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<p>Questão 37: Como a fisioterapia pode auxiliar no</p><p>manejo de disfunções neurológicas em idosos?</p><p>As disfunções neurológicas, como Acidente Vascular Cerebral (AVC), doença de Parkinson, esclerose múltipla e</p><p>Alzheimer, afetam significativamente a qualidade de vida dos idosos, impactando a mobilidade, a coordenação, o</p><p>equilíbrio, a comunicação, a cognição e o desempenho de atividades da vida diária. O fisioterapeuta desempenha um</p><p>papel crucial no manejo dessas condições, utilizando estratégias específicas para restaurar a função neurológica,</p><p>minimizar os déficits, promover a independência funcional e melhorar a qualidade de vida do paciente.</p><p>Fisioterapia Neurofuncional</p><p>A fisioterapia neurofuncional visa reabilitar pacientes</p><p>com disfunções neurológicas, utilizando técnicas</p><p>específicas para estimular o sistema nervoso central e</p><p>periférico e promover a recuperação da função motora,</p><p>do equilíbrio, da coordenação, da percepção e da</p><p>cognição. O fisioterapeuta utiliza exercícios</p><p>terapêuticos adaptados às necessidades individuais do</p><p>paciente, como exercícios de força, de equilíbrio, de</p><p>coordenação, de marcha, de flexibilidade e de</p><p>treinamento funcional.</p><p>O profissional também pode utilizar técnicas de</p><p>estimulação neuromuscular, como eletroestimulação e</p><p>terapia manual, para facilitar a contração muscular,</p><p>melhorar a amplitude de movimento e reduzir a</p><p>espasticidade. A fisioterapia neurofuncional também</p><p>inclui o uso de recursos assistivos, como andadores,</p><p>bengalas, órteses e próteses, para promover a</p><p>independência e a segurança do paciente durante a</p><p>locomoção e a realização de atividades cotidianas.</p><p>Ausência de Fisioterapia Neurofuncional</p><p>A falta de acompanhamento fisioterapêutico para</p><p>pacientes com disfunções neurológicas pode resultar</p><p>em um ciclo de limitações e dependência. A ausência de</p><p>exercícios específicos para fortalecer os músculos,</p><p>melhorar o equilíbrio, a coordenação e a marcha pode</p><p>levar à perda de função física, a dificuldade em realizar</p><p>atividades cotidianas, a redução da qualidade de vida e</p><p>à dependência de outros para realizar tarefas básicas.</p><p>A ausência de estimulação neuromuscular pode</p><p>agravar a espasticidade, a rigidez muscular e a perda de</p><p>função motora. A falta de orientação sobre o uso de</p><p>recursos assistivos pode comprometer a segurança e a</p><p>independência do paciente durante a locomoção e a</p><p>realização de atividades cotidianas. A fisioterapia</p><p>neurofuncional é essencial para a reabilitação de idosos</p><p>com disfunções neurológicas, promovendo a</p><p>recuperação da função física, a independência</p><p>funcional, a qualidade de vida e a participação ativa na</p><p>sociedade.</p><p>Questão 38: Quais são os principais fatores de risco</p><p>para fragilidade em idosos e como a fisioterapia</p><p>pode atuar na sua prevenção?</p><p>A fragilidade, um estado de vulnerabilidade que aumenta o risco de quedas, hospitalizações, incapacidade e</p><p>mortalidade, é um problema de saúde crescente em pessoas idosas. A fisioterapia desempenha um papel crucial na</p><p>prevenção da fragilidade, intervindo em diversos fatores de risco, promovendo a saúde e a independência funcional</p><p>dos indivíduos.</p><p>Fatores de Risco para a Fragilidade</p><p>Perda de Massa Muscular (Sarcopenia): A</p><p>sarcopenia, caracterizada pela perda progressiva de</p><p>massa muscular, é um dos principais fatores de</p><p>risco para a fragilidade. A diminuição da força</p><p>muscular pode levar a dificuldade em realizar</p><p>atividades da vida diária, maior risco de quedas,</p><p>fraqueza generalizada e maior vulnerabilidade a</p><p>doenças.</p><p>Diminuição da Densidade Mineral Óssea</p><p>(Osteoporose): A osteoporose, caracterizada pela</p><p>perda de densidade óssea, aumenta o risco de</p><p>fraturas, especialmente em quadril, coluna vertebral</p><p>e punho. As fraturas podem levar à incapacidade</p><p>funcional, à perda de autonomia e à redução da</p><p>qualidade de vida.</p><p>Diminuição da Capacidade Funcional: A fragilidade</p><p>também se manifesta pela redução da capacidade</p><p>de realizar atividades da vida diária (AVDs). A</p><p>dificuldade em caminhar, vestir-se, tomar banho e</p><p>realizar outras tarefas básicas pode levar à</p><p>dependência de outras pessoas e à perda de</p><p>independência funcional.</p><p>Dificuldades Cognitivas: A fragilidade está associada</p><p>a alterações cognitivas, como declínio da memória,</p><p>dificuldade de atenção e diminuição da velocidade</p><p>de processamento de informações. Essas alterações</p><p>podem afetar a capacidade de tomar decisões</p><p>independentes, seguir instruções e realizar tarefas</p><p>complexas.</p><p>Fatores Psicossociais: A fragilidade também está</p><p>relacionada a fatores psicossociais, como</p><p>depressão, ansiedade e isolamento social. Esses</p><p>fatores podem contribuir para a perda de</p><p>motivação, a diminuição da atividade física e a</p><p>redução da qualidade de vida.</p><p>Doenças Crônicas: A presença de doenças crônicas,</p><p>como diabetes, doenças cardíacas, doenças</p><p>respiratórias e artrite, aumenta o risco de</p><p>fragilidade. Essas condições podem contribuir para</p><p>a perda de função física, a redução da capacidade</p><p>funcional e a diminuição da qualidade de vida.</p><p>Fisioterapia na Prevenção da Fragilidade</p><p>A fisioterapia desempenha um papel fundamental na</p><p>prevenção da fragilidade em idosos. O fisioterapeuta</p><p>atua em vários níveis, abordando os fatores de risco e</p><p>implementando estratégias para fortalecer a saúde e a</p><p>independência funcional dos indivíduos. O treinamento</p><p>de força muscular é essencial para combater a</p><p>sarcopenia e melhorar a força, o equilíbrio e a</p><p>resistência. Exercícios de equilíbrio e coordenação são</p><p>cruciais para prevenir quedas, reduzindo o risco de</p><p>fraturas e incapacidade funcional.</p><p>O fisioterapeuta também realiza exercícios de</p><p>flexibilidade, como alongamentos e yoga, para</p><p>melhorar a amplitude de movimento, a postura e a</p><p>coordenacao. A avaliação e o tratamento de dores</p><p>crônicas são importantes para melhorar a qualidade de</p><p>vida e a participação em atividades físicas. O</p><p>profissional orienta sobre a importância de uma</p><p>alimentação saudável, com ingestão adequada de</p><p>proteínas, cálcio e vitamina D, para fortalecer os</p><p>músculos e os ossos.</p><p>A fisioterapia também promove a atividade física</p><p>regular, incentivando a prática de exercícios que sejam</p><p>prazerosos e adaptados às condições físicas de cada</p><p>indivíduo. O profissional orienta sobre a importância de</p><p>cuidados com a saúde mental, incluindo a redução do</p><p>estresse, a promoção do sono reparador e a</p><p>participação em atividades sociais. A fisioterapia</p><p>desempenha um papel fundamental na prevenção da</p><p>fragilidade em idosos, promovendo a saúde, a</p><p>independência funcional, a qualidade de vida e o bem-</p><p>estar dos indivíduos.</p>