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<p>CONTABILIDADE GERAL</p><p>(Daniel Rocha de Almeida)</p><p>Formado em Ciências Contábeis pela Universidade do Estado do Amazonas –</p><p>UEA. Pós-Graduando em Auditoria e Controladoria pela Universidade do Estados do</p><p>Amazonas - UEA. Atuei no Tribunal de Contas do Amazonas. Atualmente sou</p><p>instrutor/tutor do Centro de Ensino Literatus.</p><p>Objetivos ou expectativas de aprendizagem:</p><p>● Desenvolver o conhecimento sobre a nomenclatura, importância e finalidade da</p><p>contabilidade para a eficiência e eficácia organizacional.</p><p>● Obter e localizar informações sobre elementos contábeis a serem incluídos no</p><p>planejamento empresarial.</p><p>● Organizar as análises financeiras; Elaboração de relatórios contábeis.</p><p>● Verificar a existência de lucro ou prejuízo em um processo contábil.</p><p>● Identificar como cada componente de uma empresa interfere na sua contabilidade.</p><p>Tópicos a serem abordados na disciplina de Contabilidade Tributária:</p><p>UNIDADE 1</p><p>• Contabilidade: origem, conceitos, função e objeto de estudo.</p><p>• Aplicação, finalidade e usuários da contabilidade.</p><p>• Representação contábil do patrimônio (bens, direitos e obrigações, patrimônio</p><p>líquido), Contas Patrimoniais e Contas de Resultado.</p><p>• Plano de Contas: aspectos qualitativos e quantitativos das contas.</p><p>UNIDADE 2</p><p>• Conceitos de Técnicas Contábeis: Escrituração (livros contábeis, formas de registro),</p><p>razonetes: débito e crédito, atos e fatos administrativos.</p><p>• Regime de Competência e Regime de Caixa.</p><p>UNIDADE 3</p><p>• Técnica Contábil demonstração: Balanço Patrimonial (BP), Demonstração do</p><p>Resultado do Exercício (DRE).</p><p>• Técnica contábil auditoria.</p><p>• Técnica contábil análise.</p><p>• Noções de custos.</p><p>UNIDADE 4</p><p>• Relatório contábil e seus objetivos no apoio à Administração.</p><p>• Relatórios contábeis obrigatórios e não obrigatórios.</p><p>• BP e DRE – elaboração e tomada de decisões.</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Você sabia que a Contabilidade é um dos instrumentos mais importantes para</p><p>o gestor das organizações empresariais, pois ela fornece dados de forma organizada</p><p>e de fácil entendimento, para que as decisões sejam tomadas de forma correta e</p><p>rápida? Nos últimos anos a contabilidade brasileira vem sofrendo diversas</p><p>transformações. O primeiro motivo para estas mudanças é a revolução tecnológica,</p><p>responsável pela utilização em larga escala dos ERPs (Enterprise Resource Planning</p><p>ou Planejamento dos Recursos da Empresa), que são sistemas integrados de gestão</p><p>e cuidam das atividades diárias de uma empresa, desde a aquisição dos estoques,</p><p>até a emissão das Demonstrações Contábeis de apresentação obrigatória. Não</p><p>importa o tamanho da empresa, seja ela pequena, média ou grande, estará sujeita a</p><p>apresentar informações ao Fisco, que atualmente é feita de forma eletrônica (on-line),</p><p>nos âmbitos municipal, estadual e federal. O segundo motivo para as mudanças</p><p>advém da necessidade de adequar-se às Normas Internacionais de Contabilidade -</p><p>IFRS (International Financial Reporting Standards), que é um conjunto de</p><p>Pronunciamentos Contábeis internacionais, publicados e revisados pelo IASB</p><p>(International Accounting standards Board). Essa parametrização das normas</p><p>contábeis surgiu pela necessidade de as organizações internacionais falarem a</p><p>mesma língua, facilitando o entendimento. No Brasil, essas normas estão sendo</p><p>adaptadas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis (CPC) e são regidas pela Lei</p><p>11.638 de 28 de dezembro de 2007. Além de fornecer informações ao Fisco, a</p><p>Contabilidade também fornece informações a outros interessados, tais como bancos,</p><p>sócios, acionistas, fornecedores, clientes e colaboradores, daí a necessidade de</p><p>apresentar informações de fácil entendimento para especialistas ou leigos. Segundo</p><p>o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (2014), de cada dez empresas</p><p>que são abertas no Brasil, seis não sobrevivem após 5 anos de atividade. Isso mesmo.</p><p>Mais da metade das empresas fecham as portas antes de completar 5 anos! E em</p><p>grande parte, o fracasso vem da má administração dos recursos. Entendeu a</p><p>importância da contabilidade? Ao longo deste curso você vai mergulhar neste</p><p>universo, e compreender melhor essa ferramenta tão importante para o sucesso das</p><p>organizações nos dias atuais.</p><p>UNIDADE I</p><p>CONCEITOS INTRODUTÓRIOS DE CONTABILIDADE</p><p>Objetivo: Esta unidade como objetivo apresentar os assuntos iniciais da</p><p>Contabilidade. É o começo da nossa jornada, alunos! A primeira pergunta que deve</p><p>vir a sua mente é a seguinte: o que é Contabilidade?</p><p>Contabilidade: Origem, Conceitos</p><p>Trata-se de uma Ciência Social, a qual vem se desenvolvendo desde que a</p><p>Humanidade começou a sentir a necessidade de acumular e registrar riqueza e a</p><p>fazer operações mercantis. A Ciência Contábil surge e se aperfeiçoa com a missão de</p><p>captar, escriturar, interpretar fatos que afetavam o PATRIMÔNIO das pessoas.</p><p>Nos dias atuais, a doutrina nos apresenta diversas definições para a nossa</p><p>querida ciência contábil, mas separamos duas delas para vocês, vejam:</p><p>Temos em destaque o caráter científico da Contabilidade e sua missão como</p><p>instrumento de auxílio à gestão das entidades. Agora vejamos outra definição trazida</p><p>pela doutrina:</p><p>Ciência</p><p>Orientação</p><p>Controle</p><p>Registro</p><p>Estuda e Pratica</p><p>Definição oficial de contabilidade: Contabilidade é a ciência que estuda e pratica</p><p>as funções de orientação, de controle e de registro dos atos e fatos de uma</p><p>administração econômica (1º Congresso Brasileiro de Contabilidade/1924).</p><p>A Contabilidade é, objetivamente, um sistema de informação e avaliação destinado</p><p>a prover seus usuários com demonstrações e análises de natureza econômica,</p><p>financeira, física e de produtividade, com relação à entidade objeto de contabilização</p><p>(FIPECAFI).</p><p>Nessa definição, elaborada pelo IPECAFI (atual FIPECAFI), temos</p><p>apresentado o viés de sistema de informação que a Contabilidade também possui.</p><p>Existem fatos relevantes que estão ocorrendo e modificando o patrimônio de</p><p>entidades contábeis, isto é, pessoas físicas, jurídicas, ou até mesmo, entes</p><p>despersonalizados, mas que são de interesse da ciência contábil. Esses fatos são</p><p>registrados, trabalhados e externalizados na forma de informações úteis para os</p><p>devidos interessados. Interessante não é mesmo?</p><p>Exemplo: se você é um grande investidor e quer empregar o seu CAPITAL em</p><p>uma grande rede de supermercados no Amazonas, não vai querer analisar cada</p><p>contrato assumido pela entidade, pegar todas as notas fiscais de venda, de compra,</p><p>para saber como anda a saúde financeira daquela companhia, não é?</p><p>Pois então, a Contabilidade irá te fornecer todas essas informações, de</p><p>modo sistematizado e padronizado, através das DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS</p><p>também chamada em certas situações de DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS.</p><p>Existe uma técnica contábil que reúne todos os documentos que contenham</p><p>fatos contábeis, isto é, fatos que geram alterações na riqueza da entidade, lançando-</p><p>os nos registros contábeis respectivos, como livros e fichas que darão suporte para</p><p>a elaboração e publicação das demonstrações contábeis. Essa técnica contábil é</p><p>chamada de ESCRITURAÇÃO, que será estudada mais a frente.</p><p>Objeto de Estudo da Contabilidade</p><p>Por ser uma ciência, a Contabilidade possui objeto de estudo próprio que é o</p><p>patrimônio das entidades. Por patrimônio, entenda o conjunto de bens, direitos e</p><p>Contabilidade</p><p>Sistema de</p><p>Informação</p><p>Prover Usuários</p><p>com informações</p><p>Econômicas,</p><p>financeiras, Físicas</p><p>e de Produtividade</p><p>Relacionada com a</p><p>Entidade</p><p>obrigações da entidade. Confesse que nossa ideia inicial é apenas pensar em</p><p>patrimônio como nossos bens, não é mesmo? “Estou estudando porque desejo</p><p>formar um bom patrimônio”. Mas, para a Contabilidade, as obrigações das</p><p>entidades, como por exemplo, suas dívidas, também integram o conceito de</p><p>patrimônio.</p><p>cem (100). Análise</p><p>Horizontal = (Valor do período atual / Valor do período anterior) – 1 x 100.</p><p>Noções de Custos</p><p>Este ramo da contabilidade surgiu com a Revolução Industrial, no século XVIII.</p><p>O surgimento de empresas industriais, com processos de produção cada vez mais</p><p>complexos, exigia uma técnica de apuração do custo dos produtos mais elaborada</p><p>que as empresas comerciais. Assim, a Contabilidade de Custos tinha, inicialmente,</p><p>como principal função a avaliação de estoques nas empresas industriais.</p><p>Atualmente, a Contabilidade de Custos fornece informações tanto para a</p><p>Contabilidade Financeira (apuração dos estoques e do custo das vendas, elaborado</p><p>a partir dos princípios contábeis) quanto para a Contabilidade Gerencial (custo-</p><p>padrão, custos para decisão, para controle etc.). Podemos dizer que a Contabilidade</p><p>de Custos apresenta três grandes áreas de atuação: apuração do custo, controle</p><p>e informações para decisão. Esquematizando:</p><p>Principais conceitos relacionados a contabilidade de custos:</p><p>1. Custo é o gasto relativo à bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou</p><p>serviços.</p><p>2. Gasto compra de um produto ou serviço qualquer, que gera sacrifício financeiro</p><p>para a entidade (desembolso), sacrifício esse representado por entrega ou promessa</p><p>de entrega de ativos (normalmente dinheiro).</p><p>3. Desembolso: Pagamento resultante da aquisição do bem ou serviço.</p><p>Contabilidade</p><p>de Custos</p><p>Apuração do</p><p>custo</p><p>Controle</p><p>Informações</p><p>para decisão</p><p>4. Investimento: Gasto ativado em função de sua vida útil ou de benefícios atribuíveis</p><p>a futuro(s) período(s).</p><p>5. Despesa: Bem ou serviço consumido diretamente ou indiretamente para a</p><p>obtenção de receitas.</p><p>6. Perda: Bem ou serviço consumidos de forma anormal e involuntária.</p><p>7. Custo de Produção do Período é a soma dos custos incorridos no período dentro</p><p>da fábrica.</p><p>8. Custo da Produção acabada é a soma dos custos contidos na produção acabada</p><p>do período. Pode conter Custos de Produção também de períodos anteriores</p><p>existentes em unidades que só foram completadas no presente período.</p><p>9. Custo dos Produtos Vendidos é a soma dos custos incorridos na produção dos</p><p>bens e serviços que só agora estão sendo vendidos. Pode conter custos de produção</p><p>de diversos períodos, caso os itens vendidos tenham sido produzidos em diversas</p><p>épocas diferentes.</p><p>10. Custos Primários: soma de matéria-prima com mão de obra direta.</p><p>11. Custos de Transformação: soma de todos os Custos de Produção, exceto os</p><p>relativos a matérias primas e outros eventuais adquiridos e empregados sem</p><p>nenhuma modificação pela empresa (componentes adquiridos prontos, embalagens</p><p>compradas, etc.).</p><p>12. Custos diretos são aqueles que podem ser diretamente apropriados aos</p><p>produtos. Exemplo: matéria prima, mão de obra direta, embalagens, etc.</p><p>13. Custos Indiretos são aqueles que não podem ser diretamente apropriados aos</p><p>produtos. A sua alocação é feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária.</p><p>Exemplo: Aluguel da fábrica, supervisão, chefia, etc.</p><p>14. Custos Variáveis são aqueles que variam de acordo com o volume de produção.</p><p>Exemplo: Matéria prima. Quanto maior a quantidade produzida, maior o consumo de</p><p>matéria-prima.</p><p>15. Custos Fixos são aqueles que não sofrem variação em função da quantidade</p><p>produzida. Exemplo: Aluguel da fábrica. O seu valor independe da quantidade</p><p>produzida.</p><p>Questões Unidade III</p><p>1. As Contas de Resultado aparecem durante o exercício social, encerrando-se no</p><p>final de tal exercício. Não fazem parte do Balanço Patrimonial, mas é por meio delas</p><p>que sabemos se a empresa apresentou lucro ou prejuízo em suas atividades. Assinale</p><p>a alternativa que contemple os dois grupos das Contas de Resultado.</p><p>a) Contas Positivas e Contas Negativas.</p><p>b) Contas do Ativo e Contas do Passivo.</p><p>c) Contas de Despesas e Contas de Receitas.</p><p>d) Contas Patrimoniais e Contas de Resultado.</p><p>e) Contas do Passivo e Contas do PL.</p><p>Comentários:</p><p>As contas são classificadas em:</p><p>• Patrimonial: Ativo; Passivo; PL</p><p>• Resultado: Receita; Despesa</p><p>Gabarito B.</p><p>2. Se uma entidade obtém em determinado período:</p><p>a) receitas menores do que suas despesas, ela obterá prejuízo e, consequentemente,</p><p>redução de seu patrimônio líquido.</p><p>b) receitas menores do que suas despesas, ela obterá lucro e, consequentemente,</p><p>redução de seu patrimônio líquido.</p><p>c) receitas menores do que suas despesas, ela obterá lucro e, consequentemente,</p><p>aumento de seu patrimônio líquido.</p><p>d) receitas maiores do que suas despesas, ela obterá lucro e, consequentemente,</p><p>redução de seu patrimônio líquido.</p><p>e) receitas maiores do que suas despesas, ela obterá prejuízo e, consequentemente,</p><p>aumento de seu patrimônio líquido.</p><p>Comentários:</p><p>Questão lógica que dá para interpretar até sem muito conhecimento contábil.</p><p>RECEITAS DESPESAS = LUCRO CONTÁBIL</p><p>RECEITAS = DESPESAS = RESULTADO NULO</p><p>O consequente prejuízo irá afetar o patrimônio líquido da empresa, reduzindo o</p><p>saldo. Gabarito: A.</p><p>3. O encerramento de todas as contas de Receitas e de Despesas, ao final de cada</p><p>exercício social, tem por finalidade a determinação:</p><p>a) do resultado do exercício.</p><p>b) do aumento do ativo.</p><p>c) do aumento do passivo.</p><p>d) do aumento de capital.</p><p>e) do aumento das disponibilidades.</p><p>Comentários: A questão trata da apuração do resultado do exercício, por meio da</p><p>confrontação das receitas com as despesas. Isso é feito por meio de uma conta</p><p>chamada Apuração do Resultado do Exercício ou apenas Resultado do Exercício.</p><p>Todas as contas de resultado são transferidas para essa conta. Gabarito: A.</p><p>UNIDADE IV</p><p>RELATÓRIOS CONTÁBEIS</p><p>Objetivo: Esta unidade tem como objetivo a apresentação e elaboração dos relatórios</p><p>contábeis, seus objetivos e sua importância no apoio às entidades para o processo de</p><p>tomada de decisão.</p><p>Relatório Contábil e seus objetivos no apoio à Administração</p><p>Relatórios contábeis são documentos que descrevem, com dados</p><p>técnicos, todas as informações colhidas pelos setores de contabilidade das</p><p>empresas. Nesses registros, estão inclusos todos os valores de despesa, custos e</p><p>impostos devidos ou pagos.</p><p>De acordo com o CPC 00, o objetivo da elaboração e divulgação de</p><p>relatório contábil-financeiro é fornecer informações que sejam úteis a</p><p>investidores existentes e em potencial, a credores por empréstimos e a outros</p><p>credores, quando da tomada de decisão ligada ao fornecimento de recursos para a</p><p>entidade. Essas decisões envolvem comprar, vender ou manter participações em</p><p>instrumentos patrimoniais e em instrumentos de dívida, e a oferecer ou disponibilizar</p><p>empréstimos ou outras formas de crédito.</p><p>Existem apenas dois tipos de relatórios contábeis: os relatórios obrigatórios e</p><p>os não obrigatórios.</p><p>Relatórios Contábeis Obrigatórios</p><p>Conhecidos como Demonstrações Financeiras, os relatórios obrigatórios</p><p>são aqueles exigidos por lei. Entre eles, estão documentos como:</p><p>● Balanço Patrimonial (BP);</p><p>● Demonstração do Resultado do Exercício (DRE);</p><p>● Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPA);</p><p>● Demonstração das Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) – somente para</p><p>Sociedades Anônimas.</p><p>Dependendo da situação, é necessária a publicação desses relatórios por</p><p>meio de mídia escrita.</p><p>Relatórios Contábeis Não Obrigatórios</p><p>Os relatórios não obrigatórios são aqueles que não são exigidos pela</p><p>legislação. No entanto, eles são extremamente importantes para as tomadas de</p><p>decisão dos empresários e gestores de empresas, pois seus dados podem definir</p><p>investimentos importantes, entre outras funções. São eles:</p><p>● Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC): exceto para as sociedades de capital</p><p>aberto ou com patrimônio líquido superior a R$ 2.000.000,00, quando se torna</p><p>obrigatório;</p><p>● Demonstrativo do Valor Adicionado (DVA):</p><p>exceto para as companhias abertas.</p><p>Ambos os relatórios (obrigatórios e não obrigatórios) descrevem as operações</p><p>passadas, possibilitando aos gestores o fácil acesso a previsões de despesas e</p><p>receitas de períodos futuros.</p><p>Importância desses Relatórios</p><p>Todos os relatórios contábeis são importantes para avaliar a saúde financeira</p><p>da empresa. Afinal, são eles que resumem todas as informações de forma organizada</p><p>e confiável. Sem esse controle, um gestor coloca em risco o sucesso de sua</p><p>administração. Por isso, ele deve analisá-los com muita cautela e atenção.</p><p>A elaboração de um relatório contábil exige conhecimento e uma visão</p><p>diferenciada sobre questões econômicas do negócio. A seguir faremos um exemplo</p><p>prático de como funciona o processo de elaboração de relatórios contábeis,</p><p>começando pela apuração do resultado do exercício.</p><p>Apuração do Resultado do Exercício</p><p>Para apurarmos o DESEMPENHO da entidade, em determinado PERÍODO</p><p>CONTÁBIL, uma visão DINÂMICA, temos que efetuar o confronto das RECEITAS</p><p>e as DESPESAS da entidade, que chamamos de resultado do exercício!</p><p>Os resultados obtidos com vendas de produtos, os ganhos obtidos com</p><p>aluguéis, juros, variações monetárias etc., são chamados de receitas. Em</p><p>contrapartida, salários, custo da mercadoria vendida, juros, aluguéis, tributos DO</p><p>PERÍODO são as despesas.</p><p>Devemos confrontar as receitas e despesas obtidas por uma entidade</p><p>no período para que, ao término, saibamos se temos um lucro ou prejuízo. Uma</p><p>vez encontrado o “rédito”, isto é, o resultado do exercício, temos de transferi-lo para o</p><p>patrimônio líquido, já que o lucro/prejuízo do exercício pertence à entidade, é</p><p>agregado à sua riqueza própria. Relembrando:</p><p>Existe uma demonstração contábil bastante analítica, que evidencia a</p><p>apuração do resultado: a Demonstração do Resultado do Exercício (DRE). Vamos</p><p>apresentar a estrutura simplificada da DRE, com a apuração do resultado e sua</p><p>transferência para o balanço patrimonial da entidade.</p><p>De maneira simplificada, a demonstração do resultado do exercício possui:</p><p>Receita de Vendas</p><p>(-) Custo das Mercadorias Vendidas</p><p>(=) Resultado Bruto (ou Lucro Bruto)</p><p>(-) Despesas</p><p>- De vendas</p><p>- Administrativas</p><p>- Financeiras</p><p>- Outras Despesas</p><p>(=) Lucro antes do Imposto de Renda e Participações</p><p>(-) Despesa com Imposto de Renda</p><p>(=) Lucro antes das Participações sobre o Lucro</p><p>(-) Participações</p><p>(=) Lucro Líquido</p><p>DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO</p><p>É importante destacar que a DRE apresenta apenas contas de resultado,</p><p>isto é, Despesas e receitas de diversos tipos. Uma característica importante das</p><p>contas de resultado é que elas têm “vida curta”. Como assim, professor?</p><p>As contas de despesas e receitas têm seus saldos encerrados ao final</p><p>de cada período contábil. Assim sendo, as contas de resultado INICIAM E</p><p>TERMINAM O EXERCÍCIO ZERADAS, ou seja, sem saldo. Vejam essa</p><p>Demonstração do Resultado do Exercício simplificada:</p><p>Receita de Vendas 2.000</p><p>(-) Custo das Mercadorias Vendidas (CMV) (1.500)</p><p>(=) Resultado Bruto (ou Lucro Bruto) 500</p><p>(-) Despesas -</p><p>(=) Lucro Líquido 500</p><p>Se vocês observarem, temos uma conta de Receita de Vendas, com saldo de</p><p>2.000 e uma conta de despesa, CMV, com saldo de 1.500. Se prepararmos os</p><p>razonetes, com os respectivos saldos, teríamos o seguinte:</p><p>Agora, iremos encerrar, “matar”, as contas de resultado, fazendo um</p><p>lançamento contrário à natureza delas, com o mesmo valor e a contrapartida será uma</p><p>conta transitória, também de resultado, chamada de APURAÇÃO DO RESULTADO</p><p>DO EXERCÍCIO (ARE):</p><p>• Encerramento da conta de receita:</p><p>D – Receita de Vendas 2.000</p><p>C – ARE 2.000</p><p>• Encerramento da conta de despesa:</p><p>D – ARE 1.500</p><p>C – CMV 1.500</p><p>Nossos razonetes ficam assim:</p><p>As contas de resultado estão zeradas, então temos um único razonete, ARE,</p><p>com todas as receitas e despesas da entidade. Se as receitas foram maiores do</p><p>que as despesas, a conta ARE terá saldo credor, o que significa LUCRO no</p><p>período. Se as receitas foram menores do que as despesas, a conta ARE terá</p><p>saldo devedor, o que significa PREJUÍZO no período. Resumindo:</p><p>Como temos apenas uma conta de receita e uma de despesa, fizemos apenas</p><p>dois lançamentos. Agora, em uma DRE mais completa, poderíamos ter diversas</p><p>contas de resultado para encerrar. O próximo passo é transferir o Resultado do</p><p>exercício para a conta Lucros Acumulados, no PL (Patrimônio Líquido). É a ligação</p><p>da Demonstração do Resultado do Exercício com o Balanço Patrimonial.</p><p>Contabilização:</p><p>D – ARE 500</p><p>C – Lucros Acumulados (PL) 500</p><p>ARE</p><p>LUCRO</p><p>SALDO</p><p>CREDOR</p><p>PREJUÍZO</p><p>SALDO</p><p>DEVEDOR</p><p>Agora, vejam como ficaria o Balanço Patrimonial:</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa 7.000,00</p><p>Duplicatas a Receber 2.000,00</p><p>Estoque 1.500,00</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Social 10.000,00</p><p>Lucros Acumulados 500,00</p><p>Total do Ativo 10.500,00 Total do Passivo + PL 10.500,00</p><p>Não importa nesse momento, de onde vieram os saldos do ativo, passivo e</p><p>PL. Nosso objetivo é apenas apresentar a apuração do resultado e a transferência</p><p>para o Balanço Patrimonial. Veremos agora os diversos lançamentos contábeis que</p><p>nos ajudarão a entender como a Contabilidade registra os fatos que geram alterações</p><p>no patrimônio das entidades.</p><p>- Constituição da Sociedade</p><p>Exemplo: Quatro sócios constituem a sociedade DRA, com capital social de R$</p><p>100.000,00, sendo R$ 25.000,00 para cada. Ainda não houve a entrega dos recursos,</p><p>apenas a subscrição do capital.</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Capital social a integralizar (retificadora do patr. Líquido) 100.000,00</p><p>C – Capital social (patrimônio líquido) 100.000,00</p><p>Sobre o nosso lançamento, ainda não houve entrega de recursos por parte dos</p><p>sócios, passo que será realizado no lançamento seguinte.</p><p>- Integralização do Capital</p><p>A integralização ou realização é a efetiva entrega dos recursos por parte dos</p><p>sócios. Pode ser feita em dinheiro ou bens.</p><p>Exemplo: Dois dos sócios integralizam suas respectivas partes, em dinheiro, no total</p><p>de R$ 50.000,00, entregando o recurso.</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Caixa (ativo) 50.000,00</p><p>C – Capital social a integralizar (retificadora PL) 50.000,00</p><p>- Aquisição de Mercadorias à Vista sem Incidência de Tributos</p><p>Exemplo: A entidade comprou mercadorias à vista, no valor de R$ 10.000,00.</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Mercadorias (ativo) 10.000,00</p><p>C – Caixa (ativo) 10.000,00</p><p>Estamos debitando a conta mercadorias, afinal, está entrando mercadoria na</p><p>empresa (e ativo aumenta a débito), e creditando a conta caixa já que está saindo</p><p>dinheiro desta fonte de recursos.</p><p>- Aquisição de Mercadorias à Prazo sem Incidência de Tributos</p><p>Exemplo: A entidade comprou mercadorias a prazo, com fornecedores, no valor de</p><p>R$ 20.000,00. Lançamentos:</p><p>D – Mercadorias (ativo) 20.000,00</p><p>C – Fornecedores (passivo) 20.000,00</p><p>A conta fornecedora será sempre uma conta de passivo para registrar as</p><p>compras de mercadorias realizadas a prazo.</p><p>- Integralização do Capital Social com Terrenos e Veículos</p><p>Exemplo: Os dois sócios faltantes integralizaram sua parte do capital social. Um deles</p><p>com um terreno, no valor de R$ 25.000,00. O outro com um veículo, financiado, cujo</p><p>valor era R$ 30.000,00, mas ainda há saldo a pagar de R$ 5.000,00.</p><p>Atendendo ao Princípio da Entidade, os bens e também a dívida que está sobre o</p><p>veículo, são transferidos para a entidade que está se formando. Vejam que importante.</p><p>Lançamentos:</p><p>• Sócio que integralizou terreno:</p><p>D – Terrenos (ativo) 25.000,00</p><p>C – Capital social a integralizar (patrimônio líquido) 25.000,00</p><p>• Sócio que integralizou com</p><p>veículo:</p><p>D – Veículos (ativo) 30.000,00</p><p>C – Capital social a integralizar (patrimônio líquido) 25.000,00</p><p>C – Financiamentos a pagar (passivo) 5.000,00</p><p>Atenção especial ao segundo lançamento! Neste caso, o veículo entregue foi</p><p>avaliado em R$ 30.000,00. Porém, R$ 5.000,00 são dívidas que o sócio possui</p><p>referentes ao veículo.</p><p>Devemos lançar o veículo no ativo, afinal é um bem. A conta capital social a</p><p>integralizar está diminuindo, já que o sócio está quitando a sua obrigação de</p><p>realizar o capital social. Além disso, está transferindo R$ 5.000,00 em dívidas,</p><p>valor que será registrado em conta de passivo.</p><p>- Venda de Mercadorias à Vista sem Incidência de Tributos</p><p>Exemplo: Venda das primeiras mercadorias adquiridas, por R$ 25.000,00, à vista,</p><p>sem incidência de tributos.</p><p>Como regra, atendendo ao princípio da competência, a receita é reconhecida</p><p>quando a mercadoria for entregue. Assim, temos o seguinte: estamos vendendo</p><p>mercadoria. Isso gera receita!</p><p>Agora, precisamos saber que essa mercadoria teve um custo, certo? O confronto</p><p>entre as receitas e o custo da mercadoria vendida e as despesas geradas com</p><p>vendas é feito na demonstração do resultado do exercício.</p><p>Resumidamente: R$ 25.000,00 – R$ 10.000,00 (valor da aquisição) = R$ 15.000,00</p><p>(lucro apurado na operação).</p><p>Vamos fazer a contabilização dessa venda? São dois passos:</p><p>Lançamentos:</p><p>• Pelo reconhecimento da receita:</p><p>D – Caixa (ativo) 25.000,00</p><p>C – Receita de vendas (resultado) 25.000,00</p><p>• Pela baixa da mercadoria no estoque:</p><p>D – Custo da mercadoria vendida (despesa) 10.000,00</p><p>C – Mercadorias (ativo) 10.000,00</p><p>No primeiro lançamento, como está entrando dinheiro no caixa, aumentamos o</p><p>ativo por meio de débito. A contrapartida será a conta receita de vendas, que é</p><p>creditada.</p><p>No segundo lançamento, devemos lançar o custo da mercadoria vendida, que,</p><p>embora leve este nome, é uma conta de despesa, pois um ativo está sendo</p><p>“consumido” pela venda. A contrapartida do custo da mercadoria vendida (CMV)</p><p>é a conta mercadorias (creditada, diminuindo o estoque), afinal, a mercadoria</p><p>está sendo baixada do estoque.</p><p>- Venda de Mercadorias à Prazo sem Incidência de Tributos</p><p>Exemplo: Venda das mercadorias adquiridas por R$ 20.000,00, a prazo, pelo valor</p><p>de R$ 50.000,00. Uma vez que a venda se deu a prazo, temos de saber que haverá,</p><p>nesta hipótese, a existência de uma das seguintes contas: duplicatas a receber,</p><p>clientes, E como essas contas se comportarão? Ora, se estamos vendendo a prazo,</p><p>estamos criando um direito (portanto, um ativo), o qual deverá ser debitado (ativo</p><p>aumenta a débito). A contrapartida será uma conta de receita.</p><p>Lançamentos:</p><p>1. Pelo reconhecimento da receita:</p><p>D – Clientes (ativo) 50.000,00</p><p>C – Receita de vendas (resultado) 50.000,00</p><p>2. Pela baixa das mercadorias</p><p>D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 20.000,00</p><p>C – Mercadorias (ativo) 20.000,00</p><p>- Entrada de Sócio da Empresa, com Ágio na Emissão de Ações</p><p>Exemplo: Uma vez que a sociedade em tela tinha perspectiva promissora no</p><p>mercado, o sócio Z ingressou no quadro de acionistas, pagando R$ 150.000,00, por</p><p>ações que tinham valor de R$ 100.000,00.</p><p>Esta é a hipótese prevista na Lei 6404/76 (LSA) conhecida como ágio na emissão</p><p>de ações. Vejam que ele pagou R$ 50.000,00 a mais pelas ações do que o valor</p><p>nominal. Segundo a LSA, o nome técnico para esse excesso pago é reserva de</p><p>capital. Como regra, as ações são registradas pelo seu valor nominal que é a razão</p><p>entre o Capital Social e o número de ações:</p><p>Teoricamente, se a empresa obteve um ganho nessa operação, parecido como o</p><p>que ocorre em uma venda, o aluno pensaria que esse valor a mais se trataria de</p><p>uma receita. Correto? Mas não!</p><p>Vamos pedir para vocês anotarem um bizu: transações de capital da empresa com</p><p>seus sócios, como por exemplo, emissão de novas ações, aquisições de ações</p><p>da própria entidade NÃO representam receitas tampouco despesas, mas são</p><p>lançadas DIRETAMENTE NO PATRIMÔNIO LÍQUIDO. Então, agora você conhece</p><p>mais uma conta que integra o Patrimônio Líquido: Reservas de Capital.</p><p>Vejamos agora, os lançamentos:</p><p>D – Caixa (ativo) 150.000,00</p><p>C – Capital social (Patrimônio líquido) 100.000,00</p><p>C – Reserva de capital – Ágio na emissão de ações (PL) 50.000,00</p><p>- Reconhecimento de Depreciação do Veículo</p><p>Exemplo: O veículo tem vida útil de 5 anos, sem valor residual. A empresa reconheceu</p><p>a despesa de depreciação anual.</p><p>Os ativos imobilizados (veículos, equipamentos), aqueles utilizados nas</p><p>atividades fins da entidade, sofrem desgaste pela ação do tempo, pelo uso, pela</p><p>obsolescência. Como a contabilidade deve refletir ao máximo a situação</p><p>econômica e financeira da entidade, devemos reconhecer a redução do valor do</p><p>ativo. Essa redução é conhecida como depreciação. Para reconhecer a</p><p>depreciação, faremos o lançamento seguinte:</p><p>Portanto, como o veículo tem valor de aquisição de R$ 30.000,00 e vida útil de 5 anos,</p><p>podemos, por meio de regra de três simples encontrar o percentual de depreciação</p><p>de 20% ao ano.</p><p>Calculemos:</p><p>Se deprecia 100% em 5 anos</p><p>Deprecia X% em 1 ano</p><p>Como reconhecer a depreciação?</p><p>- Debitamos a conta despesa de depreciação, já que está havendo uma perda, por</p><p>causa da desvalorização do ativo.</p><p>- Creditamos a conta depreciação acumulada, que vai ser retificadora do ativo,</p><p>diminuindo o saldo contábil do ativo.</p><p>X = 20%</p><p>Logo, 20% x 30.000,00 = R$ 6.000,00</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Despesa de depreciação (resultado) 6.000,00</p><p>C – Depreciação acumulada (retificadora do ativo) 6.000,00</p><p>- Adiantamento a Fornecedores</p><p>Exemplo: A empresa faz adiantamento de R$ 15.000,00 a um fornecedor, para</p><p>recebimento de mercadoria que será produzida e entregue no prazo de 1 mês.</p><p>Sabemos que, na contabilidade, a mercadoria somente será reconhecida no</p><p>estoque quando entrar no estabelecimento do comprador, o que chamamos de</p><p>tradição.</p><p>Quando houver o adiantamento a fornecedores vamos tirar o dinheiro do caixa</p><p>(diminuindo o ativo a crédito) e debitaremos a conta de ativo, chamada</p><p>adiantamento a fornecedores. Por quê?</p><p>Pois temos um direito, a saber, o de receber as mercadorias na data estipulada no</p><p>contrato de compra e venda. Vejamos:</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Adiantamento a fornecedores (ativo) 15.000,00</p><p>C – Caixa (ativo) 15.000,00</p><p>- Entrega de Mercadorias Relativas ao Adiantamento a Fornecedores</p><p>Exemplo: Passado o período estipulado no contrato, as mercadorias foram entregues.</p><p>Uma vez decorrido o prazo, os fornecedores entregaram os produtos.</p><p>Agora sim vamos dar entrada nas mercadorias no estoque, em contrapartida,</p><p>vamos baixar os direitos decorrentes do adiantamento. Lançamentos:</p><p>D – Mercadorias (ativo) 15.000,00</p><p>C – Adiantamento a fornecedores (ativo) 15.000,00</p><p>- Reconhecimento de Despesa de Aluguel</p><p>Exemplo: A empresa firmou contrato de aluguel de determinado prédio, no valor de</p><p>R$ 60.000,00 por ano, sem realizar qualquer adiantamento. Passado o transcurso</p><p>do primeiro mês, a empresa apropriou o aluguel, no valor de R$ 5.000,00. O</p><p>pagamento será feito posteriormente.</p><p>Caro aluno, a Contabilidade possui um vocabulário bem peculiar e, aos poucos, a</p><p>gente precisa se acostumar com ele, ok? Quando dizemos que a empresa</p><p>APROPRIOU o aluguel, precisamos entender que o FATO GERADOR DA</p><p>DESPESA COM ALUGUEL ACONTECEU.</p><p>Apropriar ou Incorrer ou Transcorrer uma despesa ou uma receita significa que o fato</p><p>gerador ocorreu e, de acordo com o Regime de Competência, temos que</p><p>reconhecer o efeito no resultado, independente do pagamento ou recebimento.</p><p>Portanto, no nosso lançamento, teremos de reconhecer uma despesa de aluguel</p><p>mensalmente, ainda que o pagamento seja feito posteriormente. Vamos aprender a</p><p>contabilizar a despesa com aluguel?</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Despesas de aluguel (resultado) 5.000,00</p><p>C – Aluguéis a pagar (passivo) 5.000,00</p><p>- Pagamento</p><p>dos Fornecedores com Desconto Financeiro</p><p>Exemplo: Pagamento da dívida com fornecedores (de R$ 20.000,00), com desconto</p><p>obtido de R$ 5.000,00.</p><p>Imaginem a seguinte situação! Temos uma dívida com os fornecedores no valor de R$</p><p>20.000,00 para ser quitada em 90 dias. Este é o valor da nossa obrigação, correto?</p><p>Porém, sobrou uma graninha no caixa e decidimos ANTECIPAR o pagamento da</p><p>dívida. Em virtude disso, foi concedido um desconto financeiro (ou também</p><p>chamado desconto condicional) no valor de R$ 5.000,00, havendo um</p><p>desembolso de R$ 15.000,00 para liquidar a obrigação.</p><p>Na Contabilidade, temos basicamente dois tipos de desconto: desconto financeiro</p><p>(CONDICIONAL) ou desconto comercial (INCONDICIONAL). O desconto</p><p>COMERCIAL ou INCONDICIONAL é aquele concedido NO MOMENTO DA</p><p>NEGOCIAÇÃO, dado para aquele cliente “chorão”.</p><p>Por exemplo: o valor da mercadoria é R$ 1.000, mas o cliente fala que vai pagar à</p><p>vista, ou vai comprar uma quantidade maior de produtos, e NA HORA de fechar o</p><p>negócio, consegue uma redução e compra a mercadoria por 900. Esse é o desconto</p><p>incondicional, ou desconto comercial. Dado no momento da negociação.</p><p>Para quem concede esse desconto ele pode ser contabilizado como uma</p><p>despesa que reduz a receita de vendas. Então, no nosso exemplo, quem efetuou a</p><p>venda iria registrar uma receita de vendas de 1.000 e uma despesa com desconto</p><p>comercial ou incondicional concedido de 100.</p><p>Lançamento:</p><p>D – Bancos (ativo) 900,00</p><p>D – Descontos incondicional concedidos (resultado) 100,00</p><p>C – Receita de Vendas (resultado) 1.000,00</p><p>O desconto incondicional não é despesa financeira! Muito cuidado, trata-se de</p><p>dedução da receita bruta de vendas, apresentada no início da demonstração do</p><p>resultado do exercício.</p><p>Quem obtém esse desconto não precisa contabilizá-lo, não representa uma</p><p>receita. No exemplo da venda de mercadorias, o adquirente irá registrar a mercadoria</p><p>por 900, simples assim:</p><p>Lançamento:</p><p>D – Estoque (ativo) 900,00</p><p>C – Bancos (ativo) 900,00</p><p>Por sua vez, o desconto condicional ou desconto financeiro é aquele que</p><p>depende de determinada condição a ser cumprida pelo cliente, como, por</p><p>exemplo, a quitação antecipada de título de crédito, recebendo um desconto de 10%.</p><p>Esse desconto é concedido em MOMENTO POSTERIOR À NEGOCIAÇÃO.</p><p>Anotem esse bizu.</p><p>A condição para que se aufira o bônus é que o cliente antecipe o pagamento.</p><p>Não o fazendo, não receberá. No caso de venda de mercadorias a prazo, por exemplo,</p><p>o desconto financeiro é aquele concedido APÓS A SAÍDA DA MERCADORIA DO</p><p>ESTABELECIMENTO.</p><p>Usando o nosso exemplo original, vamos fazer a contabilização:</p><p>Pagamento da dívida com fornecedores (de R$ 20.000,00), com desconto obtido de</p><p>R$ 5.000,00. Como está havendo uma espécie de “ganho”, já que esperávamos</p><p>desembolsar uma quantia de R$ 20.000,00 e necessitaremos somente de R$</p><p>15.000,00 para liquidar, vamos reconhecer uma receita no valor de R$ 5.000,00.</p><p>No geral, as receitas decorrem de aumento de ativos, mas aqui vemos um caso</p><p>que a redução de um passivo é fato gerador de receita. O lançamento é feito do</p><p>seguinte modo:</p><p>D – Fornecedores (passivo) 20.000,00</p><p>C – Caixa (ativo) 15.000,00</p><p>C – Descontos Financeiro obtido (resultado) 5.000,00</p><p>- Adiantamento de Cliente</p><p>Exemplo: O cliente João adiantou à sociedade o valor de R$ 30.000,00, por</p><p>mercadorias que receberá futuramente. Ele efetuou a compra relativa a todas as</p><p>mercadorias existentes no estoque (custo: R$ 15.000,00).</p><p>Nesta hipótese, temos de pensar o seguinte: já houve entrega das mercadorias?</p><p>Não! Portanto, não há que ser dado baixa no estoque enquanto este fato não</p><p>acontecer. Tampouco, faremos o reconhecimento da receita de vendas.</p><p>O que faremos, quando do recebimento do adiantamento, é debitar a conta caixa</p><p>(aumentando o ativo). A contrapartida será uma conta de obrigação, a qual será</p><p>creditada. Por que obrigação? Ora, passamos a ter uma obrigação com o cliente, qual</p><p>seja, a de entregar a mercadoria na data estipulada no contrato de compra e venda.</p><p>Assim, efetuaremos o seguinte lançamento:</p><p>• Pelo recebimento do adiantamento:</p><p>D – Caixa (Ativo) 30.000,00</p><p>C – Adiantamento de clientes (Passivo) 30.000,00</p><p>- Entrega das Mercadorias Relativas ao Adiantamento</p><p>Exemplo: Transcorrido o prazo, as mercadorias foram entregues aos clientes. Agora,</p><p>sim; uma vez que as mercadorias foram entregues ao cliente, devemos:</p><p>- Reconhecer uma receita de venda.</p><p>- Dar baixa na mercadoria do estoque;</p><p>- Reconhecer o custo da mercadoria vendida.</p><p>Lançamentos:</p><p>1. Pelo reconhecimento da receita de vendas:</p><p>D – Adiantamento de clientes (passivo) 30.000,00</p><p>C – Receita de vendas (resultado) 30.000,00</p><p>2. Pela baixa no estoque:</p><p>D – Custo da mercadoria vendida (resultado) 15.000,00</p><p>C – Mercadorias (ativo) 15.000,00</p><p>- Pagamento Antecipado de Despesa com Seguro</p><p>Exemplo: A empresa efetuou o pagamento antecipado das despesas de seguro do</p><p>veículo para 12 meses, no valor de R$ 12.000,00. Passado um mês do pagamento,</p><p>foi reconhecida a primeira despesa de seguro.</p><p>Vamos raciocinar um pouco. Estamos pagando a contratação de seguro hoje. A</p><p>prestação de serviço se dá no momento do pagamento ou ao longo do período</p><p>contratado? Ao longo do período contratado (geralmente ano).</p><p>Se vamos CONSUMIR O SERVIÇO DA COBERTURA DO SEGURO DURANTE</p><p>TODO ANO, não podemos reconhecer a despesa totalmente no momento do</p><p>pagamento. Temos que fazer esse reconhecimento aos poucos.</p><p>Então, ao efetuar o pagamento antecipado de uma despesa, seja ela de seguros, de</p><p>aluguel, de assinatura de periódico, de salários ou qualquer outra coisa, devemos:</p><p>Lançamentos:</p><p>1 – Pelo pagamento:</p><p>D – Despesas antecipadas – Seguros (ativo circulante) 12.000,00</p><p>C – Caixa (ativo circulante) 12.000,00</p><p>2 – Pelo reconhecimento do primeiro mês do seguro:</p><p>D – Despesa de seguros (resultado) 1.000,00</p><p>C – Despesas antecipadas – Seguros (ativo circulante) 1.000,00</p><p>Se o seguro é de 12.000 para todo o ano, de maneira linear, podemos contabilizar</p><p>12.000/12 = 1.000 de despesa por mês.</p><p>Lançamentos relativos a despesas antecipadas:</p><p>1 – No momento do pagamento: Debita a conta despesas antecipadas (direito do</p><p>ativo, portanto, aumentando este grupo) e credita a conta disponível – caixa ou</p><p>bancos, já que está saindo dinheiro para o pagamento.</p><p>2 – Com o transcurso do tempo: Debita a conta despesa (despesa de seguros,</p><p>de aluguel etc.) e credita a conta despesa antecipada (reduzindo o valor do direito</p><p>conforme o tempo vai passando).</p><p>- Reconhecimento de Perdas Estimadas com Clientes</p><p>Exemplo: do total de valores a receber de clientes, a empresa estima que irá ter uma</p><p>perda no valor de 10%, em virtude de inadimplência.</p><p>Sabemos que quase todas as empresas, para sobreviver no mercado, precisam</p><p>realizar vendas a prazo. Ao mesmo tempo, sabemos que nem todas as vendas a prazo</p><p>são liquidadas. Existe o que costumeiramente chamamos de calote. Assim,</p><p>devemos fazer um ajuste na conta duplicatas a receber/clientes, com base na</p><p>melhor estimativa disponível, para reconhecer as possíveis perdas.</p><p>Com base em uma ESTIMATIVA VÁLIDA, FUNDAMENTADA, vamos lançar uma</p><p>conta a despesa de resultado (despesa com perdas estimadas com clientes) e</p><p>crédito de uma conta retificadora do ativo, que ficará reduzindo as contas a</p><p>receber (perdas estimadas com clientes). No nosso caso, a estimativa será: 10%</p><p>de R$ 50.000,00 = R$ 5.000,00.</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Despesa com perdas estimadas com clientes (Resultado) 5.000,00</p><p>C – Ajuste para perdas estimadas com clientes (Ret. Ativo) 5.000,00</p><p>- Clientes Liquidaram a Dívida, com Desconto Concedido pela Empresa</p><p>Exemplo: Cliente liquidou a obrigação de R$ 50.000,00, obtendo um desconto de</p><p>10%, pelo pagamento antecipado.</p><p>Descontos concedidos! Aqui vale uma nota interessante. Neste caso, a empresa</p><p>está oferecendo desconto. Assim, tínhamos estimado que receberíamos</p><p>R$</p><p>50.000,00, mas, em verdade, para atrair mais rapidamente o dinheiro, oferecemos um</p><p>desconto caso o cliente liquide antecipadamente. Esse tipo de desconto, na</p><p>contabilidade, é chamado de desconto condicional ou desconto financeiro.</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Caixa (Ativo) 45.000,00</p><p>D – Descontos financeiros concedidos (Resultado) 5.000,00</p><p>C – Clientes (Ativo) 50.000,00</p><p>- Reversão da Perda Estimada com Clientes</p><p>Tendo em vista que a empresa não teve perda, não faz sentido manter aquela</p><p>estimativa no balanço patrimonial. Nesse caso, devemos fazer a sua reversão.</p><p>Se antes o lançamento havia sido feito com uma despesa na DRE e tendo como</p><p>contrapartida a conta retificadora do ativo, agora, para reverter, temos que zerar a</p><p>conta, registrando como contrapartida uma conta de receita (já que é como se</p><p>empresa tivesse um ganho: ela esperava perder 5.000, mas isso não se concretizou).</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Ajuste para perdas estimadas com clientes (Ret. Ativo) 5.000,00</p><p>C – Reversão da estimativa de Perda (Receita) 5.000,00</p><p>- Ações em Tesouraria</p><p>Exemplo: A entidade efetuou a compra de ações da própria empresa, no valor de R$</p><p>5.000,00.</p><p>Quando a empresa adquire suas próprias ações, o registro é feito na conta de</p><p>Ações em Tesouraria que é retificadora do Patrimônio Líquido (ou seja, diminui o</p><p>saldo da conta PL). Gravem isso.</p><p>Lançamentos:</p><p>D – Ações em tesouraria (Redutora do PL) 5.000,00</p><p>C – Caixa (Ativo) 5.000,00</p><p>- Reconhecimento da Despesa de Salários</p><p>Exemplo: A empresa efetuou o cálculo dos salários dos funcionários do mês, conforme</p><p>o regime de competência, no valor de R$ 7.000,00. O pagamento será feito somente</p><p>no dia 15 do mês subsequente. Aqui, temos de saber o seguinte: o salário deve ser</p><p>reconhecido mês a mês pela empresa como despesa, como propõe o regime de</p><p>competência.</p><p>O lançamento para reconhecer o salário devido no mês é:</p><p>D – Despesas de salários (Resultado) 7.000,00</p><p>C – Salários a pagar (Passivo) 7.000,00</p><p>Posteriormente, quando o salário for pago, é lançado:</p><p>D – Salários a pagar (Passivo) xx</p><p>C – Disponível (Caixa ou bancos – Ativo) xx</p><p>- Reconhecimento de Dividendos</p><p>Exemplo: A empresa efetuou o reconhecimento e o pagamento de dividendos, no valor</p><p>de 50% do lucro do exercício.</p><p>- Dividendos: é uma espécie de remuneração do capital empregado pelos sócios</p><p>na empresa. Nada tem a ver com a participação dos sócios com trabalho nas</p><p>atividades da empresa. Se, por exemplo, o estatuto de determinada companhia prevê</p><p>que 50% do lucro será destinado ao pagamento de dividendos e o lucro foi de R$</p><p>41.000,00, então, temos que R$ 20.500,00 serão pagos a todos aqueles que tenham</p><p>participação no capital da entidade, de acordo com as normas ali previstas, mesmo</p><p>que não tenham vinculação alguma empregatícia com a entidade.</p><p>Os dividendos não são considerados como despesa na demonstração do</p><p>resultado do exercício, justamente porque são transações com os sócios e</p><p>representam a distribuição do lucro já apurado na DRE. Para sua contabilização,</p><p>primeiro apuramos o valor do lucro do exercício (cálculo este feito na DRE). Depois</p><p>disso, transferimos esse lucro para o PL (pois o lucro faz parte do capital próprio da</p><p>empresa).</p><p>Lançamento:</p><p>D – Lucro do exercício (apuração DRE) 41.000,00</p><p>C – Lucros acumulados (aumentando o PL) 41.000,00</p><p>Feito isso, subtraímos o valor do dividendo (reduzindo a conta lucros acumulados) e</p><p>criamos uma conta de passivo, uma obrigação a pagar para os sócios, chamada</p><p>dividendos a pagar.</p><p>Fica assim:</p><p>D – Lucros acumulados (diminuindo o PL) 20.500,00</p><p>C – Dividendos a pagar (aumentando o passivo) 20.500,00</p><p>Quando houver o pagamento destes valores aos sócios, lançamos:</p><p>D – Dividendos a pagar (liquidando a obrigação) 20.500,00</p><p>C – Caixa (diminuindo o ativo) 20.500,00</p><p>“A destinação de lucro para dividendos a pagar gera diminuição do Patrimônio</p><p>Líquido, mas não é uma despesa do exercício.”</p><p>Portanto, todos os nossos razonetes ficam assim:</p><p>As demonstrações contábeis, por fim, ficarão assim:</p><p>APURAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO</p><p>DESPESAS RECEITAS</p><p>Custo da Mercadoria Vendida 45.000,00</p><p>Despesa de depreciação 6.000,00</p><p>Despesa de aluguel 5.000,00</p><p>Despesa de seguro 1.000,00</p><p>Despesa com perda estim. Clientes 5.000,00</p><p>Descontos financeiros concedidos 5.000,00</p><p>Despesa de salários 7.000,00</p><p>Receita de vendas 105.000,00</p><p>Descontos obtidos 5.000,00</p><p>Reversão da estimativa de perda 5.000,00</p><p>Total 74.000,00 Total 115.000,00</p><p>LUCRO DO PERÍODO (115.000,00 – 74.000,00) = 41.000,00</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa 222.500,00</p><p>Despesa Antecipada 11.000,00</p><p>Terrenos 25.000,00</p><p>Veículos 30.000,00</p><p>(-) Depreciação acumulada -6.000,00</p><p>Financiamento a pagar 5.000,00</p><p>Aluguéis a pagar 5.000,00</p><p>Salários a pagar 7.000,00</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Social 200.000,00</p><p>Reserva de Capital 50.000,00</p><p>Lucros Acumulados 20.500,00</p><p>(-) Ações em tesouraria -5.000,00</p><p>Total do Ativo 282.500,00 Total do Passivo + PL 282.500,00</p><p>Regras sobre a Elaboração e Publicação dos Relatórios Contábeis</p><p>O intervalo de tempo ao qual as demonstrações contábeis se referem é</p><p>chamado de exercício social. Para a LSA o exercício social terá duração de 1</p><p>(um) ano e a data do término será fixada no estatuto (LSA, art. 175). Na</p><p>constituição da companhia e nos casos de alteração estatutária o exercício social</p><p>poderá ter duração diversa (LSA, art. 175, parágrafo único).</p><p>Assim, se a companhia foi constituída regularmente e a data do término foi</p><p>fixada em 31 de março, o exercício social terá a duração de 01 de abril a 31 de março.</p><p>Imagine-se que esta sociedade foi instituída em 01 de janeiro de X0. Vejam que a lei</p><p>não determinou se o primeiro exercício social deverá durar apenas 3 meses ou se,</p><p>alternativamente, poderá durar pelo período de 15 meses.</p><p>Não há exigência de que o exercício social se inicie em 01 de janeiro e</p><p>termine em 31 de dezembro. Entretanto, por questões fiscais, é muito difícil que</p><p>na prática as sociedades adotem data diferente.</p><p>Questões Unidade IV</p><p>1. Uma sociedade empresária apresentava os seguintes saldos em 31/12/X0:</p><p>Disponibilidades: R$ 10.000,00</p><p>Estoques: R$ 15.000,00</p><p>Contas a receber de clientes: R$ 20.000,00</p><p>Terrenos: R$ 40.000,00</p><p>Empréstimos obtidos: R$ 12.000,00</p><p>Fornecedores: R$ 14.000,00</p><p>Salários a pagar: R$ 7.000,00</p><p>Com base nos saldos, assinale a opção que indica o patrimônio líquido da sociedade</p><p>empresária em 31/12/x0:</p><p>a) R$ 52.000</p><p>b) R$ 76.000</p><p>c) R$ 85.000</p><p>d) R$ 104.000</p><p>e) R$ 118.000</p><p>Comentários:</p><p>• Disponibilidades: R$10.000; (Ativo Circulante)</p><p>• Estoques: R$15.000; (Ativo Circulante)</p><p>• Contas a receber de clientes; R$20.000; (Ativo Circulante)</p><p>• Terrenos: R$40.000; (Ativo Não Circulante - Imobilizado)</p><p>• Empréstimos obtidos: R$12.000; (Passivo Circulante)</p><p>• Fornecedores: R$14.000; (Passivo Circulante)</p><p>• Salários a pagar: R$7.000. (Passivo Circulante)</p><p>PL = Ativo - Passivo = 10.000 + 15.000 + 20.000 + 40.000 - 12.000 - 14.000 - 7.000</p><p>= 52.000,00. Gabarito: A.</p><p>2. Um contador chefia a área de Contabilidade de Sociedade Anônima, reportando-se</p><p>ao Diretor Financeiro. Em reunião, esse contador é instado a apresentar determinada</p><p>demonstração</p><p>financeira exigida em lei para análise da diretoria.</p><p>Nos termos da Lei nº 6.404, de 15/12/1976, ao fim de cada exercício social, a diretoria</p><p>fará elaborar, com clareza, e com base na escrituração mercantil da companhia, a</p><p>situação do patrimônio da companhia e as mutações ocorridas no exercício, através</p><p>de uma das seguintes demonstrações financeiras:</p><p>a) previsibilidade dos prejuízos</p><p>b) balanço patrimonial</p><p>c) cálculos de doações</p><p>d) projeções dos lucros</p><p>e) demonstração de entrada de receitas</p><p>Comentários:</p><p>A assertiva está de acordo com o seguinte dispositivo da Lei nº 6.404/76. Vejamos:</p><p>LEI No 6.404, DE 15 DE DEZEMBRO DE 1976.</p><p>Art. 176. Ao fim de cada exercício social, a diretoria fará elaborar, com base na</p><p>escrituração mercantil da companhia, as seguintes demonstrações financeiras, que</p><p>deverão exprimir com clareza a situação do patrimônio da companhia e as mutações</p><p>ocorridas no exercício:</p><p>I - balanço patrimonial;</p><p>II - demonstração dos lucros ou prejuízos acumulados;</p><p>III - demonstração do resultado do exercício; e</p><p>IV – demonstração dos fluxos de caixa; e</p><p>V – se companhia aberta, demonstração do valor adicionado. Gabarito: B.</p><p>3. A empresa Vendinhas apresentou os seguintes saldos, no final de 2020:</p><p>- Receita: R$55.000,00</p><p>- Deduções de Vendas: R$5.000,00</p><p>- Custo das mercadorias vendidas: R$23.000,00</p><p>- Despesas operacionais: R$7.000,00</p><p>Considerando os dados, acima, qual o resultado do exercício?</p><p>http://legislacao.planalto.gov.br/legisla/legislacao.nsf/Viw_Identificacao/lei%206.404-1976?OpenDocument</p><p>a) R$ 27.000,00</p><p>b) R$ 20.000,00</p><p>c) R$ 22.000,00</p><p>d) R$ 32.000,00</p><p>e) R$ 28.000,00</p><p>Comentários:</p><p>Vamos calcular o resultado do período:</p><p>• Receita 55.000,00</p><p>• (-) deduções da receita bruta = 5.000,00</p><p>• Receita Líquida = 50.000,00</p><p>• (-) CMV = 23.000,00</p><p>• Lucro Bruto = 50.000 − 23.000 = 27.000,00.</p><p>• (-) Despesas = 7.000,00</p><p>• Resultado = 27.000−7.000 = 20.000,00. Gabarito B.</p><p>Considerações Finais</p><p>Chegamos ao término do nosso módulo de Contabilidade Geral. A partir do</p><p>conteúdo trabalhado no material em PDF e das aulas em vídeo, foi possível</p><p>compreender a importância da contabilidade para a gestão das organizações.</p><p>Procuramos mostrar através de uma didática simples e direta conceitos básicos</p><p>utilizados pela Ciência Contábil a fim de preparar o aluno para entender e registrar</p><p>qualquer operação econômico-financeira efetuada por uma entidade.</p><p>Nosso objetivo nesse curso foi o de ensinar noções introdutórias de</p><p>contabilidade, em especial de escrituração contábil. Foi com esse propósito que</p><p>iniciamos nosso curso, estudando o patrimônio, sua composição, qualitativa e</p><p>quantitativa, sua forma de representação, gráfico patrimonial, e as origens e</p><p>aplicações dos recursos que envolvem esse patrimônio, afinal, como vimos em aula,</p><p>o patrimônio é o objeto de estudo da contabilidade.</p><p>A contabilidade é fundamental para a gestão empresarial, pois é por meio dela</p><p>que os gestores têm acesso a informações precisas e confiáveis para uma gestão</p><p>financeira eficiente e para a tomada de decisões estratégicas. Além de garantir a</p><p>segurança jurídica. E assim concluímos nosso módulo de contabilidade geral, foi um</p><p>prazer está com vocês. Nos encontramos em uma próxima oportunidade. Até breve.</p><p>Referências</p><p>Livro: Contabilidade Básica Fácil. Autor: Osni Moura Ribeiro. 27ª Edição.</p><p>Livro: Contabilidade Geral Fácil. Autor: Osni Moura Ribeiro. 9ª Edição.</p><p>Contabilidade Intermediária. Autor: Osni Moura Ribeiro.</p><p>Livro: Contabilidade Básica. Autor: José Carlos Marion.</p><p>Além disso, percebam que estamos usando o termo “entidade” e não</p><p>empresas, pois não são apenas as sociedades empresárias que são estudadas pela</p><p>nossa ciência. Pessoas Físicas, Órgãos Públicos também podem ser campo de</p><p>aplicação da Contabilidade.</p><p>O campo de aplicação da Contabilidade são as AZIENDAS. Por azienda</p><p>devemos entender o patrimônio de uma pessoa que é gerido de maneira organizada.</p><p>A Contabilidade se aplica tanto a entidades que tenham fins lucrativos (empresários),</p><p>como entidades que não tenham finalidade lucrativa (União, Estados, associações,</p><p>por exemplo).</p><p>A doutrina costuma classificar a azienda, quanto ao fim a que se destina, em</p><p>três tipos, a saber:</p><p>1) azienda econômica: Como, por exemplo, as empresas. Objetivo de lucro.</p><p>2) aziendas econômico-sociais: São exemplo as associações, cuja sobra</p><p>líquida é destinada a outros fins que não a remuneração do capital empregado.</p><p>3) aziendas sociais: Não possui escopo lucrativo, tal como a União, Estados,</p><p>Municípios.</p><p>Patrimônio</p><p>Bens</p><p>Direitos</p><p>Obrigações</p><p>Dica: Azienda lembra “fazenda”, não é mesmo? E fazenda combina “com campo”!</p><p>Hahaha. Olha aí um bizu para vocês não esquecerem mais disso!</p><p>Aplicação, Finalidade e Usuários da Contabilidade</p><p>A finalidade principal da ciência contábil, que algumas vezes pode também ser</p><p>chamada de objetivo, é fornecer informações sobre a situação patrimonial e</p><p>financeira da entidade para os seus USUÁRIOS.</p><p>As demonstrações contábeis, conceito que será melhor apresentado, são</p><p>preparadas e apresentadas para usuários externos em geral, tendo em vista suas</p><p>finalidades distintas e necessidades diversas.</p><p>Os usuários das demonstrações contábeis podem ser externos ou</p><p>internos, conforme tenham ou não ligação e acesso às informações da a entidade</p><p>que as reporta. Assim sendo, um empregado de hierarquia inferior ou um sócio</p><p>minoritário, mesmo sendo “de dentro” da empresa, não tem livre acesso às</p><p>informações contábeis da empresa. Deve aguardar que sejam externadas. Nesse</p><p>caso, são considerados usuários EXTERNOS.</p><p>Usuários Internos: Alta e Média Gerência da empresa; Conselho de</p><p>Administração; Acionistas Controladores. Estão preocupados com o retorno dos seus</p><p>investimentos, continuidade da empresa, decisões em nível estratégico.</p><p>Usuários Externos: Empregados; Investidores; Credores por empréstimos;</p><p>Fornecedores; Clientes; Governo e suas agencias.</p><p>Assim, em que pese estarmos dizendo que os usuários podem ser externos ou</p><p>internos, há também aqueles que são os usuários PRINCIPAIS, ou seja, aqueles a</p><p>quem as demonstrações contábeis se destinam principalmente.</p><p>Os usuários principais são aqueles que não podem exigir à entidade</p><p>informações diretamente, como nós, pessoas físicas, eu, você, ou alguém que vá</p><p>emprestar dinheiro para a empresa. Esses são os usuários primários.</p><p>Usuário</p><p>Principal da</p><p>Contabilidade</p><p>Não pode exigir</p><p>a informação</p><p>diretamente</p><p>Utiliza relatórios</p><p>financeiros para</p><p>fins gerais</p><p>Fornecer Informações Finalidade da Contabilidade</p><p>Os usuários principais são, essencialmente, os usuários externos, que não</p><p>podem solicitar informações para a empresa. Usam as informações contábeis para a</p><p>tomada de decisão (conceder empréstimo, vender a prazo, comprar ações da</p><p>empresa etc.).</p><p>Funções da Contabilidade</p><p>A Contabilidade tem em sua essência, basicamente, duas funções:</p><p>a) função administrativa: como função administrativa, a contabilidade ajuda</p><p>no controle do patrimônio. A saber, por exemplo, quanto temos de mercadoria em</p><p>estoque, quanto temos de pagar de tributos.</p><p>b) função econômica: a função econômica da contabilidade está atrelada à</p><p>apuração do lucro ou prejuízo da entidade, também conhecido como “RÉDITO”</p><p>ou resultado do exercício. Não tem erro de digitação aqui, haha. É RÉDITO mesmo!</p><p>Tal apuração é feita em uma demonstração específica, chamada</p><p>Demonstração do Resultado do exercício, por meio da comparação entre as</p><p>receitas e despesas. Quando as receitas são maiores que as despesas, temos</p><p>lucro. Caso contrário, prejuízo.</p><p>Representação Contábil do Patrimônio (bens, direitos e obrigações e patrimônio</p><p>líquido)</p><p>Já sabemos que o Patrimônio é o conjunto de bens, direitos e obrigações</p><p>de uma entidade. A partir deste momento, chamaremos o conjunto de bens e direitos</p><p>de ativo, parte positiva do patrimônio. Por seu turno, as obrigações serão chamadas</p><p>de passivo, parte negativa do patrimônio.</p><p>Assim, gravemos:</p><p>Ativo: bens e direitos.</p><p>Função Administrativa</p><p>• Controle do Patrimônio</p><p>Função econômica</p><p>• Apuração do lucro ou prejuízo</p><p>Passivo: obrigações.</p><p>Bens</p><p>Contabilmente, bens são coisas capazes de satisfazer as necessidades</p><p>humanas e que possam ser avaliados em termos monetários. Os bens hoje,</p><p>basicamente, podem ser divididos em bens corpóreos e incorpóreos (os</p><p>chamados ativos intangíveis).</p><p>Portanto, a partir deste momento, sempre que falarmos em bens, temos de</p><p>lembrar que eles integram o grupo do ativo. Guardem esta regra. Os “bens” podem</p><p>receber também as seguintes classificações:</p><p>Bens Numerários: são as “disponibilidades”, ou seja, o dinheiro prontamente</p><p>disponível para uso.</p><p>Bens de Venda: São as mercadorias e produtos destinados à venda.</p><p>Bens de Uso: São os bens usados nas atividades da empresa. Normalmente ficam</p><p>registrados em um grupo chamado de Ativo Imobilizado.</p><p>- Ativos são os bens e direitos da empresa. Assim, quando a empresa compra uma</p><p>máquina para ser usada na produção, está comprando um Ativo.</p><p>- Passivos são as obrigações da empresa. Aquilo que ela tem que pagar. Digamos</p><p>que uma empresa compre uma máquina para usar na produção e irá pagar em 12</p><p>prestações mensais. A máquina (já vimos) é um ativo. A dívida com o fornecedor</p><p>(as 12 prestações que a empresa tem que pagar) é um Passivo.</p><p>- Patrimônio Líquido é a diferença entre os ativos e os passivos de uma</p><p>entidade. Também conhecido como RIQUEZA PRÓPRIA ou SITUAÇÃO LÍQUIDA.</p><p>Imagine que uma empresa decida encerrar suas operações. Se ela vender todos</p><p>os seus ativos e pagar todas as dívidas, o que sobra para os sócios e seu</p><p>patrimônio líquido.</p><p>Bens de Renda: São os bens usados primordialmente para gerar rendas.</p><p>Direitos</p><p>Os direitos são aquelas quantias que nossa entidade tem a receber ou a</p><p>recuperar em negócios jurídicos celebrados com terceiros, tal como uma venda</p><p>a prazo realizada, um adiantamento feito a um fornecedor, um cheque que tenho a</p><p>receber. Os direitos também integram o grupo que estamos chamando de ativo.</p><p>Obrigações</p><p>Resumidamente, são valores que a minha empresa deve a terceiros, tais</p><p>como impostos a pagar, salários a pagar. As obrigações, por seu turno, compõem o</p><p>grupo que chamamos de passivo.</p><p>Patrimônio Líquido</p><p>Patrimônio líquido é a participação residual nos ativos da entidade após a</p><p>dedução de todos os seus passivos.</p><p>Contas Patrimoniais e de Resultado</p><p>Na Contabilidade, conta é o “nome dado aos componentes patrimoniais (bens,</p><p>direitos e obrigações) e de resultado (despesas e receitas)”. De agora em diante,</p><p>quando falarmos em caixa de uma empresa, falaremos em conta caixa. Os registros</p><p>contábeis são feitos através das contas.</p><p>Existem diversas classificações para as contas ou rubricas contábeis de acordo</p><p>com a natureza, nível de detalhamento, itens que registram. Veremos as mais</p><p>importantes.</p><p>Quando analisamos os elementos nelas registrados, as contas podem ser de</p><p>dois tipos: patrimoniais e de resultado.</p><p>Contas Patrimoniais</p><p>As contas patrimoniais são as que representam os bens, direitos, obrigações</p><p>e o patrimônio líquido da entidade. Por exemplo, conta caixa, conta fornecedores,</p><p>conta capital social. Apresentam a chamada ESTÁTICA PATRIMONIAL, ou seja, a</p><p>posição patrimonial e financeira de uma entidade em determinado momento.</p><p>Contas Patrimoniais</p><p>Ativo</p><p>Passivo</p><p>Patrimônio Líquido</p><p>Contas de Resultado</p><p>As contas de</p><p>resultado são as receitas e despesas. Elas não estão no balanço</p><p>patrimonial e servem para saber se a empresa apresentou lucro ou prejuízo.</p><p>Aparecem na demonstração do resultado do exercício. Por exemplo, receita de</p><p>vendas, custo das mercadorias vendidas, ICMS sobre vendas, despesas</p><p>administrativas. Apresentam o caráter dinâmico, isto é a PERFORMACE da entidade</p><p>durante o período analisado.</p><p>Contas de Resultado</p><p>Receita</p><p>Despesa</p><p>Uma característica importante das contas de resultado é que elas têm “vida</p><p>curta”. Como assim, professor? As contas de despesas e receitas têm seus saldos</p><p>encerrados ao final de cada período contábil. Assim sendo, as contas de resultado</p><p>INICIAM E TERMINAM O EXERCÍCIO ZERADAS, ou seja, sem saldo.</p><p>Plano de Contas</p><p>Na contabilidade, conta é o nome dado aos componentes patrimoniais</p><p>(bens, direitos e obrigações) e de resultado (despesas e receitas).</p><p>A seguir será apresentado um resumo com as principais contas utilizados em</p><p>contabilidade:</p><p>CONTAS PATRIMONIAIS</p><p>CONTA DESCRIÇÃO SUMÁRIA</p><p>ATIVO</p><p>Caixa Dinheiro em poder da empresa</p><p>Banco Conta corrente</p><p>Clientes Contas a receber de clientes</p><p>Duplicatas Valores a receber de vendas realizadas</p><p>Contas a receber Outras contas a receber</p><p>Mercadorias Estoque de mercadorias para a venda</p><p>Máquinas Bens pertencentes à empresa</p><p>Veículos Bens pertencentes à empresa</p><p>Imóveis Bens pertencentes à empresa</p><p>Móveis Bens pertencentes à empresa</p><p>Intangível Bens incorpóreos pertencentes à empresa</p><p>PASSIVO</p><p>Fornecedores Valores a paga para fornecedores</p><p>Duplicatas a pagar Valores a pagar de compras realizadas</p><p>Contas a paga Outros valores a pagar</p><p>Impostos a recolher Impostos (IR, ICMS, etc.) a recolher</p><p>Empréstimos Empréstimos a pagar</p><p>Plano de Contas</p><p>Elenco de Contas</p><p>Relação de</p><p>Contas</p><p>Manual de Contas</p><p>Informações</p><p>Minunciosas</p><p>Modelos de</p><p>Demonstrações</p><p>Contábeis</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Social Capital que foi prometido pelos sócios</p><p>Reservas de Lucro Reserva Legal, de Contingência, etc.</p><p>Reserva de Capital Ágio na emissão de ações</p><p>CONTAS DE RESULTADO</p><p>RECEITAS CUSTOS DESPESAS</p><p>- Receitas de Vendas.</p><p>- Receitas Financeiras.</p><p>- Receitas de Aluguel.</p><p>- Receitas de Comissão.</p><p>- Receitas de Serviços.</p><p>-Custo das mercadorias</p><p>vendidas.</p><p>-Custo dos produtos vendidos.</p><p>-Custo dos serviços prestados</p><p>-Despesas Administrativas.</p><p>- Salários e ordenados.</p><p>- Depreciação.</p><p>- Despesa de Frete.</p><p>- Despesas de Aluguel.</p><p>Essas são as principais contas utilizadas. É claro que há uma infinidade de</p><p>outras contas, mas por enquanto, essas ajudarão na compreensão do conteúdo.</p><p>Aspecto Quantitativo e Qualitativo das Contas</p><p>Qualitativo: Consiste em qualificar, dar nomes aos elementos componentes</p><p>dos respectivos relatórios contábeis, permitindo que se conheça a natureza de cada</p><p>conta.</p><p>Quantitativo: Consiste em atribuir, aos respectivos elementos, seus valores</p><p>em moeda.</p><p>Exemplo:</p><p>Classificação Quanto à Natureza</p><p>Quanto à natureza, as contas podem ser classificadas em CONTAS</p><p>DEVEDORAS OU CREDORAS.</p><p>Contas Devedoras representam APLICAÇÕES DE RECURSOS, por isso que</p><p>as contas de Ativo e as contas de Despesas possuem natureza DEVEDORA, isto é,</p><p>GOSTAM de DÉBITO. Estamos APLICANDO RECURSOS em Bens e Direitos, como</p><p>dinheiro em caixa, estoques, máquinas e despesas com salários, por exemplo.</p><p>Por seu turno, as contas CREDORAS representam a ORIGEM dos recursos,</p><p>assim, contas de Passivo, Patrimônio Líquido e as contas de Receitas possuem</p><p>natureza CREDORA, isto é, GOSTAM de CRÉDITO. Uma dívida com fornecedor, ou</p><p>seja, um passivo, é a origem de recursos para poder adquirir uma mercadoria a prazo.</p><p>O Capital Social é a origem de recursos, oriundas dos sócios, para que a empresa</p><p>inicie as suas atividades.</p><p>Para que possamos entender o sentido contábil essas expressões e avançarmos no</p><p>nosso estudo, de maneira objetiva, pedimos que vocês tenham em mente os</p><p>seguintes conceitos:</p><p>Chegamos a um ponto crucial para o entendimento da disciplina. Pedimos aqui o</p><p>seguinte: desvinculem as noções de devedor e credor (falaremos lançamento</p><p>a crédito e lançamento a débito) do sentido comum em que as palavras são</p><p>utilizadas.</p><p>Resumindo:</p><p>Por fim, débito e crédito na Contabilidade, de maneira simples:</p><p>Conta O que são? Exemplo Aumenta Diminui</p><p>Ativo Bens e direitos Caixa Débito Crédito</p><p>Passivo Obrigações Fornecedores Crédito Débito</p><p>Patrimônio Liquido Capital Próprio Capital Social Crédito Débito</p><p>Receitas Vendas Venda</p><p>Mercadorias</p><p>Crédito Débito</p><p>Despesas Consumo de Serviços Despesa com</p><p>salários</p><p>Débito Crédito</p><p>Questões Unidade I</p><p>1. Os registros de operações realizadas em uma empresa têm o objetivo de gerar</p><p>informações úteis para a gestão organizacional. Embora seja fornecida uma</p><p>diversidade de informações nos relatórios contábeis, o objeto da contabilidade é o:</p><p>a) controle de receitas e despesas;</p><p>b) fluxo de caixa das entidades;</p><p>c) lucro das entidades;</p><p>d) patrimônio das entidades;</p><p>e) valor de mercado das entidades.</p><p>Comentários: Por ser uma ciência, a Contabilidade possui objeto de estudo próprio</p><p>que é o patrimônio das entidades. Por patrimônio, entenda o conjunto de seus bens,</p><p>direitos e obrigações. Portanto, o nosso gabarito é “D”.</p><p>2. A contabilidade pode ser definida como uma ciência:</p><p>a) Social, que controla, organiza, estuda e avalia o patrimônio de uma entidade.</p><p>- Se eu debitar uma conta devedora, seu saldo aumenta.</p><p>- Se eu creditar uma conta devedora, seu saldo diminui.</p><p>- Se eu debitar uma conta credora, seu saldo diminui.</p><p>- Se eu creditar uma conta credora, seu saldo aumenta.</p><p>b) Exata, que controla, organiza, estuda e avalia o patrimônio de uma entidade.</p><p>c) Exata especifica, que controla, organiza, estuda e avalia o patrimônio de uma</p><p>entidade.</p><p>d) Humana, que controla, organiza, estuda e avalia o patrimônio de uma entidade.</p><p>e) Nenhuma das alternativas.</p><p>Comentários: A Contabilidade é uma Ciência Social, cujo objeto da contabilidade é o</p><p>patrimônio, que pode ser entendido como o conjunto de bens, direitos e obrigações</p><p>de uma entidade. O gabarito é, portanto, letra a.</p><p>3. O objeto de estudo da Contabilidade é o patrimônio, que é formado pelos ativos e</p><p>passivos. Assinale a afirmativa correta sobre os ativos e os passivos de uma entidade.</p><p>a) Os ativos representam os bens, e os passivos, as obrigações e os direitos.</p><p>b) Os ativos se referem à posição financeira, e os passivos, ao desempenho</p><p>financeiro.</p><p>c) Os ativos são evidenciados em ordem de liquidez, e os passivos, em ordem de</p><p>solvência.</p><p>d) Os ativos são mensurados de acordo com o valor justo, e os passivos, de acordo</p><p>com o custo histórico.</p><p>e) Os ativos mostram como são aplicados os recursos da entidade, e os passivos,</p><p>quais as origens dos recursos.</p><p>Comentários: Os ativos mostram como são aplicados os recursos da entidade, e os</p><p>passivos, quais as origens dos recursos. Correto, esse é o nosso gabarito. O lado</p><p>esquerdo do balanço patrimonial, POR UMA CONVENÇÃO, é chamado de lado</p><p>positivo do balanço patrimonial, apresenta as aplicações de recursos e elenca os bens</p><p>e direitos que estão sob o controle dessa entidade. Por seu turno, o lado direito do</p><p>balanço patrimonial, POR UMA CONVENÇÃO, é chamado de lado negativo do</p><p>balanço patrimonial, apresenta as origens de recursos e elenca as obrigações da</p><p>empresa com seus sócios (Patrimônio Líquido) ou com terceiros (Passivo). O gabarito</p><p>é letra e.</p><p>UNIDADE II</p><p>REGISTROS CONTÁBEIS</p><p>Objetivo: Esta unidade tem como objetivo apresentar os conceitos de técnicas</p><p>contábeis, assim como o detalhamento da escrituração dos fatos administrativos que</p><p>ocorrem nas organizações, por meio de livros contábeis.</p><p>Conceitos de Técnicas Contábeis</p><p>Técnica Contábil significa como o conhecimento contábil é aplicado. São,</p><p>basicamente, quatro as técnicas utilizadas na contabilidade:</p><p>escrituração,</p><p>elaboração das demonstrações contábeis, auditoria e análise das</p><p>demonstrações contábeis.</p><p>Escrituração</p><p>A escrituração é o registro feito por meio de uma metodologia própria dos fatos</p><p>que são relevantes para as entidades ocorridos em determinado PERÍODO</p><p>CONTÁBIL, como por exemplo, compra de mercadorias, pagamento de funcionários.</p><p>Escriturar um fato contábil pode ser chamado também de “contabilizar”.</p><p>Com a finalidade de dar orientação geral para a execução da escrituração, a</p><p>ITG 2000 (R1), prescreve certas formalidades. Vejamos:</p><p>Livros Contábeis e Formas de Registro</p><p>A escrituração é encontrada nos livros contábeis e fiscais. Atualmente, esses</p><p>registros são feitos, quase que totalmente, de forma digital. Mas para fins didáticos,</p><p>A escrituração contábil deve ser executada:</p><p>a) em idioma e em moeda corrente nacionais;</p><p>b) em forma contábil;</p><p>c) em ordem cronológica de dia, mês e ano;</p><p>d) com ausência de espaços em branco, entrelinhas, borrões, rasuras ou</p><p>emendas; e</p><p>e) com base em documentos de origem externa ou interna ou, na sua falta, em</p><p>elementos que comprovem ou evidenciem fatos contábeis.</p><p>em alguns momentos temos que pensar um pouco como isso era feito manualmente,</p><p>ok?</p><p>Livro Diário</p><p>Como o nome indica, o livro diário é um livro que contém o registro de todo</p><p>e cada lançamento em ordem cronológica, fato que nos permite compreender a</p><p>sequência de acontecimentos ocorridos na empresa. Por registrar todos os fatos</p><p>contábeis ele é classificado como um livro principal.</p><p>É obrigatório para a quase que totalidade dos empresários (ressalva-se o</p><p>pequeno empresário previsto na LC 123/2006). O registro de uma operação no livro</p><p>Diário é denominado de “PARTIDA DE DIÁRIO”, ou simplesmente “LANÇAMENTO”.</p><p>De acordo com o Código Civil, serão lançados no Diário o balanço</p><p>patrimonial e o de resultado econômico (DRE), devendo ambos ser assinados por</p><p>técnico em Ciências Contábeis legalmente habilitado e pelo empresário ou sociedade</p><p>empresária. O livro diário e o livro Razão possuem algumas formalidades,</p><p>extrínsecas e intrínsecas, que, atualmente são apresentadas para livros no formato</p><p>não digital e no formato digital:</p><p>Formato Não Digital:</p><p>Formalidades</p><p>Extrínsecas</p><p>Finalidade: Dificultar</p><p>adulteração</p><p>- Deve ser encadernado</p><p>- As folhas devem ser</p><p>numeradas</p><p>- Devem conter termo de</p><p>abertura de encerramento</p><p>Formalidades</p><p>Íntrisecas</p><p>Finalidade: Resguardar a</p><p>fidedignidade dos fatos</p><p>- Deve seguir uma ordem</p><p>cronológica</p><p>- Não deve conter rasuras,</p><p>borrões...</p><p>- A escrituração deve ser feita</p><p>em língua e moeda nacionais</p><p>Formato Digital:</p><p>Formalidade dos livros em formato digital:</p><p>a) serem assinados digitalmente pela entidade e pelo profissional da contabilidade</p><p>regularmente habilitado;</p><p>b) quando exigível por legislação específica, serem autenticados no registro público</p><p>ou entidade competente. (Alterada pela ITG 2000 (R1)).</p><p>Observação: Em caso de escrituração contábil em forma digital, não há</p><p>necessidade de impressão e encadernação em forma de livro, porém o arquivo</p><p>magnético autenticado pelo registro público competente deve ser mantido pela</p><p>entidade.</p><p>Resumindo, o diário é:</p><p>- Obrigatório (exigido pelo Código Civil);</p><p>- Principal (registra todos os fatos contábeis);</p><p>- Comum (para todas as empresas);</p><p>- Cronológico (fatos contábeis registrados em ordem cronológica).</p><p>Livro Razão</p><p>O livro razão é facultativo, principal (isto é, registram todos os fatos) e</p><p>sistemático (leva em conta principalmente a organização das informações). Segundo</p><p>a legislação do IR (Imposto de Renda), os contribuintes sujeitos à apuração do lucro</p><p>real devem escriturar o livro razão. Vejamos um exemplo de lançamento no livro razão:</p><p>Razão Analítico (Exemplo)</p><p>DRA Comércio LTDA Data:</p><p>CNPJ: 00.000.000/0001-00 Período:</p><p>Conta: Banco Conta Movimento – XXXX/SA</p><p>Data Histórico da Operação Débito Crédito Saldo</p><p>01.10.2023 Saldo Inicial 1.000,00 D</p><p>02.10.2023 Depósito 500,00 1.500,00 D</p><p>03.10.2023 Cheque nº xxx 200,00 1.300,00 D</p><p>Totais 500,00 200,00 1.300,00 D</p><p>Esses dois são os principais livros objeto de estudo da contabilidade. Em</p><p>sentido estrito, APENAS O LIVRO DIÁRIO É OBRIGATÓRIO.</p><p>Balancete de Verificação</p><p>O balancete de verificação é um demonstrativo de caráter auxiliar em que</p><p>são relacionadas todas as contas, sejam ela patrimoniais ou de resultado.</p><p>O objetivo desse demonstrativo é verificarmos se foi aplicado</p><p>corretamente o Método das Partidas Dobradas. Gravem isso! Caso haja a</p><p>existência de débito sem crédito correspondente, o balancete irá apresentar.</p><p>Destacamos que as informações necessárias para a elaboração do balancete de</p><p>verificação são oriundas do livro Razão, guardem isso.</p><p>Vale enfatizar que nem todos os erros de escrituração são constatáveis no</p><p>balanço patrimonial. Por exemplo: se a empresa efetuar a venda de mercadorias a</p><p>prazo e, por engano, registrar a entrada de caixa, o balancete de verificação não irá</p><p>apresentar esse erro.</p><p>O balancete de verificação mais comum é o de duas colunas, mas</p><p>encontramos na doutrina modelos com 4, 6 e 8 colunas. Cada um deles apresenta</p><p>mais informações sobre as contas, sendo de exercícios anteriores, saldos devedores</p><p>e credores, e o saldo final. Exemplo:</p><p>Razonetes</p><p>As contas, a partir de agora, serão apresentadas graficamente, por meio no</p><p>chamado razonete. Trata-se de uma simplificação do livro Razão. A título de exemplo,</p><p>mostremos o razonete da conta caixa:</p><p>LIVRO RAZÃO SALDOS</p><p>CONTÁBEIS</p><p>BALANCETE DE</p><p>VERIFICAÇÃO</p><p>Funcionará assim para todas as contas, sejam elas patrimoniais ou de</p><p>resultado: toda vez que desejarmos fazer lançamentos contábeis, devemos “abrir” um</p><p>razonete.</p><p>A conta tem por objetivo representar cada um dos itens contábeis, quer</p><p>patrimoniais, quer de resultado. Embora, as contas sejam representadas da forma</p><p>descrita acima “T”, formalmente, elas são apresentadas em um livro contábil</p><p>chamado de razão.</p><p>Vamos fazer uma análise, por exemplo da conta caixa. Primeiro deve-se</p><p>analisar: a qual grupo pertence a conta caixa? Ao “ativo”, logo, é uma conta de</p><p>natureza devedora, isto é, aumenta a débito, e consequentemente diminui a</p><p>crédito.</p><p>Exemplo:</p><p>- Recebimento de R$ 100,00 em espécie, pela integralização de capital social.</p><p>- Saída de R$ 50,00 referente aquisição de mercadorias.</p><p>- Entrada de R$ 30,00 referente a venda de mercadorias;</p><p>O razonete ficaria assim:</p><p>Método das Partidas Dobradas</p><p>Na contabilidade, o caminho utilizado para se escriturar é o método das</p><p>partidas dobradas. Esse método consiste em considerar que para todo e qualquer</p><p>item que ingressa no patrimônio, há um lugar de onde ele é proveniente. Ou seja,</p><p>não há geração espontânea de patrimônio, mas sim uma origem para todo</p><p>elemento que se aplica no patrimônio, passando a integrá-lo.</p><p>Ao registro de um fato contábil chamamos lançamento. Este é efetuado em</p><p>livros contábeis próprios como o diário, razão, caixa, duplicatas a receber etc.</p><p>Ao conjunto de registros ou lançamentos é que chamamos escrituração. Antes de</p><p>aprendermos a efetuar lançamentos em espécie, devemos entender quando e quais</p><p>contas são lançadas a débito ou a crédito.</p><p>Contas Lançadas a Débito e a Crédito</p><p>É importante relembrarmos para não confundirmos a palavra débito da</p><p>linguagem comum com a utilizada na terminologia contábil. Débito não é algo ruim</p><p>ou bom.</p><p>Débito é uma operação que aumenta o saldo de uma conta devedora e</p><p>diminui o saldo de uma conta credora. Crédito é uma operação que aumenta o</p><p>saldo de uma conta credora e diminui o saldo de uma conta devedora.</p><p>Podemos representar as contas graficamente através de um “T”, chamado de</p><p>razonete. Por uma convenção, o lado esquerdo é sempre o lado do débito, e o lado</p><p>direito é o lado do crédito. Assim:</p><p>APLICAÇÕES</p><p>DE</p><p>RECURSOS</p><p>ORIGEM DE</p><p>RECURSOS</p><p>E o que quer dizer saldo devedor e saldo credor? Simples. Saldo devedor</p><p>significa dizer que o total dos débitos em uma conta supera o total dos créditos.</p><p>Assim, se tenho registrado na conta caixa R$ 1.000,00 em débitos e R$ 600,00 em</p><p>créditos, isto me dá um saldo devedor total de R$ 400,00. Agora, tivéssemos R$</p><p>4.000,00 de créditos na conta fornecedores e R$ 1.000,00 de débitos, o saldo seria</p><p>credor de R$ 3.000,00.</p><p>O saldo poderia também ser nulo, quando os totais dos créditos e dos débitos</p><p>se equivalem. Assim, se a conta caixa aumentar em R$ 500, por causa de um</p><p>recebimento de Duplicatas a Receber, teremos a seguinte alteração no nosso “T”,</p><p>chamado também de razonete:</p><p>Como as contas do ativo têm natureza devedora, elas aumentam quando</p><p>lançamos ali, no lado do débito. Somente isso quer dizer “a conta do ativo tem</p><p>natureza devedora”. Significa dizer que ela aumenta a débito e diminui,</p><p>consequentemente, a crédito.</p><p>Por outro lado, a contas de natureza credora (Passivo, Patrimônio Líquido</p><p>e Receitas) aumentam com lançamentos a crédito e diminuem com lançamentos</p><p>a débito. Observem este balanço patrimonial:</p><p>Regra Geral:</p><p>- As contas do ativo, retificadoras do passivo, retificadoras do PL e as de despesa</p><p>têm natureza devedora.</p><p>- As contas do passivo, PL, retificadoras do ativo e as de receita têm natureza</p><p>credora.</p><p>Equivale a:</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Caixa 300,00</p><p>Mercadorias 200,00</p><p>Fornecedores 200,00</p><p>Capital Social 300,00</p><p>TOTAL 500,00 TOTAL 500,00</p><p>Agora, suponhamos que essa entidade tenha sido constituída por dois sócios,</p><p>que firmaram contrato social criando a pessoa jurídica D.R.A. Eles dispuseram de</p><p>R$ 300 (R$ 150 cada) para dar início às atividades. Esse montante inicial pode ser</p><p>em dinheiro ou em quaisquer bens suscetíveis de avaliação em dinheiro (Lei 6.404/76,</p><p>art. 7º) e é denominado de capital social.</p><p>Vamos analisar a situação: o Caixa aumentou (passou de zero para R$ 300).</p><p>A conta Caixa é uma conta do Ativo e tem natureza devedora. Se o saldo da conta</p><p>Caixa aumentou, vamos debitar a conta, para representar esse aumento. O PL</p><p>também aumentou. Mas o PL tem natureza credora. Portanto, vamos creditar a</p><p>conta Capital Social, no PL, em contrapartida ao débito efetuado na conta caixa.</p><p>Em vez de efetuarmos um balanço patrimonial para apresentar o estado</p><p>patrimonial da entidade, iremos fazer um lançamento desta operação será feito da</p><p>forma seguinte:</p><p>Débito – Caixa (ativo)...................................................300,00</p><p>Crédito – Capital Social (patrimônio líquido)................300,00</p><p>Razonetes:</p><p>Vejam que interessante. Acabamos de efetuar um lançamento contábil utilizando o</p><p>Método das Partidas Dobradas.</p><p>Agora, já em funcionamento, esta empresa compra mercadorias a prazo, no valor de</p><p>R$ 200,00. Vejamos o lançamento contábil:</p><p>Débito – Mercadorias - Estoque (ativo)..................................200,00</p><p>Crédito – Fornecedores (passivo)..........................................200,00</p><p>Razonetes:</p><p>Observem. As mercadorias estão sendo compradas, passando, com a entrega a</p><p>serem propriedade da empresa. Debitamos a conta Estoque para registrar o</p><p>aumento pela entrada da mercadoria. E creditamos a conta Fornecedores (que é</p><p>uma conta de Passivo e tem natureza credora) para registrar a dívida da empresa</p><p>com os fornecedores.</p><p>Resumo! Com base no método das partidas dobradas, algumas conclusões</p><p>podem ser tomadas:</p><p>- A soma dos débitos é sempre igual à soma dos créditos.</p><p>- Um ou mais débitos numa ou mais contas deve corresponder a um ou mais créditos</p><p>de valor equivalente em uma ou mais contas.</p><p>- O total do ativo será sempre igual à soma do passivo exigível com o patrimônio</p><p>líquido.</p><p>Só para garantir que entendemos o que está rolando nesse lançamento:</p><p>- Qual a origem do recurso? Isso mesmo, o Capital Social no valor de 300.</p><p>- Onde foi aplicado o recurso? No ativo da empresa, caixa, também no valor</p><p>de 300.</p><p>- O total do ativo mais a despesa será sempre igual à soma do passivo exigível com</p><p>o patrimônio líquido mais as receitas.</p><p>Elementos Essenciais de Um Lançamento</p><p>Por exemplo, o lançamento de uma compra à vista de mercadorias no valor de R$</p><p>100 pode ser descrito da seguinte forma:</p><p>Manaus/AM, 15 de outubro de 2023.</p><p>Débito – Mercadorias</p><p>Crédito – Caixa</p><p>Conforme nota fiscal de compra n. 1.000, emitida pela empresa X LTDA R$ 100.</p><p>Também pode ser registrado da seguinte forma:</p><p>D – Mercadorias</p><p>C – Caixa 100</p><p>ou</p><p>Mercadorias</p><p>a Caixa 100.</p><p>Atenção! A preposição “a” indica conta creditada, ou seja, Mercadorias A Caixa</p><p>significa Débito na conta mercadorias e crédito na conta caixa.</p><p>É essencial que consto em um lançamento, conforme previsão da ITG 2000 (R1),</p><p>item 6:</p><p>a) data do registro contábil, ou seja, a data em que o fato contábil ocorreu;</p><p>b) conta devedora;</p><p>c) conta credora;</p><p>d) histórico que represente a essência econômica da transação ou o código de</p><p>histórico padronizado, neste caso baseado em tabela auxiliar inclusa em livro</p><p>próprio;</p><p>e) valor do registro contábil;</p><p>f) informação que permita identificar, de forma unívoca, todos os registros que</p><p>integram um mesmo lançamento contábil.</p><p>Admite-se o uso de códigos e/ou abreviaturas, nos históricos dos lançamentos,</p><p>desde que permanentes e uniformes, devendo constar o significado dos códigos e/ou</p><p>abreviaturas no Livro Diário ou em registro especial revestido das formalidades</p><p>extrínsecas daquele.</p><p>Fórmulas de Lançamento</p><p>Os lançamentos podem ser de:</p><p>Envolve uma conta a débito e uma conta a crédito.</p><p>Exemplo: compra de mercadorias à vista.</p><p>D – Mercadorias 100</p><p>C – Caixa 100</p><p>A</p><p>Envolve uma conta a débito e duas ou mais a crédito.</p><p>Exemplo: compra de mercadoria, metade à vista, metade a prazo.</p><p>D – Mercadorias 100</p><p>C – Caixa 50</p><p>C – Fornecedores 50</p><p>Ou assim,</p><p>Mercadorias 100</p><p>a Diversos</p><p>a Caixa 50</p><p>a Fornecedores 50</p><p>Envolve duas ou mais contas a débito e uma conta a crédito.</p><p>Exemplo: Realização da prestação de serviço, recebida metade à vista e metade para</p><p>30 dias.</p><p>1ª FÓRMULA</p><p>2ª FÓRMULA</p><p>3ª FÓRMULA</p><p>D – Caixa 100</p><p>D – Clientes 100</p><p>C – Receita de prestação de serviços 200</p><p>Envolve duas ou mais contas a débito e duas ou mais contas a crédito.</p><p>Exemplo: compra de canetas, no valor de R$ 100, sendo metade à vista e metade a</p><p>prazo, a ser utilizada metade como estoque de material de consumo e metade como</p><p>mercadoria para revenda.</p><p>D – Material de consumo 50</p><p>D – Mercadoria para revenda 50</p><p>C – Caixa 50</p><p>C – Fornecedores 50</p><p>Gravem:</p><p>Lançamento Débito Crédito</p><p>1ª Fórmula 1 1</p><p>2ª Fórmula 1 2</p><p>3ª Fórmula 2 1</p><p>4ª Fórmula 2 2</p><p>Atos e Fatos Administrativos</p><p>Os eventos que ocorrem no dia a dia de uma entidade podem ser divididos</p><p>basicamente em dois grandes grupos:</p><p>A) Atos contábeis ou Atos Administrativos.</p><p>B) Fatos contábeis ou Fatos Administrativos.</p><p>Os atos contábeis ou administrativos são acontecimentos que ocorrem</p><p>na entidade e não provocam alterações do patrimônio, ou apenas irão alterar o</p><p>4ª FÓRMULA</p><p>É só ver a sequência de números e teremos: 11, 12, 21, 22. Em ordem crescente.</p><p>Observação: onde está escrito 2, deve ser entendido como 2 ou mais.</p><p>Patrimônio no futuro, tais como admissão de empregados, assinatura de um contrato</p><p>de compra, venda, o aval de um título de crédito, uma fiança prestada em favor de</p><p>terceiros.</p><p>Os atos relevantes que façam parte das atividades da empresa devem ser</p><p>apresentados em notas explicativas, como ordena a Lei 6.404/76:</p><p>Os fatos contábeis, por sua vez, são os acontecimentos que provocam</p><p>variações no patrimônio da entidade. Os fatos contábeis são contabilizados através</p><p>das contas patrimoniais (ativo, passivo, patrimônio líquido) e/ou das contas de</p><p>resultado (receitas e despesas).</p><p>Tipos de Fatos Contábeis</p><p>Fatos contábeis ou Fatos Administrativos são aqueles que promovem</p><p>alteração no patrimônio (conjunto de bens, direitos e obrigações) de uma entidade.</p><p>Já os atos contábeis são atos relevantes que não alteram o patrimônio da</p><p>entidade, tal como a contratação de empregados, o simples fato de se conceder</p><p>fiança a um terceiro ou avalizar um cheque. Os fatos contábeis são divididos hoje em</p><p>três grupos: 1) Permutativos; 2) Modificativos; 3) Mistos.</p><p>Fato Permutativo ou Qualitativo</p><p>Como o próprio nome já diz, os fatos permutativos alteram o patrimônio</p><p>somente em aspectos qualitativos. Seria como, por exemplo, trocar dinheiro por</p><p>mercadorias, por exemplo. Sim, a compra de mercadorias. Os fatos permutativos</p><p>configuram apenas trocas, permutas, entre bens do ativo e passivo exigível, sem que</p><p>haja alteração no valor total do patrimônio líquido e contas de resultado.</p><p>Art. 176. (...) § 4º As demonstrações serão complementadas por notas</p><p>explicativas e outros quadros analíticos ou demonstrações contábeis</p><p>necessárias para esclarecimento da situação patrimonial e dos resultados do</p><p>exercício.</p><p>Fato Modificativo ou Quantitativo</p><p>Os fatos modificativos são aqueles que alteram, para mais ou para menos, o</p><p>patrimônio líquido. Envolvem contas de resultados (receitas e despesas).</p><p>Fato Misto</p><p>Fato misto é o que envolve, ao mesmo tempo, um fato permutativo e um fato</p><p>modificativo. Acarreta, portanto, alterações no ativo e PL, no passivo e no PL ou no</p><p>ativo, passivo e PL.</p><p>1) Fato misto aumentativo</p><p>É quando o fato misto de aumenta a situação líquida patrimonial. Pagamento de</p><p>uma duplicata no valor de R$ 1.000,00, com desconto de R$ 200,00.</p><p>Fatos</p><p>Permutativos</p><p>Contas do</p><p>Ativo</p><p>Contas do</p><p>Passivo</p><p>Contas do</p><p>Ativo e Passivo</p><p>Contas do PL</p><p>Fatos</p><p>Modificativos ou</p><p>Quantitativo</p><p>Envolve contas de</p><p>Receita ou</p><p>Despesa</p><p>Aumentativo</p><p>Diminutivo</p><p>Fato</p><p>Permutativo</p><p>Fato</p><p>Midificativo</p><p>Fato Misto</p><p>D – Duplicatas a pagar 1.000,00 (- Passivo)</p><p>C – Bancos 800,00 (- Ativo)</p><p>C – Descontos financeiros 200,00 (+ Resultado = Receita)</p><p>2) Fato misto diminutivo</p><p>É quando o fato misto que diminui a situação líquida patrimonial. O exemplo</p><p>clássico aqui é o pagamento de uma duplicata, de R$ 1.000,00 com a incidência de</p><p>juros de 10%, por exemplo: Lançamento:</p><p>Débito – Duplicatas a pagar 1.000</p><p>Débito – Despesa de juros 100</p><p>Crédito – Bancos conta movimento 1.100</p><p>Regime de Competência e Regime de Caixa</p><p>Pessoal, na Contabilidade temos basicamente duas modalidades ou</p><p>critérios de reconhecimento de despesas ou receitas. Um deles, é mais</p><p>simplificado, e se preocupa com as entradas e saídas de caixa ou equivalentes</p><p>de caixa, por isso, é chamado de Regime de Caixa.</p><p>Por exemplo: efetuei uma venda de mercadorias no dia 16 de outubro de</p><p>2023, mas só vou receber em novembro. Para o Regime de Caixa, a receita</p><p>somente será reconhecida quando entrar o “dindin”, isto é, no mês de</p><p>novembro, ainda que a venda tenha sido feita em outubro.</p><p>Contudo temos outro regime de apuração, mais aprofundado, e que se</p><p>preocupa com o MOMENTO DA OCORRÊNCIA DO FATO GERADOR das receitas</p><p>e despesas, o que não é, necessariamente a entrada ou saída de caixa. Assim, a</p><p>receita de venda de uma mercadoria é reconhecida quando da entrega da</p><p>mercadoria, isto é, quando a venda é efetuada. Tudo isso, independentemente do</p><p>recebimento ou pagamento. Guardem isto: a receita é recebida quando GANHA,</p><p>ainda que não tenha sido recebida.</p><p>A despesa com salários, por sua vez, é reconhecida no mês que os</p><p>trabalhadores prestam o serviço, ou seja, quando INCORRIDA, ainda que não tenha</p><p>sido paga.</p><p>O CPC 00 – Estrutura Conceitual Básica nos apresenta alguns conceitos importantes</p><p>sobre o Regime de Competência:</p><p>Resumindo, o reconhecimento de receitas e despesas de acordo com o</p><p>Regime de Competência nos traz informações melhores para avaliação do</p><p>desempenho da empresa. Se a venda foi feita em outubro e recebida em novembro,</p><p>precisamos evidenciar essa alteração no período de outubro, pois foi nesse período</p><p>que ocorreu o fato gerador. Esse é o regime que deve ser adotado pelas entidades</p><p>como regra. Inclusive, há previsão expressa na Lei 6404/76:</p><p>Para concluirmos esse tema, devemos destacar que, por consequência do</p><p>Regime de Competência, temos a chamada simultaneidade de receitas e</p><p>despesas correlatas. Como funciona isso, professor?</p><p>Vamos responder através de um exemplo: a entidade efetuou a venda de</p><p>mercadorias no dia 26/01/2023 e irá receber em 90 dias. Por consequência do regime</p><p>de competência, ao mesmo tempo que reconhecermos a receita de vendas, iremos</p><p>reconhecer as despesas que tem relação com essa operação, como por exemplo, o</p><p>custo da mercadoria vendida, as despesas necessárias para que essa venda se</p><p>Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes,</p><p>com obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios</p><p>de contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios</p><p>contábeis uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o</p><p>regime de competência.</p><p>O regime de competência reflete os efeitos de transações e outros eventos e</p><p>circunstâncias sobre reivindicações e recursos econômicos da entidade que reporta nos</p><p>períodos em que esses efeitos ocorrem, mesmo que os pagamentos e recebimentos</p><p>à vista resultantes ocorram em período diferente.</p><p>Isso é importante porque informações sobre os recursos econômicos e reivindicações da</p><p>entidade que reporta e mudanças em seus recursos econômicos e reivindicações durante</p><p>o período fornecem uma base melhor para a avaliação do desempenho passado e</p><p>futuro da entidade do que informações exclusivamente sobre recebimentos e</p><p>pagamentos à vista durante esse período.</p><p>concretizasse, como fretes sobre vendas, mão-de-obra. A doutrina contábil também</p><p>chama esse conceito de confrontação de receitas e despesas, ou até mesmo, de</p><p>princípio da realização das receitas.</p><p>Questões Unidade II</p><p>1. Um registro de débito na contabilidade de uma empresa tem o efeito de:</p><p>a) aumentar os ativos e reduzir os passivos.</p><p>b) aumentar tanto os ativos como os passivos.</p><p>c) reduzir tanto os ativos como os passivos.</p><p>d) neutralidade: não altera nem os ativos nem os passivos.</p><p>e) reduzir os ativos e aumentar os passivos.</p><p>Comentários: Os lançamentos a débito representam as aplicações dos recursos e</p><p>geram aumento do saldo de contas devedoras, ativos e despesas, e diminuem o saldo</p><p>de contas credoras, passivo e receita. Por seu turno, os lançamentos a crédito</p><p>representam as origens dos recursos e geram aumento do saldo de contas credoras,</p><p>passivo e receita, e diminuem o saldo de contas devedoras, ativos e despesas.</p><p>Gabarito: A.</p><p>2. Considere que uma rede de farmácias localizada em Manaus adquiriu R$50.000,00</p><p>em testes rápidos para Covid-19, realizando o pagamento integral no momento da</p><p>compra. É correto afirmar que o lançamento a ser contabilizado na situação</p><p>apresentada é de:</p><p>a) primeira fórmula.</p><p>b) segunda fórmula.</p><p>c) terceira fórmula.</p><p>d) quarta fórmula.</p><p>e) quinta fórmula.</p><p>Comentários: Na questão apresentada, a questão adquiriu um ativo (estoque) para a</p><p>revenda e prestação de serviços. Ela entregou outro ativo nessa operação. A</p><p>contabilização da operação seria:</p><p>D – Mercadorias</p><p>C – Caixa</p><p>Percebam que houve uma conta debitada e uma conta creditada, portanto, estamos</p><p>diante de um lançamento de primeira fórmula. Gabarito: A.</p><p>3. Na escrituração contábil, os saldos das contas do Ativo, do Passivo e do Patrimônio</p><p>Líquido diminuem quando, respectivamente, são:</p><p>a) debitadas, creditadas e debitadas.</p><p>b) debitadas, debitadas e creditadas.</p><p>c) creditadas, debitadas e debitadas.</p><p>d) creditadas,</p><p>creditadas e debitadas.</p><p>e) creditadas, debitadas e creditadas.</p><p>Comentários: As contas de Ativo possuem natureza devedora, portanto, seus saldos</p><p>diminuem quando são creditadas. Por sua vez, as contas de Passivo e Patrimônio</p><p>Líquido possuem natureza credora, assim, seus saldos diminuem quando são</p><p>debitadas. Gabarito: C.</p><p>UNIDADE III</p><p>TÉCNICAS CONTÁBEIS</p><p>Objetivo: Esta unidade tem como objetivo apresentar as principais técnicas contábeis</p><p>utilizadas atualmente, com ênfase no Balanço Patrimonial e na Demonstração do</p><p>Resultado do Exercício – DRE.</p><p>Técnica Contábil demonstração: Balanço Patrimonial</p><p>Balanço Patrimonial é a principal demonstração contábil e se destina a</p><p>evidenciar, seja de forma qualitativa, seja de forma quantitativa, a posição</p><p>patrimonial e financeira da entidade. No balanço patrimonial, temos a</p><p>apresentação dos bens, direitos e obrigações da empresa. Esta informação é</p><p>estática, pois funciona tal qual uma fotografia da entidade em determinado momento.</p><p>Introdução aos Elementos Patrimoniais</p><p>Bom, a partir de agora, introduziremos mais alguns conceitos importantíssimos</p><p>para nosso estudo. De maneira bem resumida, a Contabilidade atua na seguinte</p><p>sequência de eventos:</p><p>Então, depois da escrituração, nós temos de elaborar as demonstrações</p><p>contábeis. A principal delas é o balanço patrimonial. O balanço patrimonial</p><p>Balanço</p><p>Patrimonial</p><p>Posição</p><p>Patrimonial</p><p>Posição</p><p>Financeira</p><p>Sociedade se</p><p>forma</p><p>São praticados</p><p>fatos que alteram</p><p>o patrimônio</p><p>(compras, vendas,</p><p>etc)</p><p>Esses fatos são</p><p>escriturados em</p><p>livros</p><p>Elaboramos as</p><p>demonstrações</p><p>contábeis</p><p>Se for o caso,</p><p>elas são</p><p>auditadas</p><p>Publicamos</p><p>evidencia a posição patrimonial e financeira da entidade, a chamada estática</p><p>patrimonial. Esquematizemos:</p><p>Estrutura do Balanço Patrimonial</p><p>Antes de começarmos a falar efetivamente sobre cada um dos grupos</p><p>patrimoniais, é interessante que vocês saibam que assim se divide o balanço</p><p>patrimonial:</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO CIRCULANTE</p><p>ATIVO NÃO CIRCULANTE</p><p>PASSIVO CIRCULANTE</p><p>PASSIVO NÃO CIRCULANTE</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Esquematizamos:</p><p>Grupo Origem ou aplicação? O que é?</p><p>Ativo Aplicação de recursos Representa os bens e</p><p>direitos da entidade.</p><p>Passivo Origem de recursos Representa as obrigações</p><p>da entidade.</p><p>Patrimônio Líquido Origem de recursos Representa o capital</p><p>próprio da entidade.</p><p>Assim, o capital aplicado em bens e direitos pode vir de duas fontes básicas:</p><p>capital próprio (quando vem dos sócios, registrado do Patrimônio Líquido) e capital</p><p>de terceiros (quando vem do passivo, das obrigações).</p><p>Posição Patrimonial</p><p>- Relação de Bens, Direitos e</p><p>Obrigações da Entidade.</p><p>Posição Financeira - Valor Monetário dos itens</p><p>patrimoniais.</p><p>Graficamente:</p><p>Ativo Passivo + Patrimônio Líquido</p><p>Aplicação de Recursos Origem de Recursos</p><p>Bom, caro aluno, vamos analisar um balanço patrimonial:</p><p>Empresa D.R.A /S. A – Balanço Patrimonial em 31.12.23</p><p>Ativo Saldo (R$) Passivo + Patrimônio Líquido</p><p>Caixa R$ 2.000,00 Passivo Saldo (R$)</p><p>Bancos R$ 1.600,00 Contas a Pagar R$ 7.000,00</p><p>Contas a Receber R$ 6.000,00 Fornecedores R$ 3.600,00</p><p>Estoque de Materiais R$ 6.000,00 Total do Passivo R$ 10.600,00</p><p>Terrenos R$ 3.400,00 Patrimônio Líquido Saldo (R$)</p><p>Veículos R$ 1.000,00 Capital R$ 8.000,00</p><p>Lucros Acumulados R$ 1.400,00</p><p>Total do Patrimônio Líquido R$ 9.400,00</p><p>Total do Ativo R$ 20.000,00 Total do Passivo + Patrimônio</p><p>Líquido</p><p>R$ 20.000,00</p><p>Vamos observar algumas situações juntos?</p><p>O total do ativo é de R$ 20.000 e o total do Passivo + Patrimônio Líquido também é</p><p>de R$ 20.000. Ou seja, o total do lado direito do balanço patrimonial é exatamente</p><p>igual ao lado esquerdo.</p><p>Isso não é uma coincidência, na verdade, a forma como esses elementos patrimoniais</p><p>foram registrados nos levaram e essa condição. Precisamos entender, desde agora,</p><p>que TODA A APLICAÇÃO DE RECURSOS POSSUI UMA ORIGEM DE MESMO</p><p>VALOR. Ou seja, se eu compro R$ 6.000 em mercadorias, isto é, aplicando recurso</p><p>no ativo, NECESSARIAMENTE há uma origem do mesmo valor, isto é, R$ 6.000 que</p><p>deu lastro para essa operação.</p><p>Anotem:</p><p>Como consequência desse fundamento, o ativo será sempre será igual ao total do</p><p>passivo + patrimônio líquido! Na Contabilidade, essa igualdade é representada por</p><p>uma equação que recebe o nome de equação fundamental da contabilidade.</p><p>APLICAÇÕES DE RECURSOS = ORIGEM DE RECURSOS</p><p>Equação fundamental da Contabilidade Ativo= Passivo + PL</p><p>Então, se temos um ativo total no valor de R$ 20.000,00 e um passivo no valor de R$</p><p>10.600,00; qual será o valor do Patrimônio Líquido (PL)? R$ 20.000,00 – R$ 10.600,00</p><p>= R$ 9.400,00.</p><p>O que precisamos saber e aprender nesse momento:</p><p>Definição de Ativo</p><p>Costuma-se definir o ativo como sendo os “bens e direitos” da empresa.</p><p>Segundo o CPC 00 (R2), ativo é um recurso econômico presente controlado pela</p><p>entidade como resultado de eventos passados. Por seu turno, recurso econômico</p><p>é um direito que tem o potencial de produzir benefícios econômicos.</p><p>- A principal demonstração contábil é o balanço patrimonial!</p><p>- O balanço patrimonial é dividido em ativo, passivo e patrimônio líquido!</p><p>- O lado esquerdo do balanço patrimonial, POR UMA CONVENÇÃO, é chamado</p><p>de lado positivo do balanço patrimonial, apresenta as aplicações de recursos</p><p>e elenca os bens e direitos que estão sob o controle dessa entidade. Também</p><p>por CONVENÇÃO é chamado de lado DEVEDOR OU LADO DOS DÉBITOS. E</p><p>aqui, meu querido aluno, eu peço encarecidamente que você ACEITE essas</p><p>convenções e seja feliz!</p><p>- O lado direito do balanço patrimonial, POR UMA CONVENÇÃO, é chamado</p><p>de lado negativo do balanço patrimonial, apresenta as origens de recursos e</p><p>elenca as obrigações da empresa com seus sócios (Patrimônio Líquido) ou</p><p>com terceiros (Passivo). Também por CONVENÇÃO é chamado de lado</p><p>CREDOR OU LADO DOS CRÉDITOS.</p><p>- Os elementos patrimoniais dessa entidade, bens, direitos, obrigações e</p><p>patrimônio líquido estão registados em CONTAS CONTÁBEIS. Por exemplo, a</p><p>entidade possui em seu ativo, uma conta para registrar o valor dos seus terrenos</p><p>outra no passivo para registrar sua dívida com fornecedores.</p><p>Vamos analisar os principais itens:</p><p>1) Recurso Econômico presente controlado: o controle, e não a</p><p>propriedade jurídica, é determinante para a definição do ativo. Como consequência,</p><p>um bem que é alugado, em certas situações, pode ser classificado no ativo da</p><p>entidade.</p><p>2) Potencial de benefícios econômicos: Para caracterizar um ativo, é</p><p>necessário que o bem resulte em futuros benefícios econômicos para a</p><p>empresa, como por exemplo, receber fluxos de caixa, trocar recursos</p><p>econômicos com outra parte em condições favoráveis. Assim sendo, um veículo</p><p>adquirido por R$ 100.000, mas que sofre um grave acidente e nem como sucata</p><p>serve mais, não representa mais um ativo.</p><p>3) Como Resultado De Eventos Passados: O ativo é resultado de algo</p><p>que já ocorreu. Ou seja, a intenção de comprar estoques, ou de vender estoques</p><p>com lucro, não atende à definição de ativo.</p><p>No ativo, as contas serão dispostas em ordem decrescente de grau de</p><p>liquidez dos elementos nelas registrados, nos seguintes grupos:</p><p>I – ativo circulante; e</p><p>II – ativo não circulante, composto por ativo realizável a longo prazo, investimentos,</p><p>imobilizado e intangível.</p><p>Assim, vejam que o ativo é disposto em ordem decrescente do grau de</p><p>liquidez. A liquidez se refere à expectativa de conversão em dinheiro de um bem</p><p>ou direito. Desta forma, começaremos a expor as contas no ativo pela maior</p><p>conversibilidade em dinheiro, ou seja, pela conta caixa, que já representa o</p><p>próprio numerário. Em seguida, classificaremos a conta bancos, aplicações</p><p>Ativo</p><p>Recurso</p><p>econômico</p><p>presente</p><p>Direito</p><p>Potencial de</p><p>Benefícios</p><p>Controlado pela</p><p>entidade</p><p>Resultado de</p><p>eventos</p><p>passados</p><p>financeiras de liquidez imediata e assim por diante, até a conta terrenos ou outra</p><p>que tenha baixíssima liquidez.</p><p>Definição de Passivo</p><p>O passivo costuma ser definido como “as obrigações da empresa para com</p><p>terceiros”. O pronunciamento CPC 00 (R2), por seu turno, fornece a seguinte</p><p>definição: obrigação presente da entidade de transferir um recurso econômico</p><p>como resultado de eventos passados.</p><p>Vamos analisar os principais itens:</p><p>1) Obrigação presente da entidade: A obrigação é o dever ou</p><p>responsabilidade que a entidade não tem a capacidade prática de evitar. Gastos</p><p>previstos e/ou esperados, como regra, não constituem passivos. Por exemplo, se uma</p><p>empresa de aviação tem a previsão de trocar os motores de uma aeronave</p><p>dentro de 2 anos, ao custo de R$200.000,00, isto não constitui um passivo, pois</p><p>não é obrigação presente. Dentro de dois anos, a empresa pode vender o avião</p><p>e não realizar a troca dos motores.</p><p>2) Transferência de recurso econômico: a obrigação deve ter o potencial</p><p>de exigir que a entidade transfira um recurso econômico para outra parte (ou</p><p>partes).</p><p>3) Derivada de eventos já ocorridos: eventos futuros não constituem</p><p>passivo. Ainda que o pagamento seja feito em data posterior, o evento que origina o</p><p>passivo já deve ter ocorrido.</p><p>Passivo</p><p>Obrigação</p><p>Presente</p><p>Tranferir um</p><p>recurso</p><p>econômico</p><p>Resultado de</p><p>eventos</p><p>passados</p><p>O passivo exigível basicamente pode ser dividido em passivo circulante e</p><p>não circulante. Visualizaremos através do seguinte esquema:</p><p>Acima um exemplo da classificação em circulante e não circulante. A Lei</p><p>6.404/76 adota como marco temporal a data do encerramento do exercício</p><p>social. Contudo, se não estivermos falando dessa data, devemos considerar o</p><p>período de 12 meses.</p><p>Definição de Patrimônio Líquido</p><p>O Patrimônio Líquido normalmente é caracterizado como o “dinheiro dos</p><p>sócios aplicado na empresa”. Podemos dizer também que o patrimônio líquido é</p><p>o capital próprio. Para o pronunciamento CPC 00, “Patrimônio Líquido é o</p><p>Participação residual nos ativos da entidade após a dedução de todos os seus</p><p>passivos.” Ou seja, é o que sobra após deduzir todos os passivos dos ativos.</p><p>No geral, a expressão situação líquida pode ser entendida também como</p><p>patrimônio líquido (embora o patrimônio líquido seja uma das espécies do gênero</p><p>situação líquida). Vejamos os tipos de situações líquidas patrimoniais existentes.</p><p>TIPOS DE SITUAÇÃO LÍQUIDA EXISTENTES</p><p>Ativo maior do que</p><p>passivo</p><p>Ativo menor que</p><p>passivo</p><p>Ativo igual a</p><p>passivo</p><p>Ativo igual à</p><p>situação líquida</p><p>1 - Ativo maior do que passivo</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Bens 1.000,00 Obrigações 500,00</p><p>Direitos 1.000,00 Situação Líquida ?</p><p>Total 2.000,00 Total 2.000,00</p><p>Ativo = Passivo + Situação Liquida</p><p>Situação líquida = Ativo – Passivo = 2.000,00 – 500,00 = 1.500,00.</p><p>Neste exemplo temos 75% de capital próprio (1.500/2000), o que pode representar</p><p>uma boa administração da empresa.</p><p>Neste tipo de situação, temos:</p><p>▪ Ativo > Passivo exigível</p><p>▪ Situação líquida > 0</p><p>2 - Ativo menor do que passivo</p><p>Esta é a situação líquida em que se “deve mais do que se tem”.</p><p>Imagine uma empresa que tenha tão-somente R$ 1.000 em caixa e um carro velho</p><p>avaliado em R$ 1.000, mas deve R$ 2.500 a um fornecedor. Esta é a chamada</p><p>situação líquida negativa, pois os elementos negativos superam os elementos</p><p>positivos do balanço.</p><p>Essa parte do Passivo para o qual não temos recursos suficientes para pagar é</p><p>denominada passivo a descoberto. Vejam que a expressão é utilizada pois há um</p><p>passivo que está descoberto ou como alguns autores chamam patrimônio</p><p>líquido negativo! Mesmo se nos desfizermos de todos os bens e direitos, não será</p><p>suficiente para quitar as obrigações.</p><p>3 - Ativo igual ao passivo</p><p>Nesta situação o ativo é igual ao passivo exigível, não havendo que se falar em</p><p>resíduo (sobra) para os proprietários no caso de dissolução da empresa, isto é, não</p><p>existe capital próprio. O total dos bens e direitos é igual aos valores das obrigações</p><p>dos proprietários.</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Bens 1.000,00 Obrigações 2.500,00</p><p>Direitos 1.000,00 Situação Líquida ?</p><p>Total 2.000,00 Total 2.000,00</p><p>A situação líquida neste caso é nula. Temos:</p><p>▪ Ativo = Passivo</p><p>▪ Patrimônio Líquido = Zero</p><p>4 - Ativo igual ao PL</p><p>Este é o caso típico da constituição da sociedade. Quando um sócio emprega R$</p><p>100,00 de capital nas atividades (e este é o único fato contábil existente), teremos:</p><p>O ativo é igual ao patrimônio líquido. Pode ser o caso também de uma entidade que</p><p>somente trabalhe com recursos próprios e não queria captar capitais de terceiros.</p><p>Neste tipo de situação, temos:</p><p>▪ Ativo = Patrimônio Líquido</p><p>▪ Passivo = Zero</p><p>Demonstração do Resultado do Exercício - DRE</p><p>A demonstração do resultado do exercício é a demonstração contábil que</p><p>apresenta o desempenho da entidade através do confronto entre receitas e</p><p>despesas. Por essa característica, possui caráter dinâmico. Se as receitas forem</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Bens 1.000,00 Obrigações 2.000,00</p><p>Direitos 1.000,00 Situação Líquida ?</p><p>Total 2.000,00 Total 2.000,00</p><p>BALANÇO PATRIMONIAL</p><p>ATIVO PASSIVO</p><p>Bens 100,00</p><p>PATRIMÔNIO LÍQUIDO</p><p>Capital Social 100,00</p><p>Total 100,00 Total 100,00</p><p>maiores que as despesas, temos a ocorrência de lucro. Ao contrário,</p><p>sobrepondo-se as despesas às receitas, temos prejuízo.</p><p>Tudo isso conforme o pressuposto contábil de competência, pelo qual as</p><p>receitas e despesas devem ser reconhecidas independentemente de pagamento</p><p>ou recebimento.</p><p>A demonstração do resultado do exercício – DRE - objetiva evidenciar a</p><p>situação econômica da entidade, quando verificamos se a mesma apresenta lucro</p><p>ou prejuízo NO PERÍODO CONTÁBIL. Imagine que a empresa tenha as seguintes</p><p>receitas e despesas:</p><p>DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO</p><p>Lançamento a Débito Lançamento a Crédito</p><p>Despesa A 50 Receita A 100</p><p>Despesa B 150 Receita B 200</p><p>Despesa C 100 Receita C 50</p><p>Total das Despesa 300 Total da Receitas 350</p><p>Lucro Líquido 50</p><p>Percebam que a empresa apurou lucro no período de 50. O lançamento</p><p>para transferir esse valor para o patrimônio líquido é o seguinte:</p><p>Débito: Lucro líquido 50</p><p>Crédito: Lucros acumulados 50</p><p>Feito isso, a DRE ficará com o saldo zerado (dizemos encerrada) e teremos</p><p>transferido o valor para a conta lucros acumulados (contra transitória que fica no PL,</p><p>até a distribuição destes valores). Vejamos:</p><p>DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO</p><p>Lançamento a Débito Lançamento a Crédito</p><p>Despesa A 50 Receita A 100</p><p>Despesa B 150 Receita B 200</p><p>Despesa C 100 Receita C 50</p><p>Total das Despesa 300 Total da Receitas 350</p><p>Lucro do Período 50 Lucro Líquido 50</p><p>E se fosse o contrário? Se tivéssemos prejuízo no exercício. Bem, nesta hipótese,</p><p>temos a seguinte situação (Imaginando que tenhamos um prejuízo de R$ 100,00).</p><p>Definição de Receitas e Despesas de Acordo com o CPC 00 (R2) – Estrutura</p><p>Conceitual Básica da Contabilidade</p><p>O pronunciamento conceitual básico da contabilidade (CPC 00) salienta que a</p><p>demonstração do resultado do exercício relata o desempenho (performance) da</p><p>entidade. Para isso, há um confronto entre receitas e despesas.</p><p>O próprio pronunciamento apresenta definições mais completas sobre os</p><p>conceitos de receita e despesa:</p><p>4.68 Receitas são aumentos nos ativos, ou reduções nos passivos, que resultam em</p><p>aumentos no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a contribuições de</p><p>detentores de direitos sobre o patrimônio.</p><p>4.69 Despesas são reduções nos ativos, ou aumentos nos passivos, que resultam em</p><p>reduções no patrimônio líquido, exceto aqueles referentes a distribuições aos</p><p>detentores de direitos sobre o patrimônio.</p><p>4.70 Decorre dessas definições de receitas e despesas que contribuições</p><p>de detentores</p><p>de direitos sobre o patrimônio não são receitas, e distribuições a detentores de direitos</p><p>sobre o patrimônio não são despesas.</p><p>LUCROS ACUMULADOS (PL)</p><p>Lançamento a Débito Lançamento a Crédito</p><p>Lucro Líquido 50</p><p>Segundo a Lei 6.404/76 a demonstração do resultado do exercício, que apura o lucro</p><p>ou prejuízo obtido no exercício, tem a seguinte estrutura:</p><p>Estrutura da demonstração do resultado do exercício</p><p>Faturamento bruto (venda bruta + IPI sobre faturamento)</p><p>(-) IPI sobre faturamento bruto</p><p>Vendas brutas/Receita bruta de vendas/Receita operacional bruta</p><p>(-) Deduções da receita bruta</p><p>Devoluções e cancelamento de vendas</p><p>Abatimentos sobre vendas</p><p>Descontos incondicionais concedidos/descontos comerciais</p><p>Impostos e contribuições sobre vendas e serviços (ICMS, ISS, PIS, COFINS)</p><p>Ajuste a valor presente sobre clientes</p><p>Vendas líquidas/Receita líquida de vendas/Receita operacional líquida</p><p>(-) Custo da mercadoria vendida (CMV = Est. inicial + Compras líq. – Est. final)</p><p>Lucro bruto/Resultado operacional bruto/Resultado com mercadorias</p><p>(-) Despesas operacionais</p><p>Com vendas</p><p>Administrativas</p><p>Gerais</p><p>Financeiras líquidas (despesas financeiras – receitas financeiras)</p><p>Outras despesas operacionais</p><p>+ Outras receitas operacionais</p><p>Resultado operacional líquido/Lucro ou prejuízo operacional líquido</p><p>(-) Outras despesas (antigas despesas não operacionais)</p><p>+ Outras receitas (antigas receitas não operacionais)</p><p>Resultado antes do Imposto de Renda e Contribuição Social sobre Lucro Líquido</p><p>(-) Despesa com provisão para Imposto de Renda e CSLL</p><p>Resultado após o Imposto de Renda/CSLL e antes das participações</p><p>(-) Participações estatutárias sobre o lucro</p><p>Debenturistas</p><p>Empregados</p><p>Administradores</p><p>Partes beneficiárias</p><p>Fundo de assistência/previdência a empregados</p><p>Lucro ou prejuízo líquido do exercício</p><p>Técnica Contábil Auditoria</p><p>Auditoria é uma técnica contábil, cujo objetivo precípuo é constatar se as</p><p>demonstrações contábeis foram elaboradas, em todos os aspectos relevantes,</p><p>em conformidade com a estrutura de relatório financeiro aplicável.</p><p>Em outros termos, o Auditor vai avaliar se a entidade auditada seguiu as</p><p>normas que orientam a forma de apresentar as demonstrações contábeis, uma</p><p>vez que elas são importantes no processo de tomadas de decisões de diversos</p><p>usuários (acionistas e outras partes interessadas, como órgãos reguladores, governo,</p><p>etc.).</p><p>As auditorias podem variar de acordo com diversos critérios, como por</p><p>exemplo: o objetivo, a periodicidade e o posicionamento do auditor/órgão</p><p>fiscalizador. O objetivo de uma auditoria pode, por exemplo, estar relacionado à</p><p>necessidade de se verificarem falhas em um processo de forma a propor ações</p><p>corretivas.</p><p>A periodicidade de uma auditoria pode estar relacionada à necessidade de lei</p><p>ou regulamento, bem como ao tipo de negócio. Há uma série de classificações</p><p>trazidas pelas próprias normas de auditoria e, principalmente, pela doutrina. No Brasil,</p><p>de acordo com a Lei nº 6.404/76, a auditoria independente é obrigatória para as</p><p>demonstrações financeiras das companhias abertas:</p><p>Art. 177. A escrituração da companhia será mantida em registros permanentes, com</p><p>obediência aos preceitos da legislação comercial e desta Lei e aos princípios de</p><p>contabilidade geralmente aceitos, devendo observar métodos ou critérios contábeis</p><p>uniformes no tempo e registrar as mutações patrimoniais segundo o regime de</p><p>competência. [...]</p><p>§ 3o As demonstrações financeiras das companhias abertas observarão, ainda,</p><p>as normas expedidas pela Comissão de Valores Mobiliários e serão</p><p>obrigatoriamente submetidas a auditoria por auditores independentes nela</p><p>registrados.</p><p>Também se submetem à obrigatoriedade da auditoria independente</p><p>(externa) as chamadas Sociedades de Grande Porte, ou seja, aquelas que tiverem</p><p>– no exercício anterior – ativo total superior a R$ 240 milhões ou receita bruta</p><p>anual superior a R$ 300 milhões, bem como:</p><p>• Instituições Financeiras;</p><p>• Companhias de Seguros;</p><p>• Fundos de previdência complementar;</p><p>• Fundações públicas ou privadas consideradas de interesse público;</p><p>• Empresas subordinadas a agências reguladoras;</p><p>Classificação da Auditoria</p><p>Uma das classificações mais importantes é a que separa a Auditoria em</p><p>Interna e Externa.</p><p>- Auditoria Interna</p><p>Auditorias internas são realizadas dentro das organizações com intuito</p><p>de auxiliar a administração no cumprimento de seus objetivos, agregando valor</p><p>ao seu resultado final. Para isso, é papel da auditoria interna recomendar soluções</p><p>para problemas apontados ao longo dos trabalhos, além de apresentar subsídios</p><p>para aperfeiçoamento dos PROCESSOS, da GESTÃO e dos CONTROLES</p><p>INTERNOS.</p><p>Diferentemente do auditor independente (externo), o auditor interno, via de</p><p>regra, é funcionário da entidade, e está subordinado diretamente à</p><p>Administração (mais alto nível). É errado, portanto, afirmar que a Auditoria Interna</p><p>está subordinada à Controladoria ou a qualquer outro órgão que não a</p><p>Administração/Presidência/Conselho de Administração. O auditor interno, não</p><p>obstante sua posição funcional, deve preservar sua autonomia profissional.</p><p>- Auditoria Externa</p><p>O objetivo da auditoria independente (ou externa) é aumentar o grau de</p><p>confiança nas demonstrações contábeis por parte dos usuários, o que é</p><p>alcançado mediante a expressão de uma opinião pelo auditor. O auditor externo</p><p>observa mais o cumprimento das normas associadas às leis de forma bem</p><p>ampla; ele tem melhor domínio dos aspectos de interesse coletivo.</p><p>Técnica Contábil Análise</p><p>A Análise de Demonstrações Contábeis é uma técnica que se utiliza de</p><p>métodos e processos científicos (estatísticos) na decomposição, comparação e</p><p>interpretação do conteúdo das demonstrações contábeis, para obtenção de</p><p>informações analíticas.</p><p>As demonstrações contábeis representam de forma estruturada a posição</p><p>financeira e o desempenho das entidades. São elas:</p><p>● Balanço Patrimonial;</p><p>● Demonstração do Resultado do Exercício;</p><p>● Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido;</p><p>● Demonstração do Valor Adicionado; e</p><p>● Demonstração dos Fluxos de Caixa.</p><p>A análise desses relatórios financeiros relatam a situação econômica</p><p>financeira atual, as causas que determinam a evolução apresentada e as</p><p>tendências futuras. Para analisar os dados evidenciados no balanço patrimonial e</p><p>na DRE utilizamos os métodos de análise vertical e de análise horizontal.</p><p>- Análise Vertical</p><p>Segundo Silva (2006), o objetivo da análise vertical é mostrar a participação</p><p>relativa de cada conta do demonstrativo contábil em relação ao total do</p><p>conjunto. Exemplo:</p><p>ATIVO 2023</p><p>Caixa R$ 15.200,00</p><p>Vendas a receber R$ 34.150,00</p><p>Estoque R$ 77.800,00</p><p>Matéria prima R$ 19.000,00</p><p>Veículos R$ 73.000,00</p><p>Total R$ 219.000,00</p><p>O cálculo da análise vertical é feito da seguinte forma:</p><p>Na DRE = conta a ser analisada</p><p>Receita liquida</p><p>No Ativo = conta a ser analisada</p><p>Ativo Total</p><p>No Passivo = conta a ser analisada</p><p>Passivo Total</p><p>- Análise Horizontal</p><p>Já o objetivo da análise horizontal é permitir o exame da evolução histórica de cada</p><p>uma das contas que compõem as demonstrações contábeis.</p><p>ATIVO 2023 2022</p><p>Caixa R$ 15.200,00 R$ 19.600,00</p><p>Vendas a receber R$ 34.150,00 R$ 31.800,00</p><p>Estoque R$ 77.800,00 R$ 95.000,00</p><p>Matéria prima R$ 19.000,00 R$ 21.400,00</p><p>Veículos R$ 73.000,00 R$ 70.500,00</p><p>Total R$ 219.150,00 R$ 238.300,00</p><p>O elemento do qual pretende-se averiguar a evolução é fixado, a parte-se</p><p>para a quantificação dos valores desse elemento nos momentos em que se deseja</p><p>efetuar as comparações. Representam um número tal que possa ser diretamente</p><p>confrontado com o valor antigo e expresso em termos de base</p>

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