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<p>1</p><p>Seja muito b vindo</p><p>Você acaba de adquirir o material: Caderno Mapeado para o Concurso Nacional</p><p>Unificado – 2024.</p><p>Esse material é totalmente focado no certame e aborda ponto a ponto do edital da</p><p>disciplina de Ética e Integridade.</p><p>Nele foi inserido toda a teoria sobre a matéria cobrada no certame, para facilitar a sua</p><p>compreensão, e marcações das partes mais importantes.</p><p>Assim, trabalharemos os assuntos mais importantes para a sua prova com foco na</p><p>banca Cesgranrio.</p><p>Caso tenha qualquer dúvida, você pode entrar em contato conosco enviando seus</p><p>questionamentos para o suporte: suporte@cadernomapeado.com.br e WhatsApp.</p><p>Bons Estudos!</p><p>Rumo à Aprovação!!</p><p>2</p><p>mailto:suporte@cadernomapeado.com.br</p><p>https://api.whatsapp.com/send/?phone=3496896377&text&type=phone_number&app_absent=0</p><p>SUMÁRIO</p><p>CONSIDERAÇÕES INICIAIS ..................................................................................................................... 5</p><p>PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICOS NO SERVIÇO PÚBLICO ................................................................... 6</p><p>1) Introdução ........................................................................................................................................... 6</p><p>2) Conceitos Iniciais ................................................................................................................................ 6</p><p>2.1) Ética x Moral ..................................................................................................................................... 6</p><p>2.2) Conduta x Valores x Princípios ..................................................................................................... 7</p><p>2.3) Ética no Serviço Público ................................................................................................................. 7</p><p>3) Princípios Constitucionais Administrativos .................................................................................... 9</p><p>3.1) Princípio da legalidade ................................................................................................................... 9</p><p>3.2) Princípio da impessoalidade .........................................................................................................10</p><p>3.3) Princípio da moralidade ................................................................................................................11</p><p>3.4) Princípio da publicidade ................................................................................................................12</p><p>3.5) Princípio da eficiência ....................................................................................................................13</p><p>4) Código de Ética do Servidor Público Federal ................................................................................13</p><p>4.1) Comissão de Ética ...........................................................................................................................16</p><p>GOVERNANÇA PÚBLICA........................................................................................................................17</p><p>1) Introdução ..........................................................................................................................................17</p><p>2) Governança Pública ...........................................................................................................................17</p><p>3) Sistemas de Governança Pública .....................................................................................................18</p><p>4) Gestão de Riscos e Medidas Mitigatórias na Administração Pública .......................................21</p><p>INTEGRIDADE PÚBLICA .........................................................................................................................22</p><p>1) Introdução ..........................................................................................................................................22</p><p>2) Considerações Iniciais .......................................................................................................................22</p><p>3) Integridade Pública ...........................................................................................................................22</p><p>3.1) Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação .............................................23</p><p>3.2) Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal ........24</p><p>TRANSPARÊNCIA E QUALIDADE NA GESTÃO PÚBLICA ..................................................................24</p><p>1) Introdução ..........................................................................................................................................24</p><p>2) Aspectos Iniciais .................................................................................................................................25</p><p>3) Transparência e Qualidade na Gestão Pública ..............................................................................25</p><p>4) Cidadania ............................................................................................................................................25</p><p>4.1) Cidadania e o Controle Social .......................................................................................................26</p><p>3</p><p>5) Equidade Social ..................................................................................................................................27</p><p>5.1) Justiça Social e Ações Afirmativas ...............................................................................................28</p><p>GOVERNO ELETRÔNICO ........................................................................................................................29</p><p>1) Introdução ..........................................................................................................................................29</p><p>2) Lei nº 14.129/21 – conceito e competência...................................................................................30</p><p>3) Diretrizes e Princípios .......................................................................................................................31</p><p>ACESSO À INFORMAÇÃO ......................................................................................................................32</p><p>1) Introdução ..........................................................................................................................................32</p><p>2) Conceito ..............................................................................................................................................32</p><p>3) Competência .......................................................................................................................................32</p><p>4) Procedimento .....................................................................................................................................33</p><p>5) Informações Sigilosas .......................................................................................................................34</p><p>TRANSPARÊNCIA E IMPARCIALIDADE NOS USOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL .....................36</p><p>1) Introdução ..........................................................................................................................................36</p><p>2) Considerações iniciais .......................................................................................................................36</p><p>3) Função Desempenhada pela Inteligência Artificial nos Serviços Públicos ...............................36</p><p>4</p><p>CONSIDERAÇÕES INICIAIS</p><p>Pessoal!</p><p>Antes de iniciarmos o estudo da matéria de Ética e Integridade, apresentaremos os assuntos que</p><p>são cobrados no edital. Siga firme com os estudos que a aprovação virá!!</p><p>CONTEÚDO</p><p>1 Princípios</p><p>e valores éticos do serviço público, seus direitos e deveres à luz do artigo 37 da Constituição</p><p>Federal de 1988, e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal</p><p>(Decreto nº 1.171/1994).</p><p>2 Governança pública e sistemas de governança (Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de 2017). Gestão de</p><p>riscos e medidas mitigatórias na Administração Pública.</p><p>3 Integridade pública (Decreto nº 11.529/2023).</p><p>4 Transparência e qualidade na gestão pública, cidadania e equidade social.</p><p>5 Governo eletrônico e seu impacto na sociedade e na Administração Pública. Lei nº 14.129/2021.</p><p>6 Acesso à informação. Lei nº 12.527/2011.</p><p>7 Transparência e imparcialidade nos usos da inteligência artificial no âmbito do serviço público.</p><p>5</p><p>PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICOS NO SERVIÇO PÚBLICO</p><p>1) Introdução</p><p>Iniciaremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos</p><p>os blocos de nível superior:</p><p>1 – Princípios e valores éticos do serviço público, seus direitos e deveres à luz do artigo 37 da</p><p>Constituição Federal de 1988, e do Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do</p><p>Poder Executivo Federal (Decreto nº 1.171/1994): conceitos iniciais; princípios constitucionais</p><p>administrativos; código de ética do servidor público federal.</p><p>2) Conceitos Iniciais</p><p>Antes de entrarmos especificamente nos dispostos normativos, precisamos entender de forma</p><p>irrefutável os conceitos de ética x moral x princípio. Ele será importante para todas as provas que</p><p>cobram o conhecimento de ética no serviço público e, não somente, para o Concurso Nacional</p><p>Unificado!</p><p>A ética é o estudo sobre o comportamento moral do ser humano dentro de sua sociedade e,</p><p>formada com base em ideias abstratas.</p><p>2.1) Ética x Moral</p><p>Em sua origem, ética e moral eram consideradas intercambiáveis, uma vez que, gramaticalmente, a</p><p>tradução do termo grego para o latim/romano permaneceu consistente com a conquista da Grécia</p><p>pelo Império Romano. No entanto, é crucial destacar que, apesar dessa equivalência linguística</p><p>inicial, são conceitos distintos.</p><p>6</p><p>descritiva estudo dos valores</p><p>Ética prescritiva</p><p>normativa, ou seja, são os</p><p>códigos</p><p>reflexiva teorias filosóficas</p><p>Para melhor compreensão, vamos esquematizar:</p><p>ORIGEM</p><p>SIGNIFICADO</p><p>OBJETO DE ESTUDO</p><p>Mos – latim</p><p>Costumes</p><p>Comportamento – prática / o ato Moral</p><p>Mores – romano</p><p>Ética</p><p>Ethos – grego</p><p>Caráter</p><p>Estudo do comportamento – ciência</p><p>Portanto, o que podemos extrair do quadro acima é que a ética é o estudo da moral. Como vimos,</p><p>a ética é o estudo do comportamento, já a moral é o conjunto de princípios e valores que orientam</p><p>o comportamento humano.</p><p>Para Kant, a moral (objeto mutável pelo tempo e pela sociedade) designa o conjunto de princípios</p><p>gerais, e a ética (universal/imutável, atrelada ao interesse da sociedade), sua aplicação concreta.</p><p>2.2) Conduta x Valores x Princípios</p><p>Outros termos de grande importância, que são recorrentes nas provas, mas pouco estudados são a</p><p>conduta, os valores e os princípios. Ao estudar esses conceitos, você, concurseiro, terá uma base</p><p>mais sólida para a reflexão ética e também desenvolver com maior facilidade as questões trazidas</p><p>no seu edital, então, vamos lá!</p><p>A conduta é o comportamento observável de uma pessoa em determinada situação, na qual deverá</p><p>obedecer a um padrão ético (boa-fé; honestidade), ligado à manifestação do comportamento.</p><p>Este comportamento poderá ser bom ou mal, com base em valores morais ou códigos de ética.</p><p>Já os valores são as crenças fundamentais ou regras de condutas que uma pessoa ou sociedade</p><p>considera importantes e pelos quais orienta suas ações e escolhas. Em outras palavras, os valores</p><p>são ligados as normas que corporificam um ideal (perfeição), a axiologia é o estudo desses valores.</p><p>Por fim, os princípios são diretrizes fundamentais ou regras de conduta que uma pessoa ou grupo</p><p>considera essenciais para orientar suas decisões e ações. Ou seja, são ideias centrais norteadoras,</p><p>com a finalidade de harmonizar uma questão em si ou sentido das coisas.</p><p>2.3) Ética no Serviço Público</p><p>Por fim, precisamos analisar a ética no serviço público em geral, ou seja, aquela realizada dentro</p><p>da Administração Direta e Indireta, sem distinção.</p><p>7</p><p>Em sentido amplo, a ética do servidor público deverá estar sempre em conformidade ao interesse</p><p>coletivo.</p><p>Atitude do Servidor = verdade + justiça +bem comum</p><p>A atividade no serviço público é altamente profissional, uma vez que é uma escolha feita pelo Estado,</p><p>convocando seus funcionários de carreira a dedicarem-se integralmente. Os ocupantes de cargos</p><p>públicos são esperados a cumprir diversos requisitos, tais como vínculo permanente, concentração</p><p>no trabalho, dedicação, empenho para servir à comunidade e competência.</p><p>Dessa forma, a atividade pública se integra à vida privada, em função da responsabilidade de</p><p>representar o Estado. A finalidade do serviço público é o bem comum, em razão disso, os atos</p><p>administrativos deverão ser pautado pela moralidade, assim o temos como princípio</p><p>constitucional.</p><p>Tome nota!</p><p>A ética é um elemento indissociável, portanto, jamais poderá ser desprezada.</p><p>Momento da Questão</p><p>Questão inédita – Considerando o cenário da administração pública federal, uma questão ética</p><p>recorrente diz respeito à transparência na gestão dos recursos públicos. Um dos desafios</p><p>enfrentados é a falta de prestação de contas adequada, o que pode resultar em desconfiança</p><p>por parte da sociedade e comprometer a eficácia das políticas públicas. Nesse contexto, qual</p><p>a medida mais eficaz para enfrentar essa problemática e fortalecer a transparência na</p><p>administração pública federal?</p><p>a) Reduzir a divulgação de informações sensíveis para evitar vazamentos.</p><p>b) Criar mecanismos mais complexos de prestação de contas, tornando o processo mais burocrático.</p><p>c) Implementar plataformas online de fácil acesso, oferecendo informações detalhadas sobre a</p><p>alocação e utilização dos recursos públicos.</p><p>d) Restringir o acesso da sociedade civil a relatórios e dados financeiros.</p><p>e) Minimizar a divulgação de informações sobre contratos e licitações.</p><p>Gabarito: Letra C.</p><p>Comentário: A questão destaca a importância da transparência na administração pública</p><p>federal e propõe soluções para fortalecer essa transparência. A medida mais eficaz é a</p><p>8</p><p>implementação de plataformas online de fácil acesso, proporcionando informações detalhadas sobre</p><p>a alocação e utilização dos recursos públicos.</p><p>3) Princípios Constitucionais Administrativos</p><p>Como esse tema é bastante cobrados nos concursos e, de certo será de máxima valia na sua vida de</p><p>servidor público, estudaremos esse tópico em duas matérias dos conhecimentos gerais!</p><p>Os princípios da Administração Pública expressos estão descrito no artigo 37 da CF:</p><p>Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, dos</p><p>Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de legalidade,</p><p>impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte:(...)</p><p>Este dispositivo constitucional é de extrema importância para as provas de concursos públicos, uma</p><p>vez que apresenta os princípios da Administração Pública. Por isso, anote esse mnemônico: L – I</p><p>– M – P – E (Isso vai te salvar na hora da prova).</p><p>Agora, dedicaremos uma análise mais aprofundada a cada um dos princípios.</p><p>3.1) Princípio da legalidade</p><p>O princípio da legalidade estabelece que a administração possui a obrigação e autorização para</p><p>realizar apenas aquilo que está expressamente previsto em lei. Ao contrário do âmbito privado,</p><p>onde os indivíduos têm liberdade para agir em tudo que não é proibido por lei, na esfera pública, a</p><p>atuação</p><p>é estritamente balizada pela legislação. Nenhuma ação ou omissão pode ocorrer, a menos</p><p>que esteja fundamentada em disposição legal.</p><p>9</p><p>L</p><p>• Legalidade</p><p>I</p><p>• Impessoalidade</p><p>M</p><p>• Moralidade</p><p>P</p><p>• Publicidade</p><p>E</p><p>• Eficiência</p><p>O princípio da legalidade não exclui a atuação discricionária do agente público, uma vez que a lei</p><p>não pode prever todas as situações na atuação administrativa. Em determinadas circunstâncias, é</p><p>possível realizar uma análise de conveniência e oportunidade para escolher a conduta mais</p><p>adequada ao caso concreto, respeitando, é claro, os demais princípios administrativos,</p><p>especialmente a razoabilidade e proporcionalidade.</p><p>É importante ressaltar que o conceito de legalidade difere entre o agente público e o cidadão</p><p>comum. Para este último, também há o princípio da legalidade, indicando que suas ações são</p><p>permitidas desde que não proibidas por lei.</p><p>O princípio da legalidade pode ser analisado sob dois sentidos:</p><p>Aos particulares: ninguém é obrigado a fazer algo, senão em virtude de lei. É dizer: o particular</p><p>pode fazer tudo que não for proibido pela lei (trata-se do princípio da autonomia da vontade)</p><p>À Administração Pública: a Administração Pública apenas pode agir quando houver previsão</p><p>legal (princípio da legalidade estrita).</p><p>3.2) Princípio da impessoalidade</p><p>A atuação da Administração Pública é caracterizada pela imparcialidade. Em nenhuma circunstância,</p><p>é permitido ao agente público proporcionar tratamento diferenciado com o intuito de favorecer</p><p>pessoas específicas. Esse princípio também visa evitar que o administrador realize ações com</p><p>propósitos distintos daqueles estabelecidos pela lei, garantindo que o interesse público seja a</p><p>finalidade primordial do ato administrativo. Este princípio determina que o Estado tem o dever de</p><p>realizar o interesse público sem a promoção do servidor público ou autoridade que realizou o ato.</p><p>Importante!</p><p>Cuidado com a pegadinha das bancas!</p><p>O princípio da finalidade decorre do princípio da legalidade e não da impessoalidade. Nesse</p><p>sentido, o princípio da finalidade, relacionado ao interesse público, estabelece que os atos</p><p>administrativos devem orientar-se pelo propósito público e pela finalidade explicitada na</p><p>legislação.</p><p>O princípio da impessoalidade possui quatro sentidos ou subprincípios como alguns doutrinadores</p><p>entendem, vejamos:</p><p>Princípio da igualdade (= isonomia): atender todos os administrados sem discriminação</p><p>indevida.</p><p>10</p><p>Vedação à promoção pessoal: os agentes públicos atuam em nome do Estado. Assim, não</p><p>poderá haver pessoalização ou promoção pessoal dos agentes nos atos praticados.</p><p>Impedimento e suspeição: visa evitar que as pessoas atuem com parcialidade</p><p>Validação dos atos dos agentes de fato: entende-se como agente de fato aquele cuja</p><p>investidura no cargo ou seu exercício esteja maculada por algum vício.</p><p>Ex.: Agente que não possui formação universitária exigida em cargo público, etc.</p><p>3.3) Princípio da moralidade</p><p>O princípio da moralidade administrativa é aplicado nas relações entre a Administração e seus</p><p>administrados e também às atividades exercidas internamente. A moralidade administrativa é um</p><p>conceito jurídico indeterminado.</p><p>Em termos simples, o princípio da moralidade exige que a atuação do setor público vá além do</p><p>simples cumprimento das leis e regulamentos. Ele implica em considerar a ética, a honestidade e a</p><p>justiça como aspectos fundamentais na tomada de decisões e na execução de atividades</p><p>administrativas. Esse princípio busca garantir que as práticas da administração pública não apenas</p><p>se enquadrem nos limites legais, mas também estejam alinhadas com padrões éticos aceitáveis.</p><p>Diante disso, o princípio da moralidade visa prevenir comportamentos que possam ser legalmente</p><p>aceitáveis, mas que, do ponto de vista ético, são reprováveis. Ele destaca a importância de uma</p><p>gestão pública transparente, íntegra e que promova o bem comum, contribuindo para a construção</p><p>de uma sociedade mais justa e ética.</p><p>A moralidade administrativa representa, atualmente, um requisito fundamental para a validade de</p><p>qualquer ato administrativo. Não basta que o ato seja realizado estritamente de acordo com a lei; é</p><p>igualmente necessário que esteja em conformidade com princípios éticos.</p><p>Consiste no respeito da Administração a padrões éticos, de boa-fé, decoro, lealdade, honestidade e</p><p>probidade. O princípio da moralidade administrativa tem estreita ligação com a probidade</p><p>administrativa.</p><p>Ex.: Organizações Sociais que, apesar de não precisarem fazer concurso público para contratar</p><p>pessoal, devem adotar um processo de seleção imparcial e moral.</p><p>Dentro do princípio da moralidade, precisamos no atentar a Súmula Vinculante 13, que tem o</p><p>propósito de coibir o nepotismo no serviço público, estabelecendo critérios e restrições específicas</p><p>para as nomeações em cargos de confiança.</p><p>Súmula Vinculante 13: A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta,</p><p>colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da</p><p>mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de</p><p>11</p><p>cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta</p><p>e indireta em qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios,</p><p>compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.</p><p>Vamos esquematizar as informações importantíssimas trazidas pela Súmula Vinculante 13:</p><p>Quem não pode</p><p>ser nomeado</p><p>Cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade até o</p><p>terceiro grau da autoridade responsável pela nomeação. Também, o cônjuge,</p><p>companheiro ou parente de servidor da mesma entidade pública que já ocupa</p><p>cargo de direção, chefia ou assessoramento, torna-se impedido de ser nomeado</p><p>quando o servidor já detém cargo em comissão ou função de confiança.</p><p>Funções vedadas</p><p>A nomeação é proibida para cargos em comissão ou designação para funções de</p><p>confiança.</p><p>Vale ressaltar que não há restrições para a nomeação em cargos efetivos obtidos</p><p>por meio de concurso público.</p><p>Abrangência</p><p>As restrições mencionadas aplicam-se à Administração Pública direta e indireta, em</p><p>todos os poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios.</p><p>Observações:</p><p>A Súmula Vinculante 13 não abrange os cargos ou agentes políticos.</p><p>O cargo de Conselheiro de Tribunal de Contas não é considerado político, mas sim técnico, sendo,</p><p>portanto, sujeito à aplicação da Súmula Vinculante 13.</p><p>Esta súmula veda expressamente o nepotismo cruzado, entendido como as designações recíprocas entre</p><p>autoridades nomeantes ou servidores de uma mesma pessoa jurídica.</p><p>3.4) Princípio da publicidade</p><p>O princípio da publicidade diz respeito a divulgação dos atos praticados pela Administração</p><p>Pública, pois o poder público tem o dever de agir com transparência para que a população tenha</p><p>ciência de todos os atos praticados. A publicidade não constitui um elemento formador do ato; ao</p><p>contrário, é um requisito essencial para sua eficácia e observância da moralidade. Nesse sentido, a</p><p>publicidade é uma condição necessária para a produção de efeitos do ato, uma vez que sua</p><p>divulgação pelo órgão oficial é indispensável sempre que a lei assim determinar.</p><p>“A publicidade dos atos, programas, obras, serviços e campanhas dos órgãos públicos deverá ter</p><p>caráter educativo, informativo ou de orientação social, dela não podendo constar nomes, símbolos</p><p>ou imagens que caracterizem promoção pessoal de autoridades ou servidores públicos”.</p><p>12</p><p>Além do mais, existe a possibilidade de mitigação desse princípio diante de situações excepcionais</p><p>e justificadas: quando o sigilo for imprescindível à segurança do estado e da sociedade ou para</p><p>intimidade dos envolvidos</p><p>(art. 5º, X, da CF).</p><p>Princípio intimamente ligado à perspectiva de transparência, dever da administração pública e</p><p>direito da sociedade.</p><p>3.5) Princípio da eficiência</p><p>Nas palavras de Hely Lopes Meirelles “a eficiência é um dos deveres da Administração Pública, se</p><p>impõe a todo agente público de realizar suas atribuições com presteza, perfeição e rendimento</p><p>funcional”. O princípio da eficiência passou a ser um direito com sede constitucional.</p><p>Tome Nota!</p><p>O princípio da eficiência é o mais recente dos princípios constitucionais da Administração Pública</p><p>brasileira, tendo sido adotado a partir da promulgação, da EC nº 19/98 – Reforma Administrativa.</p><p>Quando se fala em eficiência na administração pública, significa que o gestor público deve gerir a</p><p>coisa pública com efetividade, economicidade, transparência e moralidade visando cumprir as</p><p>metas estabelecidas.</p><p>Segundo Alexandre de Moraes, o princípio da eficiência é o que impõe à administração pública direta</p><p>e indireta e a seus agentes a persecução do bem comum, por meio do exercício de suas</p><p>competências de forma imparcial, neutra, transparente, participativa, eficaz, sem burocracia e sempre</p><p>em busca da qualidade, primando pela adoção dos critérios legais e morais necessários para melhor</p><p>utilização possível dos recursos públicos, de maneira a evitarem-se desperdícios e garantir-se maior</p><p>rentabilidade social.</p><p>4) Código de Ética do Servidor Público Federal</p><p>O Código de Ética Profissional do Servidor Público Civil do Poder Executivo Federal foi</p><p>instituído pelo Decerto nº 1.171/94, em 22 de junho de 1994. Este código estabelece as normas de</p><p>conduta ética que os servidores públicos federais devem seguir no exercício de suas funções.</p><p>Para entendermos a extensão da aplicação do Código de Ética, vamos esquematizar abaixo para</p><p>você visualizar e fixar, para não errar na prova!</p><p>13</p><p>O referido código é dividido em três seções importantes, as quais determinam as regras</p><p>deontológicas, os principais deveres do servidor público e as vedações ao servidor público. O código</p><p>estabelece que o servidor público federal deve desempenhar suas atribuições pautado pelos valores</p><p>éticos de maior relevância, conforme delineados na norma. Estes são considerados princípios</p><p>fundamentais – primado maior:</p><p>14</p><p>Não se aplica</p><p>Decreto nº</p><p>1.171/94</p><p>Administração Direta Federal</p><p>Administração Indireta Federal</p><p>Se aplica - Poder</p><p>Executivo Federal</p><p>Paraestatais</p><p>Estados e Distrito Federal</p><p>Qualquer setor que prevaleça</p><p>o interesse do Estado</p><p>Empresas que realizam</p><p>atividade delegada</p><p>Fundação</p><p>Autarquia</p><p>Empresa Pública</p><p>Sociedade de</p><p>Economia Mista</p><p>Militares</p><p>Municípios</p><p>Legislativo</p><p>Judiciário</p><p>Como o Estado tem o dever de zelar pelos interesses da população, de maneira ética, o código de</p><p>ética profissional dos servidores públicos federais regula também os comportamentos que o servidor</p><p>tem a obrigação (deveres) de realizar, bem como os comportamentos que os servidores não podem</p><p>realizar, ou seja, suas vedações.</p><p>15</p><p>Dignidade</p><p>Conciência</p><p>dos</p><p>princípios</p><p>morais</p><p>Primados</p><p>Maiores /</p><p>principais</p><p>valores</p><p>éticos</p><p>Decoro</p><p>Eficácia Zelo</p><p>Deveres</p><p>Lealdade às</p><p>Instituições</p><p>Dedicação ao</p><p>Serviço</p><p>Condução Ética</p><p>Prevenção de</p><p>Irregularidade</p><p>Uso adequado dos</p><p>recursos</p><p>Vedações</p><p>Conflito de</p><p>Interesses</p><p>Ganho Indevido</p><p>Uso indevido de</p><p>Informações</p><p>Retardar Prestação</p><p>de Contas</p><p>Procrastinar na</p><p>realização dos</p><p>Deveres</p><p>4.1) Comissão de Ética</p><p>Por fim, o código também ressalta a importância das comissões de ética. A Comissão de Ética na</p><p>Administração Pública Federal desempenha um papel fundamental na promoção da ética e</p><p>integridade no cenário governamental. Sua responsabilidade abrange a orientação,</p><p>aconselhamento e julgamento de questões éticas relacionadas aos servidores públicos federais.</p><p>Geralmente, a comissão é composta por três servidores públicos titulares e três servidores públicos</p><p>suplentes, todos com reputação ilibada, nomeados para mandatos específicos. Podem incluir</p><p>membros internos e externos à instituição. Essas comissões têm como principais atribuições orientar</p><p>os servidores sobre ética no serviço público, analisar conflitos de interesses, julgar infrações éticas, e</p><p>oferecer pareceres em consultas sobre condutas éticas.</p><p>Importante!</p><p>A abordagem da comissão de ética é, fundamentalmente, voltada para a prevenção e a educação.</p><p>Dessa forma, por ser voltada a prevenção e educação, a única pena aplicável pela comissão é a de</p><p>censura, a justificativa da aplicação da pena deverá constar no parecer da comissão, que conterá as</p><p>assinaturas de todos os seus membros, e cientificando o servidor que faltar à sessão.</p><p>Momento da Questão</p><p>Questão inédita – Levando em conta o contexto dos princípios que norteiam a Administração</p><p>Pública no Brasil, destaca-se a relevância de garantir a eficácia e a legitimidade das ações</p><p>governamentais. Um desses princípios é o da impessoalidade, que busca assegurar que as</p><p>decisões e ações do setor público sejam pautadas pelo interesse público, sem favorecimentos</p><p>individuais. Dentro do contexto do princípio da impessoalidade na Administração Pública,</p><p>qual é a principal finalidade desse princípio?</p><p>a) Favorecer interesses pessoais de servidores públicos.</p><p>b) Garantir a imparcialidade e a neutralidade nas decisões e ações governamentais.</p><p>c) Aumentar a visibilidade de autoridades públicas.</p><p>d) Priorizar a promoção pessoal de líderes governamentais.</p><p>e) Dificultar o acesso da população a informações sobre a gestão pública.</p><p>Gabarito: Letra B.</p><p>16</p><p>Comentário: O princípio da impessoalidade visa garantir que as ações governamentais sejam</p><p>orientadas pelo interesse público, sem favorecimentos individuais. Portanto, a resposta correta é</p><p>aquela que reflete essa finalidade.</p><p>GOVERNANÇA PÚBLICA</p><p>1) Introdução</p><p>Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos</p><p>os blocos de nível superior:</p><p>1 – Governança pública e sistemas de governança (Decreto nº 9.203, de 22 de novembro de</p><p>2017). Gestão de riscos e medidas mitigatórias na Administração Pública.</p><p>2) Governança Pública</p><p>Com o retorno da democracia no Brasil nos anos 1980, os cidadãos passaram a demandar mais</p><p>serviços públicos e buscavam maneiras de supervisionar de perto como o governo alcançava seus</p><p>objetivos. Isso resultou em uma maior ênfase na eficiência e no desempenho no dia a dia do setor</p><p>público.</p><p>A noção de governança pública começou a ganhar destaque no Brasil com a Emenda Constitucional</p><p>(EC) nº 19, datada de 04 de junho de 1998. Essa emenda modificou o artigo 37 da Constituição</p><p>Federal de 1988, introduzindo o princípio da eficiência. Essa alteração visava resolver questões</p><p>antigas relacionadas ao excesso de burocracia e à gestão pouco eficaz que caracterizavam a</p><p>administração pública brasileira.</p><p>A governança pública é o processo pelo qual as organizações públicas e os órgãos governamentais</p><p>são dirigidos, controlados e administrados. Envolve a definição de políticas, tomadas de decisões,</p><p>implementação de programas e prestação de serviços públicos. A governança pública busca</p><p>garantir que as instituições do governo atuem de maneira eficaz, transparente, responsável, ética e</p><p>de acordo com os interesses e necessidades da sociedade.</p><p>A governança pública é regidas pelos princípios:</p><p>17</p><p>Entende-se que a governança tem como objetivo primordial aprimorar a capacidade de</p><p>gerenciamento econômico e a prestação de serviços sociais à população. Nesse contexto, no âmbito</p><p>federal, o Tribunal de Contas da União (TCU), enquanto órgão de controle externo, desempenha</p><p>um</p><p>papel crucial na condução da execução orçamentária e financeira. O TCU é encarregado de</p><p>fiscalizar aspectos contábeis, financeiros, orçamentários, operacionais e patrimoniais dos órgãos e</p><p>entidades públicas brasileiras, assegurando a conformidade com princípios de legalidade,</p><p>legitimidade e economicidade. Essa supervisão é realizada por meio da aplicação de práticas de</p><p>governança pública.</p><p>Diante desse cenário, o TCU tem implementado diversos procedimentos de adequação do processo</p><p>de governança nas instituições públicas federais.</p><p>3) Sistemas de Governança Pública</p><p>O sistema de Governança Pública Federal foi instituída a partir do Decreto nº 9.203/17, o qual</p><p>prevê os mecanismos para exercer a governança pública, são eles:</p><p>18</p><p>Princípios da Governança</p><p>Pública</p><p>Relações Éticas - Integridade</p><p>Confiabilidade</p><p>Prestação de Contas</p><p>Conformidade - melhoria regulatória</p><p>Capacidade de Resposta</p><p>Transparência</p><p>A implantação e a manutenção dos mecanismos da governança pública cabe a alta administração</p><p>dos órgãos e das entidades. Essa manutenção ocorre com o acompanhamento dos resultados,</p><p>melhoria do desempenho e a promoção de processos de decisão baseadas em evidencias.</p><p>Além disso, outro ponto de extrema relevância é o Comite Interministerial de Governança – CIG,</p><p>composto pelo Ministro da Casa Civil da Presidência da República, que dentro do comitê possui</p><p>o cargo de coordenador, o Ministro da Economia e o Ministro da Controladoria-Geral da União.</p><p>A principal finalidade da CIG é fornecer assessoria ao Presidente da República. Na ausência dos</p><p>membros titulares, seus secretários-executivos podem realizar as devidas substituições.</p><p>19</p><p>competência responsabilidade</p><p>Integridade Liderança motivação</p><p>Mecanismo para</p><p>a Governança</p><p>Pública</p><p>Controle Estratégia</p><p>Tome nota!</p><p>As reuniões da CIG são convocadas pelo coordenador – Ministro da Casa Civil da Presidência da</p><p>República.</p><p>Apesar de o CIG ser o componente central na implementação da política de governança, há outros</p><p>atores e estruturas desempenhando papéis relevantes nesse processo. A tabela esquematizada</p><p>abaixo apresenta uma síntese das funções desempenhadas pelos principais atores e estruturas</p><p>envolvidos na condução da política de governança.</p><p>Funções dos Principais Atores e Estruturas da Política de Governança</p><p>Atores/estruturas</p><p>Funções</p><p>Presidente da República</p><p>Responsável, em última instância, pela condução da política de</p><p>governança</p><p>20</p><p>CIG - coordena</p><p>a política de</p><p>governança</p><p>proposta de</p><p>melhoria de</p><p>governança</p><p>recomendações,</p><p>manuais, guias e</p><p>resoluções</p><p>Secretaria-</p><p>Executiva do CIG</p><p>Órgãos e Entidade</p><p>- executa a política</p><p>diagnóstico e</p><p>sugestões</p><p>Comitê Interno de</p><p>Governança - promove e</p><p>monitora + Alta</p><p>Administração - responsável</p><p>pela implementação</p><p>CIG</p><p>Assessorar o presidente da República na condução da política de</p><p>governança (coordenação)</p><p>Órgãos e Entidade da</p><p>Administração Pública Federal</p><p>Executar a política de governança</p><p>Alta Administração</p><p>Responsável pela implementação da política de governança nos</p><p>respectivos órgãos e entidades</p><p>Comitê Interno de Governança</p><p>Promover e monitorar a política de governança em seus respectivos</p><p>órgãos e entidades</p><p>4) Gestão de Riscos e Medidas Mitigatórias na Administração Pública</p><p>A gestão de riscos na administração pública é o processo sistemático de identificação, análise,</p><p>avaliação e mitigação de eventos ou condições que possam impactar negativamente os objetivos e</p><p>operações de uma entidade governamental.</p><p>Mas, afinal, o que é risco?</p><p>Risco é a possibilidade de um evento incerto causar impacto negativo ou positivo em objetivos.</p><p>Pode ser interpretado como ameaça ou oportunidade, sendo que oportunidades podem trazer</p><p>vantagens competitivas.</p><p>A gestão de riscos tem como finalidade facilitar o processo de tomada de decisões, visando</p><p>proporcionar uma segurança razoável no cumprimento da missão e no alcance dos objetivos</p><p>institucionais. Essa abordagem representa uma ferramenta concebida para auxiliar os gestores na</p><p>busca por maior eficiência, com o intuito de aprimorar a qualidade, a pontualidade e a eficácia dos</p><p>serviços públicos oferecidos.</p><p>Na gestão de riscos, as medidas mitigatórias são ações específicas implementadas com a finalidade</p><p>de reduzir ou controlar os efeitos dos riscos identificados.</p><p>21</p><p>Probabilidade</p><p>de Ocorrência</p><p>Impactos</p><p>Risco</p><p>Importante!</p><p>É crucial destacar que, ao abordar a mitigação, não é estritamente necessário eliminar</p><p>completamente os riscos ou a fonte dessas ameaças.</p><p>As principais ações mitigatórias na administração pública podem incluir a implementação de</p><p>controles, a revisão de processos, a reorganização de equipes, além de iniciativas de capacitação e</p><p>treinamento. Isso também pode abranger o desenvolvimento ou aprimoramento de soluções</p><p>tecnológicas e ajustes na estrutura organizacional.</p><p>INTEGRIDADE PÚBLICA</p><p>1) Introdução</p><p>Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos</p><p>os blocos de nível superior:</p><p>1 – Integridade pública (Decreto nº 11.529/2023): considerações iniciais; Integridade Pública.</p><p>2) Considerações Iniciais</p><p>O Governo Federal está dedicado a promover a integridade pública como um meio sustentável de</p><p>combater a corrupção, restaurar a confiança dos cidadãos em nossas instituições e aprimorar a</p><p>qualidade dos serviços públicos. Essa busca pela integridade tem orientado a implementação de</p><p>iniciativas que abrangem o aumento da transparência, a gestão eficiente de recursos, a aplicação</p><p>de mecanismos de responsabilização para agentes públicos envolvidos em desvios e o</p><p>fortalecimento da relação entre o Estado e a população.</p><p>A integridade pública refere-se ao conjunto de estruturas institucionais criadas para assegurar que</p><p>a Administração Pública cumpra seu propósito fundamental: fornecer resultados esperados à</p><p>população de maneira apropriada, imparcial e eficaz.</p><p>Diante desse cenário, promulgado o Decreto nº 11.529/23 o qual institui e estabelece o Sistema de</p><p>Integridade, Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal e a Política de</p><p>Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal.</p><p>3) Integridade Pública</p><p>Agora, vamos estudar especificamente as disposições do decreto acima mencionado, o qual</p><p>estabelece o Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação. Esse decreto abrange a</p><p>22</p><p>administração federal direta, as autarquias e fundações públicas, excluindo, no entanto, as empresas</p><p>estatais. Ele institui:</p><p>SITAI, que representa o Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação.</p><p>Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal.</p><p>3.1) Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação</p><p>O SITAI, Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação, foi implementado para</p><p>suceder o antigo Sistema de Integridade Pública do Poder Executivo Federal. Essa transição</p><p>representa uma expansão do sistema de integridade da administração pública federal, incorporando,</p><p>além disso, os pilares da transparência e do acesso à informação.</p><p>Esse sistema representa a entidade central na estrutura da Controladoria-Geral da União e suas</p><p>unidades setoriais, e tem como metas coordenar e articular as ações relacionadas à integridade,</p><p>transparência e acesso à informação. Além disso, busca definir padrões para as práticas e medidas</p><p>relacionadas a esses princípios, ao mesmo tempo que visa incrementar a simetria da informação.</p><p>Ademais, o decreto ainda menciona alguns conceitos importantes que você, concurseiro, precisa</p><p>conhecer:</p><p>Programa de</p><p>Integridade</p><p>• Conjunto</p><p>de princípios, normas, procedimentos e mecanismos</p><p>destinados à prevenção, detecção e remediação de práticas</p><p>envolvendo corrupção, fraude, irregularidades, ilícitos e outros desvios</p><p>éticos e de conduta. Este programa visa identificar e corrigir violações</p><p>ou desrespeitos a direitos, valores e princípios que possam impactar a</p><p>confiança, credibilidade e reputação institucional.</p><p>Plano de</p><p>Integridade</p><p>• Estrutura organizacional que delineia as medidas de integridade a</p><p>serem implementadas em um período específico. Esse plano é</p><p>elaborado pela unidade setorial do SITAI e requer aprovação da</p><p>autoridade máxima do órgão ou entidade.</p><p>Funções de</p><p>Integridade</p><p>• Desempenho de atividades nas áreas de corregedoria, ouvidoria,</p><p>controle interno, gestão da ética, transparência, e outras funções</p><p>essenciais ao funcionamento do programa de integridade. Essas</p><p>funções estão integradas aos sistemas organizacionais para garantir o</p><p>cumprimento eficaz do programa de integridade.</p><p>23</p><p>3.2) Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal</p><p>O decreto também instituiu a Política de Transparência e Acesso à Informação, cujo planejamento,</p><p>coordenação, execução e monitoramento ficarão a cargo da CGU, o órgão central do SITAI.</p><p>A Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração é fundamentada em três pilares,</p><p>conforme estabelecido no artigo 10:</p><p>Vamos nos aprofundar nos conceitos!</p><p>A transparência passiva tem o propósito de assegurar a disponibilização de informações em</p><p>resposta a solicitações de acesso à informação, sendo esses pedidos realizados por meio do Portal</p><p>da Transparência, mantido pela Controladoria-Geral da União - CGU. Em contrapartida, a</p><p>transparência ativa foi estabelecida para garantir a divulgação proativa de informações nos sítios</p><p>eletrônicos oficiais, sob a gestão da CGU, por meio do Portal Brasileiro de Dados Abertos.</p><p>Por fim, a abertura de bases de dados tem como finalidade fomentar pesquisas, estudos, inovações,</p><p>geração de negócios e envolvimento da sociedade na supervisão e aprimoramento de políticas e</p><p>serviços públicos. Essa responsabilidade recai sobre a CGU, que gerencia um sistema eletrônico para</p><p>o registro e atendimento de pedidos de acesso à informação. Tanto os pedidos quanto suas</p><p>respectivas respostas são disponibilizados de forma aberta à população na internet.</p><p>TRANSPARÊNCIA E QUALIDADE NA GESTÃO PÚBLICA</p><p>1) Introdução</p><p>Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos</p><p>os blocos de nível superior:</p><p>1 – Transparência e qualidade na gestão pública, cidadania e equidade social: aspectos iniciais;</p><p>transparência e qualidade na gestão pública; cidadania; equidade social.</p><p>24</p><p>transparência passiva</p><p>Pilares da Política de</p><p>Transparência</p><p>transparência ativa</p><p>abertura de base de dados da</p><p>Administração Pública Federal -</p><p>produzidos, custodiados ou acumulados</p><p>2) Aspectos Iniciais</p><p>Com a promulgação da Constituição Federal do Brasil em 1988, observou-se uma série de</p><p>transformações significativas no panorama do país. Destaca-se, entre essas mudanças, a instituição</p><p>do Estado Democrático de Direito, que garante a cidadania, proporcionando a participação ativa</p><p>do povo nas atividades estatais.</p><p>Considerando que cada vez mais as pessoas estão participando ativamente da execução das políticas</p><p>públicas e têm o direito de saber como o dinheiro público está sendo usado, é importante ressaltar</p><p>que a transparência é uma ferramenta valiosa para combater a corrupção.</p><p>3) Transparência e Qualidade na Gestão Pública</p><p>A interseção entre a transparência e qualidade na gestão pública promove uma administração eficaz</p><p>e responsável, prevalecendo os princípios constitucionais administrativos. A transparência na gestão</p><p>pública envolve a divulgação aberta e acessível de informações sobre as ações, decisões, gastos e</p><p>resultados da administração pública, facilitando o entendimento por parte dos cidadãos e promove</p><p>a maior prestação de contas.</p><p>Além disso, ainda no tocante da transparência, a participação da sociedade no monitoramento das</p><p>ações governamentais fortalece a democracia, contribuindo ainda para a responsabilização dos</p><p>agentes públicos (accountability), permitindo a avaliação do desempenho e da ética na gestão</p><p>pública.</p><p>A transparência combinada com a qualidade facilita as avaliações dos membros da sociedade,</p><p>contribuindo para a identificação de áreas que necessitam de melhoria na qualidade da gestão</p><p>pública.</p><p>4) Cidadania</p><p>A cidadania é o conjunto de direito e deveres do individuo como membro de uma comunidade,</p><p>geralmente vinculado a um Estado-nação. Ela ainda implica uma série de responsabilidades,</p><p>privilégios e participação ativa na vida pública.</p><p>25</p><p>A cidadania envolve o reconhecimento de direitos fundamentais, como a liberdade de expressão,</p><p>direito à educação, participação política e proteção legal. Ao mesmo tempo, os cidadãos têm</p><p>deveres, como respeitar as leis, pagar os impostos e contribuir para o bem comum.</p><p>4.1) Cidadania e o Controle Social</p><p>O controle social refere-se à participação ativa da sociedade na gestão pública, visando monitorar</p><p>e fiscalizar as atividades do governo com o propósito de identificar e resolver questões, garantindo</p><p>a continuidade dos serviços prestados à população. A promoção do controle social é um dos</p><p>princípios estabelecidos pela Lei de Acesso à Informação.</p><p>Ex.: O Portal da Transparência – da Controladoria-Geral da União.</p><p>Nesse contexto, torna-se essencial fomentar uma cultura de transparência dentro da</p><p>Administração Pública. Além disso, é crucial que a sociedade esteja ciente de seu direito de acesso</p><p>à informação e compreenda como utilizá-lo para acompanhar as iniciativas governamentais.</p><p>26</p><p>responsabilidades</p><p>Cidadania</p><p>participação</p><p>ativa</p><p>privilégio</p><p>5) Equidade Social</p><p>A origem do conceito de equidade remonta à Grécia Antiga, sendo atribuído ao filósofo Aristóteles.</p><p>Na perspectiva de Aristóteles, a equidade é entendida como uma parte integrante da justiça,</p><p>envolvendo uma disposição de caráter distinta. Nessa abordagem, entende-se por equidade é o</p><p>tratamento justo, levando em consideração as diferenças individuais e as circunstâncias</p><p>especificas de cada pessoa.</p><p>Assim, a equidade social é a busca por justiça e imparcialidade na distribuição de recursos,</p><p>oportunidades e benefícios dentro de uma sociedade, reconhecendo as necessidades diversas dos</p><p>cidadãos. O objetivo é garantir que todos os membros da sociedade tenham condições justas e</p><p>iguais para alcançar seu potencial máximo, independentemente de suas características individuais,</p><p>como raça, gênero, classe social, origem étnica, orientação sexual, habilidades, entre outros.</p><p>A equidade social está descrita na frase comumente conhecida: “Devemos tratar igualmente os iguais</p><p>e desigualmente os desiguais, na medida da sua desigualdade”.</p><p>27</p><p>Socialização</p><p>molda costumes, hábitos e</p><p>desejos estendidos como</p><p>ideias em cada sociedade.</p><p>Formas de</p><p>Controle Social</p><p>Pressão do Grupo</p><p>a força do grupo promove a</p><p>adequação do indivíduo ao</p><p>papel social que</p><p>corresponde ao seu status.</p><p>Tome nota!</p><p>O principal foco da equidade social é a diminuição da desigualdade, abrindo-se espaço para a</p><p>inclusão social.</p><p>5.1) Justiça Social e Ações Afirmativas</p><p>A justiça social e as ações afirmativas estão interligadas na busca por corrigir desigualdades</p><p>histórias e estruturais, proporcionando oportunidades mais equitativas para grupos que enfrentam</p><p>discriminação ou desvantagens sistêmicas.</p><p>Quando abordamos o conceito de Justiça Social, deparamo-nos com uma multiplicidade de</p><p>interpretações que permeiam diversos setores da sociedade. Tanto as forças da sociedade civil</p><p>quanto os atores políticos, que variam de progressistas a conservadores, de esquerda a direita, de</p><p>intervencionistas a livre-cambistas, e de socialistas a liberais, buscam formulações de programas,</p><p>ações e políticas sociais e econômicas.</p><p>Logo, entender o significado da justiça social implica compreender sua estreita ligação com os</p><p>ideais de igualdade e equidade. Estes princípios fundamentais norteiam políticas e esforços na</p><p>construção de uma sociedade mais justa, pois é evidente que em diferentes contextos econômicos,</p><p>há o risco ocasional de arbitrariedades, iniquidades e injustiças.</p><p>As discriminações, sejam de gênero, orientação sexual, raça, etnia ou outras, associadas à falta de</p><p>oportunidades, representam uma tradução da complexa realidade em diversos países, contribuindo</p><p>para um ciclo vicioso de exclusão social. Nesse cenário emergem as chamadas ações afirmativas,</p><p>que são medidas políticas destinadas a eliminar a exclusão social, cultural e econômica de grupos</p><p>que enfrentam qualquer forma de discriminação.</p><p>Essas medidas, respaldadas pela igualdade legal, procuram assegurar a equidade ao facilitar a</p><p>inserção, inclusão e participação política de grupos socialmente vulneráveis, utilizando diversos tipos</p><p>de apoios. Assim, as políticas equitativas garantem a inclusão e a inserção ao protegerem o direito</p><p>à igualdade e à diferença por meio de ações afirmativas.</p><p>Ex.: A política de cotas para negros em universidades brasileiras, embora não regulamentada, tem</p><p>sido adotada por algumas Instituições de Ensino Superior como uma ação afirmativa para reverter a</p><p>lógica desigual da estrutura de oportunidades marcada por violações de direitos e discriminações</p><p>estruturais.</p><p>Dessa forma, as ações afirmativas e as políticas compensatórias buscam formalizar a justiça social,</p><p>fundamentando-se nos princípios da igualdade e equidade para combater as desigualdades. O</p><p>objetivo central dessas ações é garantir o acesso a posições cruciais na sociedade para indivíduos</p><p>que, de outra forma, permaneceriam excluídos.</p><p>28</p><p>Momento da Questão</p><p>Questão inédita – Diante das persistentes desigualdades sociais e históricas no Brasil, os</p><p>conceitos de equidade social, justiça social e ações afirmativas emergem como instrumentos</p><p>cruciais na busca por uma sociedade mais justa e inclusiva. Em um país marcado por uma</p><p>história de discriminação racial, étnica e social, a compreensão desses princípios torna-se</p><p>fundamental.</p><p>Imagine uma cidade onde, apesar dos avanços econômicos, certos grupos populacionais</p><p>continuam enfrentando barreiras sistêmicas. As oportunidades educacionais, por exemplo, são</p><p>distribuídas de maneira desigual, perpetuando ciclos de desvantagens. Nesse contexto, surge</p><p>a necessidade de políticas que transcendam a igualdade formal, abordando as raízes históricas</p><p>das disparidades. Considerando essa realidade, assinale a alternativa correta:</p><p>a) Equidade social refere-se exclusivamente à igualdade de oportunidades, enquanto justiça social</p><p>abrange a correção de desigualdades passadas. Ações afirmativas são desnecessárias nesse contexto.</p><p>b) Ações afirmativas são medidas temporárias que visam corrigir desigualdades historicamente</p><p>enraizadas, promovendo a equidade. Justiça social busca apenas a igualdade de resultados,</p><p>independentemente das diferenças individuais.</p><p>c) Equidade social e justiça social são conceitos idênticos, ambos focados em garantir igualdade de</p><p>resultados para todos os indivíduos. Ações afirmativas são controversas, pois podem criar novas</p><p>formas de discriminação.</p><p>d) Justiça social é um princípio ético, enquanto equidade social é uma abordagem prática. Ações</p><p>afirmativas são estratégias eficazes apenas para corrigir desigualdades econômicas.</p><p>e) Equidade social busca tratar os desiguais de maneira desigual para alcançar a igualdade, enquanto</p><p>justiça social envolve a distribuição justa de oportunidades e benefícios. Ações afirmativas são</p><p>políticas necessárias para combater discriminações estruturais.</p><p>Gabarito: Letra E.</p><p>Comentário: No contexto da cidade descrita, a equidade social é necessária para tratar as</p><p>desigualdades existentes, enquanto a justiça social busca uma distribuição justa de oportunidades.</p><p>As ações afirmativas se tornam políticas essenciais para combater discriminações estruturais e</p><p>proporcionar oportunidades equitativas.</p><p>GOVERNO ELETRÔNICO</p><p>1) Introdução</p><p>Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos</p><p>os blocos de nível superior:</p><p>29</p><p>1 – Governo eletrônico e seu impacto na sociedade e na Administração Pública. Lei nº</p><p>14.129/2021.</p><p>2) Lei nº 14.129/21 – conceito e competência</p><p>O governo eletrônico foi instituído a partir da Lei nº 14.129/21, que dispõe sobre os princípios,</p><p>regras e instrumentos para o governo digital e para o aumento da eficácia pública. O governo</p><p>eletrônico, também conhecido como e-gov, é o conjunto do uso de tecnologias da informação e</p><p>comunicação para melhorar e aprimorar os serviços públicos, a comunicação entre o governo e os</p><p>cidadãos, bem como as operações internas do governo. Isso envolve o uso de plataformas online,</p><p>sistemas digitais e outras tecnologias para facilitar o acesso às informações, simplificar processos e</p><p>promover a eficiência na prestação dos serviços governamentais.</p><p>O uso do governo eletrônico (e-gov) é implementado em diversos órgãos e entidades da</p><p>administração pública, abrangendo assim três atores institucionais:</p><p>30</p><p>Orgãos da Administração Pública Direta</p><p>Federal</p><p>Aplicação da Lei Entidades da Administração Pública Indireta</p><p>Federal</p><p>Administrações Diretas e Indiretas dos</p><p>Demais Entes Federados</p><p>Tome nota!</p><p>Esteja atento à exceção: esta lei não se aplica a empresas públicas e sociedades de economia mista</p><p>que não desempenhem atividades de prestação de serviço público.</p><p>3) Diretrizes e Princípios</p><p>As diretrizes e princípios para implementação e funcionamento do Governo Eletrônico operam</p><p>dentro dos Comitês Técnicos de Governo Eletrônico, proporcionando uma base para desenvolver</p><p>estratégias de intervenção. Elas são empregadas como guias para todas as iniciativas de governo</p><p>eletrônico, gestão do conhecimento e administração de tecnologia da informação em toda a esfera</p><p>da Administração Pública Federal.</p><p>A tabela abaixo destaca os princípios e diretrizes do Governo Digital e da eficiência pública</p><p>conforme o art. 3º da Lei:</p><p>Princípios e Diretrizes</p><p>Desburocratização,</p><p>Modernização, Fortalecimento</p><p>e Simplificação</p><p>Objetiva tornar a relação entre o poder público e a sociedade mais</p><p>eficiente, facilitando o acesso a serviços digitais, inclusive por</p><p>dispositivos móveis.</p><p>Plataforma Única de Acesso a</p><p>Informações e Serviços</p><p>Públicos</p><p>Propõe centralizar o acesso às informações e serviços públicos em uma</p><p>única plataforma, respeitando as restrições legais e permitindo, quando</p><p>necessário, a prestação presencial.</p><p>Acesso aos Serviços Públicos</p><p>por Meio Digital</p><p>Busca permitir que cidadãos, pessoas jurídicas e outros entes públicos</p><p>demandem e acessem serviços públicos de forma digital, sem a</p><p>necessidade de solicitação presencial.</p><p>Transparência e</p><p>Monitoramento da Qualidade</p><p>dos Serviços Públicos</p><p>Visa garantir transparência na execução dos serviços públicos e</p><p>monitoramento constante de sua qualidade.</p><p>Incentivo à Participação Social</p><p>Propõe estimular a participação ativa da sociedade no controle e</p><p>fiscalização da administração pública.</p><p>Dever do Gestor Público de</p><p>Prestar Contas</p><p>Estabelece o dever dos gestores públicos de prestar contas diretamente</p><p>à população sobre a gestão dos recursos públicos.</p><p>Uso de Linguagem Clara e</p><p>Compreensível</p><p>Orienta o uso de linguagem clara e compreensível em comunicações</p><p>com qualquer cidadão.</p><p>31</p><p>Uso da Tecnologia para</p><p>Otimização de Processos</p><p>Propõe a utilização da tecnologia</p><p>para otimizar os processos de</p><p>trabalho na administração pública.</p><p>Atuação Integrada entre</p><p>Órgãos e Entidades</p><p>Estabelece a atuação integrada entre órgãos e entidades na prestação</p><p>e controle dos serviços públicos, com o compartilhamento seguro de</p><p>dados pessoais.</p><p>Simplificação dos</p><p>Procedimentos</p><p>Busca simplificar os procedimentos de solicitação, oferta e</p><p>acompanhamento dos serviços públicos, focando na universalização do</p><p>acesso e autosserviço.</p><p>ACESSO À INFORMAÇÃO</p><p>1) Introdução</p><p>Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos</p><p>os blocos de nível superior:</p><p>1 – Acesso à informação. Lei nº 12.527/2011: conceito; competência; procedimento;</p><p>informações sigilosas.</p><p>2) Conceito</p><p>A lei de acesso à informação - lei nº 12.527, sancionada em 18 de novembro de 2011, estabelece o</p><p>direito constitucional dos cidadãos brasileiros ao acesso às informações públicas. Ela tem</p><p>abrangência nos três poderes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios,</p><p>desempenhando um papel crucial na consolidação da democracia no país e no reforço da</p><p>transparência governamental.</p><p>Essa legislação consagra como princípio fundamental que a divulgação de informações públicas é</p><p>a norma geral, enquanto o sigilo é a exceção. Para assegurar o pleno exercício desse direito, a Lei</p><p>estabelece os mecanismos, prazos e procedimentos para que os cidadãos obtenham informações</p><p>junto à administração pública. Além disso, determina que órgãos e entidades governamentais devem</p><p>proativamente disponibilizar um conjunto mínimo de informações pela internet.</p><p>3) Competência</p><p>No âmbito federal, a Controladoria-Geral da União (CGU) assume o papel central no Sistema de</p><p>Controle Interno do Poder Executivo Federal. A CGU tem a responsabilidade de desempenhar</p><p>diversas funções, que incluem o controle interno, a correição, a ouvidoria, bem como a promoção</p><p>da transparência e a prevenção da corrupção.</p><p>32</p><p>Nesse contexto, a CGU desempenha, entre outras atribuições, a supervisão técnica sobre os órgãos</p><p>que fazem parte do Sistema de Ouvidorias do Poder Executivo Federal (e-OUV). Além disso, ela</p><p>atua como instância recursal para solicitações de acesso à informação e pedidos de disponibilização</p><p>de bases de dados feitos por meio do Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão.</p><p>4) Procedimento</p><p>A Lei de Acesso à Informação estabelece um procedimento claro para que os cidadãos possam</p><p>fazer pedidos de informação junto aos órgãos e entidades públicas. O acesso a informações públicas</p><p>é gratuito, a menos que haja a necessidade de reprodução de documentos, caso em que pode ser</p><p>cobrada uma taxa. O processo é o seguinte:</p><p>Vamos estudar, agora, cada etapa!</p><p>Formulação do Pedido: O cidadão interessado em obter informações públicas deve formular</p><p>seu pedido de forma clara e objetiva. Ele pode ser feito por escrito, de preferência por meio do</p><p>Sistema Eletrônico do Serviço de Informações ao Cidadão (e-SIC) quando disponível, ou por outros</p><p>meios, como carta, e-mail ou presencialmente, dependendo das opções oferecidas pelo órgão ou</p><p>entidade.</p><p>Identificação: É importante que o pedido contenha informações mínimas para identificação do</p><p>solicitante, como nome, CPF ou CNPJ (quando aplicável), endereço de contato e, se possível, dados</p><p>adicionais que facilitem a resposta.</p><p>33</p><p>Recurso</p><p>Resposta ao Solicitante</p><p>Prazo da Resposta</p><p>Envio do Pedido</p><p>Escolha do Órgão</p><p>Competente</p><p>Especificação da</p><p>Informação Desejada</p><p>Identificação</p><p>Formulação do Pedido</p><p>Especificação da Informação Desejada: O pedido deve conter a descrição clara da informação</p><p>desejada, de modo que o órgão público possa identificar com precisão o que está sendo solicitado.</p><p>Escolha do Órgão Competente: O solicitante deve direcionar o pedido ao órgão ou entidade</p><p>pública que detém as informações desejadas. Caso o pedido seja encaminhado a um órgão que não</p><p>seja competente para fornecer a informação, esse órgão deverá encaminhá-lo ao órgão correto e</p><p>informar ao solicitante sobre a transferência.</p><p>Envio do Pedido: O pedido de informação deve ser enviado ao órgão ou entidade pública de</p><p>acordo com os procedimentos e canais estabelecidos por eles. É importante respeitar as regras e</p><p>prazos estipulados pelo órgão para o processamento do pedido.</p><p>Prazo de Resposta: A Lei de Acesso à Informação estabelece um prazo máximo de 20 dias para</p><p>que o órgão público forneça a resposta ao solicitante. Em casos excepcionais, esse prazo pode ser</p><p>prorrogado por mais 10 dias, mediante justificativa.</p><p>Resposta ao Solicitante: O órgão ou entidade pública deve fornecer uma resposta ao solicitante</p><p>dentro do prazo estabelecido. Essa resposta pode ser a disponibilização da informação solicitada, a</p><p>negativa do acesso (caso a informação esteja protegida por sigilo legal) ou a comunicação de que a</p><p>informação não existe no órgão.</p><p>Recurso: Caso o solicitante não fique satisfeito com a resposta ou a ausência de resposta, ele</p><p>tem o direito de interpor um recurso junto ao órgão que originalmente recebeu o pedido. O prazo</p><p>para interpor o recurso é de 10 dias a partir da resposta ou do término do prazo para resposta.</p><p>Além do procedimento de pedido de informação, a lei também determina que os órgãos e entidades</p><p>públicas devem divulgar proativamente informações de interesse público por meio da internet,</p><p>promovendo a transparência ativa.</p><p>Tome nota!</p><p>A Lei de Acesso à Informação estabelece que os agentes públicos que descumprirem suas</p><p>disposições podem ser responsabilizados administrativa, civil e penalmente.</p><p>Lembrando que a Lei de Acesso à Informação visa facilitar o acesso dos cidadãos às informações</p><p>públicas e promover a transparência governamental, tornando mais fácil o exercício do direito à</p><p>informação. Portanto, os órgãos públicos têm a obrigação de fornecer informações de forma</p><p>transparente e acessível.</p><p>5) Informações Sigilosas</p><p>A lei prevê a possibilidade de algumas informações serem classificadas como sigilosas, de acordo</p><p>com critérios estabelecidos na própria legislação. Informações sigilosas são aquelas que, se</p><p>34</p><p>divulgadas, poderiam causar prejuízo à segurança nacional, à defesa ou às relações exteriores</p><p>do país, entre outros aspectos.</p><p>A lei prevê três níveis de sigilo para informações governamentais: secreto, reservado, confidencial.</p><p>Níveis de Sigilo</p><p>Secreto</p><p>Informações cuja divulgação pode causar danos graves à segurança do Estado ou às</p><p>relações exteriores. O prazo máximo de sigilo é de 25 anos, podendo ser renovado.</p><p>Reservado</p><p>Informações cuja divulgação pode causar prejuízo à segurança do Estado ou a</p><p>interesses nacionais. O prazo máximo de sigilo é de 15 anos, também podendo ser</p><p>renovado.</p><p>Confidencial</p><p>Informações cuja divulgação pode prejudicar a administração pública ou interesses</p><p>públicos. O prazo máximo de sigilo é de 5 anos, podendo ser renovado.</p><p>As informações pessoais são informações que, por sua natureza, devem ser protegidas, como dados</p><p>pessoais de cidadãos. A lei estabelece regras específicas para o tratamento e o acesso a informações</p><p>pessoais, visando garantir a privacidade e a proteção desses dados.</p><p>Além das informações classificadas, a lei também reconhece que determinadas informações podem</p><p>ser submetidas a sigilo por órgãos ou entidades que ainda não estabeleceram classificação de sigilo</p><p>específica. Nesse caso, o órgão deve justificar a necessidade do sigilo e estabelecer um prazo para a</p><p>divulgação.</p><p>Momento da Questão</p><p>Questão inédita – O acesso à informação é um princípio fundamental para promover a</p><p>transparência e a participação cidadã nas atividades governamentais. A Lei nº 12.527/11,</p><p>conhecida como Lei de Acesso à Informação – LAI, foi promulgada no Brasil com o propósito</p><p>de regulamentar esse direito, estabelecendo diretrizes</p><p>e procedimentos para garantir o acesso</p><p>dos cidadãos a informações públicas. Considerando as informações acima, o conceito e a</p><p>finalidade da LAI são:</p><p>a) A Lei nº 12.527/2011 visa restringir o acesso à informação, preservando a confidencialidade das</p><p>atividades governamentais.</p><p>b) Essa lei tem como principal objetivo dificultar o acesso dos cidadãos a informações públicas,</p><p>protegendo dados sensíveis do governo.</p><p>c) A Lei de Acesso à Informação (LAI) busca promover a transparência e a participação cidadã ao</p><p>regulamentar o direito dos indivíduos de acessarem informações públicas.</p><p>35</p><p>d) Seu propósito principal é centralizar o controle de informações nas mãos do governo, limitando</p><p>o acesso da sociedade.</p><p>e) A LAI foi criada para incentivar a manipulação de informações, permitindo que o governo</p><p>selecione quais dados podem ser acessados pela população.</p><p>Gabarito: Letra C.</p><p>Comentário: A Lei de Acesso à Informação (LAI) tem como objetivo fomentar a transparência e</p><p>a participação cidadã ao estabelecer normas para o direito de acesso às informações.</p><p>TRANSPARÊNCIA E IMPARCIALIDADE NOS USOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL</p><p>1) Introdução</p><p>Seguiremos os estudos do Concurso Nacional Unificado sobre os conhecimentos gerais para todos</p><p>os blocos de nível superior:</p><p>1 – Transparência e imparcialidade nos usos da inteligência artificial no âmbito do serviço</p><p>público.</p><p>2) Considerações iniciais</p><p>A transparência e imparcialidade são princípios fundamentais quando se trata do uso da</p><p>inteligência artificial (IA) no âmbito do serviço público. Esses princípios são essenciais para garantir</p><p>a confiança da sociedade nas decisões e ações governamentais que envolvem o uso dessa</p><p>tecnologia avançada.</p><p>3) Função Desempenhada pela Inteligência Artificial nos Serviços Públicos</p><p>Em primeiro lugar, é essencial reconhecer que o propósito fundamental das atividades</p><p>administrativas é assegurar o bem-estar coletivo, demandando, assim, o desenvolvimento e a</p><p>execução de diversas políticas públicas. À medida que os órgãos e autoridades incorporam</p><p>mecanismos equipados com inteligência artificial, as decisões são automatizadas por meio de</p><p>algoritmos previamente programados.</p><p>Nesse contexto, torna-se de extrema importância que tais algoritmos sejam caracterizados pela</p><p>imparcialidade, garantindo uma tomada de decisão mais equitativa e eficaz, sem concessões a</p><p>privilégios. Adicionalmente, o processo que utiliza inteligência artificial deve oferecer a transparência</p><p>necessária à comunidade. Em outras palavras, a população interessada deve estar informada de que</p><p>as decisões foram conduzidas por meio de mecanismos de inteligência artificial, assim como</p><p>compreender como os algoritmos foram estabelecidos pela autoridade competente.</p><p>36</p><p>Momento da Questão</p><p>Questão inédita – Em meio ao avanço da inteligência artificial nos serviços públicos, a</p><p>necessidade de regulamentação ética é evidente para garantir decisões imparciais e</p><p>transparentes. Diversos setores governamentais têm adotado normas para orientar o uso</p><p>dessa tecnologia. Um exemplo é a criação de diretrizes no setor de educação para sistemas de</p><p>tutoria baseados em inteligência artificial. Qual é a finalidade principal das normas</p><p>estabelecidas para sistemas de tutoria baseados em inteligência artificial no setor educacional?</p><p>a) Limitar o acesso da população a ferramentas de inteligência artificial no campo educacional.</p><p>b) Promover a competição entre instituições de ensino na implementação de tecnologias avançadas.</p><p>c) Assegurar a imparcialidade, transparência e governança na utilização de sistemas de tutoria</p><p>baseados em inteligência artificial no ambiente educacional.</p><p>d) Excluir completamente o uso de inteligência artificial em processos de ensino e aprendizagem.</p><p>e) Desenvolver padrões exclusivos de programação para sistemas de tutoria, sem considerar</p><p>aspectos éticos.</p><p>Gabarito: Letra C.</p><p>Comentário: A questão destaca a importância das normas éticas na utilização de inteligência</p><p>artificial no setor educacional, enfatizando a imparcialidade, transparência e governança.</p><p>Parabéns por ter concluído o estudo da matéria!</p><p>Bora para cima!</p><p>37</p><p>1</p><p>Bons Estudos!</p><p>2</p><p>4</p><p>CONSIDERAÇÕES INICIAIS</p><p>5</p><p>PRINCÍPIOS E VALORES ÉTICOS NO SERVIÇO PÚBLICO</p><p>1) Introdução</p><p>2) Conceitos Iniciais</p><p>2.1) Ética x Moral</p><p>6</p><p>2.2) Conduta x Valores x Princípios</p><p>2.3) Ética no Serviço Público</p><p>7</p><p>Atitude do Servidor = verdade + justiça +bem comum</p><p>Momento da Questão</p><p>Questão inédita – Considerando o cenário da administração pública federal, uma questão ética recorrente diz respeito à transparência na gestão dos recursos públicos. Um dos desafios enfrentados é a falta de prestação de contas adequada, o que pode res...</p><p>8</p><p>3) Princípios Constitucionais Administrativos</p><p>3.1) Princípio da legalidade</p><p>9</p><p>3.2) Princípio da impessoalidade</p><p>10</p><p>3.3) Princípio da moralidade</p><p>11</p><p>3.4) Princípio da publicidade</p><p>12</p><p>3.5) Princípio da eficiência</p><p>Tome Nota!</p><p>4) Código de Ética do Servidor Público Federal</p><p>13</p><p>14</p><p>15</p><p>4.1) Comissão de Ética</p><p>Momento da Questão</p><p>Questão inédita – Levando em conta o contexto dos princípios que norteiam a Administração Pública no Brasil, destaca-se a relevância de garantir a eficácia e a legitimidade das ações governamentais. Um desses princípios é o da impessoalidade, que busc...</p><p>16</p><p>GOVERNANÇA PÚBLICA</p><p>1) Introdução</p><p>2) Governança Pública</p><p>17</p><p>3) Sistemas de Governança Pública</p><p>18</p><p>19</p><p>Tome nota!</p><p>20</p><p>4) Gestão de Riscos e Medidas Mitigatórias na Administração Pública</p><p>Mas, afinal, o que é risco?</p><p>21</p><p>Importante!</p><p>INTEGRIDADE PÚBLICA</p><p>1) Introdução</p><p>2) Considerações Iniciais</p><p>3) Integridade Pública</p><p>22</p><p>SITAI, que representa o Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação. Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal.</p><p>3.1) Sistema de Integridade, Transparência e Acesso à Informação</p><p>23</p><p>3.2) Política de Transparência e Acesso à Informação da Administração Pública Federal</p><p>TRANSPARÊNCIA E QUALIDADE NA GESTÃO PÚBLICA</p><p>1) Introdução</p><p>24</p><p>2) Aspectos Iniciais</p><p>3) Transparência e Qualidade na Gestão Pública</p><p>4) Cidadania</p><p>25</p><p>4.1) Cidadania e o Controle Social</p><p>26</p><p>5) Equidade Social</p><p>27</p><p>Tome nota!</p><p>5.1) Justiça Social e Ações Afirmativas</p><p>28</p><p>Momento da Questão</p><p>Imagine uma cidade onde, apesar dos avanços econômicos, certos grupos populacionais continuam enfrentando barreiras sistêmicas. As oportunidades educacionais, por exemplo, são distribuídas de maneira desigual, perpetuando ciclos de desvantagens. Nesse...</p><p>GOVERNO ELETRÔNICO</p><p>1) Introdução</p><p>29</p><p>2) Lei nº 14.129/21 – conceito e competência</p><p>30</p><p>Tome nota!</p><p>3) Diretrizes e Princípios</p><p>31</p><p>ACESSO À INFORMAÇÃO</p><p>1) Introdução</p><p>2) Conceito</p><p>3) Competência</p><p>32</p><p>4) Procedimento</p><p>33</p><p>Tome nota!</p><p>5) Informações Sigilosas</p><p>34</p><p>Momento da Questão</p><p>35</p><p>TRANSPARÊNCIA E IMPARCIALIDADE NOS USOS DE INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL</p><p>1) Introdução</p><p>2) Considerações iniciais</p><p>3) Função Desempenhada pela Inteligência Artificial nos Serviços Públicos</p><p>36</p><p>Momento da Questão</p><p>Parabéns por ter concluído o estudo da matéria!</p><p>37</p>