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<p>Didáctica de Química-III</p><p>Mestre Crimíldia C. A. Paulo Chidassicua</p><p>Faculdade de Educação</p><p>Departamento de Educação</p><p>Repartição de Química</p><p>A ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO DOS ALUNOS NO LABORATÓRIO</p><p>Conceitos básicos</p><p>Segurança: É o conjunto de medidas técnicas, administrativas, educacionais, médicas e</p><p>psicológicas que são empregadas para prevenir acidentes, eliminando condições inseguras do</p><p>ambiente.</p><p>Risco: É o perigo que determinado indivíduo está exposto ao entrar em contacto com uma gente</p><p>tóxico ou certa situação perigosa.</p><p>Toxicidade: Qualquer efeito nocivo que advém da interacção de uma substância química como</p><p>organismo.</p><p>Acidentes: São todas as ocorrências não programadas, estranhas ao andamento normal do</p><p>trabalho.</p><p>Prevenção de Acidentes: É o acto de se pôr em prática as regras e medidas de segurança, de</p><p>maneira a se evitar a ocorrência de acidentes.</p><p>Equipamentos de Segurança: São os instrumentos que têm por finalidade evitar ou minimizar</p><p>riscos de acidentes.</p><p>Texto de Apoio IV – Didáctica de Química III</p><p>Didáctica de Química-III</p><p>Mestre Crimíldia C. A. Paulo Chidassicua</p><p>Reagentes Corrosivos: são substâncias que destroem os tecidos vivos. Incluem-se nessa</p><p>categoria a maior parte dos ácidos e das bases.</p><p>Reagentes Inflamáveis: são substâncias que entram facilmente em combustão. Exemplos:</p><p>acetona, ácido acético, álcool etílico.</p><p>Reagentes Explosivos: são substâncias que na sequência de um choque ou impacto, ou expostos</p><p>ao calor, podem explodir. Exemplos: peróxido, perclorato de magnésio, dicromato de amónio,</p><p>etc.</p><p>Reagentes Oxidantes: são substâncias que podem iniciar reacções de oxidação. Exemplos:</p><p>compostos ricos em oxigénio como, óxidos, peróxidos, nitratos, cloratos, percloratos, cromatos,</p><p>dicromatos e permanganatos.</p><p>Reagentes sensíveis à água: são substâncias que reagem facilmente com a água libertando gases</p><p>e calor. Exemplos: metais alcalinos, hidretos metálicos. Devem ser a condicionados ao abrigo da</p><p>humidade.</p><p>Gases comprimidos: são gases não liquefeitos e submetidos à pressão. Devem ser a</p><p>condicionados fora do laboratório.</p><p>Organização geral de um laboratório de Química</p><p>Não existe um modelo definido de laboratório. Cada um deve ser planeado e seu projecto</p><p>realizado de acordo com as actividades experimentais a serem realizadas, e os recursos</p><p>disponíveis. Para PINO e KRÜGER (1997), ao projectar um laboratório é preciso levar alguns</p><p>aspectos em consideração:</p><p>▪ Local que será construída especialmente para esta finalidade;</p><p>▪ Local existente que será adaptada para laboratório;</p><p>▪ Exclusividade de uso.</p><p>No primeiro caso haver á maior liberdade para projectá-la, levando em consideração o número</p><p>de alunos, tamanho, instalações eléctricas e hidráulicas. No segundo caso a liberdade de</p><p>Didáctica de Química-III</p><p>Mestre Crimíldia C. A. Paulo Chidassicua</p><p>organização será bem menor, pois é necessário adaptaras condições existentes ao interesse. O</p><p>terceiro aspecto altamente importante a considerar é a exclusividade do laboratório, ou seja, se</p><p>será compartilhada com alunos de áreas diferenciadas, como Química, Física e Biologia.</p><p>Pisos</p><p>O piso deve ser impermeável, antiderrapante, possuir resistência mecânica e química e não deve</p><p>apresentar saliência nem depressões que prejudiquem a circulação de pessoas ou a</p><p>movimentação de materiais. Um aspecto importante refere-se à constante manutenção e limpeza</p><p>dos pisos. Os reparos devem ser feitos o mais breve possível, mantendo-se sempre o bom estado.</p><p>Recomenda-se, ainda, o uso de cerâmica comum, devido ao baixo custo, facilidade na colocação</p><p>e limpeza, segurança oferecida, óptima resistência e durabilidade. (PINO; KRÜGER-1997)</p><p>Paredes</p><p>Quanto às paredes internas, devem-se observar aspectos como resistência, aparência e limpeza.</p><p>As paredes devem ser impermeáveis, claras e foscas, revestidas com material que permita o</p><p>desenvolvimento das actividades em condições seguras, sendo resistentes ao fogo e às</p><p>substâncias químicas, além de oferecer facilidade de limpeza. (OLIVEIRA et all .2007)</p><p>As paredes externas, devem, obrigatoriamente, apresentarem resistência ao fogo, isolamento</p><p>térmico e acústico, resistência estrutural e impermeabilidade. O mais recomendado é o</p><p>revestimento com massa corrida pintada com látex fosco e de cor clara.</p><p>Tectos</p><p>O tecto deve atender as necessidades do laboratório quanto a passagem de luminárias, tubulações</p><p>de água e gás, isolamento térmico e acústico. Os locais de trabalho devem ter a altura do piso ao</p><p>tecto.</p><p>Portas e janelas</p><p>As janelas e portas devem ser amplas e distribuídas de tal forma que permitam uma boa</p><p>iluminação e o arejamento do laboratório. Recomenda-se, ainda, o uso de janelas basculantes por</p><p>Didáctica de Química-III</p><p>Mestre Crimíldia C. A. Paulo Chidassicua</p><p>apresentarem maior segurança e por serem facilmente abertas e fechadas com um só comando de</p><p>mão. (PINO, KRÜGER-1997)</p><p>Sobre protecção contra incêndio, os locais de trabalho deverão dispor de saídas, em número</p><p>suficiente e dispostas de modo que, em caso de emergência, aqueles que se encontram nesses</p><p>locais possam abandoná-los com rapidez e segurança. As saídas devem ter a largura mínima de</p><p>1,20m. O sentido de abertura da porta não poderá ser para o interior do local de trabalho. Todas</p><p>as portas, tanto as de saídas como as de comunicações internas, devem abrir no sentido da saída.</p><p>Por medidas de segurança recomenda-se que os laboratórios tenham mais de uma porta. Caso</p><p>não seja possível, as janelas devem oferecer a saída de emergência. Neste caso, estas não devem</p><p>ser obstruídas com armários, o que dificultaria seu uso como saída de emergência. As janelas</p><p>devem estar localizadas acima de bancadas e equipamentos, em uma altura aproximada de 1,20</p><p>metros do nível do piso. (OLIVEIRA et all -2007; PINO, KRÜGER-1997)</p><p>Instalação de Gás, Água e Electricidade</p><p>Embora existam várias formas para a instalação do gás, a forma mais segura é a de uma única</p><p>botija de gás, instalado fora do prédio, em uma caixa ventilada e fechada com cadeado, de</p><p>preferência numa área inacessível para os alunos. A partir desta botija, a instalação deve ser feita</p><p>através de tubulação de cobre dirigida para os locais dos bicos de gás.</p><p>As tubulações de gás devem sempre estar localizado em espaços ventilados e serem pintadas na</p><p>cor amarela.</p><p>Na instalação hidráulica de um laboratório, sugere-se a construção de no mínimo duas pias e um</p><p>tanque, em pontos não próximos, a fim de evitar o congestionamento de alunos durante as</p><p>actividades experimentais. Os tanques e as pias podem ser revestidos com azulejos,</p><p>confeccionadas de aço inoxidável ou de louça. (PINO, KRÜGER-1997)</p><p>Todas as redes de água devem dispor de uma válvula de bloqueio, de fácil acesso, para o</p><p>fechamento rápido quando houver a necessidade de interromper o suprimento de água. As pias</p><p>devem ser de material quimicamente resistente, e a tubulação de esgoto deve ser resistente, de</p><p>material inerte. Recomenda-se, ao menos, uma cuba com profundidade para a limpeza de</p><p>Didáctica de Química-III</p><p>Mestre Crimíldia C. A. Paulo Chidassicua</p><p>buretas. A cor das tubulações de água deve ser verde, ou vermelho para água destinada ao</p><p>controle de incêndios. (OLIVEIRA et all -2007)</p><p>No caso específico de laboratórios químicos, as instalações devem ser externas às paredes, a fim</p><p>de facilitar a manutenção, e as tomadas diferenciadas para voltagens de 110V e 220V.</p><p>Recomendam-se colorações para tomadas de diferentes voltagens, e a disposição de uma tomada</p><p>para cada grupo no laboratório. (OLIVEIRA et all -2007;PINO, KRÜGER-1997)</p><p>Por motivos de segurança, as luminárias devem ser embutidas no forro do laboratório, e as</p><p>lâmpadas devem ter protecção para evitar queda sobre a bancada, piso, ou usuários do</p><p>laboratório. Quanto ao tipo de lâmpada, recomenda-se o uso de lâmpadas fluorescentes. A</p><p>coloração das tubulações</p><p>deve ser cinza - escuro. (OLIVEIRA etal - 2007)</p><p>É recomendável a utilização de lâmpadas do tipo fluorescente no lugar das lâmpadas</p><p>incandescentes, pois essas não alteram a temperatura do ambiente, pela liberação de calor.</p><p>Além de fornecerem uma óptima iluminação, não cansam os olhos quando se está trabalhando</p><p>em algo que requer um olhar fixo por um período mais longo de tempo. (PINO, KRÜGER,</p><p>1997)</p><p>Capela de Exaustão</p><p>Todo laboratório necessita de um sistema de exaustão e ventilação projectado para as actividades</p><p>que consistem em exaustores de gás, ventiladores, coifas, ar condicionado e capelas. A finalidade</p><p>das capelas é emitir a execução de experimentos, ou manipulação de reagentes, que geram gases</p><p>ou vapores tóxicos, sem contaminar o ambiente do laboratório.</p><p>As capelas devem ser construídas com material quimicamente inerte, possuir sistema de</p><p>exaustão, com no mínimo dois pontos de captação, e potência para promover a exaustão dos</p><p>vapores. A altura das chaminés de exaustão deve ser de dois a três metros acima do telhado, para</p><p>que os gases emitidos sejam diluídos no ar. Devem dispor de janelas de vidro de segurança e</p><p>fonte de gás, electricidade e água, com controlo externo, para evitar a necessidade de abrir a</p><p>janela para ligá-los ou desligá-los. A localização das capelas deve ser afastada das saídas de</p><p>emergência, e também de locais de intenso trânsito ou movimentação de pessoas. Ainda, não</p><p>deve ser permitida a armazenagem de ácidos ou bases concentradas e líquidos inflamáveis nos</p><p>Didáctica de Química-III</p><p>Mestre Crimíldia C. A. Paulo Chidassicua</p><p>armários inferiores das capelas, pois podem causar corrosão nas partes metálicas da capela e</p><p>explosão. (OLIVEIRA etal- 2007)</p><p>O material mais usado para a construção de capelas são chapas de aço inoxidável e alvenaria. O</p><p>tecto da capela deve ser em forma de cone ou pirâmide e possuir protecção resistente ao calor e</p><p>inquebrável, para as luminárias. (PINO, KRÜGER, 1997)</p><p>FONTE:https://www.multiscience.com.br%2Fsite%2Fprodutos%2Fcapela_exaustao_gases%2F</p><p>&docid</p><p>Bancadas de Trabalho</p><p>De acordo com a disposição ou colocação das bancadas no laboratório, pode-se classificá-las</p><p>em quatro tipos:</p><p>• “Ilha” – geralmente se encontra no centro da sala, com os usuários em sua volta. É totalmente</p><p>isolada e quase sempre tem pias nas extremidades e uma prateleira central.</p><p>• “Península” – possui um de seus lados acoplado a uma parede e dessa forma deixa três lados</p><p>para uso dos usuários.</p><p>https://www.google.co.mz/imgres?imgurl=http%3A%2F%2Fwww.multiscience.com.br%2Fsite%2Fmedia%2Fprodutos%2Fcapela%2Fcap_bp_pq2.jpg&imgrefurl=http%3A%2F%2F</p><p>Didáctica de Química-III</p><p>Mestre Crimíldia C. A. Paulo Chidassicua</p><p>• “Parede” – está totalmente anexada a uma parede, deixando apenas um de seus lados para os</p><p>usuários. É quase sempre usado para estufas, muflas, balanças, potenciômetros, entre outros.</p><p>• “U” – é uma variação do tipo “ilha”, sendo mais utilizada para colocação de aparelhos, tais</p><p>como cromatógrafos, permitindo ao laboratorista o acesso fácil à parte traseira desses aparelhos</p><p>para refazer ou modificar conexões e pequenos reparos.</p><p>Figura1:Tipos de bancadas de laboratórios</p><p>Fonte: imagemwikipedia.com</p><p>As bancadas devem estar em conformidade com o tipo de uso, levando em consideração factores</p><p>como humidade, peso de materiais, utilização de líquidos e substâncias químicas. As superfícies</p><p>devem ser impermeáveis, lisas, sem emendas ou ranhuras. Para trabalhos que exijam posição de</p><p>pé, as bancadas devem ter altura de 0, 90m, e de 0,75m nas bancadas que exijam posição de</p><p>sentar, ou ainda, 0,70m para ambas. As cubas devem ter profundidade adequada ao uso, o</p><p>mínimo 0,25m. O mobiliário deve ser construído com superfícies impermeáveis, resistentes a</p><p>substâncias químicas, evitando reentrâncias e cantos.</p><p>Orienta-se, ainda, um espaço de 0,40m entre bancadas laterais e a parede, assim como no meio</p><p>das bancadas centrais, a fim de permitir a instalação de manutenção de equipamentos, e evitar</p><p>corredores muito extensos e sem saídas, para não criar áreas de confinamento. (OLIVEIRA</p><p>etal.2007)</p><p>Didáctica de Química-III</p><p>Mestre Crimíldia C. A. Paulo Chidassicua</p><p>Armazenagem de produtos Químicos</p><p>Os produtos químicos armazenados requerem cuidados especiais ao serem armazenados, pois</p><p>podem ser voláteis, tóxicos, corrosivos e inflamáveis. Assim, o estudo do local destinado ao</p><p>almoxarifado é de especial importância. A não observância desses cuidados pode acarretar</p><p>graves acidentes.</p><p>Quando são negligenciadas as propriedades físicas e químicas dos produtos químicos</p><p>armazenados podem ser ocasionados incêndios, explosões, emissão de gases tóxicos, vapores,</p><p>após as radiações ou combinações variadas destes efeitos. (SAVOY, 2003)</p><p>As substâncias químicas devem ser armazenadas em locais adequados e destinados</p><p>exclusivamente para este fim, permanecendo no laboratório somente a quantidade mínima</p><p>desejada. Os locais de armazenamento devem ser amplos, dotados de boa ventilação, protegidos</p><p>contra raios solares, com instalações eléctricas a prova de explosões e prateleiras largas e</p><p>seguras. Carvalho (1999) considera, ainda, que os depósitos de produtos químicos devem ficar</p><p>afastados de fontes de calor e de refeitórios. (SAVOY, 2003)</p><p>VERGA FILHO (2008), Oliveira (etal. 2007), SAVOY (2003) e CARVALHO (1999),</p><p>apresentam algumas recomendações a serem seguidas em locais de armazenamento de reagentes,</p><p>apresentadas a seguir:</p><p>▪ Cartazes com avisos devem ser afixados, alertando aos empregados com referência à</p><p>manipulação das substâncias nocivas;</p><p>▪ Os materiais potencialmente perigosos devem estar protegidos em local dotado com</p><p>fechadura e chaves;</p><p>▪ Todas as entradas de ventilação devem estar protegidas por telas, de forma a evitar a entrada</p><p>de algum agente indesejável, como os roedores;</p><p>▪ Os reagentes compatíveis devem ser estocados separados por famílias, com distância de 0,5m</p><p>à 1m;</p><p>▪ As vidrarias não devem ser estocadas junto a reagentes;</p><p>Didáctica de Química-III</p><p>Mestre Crimíldia C. A. Paulo Chidassicua</p><p>▪ Não deve ser permitida a armazenagem de produtos não identificados, bem como o</p><p>armazenamento de produtos sem data de validade;</p><p>▪ Deverá ser feita a verificação permanente dos prazos de validade dos produtos e a remoção</p><p>dos reagentes vencidos;</p><p>▪ Os produtos corrosivos, ácidos e bases devem ficar nas prateleiras baixas, próximas ao chão;</p><p>▪ Deverá ser evitado o armazenamento de reagentes em lugares altos e de difícil acesso;</p><p>▪ Os produtos inflamáveis e explosivos deverão ser mantidos a grandes distâncias de produtos</p><p>oxidantes;</p><p>▪ Não devem ser armazenado produtos químicos voláteis em locais em que incida a luz solar</p><p>directa;</p><p>▪ A tabela de classes de incompatibilidade das substâncias deve ser consultada a fim de se</p><p>evitar o armazenamento, lado a lado, de reagentes incompatíveis.</p><p>▪ Os rótulos dos frascos devem ser protegidos;</p><p>▪ As soluções preparadas em laboratório não devem ser armazenadas em balões volumétricos e</p><p>sim em frascos de vidro devidamente identificadas e etiquetadas;</p><p>▪ Todos os resíduos devem ser colocados em recipientes próprios, fechados e devidamente</p><p>identificados, inclusive com etiqueta de segurança.</p><p>Segurança e Generalidades no Laboratório de Química</p><p>Actividades envolvendo práticas químicas sejam a nível profissional ou de aprendizagem exige</p><p>que regras de segurança sejam rigorosamente seguidas para evitar acidentes. Termos como</p><p>segurança no trabalho, risco, toxicidade, acidentes, prevenção de acidentes, equipamentos de</p><p>segurança e aerossóis são muito empregados quando se trata de segurança em laboratórios.</p><p>As indicações que se seguem são muito importantes para poder trabalhar no laboratório com</p><p>segurança, pelo que se recomenda que as leia com atenção e as siga escrupulosamente e</p><p>regulamento de segurança da instituição para começar a manusear substâncias. Começar</p><p>as</p><p>Didáctica de Química-III</p><p>Mestre Crimíldia C. A. Paulo Chidassicua</p><p>práticas somente depois de devidamente equipado. Somente permitir entradas de pessoas no</p><p>ambiente laboratorial que sejam necessárias a realização da prática.</p><p>▪ Nunca improvisar;</p><p>▪ Ter sempre presente na mente que o laboratório é um local de trabalho sério e de risco</p><p>potencial;</p><p>▪ Conhecer a localização das saídas de emergências, dos extintores, da caixa de primeiros</p><p>socorros e os restantes equipamentos de protecção;</p><p>▪ Conservar as bancadas arrumadas e limpas, o chão limpo e seco;</p><p>▪ Não obstruir os locais destinados à livre circulação;</p><p>▪ Fazer uma verificação periódica do estado de conservação das condutas e das tubagens de</p><p>todo o material existente no laboratório;</p><p>▪ Trabalhar em pé e sempre acompanhado de outras pessoas;</p><p>▪ Usar óculos de protecção, (obrigatórios para quem usa lentes de contacto), luvas apropriadas</p><p>e máscaras sempre que as situações assim o aconselhem;</p><p>▪ Não usar lentes de contactos, pois, em caso de necessidades, elas não poderão ser retiradas</p><p>com facilidade;</p><p>▪ Usar sempre batas limpas e justas, de preferência de algodão, não só para proteger a roupa,</p><p>mas, sobretudo, para proteger a pele;</p><p>▪ Usar sempre calçado fechado e o cabelo quando comprido, devidamente amarrado;</p><p>▪ Não usar anéis;</p><p>▪ Antes de se manusear qualquer substância, deve se ler atentamente o rótulo, tomar</p><p>conhecimento dos riscos possíveis e cuidados a ter na sua utilização;</p><p>▪ Antes do início de qualquer trabalho laboratorial deve-se ter o cuidado de fazer uma</p><p>preparação correcta, lendo os produtos e assinalando todas as precauções a tomar;</p><p>Didáctica de Química-III</p><p>Mestre Crimíldia C. A. Paulo Chidassicua</p><p>▪ Lavar as mãos, com frequências, durante e no fim do trabalho laboratorial;</p><p>▪ Proteger feridas expostas e evitar o manuseamento dos aparelhos eléctricos com as mãos</p><p>húmidas;</p><p>▪ Usar pinças ou luvas apropriadas para manuseamento de material que foi aquecido;</p><p>▪ Qualquer salpico de reagente na pele deve ser removido com água abundante e sabão;</p><p>▪ Verificar sempre se não existem solventes inflamáveis na vizinhança antes de acender</p><p>qualquer chama e reciprocamente, não utilizar solvente inflamável sem antes confirmar a</p><p>inexistência de chamas nas proximidades;</p><p>▪ Evitar chamas desnecessárias. Apagar o bico de Bunsen quando não estiver a ser utilizado;</p><p>▪ Em caso de incêndio nunca deita água sobre um solvente orgânico em chama;</p><p>▪ Apagar o fogo com a manta ou com um extintor. Não se esqueça de desligar sempre o quadro</p><p>eléctrico;</p><p>▪ Nunca pipetar com a boca: usar pipetas, macrocontrolador de pipetas, entre outras;</p><p>▪ Nunca provar ou cheirar directamente soluções ou produtos químicos e utilizar capela de</p><p>protecção sempre que haja produção de gases ou vapores nocivos;</p><p>▪ Não comer e nem beber ou fumar no laboratório;</p><p>▪ Nunca realizar experiências não autorizadas;</p><p>▪ Manusear todos os reagentes químicos com cuidado;</p><p>▪ Colocar as tampas ou rolhas em todos os frascos e garrafas imediatamente após o seu uso;</p><p>▪ Limpar de imediato qualquer quantidade de reagente derramada, especialmente próximo de</p><p>balanças ou prateleiras de reagentes;</p><p>▪ Nunca deixar um recipiente com um reagente sem rótulo ou com o rótulo danificado.</p><p>Substitua-o sempre que for necessário;</p><p>Didáctica de Química-III</p><p>Mestre Crimíldia C. A. Paulo Chidassicua</p><p>▪ Nunca utilizar um solvente orgânico para limpar um reagente químico que acidentalmente</p><p>tenha caído na pele. Isso poderá aumentar a velocidade de absorção através da pele;</p><p>▪ No caso de ter qualquer dúvida sobre o manuseamento em segurança de algum reagente</p><p>esclareça-se junto do professor;</p><p>▪ No final do trabalho todos os equipamentos e reagentes utilizados devem ser devidamente</p><p>serem arrumados;</p><p>▪ Verificar no final do trabalho se as torneiras de abastecimento de água e de gás encontram-se</p><p>fechadas e os aparelhos eléctricos desligados;</p><p>▪ Todos os acidentes devem ser comunicados de imediato e ser objecto de relatório.</p><p>▪ Desloque-se dentro dos laboratórios com prudência e atenção;</p><p>▪ É estreitamente proibido brincadeiras no interior dos laboratórios;</p><p>▪ É proibido fumar no interior dos laboratórios;</p><p>▪ No final da aula, lavar adequadamente as vidrarias utilizadas;</p><p>▪ Identificar todos os reagentes e soluções de forma clara, apresentando nome, data de preparo</p><p>e o nome de quem a preparou;</p><p>▪ Informar o responsável pela actividade caso alguma vidraria seja quebrada, para descarte em</p><p>local adequado;</p><p>▪ Nunca prove amostras ou reagentes pelo sabor ou odor;</p><p>▪ Objectos pessoais como bolsas, mochilas, entre outros, devem ser guardados fora dos</p><p>laboratórios ou em locais adequados;</p><p>▪ Ocorrendo acidente, manter a calma informando imediatamente ao professor ou técnico</p><p>responsável;</p><p>▪ Providenciar imediatamente a limpeza de todo local que porventura possa ter ocorrido</p><p>acidente com reagentes químicos;</p><p>Didáctica de Química-III</p><p>Mestre Crimíldia C. A. Paulo Chidassicua</p><p>▪ Seguir rigorosamente o roteiro da aula, improvisações estão dentre as causas de acidentes.</p><p>Descarte de resíduos químicos</p><p>▪ Os resíduos químicos nos laboratórios devem ser segregados e armazenados em recipientes</p><p>adequados, em local ventilado, rotulados e afastados de áreas de circulação.</p><p>▪ Sempre que possível, os resíduos poderão ser tratados no laboratório e descartados na rede de</p><p>esgoto. Resíduos aquosos ácidos ou básicos, por exemplo, devem ser neutralizados antes do</p><p>descarte.</p><p>▪ Resíduos orgânicos que não permitem reciclagem, como por exemplo, a fase móvel do</p><p>HPLC (Cromatógrafo Líquido de Alta Performance), devem ser direcionados para</p><p>incineração.</p><p>▪ Resíduos sólidos de classe 1 (resíduos perigosos) deverão ser direcionados para aterros</p><p>industriais.</p><p>▪ Os solventes orgânicos devem ser separados em duas classes: clorados e não clorados. Os</p><p>não clorados permitem reciclagem e os clorados, em geral, devem ser encaminhados para</p><p>incineração em incinerador autorizado.</p><p>▪ Para o descarte de metais pesados, fortemente alcalinos e outros resíduos, deverá ser</p><p>consultada, antecipadamente, uma referência especializada.</p><p>Normas de organização dos alunos em aulas práticas laboratoriais</p><p>▪ No inicio de cada semestre os alunos devem assinara declaração de responsabilidade e como</p><p>tomaram conhecimentos sobre a regras e normas de funcionamento de um laboratório;</p><p>▪ Todos os trabalhos de aulas práticas de laboratório devem serão acompanhados de protocolos</p><p>elaborados pelos professores;</p><p>▪ Os protocolos devem ser entregues aos alunos para que estes possam ler antecipadamente o</p><p>trabalho que irão desenvolver;</p><p>▪ Nos protocolos deverá constar os seguintes itens:</p><p>− Disciplina;</p><p>Didáctica de Química-III</p><p>Mestre Crimíldia C. A. Paulo Chidassicua</p><p>− Tema;</p><p>− Objectivos;</p><p>− Introdução;</p><p>− Materiais e reagentes;</p><p>− Identificação dos riscos associados ao trabalho e procedimentos a seguir para minimizar</p><p>esses riscos;</p><p>− Procedimentos experimentais;</p><p>− Resultados (espaço para descrição);</p><p>− Bibliografias.</p><p>▪ A utilização de equipamentos no laboratório implica o preenchimento de registo de utilização</p><p>de equipamentos ficando esse preenchimento ao cargo do professor ou técnico responsável;</p><p>▪ Compete ao professor repartir os alunos em pequenos grupos de trabalho e orienta-los em</p><p>suas actividades;</p><p>▪ Está sob responsabilidade do professor da disciplina passar um manual que ilustra a boa parte</p><p>de equipamentos de laboratório evitando assim eventuais surpresas;</p><p>▪ Os alunos e os professores devem tomar conhecimentos das regras e segurança em um</p><p>laboratório;</p><p>▪ É imprescindível que os alunos tragam pressupostos teóricos do que irão fazer e como que</p><p>trabalharão bem com as propriedades toxicológicas das substâncias;</p><p>▪ No final de cada aula prática os alunos devem reportar ao professor ou ao técnico</p><p>responsável do laboratório de eventuais quebras de equipamentos ou vidrarias de</p><p>modo que</p><p>este registe.</p><p>Didáctica de Química-III</p><p>Mestre Crimíldia C. A. Paulo Chidassicua</p><p>Importância de Segurança no Laboratório</p><p>No ensino de Química, consideramos que as aulas práticas em laboratórios são de fundamental</p><p>importância para uma aprendizagem significativa. Para assim tentar relacionar o conhecimento</p><p>teórico do prático. Entretanto essa actividade carece de muitas precauções e uma dela é a</p><p>segurança que tem por objectivo de reduzir aquilo que é acidentes em um laboratório</p><p>minimizando desta forma danos materiais e humanos e constitui um dos factores preponderante</p><p>no que concerne na creditação de laboratórios bem como no compartimento e continuidade no</p><p>desenvolvimento na ciência química.</p><p>Bibliografias</p><p>CARVALHO, Paulo R. Boas prático em biossegurança. Rio de Janeiro: Interciência, 1999.</p><p>OLIVEIRA, Célia M. etal. Guia de laboratório para o ensino de Química: instalação,</p><p>montagem e operação. Conselho Regional de Química – IV Região. São Paulo-2007.</p><p>PINO, José C. KRÜGER, Verno. Segurança no laboratório. Porto Alegre: CECIRS.1997.</p><p>SAVOY, Vera L. Noções básicas de organização e segurança em laboratórios químicos.</p><p>Biológico. v .65, n.1/2, p.47-49,Jan./dez-2003.</p><p>VERGA FILHO, António F. Segurança em laboratório químico. Conselho Regional de</p><p>Química – IV Região. São Paulo, 2008.</p>