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<p>qual temos pouco domínio, ocorrendo por vezes à margem</p><p>do nosso controle e até mesmo inconscientemente. Vamos pensar num exemplo: Ao</p><p>realizarmos um exame físico em determinado paciente a partir da palpação (toque),</p><p>perguntamos a ele se está sentido dor na região abdominal; o paciente responde que não,</p><p>mas, ao tocarmos aquela região, instantaneamente ele reage, fazendo uma expressão de dor,</p><p>mesmo que não a verbalize.</p><p>A comunicação cinésica tem como funções básicas expressar sentimentos, emoções, reações</p><p>e transmitir mensagens a partir do que o corpo nos fala. Esses sinais ou manifestações</p><p>acontecem de forma natural, involuntária e, por vezes, continuamente. Essa comunicação pode</p><p>ser influenciada pelo contexto no qual estamos inseridos, pelas diferentes culturas ou situações</p><p>às quais estamos expostos e até mesmo pelo ambiente.</p><p>Desse modo, se pensarmos no movimento do corpo isoladamente, ele não nos traz um</p><p>significado da mensagem propriamente dita, ou seja, um mesmo gesto pode ter diferentes</p><p>significados.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Agora vejamos as categorias gestuais básicas:</p><p></p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>EMBLEMÁTICOS</p><p>São os gestos culturais, simbólicos, que grande parte da sociedade está acostumada a usar.</p><p>Por exemplo: Bater o pé transmite uma ideia de raiva ou impaciência; mover as mãos</p><p>lateralmente significa acenar, dar adeus (tchau); encolher os ombros remete a impaciência ou</p><p>timidez; roer as unhas indica ansiedade, impaciência.</p><p>ILUSTRADORES</p><p>São gestos que aprendemos por imitação e que acompanham a fala, a fim de nos ajudar a</p><p>descrever o que está sendo dito.</p><p>Por exemplo: Esticamos a mão para ilustrar a extensão de uma lesão; apontamos para</p><p>determinada parte do corpo para indicar o local de uma dor.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p></p><p></p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>REGULADORES</p><p>São gestos que acontecem natural e involuntariamente, acompanhando as frases, para regular,</p><p>dar certo contorno à comunicação entre as pessoas.</p><p>Por exemplo: O movimento positivo ou negativo da cabeça enquanto se fala; o olhar atento,</p><p>que revela se aquele assunto está interessante; o desvio do olhar, ou olhar para baixo ou para</p><p>lado, significando que aquela comunicação não está mais interessante.</p><p>MANIFESTAÇÕES AFETIVAS</p><p>São expressões ou manifestações faciais, conscientes ou não, que demonstram os estados</p><p>afetivos reconhecidos por serem culturalmente utilizados no nosso contexto. Por exemplo:</p><p>Expressões faciais de medo, raiva, dor, alegria, surpresa, nojo.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p></p><p></p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>ADAPTADORES</p><p>São os movimentos do nosso corpo que utilizamos para compensar sentimentos e que não</p><p>estão necessariamente ligados à nossa fala. Digamos que são “muletas”. Geralmente usamos</p><p>adaptadores em situações de desconforto, tensão, insegurança. Por exemplo: Mexer no</p><p>cabelo em uma situação de desconforto; movimentar as pernas sem parar em uma situação de</p><p>insegurança ou tensão; durante uma prova, morder o lápis ou a caneta.</p><p>PROXÊMICA</p><p>A comunicação não verbal proxêmica é o estudo das relações entre os indivíduos e o modo</p><p>como usam e interpretam o espaço dentro do processo de comunicação e das interações</p><p>interpessoais. Considera a distância entre as pessoas durante o processo de comunicação,</p><p>assim como o contato físico. A categoria proxêmica tem por base dois conceitos: territoriedade</p><p>e espaço pessoal.</p><p>O ESPAÇO PESSOAL</p><p>Representa o nosso espaço, o espaço de cada indivíduo e o quanto nosso corpo aguenta a</p><p>proximidade de outra pessoa. Essa proximidade dependerá do grau de intimidade entre as</p><p>relações, podendo ser íntima ou superficial. É de extrema importância respeitar esse espaço,</p><p>assim como identificar os sinais que nosso corpo expressa em relação às proximidades, para</p><p>não se tornar algo desconfortável ou desagradável ao outro, seja ele paciente ou não.</p><p>Por exemplo: A aproximação do espaço pessoal do outro, se não for feita cuidadosamente,</p><p>pode ser invasiva e causar reações de afastamento, constrangimento e de barreiras. Do</p><p>mesmo modo, a não aproximação do espaço pessoal do outro pode causar sensações</p><p>desagradáveis de solidão e isolamento. Logo, precisamos estar atentos ao espaço pessoal do</p><p>outro e ao modo como cada um limita e dá abertura para a aproximação. Respeitar esse</p><p>espaço e adentrá-lo cuidadosamente é ferramenta para o cuidado de enfermagem.</p><p>Percebemos quando estamos invadindo o espaço pessoal do paciente quando, por vezes,</p><p>chegamos ao seu leito de forma um tanto abrupta e ele cobre a cabeça, desvia o olhar, ou seja,</p><p>não responde, devido ao desconforto pelo modo como nos aproximamos.</p><p>TERRITORIEDADE</p><p>É o espaço físico que delimitamos como nosso e defendemos de outras pessoas. Esse espaço</p><p>não é necessariamente fixo, podemos delimitá-lo em diversos lugares por onde transitamos.</p><p>Tem como funções básicas proporcionar segurança, privacidade, autonomia e identidade.</p><p>Por exemplo: A cama (leito) de um paciente é o seu território, às vezes demarcado por objetos</p><p>pessoais. Quando o enfermeiro entende esse espaço e o considera, está respeitando as</p><p>peculiaridades, a segurança, a privacidade, a autonomia e a identidade do paciente.</p><p>TACÊSICA</p><p>A comunicação não verbal tacêsica envolve o estudo do toque e da comunicação estabelecida</p><p>através dele. Aqui estão incluídas todas as características que o toque pode acarretar: a</p><p>pressão exercida, o local onde se toca, como e por que se toca.</p><p> ATENÇÃO</p><p>O tocar é considerado um meio de comunicação não verbal essencial no cuidado de</p><p>enfermagem. Dificilmente conseguiríamos realizar uma assistência de enfermagem de</p><p>qualidade sem incluirmos o toque; contudo, precisamos estar atentos para não sermos</p><p>invasivos na realização do cuidado e na comunicação através do toque.</p><p>Podemos considerar o toque e a aproximação física como elementos de extrema importância</p><p>para estabelecermos comunicação com o paciente. O toque pode ser interpretado como</p><p>demonstração de afeto, de envolvimento e de valorização do ser humano, além de poder ser</p><p>visto também como promotor de segurança e de cuidado.</p><p>Ressaltamos que esse é um dos instrumentos básicos para os enfermeiros estabelecerem</p><p>contato direto dentro de um curto período de tempo e, a partir daí, identificar as possíveis</p><p>necessidades apresentadas pelos pacientes.</p><p>São três os tipos de toque:</p><p>TOQUE EXPRESSIVO</p><p>Também reconhecido como toque afetivo, acontece naturalmente e não faz parte de</p><p>procedimentos ou técnicas que requerem o uso do toque.</p><p>TOQUE INSTRUMENTAL</p><p>Usado para realizar determinada técnica ou procedimento, como fazer um exame físico de</p><p>palpação, por exemplo.</p><p>TOQUE EXPRESSIVO-INSTRUMENTAL OU</p><p>INSTRUMENTAL-AFETIVO</p><p>Como o próprio nome sugere, consiste na junção dos outros dois toques.</p><p>Para a prática do enfermeiro, precisamos estar atentos a elementos associados ao toque, a</p><p>saber:</p><p></p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>DURAÇÃO</p><p>Define se o toque é curto ou longo.</p><p>LOCALIZAÇÃO</p><p>É parte do corpo que será tocada. Algumas áreas podem ser mais sensíveis do que outras e é</p><p>importante sabermos identificá-las.</p><p></p><p></p><p>AÇÃO</p><p>Consiste na velocidade com que nos aproximamos do paciente e executamos o toque. Ao</p><p>sermos rápidos demais podemos causar uma sensação de invasão e, automaticamente, o</p><p>paciente pode tentar se defender.</p><p>INTENSIVIDADE</p><p>Relaciona-se à pressão que exercemos ao executar o toque. Locais mais sensíveis do corpo</p><p>podem perceber essa intensidade de maneira diferente. Caso seja necessário realizarmos</p><p>cuidado por meio do toque na boca ou nos olhos, precisaremos estar atentos à intensidade,</p><p>devido à sensibilidade dessas áreas.</p><p></p><p></p><p>FREQUÊNCIA</p><p>Relaciona-se ao número de vezes que tocamos.</p><p>SENSAÇÃO PROVOCADA</p><p>São as sensações que o toque pode causar no outro, como conforto ou desconforto.</p><p></p><p>Precisamos sempre estar atentos e respeitar as diferenças de cada um, sejam elas culturais,</p><p>individuais, de crença, idade, gênero, entre outras. Por exemplo, é sabido que os povos latinos</p><p>são mais expansivos e se tocam mais que os europeus.</p><p>Por fim, sempre que nos referimos ao toque é preciso levar em consideração todas essas</p><p>diferenças e respeitá-las para que o toque seja terapêutico e faça parte do cuidado de</p><p>enfermagem.</p><p>PARALINGUAGEM</p><p>A paralinguagem pode ser definida como o conjunto de elementos não verbais e verbais, como</p><p>o tom, a velocidade e a entonação que damos às mensagens e como elas podem ser alteradas</p><p>a partir desses elementos.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p> EXEMPLO</p><p>As pausas que fazemos durante uma conversa, o volume da voz. Se falamos mais alto, nosso</p><p>comportamento pode ser percebido como se estivéssemos com raiva, zangados. Se falamos</p><p>muito baixo, podemos passar uma mensagem de que estamos mais tristes ou desanimados.</p><p>Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre os elementos da Comunicação Terapêutica.</p><p>Assista!</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. O PROCESSO DE COMUNICAÇÃO OCORRE DEVIDO À CAPACIDADE</p><p>QUE OS HOMENS TÊM DE EMITIR E RECEBER MENSAGENS. EM</p><p>RELAÇÃO A ESSE PROCESSO, ESTÃO CORRETAS AS AFIRMATIVAS,</p><p>EXCETO:</p><p>A) Uma mensagem é enviada por um emissor.</p><p>B) As mensagens podem sofrer influências no processo de comunicação, caso ocorra uma</p><p>barreira na comunicação.</p><p>C) O conteúdo da mensagem é enviado por meio de um ruído.</p><p>D) A mensagem é recebida por um receptor, que, após entendê-la e interpretá-la, produz uma</p><p>resposta ao emissor, chamada de feedback.</p><p>E) Receptor é aquele que recebe uma mensagem e a decodifica.</p><p>2. A COMUNICAÇÃO É DE EXTREMA IMPORTÂNCIA PARA TODOS OS</p><p>AGENTES ENVOLVIDOS NO CUIDADO DE ENFERMAGEM. COM BASE</p><p>NESSA AFIRMATIVA, ASSINALE A ALTERNATIVA QUE CORRESPONDE</p><p>AO CONCEITO DE COMUNICAÇÃO:</p><p>A) É a transmissão de informações do enfermeiro para todos os outros.</p><p>B) É um processo de troca de mensagens entre pessoas. É a capacidade que os seres</p><p>humanos têm de emitir e receber mensagens, atribuindo sentido a coisas, comportamentos e</p><p>situações.</p><p>C) É a transmissão de informações pela televisão, rádio e internet.</p><p>D) É a capacidade que homens e animais têm de falar e ouvir.</p><p>E) É a emissão de mensagens sem ruídos.</p><p>GABARITO</p><p>1. O processo de comunicação ocorre devido à capacidade que os homens têm de emitir</p><p>e receber mensagens. Em relação a esse processo, estão corretas as afirmativas,</p><p>exceto:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>O conteúdo da mensagem é enviado por um canal de comunicação.</p><p>2. A comunicação é de extrema importância para todos os agentes envolvidos no</p><p>cuidado de enfermagem. Com base nessa afirmativa, assinale a alternativa que</p><p>corresponde ao conceito de comunicação:</p><p>A alternativa "B " está correta.</p><p>Comunicação é o processo no qual uma mensagem, enviada por um emissor, através de um</p><p>canal, é recebida e entendida por um receptor.</p><p>MÓDULO 2</p><p> Reconhecer as estratégias de comunicação e os impasses no desenvolvimento da</p><p>comunicação não terapêutica</p><p>ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO</p><p>A enfermagem é uma prática profissional de assistência ao ser humano pela prevenção,</p><p>promoção, proteção e recuperação da saúde, em que a comunicação com o paciente,</p><p>familiares e equipes profissionais é fundamental.</p><p>Não apenas o enfermeiro, mas outros profissionais estão envolvidos nesse processo de</p><p>comunicação. E para desenvolver uma assistência à saúde de forma integral por uma equipe</p><p>multiprofissional é necessária a comunicação terapêutica.</p><p>Stefanelli (1985, p. 83) descreve três grupos de estratégias de comunicação terapêutica.</p><p>Vamos conhecê-los agora:</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>GRUPO DE EXPRESSÃO</p><p>Permanecer em silêncio: conseguir ouvir o outro. Uma escuta ativa e qualificada presume</p><p>demonstrar interesse pelo paciente, por suas preocupações ou as de seus familiares, não</p><p>interferir ou julgar, controlar nossos sentimentos e evitar preconceitos.</p><p>Verbalizar aceitação: sinaliza a indicação de estar prestando atenção. Exemplo: “Eu entendo”,</p><p>“posso imaginar”.</p><p>Repetir as últimas palavras ditas pelo paciente para checar se estamos realmente entendendo</p><p>o que ele quer expressar</p><p>Ouvir reflexivamente: mostrar interesse em saber mais sobre o que está sendo contado.</p><p>Exemplo: “E aí? ”, “e depois? ”</p><p>Verbalizar interesse: usar expressões para demonstrar atenção, tomando cuidado para que a</p><p>escuta seja empática, ou seja, que considere o contexto, os sentimentos e a situação do</p><p>paciente e familiares. Exemplo: “Que interessante”, “que bom que está se sentindo melhor”.</p><p>GRUPO DE CLARIFICAÇÃO</p><p>Estimular comparações que possam explicar melhor o que o paciente está sentindo. Exemplo:</p><p>“Como se fosse...”</p><p>Devolver as perguntas feitas: ajuda a desenvolver um raciocínio sobre o assunto. Exemplo:</p><p>“Em sua opinião...”, “o que você acha? ”</p><p>Solicitar esclarecimentos de termos incomuns e sempre tirar dúvidas: questionar sem</p><p>constrangimentos.</p><p>GRUPO DE VALIDAÇÃO</p><p>Repetir a mensagem dita: obter feedback se o entendimento está adequado.</p><p>Pedir para a pessoa repetir o que foi dito.</p><p>As estratégias visam ajudar no estabelecimento da comunicação terapêutica. As de expressão</p><p>buscam facilitar o início do diálogo; ouvir reflexiva e empaticamente exige interesse, atenção,</p><p>dedicação e problematização.</p><p>Ouvir reflexivamente demanda sensibilidade para perceber inclusive o que não é dito, como</p><p>risadas, olhos marejados e modificação na expressão vocal que possa indicar choro.</p><p>Implica questionar constantemente o que o outro está dizendo:</p><p>1</p><p>Qual é o sentido do que foi dito?</p><p>2</p><p>O que ele não conseguiu dizer?</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>3</p><p>Posso ajudar a dizer de outra forma?</p><p>4</p><p>Como posso entender e ajudar?</p><p>Um ponto que pode parecer simples, mas que também exigirá esforço e exercício, é o silêncio.</p><p>Ficar em silêncio durante um tempo, ao lado de alguém, olhando em seus olhos, é importante</p><p>para demonstrar interesse no que está sendo compartilhado. Isso ajudará a respeitar o tempo</p><p>do outro, pois cada um de nós tem um tempo de resposta; alguns são mais rápidos, outros,</p><p>mais lentos, uns são mais tímidos, outros, mais expansivos, e esse tempo deverá ser</p><p>identificado e respeitado.</p><p>Em alguns momentos, caberá ao enfermeiro apenas estar com o paciente em silêncio,</p><p>esperando a oportunidade para iniciar o diálogo. E vale ressaltar que “estar com” é estar</p><p>disponível, diferente de apenas ocupar o mesmo local sem dar atenção ao outro, tal como</p><p>mexer no celular ou imaginando o que fará quando acabar o expediente.</p><p>Foto: Shutterstock.com</p><p>Vejamos o exemplo de um protocolo de comunicação aplicado em um hospital. Reproduzimos</p><p>uma tabela de competências comunicacionais aplicadas em uma maternidade-escola que faz</p><p>javascript:void(0)</p><p>javascript:void(0)</p><p>parte da Rede de Hospitais Universitários Federais – EBSERH:</p><p>COMPETÊNCIA EXECUÇÃO</p><p>Saber escutar</p><p>Sem interferir ou julgar; valorizar as preocupações dos</p><p>pacientes e familiares; demonstrar interesse pelo paciente</p><p>e por suas preocupações</p><p>Obter informações Usar perguntas abertas (para conhecer)</p><p>Esclarecer dúvidas Adequar a linguagem ao paciente</p><p>Resumir informações</p><p>coletadas</p><p>Para obter confirmação pelo paciente</p><p>Fornecer informações</p><p>Em linguagem adequada, clara, simples e acessível para o</p><p>paciente (idade e capacidade de compreensão);</p><p>informações completas para as necessidades do paciente</p><p>naquele momento</p><p>Avaliar o grau de</p><p>compreensão do</p><p>paciente para a</p><p>informação transmitida</p><p>Realizar perguntas abertas que permitam avaliar se o</p><p>paciente entendeu o que foi informado; uso de perguntas</p><p>fechadas (para confirmar ou refutar informações)</p><p>Aconselhar e educar o</p><p>paciente</p><p>De acordo com os valores do paciente, promovendo</p><p>comportamentos saudáveis; entender que o paciente tem o</p><p>direito de conhecer sua condição de saúde para fazer suas</p><p>escolhas</p><p>Tomar decisões com</p><p>base nas informações</p><p>recebidas</p><p>Utilizar a imparcialidade; propiciar ao paciente condições</p><p>para fazer escolhas sobre sua saúde e tratamento</p><p>Aplicar estratégias para</p><p>comunicar informações</p><p>importantes</p><p>Usar cores, desenhos, linguagem de sinais e outros</p><p>métodos, adequados para a comunicação, como resposta</p><p>a demandas e necessidades específicas dos pacientes;</p><p>utilizar protocolo de comunicação de más notícias</p><p>Usar linguagem não</p><p>verbal</p><p>Compreender a importância dessa forma de comunicação</p><p>e seu impacto na comunicação; identificar o que o paciente</p><p>comunica com a linguagem não verbal; demonstrar</p><p>interesse pelas ideias, valores e preocupações do</p><p>paciente, por meio da linguagem não verbal (contato visual,</p><p>tom de voz, expressão facial e toque físico, tal como</p><p>segurar a mão)</p><p>Usar linguagem</p><p>eletrônica</p><p>De forma clara, completa e ética; respeitar os limites éticos</p><p>do uso de ferramentas eletrônicas para comunicação em</p><p>saúde</p><p>Usar linguagem verbal</p><p>Reconhecer a importância da linguagem verbal (conteúdo</p><p>e tom de voz) no trabalho em equipe e no cuidado aos</p><p>pacientes; conhecer os limites seguros para a adoção da</p><p>comunicação verbal na prática assistencial</p><p>Aplicar a ética no</p><p>processo de</p><p>comunicação</p><p>Demonstrar respeito pelas diferenças culturais, étnicas,</p><p>espirituais, emocionais e as relacionadas com a idade do</p><p>paciente; demonstrar respeito pelos valores, crenças e</p><p>preocupações do paciente</p><p>Estabelecer vínculos</p><p>empáticos com o</p><p>paciente e família</p><p>Compreender a doença a partir da perspectiva do paciente</p><p>e família; saber se colocar no lugar do outro</p><p>Compreender a</p><p>influência do ambiente</p><p>na comunicação</p><p>Entender como o silêncio, a ausência de interrupções e a</p><p>privacidade influenciam a comunicação com o paciente e</p><p>familiares; entender a influência do ambiente na</p><p>comunicação em equipe</p><p>Saber mediar conflitos</p><p>e realizar negociações</p><p>Reconhecer a importância da mediação de conflitos na</p><p>criação de um clima organizacional positivo e seguro para</p><p>o paciente</p><p>Atenção! Para visualização completa da tabela utilize a rolagem horizontal</p><p> Tabela 1 - Protocolo clínico de Comunicação Efetiva para Segurança do Paciente.</p><p>Elaborado por EBSERH – Rede Federal de Hospitais Universitários/Universidade do</p><p>Ceará/Maternidade Escola Assis Chateaubriand. 2019.</p><p>IMPASSES NO DESENVOLVIMENTO DA</p><p>COMUNICAÇÃO NÃO TERAPÊUTICA</p><p>A comunicação é um processo interativo e dinâmico entre as pessoas. Por isso, pode, muitas</p><p>vezes, gerar entendimentos equivocados. Então, por mais que o enfermeiro esteja atento à</p><p>comunicação no processo de cuidar, é importante identificar alguns limitadores da comunicação</p><p>terapêutica e reconhecer como podemos evitar tais impasses.</p><p></p><p>LIMITAÇÃO DO EMISSOR OU RECEPTOR</p><p>Podemos considerar como limitação as questões físicas, emocionais ou cognitivas do emissor</p><p>e, também, as dificuldades de ouvir, ver, sentir ou perceber do receptor.</p><p>FALTA DE CAPACIDADE DE CONCENTRAÇÃO DA</p><p>ATENÇÃO</p><p>A capacidade de concentração da atenção está relacionada a questões orgânicas, condições</p><p>ambientais que dificultam a concentração. Por exemplo: Um ambiente com muito barulho; o</p><p>desconhecimento de termos utilizados; uma fala muito rebuscada com termos técnicos que o</p><p>receptor não consegue entender e, por isso, não prende atenção ao que se fala.</p><p></p><p></p><p>PRESSUPOSIÇÃO DA COMPREENSÃO DA MENSAGEM</p><p>Quando o enfermeiro pressupõe que o paciente entendeu o que está sendo transmitido com</p><p>base nos conhecimentos e entendimento próprios, sem se certificar que foi realmente</p><p>entendido. É importante estarmos atentos ao nível de compreensão dos pacientes.</p><p>IMPOSIÇÃO DE ESQUEMA DE VALORES</p><p>É importante respeitarmos a cultura do paciente, suas crenças, valores, atitudes e os padrões</p><p>de comportamento de cada um, sem qualquer tipo de julgamento ou imposição a partir do que</p><p>nós, enfermeiros, acreditamos.</p><p></p><p></p><p>AUSÊNCIA DE LINGUAJAR COMUM</p><p>Utilizar uma linguagem não comum a todos os envolvidos no processo de comunicação pode</p><p>alterar o significado do que está sendo transmitido e, com isso, prejudicar a comunicação. É</p><p>importante nos certificarmos de que a comunicação está sendo efetiva.</p><p>INFLUÊNCIA DE MECANISMOS INCONSCIENTES</p><p>Às vezes podemos negar, afirmar ou distorcer algo em situações perturbadoras,</p><p>constrangedoras, assumindo uma postura negativista, mesmo que inconscientemente, e isso</p><p>pode influenciar o processo de comunicação. A comunicação não terapêutica não significa</p><p>apenas não utilizarmos as estratégias da comunicação terapêutica. Não há padronização para</p><p>esse processo, pois não foi elaborado conscientemente para esse fim. Trata-se de situações</p><p>nas quais a comunicação humana ocorre de maneira errônea e, por isso, acarretam prejuízos e</p><p>impasses para os envolvidos no processo. A seguir, apresentaremos algumas atitudes não</p><p>terapêuticas que são barreiras para a efetivação da comunicação terapêutica.</p><p></p><p></p><p>NÃO SABER OUVIR</p><p>O enfermeiro que está sob influência de sobrecarga de trabalho, alterações emocionais e de</p><p>saúde, problemas pessoais ou no próprio trabalho pode não estar disponível para a escuta.</p><p>Mesmo que não perceba esse fato, isso pode influenciar seu diálogo com o paciente, assim</p><p>como o tempo disponibilizado para o ato de ouvir.</p><p>DAR CONSELHOS</p><p>Dizer ao paciente o que fazer ou como se comportar, principalmente se for por questões</p><p>pessoais que não dizem respeito aos aspectos clínicos de cuidado, pode dar a entender que o</p><p>enfermeiro é o detentor do saber e que o paciente não tem capacidade para tomar decisões.</p><p></p><p></p><p>USAR JARGÕES TÉCNICOS OU LINGUAGEM</p><p>CIENTÍFICA</p><p>Ao usarmos termos técnicos ou científicos precisamos nos certificar de que o paciente</p><p>compreendeu a mensagem; logo, quando for necessário o uso desses termos, precisamos</p><p>sempre esclarecer seus significados para que tenhamos um processo de comunicação eficaz.</p><p>FALSA TRANQUILIZAÇÃO</p><p>Por vezes, no intuito de deixar o paciente mais calmo e tranquilo, o enfermeiro utiliza algumas</p><p>frases prontas, como: “vai ficar tudo bem”, “essa cirurgia será um sucesso, é muito rápida”,</p><p>“logo, logo você terá alta”. Essa estratégia não é adequada, pois não temos como prever o que</p><p>irá acontecer. O mais importante é ser realista com a situação apresentada e ter cuidado com o</p><p>que vamos dizer, para que o paciente não fique ainda mais assustado ou preocupado.</p><p></p><p></p><p>JULGAR UM COMPORTAMENTO</p><p>Precisamos sempre relembrar e respeitar a cultura, as crenças e os valores de cada sujeito,</p><p>qualquer que seja a situação. Caso isso não aconteça, podemos criar uma barreira na</p><p>comunicação, causando omissões ou mentiras sobre situações vividas por pacientes, por não</p><p>se sentirem acolhidos em suas características.</p><p>INDUZIR RESPOSTAS</p><p>Determinadas perguntas já vêm com respostas subentendidas e isso pode fazer com que o</p><p>paciente responda conforme o esperado ou com o que queremos ouvir. É importante fazermos</p><p>perguntas abertas, para que a resposta seja ampla. Note a diferença entre as duas perguntas:</p><p>“O senhor está bem? ” Podemos a partir dessa pergunta levar que o paciente nos responda</p><p>apenas que está bem ou não. Note nesta segunda pergunta que abriremos mais possibilidades</p><p>do paciente poder falar; “Me explica como foi a sua noite? ” Parece obvio, mas as perguntas</p><p>abertas propiciam que o paciente possa se comunicar mais, expressar seus sentimentos seus</p><p>pensamentos o que possibilita uma melhor assistência de enfermagem.</p><p></p><p></p><p>MANTER-SE NA DEFENSIVA</p><p>É da natureza do ser humano defender-se ao ser criticado; no entanto, é importante manter</p><p>uma postura profissional de saber ouvir críticas e fazer uma autoavaliação, antes de reagir.</p><p>Especificamente na comunicação entre enfermeiro e paciente, na qual pode parece existir certa</p><p>relação hierárquica em termos de conhecimento, as críticas quanto à maneira de agir do</p><p>enfermeiro podem levá-lo a se manter na defensiva. Para amenizar essa tendência, o</p><p>enfermeiro precisa iniciar um diálogo esclarecedor que justifique sua conduta, e, até mesmo,</p><p>aceitar a crítica, colocando-se mais próximo do paciente.</p><p>PÔR O PACIENTE À PROVA</p><p>Nem sempre o paciente fala a verdade. Nesses casos, é comum que o enfermeiro conteste seu</p><p>depoimento e exponha as afirmações contraditórias com conotação de reprovação. Essa</p><p>conduta cria uma distância entre os dois e o enfermeiro perde a oportunidade de explorar as</p><p>dificuldades do paciente quanto à adesão às condutas adequadas ao tratamento e de</p><p>esclarecer suas dúvidas.</p><p></p><p></p><p>MUDAR DE ASSUNTO SUBITAMENTE</p><p>Na comunicação entre enfermeiro e paciente, são frequentes situações nas quais o profissional</p><p>muda de assunto subitamente. Essa atitude ocorre em virtude de estímulos externos,</p><p>desconhecimento/despreparo ou tabu sobre o tema que está sendo explorado.</p><p>COMUNICAR-SE UNIDERECIONALMENTE</p><p>A comunicação unidirecional ocorre quando o enfermeiro toma para si o direito de falar e nega</p><p>ao cliente a oportunidade de manifestar seus pensamentos e sentimentos, muitas vezes, com a</p><p>ideia equivocada de controle da comunicação.</p><p>Como vimos, são muitos os impasses que podem acontecer na comunicação enfermeiro-</p><p>paciente e quando isso acontece, é necessário estabelecer estratégias efetivas de modo que</p><p>possamos transmitir a informação de forma clara e objetiva, pensando em um cuidado integral</p><p>do indivíduo, proporcionando a recuperação e reabilitação da saúde.</p><p></p><p>Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre as estratégias de comunicação terapêutica e</p><p>impasses da comunicação não terapêutica. Assista!</p><p>VERIFICANDO O APRENDIZADO</p><p>1. OUVIR ATENTAMENTE E REFLETIR SOBRE O QUE SE OUVE É UMA</p><p>TÉCNICA DE COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA DAS MAIS EFETIVAS,</p><p>SENDO, PORTANTO, UM INSTRUMENTO ESSENCIAL PARA QUE O</p><p>ENFERMEIRO ESTABELEÇA O RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO.</p><p>MARQUE A AFIRMATIVA INCORRETA:</p><p>A) Ao ouvir o paciente, devemos estar atentos para não julgar as ideias e opiniões</p><p>manifestadas por ele.</p><p>B) Direcionamos toda nossa atenção ao paciente, refletindo sobre o que ele diz, para</p><p>compreender o significado da mensagem transmitida.</p><p>C) Direcionamos a atenção ao paciente, colocando-nos de forma empática em relação a ele.</p><p>D) Direcionamos nossa atenção aos protocolos, aplicando somente a comunicação terapêutica.</p><p>E) Nenhuma das alternativas anteriores.</p><p>2. A COMUNICAÇÃO NÃO TERAPÊUTICA É UM PROCESSO QUE</p><p>ACARRETA DIFICULDADES PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM.</p><p>COM BASE NESSA AFIRMATIVA, ASSINALE A ALTERNATIVA QUE INDICA</p><p>UMA ATITUDE NÃO TERAPÊUTICA:</p><p>A) Verbalizar aceitação</p><p>B) Demonstrar interesse</p><p>C) Falsa tranquilização</p><p>D) Permanecer em silêncio</p><p>E) Ouvir reflexivamente</p><p>GABARITO</p><p>1. Ouvir atentamente e refletir sobre o que se ouve é uma técnica de comunicação</p><p>terapêutica das mais efetivas, sendo, portanto, um instrumento essencial para que o</p><p>enfermeiro estabeleça o relacionamento terapêutico. Marque a afirmativa incorreta:</p><p>A alternativa "D " está correta.</p><p>Ouvir o paciente, mesmo quando o assunto não nos interessa, é primordial para que</p><p>estabeleçamos vínculo. A comunicação entre enfermeiro e paciente pode ser terapêutica e não</p><p>terapêutica.</p><p>2. A comunicação não terapêutica é um processo que acarreta dificuldades para a</p><p>assistência de enfermagem. Com base nessa afirmativa, assinale a alternativa que indica</p><p>uma atitude não terapêutica:</p><p>A alternativa "C " está correta.</p><p>Não devemos omitir ou dizer ao paciente algo que não é realmente do seu quadro clinico.</p><p>Precisamos sempre respeitar a individualidade do outro, sem levarmos falsas esperanças.</p><p>CONCLUSÃO</p><p>CONSIDERAÇÕES FINAIS</p><p>Ao falarmos de comunicação terapêutica na prática de enfermagem, estamos nos referindo à</p><p>comunicação entre en fermeiro, paciente, familiares e equipes de profissionais de saúde,</p><p>considerando que a comunicação será uma estratégia de suma importância para que o</p><p>paciente recupere sua saúde. Assim, devemos considerar que em uma comunicação</p><p>terapêutica o enfermeiro precisará estar atento ao sentido da mensagem e ao processo de</p><p>comunicação.</p><p>É importante levar em consideração todos os sentimentos e as crenças que influenciam o</p><p>processo de comunicação, assim como tudo aquilo que o desfavorece e precisará de</p><p>alternativas, de reflexões e respostas mais efetivas entre equipe de enfermagem e paciente.</p><p>Devemos entender a comunicação terapêutica como um ato dinâmico, um processo que exigirá</p><p>diálogo verdadeiro entre os participantes, preocupação e atenção. Caso isso não aconteça,</p><p>surgirão dificuldades e impasses no diálogo, sendo necessário criar estratégias para que essa</p><p>comunicação ocorra de maneira efetiva e proporcione bem-estar aos profissionais de saúde e</p><p>ao cliente.</p><p>AVALIAÇÃO DO TEMA:</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>BERLO, D.K. O processo da comunicação: introdução à teoria e à prática. 10. ed. São Paulo:</p><p>Martins Fontes, 2003.</p><p>BROCA, P.V.; FERREIRA, M. de A. Equipe de enfermagem e comunicação: contribuições</p><p>para o cuidado de enfermagem. In: Rev. Bras. Enfermagem, Brasília, v. 65, n. 1, p. 97-103, Fev.</p><p>2012.</p><p>COELHO, M.T.V.; SEQUEIRA, C. Comunicação terapêutica em enfermagem: como a</p><p>caracterizam os enfermeiros. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental [online].</p><p>n.11, pp.31-38, 2014.</p><p>CORIOLANO-MARINUS, M.W.de L.; QUEIROGA, B.A.M.de; RUIZ-MORENO, L.; LIMA, L.S.de.</p><p>Comunicação nas práticas em saúde: revisão integrativa da literatura. In: Saúde Soc. São</p><p>Paulo, v.23, n.4, p.1356-1369, 2014.</p><p>ELIAS, A.D.S et al. Relacionamento e comunicação em enfermagem. Rio de Janeiro:</p><p>SESES, 2016, 136 p.</p><p>FRITZEN, S. J. A janela de Johari. 13.ed. Petrópolis: Vozes, 1998.</p><p>REDE FEDERAL DE HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS. EBSERH. Protocolo clínico</p><p>Comunicação Efetiva para Segurança do Paciente. Universidade do Ceará/Maternidade</p><p>escola Assis Chateaubriand, 2019.</p><p>SILVA, M.J.P. Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais em</p><p>saúde. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2006.</p><p>STEFANELLI, M.C. Ensino de técnicas de comunicação terapêutica enfermeira-paciente.</p><p>São Paulo, 1985. 163p. (Tese Doutorado) – Escola de Enfermagem, Universidade de São</p><p>Paulo.</p><p>STEFANELLI, M.C. Comunicação com o paciente: teoria e ensino. 2. ed. São Paulo: Robe</p><p>Editorial, 1993.</p><p>EXPLORE+</p><p>Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia os artigos:</p><p>Comunicação nas práticas em saúde: revisão integrativa da literatura, que descreve os</p><p>principais eixos temáticos explorados no campo da comunicação nas práticas em saúde</p><p>no SUS.</p><p>Equipe de enfermagem e comunicação: contribuições para o cuidado de enfermagem,</p><p>que trata de uma pesquisa qualitativa e descritiva, cujo objetivo é identificar os elementos</p><p>que compõem o processo de comunicação da equipe de enfermagem, analisar as</p><p>estratégias de comunicação utilizadas pela equipe e discutir suas influências no cuidado</p><p>de enfermagem.</p><p>A equipe de enfermagem e a comunicação não verbal, que trata de uma pesquisa</p><p>qualitativa e descritiva com 25 profissionais de enfermagem de clínica médica de um</p><p>hospital universitário.</p><p>CONTEUDISTA</p><p>Michael Vida de Freitas</p><p> CURRÍCULO LATTES</p><p>javascript:void(0);</p><p>javascript:void(0);</p>Na comunicação entre enfermeiro e paciente, são frequentes situações nas quais o profissional muda de assunto subitamente. Essa atitude ocorre em virtude de estímulos externos, desconhecimento/despreparo ou tabu sobre o tema que está sendo explorado. COMUNICAR-SE UNIDERECIONALMENTE A comunicação unidirecional ocorre quando o enfermeiro toma para si o direito de falar e nega ao cliente a oportunidade de manifestar seus pensamentos e sentimentos, muitas vezes, com a ideia equivocada de controle da comunicação. Como vimos, são muitos os impasses que podem acontecer na comunicação enfermeiro- paciente e quando isso acontece, é necessário estabelecer estratégias efetivas de modo que possamos transmitir a informação de forma clara e objetiva, pensando em um cuidado integral do indivíduo, proporcionando a recuperação e reabilitação da saúde. Neste vídeo, você conhecerá um pouco sobre as estratégias de comunicação terapêutica e impasses da comunicação não terapêutica. Assista! VERIFICANDO O APRENDIZADO 1. OUVIR ATENTAMENTE E REFLETIR SOBRE O QUE SE OUVE É UMA TÉCNICA DE COMUNICAÇÃO TERAPÊUTICA DAS MAIS EFETIVAS, SENDO, PORTANTO, UM INSTRUMENTO ESSENCIAL PARA QUE O ENFERMEIRO ESTABELEÇA O RELACIONAMENTO TERAPÊUTICO. MARQUE A AFIRMATIVA INCORRETA: A) Ao ouvir o paciente, devemos estar atentos para não julgar as ideias e opiniões manifestadas por ele. B) Direcionamos toda nossa atenção ao paciente, refletindo sobre o que ele diz, para compreender o significado da mensagem transmitida. C) Direcionamos a atenção ao paciente, colocando-nos de forma empática em relação a ele. D) Direcionamos nossa atenção aos protocolos, aplicando somente a comunicação terapêutica. E) Nenhuma das alternativas anteriores. 2. A COMUNICAÇÃO NÃO TERAPÊUTICA É UM PROCESSO QUE ACARRETA DIFICULDADES PARA A ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM. COM BASE NESSA AFIRMATIVA, ASSINALE A ALTERNATIVA QUE INDICA UMA ATITUDE NÃO TERAPÊUTICA: A) Verbalizar aceitação B) Demonstrar interesse C) Falsa tranquilização D) Permanecer em silêncio E) Ouvir reflexivamente GABARITO 1. Ouvir atentamente e refletir sobre o que se ouve é uma técnica de comunicação terapêutica das mais efetivas, sendo, portanto, um instrumento essencial para que o enfermeiro estabeleça o relacionamento terapêutico. Marque a afirmativa incorreta: A alternativa "D " está correta. Ouvir o paciente, mesmo quando o assunto não nos interessa, é primordial para que estabeleçamos vínculo. A comunicação entre enfermeiro e paciente pode ser terapêutica e não terapêutica. 2. A comunicação não terapêutica é um processo que acarreta dificuldades para a assistência de enfermagem. Com base nessa afirmativa, assinale a alternativa que indica uma atitude não terapêutica: A alternativa "C " está correta. Não devemos omitir ou dizer ao paciente algo que não é realmente do seu quadro clinico. Precisamos sempre respeitar a individualidade do outro, sem levarmos falsas esperanças. CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS Ao falarmos de comunicação terapêutica na prática de enfermagem, estamos nos referindo à comunicação entre en fermeiro, paciente, familiares e equipes de profissionais de saúde, considerando que a comunicação será uma estratégia de suma importância para que o paciente recupere sua saúde. Assim, devemos considerar que em uma comunicação terapêutica o enfermeiro precisará estar atento ao sentido da mensagem e ao processo de comunicação. É importante levar em consideração todos os sentimentos e as crenças que influenciam o processo de comunicação, assim como tudo aquilo que o desfavorece e precisará de alternativas, de reflexões e respostas mais efetivas entre equipe de enfermagem e paciente. Devemos entender a comunicação terapêutica como um ato dinâmico, um processo que exigirá diálogo verdadeiro entre os participantes, preocupação e atenção. Caso isso não aconteça, surgirão dificuldades e impasses no diálogo, sendo necessário criar estratégias para que essa comunicação ocorra de maneira efetiva e proporcione bem-estar aos profissionais de saúde e ao cliente. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS BERLO, D.K. O processo da comunicação: introdução à teoria e à prática. 10. ed. São Paulo: Martins Fontes, 2003. BROCA, P.V.; FERREIRA, M. de A. Equipe de enfermagem e comunicação: contribuições para o cuidado de enfermagem. In: Rev. Bras. Enfermagem, Brasília, v. 65, n. 1, p. 97-103, Fev. 2012. COELHO, M.T.V.; SEQUEIRA, C. Comunicação terapêutica em enfermagem: como a caracterizam os enfermeiros. Revista Portuguesa de Enfermagem de Saúde Mental [online]. n.11, pp.31-38, 2014. CORIOLANO-MARINUS, M.W.de L.; QUEIROGA, B.A.M.de; RUIZ-MORENO, L.; LIMA, L.S.de. Comunicação nas práticas em saúde: revisão integrativa da literatura. In: Saúde Soc. São Paulo, v.23, n.4, p.1356-1369, 2014. ELIAS, A.D.S et al. Relacionamento e comunicação em enfermagem. Rio de Janeiro: SESES, 2016, 136 p. FRITZEN, S. J. A janela de Johari. 13.ed. Petrópolis: Vozes, 1998. REDE FEDERAL DE HOSPITAIS UNIVERSITÁRIOS. EBSERH. Protocolo clínico Comunicação Efetiva para Segurança do Paciente. Universidade do Ceará/Maternidade escola Assis Chateaubriand, 2019. SILVA, M.J.P. Comunicação tem remédio: a comunicação nas relações interpessoais em saúde. 4. ed. São Paulo: Loyola, 2006. STEFANELLI, M.C. Ensino de técnicas de comunicação terapêutica enfermeira-paciente. São Paulo, 1985. 163p. (Tese Doutorado) – Escola de Enfermagem, Universidade de São Paulo. STEFANELLI, M.C. Comunicação com o paciente: teoria e ensino. 2. ed. São Paulo: Robe Editorial, 1993. EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos tratados neste tema, leia os artigos: Comunicação nas práticas em saúde: revisão integrativa da literatura, que descreve os principais eixos temáticos explorados no campo da comunicação nas práticas em saúde no SUS. Equipe de enfermagem e comunicação: contribuições para o cuidado de enfermagem, que trata de uma pesquisa qualitativa e descritiva, cujo objetivo é identificar os elementos que compõem o processo de comunicação da equipe de enfermagem, analisar as estratégias de comunicação utilizadas pela equipe e discutir suas influências no cuidado de enfermagem. A equipe de enfermagem e a comunicação não verbal, que trata de uma pesquisa qualitativa e descritiva com 25 profissionais de enfermagem de clínica médica de um hospital universitário. CONTEUDISTA Michael Vida de Freitas CURRÍCULO LATTES javascript:void(0); javascript:void(0);