geração:</p><p>Classe de amplo espectro, com ótima cobertura de gram-negativo e positivo, atuam bem</p><p>contra estafilococo sensível a meticilina (MSSA) e boa ação contra Pseudomonas. Porém</p><p>não tem boa cobertura contra enterococos. A principal droga é o Cefepima.</p><p>Apresenta bom uso em pacientes hospitalizados com ITU, meningite e pneumonia e é</p><p>droga de escolha em Neutropenia Febril.</p><p>- Cefepime: intravenosa, com apresentação de 1 ou 2 g; dose usual de 1g a cada 12 horas</p><p>Cefalosporinas de 5° Geração:</p><p>Inclui em seu espectro 2 agentes que não são sensíveis às demais cefalosporinas: Staphy-</p><p>lococcus aureus meticilinorresistentes e Enterococcus faecalis sensíveis à ampicilina, além</p><p>de apresentarem atividade antipneumocócica aumentada. Contudo com relação aos</p><p>gram negativos possuem espectro semelhante às cefalosporinas de 3ª geração.</p><p>- Ceftarolina: endovenoso, apresentação 600mg dose usual de 600mg de 12 em 12 horas</p><p>27</p><p>Questões Comentadas</p><p>1. (2017) Quanto às Cefalosporinas de primeira geração podemos afirmar que:</p><p>Agem contra estafilococos resistentes à oxacilina, pneumococos resistentes à penicili-</p><p>na, Enterococcus spp. e anaeróbios.</p><p>São muito ativas contra cocos gram-positivos e têm atividade moderada contra E. coli.</p><p>São muito ativas contra H. influenzae e agem contra estafilococos resistentes à oxacili-</p><p>na, pneumococos resistentes à penicilina, Enterococcus spp. e anaeróbios.</p><p>Não devem ser usadas durante a gestação.</p><p>A maioria das drogas do grupo das cefalosporinas possuem boa atividade contra</p><p>Gram-positivos. As de 1ª e 2ª geração são bem ativas contra os cocos gram-positivos e a</p><p>atividade contra os cocos gram-negativos passa a ser mais expressiva a partir da 3ª ger-</p><p>ação, que possuem maior atividade contra enterobactérias. Praticamente todas as cefalo-</p><p>sporinas têm ação contra Escherichia coli, mesmo as de 1ª geração, podendo ser usadas</p><p>em infecções não complicadas do trato urinário baixo.</p><p>Assertiva a: incorreta. As cefalosporinas de 1ª geração não apresentam atividade contra os</p><p>estafilococos resistentes a oxacilina, aos pneumococos resistentes a penicilina, enteroco-</p><p>cos e anaeróbios.</p><p>Assertiva b: vide comentário acima.</p><p>Assertiva c: apresentam inatividade contra o Haemophilus influenzae e Moraxella catarha-</p><p>lis, sendo contraindicado o uso dessas drogas nessas infecções, assim preferencialmente</p><p>as aminopenicilinas são as mais indicadas</p><p>Assertiva d: as cefalosporinas de 1ª geração podem ser usadas durante a gestação, sendo</p><p>improvável a teratogenicidade, além de serem usadas com segurança durante o aleita-</p><p>mento, sem que ocorram efeitos adversos no lactente.</p><p>28</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>Questões Comentadas</p><p>2. (2010) Quanto aos mecanismos de ação dos antibióticos, CORRELACIONE:</p><p>1. betalactâmicos (penicilinas e cefalosporinas).</p><p>2. aminoglicosídios (gentamicina).</p><p>3. rifampicina.</p><p>4. quinolonas (ciprofloxacino).</p><p>5. sulfonamidas e trimetoprima.</p><p>A. Inibição das ligações cruzadas.</p><p>B. Inibe competitivamente as enzimas envolvidas nos dois passos da biossíntese do ácido</p><p>fólico.</p><p>C. Liga-se a subunidade 30S do ribossomo.</p><p>D. Inibe a RNA polimerase dependente de DNA.</p><p>E. Inibe a DNA girase (subunidade A) e a topoisomerase IV.</p><p>1B, 2D, 3C, 4A, 5E</p><p>1D, 2E, 3A, 4B, 5C</p><p>1A, 2C, 3D, 4E, 5B</p><p>1C, 2B, 3E, 4D, 5A</p><p>1C, 2A, 3B, 4C, 5D</p><p>BETALACTÂMICOS: os betalactâmicos bloqueiam a fase de transpepitidação do pep-</p><p>tideoglicano e impedem a ligações entre os aminoácidos que conferem o arranjo molecu-</p><p>lar final, causando prejuízo na integridade</p><p>da estrutura da parede celular bacteriana, o que</p><p>determina a lise da célula.</p><p>AMINOGLICOSÍDEOS: Ligam-se à fração 30S dos ribossomos inibindo a síntese protéica</p><p>ou produzindo proteínas defeituosas e não funcionais.</p><p>RIFAMPICINA: inibe a ação da RNA polimerase dependente de DNA e a síntese proteica</p><p>da micobactéria.</p><p>QUINOLONAS (CIPROFLOXACINO): o sítio de ação das quinolonas são as enzimas relacio-</p><p>nadas à síntese de DNA: DNA girase e a topoisomerases tipo IV, interferindo no processo</p><p>de expressão gênica e de divisão celular, além de levarem o material genético à instabili-</p><p>dade.</p><p>SULFONAMIDAS E TRIMETOPRIMA: as sulfonamidas inibem de forma competitiva a</p><p>enzima bacteriana diidropteroato-sinterase, que é responsável pela incorporação do PABA</p><p>ácido fólico, dessa forma, bloqueia a síntese desse ácido o que prejudica a síntese bacteri-</p><p>ana de ácidos nucleicos</p><p>Resposta: C</p><p>29</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>Questões Comentadas</p><p>3.(2018) Homem, 56 anos de idade, hipertenso, chega ao pronto socorro com quadro de</p><p>tosse com expectoração amarelada, dispneia e febre há três dias. Nas últimas três horas</p><p>vem se apresentando sonolento. Sinais vitais: PA = 80/30mmHg, FC = 130 bpm, TEC=4 seg,</p><p>saturação O2= 90%, FR =30 ipm, Glasgow = 13, temperatura axilar = 38°C, peso corporal=80</p><p>Kg. Qual a antibioticoterapia de escolha, sabendo que o paciente não tem história de inter-</p><p>nação hospitalar?</p><p>Meropenen + vancomicina</p><p>Ceftriaxone + claritromicina</p><p>Piperaciclina + tazobactan</p><p>Cefepima + vancomicina</p><p>Ciprofloxacin + oxacilina</p><p>Paciente apresenta provável sepse de foco pulmonar (3 pontos no q-SOFA: alteração do</p><p>nível de consciência, pressão arterial sistólica abaixo de 100mmHg e frequência respi-</p><p>ratória maior que 22). Ao se pensar no agente etiológico das pneumonias adquiridas na</p><p>comunidade, uma vez que não apresenta histórico de internação, temos o mais prevalente</p><p>o streptococos pneumoniae, além dos agentes Haemophilus influenza, Staphylococcus</p><p>aureus, Moraxella catarrhalis e Pseudomonas aeruginosa. Com relação ao tratamento. Para</p><p>este paciente recomenda-se o uso de cefalosporinas de terceira geração (ceftriaxona ou</p><p>cefotaxima) ou ampicilina/sulbactam + um macrolídeo (azitromicina ou claritromicina).</p><p>Resposta: B</p><p>30</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>7. Grande classe e utilização na prática clínica: Aminoglicosídeos</p><p>Autor: Gabriel Alverca</p><p>Os representantes dessa classe mais usados são a estreptomicina, amicacina e gentamici-</p><p>na, todos eles usados para tratamento de infecções por enterobactérias e bacilos</p><p>Gram-negativos, mas também podem ser sinérgicos com outros antimicrobianos para</p><p>tratar infecção por cocos Gram-positivos. A via de administração da estreptomicina é intra-</p><p>muscular, da amicacina é intramuscular e endovenosa, e da gentamicina é mais variada,</p><p>podendo ser intramuscular, endovenosa, ocular, tópica e sob nebulização ou instilação</p><p>traqueal.</p><p>Possibilidades de uso são variadas, dentre elas: infecção articular e óssea (osteomielite),</p><p>endocardite, peritonite, infecção do trato respiratório, infecção de pele e partes moles,</p><p>sepse, entre outros.</p><p>Cefuroxima: intravenoso com apresentação de 750 mg; dose usual de 750-15500 mg de 8</p><p>em 8 horas</p><p>Cefoxitina: intravenosa com apresentação de 1 g; dose usual 1 a 2g de 6/6 horas</p><p>Cefaclor: via oral em cápsulas de 500 mg; dose usual de 250 mg a cada 8 horas</p><p>Os aminoglicosídeos são antibióticos</p><p>usados no combate de infecções graves</p><p>causadas por bactérias Gram-negativas</p><p>aeróbias, principalmente, mas sem eficácia</p><p>contra bactérias estritamente anaeróbias.</p><p>Possuem ação bactericida, sendo inibi-</p><p>dores da síntese de proteínas ao se ligarem</p><p>à subunidade 30S do ribossomo bacteria-</p><p>no. É válido ressaltar que a via de adminis-</p><p>tração oral apresenta baixa absorção e a</p><p>classe não penetra a barreira hemato-</p><p>encefálica. A excreção é renal, sendo a</p><p>nefrotoxicidade um dos efeitos colaterais</p><p>mais importantes, juntamente com a oto-</p><p>toxicidade, por isso é preferível utilizar anti-</p><p>microbianos menos tóxicos caso a bactéria</p><p>em questão não seja resistente. No que</p><p>tange a gravidez, deve ser pesado o</p><p>risco-benefício, sob o risco de ototoxici-</p><p>dade fetal.</p><p>31</p><p>Questões Comentadas</p><p>1. (2010) Quanto aos mecanismos de ação dos antibióticos, correlacione:</p><p>1. betalactâmicos (penicilinas e cefalosporinas).</p><p>2. aminoglicosídios (gentamicina).</p><p>3. rifampicina.</p><p>4. quinolonas (ciprofloxacino).</p><p>5. sulfonamidas e trimetoprima.</p><p>A. Inibição das ligações cruzadas.</p><p>B. Inibe competitivamente as enzimas envolvidas nos dois passos da biossíntese do ácido</p><p>fólico.</p><p>C. Liga-se a subunidade 30S do ribossomo.</p><p>D. Inibe a RNA polimerase dependente de DNA.</p><p>E. Inibe a DNA girase (subunidade A) e a topoisomerase IV.</p><p>1B, 2D, 3C, 4A, 5E</p><p>1D, 2E, 3A, 4B, 5C</p><p>1A, 2C, 3D, 4E, 5B</p><p>1C, 2B, 3E, 4D, 5A</p><p>1C, 2A, 3B, 4C, 5D</p><p>Dificuldade: **</p><p>Resposta: C</p><p>O mecanismo de ação dos betalactâmicos é bactericida por inibição da síntese de parede</p><p>celular bacteriana, sendo essa uma estrutura fundamental para a sobrevivência da maioria</p><p>das bactérias (1A).</p><p>Os aminoglicosídeos têm ação bactericida ao se ligarem à subunidade 30S do ribossomo</p><p>bacteriano, atuando na inibição de síntese proteica (2C).</p><p>A rifampicina, muito utilizada no tratamento de tuberculose e hanseníase, inibe a RNA</p><p>polimerase dependente de DNA, ou seja, inibe a síntese de RNA e, portanto, de proteínas,</p><p>sendo também bactericida (3D).</p><p>As quinolonas são bactericidas por inibirem a síntese de DNA da bactéria, sendo os princi-</p><p>pais alvos a enzima DNA girase (topoisomerase II) e a topoisomerase IV (4E).</p><p>Já as sulfonamidas e trimetoprima são bacteriostáticas e inibem biossíntese de ácido</p><p>fólico, sendo necessário para a bactéria pois permite sua replicação, enquanto células</p><p>humanas conseguem aproveitar o ácido fólico exógeno (5B).</p><p>32</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>E)</p><p>8. Grande classe e utilização na prática clínica: Macrolídeos</p><p>Autora: Lanna Do Carmo Carvalho</p><p>a) Ceftriaxona</p><p>Administração: IV ou IM</p><p>Apresentação: 500 mg ou 1g</p><p>b) Cefatoxima</p><p>Administração: IV</p><p>Apresentação:500 mg ou 1g</p><p>c) Ceftazidma</p><p>Administração IV</p><p>Apresentação: 1 ou 2g</p><p>Cefalosporina de 4° geração</p><p>- Amplo aspectro</p><p>- Potentes contra estafilococo sensível a metilcilina (MSSA) e Pseudomonas</p><p>- Não muito eficaz contra enterococos</p><p>- A Cefepima de administração IV e apresentação de 1 a 2g é a principal droga, seguida da</p><p>Cefpiroma</p><p>- Eficaz em internações, meningite, pneumonia, UTI e fármaco de escolha contra Neutro-</p><p>penia Febril.</p><p>Antibioticoterapia</p><p>Atua contra diversos germes.</p><p>Compõe essa classe: Ceftriaxona, Cef-</p><p>tazidma e Cefotaxima.</p><p>A Ceftzadina é a mais potencial contra a</p><p>Pseudomonas. Eficaz em:</p><p>- Pneumonia bacteriana hospitalar</p><p>- Terapia empírica meningica</p><p>- Tratamento hospitalar de UTI grave</p><p>-Infecções intestinais. Exemplos são:</p><p>peritonite bacteriana espontânea e</p><p>abdome agudo inflamatório</p><p>33</p><p>Aminoglicosídeos</p><p>a) Estreptomicina é a primeira representante da classe. A gentamicina e a tobramicina são</p><p>exemplos de sintetizados. A amicacina, semi sintética laboratorialmente. Atua através da</p><p>ligação à subunidade 30S ribossomal, alterações na parede celular e efeito bactericida</p><p>direto Pouca absorção oral, parênquima pulmonar e vias urinárias, concentração superior à</p><p>sérica. Sem permeabilidade no SNC. Via renal exclusiva, acompanhada de nefro e otoxici-</p><p>dade como efeitos adversos.</p><p>b) Indicadas em quadros de enterobactérias e bacilos gram negativos e terapêutica com-</p><p>binada para tratar endocardites e infecções graves por cocos gram-positivos</p><p>Amicacina</p><p>Indicadas em gravidades por enterobactérias, bacilos gram negativos (sensíveis), terapia</p><p>adjuvante (efeito sinérgico) para tratar endocardites por cocos gram positivos.</p><p>Gentamicina</p><p>Fórmulas tópica, IM e IV.</p><p>Possui as mesmas indicações da Amicacina.</p><p>Macrolídeos</p><p>Atuam pela inibição protéica, por meio da ligação reversível com a sub-unidade 50S</p><p>ribossomal, impedindo o RNA(t) de se fixar ao ribossomo e bloqueia o estoque de AA.</p><p>Pode ser bactericidas ou</p><p>bacteriostáticos a depender da espécie, dosagem e farmaco-</p><p>cinética.</p><p>Clarotromicina</p><p>Semi sintético derivado da eritromicina, com o mesmo espectro de ação. Mas, com relação</p><p>ao combate contra estreptococos até 4 vezes mais potente.</p><p>Também atua contra a Haemophilus influenzae e ducreyi, Mycobacterium avium-intracel-</p><p>lulare e Toxoplasma gondi.</p><p>As principais indicações são faringites, amugdalites, otites e sinusites purulentas.</p><p>As pneumonias bacterianas típicas, como a Chlamydia pneumoniae, Legionella pneu-</p><p>mophila e Mycoplasma pneumoniae têm boa resposta clínica. Quadros de infecção por</p><p>Mycobacterium avium intracellulare devem ser combinadas com Claritromicina.</p><p>Azitromicina</p><p>Semissintético derivado da eritromicina. Maior combate contra gram negativas, mas</p><p>menos eficaz contra cocos e bacilos gram positivos. Bacilos gram negativos como Klebsi-</p><p>ella, Proteus, Citrobacter, Enterobacter, Serratia e Pseudomonas não resistentes naturais</p><p>da azitromicina.</p><p>A simples posologia e alívio gastrointestinal de adversidades compõe a formulação impor-</p><p>34</p><p>tante desta. Indicações para infecções respiratórias agudas, uretrites e cervicites oriundas</p><p>da Chlamydia trachomatis, cancro mole (H.ducrey) e doença de Lyme (Borrelia burdfoferi).</p><p>Quinolonas</p><p>Compõe a 1° quinolona o Ácido Nalidixíco a partir da 7-cloroquinolina. A síntese dos</p><p>demais fluorados norfloxacina, ciprofloxacina, ofloxacina, levofloxacina e gatifloxacina.</p><p>Atua por meio da inibição da síntese do DNA cromossômica através da subunidade A da</p><p>DNA girase, determinando ação bactericida dependente da dose.</p><p>1° geração: Bactericidas contra bactérias gram negativas, porém inativas contra Pseudo-</p><p>monas aeruginosa; Altos níveis na via urinária e pouca ação tissular; Indicações incluem</p><p>infecções urinárias baixas por enterobactérias do trato urinário.</p><p>2° geração: Maior ação contra bacilos gram negativos; Administração únicamente por via</p><p>oral, baixa taxa de absorção e nível sérico insuficiente para infecções sistêmicas. Altos con-</p><p>centrações nas vias urinárias, razão de ser útil em infecções urinárias baixas. O espectro</p><p>abrange os bacilos gram negativos entéricos (Escherechia coli, Klebsiella, Salmonella,Mor-</p><p>ganella, Citrobacter, Haemophilis, Neisseria e Pseudomonas.</p><p>Indicações abordam infecções urinárias baixas, profilaxia de reicidiva de infecções</p><p>urinárias, prostatites nas quais o agente etiológico seja a Escherechia Coli e uretrite/cervic-</p><p>ite por Neisseria gonorrhea.</p><p>3° geração: Ciprofloxacina representante principal do grupo, ação sistêmica e ampliação</p><p>do espectro de ação para estafilococos.</p><p>Há boa distribuição da droga, destacando-se o nível terapêutico em parênquima pulmo-</p><p>nar, seios maxilares, amígdalas linfonodos, pele, tecido subcutâneo, fígado, vias biliares,</p><p>próstata e aparelho genito urinário. Eficazes em tratar infecções por enterobactérias, esta-</p><p>filococos, neisseria e pseudomonas aeruginosa. Indicações incluem infecções urinárias</p><p>altas e baixas, salmoneloses, shigueloses, osteomielite, infecções das vias biliares e respi-</p><p>ratórias. Ineficaz contra estreptococos, em especial o Streptococcus pneumoniae.</p><p>Quinolonas Respiratórias</p><p>Levofloxacina;</p><p>Alta disponibilidade oral;</p><p>A meia vida da droga entre 6 e 8 horas.</p><p>Apresentação é oral e endovenosa, com eliminação exclusivamente renal.</p><p>O espectro de ação inclui patógenos gram positivos, os streptococcus (pneumoniae, pyo-</p><p>genes e aureus) e enterococos. Os gram negativos. (Haemophilus influenzae, Moraxella</p><p>catarrhalis, Escherechia coli, Salmonella e Shigella), agentes como Legionella pneumophi-</p><p>la, Mycoplasma pneumoniae e Chlamydia.</p><p>Indicada em infecções respiratórias (alta e baixa), pelo nível tecidual nas 24 horas iniciais é</p><p>satisfatória e sensível aos patógenos. E também no trato gastrointestinal e partes moles.</p><p>35</p><p>Questões Comentadas</p><p>1. (2013) Os bacilos gram-negativos produtores de betalactamases de amplo espectro</p><p>(ESBL) geralmente acometem pacientes com internação prolongada em UTI, portadores</p><p>de sonda vesical de demora e tratados com cefalosporinas de amplo espectro.</p><p>Entre as bactérias mais associadas a esse tipo de resistência, estão:</p><p>Salmonela sp. e Proteus mirabilis.</p><p>Pseudomonas aeruginosa e Acinetobacter baumannii.</p><p>Stenotrophomonas maltophilia e Serratia sp.</p><p>Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae.</p><p>Resposta: D</p><p>Comentário da questão:</p><p>O uso de cateter vesical de demora é o principal fator que predispõe às infecções, uma vez</p><p>que é um dispositivo invasivo e precisa de manutenção constante, além de ser muito</p><p>utilizado dentro da UTI.</p><p>Os beta-lactâmicos foram, e ainda são, muito usados na clínica médica, e o grande uso</p><p>levou à produção de cepas produtoras de beta-lactamases de amplo espectro. Essas</p><p>cepas conferem resistência às penicilinas e cefalosporinas de 3ª e 4ª gerações. A produção</p><p>de beta-lactamases de espectro estendido é um importante meio de resistência adquirido</p><p>pelas bactérias. Essas enzimas têm a aptidão de hidrolisar todas as penicilinas, cefalospori-</p><p>nas e monobactâmicos. Dessa forma, as opções terapêuticas são limitadas, dificultando o</p><p>tratamento dos pacientes que adquiriram uma infecção por bactérias produtoras de</p><p>enzimas que codificam a multirresistência. A produção dessa enzima é mediada por</p><p>plasmídeos que são transferidos de uma bactéria a outra, principalmente por bactérias da</p><p>ordem Enterobacterales.</p><p>A escherichia coli é a bactéria mais prevalente e que vem demonstrando resistência a</p><p>quase todos os beta-lactâmicos.</p><p>A bactéria Klebsiella pneumoniae Carbapenemase (KPC) é um microrganismo gram nega-</p><p>tivo que faz parte do grupo das enterobactérias (bactérias que habitam o intestino), cuja</p><p>principal característica é ser resistente aos antibióticos denominados carbapenêmico.</p><p>36</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>Questões Comentadas</p><p>2. (2017) Quanto às Cefalosporinas de primeira geração podemos afirmar que:</p><p>Agem contra estafilococos resistentes à oxacilina, pneumococos resistentes à penicili-</p><p>na, Enterococcus spp. e anaeróbios.</p><p>São muito ativas contra cocos gram-positivos e têm atividade moderada contra E. coli.</p><p>São muito ativas contra H. influenzae e agem contra estafilococos resistentes à oxacili-</p><p>na, pneumococos resistentes à penicilina, Enterococcus spp. e anaeróbios.</p><p>Não devem ser usadas durante a gestação.</p><p>Resposta: B</p><p>Comentário da questão:</p><p>Cefalosporinas de primeira geração: São muito ativas contra cocos gram-positivos e têm</p><p>atividade moderada contra E. coli, Proteus mirabilis e K. pneumoniae adquiridos na comu-</p><p>nidade. Não têm atividade contra H. influenzae e não agem contra estafilococos resis-</p><p>tentes à oxacilina, pneumococos resistentes à penicilina, Enterococcus spp. e anaeróbios.</p><p>Podem ser usadas durante a gestação.</p><p>37</p><p>A)</p><p>B)</p><p>C)</p><p>D)</p><p>Questões Comentadas</p><p>3. (2010) Quanto aos mecanismos de ação dos antibióticos, CORRELACIONE:</p><p>1. Beta lactâmicos (penicilinas e cefalosporinas).</p><p>2. aminoglicosídeos (gentamicina).</p><p>3. rifampicina.</p><p>4. quinolonas (ciprofloxacino).</p><p>5. sulfonamidas e trimetoprima.</p><p>A. Inibição das ligações cruzadas.</p><p>B. Inibe competitivamente as enzimas envolvidas nos dois passos da biossíntese do ácido</p><p>fólico.</p><p>C. Liga-se a subunidade 30S do ribossomo.</p><p>D. Inibe a RNA polimerase dependente de DNA.</p><p>E. Inibe a DNA girase (subunidade A) e a topoisomerase IV.</p><p>1B, 2D, 3C, 4A, 5E</p><p>1D, 2E, 3A, 4B, 5C</p><p>1A, 2C, 3D, 4E, 5B</p><p>1C, 2B, 3E, 4D, 5ª</p><p>1C, 2A, 3B, 4C, 5D</p><p>Resposta: C</p><p>Comentário da questão:</p><p>Os beta lactâmicos atuam inibindo a síntese da parede celular das bactérias, impedindo a</p><p>ligação cruzada dos peptídeoglicano, substância que confere proteção ao microrganismo.</p><p>Os aminoglicosídeos se ligam irreversivelmente ao ribossomo 30S e paraliza o complexo</p><p>de iniciação 30S (30S-mRNA-tRNA), de forma que uma iniciação posterior não ocorrerá.</p><p>Os aminoglicosídeos também refreiam a síntese protéica iniciada e induz erro de leitura do</p><p>RNAm.</p><p>A rifampicina bloqueia a transcrição, inibindo a síntese de RNA. Inibe especificamente a</p><p>RNA-polimerase-DNA-dependente</p>

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