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O Ambiente e 
as Doenças do 
Trabalho 
Unidade 2 - Riscos Ambientais e os Programas de Segurança
Sumário
 
CLIQUE NO CAPÍTULO PARA SER REDIRECIONADO
Riscos ambientais 
 Agentes físicos 
 Agentes químicos 
 Agentes biológicos 
 Agentes ergonômicos 
 Agentes relacionados a riscos de acidentes 
 Acidente de trabalho 
Identificação e análise de riscos 
 Identificação de riscos 
 Técnica de incidentes críticos 
 What-If 
 Causa e efeito 
 Análise e avaliação de riscos
 Análise preliminar de riscos 
 Análise de modos de falha e efeitos 
 Análise de árvore de falhas 
6
18
Sumário
 
CLIQUE NO CAPÍTULO PARA SER REDIRECIONADO
Serviços de saúde ocupacional e segurança do trabalho
 SESMT 
 Dimensionamento 
 Cipa 
 Estruturação e dimensionamento 
 Processo eleitoral 
Programas de saúde ocupacional e da segurança do trabalho 
 PCMSO 
 PGR 
 PCMAT 
Referências 
29
40
49
Objetivos Definição
Explicando Melhor Você Sabia?
Acesse Resumindo
Nota Importante
Saiba Mais Reflita
Atividades Testando
Para o início do 
desenvolvimento de uma 
nova competência;
Se houver necessidade 
de se apresentar um novo 
conceito;
Algo precisa ser melhor 
explicado ou detalhado;
Curiosidades indagações 
lúdicas sobre o tema em 
estudo, se form necessarias;
Se for preciso acesar um 
ou mais sites para fazer 
dowload, assistir videos, ler 
textos, ouvir podcast;
Quando for preciso se fazer 
um resumo acumulativo 
das últimas abordagens;
quando forem necessárias 
observações ou 
complementações para o
seu conhecimento;
As observações escritas 
tiveram que ser priorizadas 
para você;
Textos, referências 
bibliográficas e links para 
aprofundamento do seu 
conhecimento;
Se houver a necessidade 
de chamar a atenção 
sobre algo a ser refletido ou 
discutido sobre;
Quando alguma atividade 
de autoaprendizagem for 
aplicada;
Quando o desenvolvimento 
de uma competência for 
concluído e questões forem 
explicadas. 
@faculdadelibano_
1
Riscos 
ambientais
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Capítulo 1
Riscos ambientais
Objetivos
Olá. Nesta competência, você será capaz de compreender os riscos 
ambientais. A presença de riscos de maior ou menor grau varia entre 
as atividades laborais e cabe aos profissionais de segurança e saúde 
ocupacional aplicarem os conhecimentos técnicos aliados aos aspectos 
legais de forma integrada. E então? Motivado? Vamos lá!
Antes de o trabalho ser o responsável por sustentar o homem e sua família, ele é, 
também, um importante instrumento de contentamento pessoal. É a partir do trabalho 
que o homem expressa sua criatividade, exercita seu potencial analítico e formula 
pensamentos, alocando valor à sua rotina diária.
Além disso, em função de seus horários de trabalho, o sujeito estipula sua rotina diária, 
organiza suas atividades, institui hábitos, faz vínculos e se torna membro de uma 
sociedade. Entretanto, o espaço, os instrumentos, as máquinas, as posições durante o 
trabalho e outros itens do ambiente organizacional colocam o trabalhador em situações 
que podem interferir na sua integridade física.
A prevenção dessas situações é algo que está ao alcance dos homens, já que, uma 
de nossas características de superioridade em relação aos demais seres vivos é 
a capacidade de raciocinar e prevenir, ou seja, pensar e identificar prováveis falhas 
antes que elas ocorram. Competem aos gestores, técnicos, tecnólogos e engenheiros 
desenvolver um roteiro para eliminar ou minimizar tais situações.
“Risco” é um termo comum em diferentes campos do conhecimento, podendo ter 
definições variadas de acordo com o contexto no qual está aplicado. Pode ser definido 
como toda e qualquer variável presente ao ambiente de trabalho capaz de alterar e/
ou condicionar a capacidade produtiva do indivíduo, causando ou não agressão ou 
depressões à saúde deste: mobília, utilização do espaço físico e áreas, ambiente térmico 
e suas variáveis; prescrição e conteúdo das tarefas, relações interpessoais, informações, 
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Riscos ambientais Capítulo 1
maquinaria, ferramentas e a intervenção sobre elas (BARBOSA FILHO, 2011).
Os riscos podem ser observados sob dois pontos de vista: quantitativo e qualitativo. 
Do aspecto quantitativo, então, é a probabilidade de ocorrer o acidente, enquanto da 
perspectiva qualitativa é o perigo decorrente da situação. Não existe uma forma única 
de classificar os riscos, esta varia de acordo com o autor. Além disso, a ISO 31000 de 2009 
trata sobre sistemas de gestão de riscos, estabelecendo princípios e diretrizes e, em 
seu item 2.1, caracteriza risco como efeito da incerteza nos objetivos. Também expressa 
risco, em termos de uma combinação de consequências de um evento, bem como a 
probabilidade de ocorrência associada.
A partir desta normalização, o risco pode ser definido como sendo a combinação da 
probabilidade e da gravidade ou da exposição com a gravidade dos efeitos à saúde, tal 
como expresso pelas fórmulas a seguir.
Risco = probabilidade de ocorrência do dano x gravidade do dano.
Risco = exposição x gravidade dos efeitos à saúde.
Segundo a ISO, ainda, convém considerar as características dos ambientes para analisar 
os riscos. Essas características de trabalho são os aspectos presentes nos ambientes. 
Na segurança do trabalho, risco conceitua-se como uma ou mais natureza passível de 
causar um dano.
Segundo a NR-9, riscos ambientais são:
Os agentes físicos, químicos e biológicos existentes nos ambientes 
de trabalho que, em função de sua natureza, concentração ou 
intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à 
saúde do trabalhador. (BRASIL, 2019)
A Portaria n.° 1.069, de 23 de setembro de 2019, apresenta os procedimentos referentes 
ao embargo e à interdição, unindo o apresentado na Consolidação das Leis do Trabalho 
(CLT) e na NR. Essa portaria define embargo e interdição como medidas de urgência, 
cabendo aos Auditores Fiscais do Trabalho (AFT) determinarem sua necessidade. O AFT 
analisará o risco, de forma fundamentada, a partir de sua consequência e probabilidade, 
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Riscos ambientais Capítulo 1
de forma separada. No que tange à consequência, classifica-se em: morte, severa, 
significativa, leve e nenhuma. Com relação à probabilidade, pode ser: provável, possível, 
remota e rara.
Segundo a NR-9, riscos ambientais são os agentes físicos, químicos e biológicos 
existentes nos ambientes de trabalho que, em função de sua natureza, concentração 
ou intensidade e tempo de exposição, são capazes de causar danos à saúde do 
trabalhador. Entretanto, alguns autores, bem como a legislação sobre mapa de riscos, 
consideram, ainda, fatores ergonômicos e mecânicos (de acidentes), que, apesar de não 
serem considerados na referida norma, também precisam ser estudados na avaliação 
do ambiente de trabalho.
Agentes físicos
Os riscos físicos são aqueles causados por fatores com propensão de alterar as 
características no local que, no instante subsequente, poderá causar agressões a 
quem estiver no ambiente. Pode-se caracterizar os riscos físicos em três condições: 
necessidade de um meio de transmissão para lastrar o efeito nocivo; capacidade de 
ação mesmo que não haja contato direto com a fonte; e resulta, na maior parte dos 
casos, em lesões imediatas e crônicas.
A gravidade e a existência dos riscos físicos se dão em função da concentração a 
qual o colaborador está exposto, ou seja, uma máquina que emite ruído pode não ser 
prejudicial a um colaborador, ao mesmo tempo que pode resultar em surdez progressiva 
ou instantânea. Dessa forma, entende-se que depende da exposição. Com relação a 
Definição
Segundo a NR-9, agentes físicos são as diversas formas de energia a 
que possam estar expostos os trabalhadores, tais como: ruído, vibrações, 
pressões anormais, temperaturas extremas, radiações ionizantes, 
radiações não ionizantes, bem como o infrassom e o ultrassom (BRASIL, 
2019, p. 2).
O AmbienteDiário Oficial da União: seção 
1, Brasília, DF, p. 23911, 1940.
BRASIL. Lei n.° 8.213, de 24 de julho de 1991. Dispõe sobre os Planos de Benefícios da 
Previdência Social e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, 
p. 14809, 1991.
BRASIL. Portaria n.° 1471, de 24 de setembro de 2014. Altera as Portarias n° 593, de 28 de abril 
de 2014, e n.° 1.297, de 13 de agosto de 2014. Ministério de Estado do Trabalho e Emprego. 
Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 101, 2014.
BRASIL. Portaria n.° 1892, de 9 de dezembro de 2013. Altera o Anexo II do Quadro II da 
Norma Regulamentadora nº 7. Ministério de Estado do Trabalho e Emprego. Diário Oficial 
da União: seção 1, Brasília, DF, p. 149, 2013.
BRASIL. Portaria n.° 247, de 12 de julho de 2011. Altera a Norma Regulamentadora n.º 5. 
Ministério de Estado do Trabalho e Emprego. Secretária de Inspeção do Trabalho. 
Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 82, 2011.
BRASIL. Portaria n.° 261, de 18 de abril de 2018. Altera o item 18.21– Instalações Elétricas – 
da Norma Regulamentadora n.º 18 (NR-18) – Condições e Meio Ambiente de Trabalho 
na Indústria da Construção. Ministério de Estado do Trabalho e Emprego. Secretária de 
Inspeção do Trabalho. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 51-52, 2018.
CAMARGO, W. Gestão da segurança do trabalho. Curitiba: IFPR, 2011.
 
CASSAR, V. B. Direito do trabalho. 10. ed. São Paulo: Método, 2014. CHIAVENATO, I. 
Administração: teoria, processo e prática. 5 ed. São Paulo: Manole, 2014.
CHIBINSKI, M. Introdução à segurança do trabalho. Curitiba: IFPR, 2011.
DESTRINCHANDO a ISO 45001. AdNormas, 2020. Disponível em:https://revistaadnormas.
com.br/2020/01/21/destrinchando-a-iso-45001. Acesso em: 16 jun. 2022.
 
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Referências
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MIGLLACCIO FILHO, R. Considerações filosóficas aliadas aos conhecimentos e 
experiências empresariais ampliam os horizontes da relação homem-trabalho. Revista 
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MOTTA, F. C. P.; ISABELL, G. V. Teoria geral da administração. 3. ed. São Paulo: Cengage 
Learning, 2015.
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Paraná, Medianeira, 2014.
ROSSETE, C. A. Segurança do trabalho e saúde ocupacional. São Paulo: Pearson Education 
do Brasil, 2015.
TAVARES, C. R. G. Segurança do Trabalho 1: introdução à segurança do trabalho. Natal: 
Ministério da Educação, 2009.e as 
Doenças do Trabalho 
Riscos ambientais Capítulo 1
isso, os limites de tolerância para a exposição aos agentes físicos são estabelecidos 
pela NR-15.
Agentes químicos
Como apresentado nos riscos físicos, os riscos químicos também podem resultar em 
danos àqueles colaboradores que não tenham contato direto com o agente. 
São considerados riscos químicos aquelas substâncias que podem adentrar o organismo 
do colaborador por via respiratória ou que, em decorrência da exposição, possa ser 
absorvido pelo organismo por contato ou ingestão.
Além disso, tais substâncias podem alterar a composição do ambiente, e incluem os 
elementos pertencentes à área da toxicologia, que é a ciência responsável por analisar 
as implicações danosas resultantes das interações de substâncias químicas.
Segundo a NR-9, são considerados agentes químicos as substâncias, compostos ou 
produtos que possam penetrar no organismo pela via respiratória, nas formas de 
poeiras, fumos, névoas, neblinas, gases ou vapores, ou que, pela natureza da atividade 
de exposição, possam ter contato ou ser absorvidos pelo organismo através da pele ou 
por ingestão (BRASIL, 2019, p. 2).
Você Sabia?
Poeiras são partículas sólidas dispersas no ar, cujo diâmetro é maior 
que 0,5 µm. Fumos são partículas sólidas resultantes da condensação 
de gases, dispersas no ar, com diâmetro maior que 1 µm. Névoas são 
partículas líquidas dispersas no ar; neblinas são partículas líquidas cujo 
diâmetro é menor que 0,5 µm. Por fim, gases são elementos que, em 
temperatura normal, estão em estado gasoso (PEIXOTO, 2011).
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Riscos ambientais Capítulo 1
Os agentes químicos podem estar presentes nos ambientes organizacionais em 
diferentes estados: gasoso, líquido, sólido ou, ainda, partículas suspensas no ar 
(denominados “aerodispersoides”).
Agentes biológicos
Os riscos biológicos são aqueles ocasionados por agentes biológicos inseridos nos 
processos de trabalho, ou seja, microrganismos presentes no ambiente de trabalho que 
podem penetrar no organismo por diversas formas, tais como contato, ingestão ou vias 
respiratórias. Segundo a NR-9, consideram-se agentes biológicos as “bactérias, fungos, 
bacilos, parasitas, protozoários, vírus, entre outros” (BRASIL, 2019, p. 2).
Além disso, incluem-se nesta categoria situações decorrentes da falta de higienização 
dos locais de trabalho, por exemplo, em consequência da presença de animais 
transmissores de doenças (ratos e moscas).
Diversas doenças podem ser resultantes de riscos biológicos, entre as quais é possível 
destacar tuberculose, malária e febre amarela. Essas doenças podem ser enquadradas 
como doenças profissionais, desde que o colaborador esteja exposto aos microrganismos 
no decorrer de sua função laboral.
Agentes ergonômicos
Os riscos ergonômicos são decorrentes de fatores fisiológicos e psicológicos relacionados 
ao exercício laboral. Tais fatores podem alterar o organismo e o estado emocional dos 
colaboradores, interferindo em sua saúde, segurança e produtividade.
O risco ergonômico tem relação com o termo “ergonomia” que, por sua vez, consiste no 
estudo da adaptação do trabalho às características dos sujeitos, de modo a permitir 
o máximo de conforto, segurança e bom desempenho do exercício de sua profissão. 
Assim, segundo Paganella (2011, p. 17), considera-se risco ergonômico “qualquer fator 
que possa interferir nas características psicofisiológicas do trabalhador, causando 
desconforto ou afetando sua saúde, como levantamento de peso, ritmo excessivo de 
trabalho, monotonia, repetitividade, postura inadequada, dentre outros”.
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Riscos ambientais Capítulo 1
Estes, ainda, podem provocar problemas de caráter psíquico e físico nos colaboradores, 
tendo em vista que resultam em danos no organismo e no estado emocional, danificando 
seu rendimento, saúde e segurança. Como consequências de riscos ergonômicos 
podemos citar: lesões por esforços repetitivos (LER) e distúrbios osteomusculares 
relacionados ao trabalho (DORT), cansaço físico, dores musculares e de coluna, 
hipertensão arterial, alteração do sono, diabetes, doenças nervosas e do aparelho 
digestivo etc.
Assim, entende-se que os riscos ergonômicos podem assumir as mais diversas formas 
e particularidades, variando desde posição inadequada para desempenho laboral até 
inadequações de maquinários às características do colaborador.
Agentes relacionados a riscos de acidentes
Os riscos de acidentes são causados em decorrência da existência de chances de dano, 
ou seja, situações que expõem o colaborador a possibilidades de sofrerem lesão. Esse 
risco pode ser denominado, ainda, como aqueles que ocorrem em função de agentes 
mecânicos.
Todos os agentes analisados até aqui têm potencial de causar acidentes? O que difere 
estes dos mecânicos? Nesse caso, são consideradas situações imprevistas ou em 
decorrência de desastre ou falta de atenção que possa causar dano ao colaborador.
Os agentes favoráveis a riscos de acidentes são caracterizados como aqueles de 
atuação específica aos postos de trabalho, ação nos usuários diretos do agente e que, 
caso ocorram, resultem em lesões imediatas e agudas, na maioria dos casos. 
Assim, estão inclusos nesta classificação todos os fatores que podem apresentar dano 
ao colaborador e que tenham relação com o ambiente de trabalho, tais como materiais 
cortantes, posicionamento inadequado de equipamentos, falhas no arranjo físico, falta 
de sinalização, falhas no sistema elétrico e/ou na estrutura física.
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Riscos ambientais Capítulo 1
Acidente de trabalho
Quando abordamos os riscos dos ambientes de trabalho, estamos lidando diretamente 
com aspectos de saúde individual e coletiva. Segundo a NR-3, considera-se grave e 
iminente risco, toda condição ou situação de trabalho que possa causar acidente ou 
doença com lesão grave ao trabalhador.
Para auxiliar na assimilação, apresento a você um quadro contendo tais exemplos.
QUADRO 1
Classificação de riscos e exemplos de agentes
FONTE
Elaborado pela autora (2020).
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Riscos ambientais Capítulo 1
A partir do Quadro 1 é possível ter uma visão sintetizada sobre os tipos dos riscos e seus 
exemplos. Todos os riscos apresentados podem resultar em um acidente de trabalho 
(AT) ou um incidente. Acerca disso, diferentes legislações abordam a definição de AT, 
conforme veremos a seguir:
I) Decreto n.° 3.048, de 6 de maio de 1999, do Regulamento da Previdência Social:
 
Define como acidente de qualquer natureza ou causa aquele de origem traumática e 
por exposição a agentes exógenos (físicos, químicos e biológicos), que acarrete lesão 
corporal ou perturbação funcional que cause a morte, a perda, ou a redução permanente 
ou temporária da capacidade laborativa (BRASIL, 1999, p. 10).
II) Lei n.° 8.213, de 24 de julho de 1991, dos Planos de Benefícios da Previdência Social (vide 
Lei n.° 13.135, de 17 de junho de 2015):
Define acidente de trabalho como o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço de 
empresa ou de empregador doméstico, ou pelo exercício do trabalho dos segurados 
referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação 
funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da 
capacidade para o trabalho (BRASIL, 1991, p. 6).
Entretanto, além das definições legais, existe a definição sob perspectiva prevencionista, 
que qualifica acidente de trabalho como qualquer evento não programado que 
descontinue o fluxo normal do trabalho, passível de provocar danos físicos e/ou funcionais, 
morte do colaborador ou, ainda, perdas materiais e econômicas à organização e ao 
meio ambiente.
Explicando Melhor
O que diferencia o conceito de AT visto nas legislações frente à visão 
prevencionista é que, legalmente, acidente é definido em casos nos 
quais ocorra lesão física, enquanto do ponto de vista da prevenção, 
englobam-sedanos materiais, tempo para investigar e implantar 
medidas corretivas.
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Riscos ambientais Capítulo 1
É importante diferenciar, também, acidente de incidente. Incidente é uma ocorrência que, 
sem ter resultado em danos à saúde ou à integridade física de pessoas, tinha potencial 
para causar tais agravos. Vamos adotar como exemplo a queda de um andaime. 
Se a queda acontece próxima a um colaborador e o este sai a tempo sem sofrer 
lesão, podemos classificar como incidente, entretanto, se esse andaime cai sobre um 
colaborador e ele sofre a quebra de um osso, já consideramos como acidente.
Para fins de leis sobre Previdência Social, consideram-se acidente do trabalho: doença 
profissional (aquela decorrente do exercício do trabalho) e doença do trabalho 
(decorrente das condições do trabalho). Não são abrangidas como AT as doenças 
degenerativas e referentes a grupo etário, bem como adquiridas em regiões nas quais 
ela se desenvolva e as doenças que não interferem na capacidade laboral.
Além disso, algumas situações são equiparadas a AT, sendo elas: relacionado ao 
trabalho que contribua diretamente para dano ao colaborador; em decorrência de 
agressão física ou ofensa física intencional; em função de imprudência, desabamento, 
inundação, incêndio e outros; resultado de contaminação acidental durante exercício 
laboral.
Em alguns casos, onde o acidente ocorre fora do local e horário de trabalho, pode ser 
considerado AT desde que tenha sido na execução de ordem ou na realização de serviço 
sob a autoridade da empresa, na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa 
para lhe evitar prejuízo ou proporcionar proveito ou em viagem a serviço da empresa, 
inclusive para estudo, quando financiada por esta dentro de seus planos para melhor 
capacitação da mão de obra, independentemente do meio de locomoção utilizado, 
incluindo veículo de propriedade do segurado.
Outro ponto importante com relação a acidentes de trabalho é a emissão de 
Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), regulamentada pela Lei n.° 5.316, de 14 de 
setembro de 1967, de caráter obrigatório. A CAT garante ao trabalhador acidentado o 
direito de reconhecimento do acidente sofrido, independentemente da gravidade.
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Riscos ambientais Capítulo 1
A CAT deve ser preenchida em seis vias (ao Instituto Nacional do Seguro Social – INSS, ao 
serviço de saúde que atende o colaborador, ao colaborador, à empresa, ao sindicato e 
à Delegacia Regional do Trabalho), nos seguintes casos:
I) todos os acidentes de trabalho; 
II) todas as doenças ocupacionais profissionais ou do trabalho; 
III) todas as suspeitas de doenças ocupacionais profissionais ou do trabalho. 
O prazo para preenchimento e divulgação da CAT à Previdência Social é de um dia útil 
após a ocorrência, com exceção de morte, em que deve ser feito imediatamente.
Frente ao apresentado, é de fundamental importância que as organizações desenvolvam 
mecanismos para gerenciar os riscos de seus ambientes, sendo essa gestão um ponto 
central da estratégia organizacional. O principal aspecto está relacionado à identificação 
dos riscos inerentes às atividades, devendo estar integrado ao contexto cultural dos 
ambientes de trabalho.
Saiba Mais
Que tal conhecer um pouco mais sobre a ISO 45001? A normativa 
sobre Sistemas de Gestão de Saúde e Segurança do Trabalho (SST) 
fornece orientações para que os ambientes laborais sejam mais seguros 
e saudáveis, evitando lesões e problemas de saúde aos colaboradores. 
Recomendo, então, a leitura da matéria Destrinchando a ISO 45001.
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Riscos ambientais Capítulo 1
Resumindo
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? 
Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o tema 
de estudo deste Capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você deve 
ter aprendido que os profissionais da segurança e saúde ocupacional 
precisam ser capazes de identificar os riscos, a fim de minimizá-los, 
buscando a melhoria do ambiente e dos métodos de trabalho, levando 
ao ambiente de trabalho a implantação de uma cultura prevencionista 
e colaborativa no desenvolvimento da segurança ocupacional de todos 
os envolvidos. Os riscos podem ser agrupados em: ambientais (físicos, 
químicos e biológicos), de acidentes e ergonômicos. Como exemplo, 
pode-se citar ruído e vibrações como físico, produtos químicos e poeira 
como agente de risco químico e bactérias e fungos na categoria 
biológicos. Com relação a riscos ergonômicos, há o levantamento manual 
de cargas e posturas inadequadas; já com relação a risco de acidentes, 
as máquinas sem proteção e animais peçonhentos. A importância 
de conhecer e saber identificar esses riscos está em evitar possíveis 
acidentes, bem como incidentes. Vimos que acidente e incidente são 
expressões comuns, que se diferem pela ocorrência (acidente) ou não 
(incidente) de lesão ao trabalhador. Os acidentes de trabalho são 
consequências de atos ou condições inseguras que geram perdas 
tanto ao colaborador quanto ao empregador e, em decorrência disso, 
merecem a devida atenção na sua prevenção, que ocorre controlando 
e minimizando os riscos. Frente ao apresentado nesta Unidade, fica claro, 
então, que considerar as condições de trabalho de forma integrada é de 
extrema importância para a proteção, o desenvolvimento e a melhoria 
contínua da qualidade de vida dos colaboradores em vários aspectos, 
minimizando riscos e evitando acidentes.
@faculdadelibano_
2
Identificação e 
análise de riscos
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Capítulo 2
Identificação e análise de 
riscos
Objetivos
Nesta competência, você aplicará os conhecimentos obtidos sobre 
riscos ambientais, de forma a gerenciá- los a partir de técnicas de 
gestão, incluindo identificação e análise de riscos. A aplicação desses 
conhecimentos é fundamental para a melhoria das condições de 
trabalho e, consequentemente, da produtividade. Está curioso para este 
aprendizado? Vamos continuar aprendendo juntos!
A possibilidade de situações não desejadas e não previsíveis no ambiente de trabalho 
é algo que preocupa desde os gestores aos próprios colaboradores, não é mesmo? 
Para evitar tais situações, é importante que sejam desenvolvidos mecanismos para 
gerenciá-las.
Para que as ações do gerenciamento sejam eficazes, é preciso que sejam realizados 
estudos iniciais envolvendo os riscos dos ambientes de trabalho, a fim de investigar 
incansavelmente todas as situações passíveis de ocorrer.
A partir desse estudo, é possível estimar com maior precisão as chances de cada 
situação acontecer e quais efeitos serão decorrentes destas. Entretanto, apesar de ser 
de fundamental importância, ainda há falta de consenso nas organizações sobre as 
terminologias e os conceitos adotados para esta temática. Isso resulta em análises 
individualizadas, ou silos, que dificultam o gerenciamento integrado dos riscos ou, ainda 
mais grave, resulta em um gerenciamento superficial.
As técnicas de gestão de riscos podem ser aplicadas em vários locais de trabalho, nos 
mais diferentes tipos de ambientes e setores, bem como nos níveis de gerenciamento 
(do operacional ao estratégico), tendo em vista a importância de prevenir os riscos. É 
essencial que, além do gerenciamento, seja mantido um histórico organizacional, de 
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Identificação e análise de riscos Capítulo 2
modo a permitir um monitoramento contínuo do ambiente de trabalho, bem como das 
decisões que vêm sendo tomadas neste contexto. 
O processo de gestão de riscos pode ser desenvolvido a partir de etapas propostas pela 
norma AS/NZS 4360: 2004, que guia a gestão de riscos e, inclusive, foi adotada para a ISO 
31000.
Reflita
Até aqui, ficou clara a gravidade dos riscos dos ambientes de trabalho, 
não é? Então, antes de darmos continuidade, vamos refletir. Quanto custa 
um acidente de trabalho para uma organização? O que representa,para 
um gestor, os riscos do ambiente de trabalho? E para o trabalhador, o que 
significa um risco no ambiente de trabalho? Como é possível gerenciar 
esses riscos?
FIGURA 1
Etapas a serem 
desenvolvidas 
para o 
gerenciamento 
de riscos
FONTE
Adaptada de 
Mattos e Másculo 
(2011).
 
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Identificação e análise de riscos Capítulo 2
A aplicação dessas etapas pode ser feita por qualquer organização, independentemente 
do tipo e porte. Conforme a Figura 1, existem etapas a serem desenvolvidas, e elas se 
relacionam entre si. É importante que o processo de gestão tenha início logo depois da 
ocorrência do acidente, pois, com o passar do tempo, o local e os dados podem ser 
alterados.
É recomendado, ainda, que sejam feitos registros fotográficos do local, coletados 
depoimentos dos envolvidos para posterior preparação do relatório do acidente, indicando 
os motivos e as indicações de correção e melhoria. Ademais, a adoção de mecanismos 
para identificar, analisar e avaliar os riscos deve ser considerado investimento por parte 
dos empregadores, tendo em vista que, além das melhorias do ambiente de trabalho, 
esses investimentos vão garantir a produtividade dos colaboradores, reduzindo os riscos 
e, consequentemente, os acidentes e as doenças profissionais.
Identificação de riscos
A identificação dos riscos consiste, como o nome indica, em identificar onde, quando, 
como e por que determinadas situações acontecem ou podem acontecer. Parte-se 
do princípio do ininterrupto questionamento, procurando os motivos do acidente e 
suas analogias com o ambiente de trabalho.
Inicialmente, para que os riscos sejam gerenciados de forma adequada, é imprescindível 
que sejam mapeados e documentados os processos para os quais se almeja identificar 
os riscos adjuntos. Assim, para que seja possível aplicar qualquer uma das técnicas de 
investigação é necessário adquirir e minutar determinados dados essenciais para a 
averiguação, como:
• Dados sobre o colaborador que sofreu o acidente (nome, função, idade, cargo, lesão, 
parecer médico).
• Informações sobre o atendimento (socorros iniciais adotados, hora, descrição e 
testemunhas).
• Registro do histórico do colaborador no que tange à segurança do trabalho 
(treinamentos, acidentes anteriores, uso dos equipamentos de proteção etc.).
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Identificação e análise de riscos Capítulo 2
Após o acontecimento de um acidente ou incidente, prontamente, deve-se começar 
o procedimento de averiguação de riscos para impedir que eventos desta natureza 
voltem a ocorrer. A investigação deve sempre contar com a participação do Serviços 
Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho (SESMT) e da 
Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa) e, se indispensável, com profissionais 
externos, caso os profissionais internos não sejam satisfatórios.
Ferramentas adequadas devem ser utilizadas para a coleta de informações que auxiliem 
neste processo de identificação dos riscos. Existem várias técnicas de identificação, 
sendo as mais comuns: técnica de incidentes críticos, análise What-If e de causa e 
efeito, entre outras que são identificadas na literatura, mas não serão abordadas neste 
material.
Técnica de incidentes críticos
É uma técnica operacional, de caráter qualitativo, a ser aplicada na fase operacional, a 
fim de identificar incidentes. Por incidente, entende-se qualquer situação insegura que 
possa resultar em acidente de trabalho. 
Assim, essa técnica consiste em uma forma de identificar erros e condições inseguras 
que colaboram para o acontecimento de acidentes (sem lesões), sobretudo nos casos 
em que se almeja identificar perigos sem a utilização de metodologias mais robustas e, 
ainda, quando o tempo é restrito.
O objetivo dessa técnica é detectar tais situações e tratar os riscos que estas representam. 
Para tal, é necessário que sejam entrevistados uma quantidade significativa de 
colaboradores, envolvendo todos os setores da empresa, de forma a representar as 
diferentes intervenções. A amostra dos entrevistados precisa ser feita de forma aleatória 
para garantir representatividade, bem como para que não haja tendências nas respostas 
e estas sejam o mais abrangente possível.
No decorrer da aplicação dessa técnica, o investigador questiona um grupo de 
colaboradores e solicita que cada um lembre e descreva atos ou condições inseguras 
que tenham percebido no ambiente de trabalho.
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Identificação e análise de riscos Capítulo 2
É importante que essa técnica seja aplicada de forma periódica e que, a cada aplicação, 
sejam mudados os entrevistados, a fim de identificar novas áreas-problema, ou seja, 
novos incidentes críticos.
 
What-If
 
A análise What-If que, em português, significa “e... se”, consiste em uma técnica 
especulativa, de caráter qualitativo e geral, de simples emprego e muito benéfica, como 
abordagem inicial para identificação e detecção de riscos, em qualquer etapa do 
projeto ou processo, bem como em serviços.
Baseia-se em metodologias de brainstorming, que consistem em jogos de perguntas, 
objetivando identificar “o que” poderá acontecer (decorrências indesejadas) e “se” 
determinado fato der errado (perigo). Além disso, é desenvolvida a partir de dinâmicas 
de grupo.
Para aplicação, são organizadas reuniões entre duas equipes (guia/ questionadora e 
colaborativo), e estas vão desenvolvendo perguntas sobre procedimentos, instalações 
e processos da organização. Para que seja eficaz, é preciso que a equipe conhecedora 
e familiarizada (denominada guia ou questionadora) organize, anteriormente à reunião, 
itens para guiar a discussão.
Os itens para guiar a discussão devem ser formados com perguntas iniciando com o 
termo “e se” (eis a justificativa para o nome da técnica), tal como: e se houver interrupção 
no fornecimento de energia? E se houver superaquecimento no equipamento? As 
respostas dessas perguntas guiarão as discussões sobre os riscos existentes.
É sugerido que essa análise seja empregada para avaliar a implicação à continuação 
operacional de equipamentos, espaços e integrações, no que diz respeito a serviços 
múltiplos de manutenção, sobretudo aqueles pertinentes às particularidades de elétrica 
e instrumentação. Além disso, a aplicação periódica pode apresentar bons resultados 
no que diz respeito à atualização de riscos.
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Identificação e análise de riscos Capítulo 2
Causa e efeito
A análise de causa e efeito é conhecida por diferentes nomenclaturas na literatura, 
podendo ser um diagrama de causa e efeito, diagrama de Ishikawa, espinha de 
peixe, entre outros. Essa ferramenta da qualidade é apresentada na ISO 31.010 como 
norteadora do processo de análise de riscos. Esta ferramenta auxilia na organização do 
brainstorming para a identificação das possíveis causas de determinado problema, ou 
seja, os possíveis riscos de certas situações.
Para construir o diagrama, parte-se do princípio que o acidente (efeito) não é resultante 
de uma única causa, mas decorrente de um conjunto de fatores (situações) que 
desencadeiam o processo. Para preenchimento das causas, é importante que sejam 
reunidos colaboradores que opinem sobre os fatores que possam ter resultado no 
acidente em questão.
Para aplicar essa técnica, inicialmente, é necessário selecionar o problema que será 
analisado (acidente). Então, delimita-se uma linha horizontal com um retângulo ao final. 
Nesse retângulo, será escrito o problema. Ao longo da linha horizontal são desenhadas 
linhas diagonais, representando as causas, como pode ser visto na Figura 2.
Após o desenho da figura, inicia-se o debate com as pessoas envolvidas a partir de 
brainstorming, que consiste em um processo demorado. Entretanto, como é o “coração” 
dessa ferramenta, é preciso que seja feito de forma focada, para que os detalhes 
também sejam considerados na análise. No decorrerdo debate, as causas identificadas 
vão sendo agrupadas em categorias. Ao final, caso necessário, essas causas podem ser 
elencadas de acordo com a importância ou gravidade.
Na Figura 2 são apresentados os grupos para relacionar as causas, quais sejam: 
materiais, meio ambiente, máquina (equipamentos), mão de obra, método (forma de 
desenvolver o trabalho) e medida (indicadores). Esses grupos podem ser adaptados 
de acordo com o contexto organizacional apresentado, ou seja, não necessariamente 
todos esses grupos terão causas relacionadas ao que está sendo analisado.
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Identificação e análise de riscos Capítulo 2
Análise e avaliação de riscos
A partir da identificação dos riscos feita com as técnicas do item anterior, é importante, 
então, que sejam compreendidos, criticados e estimados o nível de criticidade de cada 
risco, ou seja, que sejam analisados. É importante que a avaliação seja tanto quantitativa 
quanto qualitativa. Ao quantificar, comprova-se o controle da exposição ou inexistência 
do risco, dimensiona a exposição e subsidia-se o equacionamento das medidas de 
controle.
Dessa forma, técnicas de análise e avaliação de riscos constituem em desenvolver 
atividades orientadas para quantificar a perda máxima provável decorrente do risco, 
ou seja, permite quantificar a probabilidade de ocorrer um risco e suas consequências, 
bem como a gravidade destas. Existem diferentes técnicas para analisar os riscos, das 
quais serão apresentadas aqui: análise preliminar de riscos (APR), análise de modos de 
falha e efeitos (AMFE) e análise de árvore de falhas (AAF).
 
Análise preliminar de riscos
A APR consiste em uma técnica qualitativa para análise inicial, sendo utilizada para 
identificar fontes de perigo, analisar consequências e propor medidas corretivas simples. 
É comumente aplicada na fase de projeto ou desenvolvimento de projetos e processos.
FIGURA 2
Exemplificação da estrutura 
de aplicação de um 
diagrama de causa e efeito.
FONTE
Elaborada pela autora 
(2020).
 
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Identificação e análise de riscos Capítulo 2
A forma mais usual de desenvolver uma APR é a partir da organização dos dados em 
um quadro, conforme apresentado no Quadro 2. O primeiro passo para tal consiste em 
identificar quais atividades organizacionais serão analisadas.
Selecionada a atividade, inicia-se o processo com a identificação dos riscos desta; e, 
em seguida, as causas do risco. A partir disso, é possível constatar as consequências do 
risco e sua causa. Para propor a categoria do risco, pode-se analisar aspectos como 
frequência, grau da consequência ou a combinação dessas duas categorias. Por fim, a 
última coluna (ou último item a ser analisado) consiste na identificação das ações para 
a situação em questão.
A aplicação da APR auxilia a eleger os espaços da instalação, onde devem ser 
desenvolvidas as metodologias mais detalhadas para analisar riscos, ou seja, atua como 
precursora de outras análises. Ademais, também pode ser utilizada como mecanismo 
de monitoramento e revisão geral para processos operacionais em andamento, 
desvendando aspectos que podem ser imperceptíveis no cotidiano.
 
Análise de modos de falha e efeitos
A AMFE é uma metodologia hábil de engenharia que identifica, qualifica e investiga 
as falhas de componentes específicos e como estas estão distribuídas. Na área de 
segurança do trabalho, vem sendo aplicada em situações específicas, como fontes de 
QUADRO 2
Exemplificação da estrutura de aplicação de uma APR
FONTE
Elaborado pela autora (2020).
O Ambiente e as 
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Identificação e análise de riscos Capítulo 2
risco e análise ergonômica do trabalho. O procedimento é semelhante a outras técnicas, 
sendo desenvolvido a partir da organização de uma equipe que irá examinar o produto 
ou processo em questão no que diz respeito a funcionalidades, falhas prováveis, efeitos 
e causas. A partir desta caracterização, os riscos são avaliados desde o estabelecimento 
de indicadores que, então, serão calculados para que sejam selecionados os riscos de 
maior prioridade.
Frente ao apresentado, entende-se que, o foco está nas falhas e nos efeitos destas 
sobre os componentes de um sistema, sendo, portanto, uma metodologia objetiva e 
com foco localizado. Com base nesta análise, são definidas as medidas para suavizar 
tais riscos, promovendo maior confiança ao produto/processo.
Análise de árvore de falhas
A AAF é uma ferramenta dedutiva, de caráter quali ou quantitativo, que tem por finalidade 
analisar riscos a fim de determinar a probabilidade de ocorrência de eventos finais. Para 
seu desenvolvimento, inicialmente, é identificada e selecionada uma falha (ou efeito) e, 
então, desta, são desdobradas falhas básicas ou eventos primários.
É bastante utilizada, tendo em vista que é aberta, ou seja, aceita diferentes justificativas 
para os acidentes, identificando e relacionando-os com falhas existentes no ambiente 
organizacional. O método adotado é de dedução e parte da premissa que determinada 
falha ou um grupo de falhas resultou no acidente. O resultado dessa análise são sistemas 
organizados a partir de uma representação gráfica, que é estruturada como uma árvore 
lógica e, para tal, são utilizadas simbologias específicas advindas da álgebra booleana. 
Além disso, é possível calcular a frequência e a probabilidade de ocorrência de cada 
componente e, então, aplicar tais probabilidades para identificar as ações necessárias.
Saiba Mais
Quer ver a aplicação de uma das técnicas abordadas? Recomendamos 
o acesso à seguinte fonte de consulta e aprofundamento: Aplicação da 
análise preliminar de risco para identificação de riscos ergonômicos nas 
atividades de professores do ensino fundamental II.
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Identificação e análise de riscos Capítulo 2
Resumindo
E então, conseguiu aprender? Para conferirmos se isso aconteceu, vamos 
fazer uma breve revisão sobre o que vimos. Partindo do pressuposto de 
que já sabemos os principais agentes causadores de riscos presentes 
nos ambientes de trabalho e que, caso não sejam tomadas precauções, 
podem denegrir a saúde e a integridade física dos colaboradores, vimos 
nesta competência as técnicas de gestão desses riscos. A gestão de 
riscos é um método ativo, continuado e imprescindível para o bom 
gerenciamento de qualquer organização. Além disso, fornece subsídios 
para a tomada de decisões. Assim, conhecer os agentes, quantificar 
e qualificá-los e, principalmente, estabelecer medidas de controle à 
exposição a eles é condição basal para que as atividades profissionais 
sejam desempenhadas com qualidade. Entre as técnicas existentes, 
vimos aqui a técnica de incidentes críticos, What- If e causa e efeito para 
a identificação de riscos e, no que tange à análise e à avaliação, vimos 
APR, AMFE e AAF. Cabe a empresa, no que diz respeito a seus gestores, 
selecionarem e adotarem essas técnicas, a fim de ter um maior controle 
acerca dos fatores que interferem em seus processos. Ademais, a falta 
de consenso na prática resulta em uma gestão de riscos em silos, ou 
seja, isoladamente, fazendo com que cada área da organização use 
expressões diferentes, o que dificulta o gerenciamento, bem como a 
participação de todos os envolvidos no ambiente organizacional. Ficou 
claro, a partir desta competência, então, que adotar mecanismos para 
identificar, analisar e avaliar os riscos deve ser considerado investimento 
por parte dos empregadores, tendo em vista que, além das melhorias do 
ambiente de trabalho, esses investimentos vão garantir a produtividade 
dos colaboradores, reduzindo os riscos e, consequentemente, os 
acidentes e as doenças profissionais.
@faculdadelibano_
3
Serviços de saúde 
ocupacional e 
segurança
do trabalho
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Capítulo 3
Serviços de saúde 
ocupacional e segurança
do trabalho
Objetivos
Olá. Nesta competência, você será capaz de entender os serviçosde 
saúde e medicina do trabalho e suas funcionalidades. Consta em 
lei que qualquer organização que possua trabalhador deve cumprir 
as obrigatoriedades deste contexto, e a efetividade da garantia da 
segurança do trabalho relaciona-se ao comprometimento da alta 
administração. E então? Animado? Vamos lá!
Em decorrência dos riscos ambientais, as organizações buscaram definir meios para 
fazer o controle e reduzir seus custos com acidentes e doenças ocupacionais, para que 
se mantivessem competitivas. Nesse contexto, a temática da segurança e saúde no 
trabalho é acatada como estratégia organizacional, tendo em vista que sua ação está 
diretamente relacionada ao fator principal da produtividade: a mão de obra.
A efetividade das medidas relacionadas à segurança do trabalho relaciona-se com 
o nível de envolvimento e empenho da alta Administração, que precisa encaminhar 
e acompanhar o sistema de gestão de riscos, estabelecendo diretrizes para a 
implementação e o monitoramento das medidas de gerenciamento dos riscos e controle 
interno, perseguindo, assim, o alcance dos principais objetivos.
Grande parte das empresas no Brasil tem isenção de constituir formalmente os 
serviços relacionados à saúde ocupacional e segurança do trabalho, tendo em vista 
que não possuem mais que 20 ou 50 colaboradores, tal como preconiza a legislação 
sobre formação de Cipa e SESMT. Consta em lei que qualquer organização que possua 
trabalhador deve cumprir as obrigatoriedades deste contexto. Ou seja, apesar de não 
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Serviços de saúde ocupacional e segurança do trabalho Capítulo 3
ser obrigada a ter profissionais especializados, caberá ao gestor as responsabilidades 
sobre saúde e segurança de seus colaboradores. Assim, nesta competência, veremos 
esses serviços instituídos em normas regulamentadoras específicas.
Em casos nos quais se faz necessário, o grupo de profissionais da área de segurança do 
trabalho de uma organização é estruturado a partir de uma equipe multidisciplinar. Esta 
compõe o SESMT, definido pela NR- 4, que envolve os seguintes profissionais:
• Técnico de segurança do trabalho.
• Engenheiro de segurança do trabalho.
• Médico do trabalho.
• Enfermeiro de segurança do trabalho.
• Auxiliar em enfermagem do trabalho.
Além do SESMT, as organizações precisam instituir sua Cipa, conforme preconiza a NR-5. 
A Cipa é formada por representantes do patrão e dos funcionários, tendo por missão 
cooperar para que as ações do SESMT sejam prevencionistas. A seguir, abordaremos 
cada um desses serviços.
SESMT
É de responsabilidade do SESMT agendar mensalmente as informações atuais de 
acidentes de trabalho, doenças ocupacionais e agentes de insalubridade. Tais 
informações precisam fornecer subsídios sobre a tipologia do acidente, localidades, datas 
e horários, entre outras informações que possam ajudar a avaliar os acontecimentos.
Segundo o inciso XXII do art. 7 da Constituição Federal, é direito do trabalhador a “redução 
dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e segurança” 
(BRASIL, 1988). 
Ademais, apesar da CLT já citar a existência desse tipo de serviço nos ambientes 
organizacionais, o SESMT só foi constituído oficialmente em 1972 com a publicação de 
uma portaria sobre a formação técnica nesta área, tornando obrigatória a sua existência 
em empresas, com mais de 100 colaboradores.
Essa legislação fez com que o Brasil fosse o primeiro país a constituir tal serviço em 
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Serviços de saúde ocupacional e segurança do trabalho Capítulo 3
suas empresas, tornando possível melhorar a imagem do país frente ao alto índice de 
acidentes de trabalho perante o cenário internacional. Dessa forma, a legislação foi um 
marco entre um período de equívocos e o período assertivo da abordagem dos assuntos 
referentes à segurança do trabalho e à saúde do colaborador.
O item 4.1 da referida norma expressa a obrigatoriedade da implantação do SESMT a 
empreendimentos particulares e públicos que tenham funcionários administrados sob o 
regime da CLT. Este programa tem por alvo agenciar a saúde e resguardar a integridade 
do colaborador em seu ambiente laboral.
Para garantir que o SESMT tenha qualidade no atendimento aos colaboradores, o 
Ministério do Trabalho exige que este tenha seu registro protocolado no órgão local, que 
é feito a partir do Sistema SESMT a partir da Portaria n.° 559, de 2 de junho de 2016. 
Para cadastro no sistema é necessário informar os dados da organização (número de 
colaboradores, jornadas de trabalho e grau de risco), a quantidade e quais profissionais 
fazem parte, bem como seus respectivos horários de trabalho. Esse sistema tem como 
objetivos:
I) Auxiliar a comunicação entre o órgão responsável e a organização.
II) Melhorar a agilidade do procedimento de registro.
III) Acelerar casos de atualização cadastral.
IV) Conferir os requisitos da NR-4 antes de efetivar SESMT.
V) Possibilitar uma fiscalização mais adequada a partir das informações disponibilizadas 
no sistema.
O SESMT pode ser composto por quatro classes de profissionais (médico do trabalho, 
engenheiro de segurança do trabalho, enfermeiro do trabalho, técnico de segurança 
do trabalho e auxiliar ou técnico em enfermagem do trabalho), sendo que o seu 
dimensionamento está disciplinado no quadro II da mencionada NR-4. 
O engenheiro de segurança, o médico e o enfermeiro do trabalho necessitarão dedicar, 
ao menos, três horas (tempo parcial) ou 6 horas (tempo integral) por dia para as ações 
do SESMT, conforme o dimensionamento estabelecido no Quadro II.
A norma estabelece, ainda, as atribuições dos profissionais que compõem os SESMT. 
Entre as competências é importante ressaltar algumas:
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Serviços de saúde ocupacional e segurança do trabalho Capítulo 3
• Aplicar os conhecimentos a todos os componentes do ambiente de trabalho (desde 
colaborador à máquina).
• Deliberar os equipamentos de proteção necessários tanto de cunho individual quanto 
de caráter coletivo.
• Garantir que o estabelecido em todas as NRs seja cumprido.
• Promover integração contínua com a Cipa, bem como apoiar, treinar e atender 
conforme for necessário.
• Realizar atividades de sensibilização, educação e direcionadoras a partir de campanhas.
• Tirar dúvidas dos colaboradores e torná-los conscientes sobre riscos, acidentes de 
trabalho e doenças.
O SESMT será avaliado a cada seis meses por uma comissão formada por representantes 
das organizações, do sindicato de trabalhadores e da delegacia do órgão competente 
ou de acordo com o estabelecido em convenções.
É imprescindível que o SESMT tenha integração constante com a Cipa, atuando como 
mecanismo multiplicador. 
Esses serviços devem desenvolver estudos, analisar as demandas dos colaboradores e 
estabelecer soluções, tanto para a correção quanto para a prevenção. Além disso, como 
parte integrante deste serviço, tem-se o ambulatório, que deve ser de responsabilidade 
do médico do trabalho que, por sua vez, deve ser o coordenador do Programa de 
Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
De modo geral, fica evidente que a presença dos profissionais do SESMT nas empresas é 
de fundamental importância, tanto para a integridade dos colaboradores como para o 
sucesso das organizações e do bem-estar da sociedade, uma vez que esses profissionais, 
por meio de seu conhecimento científico, serão os responsáveis pela modificação das 
características de trabalho, bem como da promoção de maior qualidade de vida nos 
ambientes laborais.
Dimensionamento
Outro ponto importante a ser destacado é que é possível que uma organização tenha um 
SESMT centralizado, que atenderá a um grupo de empreendimentos de sua propriedade 
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Serviços de saúde ocupacional e segurança do trabalho Capítulo 3
nos casos em que a distância entre o empreendimento no qual o SESMT está localizado 
e os demais não ultrapasse cinco quilômetros.Para dimensionar o SESMT, aplica-se o item 4.2 da NR-4. O processo de dimensionar 
o SESMT está vinculado à gradação do risco da atividade central e à quantidade de 
colaboradores do local, conforme os anexos I e II da referida NR. O Quadro I aborda o 
código, a Classificação Nacional de Atividades Econômicas (CNAE) e o grau de risco 
(GR) para fins de dimensionamento do SESMT, conforme exemplificado no Quadro 3.
De posse do grau de risco, é necessário ter informações acerca da quantidade de 
colaboradores para, então, dar continuidade ao dimensionamento a partir da observação 
do Quadro II, também constante na NR-4.
QUADRO 3
Exemplificação do Quadro I da NR-4
FONTE
Elaborado pela autora com base em Brasil (2016).
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Serviços de saúde ocupacional e segurança do trabalho Capítulo 3
A quantidade de profissionais a compor o SESMT é dada pela relação grau de risco x 
número de colaboradores. A NR-4 apresenta, ainda, alguns apontamentos com relação 
ao dimensionamento do SESMT, sendo eles:
• Não se consideram estabelecimentos os canteiros de obras e as frentes de trabalho 
com menos de 1.000 funcionários e localizados no mesmo estado, território ou Distrito 
Federal.
• Em casos onde 50% ou mais dos colaboradores atuem em atividade com grau superior 
ao da atividade principal, o dimensionamento é feito a partir do maior risco.
Cipa
A Cipa é responsável pelos assuntos de segurança e saúde na organização, sendo 
formada por trabalhadores. Foi criada em 1944, porém instituída legalmente pela NR-5, 
que define condições para dimensionamento, obrigatoriedades e condicionantes para 
seus membros.
Devem constituir e manter em funcionamento as “organizações privadas, públicas, 
sociedades de economia mista, órgãos da administração direta e indireta, instituições 
QUADRO 4
Fragmento do II da NR-4
FONTE
Elaborado pela autora com base em Brasil (2016).
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Serviços de saúde ocupacional e segurança do trabalho Capítulo 3
beneficentes, associações recreativas, cooperativas, bem como outras instituições que 
admitam trabalhadores como empregados (BRASIL, 2019, p. 1). É possível estabelecer três 
objetivos principais desta comissão: prevenir acidentes e doenças do trabalho, controlar 
os riscos e propor sugestões para acabar ou neutralizar os riscos. Uma das formas de 
incentivar e motivar para alcançar tais objetivos é a partir de campanhas educativas.
Ademais, na referida NR são instituídas as responsabilidades de empregador e 
colaboradores. Ao empregador cabe o papel de promover aos componentes da Cipa 
os caminhos necessários para desempenharem suas pertinências, avaliando tempo 
satisfatório para a execução dos trabalhos constantes no plano de trabalho.
Já aos colaboradores, cabe participar da eleição de seus representantes; colaborar 
com a gestão da Cipa; indicar à Cipa, ao SESMT e ao empregador situações de riscos 
e apresentar sugestões para melhoria das condições de trabalho; e observar e aplicar 
FIGURA 3
Exemplificação de uma 
campanha de sensibilização 
da Cipa
FONTE
Tavares (2009).
 
Nota
A diferença básica entre a Cipa e o SESMT é que este é composto, 
exclusivamente, por profissionais especialistas em segurança e saúde 
no trabalho, enquanto a Cipa é uma comissão partidária constituída por 
empregados, normalmente, leigos em prevenção de acidentes.
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Serviços de saúde ocupacional e segurança do trabalho Capítulo 3
no ambiente de trabalho as recomendações quanto à prevenção de acidentes e de 
doenças decorrentes do trabalho.
Qualquer ação referente à Cipa deve ser formalizada e, a documentação referida, 
deve estar disponível para que seja fiscalizada. Além disso, a participação de todos é 
extremamente necessária para que os resultados esperados sejam alcançados.
Estruturação e dimensionamento
A estruturação da Cipa é feita a partir de um processo eleitoral interno, conforme 
requisitos estabelecidos pela respectiva norma regulamentadora, sendo formada 
por representantes do patrão e dos funcionários, de acordo com o dimensionamento 
previsto no Quadro I da NR-5.
O representante dos empregados e do empregador é conhecido como “cipeiro”, e é 
importante que ele esteja em comunicação frequente com o empregador, a fim de 
FIGURA 4
Estruturação da Cipa
FONTE
Elaborada pela autora (2020).
 
auxiliar o SESMT e os colaboradores. 
Dessa forma, o cipeiro exerce 
papel importante nas ações de 
prevenção da empresa.
 
Além dos membros escolhidos 
por indicação de empregador e 
empregados (presidente, efetivos 
e suplentes), a Cipa é formada 
por um secretário. A quantidade 
de membros a compor a Cipa 
vincula-se ao agrupamento 
de setores econômicos pela 
Classificação Nacional de 
Atividades Econômicas (CNAE), 
que consta no Quadro II da NR- 
5, bem como a quantidade de 
colaboradores. Diferentemente do 
dimensionamento do SESMT, aqui, 
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Serviços de saúde ocupacional e segurança do trabalho Capítulo 3
inicialmente, identificamos o CNAE no Quadro II e o grupo no qual essa atividade está 
inserida e, então, consulta- se o Quadro I.
É importante destacar que, nos casos em que a empresa não tem obrigatoriedade de 
constituir a Cipa, exige-se que seja designada uma pessoa com treinamento específico 
de 20 horas para exercer as atribuições dessa comissão.
Processo eleitoral
A estruturação da Cipa se dá a partir de processo eleitoral. Para que ele ocorra, é 
necessário que, 60 dias antes de findado o mandato atual, o empregador fixe um edital 
por 15 dias. Este possibilitará que todos que tenham interesse se inscrevam e, aqueles 
interessados, terão garantia de emprego até a eleição. 
A eleição deverá ocorrer no prazo de 30 dias antes de findado mandato, com voto 
secreto e durante os turnos de trabalho.
Os membros eleitos terão sua posse protocolada com o prazo de um dia útil e passarão 
por treinamento de 20 horas. Então, a empresa protocolará no Ministério do Trabalho em 
até 10 dias: cópias das atas da eleição (de instauração e de posse), o calendário das 
reuniões anuais (devem ser 12 entre o início e o fim do mandato). Depois de protocolado, 
não é possível cancelar, exceto em casos nos quais a empresa encerra suas atividades.
FIGURA 5
Fragmento do Quadro I da NR-5
FONTE
Elaborado pela autora com base em Brasil (2019).
 
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Serviços de saúde ocupacional e segurança do trabalho Capítulo 3
Resumindo
E então, conseguiu entender os dois serviços de segurança do trabalho 
e saúde ocupacional apresentados? Ficou claro? Para lhe ajudar a fixar, 
vamos ver uma breve explicação do contexto geral apresentado nesta 
Unidade, ok? O SESMT de uma organização foi instituído a partir da NR-4, 
sendo composto por profissionais técnicos da área de saúde, segurança 
e engenharia, com foco prevencionista, cujo dimensionamento ocorre 
em função do grau de risco da atividade desenvolvida e da quantidade 
de colaboradores. Sua principal atribuição consiste em aplicar a ciência 
técnica para garantir a integridade física e psicológica dos colaboradores, 
bem como cuidar da qualidade do ambiente laboral nos mais variados 
empreendimentos e organizações. O outro serviço existente é a Cipa, 
regulamentada pela NR-5, que consiste em uma comissão formada 
por representantes do patrão e dos funcionários. Essa comissão tem 
como incumbência a atenção com a saúde e a integridade física dos 
colaboradores, bem como de todas as pessoas que interagem com o 
ambiente laboral. Entre as atividades acatadas pela Cipa, podem ser 
destacadas ações de sensibilização dos colaboradores, em todos os 
níveis (da alta administração ao chão de fábrica). Sem esse trabalho 
de sensibilização, as ações tomadas para promover a segurança do 
ambiente acabam encontrando barreiras para sua eficiência, tendo em 
vista que o foco principal destas é o próprio colaborador.
Saiba Mais
Quer saber umpouco mais sobre este tema? Recomendamos o 
acesso ao guia de perguntas e respostas do Sistema SESMT. Este 
documento tem por finalidade auxiliar as organizações a cumprir com 
as obrigatoriedades dos itens 4.17 da NR-4, sendo disponibilizado pelo 
Governo Federal no ano de 2016.
@faculdadelibano_
4
Programas de 
saúde ocupacional 
e da segurança do 
trabalho
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Capítulo 4
Programas de saúde 
ocupacional e da segurança 
do trabalho
Objetivos
Caro aluno, nesta competência você será capaz de conhecer os 
programas relacionados à saúde ocupacional e à segurança do 
trabalho. Esses programas são de caráter obrigatório, sendo o Programa 
de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO) e o Programa de 
Gerenciamento de Riscos (PGR) a todas as empresas, e o Programa de 
Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção 
(PCMAT) àquelas da construção civil. Está curioso para saber mais sobre 
eles? Vamos lá!
 
FIGURA 6
Trabalho
FONTE
Freepik
O reconhecimento do papel do trabalho na determinação e evolução do processo 
saúde-doença tem implicações éticas, técnicas e legais, que refletem na organização 
e no provimento de atitudes voltadas à saúde da classe trabalhadora. O Brasil é 
caracterizado por uma vasta quantidade de legislações e, ao mesmo tempo, um alto 
O Ambiente e as 
Doenças do Trabalho 
Programas de saúde ocupacional 
e da segurança do trabalho 
Capítulo 4
índice de descumprimento destas.
O Ministério do Trabalho e Emprego (TEM), a partir da Secretaria de Inspeção do Trabalho 
(SIT), e levando em consideração o art. 200 da CLT, aprovou as normas regulamentadoras. 
Mas isso você já sabe, não é?
A legislação referente às NRs passaram por uma inovação no fim de 1994 e, então, 
tornou-se obrigatória às organizações, o que diz respeito tanto à elaboração quanto 
à implementação de dois programas: PCMSO e PGR. Além desses programas, outro de 
destaque nas legislações brasileiras é o PCMAT, instituído pela NR-18.
A elaboração dos três programas, além de suas respectivas obrigatoriedades, é 
extremamente importante para a organização. Eles ajudam na proteção de possíveis 
afastamentos, acidentes de trabalho, diminuição de condições insalubres e, se bem 
empregados, provocam aspectos positivos em fatores econômicos da organização. 
Diante disso, a elaboração e implementação destes permite, de certa forma, proteção 
tanto para a empresa quanto para seus gestores (contratantes) e colaboradores, 
evitando acidentes e proporcionando, consequentemente, melhor qualidade de vida no 
ambiente de trabalho.
PCMSO
A NR-7 estabelece a obrigatoriedade de elaboração e implantação por parte de todos 
os empregadores e instituições que admitam trabalhadores como empregados do 
PCMSO, com o objetivo de promoção e preservação da saúde do conjunto dos seus 
trabalhadores.
Sua existência jurídica é assegurada, em âmbito de legislação, pela última atualização 
da Portaria n° 1.031, de 6 de dezembro de 2018. Essa NR define ser de caráter obrigatório 
elaborar e implementar este programa a todos os locais com colaboradores, tendo em 
vista promover e preservar a saúde.
O PCMSO tem caráter preventivo para a saúde dos trabalhadores, sendo desenvolvido 
a partir da avaliação do ambiente de trabalho para contextualização do processo 
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produtivo e dos riscos de cada setor da organização. Em seguida, são analisadas 
informações e desenvolvidas ações de saúde, bem como promovidas atividades como 
palestras e treinamentos, além da obrigatoriedade de exames médicos. De modo geral, 
pode-se definir como objetivos do PCMSO:
• Identificar antecipadamente, promover o monitoramento e controle de situações 
passíveis de denegrir a saúde do colaborador.
• Buscar a promoção e preservação da saúde dos colaboradores no ambiente de 
trabalho.
• Estabelecer monitoramento e diagnóstico preventivo de possíveis riscos à saúde dos 
colaboradores.
• Buscar solucionar e melhorar os locais laborais e as formas de execução de ações 
rotineiras, tendo por embasamento as situações de risco identificadas.
• Promover ações de sensibilização para os colaboradores no que tange à seriedade do 
aspecto preventivo para a conservação da qualidade de vida.
• Criar um histórico de caráter informacional a partir de dados de exames médicos.
Dessa forma, entende-se que esse programa envolve exames médicos e análises clínicas 
tanto individuais quanto coletivos, e, após análise destes, serão definidas medidas 
preventivas, a fim de reduzir os riscos. Organizações com grau de risco 1 e 2 que tenham 
até 25 colaboradores, e organizações com grau de risco 3 e 4 com até 10 colaboradores 
não têm obrigatoriedade de possuir um médico na coordenação, porém isso não torna 
facultativa a elaboração do PCMSO.
O PCMSO pode passar por alterações a qualquer momento, seja de forma completa 
ou parcial, sempre que forem identificadas mudanças nos riscos ocupacionais, em 
função de mudanças nos processos/ ambientes de trabalho; ou por novas descobertas 
da ciência médica, em relação a efeitos de riscos existentes; mudança de critérios de 
interpretação dos exames; ou, ainda, reavaliações do reconhecimento dos riscos. 
O PCMSO é um documento que não precisa ser homologado ou registrado nas Delegacias 
Regionais do Trabalho (DRTs). Ele é arquivado no estabelecimento à disposição da 
fiscalização.
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PGR
O PGR foi estabelecido pela NR-9, na Portaria n.° 8.873, de 23 de julho de 2021, como 
sendo obrigatória, visando concretizar o processo de gerenciamento de riscos da 
organização. Assim, torna-se obrigatório que a empresa elabore o seu PGR, tendo como 
finalidade consolidar as informações para que se preserve a saúde e a integridade dos 
trabalhadores no ambiente de trabalho.
Os principais objetivos do PGR são:
• Evitar que aconteçam riscos ocupacionais.
• Identificar os possíveis perigos e agravantes que possam existir na empresa e que 
possam prejudicar a saúde do trabalhador.
• De acordo com os riscos identificados, adotar medidas de prevenção.
• Especificar qual o nível do risco ocupacional.
• Realizar o monitoramento dos riscos ocupacionais.
Analisando os objetivos do PGR podemos concluir que esse programa procura identificar 
os riscos e eliminá-los, com a finalidade de garantir uma máxima proteção.
A empresa, ao adequar-se ao PGR, está cumprindo a lei e, além disso, adquirindo uma 
maior credibilidade frente ao mercado, pois demonstra que a empresa se dedica aos 
cuidados dos seus funcionários e da sua equipe, o que gera, consequentemente, a ideia 
de que também cuida bem dos seus clientes.
Para que se implemente o PGR, é necessário considerar não somente as medidas 
que devem ser adotadas para preservação dos riscos, mas em conjunto, seguir um 
programa dinâmico que deve contar com um acompanhamento de todos os fatos que 
Você Sabia?
A NR-9 antes tratava do PPRA (Programa de Prevenção de Riscos 
Ambientes), no entanto, em 2022, houve a transição do PPRA para o PGR, 
sendo este último mais completo e abrangente, pois incluiu os riscos 
de acidentes e ergonômicos que não haviam sido estabelecidos no 
primeiro programa.
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podem incorrer em riscos no ambiente de trabalho para o trabalhador.
Assim, para que o PGR seja colocado em prática, é necessário adotar as seguintes 
medidas:
1.Identificação dos fatores de risco.
2. Adoção de medidas de proteção.
3. Monitoramento da saúde ocupacional.
4. Realização de um acompanhamento contínuo.
O PGR deve ser elaborado por todos os empregadores que possuam empregados 
celetistas em seu quadro, com a exceção de:
• Microempreendedor Individual.
• Microempresas e empresas de pequeno porte.
O Relatório doPGR pode ser guardado tanto em formato físico, quando em digital. O que 
vale salientar é que o empregador deve garantir um amplo e irrestrito acesso a esse 
documento aos fiscais e aos empregados.
PCMAT
 
O setor da construção civil é um dos principais ramos de atividade do país, diretamente 
ligado ao desenvolvimento econômico, pois promove incrementos capazes de elevar o 
crescimento. O desenvolvimento econômico aliado à construção civil se dá tanto pela 
valorização das atividades, pela elevada geração de empregos, como também pelo 
efeito multiplicador de renda e sua interdependência estrutural.
Saiba Mais
No meio digital, o governo federal disponibilizou um website onde se 
pode fazer o login e cadastrar a empresa, inserindo todos os dados do 
PGR nesse sistema, permitindo que se tenha um melhor controle sobre o 
programa de gerenciamento de riscos
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Entretanto, as condições de trabalho deste importante setor econômico, normalmente, 
são precárias, o desenvolvimento sociocultural dos colaboradores, geralmente, é baixo 
e a quantidade de riscos a que são expostos é elevadíssima. Em função disso, são 
inúmeros os acidentes de trabalho. Dessa forma, a NR-18 é crucial, pois define as diretrizes 
administrativas, de planejamento e organização, tendo por finalidade estabelecer 
medidas preventivas acerca das condições de trabalho na construção civil.
Sua existência jurídica é assegurada, em nível de legislação ordinária, no inciso I do art. 200 
da CLT, e sua última atualização pela Portaria n° 261, de 13 de abril de 2018. A necessidade 
de atender aos requisitos desta norma não tira a obrigação de cumprimento das demais 
normas regulamentadoras e outras legislações vigentes.
Nenhum colaborador pode permanecer no canteiro de obras sem que estejam sendo 
cumpridas todas as disposições da referida norma e, antes do início da obra, é necessário 
que seja comunicado à DRT informações como endereço, tipo, data de início e previsão 
de término e a quantidade de colaboradores prevista.
Segundo a referida NR, todos os estabelecimentos com, no mínimo, 20 colaboradores 
são obrigados a elaborar e cumprir o PCMAT, que deve ser elaborado por um profissional 
da segurança do trabalho.
Este programa consiste em uma carta de recomendações sobre as ações necessárias 
para promover as condições adequadas nas obras, devendo ser vastamente estudado 
no decorrer da implantação. Além disso, sempre que necessário (ou for conveniente), 
precisa ser atualizado.
Entre as possíveis atualizações, estão informações relacionadas a prazos, aparecimento 
de tecnologias e equipamentos mais recentes, modificações projetais ou na relação 
mão de obra e equipamento.
Os documentos estruturantes do PCMAT são: memorial sobre as características do 
ambiente; projeto de implantação das medidas de proteção; prazos e datas de 
implantação das medidas; layout do ambiente e estimativa dos locais de vivência, e, 
programa de sensibilização sobre segurança do trabalho. 
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Ademais, nesses casos, o mapa de riscos do estabelecimento deverá ser realizado 
por etapa de execução dos serviços, devendo ser revisto sempre que um fato novo e 
superveniente modificar a situação de riscos estabelecida.
É necessário que este documento seja exibido a todos os colaboradores, sendo 
evidenciada sua seriedade e, sobretudo, sua função de definir critérios de segurança, 
tendo em vista que não é possível um PCMAT ser eficaz se todos não o compreenderem. 
Os critérios de segurança serão advertidos e colocados em destaque a partir da realização 
de campanhas consecutivas, durante ações da Cipa e no decorrer da implantação do 
PCMAT. A cada nova fase da construção, ele deve ser frisado e recordado.
Outro ponto importante é que o colaborador deve receber os treinamentos pertinentes 
no momento de sua admissão, após receber os devidos equipamentos de proteção, 
para que seja alertado sobre suas atividades, tendo o atestado de saúde para garantir 
que tenha aptidão para determinada atividade. 
É de responsabilidade do contratante monitorar as atividades desse colaborador, 
averiguando o devido implemento, tanto dos princípios passados como da legislação 
em vigência, alertando-o em caso de falhas, inadimplência ou distração.
Saiba Mais
Quer conhecer mais um desses programas? Recomendo o acesso ao 
PPRA do campus Araraquara da Universidade Estadual de São Paulo 
(Unesp), disponibilizado em banco de dados on-line.
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Resumindo
E então? Gostou do que lhe mostramos? Aprendeu mesmo tudinho? 
Agora, só para termos certeza de que você realmente entendeu o 
tema de estudo deste Capítulo, vamos resumir tudo o que vimos. Você 
deve ter aprendido que entre os programas de segurança exigidos 
pelo Ministério do Trabalho e Emprego, a partir das NRs, encontram-se o 
PCMSO, o PGR e o PCMAT, sendo os dois primeiros de caráter obrigatório 
a todas as organizações que tenham colaboradores sob o regime da 
CLT, e o último específico à indústria da construção civil, que também 
tenha colaboradores sob o regime da CLT.
O PCMSO, instituído pela NR-9, tem por objetivo evitar e identificar 
antecipadamente, desenvolver monitoramento e controle de possíveis 
agravos ao bem-estar do funcionário. Consiste em um programa 
que aponta mecanismos e comportamentos a serem seguidos pelas 
organizações em decorrência dos riscos do ambiente de trabalho.
O PGR, instituído pela NR-9, tem em vista identificar as condições 
do ambiente de trabalho, bem como estabelecer as medidas de 
prevenção necessárias, sendo de responsabilidade do empregador, 
independentemente do número de colaboradores ou do nível de risco 
de suas atividades.
O PCMAT, instituído pela NR-18, tem como finalidade o estabelecimento 
de medidas de caráter administrativo, de planejamento e organização 
para promover meios de segurança preventiva nos ambientes de 
trabalho da construção civil.
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Referências
ARAÚJO, J. P. Absenteísmo e presenteísmo em uma instituição federal de ensino superior. 
2012. Dissertação (Mestrado em Ciências da Saúde) – Universidade de Brasília, Brasília, 
2012.
BARBOSA FILHO, A. N. Segurança do trabalho & gestão ambiental. 4 ed. São Paulo: Atlas, 
2011.
BARROS, S. S. Análise de riscos. Curitiba: IFPR, 2013.
BARSANO, P. R.; BARBOSA, R. P. Segurança do trabalho: guia prático e didático. São 
Paulo: Saraiva, 2018.
BRASIL. [Constituição (1988)]. Constituição da República Federativa do Brasil de 1988. 
Brasília, DF: Presidência da República, [1988]. Disponível em: http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/ constituicao.htm Acesso em: 28 mar. 2022.
BRASIL. Decreto n.° 3.048, de 6 de maio de 1999. Aprova o Regulamento da Previdência 
Social, e dá outras providências. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 50, 1999.
BRASIL. Decreto-Lei n.° 5.452, de 1 de maio de 1943. Aprova as Consolidações da Lei do 
Trabalho. Diário Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 11937, 1943.
BRASIL. ENIT – ESCOLA NACIONAL DA INSPEÇÃO DO TRABALHO.Inspeção do trabalho. SST 
– NR. Disponível em:https://enit.trabalho.gov. br/portal/index.php/seguranca-e-saude-
no-trabalho/sst-menu/sst- normatizacao/sst-nr-portugues?view=default. Acesso em: 
15/01/2020.
BRASIL. Lei n.° 10.803 de 11 de dezembro de 2003. Altera o art. 149 do Decreto-Lei n.° 2.848, de 
7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para estabelecer penas ao crime nele tipificado 
e indicar as hipóteses em que se configura condição análoga à de escravo. Diário 
Oficial da União: seção 1, Brasília, DF, p. 1, 2003.
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Referências
BRASIL. Lei n.° 2.848 de 7 de dezembro de 1940. Código Penal.

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