Prévia do material em texto
<p>BENEFÍCIOS E AUXÍLIOS TRABALHISTAS</p><p>Os benefícios e auxílios trabalhistas são direitos garantidos aos trabalhadores, complementando a remuneração salarial e contribuindo para o bem-estar social e econômico dos empregados. No Brasil, esses benefícios são regulamentados pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) e por outras legislações específicas. Aqui estão alguns dos principais benefícios e auxílios trabalhistas:</p><p>Vale-Transporte</p><p>Descrição: Instituído pela Lei 7.418/85. Que dispõe sobre a obrigatoriedade de todas as empresas fornecerem o vale-transporte a seus empregados, quando for necessário. Uma vez que o empregado tenha meio de transporte para locomover-se ao trabalho, a empresa dexa de ser obrigada a fornecê-lo.</p><p>O vale-transporte não tem natureza salarial e não é incorporado à remuneração para nenhum efeito, não constitui base de incidência de contribuição previdenciária ou fundo de garantia por tempo de serviço, portanto, não se configura como rendimento tributável ao trabalhador.</p><p>Critério: O empregador pode descontar até 6% do salário básico do empregado para custear o vale-transporte.</p><p>Custeio:</p><p>Nos termos da lei podem ser descontados até 6% sobre o salário-base de empregado, caso o percentual ultrapasse o valor total dos vales-transportes, é descontado o menor valor do empregado. O empregador participa dos gastos de deslocamento do trabalhador com ajuda de custo equivalente à parcela que exceder a 6% de seu salário básico. O empregado que receber somente comissão tem descontado o vale-transporte sobre o valor recebido no mês.</p><p>Benefício da Previdência Social</p><p>Os benefícios da Previdência Social no Brasil são pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e têm como objetivo garantir a segurança financeira dos trabalhadores e seus dependentes em situações de incapacidade, idade avançada, desemprego, ou morte. Esses benefícios são financiados por meio de contribuições obrigatórias dos empregados, empregadores e trabalhadores autônomos.</p><p>Salário-Família</p><p>O salário-família é um benefício da Previdência Social destinado a trabalhadores de baixa renda para auxiliar nas despesas com dependentes. Esse benefício é pago por dependente que se enquadra nos critérios estabelecidos, sendo um complemento à remuneração do trabalhador. A seguir, os principais pontos sobre o salário-família:</p><p>Quem Tem Direito</p><p>Trabalhadores com Carteira Assinada: Empregados que recebem até o limite de remuneração estabelecido anualmente pelo governo.</p><p>Trabalhadores Avulsos: Aqueles que prestam serviços a diversas empresas, mas são pagos por sindicatos ou entidades de classe.</p><p>Empregados Domésticos: Também têm direito ao salário-família.</p><p>Aposentados por Invalidez, Idade ou Acidente de Trabalho: Recebem o benefício desde que se enquadrem no critério de renda.</p><p>Critérios para Concessão</p><p>Renda: O benefício é destinado a trabalhadores que recebem até o limite de remuneração estipulado pelo governo, que é ajustado periodicamente.</p><p>Dependentes: O benefício é pago por cada dependente que se enquadre nos critérios, sendo considerados dependentes:</p><p>· Filhos ou enteados até 14 anos de idade.</p><p>· Filhos ou enteados inválidos de qualquer idade.</p><p>· Tutelados e menores sob guarda judicial, nas mesmas condições de filhos e enteados.</p><p>Documentação Necessária</p><p>Certidão de Nascimento dos Dependentes: Para comprovar a idade.</p><p>Comprovação de Freqüência Escolar: Para filhos a partir de 7 anos, é necessário apresentar semestralmente o comprovante de frequência escolar.</p><p>Carteira de Vacinação: Para crianças de até 6 anos, é necessário apresentar anualmente o comprovante de vacinação.</p><p>Valor do Benefício</p><p>O valor do salário-família é determinado com base na renda mensal do trabalhador e é pago por dependente. Esse valor é ajustado periodicamente pelo governo e é proporcional aos dias trabalhados, caso o trabalhador não tenha trabalhado o mês completo.</p><p>Pagamento</p><p>Empregados: O salário-família é pago pelo próprio empregador, que depois deduz o valor nas contribuições devidas à Previdência Social.</p><p>Aposentados e Trabalhadores Avulsos: O pagamento é feito diretamente pelo INSS junto com o benefício previdenciário.</p><p>Cessação do Benefício</p><p>O pagamento do salário-família é cessado quando o dependente atinge 14 anos (exceto em casos de invalidez) ou quando o trabalhador deixa de se enquadrar no critério de renda. O salário-família é um importante apoio financeiro para trabalhadores de baixa renda que possuem dependentes, ajudando a aliviar os custos com a criação e a educação dos filhos.</p><p>Salário Maternidade</p><p>O salário-maternidade é um benefício pago pela Previdência Social (INSS) às seguradas durante o período de licença-maternidade, que pode ocorrer em caso de nascimento de filho, adoção, guarda judicial para fins de adoção, ou aborto não criminoso. Esse benefício é uma forma de assegurar a renda da mãe durante o tempo em que ela se afasta do trabalho para cuidar do recém-nascido ou da criança adotada. A seguir, os principais aspectos do salário-maternidade:</p><p>Quem Tem Direito</p><p>Empregadas com Carteira Assinada: Mulheres que trabalham com carteira assinada e contribuem para a Previdência Social.</p><p>Empregadas Domésticas, Contribuintes Individuais e Facultativas: Mulheres que contribuem como autônomas ou por conta própria e estão em dia com as contribuições ao INSS.</p><p>Seguradas Desempregadas: Desde que ainda estejam no chamado "período de graça", ou seja, ainda mantêm a qualidade de seguradas mesmo sem estar contribuindo ativamente.</p><p>Seguradas Especiais: Trabalhadoras rurais que contribuem de forma diferenciada, como produtoras rurais em regime de economia familiar, pescadoras artesanais, entre outras.</p><p>Critérios para Concessão</p><p>Nascimento do Filho: Comprovado por certidão de nascimento.</p><p>Adoção ou Guarda Judicial: Comprovação através de documento oficial de adoção ou guarda judicial para fins de adoção.</p><p>Aborto Não Criminoso: Comprovado por atestado médico.</p><p>Tempo de Contribuição: Para contribuintes individuais, facultativas e desempregadas, é necessário ter, pelo menos, 10 meses de contribuição antes do pedido do benefício.</p><p>Duração do Benefício</p><p>Licença-Maternidade: 120 dias (4 meses), podendo começar até 28 dias antes do parto ou a partir da data de nascimento.</p><p>Adoção: 120 dias para adoção de criança de qualquer idade.</p><p>Aborto Não Criminoso: 14 dias de licença, conforme atestado médico.</p><p>Valor do Benefício</p><p>Empregadas com Carteira Assinada: Recebem o equivalente ao seu salário integral.</p><p>Empregadas Domésticas: Recebem o valor do último salário de contribuição.</p><p>Contribuintes Individuais e Facultativas: O valor é a média dos 12 últimos salários de contribuição.</p><p>Seguradas Especiais: O valor é equivalente ao salário-mínimo vigente.</p><p>Pagamento: Empregadas com Carteira Assinada e Domésticas: O pagamento é feito pelo empregador, que posteriormente deduz o valor nas contribuições devidas à Previdência Social.</p><p>Demais Seguradas (contribuintes individuais, facultativas, e desempregadas): O pagamento é feito diretamente pelo INSS.</p><p>Como Solicitar: Empregadas com Carteira Assinada: Não precisam solicitar diretamente ao INSS; o empregador se encarrega dos trâmites.</p><p>Outras Seguradas: Devem solicitar o benefício diretamente ao INSS, podendo fazer o pedido online, pelo site do INSS, aplicativo Meu INSS, ou presencialmente em uma agência.</p><p>Documentação Necessária</p><p>· Certidão de nascimento ou documento oficial que comprove a guarda ou adoção.</p><p>· Documento de identidade com foto.</p><p>· Atestado médico, em caso de aborto não criminoso.</p><p>Período de Carência</p><p>Para seguradas empregadas, seguradas especiais, e empregadas domésticas, não há período de carência. Para contribuintes individuais e facultativas, é necessário ter, no mínimo, 10 meses de contribuição.</p><p>O salário-maternidade é um benefício essencial para garantir a estabilidade financeira da segurada durante um período crítico de sua vida, permitindo que ela se dedique integralmente aos cuidados do novo filho, sem prejuízo de sua renda.</p><p>Estabilidade</p><p>A estabilidade gestante no trabalho é um direito garantido às empregadas grávidas pela Consolidação</p><p>das Leis do Trabalho (CLT) no Brasil. Esse direito visa proteger a empregada contra a demissão arbitrária ou sem justa causa durante um período específico, garantindo a segurança e a estabilidade financeira da gestante e de sua família. Abaixo, estão os principais aspectos da estabilidade materna no trabalho:</p><p>Período de Estabilidade: Início: A estabilidade começa a partir da confirmação da gravidez, ou seja, desde o momento em que a gravidez é comprovada, independentemente do conhecimento do empregador. Término: A estabilidade se estende até 5 meses após o parto.</p><p>Proteção Contra Demissão</p><p>Demissão Sem Justa Causa: A empregada gestante não pode ser demitida sem justa causa durante o período de estabilidade. Se isso ocorrer, a empresa pode ser obrigada a reintegrá-la ao trabalho ou a pagar a indenização correspondente ao período de estabilidade.</p><p>Demissão por Justa Causa: A estabilidade não se aplica em casos de demissão por justa causa, onde há infração grave cometida pela empregada, conforme previsto na CLT.</p><p>Aplicação em Diferentes Tipos de Contratos</p><p>Contrato de Trabalho por Prazo Indeterminado: A estabilidade se aplica integralmente.</p><p>Contrato de Experiência ou Prazo Determinado: Em contratos de experiência ou por prazo determinado, a estabilidade também se aplica. Se a gestante for demitida antes do término do contrato, a empresa pode ser obrigada a pagar a indenização referente ao período de estabilidade.</p><p>Contrato Temporário: Em algumas interpretações, a estabilidade não se aplica a contratos temporários regidos por leis específicas.</p><p>Comunicação da Gravidez</p><p>Obrigação da Empregada: Embora a estabilidade comece a partir da concepção, é aconselhável que a empregada comunique a gravidez ao empregador o quanto antes, preferencialmente por escrito, para evitar possíveis complicações e garantir o pleno exercício do direito.</p><p>Reintegração ou Indenização: Se a demissão ocorrer sem que a empregada tenha comunicado a gravidez, e esta for comprovada posteriormente, a empregada tem o direito de ser reintegrada ao trabalho ou de receber indenização referente ao período de estabilidade.</p><p>Direitos Associados à Estabilidade</p><p>Licença-Maternidade: Durante o período de estabilidade, a empregada tem direito à licença-maternidade de 120 dias, conforme estabelecido pela CLT.</p><p>Manutenção dos Benefícios: Durante o período de estabilidade e licença-maternidade, a empregada mantém todos os benefícios que possuía antes, como plano de saúde, vale-alimentação, entre outros.</p><p>Adoção: A estabilidade também se aplica à empregada que adota uma criança, garantindo a estabilidade durante o período que compreende a licença-maternidade, que pode ser de até 120 dias, dependendo da idade da criança adotada.</p><p>Exceções e Casos Especiais: Em alguns casos específicos, como em situações de fechamento de empresa, pode haver discussões legais sobre a aplicabilidade da estabilidade. Nesses casos, é comum a intervenção da Justiça do Trabalho para garantir os direitos da empregada.</p><p>Se a empregada gestante for demitida durante o período de estabilidade e acreditar que seus direitos foram violados, ela pode recorrer à Justiça do Trabalho para buscar a reintegração ou indenização.</p><p>A estabilidade gestante é um dos direitos mais importantes para a proteção das trabalhadoras, garantindo que elas possam passar pelo período de gestação e pelos primeiros meses após o parto com segurança no emprego, o que é fundamental para o bem-estar da mãe e do recém-nascido.</p><p>Auxílio-Doença</p><p>O auxílio-doença é um benefício pago pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para trabalhadores que ficam temporariamente incapacitados para o trabalho devido a doença ou acidente. O objetivo é garantir uma fonte de renda durante o período de incapacidade. Aqui estão os principais detalhes sobre o auxílio-doença:</p><p>Tipos de Auxílio-Doença</p><p>Auxílio-Doença Acidentário (B91): Concedido para segurados que ficam incapacitados devido a acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais. Este benefício é pago enquanto a incapacidade durar e não há período de carência para a concessão.</p><p>Auxílio-Doença Comum (B91): Concedido para segurados que ficam incapacitados devido a doenças não relacionadas ao trabalho ou acidentes fora do ambiente de trabalho. Esse benefício requer um período mínimo de carência de 12 contribuições mensais para ser concedido.</p><p>Critérios para Concessão</p><p>Incapacidade Temporária: O trabalhador deve comprovar que está temporariamente incapaz de realizar suas atividades profissionais através de perícia médica realizada pelo INSS.</p><p>Carência: Para o auxílio-doença comum, é necessário ter pelo menos 12 contribuições mensais ao INSS.</p><p>Documentação: É necessário apresentar atestado médico detalhado, que comprove a incapacidade, além de documentos pessoais e comprovantes de contribuições.</p><p>Período de Espera - Auxílio-Doença Acidentário: Não há período de carência; o benefício pode ser concedido imediatamente após a comprovação da incapacidade. Auxílio-Doença Comum: O trabalhador precisa ter completado 12 meses de contribuição antes de solicitar o benefício.</p><p>Duração do Benefício</p><p>Auxílio-Doença Acidentário: O benefício é pago enquanto durar a incapacidade do segurado. Se a incapacidade se prolongar por mais de 15 meses, o INSS pode reavaliar a condição do trabalhador e decidir sobre a concessão de aposentadoria por invalidez, se for o caso.</p><p>Auxílio-Doença Comum: Inicialmente, é pago por até 15 meses. Se a incapacidade continuar, o INSS pode reavaliar a situação e decidir sobre a concessão de aposentadoria por invalidez, se for necessário.</p><p>O valor do auxílio-doença é calculado com base na média dos salários de contribuição do trabalhador, considerando os últimos 12 meses de contribuições. O benefício é equivalente a 91% da média dos salários de contribuição para o auxílio-doença acidentário, e para o auxílio-doença comum, é de aproximadamente 91% da média dos salários de contribuição, descontando a parte devida ao INSS.</p><p>Requisitos para Manutenção do Benefício: O trabalhador deve manter a regularidade das contribuições ao INSS e cumprir com os requisitos de perícia médica. Periodicamente, o INSS realiza novas perícias para avaliar a continuidade da incapacidade e a necessidade de prorrogação do benefício.</p><p>Quando o trabalhador estiver apto a retornar ao trabalho, deve comunicar o INSS e o empregador, e o benefício será cessado.</p><p>Se o pedido de auxílio-doença for negado ou o benefício for considerado inadequado, o trabalhador pode entrar com recurso administrativo ou judicial para revisão da decisão.</p><p>O auxílio-doença é fundamental para garantir a segurança financeira dos trabalhadores que enfrentam períodos de incapacidade temporária, permitindo que eles possam focar na recuperação sem se preocupar com a perda de renda.</p><p>Exercício</p><p>image1.png</p><p>image2.jpeg</p>