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<p>Aula 15 - Profa. Ana</p><p>Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos -</p><p>Curso Regular</p><p>Autor:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits</p><p>de Oliveira</p><p>21 de Abril de 2023</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>1</p><p>Sumário</p><p>1 - Inspeção e Tecnologia de Bovinos................................................................................................................. 3</p><p>1.1 Instalações e equipamentos ...................................................................................................................... 3</p><p>1.2 Inspeção ante mortem e abate dos animais ........................................................................................... 11</p><p>1.3. Matança de emergência ........................................................................................................................ 17</p><p>1.4 Do abate normal .................................................................................................................................... 19</p><p>1.4.1 Linhas de inspeção ........................................................................................................................... 20</p><p>1.5 Marcação eventual e sistemática ........................................................................................................... 22</p><p>1.6 Critérios de julgamento e destino ........................................................................................................... 24</p><p>1.6.1 Da inspeção industrial e sanitária ................................................................................................... 24</p><p>1.6.2 Da inspeção industrial e sanitária de carnes e derivados ............................................................... 24</p><p>1.6.3 Dos aspectos gerais da inspeção post mortem ................................................................................ 25</p><p>1.6.4 Critérios de julgamento e destino .................................................................................................... 27</p><p>1.6.5 Da inspeção post mortem de bovinos e búfalos .............................................................................. 36</p><p>Questões Comentadas ...................................................................................................................................... 38</p><p>Referências ....................................................................................................................................................... 51</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2</p><p>APRESENTAÇÃO DO CURSO</p><p>Olá, alunos do Estratégia Concursos, tudo bem?</p><p>É com muita satisfação que iniciaremos nossa aula de Inspeção de Produtos de Origem Animal II.</p><p>Nosso curso será fundamentado em teoria e questões. E, dentro do conteúdo cobrado, resolveremos</p><p>QUESTÕES DE TODOS OS NÍVEIS, inclusive questões cobradas em concursos diversos dentro da medicina</p><p>veterinária, para que vocês consigam consolidar o aprendizado e se situarem em relação às diferentes</p><p>possibilidades de cobrança nas provas.</p><p>Além do PDF, teremos videoaulas! Essas aulas destinam-se a complementar a preparação. Nas</p><p>videoaulas focaremos em abordar os pontos principais da matéria com resoluções de exercícios.</p><p>É importante lembrar que, ao contrário do PDF, AS VIDEOAULAS NÃO ATENDEM A TODOS OS</p><p>PONTOS QUE VAMOS ANALISAR NOS PDFS. Por vezes, haverá aulas com vários vídeos; outras que terão</p><p>videoaulas apenas em parte do conteúdo; e outras, ainda, que não conterão vídeos. Nosso objetivo é,</p><p>sempre, o estudo ativo!</p><p>Esta é a nossa proposta! E aí, estão prontos para começar?</p><p>Em caso de dúvidas ou sugestões fiquem à vontade para me contatar e adicionar nas redes sociais.</p><p>Estamos juntos nessa caminhada e será um prazer orientá-los da melhor maneira possível! Vamos nessa!</p><p>Instagram: @prof.anapaulasalim</p><p>Telegram: t.me/profanapaulasalim</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3</p><p>1 - INSPEÇÃO E TECNOLOGIA DE BOVINOS</p><p>Olá, alunos! Nesse módulo estudaremos a Inspeção e a Tecnologia de Bovinos.</p><p>Estudamos na seção anterior que recebimento dos animais para abate é sempre realizado com prévio</p><p>conhecimento do SIF e que, durante esse processo, o estabelecimento fica responsável pela verificação dos</p><p>documentos de trânsito a fim de garantir a procedência dos animais.</p><p>1.1 Instalações e equipamentos</p><p>Após esse procedimento, os animais devem ser desembarcados e alojados em instalações</p><p>apropriadas onde serão submetidos à descanso e dieta hídrica e aguardarão a avaliação do SIF. Estão</p><p>lembrados?</p><p>Quais instalações seriam essas?</p><p>Os locais de alojamento dos bovinos, no estabelecimento de abate, são os currais. Esses currais são</p><p>classificados em:</p><p>1. Currais de chegada e seleção;</p><p>2. Currais de observação;</p><p>3. Currais de matança.</p><p>Os currais devem estar localizados de maneira que os ventos predominantes não levem em direção</p><p>aos estabelecimentos poeiras ou emanações; devem, ainda, estar afastados não menos de 80 m (oitenta</p><p>metros) das dependências onde se elaboram produtos comestíveis.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>4</p><p>1.1 - Currais de Chegada e Seleção: Destinam-se ao recebimento e apartação do gado para a</p><p>formação dos lotes, de conformidade com o sexo, idade e categoria.</p><p>Devem apresentar os seguintes requisitos:</p><p>a) área nunca inferior à dos currais de matança;</p><p>b) facilidades para o desembarque e o recebimento dos animais, possuindo rampa suave (declive</p><p>máximo de 25 graus), construída em concreto-armado, com antiderrapantes;</p><p>c) iluminação adequada (5 watts p/m2);</p><p>d) pavimentação, com desaguamento apropriado, declive de 2% (dois por cento), no mínimo;</p><p>superfície plana (com antiderrapantes no raio das porteiras), íntegra, sem fendas, dilacerações ou</p><p>concavidades que possam provocar acidentes nos animais, ou que dificultem a limpeza e desinfecção;</p><p>construída em paralelepípedos rejuntados com asfalto, lajotas de concreto pré-fabricadas, concreto-armado,</p><p>ou outro material impermeável de fácil higienização aprovado pelo DIPOA; canaletas de desaguamento,</p><p>situadas na parte mais baixa do declive, evitando-se ralos centrais.</p><p>Nos projetos novos, é recomendável que a declividade da pavimentação se faça no sentido da parte</p><p>externa dos currais, no seu maior comprimento;</p><p>e) cercas de 2m (dois metros) de altura, construídas em madeira aparelhada ou de outro material</p><p>resistente, sem cantos vivos ou proeminências (pregos, parafusos, etc.), que possam ocasionar contusões,</p><p>ou danos à pele dos animais. Ainda visando à prevenção de lesões traumáticas, as cercas internas, divisórias</p><p>de currais, serão duplas, isto é, os mourões receberão duas ordens de travessões, correspondentes,</p><p>respectivamente, a cada um dos currais lindeiros;</p><p>f) muretas separatórias (cordão sanitário) elevando-se do piso, ao longo e sob a cercas até a altura</p><p>de 0,30m (trinta centímetros), com cantos e arestas arredondados;</p><p>g) plataformas elevadas, construídas sobre as cercas, de largura mínima de 0,60m (sessenta</p><p>centímetros), com corrimões de proteção de 0,80m (oitenta centímetros) de altura, para facilitar o exame</p><p>“ante-mortem”, o trânsito de pessoal e outras operações. O traçado de tais plataformas obedecerá sempre</p><p>ao critério da I.F. O Desenho Nº 1 sugere uma adequada localização destas construções complementares;</p><p>h) bebedouros de nível constante, tipo cocho, construídos em alvenaria, concretoarmado, ou outro</p><p>material adequado e aprovado pelo DIPOA, impermeabilizados superficialmente e isentos de cantos vivos</p><p>ou saliências vulnerantes. Suas</p><p>fraturas devem</p><p>ser condenadas.</p><p>§ 1º As carcaças que apresentem lesões extensas, sem que tenham sido totalmente comprometidas,</p><p>devem ser destinadas ao tratamento pelo calor depois de removidas e condenadas as áreas atingidas.</p><p>§ 2º As carcaças que apresentem contusão, fratura ou luxação localizada podem ser liberadas depois</p><p>de removidas e condenadas as áreas atingidas.</p><p>Art. 149. As carcaças que apresentem edema generalizado no exame post mortem devem ser</p><p>condenadas.</p><p>Parágrafo único. Nos casos discretos e localizados, as partes das carcaças e dos órgãos que</p><p>apresentem infiltrações edematosas devem ser removidas e condenadas.</p><p>Art. 150. As carcaças e os órgãos de animais parasitados por Oesophagostomum</p><p>sp (esofagostomose) devem ser condenados quando houver caquexia.</p><p>Parágrafo único. Os intestinos ou suas partes que apresentem nódulos em pequeno número podem</p><p>ser liberados.</p><p>Art. 151. Os pâncreas infectados por parasitas do gênero Eurytrema, causadores de euritrematose</p><p>devem ser condenados.</p><p>Art. 152. As carcaças e os órgãos de animais parasitados por Fasciola hepática devem ser</p><p>condenados quando houver caquexia ou icterícia.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>32</p><p>Parágrafo único. Quando a lesão for circunscrita ou limitada ao fígado, sem repercussão no estado</p><p>geral da carcaça, este órgão deve ser condenado e a carcaça poderá ser liberada.</p><p>Art. 153. Os fetos procedentes do abate de fêmeas gestantes devem ser condenados.</p><p>Art. 154. As línguas que apresentem glossite devem ser condenadas.</p><p>Art. 155. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem cisto hidático devem ser condenados</p><p>quando houver caquexia.</p><p>Parágrafo único. Os órgãos que apresentem lesões periféricas, calcificadas e circunscritas podem ser</p><p>liberados depois de removidas e condenadas as áreas atingidas.</p><p>Art. 156. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem icterícia devem ser condenados.</p><p>Parágrafo único. As carcaças de animais que apresentem gordura de cor amarela decorrente de</p><p>fatores nutricionais ou características raciais podem ser liberadas.</p><p>Art. 157. As carcaças de animais em que for evidenciada intoxicação em virtude de tratamento por</p><p>substância medicamentosa ou ingestão acidental de produtos tóxicos devem ser condenadas.</p><p>Parágrafo único. Pode ser dado à carcaça aproveitamento condicional ou determinada sua liberação</p><p>para o consumo, a critério do SIF, quando a lesão for restrita aos órgãos e sugestiva de intoxicação por</p><p>plantas tóxicas.</p><p>Art. 158. Os corações com lesões de miocardite, endocardite e pericardite devem ser condenados.</p><p>§ 1º As carcaças de animais com lesões cardíacas devem ser condenadas ou destinadas ao</p><p>tratamento pelo calor, sempre que houver repercussão no seu estado geral, a critério do SIF.</p><p>§ 2º As carcaças de animais com lesões cardíacas podem ser liberadas, desde que não tenham sido</p><p>comprometidas, a critério do SIF.</p><p>Art. 159. Os rins com lesões como nefrites, nefroses, pielonefrites, uronefroses, cistos urinários ou</p><p>outras infecções devem ser condenados, devendo-se ainda verificar se estas lesões estão ou não</p><p>relacionadas a doenças infectocontagiosas ou parasitárias e se acarretaram alterações na carcaça.</p><p>Parágrafo único. A carcaça e os rins podem ser liberados para o consumo quando suas lesões não</p><p>estiverem relacionadas a doenças infectocontagiosas, dependendo da extensão das lesões, depois de</p><p>removidas e condenadas as áreas atingidas do órgão.</p><p>Art. 160. As carcaças que apresentem lesões inespecíficas generalizadas em linfonodos de distintas</p><p>regiões, com comprometimento do seu estado geral, devem ser aq.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>33</p><p>§ 1º No caso de lesões inespecíficas progressivas de linfonodos, sem repercussão no estado geral</p><p>da carcaça, condena-se a área de drenagem destes linfonodos, com o aproveitamento condicional da</p><p>carcaça para esterilização pelo calor.</p><p>§ 2º No caso de lesões inespecíficas discretas e circunscritas de linfonodos, sem repercussão no</p><p>estado geral da carcaça, a área de drenagem deste linfonodo deve ser condenada, liberando-se o restante</p><p>da carcaça, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas.</p><p>Art. 161. As carcaças e os órgãos de animais magros livres de qualquer processo patológico podem</p><p>ser destinados ao aproveitamento condicional, a critério do SIF.</p><p>Art. 162. As carcaças e os órgãos de animais que apresentem mastite devem ser condenadas, sempre</p><p>que houver comprometimento sistêmico. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>§ 1º As carcaças e os órgãos de animais que apresentem mastite aguda, quando não houver</p><p>comprometimento sistêmico, depois de removida e condenada a glândula mamária, serão destinadas à</p><p>esterilização pelo calor. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>§ 1º-A As carcaças e os órgãos de animais que apresentem mastite crônica, quando não houver</p><p>comprometimento sistêmico, depois de removida e condenada a glândula mamária, podem ser</p><p>liberados. (Incluído pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>§ 2º As glândulas mamárias devem ser removidas intactas, de forma a não permitir a contaminação</p><p>da carcaça por leite, pus ou outro contaminante, respeitadas as particularidades de cada espécie e a</p><p>correlação das glândulas com a carcaça.</p><p>§ 3º As glândulas mamárias que apresentem mastite ou sinais de lactação e as de animais reagentes</p><p>à brucelose devem ser condenadas.</p><p>§ 4º O aproveitamento da glândula mamária para fins alimentícios pode ser permitido, depois de</p><p>liberada a carcaça.</p><p>Art. 163. As partes das carcaças, os órgãos e as vísceras invadidos por larvas (miíases) devem ser</p><p>condenados.</p><p>Art. 164. Os fígados com necrobacilose nodular devem ser condenados.</p><p>Parágrafo único. Quando a lesão coexistir com outras alterações que levem ao comprometimento da</p><p>carcaça, esta e os órgãos também devem ser condenados.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>34</p><p>Art. 165. As carcaças de animais com neoplasias extensas, com ou sem metástase e com ou sem</p><p>comprometimento do estado geral, devem ser condenadas. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de</p><p>2020)</p><p>§ 4º Quando se tratar de lesões neoplásicas discretas e localizadas, e sem comprometimento do</p><p>estado geral, a carcaça pode ser liberada para o consumo depois de removidas e condenadas as partes e os</p><p>órgãos comprometidos.</p><p>Art. 166. Os órgãos e as partes que apresentem parasitoses não transmissíveis ao homem devem</p><p>ser condenados, podendo a carcaça ser liberada, desde que não tenha sido comprometida.</p><p>Art. 167. As carcaças de animais que apresentem sinais de parto recente ou de aborto, desde que</p><p>não haja evidência de infecção, devem ser destinadas ao aproveitamento condicional pelo uso do calor,</p><p>devendo ser condenados o trato genital, o úbere e o sangue destes animais.</p><p>Art. 168. As carcaças com infecção intensa por Sarcocystis spp (sarcocistose) devem ser condenadas.</p><p>§ 1º Entende-se por infecção intensa a presença de cistos em incisões praticadas em várias partes da</p><p>musculatura.</p><p>§ 2º Entende-se por infecção leve a presença de cistos localizados em um único ponto da carcaça ou</p><p>do órgão, devendo a carcaça ser destinada ao cozimento, após remoção da área atingida.</p><p>Art. 169. As carcaças de animais com infestação generalizada por sarna, com comprometimento do</p><p>seu estado geral devem ser condenadas.</p><p>Parágrafo único. A carcaça pode ser liberada quando a infestação for discreta e ainda limitada,</p><p>depois de removidas e condenadas as áreas atingidas.</p><p>Art. 170. Os fígados que apresentem lesão</p><p>generalizada de telangiectasia maculosa devem ser</p><p>condenados.</p><p>Parágrafo único. Os fígados que apresentem lesões discretas podem ser liberados depois de</p><p>removidas e condenadas as áreas atingidas.</p><p>Art. 171. As carcaças de animais com tuberculose devem ser condenadas quando: (Redação dada</p><p>pelo Decreto nº 9.069, de 2017)</p><p>I - no exame ante mortem o animal esteja febril;</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>35</p><p>II - sejam acompanhadas de caquexia;</p><p>III - apresentem lesões tuberculósicas nos músculos, nos ossos, nas articulações ou nos linfonodos</p><p>que drenam a linfa destas partes;</p><p>IV - apresentem lesões caseosas concomitantes em órgãos ou serosas do tórax e do abdômen;</p><p>V - apresentem lesões miliares ou perláceas de parênquimas ou serosas;</p><p>VI - apresentem lesões múltiplas, agudas e ativamente progressivas, identificadas pela inflamação</p><p>aguda nas proximidades das lesões, necrose de liquefação ou presença de tubérculos jovens;</p><p>VII - apresentem linfonodos hipertrofiados, edemaciados, com caseificação de aspecto raiado ou</p><p>estrelado em mais de um local de eleição; ou</p><p>VIII - existam lesões caseosas ou calcificadas generalizadas, e sempre que houver evidência de</p><p>entrada do bacilo na circulação sistêmica.</p><p>§ 1º As lesões de tuberculose são consideradas generalizadas quando, além das lesões dos aparelhos</p><p>respiratório, digestório e de seus linfonodos correspondentes, forem encontrados tubérculos numerosos</p><p>distribuídos em ambos os pulmões ou encontradas lesões no baço, nos rins, no útero, no ovário, nos</p><p>testículos, nas cápsulas suprarrenais, no cérebro e na medula espinhal ou nas suas membranas.</p><p>§ 2º Depois de removidas e condenadas as áreas atingidas, as carcaças podem ser destinadas à</p><p>esterilização pelo calor quando:</p><p>I - os órgãos apresentem lesões caseosas discretas, localizadas ou encapsuladas, limitadas a</p><p>linfonodos do mesmo órgão;</p><p>II - os linfonodos da carcaça ou da cabeça apresentem lesões caseosas discretas, localizadas ou</p><p>encapsuladas; e</p><p>III - existam lesões concomitantes em linfonodos e em órgãos pertencentes à mesma cavidade.</p><p>§ 3º Carcaças de animais reagentes positivos a teste de diagnóstico para tuberculose devem ser</p><p>destinadas à esterilização pelo calor, desde que não se enquadrem nas condições previstas nos incisos I a</p><p>VIII do caput .</p><p>§ 4º A carcaça que apresente apenas uma lesão tuberculósica discreta, localizada e completamente</p><p>calcificada em um único órgão ou linfonodo pode ser liberada, depois de condenadas as áreas atingidas.</p><p>§ 5º As partes das carcaças e os órgãos que se contaminarem com material tuberculoso, por contato</p><p>acidental de qualquer natureza, devem ser condenados.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>36</p><p>Art. 172. Os produtos destinados ao aproveitamento condicional em decorrência do julgamento da</p><p>inspeção ante mortem e post mortem, nos termos do disposto neste Decreto e nas normas</p><p>complementares, devem ser submetidos, a critério do SIF, a um dos seguintes tratamentos: (Redação</p><p>dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>I - pelo frio, em temperatura não superior a -10ºC por dez dias;</p><p>II - pelo sal, em salmoura com no mínimo 24ºBe, em peças de no máximo 3,5cm (três e meio</p><p>centímetros) de espessura, por no mínimo vinte e um dias; ou</p><p>III - pelo calor, por meio de:</p><p>a) cozimento em temperatura de 76,6ºC (setenta e seis inteiros e seis décimos de graus Celsius) por</p><p>no mínimo trinta minutos;</p><p>b) fusão pelo calor em temperatura mínima de 121ºC; ou</p><p>c) esterilização pelo calor úmido, com um valor de F0 igual ou maior que três minutos ou a redução</p><p>de doze ciclos logarítmicos (12 log10) de Clostridium botulinum, seguido de resfriamento imediato.</p><p>§ 1º A aplicação de qualquer um dos tratamentos condicionais citados no caput deve garantir a</p><p>inativação ou a destruição do agente envolvido.</p><p>§ 2º Podem ser utilizados processos diferentes dos propostos no caput, desde que se atinja ao final</p><p>as mesmas garantias, com embasamento técnico-científico e aprovação do Departamento de Inspeção de</p><p>Produtos de Origem Animal.</p><p>§ 3º Na inexistência de equipamento ou instalações específicas para aplicação do tratamento</p><p>condicional determinado pelo SIF, deve ser adotado sempre um critério mais rigoroso, no próprio</p><p>estabelecimento ou em outro que possua condições tecnológicas para esse fim, desde que haja efetivo</p><p>controle de sua rastreabilidade e comprovação da aplicação do tratamento condicional determinado.</p><p>(Redação dada pelo Decreto nº 9.069, de 2017)</p><p>1.6.5 Da inspeção post mortem de bovinos e búfalos</p><p>Art. 183. Na inspeção de bovinos e búfalos, além do disposto nesta Subseção e em norma</p><p>complementar, aplica-se, no que couber, o disposto na Seção III deste Capítulo. (Redação dada pelo</p><p>Decreto nº 9.069, de 2017)</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>37</p><p>Art. 184. As carcaças e os órgãos de animais com hemoglobinúria bacilar dos bovinos, varíola,</p><p>septicemia hemorrágica e febre catarral maligna devem ser condenados.</p><p>Art. 185. As carcaças com infecção intensa por Cysticercus bovis (cisticercose bovina) devem ser</p><p>condenadas.</p><p>§ 1º Entende-se por infecção intensa quando são encontrados, pelo menos, oito cistos, viáveis ou</p><p>calcificados, assim distribuídos:</p><p>I - quatro ou mais cistos em locais de eleição examinados na linha de inspeção (músculos da</p><p>mastigação, língua, coração, diafragma e seus pilares, esôfago e fígado); e (Redação dada pelo Decreto</p><p>nº 10.468, de 2020)</p><p>II - quatro ou mais cistos localizados no quarto dianteiro (músculos do pescoço, do peito e da paleta)</p><p>ou no quarto traseiro (músculos do coxão, da alcatra e do lombo), após pesquisa no DIF, mediante incisões</p><p>múltiplas e profundas.</p><p>§ 2º Nas infecções leves ou moderadas, caracterizadas pela detecção de cistos viáveis ou calcificados</p><p>em quantidades que não caracterizem a infecção intensa, considerada a pesquisa em todos os locais de</p><p>eleição examinados na linha de inspeção e na carcaça correspondente, esta deve ser destinada ao</p><p>tratamento condicional pelo frio ou pelo calor, após remoção e condenação das áreas</p><p>atingidas. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>§ 5º O diafragma e seus pilares, o esôfago e o fígado, bem como outras partes passíveis de infecção,</p><p>devem receber o mesmo destino dado à carcaça.</p><p>§ 6º Os procedimentos para pesquisa de cisticercos nos locais de eleição examinados rotineiramente</p><p>devem atender ao disposto nas normas complementares.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>38</p><p>QUESTÕES COMENTADAS</p><p>• 2021</p><p>1. (OMNI / Prefeitura de Salesópolis - SP - 2021) De acordo com o decreto nº 9.013, de 29 de maio de</p><p>2017, que descreve sobre o regulamento e inspeção industrial, é CORRETO afirmar que:</p><p>a) A inspeção visual é um ensaio não destrutivo largamente utilizado para avaliar das condições ou qualidade</p><p>de uma peça e dos trabalhos voltados na fabricação de estruturas metálicas e na soldagem principalmente.</p><p>É de fácil execução, de baixo custo e não requer equipamento especial.</p><p>b) O laudo SPDA é um documento técnico e nele devem constar informações relevantes sobre as atuais</p><p>condições de toda a instalação do Sistema de Proteção de Estruturas Contra Descargas Atmosféricas (SPDA)</p><p>c) Apenas os estabelecimentos de produtos de origem animal que funcionem sob o SIF podem realizar</p><p>comércio internacional.</p><p>d) No caso de répteis e anfíbios,</p><p>a inspeção e a fiscalização não serão realizadas em caráter permanente, e</p><p>apenas durante as operações de abate.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está incorreta. O Decreto nº 9.013, de 29 de maio de 2017 regulamenta a inspeção industrial</p><p>e sanitária de produtos de origem animal. Portanto, não contempla a fabricação de estruturas metálicas e</p><p>na soldagem principalmente. É de fácil execução, de baixo custo e não requer equipamento especial.</p><p>A alternativa B está incorreta. O laudo SPDA não é contemplado no Decreto nº 9.013, de 29 de maio de</p><p>2017.</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Decreto nº 9.013/17 - art. 4º Apenas os</p><p>estabelecimentos de produtos de origem animal que funcionem sob o SIF podem realizar comércio</p><p>internacional.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>39</p><p>A alternativa D está incorreta. Art. 11 § 1º No caso de répteis e anfíbios, a inspeção e a fiscalização serão</p><p>realizadas em caráter permanente apenas durante as operações de abate.</p><p>2. (AMAUC / Prefeitura de Seara - SC - 2021) Sobre o decreto nº 9.013/17, de acordo com os aspectos</p><p>gerais da inspeção post mortem da inspeção industrial e sanitária de carnes e derivados, assinale a</p><p>alternativa correta:</p><p>a) As carcaças com infecção intensa por Sarcocystis spp (sarcocistose) devem ser destinadas ao cozimento,</p><p>após remoção da área atingida.</p><p>b) As partes das carcaças e os órgãos que se contaminarem com material tuberculoso, por contato acidental</p><p>de qualquer natureza, devem ir para o aproveitamento condicional.</p><p>c) Os fígados que apresentem lesão generalizada de telangiectasia maculosa podem ser aproveitados</p><p>condicionalmente.</p><p>d) As carcaças de animais com infestação generalizada por sarna, com comprometimento do seu estado geral</p><p>devem ser condenadas.</p><p>e) As carcaças e os órgãos de animais parasitados por Oesophagostomum sp (esofagostomose) devem ser</p><p>condenados, sem exceção.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está incorreta. Art. 168. As carcaças com infecção intensa por Sarcocystis spp (sarcocistose)</p><p>devem ser condenadas.</p><p>A alternativa B está incorreta. Art. 171 § 5º As partes das carcaças e os órgãos que se contaminarem com</p><p>material tuberculoso, por contato acidental de qualquer natureza, devem ser condenados.</p><p>A alternativa C está incorreta. Art. 170. Os fígados que apresentem lesão generalizada de telangiectasia</p><p>maculosa devem ser condenados.</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Art. 169. As carcaças de animais com infestação</p><p>generalizada por sarna, com comprometimento do seu estado geral devem ser condenadas.</p><p>A alternativa E está incorreta. Art. 150. As carcaças e os órgãos de animais parasitados por</p><p>Oesophagostomum sp (esofagostomose) devem ser condenados quando houver caquexia.</p><p>3. (Prefeitura de Indaial - SC / Prefeitura de Indaial - SC - 2021) O Decreto nº 9.013/2017, atualizado</p><p>pelo Decreto nº 10.468/2020, regulamenta as Leis nº 1283/1950 e 7.889/1989, que dispõem sobre a</p><p>inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal. Sobre os aspectos gerais da inspeção post</p><p>mortem, assinale a alternativa correta:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>40</p><p>a) As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem lesões ou anormalidades que não tenham</p><p>implicações para a carcaça e para os demais órgãos devem ser condenados nas linhas de inspeção.</p><p>b) A inspeção post mortem consiste no exame da carcaça, das partes da carcaça, das cavidades, dos órgãos,</p><p>dos tecidos e dos linfonodos, realizado por visualização, palpação, olfação e incisão, quando necessário, e</p><p>demais procedimentos definidos em normas complementares específicas para cada espécie animal.</p><p>c) Toda carcaça, partes das carcaças e dos órgãos, examinados nas linhas de inspeção, que apresentem lesões</p><p>ou anormalidades que possam ter implicações para a carcaça e para os demais órgãos devem ser desviados</p><p>para que sejam examinados, caso assim seja determinado pelo Departamento de Inspeção Final.</p><p>d) O material condenado será descaracterizado quando não for processado até um dia após o abate.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está incorreta. Art. 128. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem</p><p>lesões ou anormalidades que não tenham implicações para a carcaça e para os demais órgãos podem ser</p><p>condenados ou liberados nas linhas de inspeção, observado o disposto em normas complementares.</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Art. 126. A inspeção post mortem consiste no exame</p><p>da carcaça, das partes da carcaça, das cavidades, dos órgãos, dos tecidos e dos linfonodos, realizado por</p><p>visualização, palpação, olfação e incisão, quando necessário, e demais procedimentos definidos em normas</p><p>complementares específicas para cada espécie animal.</p><p>A alternativa C está incorreta. Art. 129. Toda carcaça, partes das carcaças e dos órgãos, examinados nas</p><p>linhas de inspeção, que apresentem lesões ou anormalidades que possam ter implicações para a carcaça e</p><p>para os demais órgãos devem ser desviados para o Departamento de Inspeção Final para que sejam</p><p>examinados, julgados e tenham a devida destinação.</p><p>A alternativa D está incorreta. Art. 129 § 4º O material condenado será descaracterizado quando: (Redação</p><p>dada pelo Decreto nº 10.419, de 2020)</p><p>I - não for processado no dia do abate; (Incluído pelo Decreto nº 10.419, de 2020)</p><p>4. (IMPARH / Prefeitura de Fortaleza - CE - 2021) Em relação aos critérios de inspeção ante mortem</p><p>dispostos no capítulo I – seção I, nos artigos 85 a 101, do Decreto nº 9.013, de 29 de março de 2017, assinale</p><p>a afirmação CORRETA.</p><p>a) Quando no exame ante mortem forem constatados casos isolados de doenças não contagiosas, devem</p><p>ser prontamente condenados, mesmo que seja possível o aproveitamento condicional.</p><p>b) A necropsia de aves será realizada por Auditor Fiscal Estadual, com formação em Medicina Veterinária ou</p><p>por médico-veterinário integrante da equipe de inspeção federal, na hipótese de suspeita clínica de</p><p>enfermidades, e sua realização será compulsória quando estabelecida em normas complementares.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>41</p><p>c) As carcaças de animais que tenham morte acidental nas dependências do estabelecimento, desde que</p><p>imediatamente sangrados, sempre poderão ser destinadas ao aproveitamento condicional após exame post</p><p>mortem.</p><p>d) Os animais de abate que apresentem hipotermia ou hipertermia podem ser condenados, levando-se em</p><p>consideração as condições climáticas, de transporte e os demais sinais clínicos apresentados, conforme</p><p>dispõem normas complementares.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está incorreta. Art. 93. Quando no exame ante mortem forem constatados casos isolados de</p><p>doenças não contagiosas que permitam o aproveitamento condicional ou impliquem a condenação total</p><p>do animal, este deve ser abatido por último ou em instalações específicas para este fim.</p><p>A alternativa B está incorreta. Art. 97 § 2º A necropsia de aves será realizada, por Auditor Fiscal Federal</p><p>Agropecuário com formação em Medicina Veterinária ou por médico veterinário integrante da equipe do</p><p>serviço de inspeção federal, na hipótese de suspeita clínica de enfermidades e sua realização será</p><p>compulsória quando estabelecida em normas complementares.</p><p>A alternativa C está incorreta. Art. 98. As carcaças de animais que tenham morte acidental nas dependências</p><p>do estabelecimento, desde que imediatamente sangrados, poderão ser destinadas ao aproveitamento</p><p>condicional após exame post mortem, a critério do Auditor Fiscal Federal</p><p>Agropecuário com formação em</p><p>Medicina Veterinária ou do médico veterinário integrante da equipe do serviço de inspeção federal.</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Art. 96. Os animais de abate que apresentem</p><p>hipotermia ou hipertermia podem ser condenados, levando-se em consideração as condições climáticas, de</p><p>transporte e os demais sinais clínicos apresentados, conforme dispõem normas complementares.</p><p>• 2020</p><p>5. (IBADE / IDAF-AC / - 2020 - ADAPTADA) Sobre a inspeção industrial e sanitária de produtos de</p><p>origem animal, Decreto Nº 9.013, de 29 de março de 2017, na inspeção ante mortem é INCORRETO afirmar</p><p>que:</p><p>a) dentre as espécies de abate de pescado, somente os anfíbios e os répteis devem ser submetidos à inspeção</p><p>ante mortem.</p><p>b) quando no exame ante mortem forem constatados casos isolados de doenças não contagiosas que</p><p>permitam o aproveitamento condicional ou impliquem a condenação total do animal, este deve ser abatido</p><p>por último ou em instalações específicas para este fim.</p><p>c) os suídeos que apresentem casos agudos de erisipela, com eritema cutâneo difuso, devem ser abatidos</p><p>junto com os demais suídeos.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>42</p><p>d) os animais de abate que apresentem hipotermia ou hipertermia podem ser condenados, levando-se em</p><p>consideração as condições climáticas, de transporte e os demais sinais clínicos apresentados.</p><p>e) as fêmeas com sinais de parto recente ou aborto somente poderão ser abatidas após no mínimo dez dias,</p><p>contados da data do parto, desde que não sejam portadoras de doença infectocontagiosa.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta. Art. 90 § 6 º Dentre as espécies de abate de pescado, somente os anfíbios e os</p><p>répteis devem ser submetidos à inspeção ante mortem. (Incluído pelo Decreto nº 9.069, de 2017)</p><p>A alternativa B está correta. Art. 93. Quando no exame ante mortem forem constatados casos isolados de</p><p>doenças não contagiosas que permitam o aproveitamento condicional ou impliquem a condenação total do</p><p>animal, este deve ser abatido por último ou em instalações específicas para este fim.</p><p>A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. Pessoal, essa seria a alternativa incorreta, pois o</p><p>RIISPOA determinava que os suínos com casos agudos de erisipela fossem abatidos em separado. Contudo,</p><p>esse artigo foi REVOGADO pelo Decreto nº 10.468 de 2020.</p><p>Art. 94. Os suídeos que apresentem casos agudos de erisipela, com eritema cutâneo difuso, devem ser</p><p>abatidos em separado. (Revogado pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>A alternativa D está correta. Art. 96. Os animais de abate que apresentem hipotermia ou hipertermia podem</p><p>ser condenados, levando-se em consideração as condições climáticas, de transporte e os demais sinais</p><p>clínicos apresentados, conforme dispõem normas complementares.</p><p>A alternativa E está correta. Art. 95 Parágrafo único. As fêmeas com sinais de parto recente ou aborto</p><p>somente poderão ser abatidas após no mínimo dez dias, contados da data do parto, desde que não sejam</p><p>portadoras de doença infectocontagiosa, caso em que serão avaliadas de acordo com este Decreto e com as</p><p>normas complementares.</p><p>• 2019</p><p>6. (CONSULPAM / Prefeitura de Resende - RJ - 2019) O Decreto n. 9.013, de 29 e março de 2017 dispõe</p><p>sobre o regulamento da inspeção industrial e sanitária de produtos de origem animal. Sobre os</p><p>procedimentos ante mortem, o RIISPOA determina que o recebimento de todos os animais deve ocorrer</p><p>com o conhecimento do SIF. Sobre o exame ante mortem, assinale a alternativa correta.</p><p>a) O exame ante mortem de animais destinados ao abate poderá ser realizado por funcionário do</p><p>estabelecimento de abate na ausência do servidor do SIF.</p><p>b) Sempre que o SIF julgar necessário, os documentos com informações referentes ao lote devem ser</p><p>disponibilizados, com um mínimo de 48 horas de antecedência.</p><p>c) Todas as espécies de abate de pescado devem ser submetidas à inspeção ante mortem.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>43</p><p>d) Quando houver suspeita de doenças infectocontagiosas de notificação imediata, cabe ao SIF notificar o</p><p>serviço oficial de saúde animal, primeiramente na área de jurisdição do estabelecimento.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está incorreta. Art. 90. É obrigatória a realização do exame ante mortem dos animais</p><p>destinados ao abate por servidor competente do SIF.</p><p>A alternativa B está incorreta. Art. 89 § 2º Sempre que o SIF julgar necessário, os documentos com</p><p>informações de interesse sobre o lote devem ser disponibilizados com, no mínimo, vinte e quatro horas de</p><p>antecedência.</p><p>A alternativa C está incorreta. Art. 90 § 6 º Dentre as espécies de abate de pescado, somente os anfíbios e</p><p>os répteis devem ser submetidos à inspeção ante mortem. (Incluído pelo Decreto nº 9.069, de 2017)</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Art. 92. Quando houver suspeita de doenças</p><p>infectocontagiosas de notificação imediata determinada pelo serviço oficial de saúde animal, além das</p><p>medidas já estabelecidas, cabe ao SIF: I - notificar o serviço oficial de saúde animal, primeiramente na área</p><p>de jurisdição do estabelecimento;</p><p>7. (INSTITUTO AOCP / PC-ES - 2019) Na inspeção animal de abate de bovinos, segundo normativa</p><p>técnica, são seguidas linhas de inspeção post mortem. A linha “F” se refere a exame.</p><p>a) do fígado.</p><p>b) dos pulmões e coração.</p><p>c) do trato gastrointestinal, baço, pâncreas, bexiga e útero.</p><p>d) dos rins.</p><p>e) das faces medial e lateral da parte cranial da meia-carcaça.</p><p>Comentários:</p><p>A questão requer do candidato conhecimento sobre as linhas de inspeção de bovinos. Vamos relembrá-las?</p><p>Linha A → exame de pés.</p><p>Linha B →exame do conjunto cabeça-língua.</p><p>Linha C → cronologia dentária.</p><p>Linha D → exame do trato gastrointestinal, baço, pâncreas, bexiga e útero.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>44</p><p>Linha E → exame do fígado.</p><p>Linha F → exame dos pulmões e coração.</p><p>Linha G → exame dos rins.</p><p>Linha H → exame da parte caudal da meia carcaça.</p><p>Linha I → exame da parte cranial da meia carcaça.</p><p> Linha J → carimbagem.</p><p>Desse modo, nosso gabarito só pode ser a alternativa B: dos pulmões e coração.</p><p>• 2018</p><p>8. (NUCEPE / PC-PI - 2018) Segundo o Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de</p><p>Origem Animal – RIISPOA, as carcaças suínas podem ter destinações diferentes de acordo com o nível de</p><p>infecção por Cysticercus celullosae. Entre as opções abaixo, assinale aquela em que o RIISPOA indica a</p><p>possibilidade de destinação da carcaça infectada para aproveitamento condicional pelo uso do calor.</p><p>a) Quando forem encontrados dois ou mais cistos, viáveis ou calcificados, localizados em locais de eleição</p><p>examinados nas linhas de inspeção, adicionalmente à confirmação da presença de dois ou mais cistos nas</p><p>massas musculares integrantes da carcaça, após a pesquisa mediante incisões múltiplas e profundas em sua</p><p>musculatura (paleta, lombo e pernil).</p><p>b) Quando for encontrado mais de um cisto, viável ou calcificado, e menos do que o fixado para infecção</p><p>intensa, considerando a pesquisa em todos os locais de eleição examinados rotineiramente e na carcaça</p><p>correspondente, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas.</p><p>c) Quando for encontrado um único cisto viável, considerando a pesquisa em todos os locais de eleição</p><p>examinados, rotineiramente, e na carcaça correspondente, depois de removida e condenada a área atingida.</p><p>d) Quando for encontrado um único cisto calcificado, considerados todos os locais de eleição</p><p>examinados</p><p>rotineiramente na carcaça correspondente, depois de removida e condenada a área atingida.</p><p>e) Quando for encontrado um único cisto, viável ou calcificado, considerando a pesquisa em todos os locais</p><p>de eleição examinados, rotineiramente, e na carcaça correspondente, sem necessidade de remoção da área</p><p>atingida.</p><p>Comentários:</p><p>A questão requer do candidato o conhecimento sobre os critérios de julgamento e destino das carcaças de</p><p>suínos acometidas por cisticercose, previstos no artigo 197 do Decreto 9.013/17. Vamos relembrá-los?</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>==1365fc==</p><p>45</p><p>Art. 197. As carcaças com infecção intensa por Cysticercus celullosae (cisticercose suína) devem ser</p><p>condenadas.</p><p>§ 1º Entende-se por infecção intensa a presença de dois ou mais cistos, viáveis ou calcificados, localizados</p><p>em locais de eleição examinados nas linhas de inspeção, adicionalmente à confirmação da presença de dois</p><p>ou mais cistos nas massas musculares integrantes da carcaça, após a pesquisa mediante incisões múltiplas e</p><p>profundas em sua musculatura (paleta, lombo e pernil).</p><p>§ 2º Quando for encontrado mais de um cisto, viável ou calcificado, e menos do que o fixado para infecção</p><p>intensa, considerando a pesquisa em todos os locais de eleição examinados rotineiramente e na carcaça</p><p>correspondente, esta deve ser destinada ao aproveitamento condicional pelo uso do calor, depois de</p><p>removidas e condenadas as áreas atingidas.</p><p>§ 3º Quando for encontrado um único cisto viável, considerando a pesquisa em todos os locais de eleição</p><p>examinados, rotineiramente, e na carcaça correspondente, esta deve ser destinada ao aproveitamento</p><p>condicional pelo uso do frio ou da salga, depois de removida e condenada a área atingida.</p><p>§ 4º Quando for encontrado um único cisto calcificado, considerados todos os locais de eleição examinados</p><p>rotineiramente na carcaça correspondente, esta pode ser liberada para consumo humano direto, depois de</p><p>removida e condenada a área atingida.</p><p>Desse modo, nosso gabarito só pode ser a alternativa B: Quando for encontrado mais de um cisto, viável ou</p><p>calcificado, e menos do que o fixado para infecção intensa, considerando a pesquisa em todos os locais de</p><p>eleição examinados rotineiramente e na carcaça correspondente, depois de removidas e condenadas as</p><p>áreas atingidas.</p><p>• 2017</p><p>9. (ESAF /MAPA - 2017) Conforme Parágrafo 6º do Artigo 90 do RIISPOA/2017, entre as espécies de</p><p>pescados destinadas ao abate, assinale a opção que indica quais devem ser submetidas à inspeção ante</p><p>mortem.</p><p>a) Todas as espécies de pescado.</p><p>b) Todos os anfíbios e répteis.</p><p>c) Somente os peixes de cativeiro.</p><p>d) Somente os peixes de pesca extrativista.</p><p>e) Somente os répteis.</p><p>Comentários:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>46</p><p>A questão requer do candidato conhecimento sobre as espécies de pescado, destinadas ao abate, que são</p><p>submetidas à inspeção ante mortem, de acordo com o Decreto nº 9013/17. Quais são elas? Os anfíbios e os</p><p>répteis.</p><p>Desse modo, nosso gabarito só pode ser a alternativa B: todos os anfíbios e répteis.</p><p>10. (ESAF / MAPA - 2017) Com base no Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de</p><p>Origem Animal – RIISPOA, assinale a opção que indica corretamente dois pontos considerados de eleição</p><p>para verificação rotineira da presença de cistos de Cysticercus bovis, na linha de inspeção post-mortem de</p><p>bovinos e bubalinos:</p><p>a) fígado e intestino delgado.</p><p>b) língua e rins.</p><p>c) coração e pulmões.</p><p>d) coração e músculos da mastigação.</p><p>e) diafragma e intestino grosso.</p><p>Comentários:</p><p>A questão requer do candidato conhecimento sobre as linhas de eleição na investigação de cistos de</p><p>Cysticercus bovis. Vamos relembrá-los?</p><p>De acordo com o artigo 185 do Decreto 9.013/17 os locais de eleição para pesquisa de cisticercose bovina</p><p>são: os músculos da mastigação, língua, coração, diafragma e seus pilares, esôfago e fígado.</p><p>E qual é o macete para lembrar desses locais, vocês lembram? O MA-LI-CO-DIPI-E-FI.</p><p>Desse modo, nosso gabarito só pode ser a alternativa D: coração e músculos da mastigação.</p><p>11. (ESAF / MAPA - 2017) Segundo o Decreto 9.013, de 29/03/2017, a critério do Serviço de Inspeção</p><p>Federal e de acordo com os achados na inspeção post-mortem, podem ser utilizados como aproveitamento</p><p>condicional para carcaças e vísceras dos animais abatidos os protocolos listados abaixo, exceto:</p><p>a) tratamento pelo frio, em temperatura não superior a -10ºC (dez graus Celsius negativos), por dez dias.</p><p>b) tratamento químico, por aspersão das carcaças com solução de ácido lático a 1,0% (um por cento), em</p><p>temperatura de 82ºC (oitenta e dois graus Celsius).</p><p>c) tratamento pelo sal, em salmoura com no mínimo 24ºBe (vinte e quatro graus Baumé), em peças de no</p><p>máximo 3,5cm (três e meio centímetros) de espessura, por no mínimo vinte e um dias.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>47</p><p>d) tratamento pelo calor, por cozimento em temperatura de 76,6ºC (setenta e seis inteiros e seis décimos de</p><p>graus Celsius) por no mínimo trinta minutos.</p><p>e) tratamento pelo calor, com fusão em temperatura mínima de 121ºC (cento e vinte e um graus Celsius).</p><p>Comentários:</p><p>A questão requer do candidato conhecimento sobre os tipos de aproveitamento condicional previstos no</p><p>artigo 172 do Decreto 9.013/17, a fim de determinar a alternativa incorreta. Vamos relembrar esses</p><p>tratamentos?</p><p> Pelo frio, em temperatura não superior a -10ºC (dez graus Celsius negativos) por dez dias;</p><p> Pelo sal, em salmoura com no mínimo 24ºBe (vinte e quatro graus Baumé), em peças de no máximo 3,5cm</p><p>(três e meio centímetros) de espessura, por no mínimo vinte e um dias;</p><p> Pelo calor, por meio de:</p><p>a) cozimento em temperatura de 76,6ºC (setenta e seis inteiros e seis décimos de graus Celsius) por no</p><p>mínimo trinta minutos;</p><p>b) fusão pelo calor em temperatura mínima de 121ºC (cento e vinte e um graus Celsius); ou</p><p>c) esterilização pelo calor úmido, com um valor de F0 igual ou maior que três minutos ou a redução de doze</p><p>ciclos logarítmicos (12 log10) de Clostridium botulinum , seguido de resfriamento imediato.</p><p>Desse modo, nosso gabarito só pode ser a alternativa B: tratamento químico, por aspersão das carcaças com</p><p>solução de ácido lático a 1,0% (um por cento), em temperatura de 82ºC (oitenta e dois graus Celsius).</p><p>12. (ESAF / MAPA - 2017) Com base no Regulamento de Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de</p><p>Origem Animal, assinale a opção incorreta quanto aos procedimentos que devem ser adotados a partir da</p><p>constatação de animal acometido de carbúnculo hemático durante a inspeção post-mortem.</p><p>a) Uma vez constatada a presença de carbúnculo, o abate deve ser interrompido e a desinfecção deve ser</p><p>iniciada imediatamente.</p><p>b) Recomenda-se, para desinfecção das instalações, equipamentos e utensílios, o emprego de solução de</p><p>hidróxido de sódio a 5% (cinco por cento), hipoclorito de sódio a 1% (um por cento) ou outro produto com</p><p>eficácia comprovada.</p><p>c) Não podem ser evisceradas as carcaças de animais com suspeita de carbúnculo hemático.</p><p>d) As carcaças de animais acometidos de carbúnculo hemático devem ser condenadas, incluídos peles,</p><p>chifres, cascos, pelos, órgãos, conteúdo intestinal, sangue e gordura.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>48</p><p>e) As vísceras de animais com suspeita da doença devem ser condenadas</p><p>e as carcaças, dependendo da</p><p>extensão das lesões, podem ser destinadas a aproveitamento condicional a critério do Serviço de Inspeção</p><p>Federal.</p><p>Comentários:</p><p>A questão requer do candidato conhecimento sobre os procedimentos adotados diante de carcaças de</p><p>animais acometidos de carbúnculo hemático, a fim de determinar a alternativa incorreta. Esses</p><p>procedimentos estão previstos no artigo 140 do Decreto 9.013/17, vamos relembrá-los?</p><p>De uma maneira geral, nos casos de animais com suspeita de com carbúnculo hemático, estes não podem</p><p>ser abatidos.</p><p>Quando a detecção da enfermidade ocorrer no decorrer do abate, os procedimentos a serem adotados se</p><p>resumem em: parar o abate; descartar todos os produtos oriundos dos animais, sem qualquer tipo de</p><p>aproveitamento condicional; promover a desinfecção apropriada do local; cuidar da saúde dos funcionários.</p><p>De maneira nenhuma pode haver o aproveitamento de carcaças, partes de carcaças, órgãos, tecidos, etc.</p><p>independente do tipo e da extensão das lesões.</p><p>Art. 140. As carcaças de animais acometidos de carbúnculo hemático devem ser condenadas, incluídos peles,</p><p>chifres, cascos, pelos, órgãos, conteúdo intestinal, sangue e gordura, impondo-se a imediata execução das</p><p>seguintes medidas:</p><p>I - não podem ser evisceradas as carcaças de animais com suspeita de carbúnculo hemático;</p><p>II - quando o reconhecimento ocorrer depois da evisceração, impõe-se imediatamente a desinfecção de</p><p>todos os locais que possam ter tido contato com resíduos do animal, tais como áreas de sangria, pisos,</p><p>paredes, plataformas, facas, serras, ganchos, equipamentos em geral, uniformes dos funcionários e qualquer</p><p>outro material que possa ter sido contaminado;</p><p>III - uma vez constatada a presença de carbúnculo, o abate deve ser interrompido e a desinfecção deve ser</p><p>iniciada imediatamente;</p><p>IV - recomenda-se, para desinfecção, o emprego de solução de hidróxido de sódio a 5% (cinco por cento),</p><p>hipoclorito de sódio a 1% (um por cento) ou outro produto com eficácia comprovada;</p><p>V - devem ser tomadas as precauções necessárias em relação aos funcionários que entraram em contato</p><p>com o material carbunculoso, aplicando-se as regras de higiene e antissepsia pessoal com produtos de</p><p>eficácia comprovada, devendo ser encaminhados ao serviço médico como medida de precaução;</p><p>VI - todas as carcaças, as partes das carcaças, inclusive pele, cascos, chifres, órgãos e seu conteúdo que</p><p>entrem em contato com animais ou material infeccioso devem ser condenados; e</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>49</p><p>VII - a água do tanque de escaldagem de suínos por onde tenha passado animal carbunculoso deve ser</p><p>desinfetada e imediatamente removida para a rede de efluentes industriais.</p><p>Desse modo, nosso gabarito só pode ser a alternativa E: As vísceras de animais com suspeita da doença</p><p>devem ser condenadas e as carcaças, dependendo da extensão das lesões, podem ser destinadas a</p><p>aproveitamento condicional a critério do Serviço de Inspeção Federal.</p><p>13. (ESAF / MAPA - 2017) Em junho de 2017, o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos</p><p>suspendeu as importações de carne bovina fresca brasileira, devido a um grande aumento na rejeição de</p><p>lotes do produto por problemas sanitários detectados nos procedimentos de reinspeção. As autoridades</p><p>brasileiras afirmaram, naquela ocasião, que a principal causa das rejeições foi a detecção de abcessos nas</p><p>carcaças, resultantes de reações teciduais provocadas pela aplicação da vacina contra febre aftosa. Com</p><p>base no Decreto nº 9.013, de 29/03/2017, assinale a opção incorreta quanto às providencias a serem</p><p>adotadas quando forem constatados abcessos nas carcaças bovinas durante exame post-mortem.</p><p>a) Devem ser condenadas as carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem abscessos</p><p>múltiplos ou disseminados com repercussão no estado geral da carcaça.</p><p>b) Devem ser condenadas as carcaças com alterações gerais como caquexia, anemia ou icterícia</p><p>decorrentes de processo purulento.</p><p>c) Devem ser lavadas com água hiperclorada as carcaças, partes das carcaças ou órgãos que sejam</p><p>contaminados acidentalmente com material purulento.</p><p>d) Devem ser destinadas ao aproveitamento condicional pelo uso do calor as carcaças que apresentem</p><p>abscessos múltiplos em órgãos ou em partes, sem repercussão no seu estado geral, depois de removidas e</p><p>condenadas as áreas atingidas.</p><p>e) Devem ser liberadas as carcaças que apresentem abscessos localizados, depois de removidos e</p><p>condenados os órgãos e as áreas atingidas.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta. Art. 134. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem</p><p>abscessos múltiplos ou disseminados com repercussão no estado geral da carcaça devem ser condenados.</p><p>A alternativa B está correta. Art. 134 - II - devem ser condenadas as carcaças com alterações gerais como</p><p>caquexia, anemia ou icterícia decorrentes de processo purulento.</p><p>A alternativa C está incorreta e é o gabarito da questão. Art. 134 - II - devem ser condenadas as carcaças</p><p>com alterações gerais como caquexia, anemia ou icterícia decorrentes de processo purulento.</p><p>A alternativa D está correta. Art. 134 - III - devem ser destinadas ao aproveitamento condicional pelo uso</p><p>do calor as carcaças que apresentem abscessos múltiplos em órgãos ou em partes, sem repercussão no</p><p>seu estado geral, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>50</p><p>A alternativa E está correta. Art. 134 - V - podem ser liberadas as carcaças que apresentem abscessos</p><p>localizados, depois de removidos e condenados os órgãos e as áreas atingidas.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>51</p><p>REFERÊNCIAS</p><p>Brasil. Decreto 9.013 de 29 de março de 2017. Regulamenta a Lei nº 1.283, de 18 de dezembro de 1950, e a</p><p>Lei nº 7.889, de 23 de novembro de 1989, que dispõem sobre a inspeção industrial e sanitária de produtos</p><p>de origem animal.</p><p>_____. Manual de Inspeção de Bovinos. Disponível em: www.agricultura.gov.br.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>dimensões devem permitir que 20% (vinte por cento) dos animais chegados</p><p>bebam simultaneamente;</p><p>i) água para lavagem do piso, distribuída por encanamento aéreo, com pressão mínima de 3 atm</p><p>(três atmosferas) e mangueiras de engate rápido, para seu emprego. Com referência ao gasto médio de</p><p>água, destes e dos demais currais, inclusive corredores, deve ser previsto um suprimento de 150 l (cento e</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>5</p><p>cinquenta litros) de água de beber, por animal, por 24 horas e mais 100 l (cem litros) por metro quadrado,</p><p>para limpeza do piso;</p><p>j) seringa e brete de contenção para exames de fêmeas (idade e grau de gestação), inspeção de</p><p>animais suspeitos e aplicação de etiquetas aos destinados à matança de emergência. O brete deve facilitar</p><p>o acesso direto ao curral de observação.</p><p>k) lavadouro apropriado à limpeza e desinfecção de veículos destinados ao transporte de animais,</p><p>localizado o mais próximo possível ao local do desembarque, com piso impermeável e esgoto independente</p><p>dos efluentes da indústria, com instalação de água sob pressão mínima de 3 atm (três atmosferas).</p><p>1.2 - Curral de Observação: Destina-se exclusivamente a receber, para observação e um exame mais</p><p>acurado, os animais que, na inspeção ante mortem, forem excluídos da matança normal por suspeita de</p><p>doença.</p><p>Deve atender às especificações constantes das alíneas c, d, e, h e i do item 1.1 e mais às seguintes:</p><p>a) adjacente aos currais de chegada e seleção e destes afastado 3m (três metros) no mínimo;</p><p>b) cordão sanitário, com altura de 0,50m (cinquenta centímetros), quando se tratar de cerca de</p><p>madeira;</p><p>c) área correspondente a mais ou menos 5% da área dos currais de matança;</p><p>d) as duas últimas linhas superiores de tábuas, no seu contorno, pintadas de vermelho, ou uma faixa</p><p>da mesma cor, em altura equivalente, quando se tratar de muro de alvenaria;</p><p>e) identificável por uma tabuleta com os seguintes dizeres: “CURRAL DE OBSERVAÇÃO - PRIVATIVO</p><p>DA I.F.”. Deve possuir cadeado com chave de uso exclusivo da I.F..</p><p>1.3 - Currais de Matança: Destinam-se a receber os animais aptos à matança normal.</p><p>Necessitam atender às especificações das alíneas d, e, f, g, h e i do item 1.1 e mais às seguintes:</p><p>a) área proporcional à capacidade máxima de matança diária do estabelecimento, obtida</p><p>multiplicando-se a cmmd2 pelo coeficiente 2,50m2 (dois e meio metros quadrados).</p><p>b) luz artificial num mínimo de 5w (cinco watts) por metro quadrado.</p><p>• Banheiro de aspersão</p><p>O local do banho de aspersão disporá de um sistema tubular de chuveiros dispostos transversal,</p><p>longitudinal e lateralmente (orientando os jatos para o centro do banheiro).</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6</p><p>A água terá uma pressão não inferior a 3 atm (três atmosferas), de modo a garantir jatos em forma</p><p>de ducha. Recomenda-se a hipercloração dessa água a 15 ppm (quinze partes por milhão), o aproveitamento</p><p>das águas hipercloradas das “retortas” ou o emprego de água com características de potabilidade.</p><p>A sua largura será, no mínimo de 3m (três metros).</p><p>• Rampa de acesso à matança</p><p>Da mesma largura do banheiro de aspersão, provida de canaletas transversal-oblíquas para evitar</p><p>que a água escorrida dos animais retorne ao local do banho, e de paredes de alvenaria de 2m (dois metros)</p><p>de altura, revestidas de cimento liso e completamente fechadas.</p><p>O seu aclive deve ser de 13 a 15%, no máximo. Necessita de porteiras tipo guilhotina ou similar, a fim</p><p>de separar os animais em lotes e impedir a sua volta.</p><p>O piso, construído de concreto ou de paralelepípedos rejuntados, que permite fácil limpeza e evita</p><p>o escorregamento dos animais. Sua capacidade deve ser de 10% (dez por cento) da capacidade horária da</p><p>sala de matança. As paredes, afunilando-se, na seringa, terão uma deflexão máxima de 45º (quarenta e cinco</p><p>graus).</p><p>• Seringa</p><p>De alvenaria, com paredes impermeabilizadas com cimento liso, sem apresentar bordas ou</p><p>extremidades salientes, porventura contundentes ou vulnerantes; piso de concreto ou de paralelepípedos</p><p>rejuntados com cimento.</p><p>Não deve apresentar aclive acentuado. O comprimento, cuja tabela, transcrita abaixo, foi calculada</p><p>em função de 10% (dez por cento) da capacidade horária de abate e da dimensão de 1,70m (um metro e</p><p>setenta centímetros) por bovino.</p><p>40 bois / hora . . . . . 6,80m</p><p>60 bois / hora . . . . . 10,20m</p><p>80 bois / hora . . . . . 13,60m</p><p>100 bois / hora . . . . . 17,00m</p><p>120 bois / hora . . . . . 20,40m</p><p>No caso de seringa dupla, o comprimento de cada uma, será a metade dos valores da tabela cima.</p><p>• Chuveiro</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7</p><p>Construído de canos perfurados ou com borrifadores, em toda a extensão da seringa. O uso de</p><p>borrifadores é mais recomendável, porquanto reduz em cerca de 30% (trinta por cento) o gasto de água, em</p><p>relação aos canos perfurados. Devem ser instalados, entretanto, de modo a não formarem saliências para</p><p>dentro dos planos da seringa, o que certamente ocasionaria contusões nos bovinos e a danificação dos</p><p>próprios artefatos.</p><p>A pressão mínima do chuveiro deve ser de 3 atm (três atmosferas), com válvula de fácil manejo. Os</p><p>animais podem também receber jatos d’água de chuveiros, sob pressão, em pequenos currais de espera,</p><p>que antecedam a seringa. Neste caso, a tubulação aspersora será instalada por sobre os currais.</p><p>• Boxe de atordoamento</p><p>Os boxes serão individuais, isto é, adequados à contenção de um só bovino por unidade. E conforme</p><p>a capacidade horária de matança do estabelecimento, trabalhará ele com um boxe ou com mais de um boxe.</p><p>Neste último caso, porém, serão geminadas as unidades, construídas em contiguidade imediata e em fila</p><p>indiana, intercomunicando-se através de portas em guilhotina.</p><p>Ficam estabelecidas as seguintes dimensões-padrão para um boxe singular:</p><p>Comprimento total:................ 2,40m a 2,70m</p><p>Largura interna:..................... 0,80m a 0,95m (máximo)</p><p>Altura total: ............................ 3,40m</p><p>No caso de unidades geminadas, o comprimento do conjunto será, obviamente, proporcional ao seu</p><p>número. Os boxes serão de construção inteiramente metálica, reforçada e com porta de entrada do mesmo</p><p>tipo das de separação, anteriormente referidas.</p><p>O fundo e o flanco que confina com a Área de Vômito são móveis, possuindo o primeiro, movimento</p><p>basculante lateral e o segundo, movimento de guilhotina. Acionados mecanicamente e em sincronismo,</p><p>depois de abatido o animal, ocasionam a ejeção deste para a Área de Vômito.</p><p>Na Área de Vômito não é permitido número de animais insensibilizados, em decúbito, superior ao</p><p>dos boxes com que opera o estabelecimento. Evita-se desta forma que o “vômito” de um animal que está</p><p>sendo guinchado caia sobre outro. Para o normal desenvolvimento desta operação, é necessário que cada</p><p>boxe disponha de seu respectivo guincho de ascensão</p><p>O atordoamento é efetuado por concussão cerebral, empregando-se marreta apropriada ou outro</p><p>processo, que seja aprovado pelo Serviço.</p><p>• Sala de matança</p><p>Quer seja construída em andar térreo ou pavimento superior, a Sala de Matança deve ficar separada</p><p>do chuveiro para remoção do “vômito” e de outras dependências (triparia, desossa, seção de miúdos, etc.).</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>8</p><p>O pé-direito da Sala de Matança</p><p>será de 7m (sete metros). A sua área total será calculada à razão de</p><p>8 m2 (oito metros quadrados) por boi/hora.</p><p>Assim, por exemplo, se um estabelecimento tem velocidade de abate de 150 bois/hora, sua sala de</p><p>abate requer uma área (incluindo a área de “vômito”, área de sangria e Departamento de Inspeção Final) de</p><p>1200 m2 (mil e duzentos metros quadrados); para 100 bois/hora, 800 m2 (oitocentos metros quadrados);</p><p>para 50 bois/hora, 400 m2 (quatrocentos metros quadrados), etc.</p><p>- Piso: construído de material impermeável, resistente aos choques, ao atrito e ataque dos ácidos,</p><p>com declive de 1,5 a 3% em direção às canaletas, para uma perfeita drenagem.</p><p>- Paredes, portas e janelas</p><p>As paredes serão impermeabilizadas com azulejos brancos ou em cores claras, até a altura de 2m</p><p>(dois metros), salvo no caso de estabelecimentos exportadores, em que a altura requerida é de 3m (três</p><p>metros).</p><p>Os parapeitos das janelas serão chanfrados e azulejados, para facilitar a limpeza, ficando, no mínimo</p><p>a 2m (dois metros) do piso da sala.</p><p>- Iluminação e ventilação: A Sala de Matança é uma dependência que necessita iluminação e</p><p>ventilação naturais (especialmente ventilação), por janelas e aberturas sempre providas de tela à prova de</p><p>insetos.</p><p>A iluminação artificial, também indispensável, se fará por luz fria, observando-se o mínimo de 200w</p><p>(duzentos watts) por 30m2. Nas linhas de inspeção, os focos luminosos serão dispostos de maneira a garantir</p><p>uma perfeita iluminação da área, possibilitando a exatidão dos exames.</p><p>Em caso de necessidade, poderão instalar-se, supletivamente, exaustores, considerando-se como</p><p>satisfatória, de modo geral, uma capacidade de renovação do ar ambiente na medida de 3 volumes por</p><p>hora.</p><p>- Área de Sangria: deve-se ser, preferentemente, separada da do resto da Sala de Matança.</p><p>A sangria é realizada pela secção dos grandes vasos do pescoço, à altura da entrada do peito, depois</p><p>de aberta sagitalmente a barbela pela “línea alba”. Deve ser executada por operário devidamente</p><p>capacitado, a fim de que resulte a mais completa possível.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>9</p><p>O sangue será recolhido em canaleta própria, denominada canaleta de sangria. Será ela construída</p><p>de modo a aparar o sangue, sem que este se polua com o “vômito” ou com a água porventura escorrente</p><p>dos animais dependurados.</p><p>Construção em alvenaria inteiramente impermeabilizada com reboco de cimento alisado, ou com</p><p>outro material adequado, inclusive o aço inoxidável.</p><p>O fundo ou piso da canaleta deve apresentar declividades acentuadas, de 5-10%, convergindo para</p><p>o meio, onde são instalados dois ralos de drenagem: um destinado ao sangue e o outro a água de lavagem.</p><p>O comprimento da canaleta corresponderá ao espaço percorrido pela nora no tempo mínimo</p><p>exigido para uma boa sangria, ou seja, 3 min (três minutos), antes do qual não será permitida qualquer nova</p><p>operação na carcaça.</p><p>Em função da capacidade horária de abate do estabelecimento e do tempo mínimo de sangria, o</p><p>comprimento da canaleta apresentará as variações constantes a seguir:</p><p>Até 40 bois/hora . . . . . 4,60m</p><p>40 - 60 bois/hora . . . . . 6,40m</p><p>60 - 80 bois/hora . . . . . 8,20m</p><p>80 - 100 bois/hora . . . . . 10,00m</p><p>100 - 120 bois/hora . . . . . 11,80m</p><p>Acima de 120 bois/hora . . . . . 13,50m</p><p>Pretendendo-se a utilização do sangue ou do plasma sanguíneo como ingredientes de produtos</p><p>comestíveis, a sangria, precedida de uma conveniente higienização do local do corte, será efetuada com</p><p>faca especial, obrigatoriamente esterilizada após a operação em cada animal.</p><p>Os recipientes para o recolhimento individual do sangue devem ser de material inoxidável ou de</p><p>plástico adequado, formato cilíndrico, com cantos arredondados, com tampas, e assinalados de forma a</p><p>permitir que facilmente se determine a relação de origem entre os respectivos conteúdos e os animais</p><p>sangrados.</p><p>O sangue só pode ser liberado após a livre passagem do respectivo animal pelas linhas de inspeção,</p><p>sendo rejeitado no caso da sua contaminação ou da verificação de qualquer doença que o possa tornar</p><p>impróprio. Os recipientes somente podem ser reutilizados depois de rigorosamente limpos e esterilizados.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>10</p><p>• Departamento de Inspeção Final (D.I.F).</p><p>Instalado em local de fácil acesso, isolado das diferentes áreas de trabalho da sala de matança, com</p><p>iluminação natural abundante, tanto quanto possível próximo às linhas de inspeção, para com facilidade</p><p>receber as vísceras e órgãos a ele destinados.</p><p>Da linha normal de circulação das carcaças, o desvio para este Departamento é feito logo após o</p><p>ponto da penúltima linha de inspeção (prefixo I). O D.I.F. possuirá, obrigatoriamente, as seguintes</p><p>características, condições e instalações:</p><p>a) área correspondente a 6% da área total da Sala de Matança;</p><p>b) plataforma para exame da parte superior da carcaça, com corrimão de segurança e piso</p><p>antiderrapante. Deve esta plataforma ter largura de 0,65m, no mínimo, e ser provida de um esterilizador;</p><p>c) carrinho ou “chute”, e bem assim recipientes de chapa galvanizada, pintados externamente de</p><p>vermelho, para receberem os resíduos derivados das “limpezas”, da resseção de contusões e das</p><p>condenações;</p><p>d) esterilizador;</p><p>e) pia com torneira acionada a pedal, exibindo os seguintes acessórios: saboneteira para sabão</p><p>líquido, munidor de solução desinfetante, toalhas não reutilizáveis e recipiente para o descarte das toalhas</p><p>usadas, com tampa também acionada a pedal;</p><p>f) vapor canalizado e mangueira própria, para higienização do recinto;</p><p>g) mesa-de-inspeção, em aço inoxidável, com ganchos-suportes, para as peças a examinar, sistema</p><p>de drenagem conveniente com canaleta removível e dispositivo para esterilização eficiente da mesa,</p><p>independente para cada área;</p><p>h) “chute” diretamente ligado à seção de miúdos, para a remoção de todas as vísceras destinadas</p><p>ao aproveitamento condicional e que serão manipuladas em mesa privativa;</p><p>i) plataforma, para eventual limpeza de contusões;</p><p>j) conjunto de trilhos aéreos, para sustentação e movimentação das meiascarcaças, com capacidade</p><p>mínima de 2% do total do abate, sendo indispensável que haja um trilho para entrada de carcaças e outro</p><p>de saída para a linha normal. É também necessário que haja trilhos-desvios, para o estacionamento de</p><p>carcaças, que porventura requeiram um exame mais demorado, sem prejuízo da movimentação das demais;</p><p>k) mesinha para o trabalho de anotação das rejeições e para a guarda do material de trabalho do</p><p>veterinário, com a respectiva tabuleta das papeletas;</p><p>l) armário com chave, para a guarda de chapas de marcação, aventais e carimbos;</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>11</p><p>m) à entrada do Departamento de Inspeção Final deve existir uma placa com os dizeres: PRIVATIVO</p><p>DA INSPEÇÃO FEDERAL</p><p>1.2 Inspeção ante mortem e abate dos animais</p><p>Pessoal, atenção! Nesse tópico, comentaremos sobre a inspeção ante mortem de acordo com o</p><p>estabelecimento no Decreto 9.013/17 e, também, o Manual de Inspeção de Bovinos, que é uma norma</p><p>técnica do MAPA, ainda vigente. Ok?</p><p>Vamos nessa!</p><p>Art. 85. O recebimento de animais para abate em qualquer dependência do estabelecimento deve</p><p>ser feito com prévio conhecimento do SIF. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>Art. 86. Por ocasião do recebimento e do desembarque dos animais, o estabelecimento deve verificar</p><p>os documentos de trânsito previstos em normas específicas,</p><p>com vistas a assegurar a procedência dos</p><p>animais.</p><p>Parágrafo único. É vedado o abate de animais desacompanhados de documentos de trânsito.</p><p>Art. 87. Os animais, respeitadas as particularidades de cada espécie, devem ser desembarcados e</p><p>alojados em instalações apropriadas e exclusivas, onde aguardarão avaliação pelo SIF.</p><p>No caso dos bovinos, já vimos que são os currais: de chegada e seleção, observação e matança.</p><p>Parágrafo único. Os animais que chegarem em veículos transportadores lacrados por determinações</p><p>sanitárias, conforme definição do órgão de saúde animal competente, poderão ser desembarcados somente</p><p>na presença de um servidor do SIF. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>Art. 88. O estabelecimento é obrigado a adotar medidas para evitar maus tratos aos animais e</p><p>aplicar ações que visem à proteção e ao bem-estar animal, desde o embarque na origem até o momento do</p><p>abate.</p><p>Art. 89. O estabelecimento deve apresentar, previamente ao abate, a programação de abate e a</p><p>documentação referente à identificação, ao manejo e à procedência dos lotes e as demais informações</p><p>previstas em legislação específica para a verificação das condições físicas e sanitárias dos animais pelo SIF.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>12</p><p>§ 1º Nos casos de suspeita de uso de substâncias proibidas ou de falta de informações sobre o</p><p>cumprimento do prazo de carência de produtos de uso veterinário, o SIF poderá apreender os lotes de</p><p>animais ou os produtos, proceder à coleta de amostras e adotar outros procedimentos que respaldem a</p><p>decisão acerca de sua destinação.</p><p>§ 2º Sempre que o SIF julgar necessário, os documentos com informações de interesse sobre o lote</p><p>devem ser disponibilizados com, no mínimo, vinte e quatro horas de antecedência.</p><p>Art. 90. É obrigatória a realização do exame ante mortem dos animais destinados ao abate por</p><p>servidor competente do SIF.</p><p>§ 1º O exame de que trata o caput compreende a avaliação documental, do comportamento e do</p><p>aspecto do animal e dos sintomas de doenças de interesse para as áreas de saúde animal e de saúde</p><p>pública, atendido o disposto neste Decreto e em normas complementares.</p><p>§ 2º Qualquer caso suspeito implica a identificação e o isolamento dos animais envolvidos. Quando</p><p>necessário, se procederá ao isolamento de todo o lote.</p><p>§ 3º Os casos suspeitos serão submetidos à avaliação, por Auditor Fiscal Federal Agropecuário com</p><p>formação em Medicina Veterinária ou por médico veterinário integrante da equipe do serviço de inspeção</p><p>federal, que poderá compreender exame clínico, necropsia ou outros procedimentos com a finalidade de</p><p>diagnosticar e determinar a destinação, aplicadas ações de saúde animal quando o caso exigir. (Redação</p><p>dada pelo Decreto nº 10.419, de 2020)</p><p>§ 4º O exame ante mortem deve ser realizado no menor intervalo de tempo possível após a chegada</p><p>dos animais no estabelecimento de abate.</p><p>§ 5 º O exame será repetido caso decorra período superior a vinte e quatro horas entre a primeira</p><p>avaliação e o momento do abate. (Redação dada pelo Decreto nº 9.069, de 2017)</p><p>§ 6 º Dentre as espécies de abate de pescado, somente os anfíbios e os répteis devem ser submetidos</p><p>à inspeção ante mortem . (Incluído pelo Decreto nº 9.069, de 2017)</p><p>Pessoal, atenção aqui! Nesse parágrafo, que trata da inspeção ante mortem temos uma divergência</p><p>do Manual de Inspeção de Bovinos em relação ao Decreto 9.013/17, que diz:</p><p>De acordo com o Manual de Inspeção de Bovinos (Brasil, 2007) a inspeção ante mortem é atribuição</p><p>exclusiva do veterinário; este mesmo veterinário é o escalado para o exame “post-mortem” do gado que</p><p>ele inspecionou “in vivo”.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>13</p><p>E qual das afirmações está correta? As duas!</p><p>Tudo vai depender de como a questão será cobrada, ok? Se será de acordo com o Manual de Inspeção</p><p>de Bovinos ou de acordo com o RIISPOA (Decreto 9.013/17). Fiquem atentos!</p><p>Voltando ao Manual de Inspeção de Bovinos...segundo ele, a ocasião mais propícia para realizar a</p><p>inspeção ante mortem deve ser logo à primeira hora do período da tarde, quando o gado a ser abatido no</p><p>dia seguinte já deve estar convenientemente separado em lotes e contado, nos currais de chegada do</p><p>estabelecimento.</p><p>Pode então o técnico - para seu controle no exame a realizar - ter em mãos, fornecida pela empresa,</p><p>a papeleta com a discriminação dos lotes e respectivas quantidades ou, pelo menos, o número global de bois</p><p>e vacas a serem abatidos.</p><p>A inspeção é obrigatoriamente repetida no dia seguinte, meia hora antes do início do abate. Para o</p><p>Manual de Inspeção de Bovinos, inspeção ante mortem é um exame tão somente visual, de caráter geral,</p><p>mas em que o técnico necessita observar, com acuidade, o comportamento dos animais, no intuito de</p><p>surpreender aqueles que, por motivos de ordem sanitária, insuficiência de idade (fêmeas), parto recente,</p><p>etc., são separados do lote, para um exame clínico mais acurado, em curral à parte.</p><p>É indispensável que, inicialmente os animais sejam observados em repouso, pelo Veterinário, que</p><p>se terá colocado sobre as plataformas elevadas dos currais, para que daqueles tenha uma visão ampla.</p><p>Depois o gado é posto em movimento, a fim de ser melhor observado, verificando-se sua atitude nesta</p><p>circunstância.</p><p>Ao ser realizada a inspeção ante mortem, têm-se em mira os seguintes objetivos, de acordo com o</p><p>Manual de Inspeção de Bovinos:</p><p>a) exigir os certificados de sanidade do gado, inclusive os de vacinação contra a Febre Aftosa (esta</p><p>providência deve ser tomada liminarmente, antes de iniciado o exame);</p><p>b) examinar o estado sanitário do gado e auxiliar, com dados informativos, a tarefa de inspeção post</p><p>mortem;</p><p>c) refugar, pelo prazo regulamentar (10 e 12 dias, respectivamente), as vacas recém paridas e as que</p><p>tenham abortado; refugar as que apresentem gestação adiantada (último terço do período de gestação);</p><p>d) controlar as disposições do “Plano de Abate de Gado Bovino”, particularmente quanto às</p><p>restrições relativas ao abate de novilhas;</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>14</p><p>e) verificar, quando for o caso, o peso, raça e categoria dos animais, tendo em vista a obtenção de</p><p>dados, para a realização eventual de trabalhos de ordem econômica ou zootécnica;</p><p>f) conferir o número dos animais apresentados na relação discriminada ou global de matança para</p><p>o dia seguinte, fornecida pela empresa à I.F.;</p><p>g) certificar-se das condições higiênicas e de conservação dos currais, assim como do provimento</p><p>de água dos bebedouros, tomando-se, se necessário, as medidas indispensáveis para a sua regularização.</p><p>Se o veterinário verificar, na inspeção global, a existência de sinais que o levem à suspeição de</p><p>qualquer enfermidade ou afecção (doenças infecciosas, parasitárias ou inespecíficas), providenciará a</p><p>separação dos animais suspeitos, para o Curral de Observação, onde procederá às pesquisas semiológicas</p><p>que se fizerem necessárias, usando inclusive o brete de contenção, obrigatoriamente existente neste curral.</p><p>Tais animais, a critério do veterinário, poderão aí permanecer, retidos para observação ou eventual</p><p>tratamento, pelo tempo que for julgado necessário. A retenção, de acordo com o caso, poderá estender-se</p><p>a todo o lote a que pertençam os animais suspeitos.</p><p>De acordo com o Decreto 9.013/17:</p><p>Art. 91. Na inspeção ante mortem, quando forem identificados animais suspeitos de zoonoses ou</p><p>enfermidades infectocontagiosas, ou animais que apresentem reação inconclusiva</p><p>ou positiva em testes</p><p>diagnósticos para essas enfermidades, o abate deve ser realizado em separado dos demais animais,</p><p>adotadas as medidas profiláticas cabíveis.</p><p>Parágrafo único. No caso de suspeita de doenças não previstas neste Decreto ou em normas</p><p>complementares, o abate deve ser realizado também em separado, para melhor estudo das lesões e</p><p>verificações complementares.</p><p>Art. 92. Quando houver suspeita de doenças infectocontagiosas de notificação imediata</p><p>determinada pelo serviço oficial de saúde animal, além das medidas já estabelecidas, cabe ao SIF:</p><p>I - notificar o serviço oficial de saúde animal, primeiramente na área de jurisdição do</p><p>estabelecimento;</p><p>II - isolar os animais suspeitos e manter o lote sob observação enquanto não houver definição das</p><p>medidas epidemiológicas de saúde animal a serem adotadas; e</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>15</p><p>III - determinar a imediata desinfecção dos locais, dos equipamentos e dos utensílios que possam ter</p><p>entrado em contato com os resíduos dos animais ou qualquer outro material que possa ter sido</p><p>contaminado, atendidas as recomendações estabelecidas pelo serviço oficial de saúde animal.</p><p>Art. 93. Quando no exame ante mortem forem constatados casos isolados de doenças não</p><p>contagiosas que permitam o aproveitamento condicional ou impliquem a condenação total do animal, este</p><p>deve ser abatido por último ou em instalações específicas para este fim.</p><p>Os bovinos separados para observação, serão abatidos sempre em separado (matança de</p><p>emergência). Eles serão individualmente identificados por uma etiqueta metálica ou plástica (tipo 6),</p><p>grampeada à orelha, por meio de um alicate especial.</p><p>Art. 95. As fêmeas em gestação adiantada ou com sinais de parto recente, não portadoras de doença</p><p>infectocontagiosa, podem ser retiradas do estabelecimento para melhor aproveitamento, observados os</p><p>procedimentos definidos pelo serviço de saúde animal.</p><p>Parágrafo único. As fêmeas com sinais de parto recente ou aborto somente poderão ser abatidas</p><p>após no mínimo dez dias, contados da data do parto, desde que não sejam portadoras de doença</p><p>infectocontagiosa, caso em que serão avaliadas de acordo com este Decreto e com as normas</p><p>complementares.</p><p>Art. 96. Os animais de abate que apresentem hipotermia ou hipertermia podem ser condenados,</p><p>levando-se em consideração as condições climáticas, de transporte e os demais sinais clínicos apresentados,</p><p>conforme dispõem normas complementares.</p><p>Parágrafo único. O disposto no caput não se aplica aos animais pecilotérmicos.</p><p>Atenção! De acordo o Manual de Inspeção de bovinos:</p><p>No caso dos bovinos revelarem hipertermia ou hipotermia, os animais serão condenados</p><p>liminarmente (Brasil, 2007).</p><p>Art. 97. A existência de animais mortos ou impossibilitados de locomoção em veículos</p><p>transportadores que estejam nas instalações para recepção e acomodação de animais ou em qualquer</p><p>dependência do estabelecimento deve ser imediatamente levada ao conhecimento do SIF, para que sejam</p><p>providenciados a necropsia ou o abate de emergência e sejam adotadas as medidas que se façam</p><p>necessárias, respeitadas as particularidades de cada espécie.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>16</p><p>§ 1º O lote de animais no qual se verifique qualquer caso de morte natural só deve ser abatido</p><p>depois do resultado da necropsia.</p><p>§ 2º A necropsia de aves será realizada, por Auditor Fiscal Federal Agropecuário com formação em</p><p>Medicina Veterinária ou por médico veterinário integrante da equipe do serviço de inspeção federal, na</p><p>hipótese de suspeita clínica de enfermidades e sua realização será compulsória quando estabelecida em</p><p>normas complementares. (Redação dada pelo Decreto nº 10.419, de 2020)</p><p>Art. 98. As carcaças de animais que tenham morte acidental nas dependências do estabelecimento,</p><p>desde que imediatamente sangrados, poderão ser destinadas ao aproveitamento condicional após</p><p>exame post mortem, a critério do Auditor Fiscal Federal Agropecuário com formação em Medicina</p><p>Veterinária ou do médico veterinário integrante da equipe do serviço de inspeção federal. (Redação dada</p><p>pelo Decreto nº 10.419, de 2020)</p><p>Art. 99. Quando o SIF autorizar o transporte de animais mortos ou agonizantes para o local onde será</p><p>realizada a necropsia, deve ser utilizado veículo ou contentor apropriado, impermeável e que permita</p><p>desinfecção logo após seu uso.</p><p>§ 1º No caso de animais mortos com suspeita de doença infectocontagiosa, deve ser feito o</p><p>tamponamento das aberturas naturais do animal antes do transporte, de modo a ser evitada a</p><p>disseminação das secreções e excreções.</p><p>§ 2º Confirmada a suspeita, o animal morto e os seus resíduos devem ser: (Redação dada pelo</p><p>Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>I - incinerados; (Incluído pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>II - autoclavados em equipamento próprio; ou (Incluído pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>III - submetidos a tratamento equivalente, que assegure a destruição do agente. (Incluído pelo</p><p>Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>§ 3º Concluídos os trabalhos de necropsias, o veículo ou contentor utilizado no transporte, o piso da</p><p>dependência e todos os equipamentos e utensílios que entraram em contato com o animal devem ser</p><p>lavados e desinfetados.</p><p>Art. 100. As necropsias, independentemente de sua motivação, devem ser realizadas em local</p><p>específico e os animais e seus resíduos serão destinados nos termos do disposto neste Decreto e nas normas</p><p>complementares. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>17</p><p>Art. 101. O SIF levará ao conhecimento do serviço oficial de saúde animal o resultado das necropsias</p><p>que evidenciarem doenças infectocontagiosas e remeterá, quando necessário, material para diagnóstico,</p><p>conforme legislação de saúde animal.</p><p>Art. 102. Nenhum animal pode ser abatido sem autorização do SIF.</p><p>Art. 103. É proibido o abate de animais que não tenham permanecido em descanso, jejum e dieta</p><p>hídrica, respeitadas as particularidades de cada espécie e as situações emergenciais que comprometem o</p><p>bem-estar animal.</p><p>Parágrafo único. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá parâmetros</p><p>referentes ao descanso, ao jejum e à dieta hídrica dos animais em normas complementares.</p><p>1.3. Matança de emergência</p><p>Art. 105. Os animais que chegam ao estabelecimento em condições precárias de saúde,</p><p>impossibilitados ou não de atingirem a dependência de abate por seus próprios meios, e os que foram</p><p>excluídos do abate normal após exame ante mortem, devem ser submetidos ao abate de emergência.</p><p>Parágrafo único. As situações de que trata o caput compreendem animais doentes, com sinais de</p><p>doenças infectocontagiosas de notificação imediata, agonizantes, contundidos, com fraturas, hemorragia,</p><p>hipotermia ou hipertermia, impossibilitados de locomoção, com sinais clínicos neurológicos e outras</p><p>condições previstas em normas complementares.</p><p>A matança de emergência é aquela à qual são submetidos os animais que chegam ao</p><p>estabelecimento em precárias condições físicas ou de saúde, impossibilitados de atingir a Sala de Matança</p><p>por seus próprios meios, como também aqueles que foram retidos no Curral de Observação, após o exame</p><p>geral.</p><p>A matança de emergência pode ser: imediata e mediata.</p><p>a) Entende-se por MATANÇA DE EMERGÊNCIA IMEDIATA a destinada ao sacrifício, a qualquer</p><p>momento, dos animais incapacitados de locomoção, certificadamente acidentados, contundidos, com ou</p><p>sem fratura e que não apresentem</p><p>alteração de temperatura ou quaisquer outros sintomas, que os excluam</p><p>do abate em comum.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>18</p><p>b) MATANÇA DE EMERGÊNCIA MEDIATA é a que se destina ao abate dos animais verificados doentes</p><p>após o exame clínico e deve ser efetuada depois da matança normal.</p><p>Incluem-se ainda na matança de emergência mediata os bovinos provenientes do Curral de</p><p>Observação e os que se fizerem acompanhar de certificado de tuberculinização ou de soro-aglutinação</p><p>brucélica positivas, expedido por veterinário oficial da Defesa Sanitária Animal ou por profissionais</p><p>credenciados por este Serviço.</p><p>Art. 106. O abate de emergência será realizado na presença de Auditor Fiscal Federal Agropecuário</p><p>com formação em Medicina Veterinária ou de médico veterinário integrante da equipe do serviço de</p><p>inspeção federal. (Redação dada pelo Decreto nº 10.419, de 2020)</p><p>Parágrafo único. Na impossibilidade do acompanhamento do abate de emergência por profissional</p><p>de que trata o caput, o estabelecimento realizará o sacrifício do animal por método humanitário e o</p><p>segregará para posterior realização da necropsia. (Incluído pelo Decreto nº 10.419, de 2020)</p><p>Art. 107. O SIF deve coletar material dos animais destinados ao abate de emergência que</p><p>apresentem sinais clínicos neurológicos e enviar aos laboratórios oficiais para fins de diagnóstico e adotar</p><p>outras ações determinadas na legislação de saúde animal. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de</p><p>2020)</p><p>Art. 108. Animais com sinais clínicos de paralisia decorrente de alterações metabólicas ou patológicas</p><p>devem ser destinados ao abate de emergência.</p><p>Parágrafo único. No caso de paralisia decorrente de alterações metabólicas, é permitido retirar os</p><p>animais do estabelecimento para tratamento, observados os procedimentos definidos pela legislação de</p><p>saúde animal.</p><p>Art. 109. Nos casos de dúvida no diagnóstico de processo septicêmico, o SIF deve realizar coleta de</p><p>material para análise laboratorial, principalmente quando houver inflamação dos intestinos, do úbere, do</p><p>útero, das articulações, dos pulmões, da pleura, do peritônio ou das lesões supuradas e gangrenosas.</p><p>Art. 110. São considerados impróprios para consumo humano os animais que, abatidos de</p><p>emergência, se enquadrem nos casos de condenação previstos neste Decreto ou em normas</p><p>complementares.</p><p>Art. 111. As carcaças de animais abatidos de emergência que não foram condenadas podem ser</p><p>destinadas ao aproveitamento condicional ou, não havendo qualquer comprometimento sanitário, serão</p><p>liberadas, conforme previsto neste Decreto ou em normas complementares.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>19</p><p>1.4 Do abate normal</p><p>Art. 112. Só é permitido o abate de animais com o emprego de métodos humanitários, utilizando-</p><p>se de prévia insensibilização, baseada em princípios científicos, seguida de imediata sangria.</p><p>§ 1º Os métodos empregados para cada espécie animal serão estabelecidos em normas</p><p>complementares.</p><p>§ 2º É facultado o abate de animais de acordo com preceitos religiosos, desde que seus produtos</p><p>sejam destinados total ou parcialmente ao consumo por comunidade religiosa que os requeira ou ao</p><p>comércio internacional com países que façam essa exigência.</p><p>Art. 113. Antes de chegar à dependência de abate, os animais devem passar por banho de aspersão</p><p>com água suficiente ou processo equivalente para promover a limpeza e a remoção de sujidades,</p><p>respeitadas as particularidades de cada espécie. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>Art. 114. A sangria deve ser a mais completa possível e realizada com o animal suspenso pelos</p><p>membros posteriores ou com o emprego de outro método aprovado pelo Departamento de Inspeção de</p><p>Produtos de Origem Animal.</p><p>Parágrafo único. Nenhuma manipulação pode ser iniciada antes que o sangue tenha escoado o</p><p>máximo possível, respeitado o período mínimo de sangria previsto em normas complementares.</p><p>Art. 117. Quando forem identificadas deficiências no curso do abate, o SIF poderá determinar a</p><p>interrupção do abate ou a redução de sua velocidade. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>Art. 118. A evisceração deve ser realizada em local que permita pronto exame das vísceras, de forma</p><p>que não ocorram contaminações.</p><p>§ 1º Caso ocorra retardamento da evisceração, as carcaças e vísceras serão julgadas de acordo com</p><p>o disposto em normas complementares.</p><p>Art. 119. Deve ser mantida a correspondência entre as carcaças, as partes das carcaças e suas</p><p>respectivas vísceras até o término do exame post mortem pelo SIF, observado o disposto em norma</p><p>complementar.</p><p>§ 1º É vedada a realização de operações de toalete antes do término do exame post mortem.</p><p>§ 2º É de responsabilidade do estabelecimento a manutenção da correlação entre a carcaça e as</p><p>vísceras e o sincronismo entre estas nas linhas de inspeção.</p><p>Art. 120. A insuflação é permitida como método auxiliar no processo tecnológico da esfola e desossa</p><p>das espécies de abate. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>20</p><p>§ 1º O ar utilizado na insuflação deve ser submetido a um processo de purificação de forma que</p><p>garanta a sua qualidade física, química e microbiológica final.</p><p>§ 2º É permitida a insuflação dos pulmões para atender às exigências de abate segundo preceitos</p><p>religiosos.</p><p>Art. 121. Todas as carcaças, as partes das carcaças, os órgãos e as vísceras devem ser previamente</p><p>resfriados ou congelados, dependendo da especificação do produto, antes de serem armazenados em</p><p>câmaras frigoríficas onde já se encontrem outras matérias-primas.</p><p>Parágrafo único. É obrigatório o resfriamento ou o congelamento dos produtos de que trata</p><p>o caput previamente ao seu transporte. (Incluído pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>Art. 122. As carcaças ou as partes das carcaças, quando submetidas a processo de resfriamento pelo</p><p>ar, devem ser penduradas em câmaras frigoríficas, respeitadas as particularidades de cada espécie, e</p><p>dispostas de modo que haja suficiente espaço entre cada peça e entre elas e as paredes, as colunas e os</p><p>pisos.</p><p>Parágrafo único. É proibido depositar carcaças e produtos diretamente sobre o piso.</p><p>Art. 123. O SIF deve verificar o cumprimento dos procedimentos de desinfecção de dependências e</p><p>equipamentos na ocorrência de doenças infectocontagiosas, para evitar contaminações cruzadas.</p><p>Art. 124. É obrigatória a remoção, a segregação e a inutilização dos Materiais Especificados de Risco</p><p>- MER para encefalopatias espongiformes transmissíveis de todos os ruminantes destinados ao abate.</p><p>§ 1º Os procedimentos de que trata o caput devem ser realizados pelos estabelecimentos, observado</p><p>o disposto em normas complementares.</p><p>§ 2º A especificação dos órgãos, das partes ou dos tecidos animais classificados como MER será</p><p>realizada pela legislação de saúde animal.</p><p>§ 3º É vedado o uso dos MER para alimentação humana ou animal, sob qualquer forma.</p><p>1.4.1 Linhas de inspeção</p><p>A inspeção post mortem é efetuada rotineiramente nos animais abatidos, através do exame</p><p>macroscópico das seguintes partes e órgãos: conjunto cabeça-língua, superfícies externa e interna da</p><p>carcaça, vísceras torácicas, abdominais e pélvicas e nodos-linfáticos das cadeias mais facilmente atingíveis</p><p>nas circunstâncias que caracterizam o desenvolvimento dos trabalhos industriais.</p><p>Este exame é extensivo, nos bovinos, às superfícies interdigital e periungueal, no caso dos</p><p>estabelecimentos autorizados à exportação</p><p>internacional de carne “in natura”. Eventualmente, examina-se</p><p>ainda a arcada dentária, para obtenção de dados etários como subsídio a ocasionais estudos zootécno-</p><p>econômicos ou zoo-sanitários.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>21</p><p>Os locais, ou pontos da Sala de Matança onde se realizam esses exames são denominados Linhas de</p><p>Inspeção.</p><p>O que são as linhas de inspeção?</p><p>As linhas de inspeção são os locais onde se realizam o a inspeção post mortem de determinada parte</p><p>da carcaça ou órgão. Essas linhas variam de acordo com a espécie do animal abatido e, para os bovinos, são</p><p>divididas em:</p><p>Linha A → exame de pés.</p><p>Linha B →exame do conjunto cabeça-língua.</p><p>Linha C → cronologia dentária.</p><p>Linha D → exame do trato gastrointestinal, baço, pâncreas, bexiga e útero.</p><p>Linha E → exame do fígado.</p><p>Linha F → exame dos pulmões e coração.</p><p>Linha G → exame dos rins.</p><p>Linha H → exame da parte caudal da meia carcaça.</p><p>Linha I → exame da parte cranial da meia carcaça.</p><p> Linha J → carimbagem.</p><p>Tudo bem, pessoal? Fiquem atentos, pois as linhas de inspeção caem muito em prova!</p><p>Os exames a cargo das linhas de inspeção são precedidos, individualmente, por uma fase dita</p><p>preparatória, que tem por finalidade:</p><p>a) apresentar à Inspeção a peça ou o conjunto de peças em condições de serem eficientemente</p><p>inspecionados, tendo em vista o ritmo e a velocidade da matança;</p><p>b) apresentar a peça à Inspeção, perfeitamente limpa, para facilitar o exame visual, como também</p><p>para preservar, do ponto de vista higiênico, as porções comestíveis.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>22</p><p>Vamos prosseguir.</p><p>1.5 Marcação eventual e sistemática</p><p>Vimos que, de acordo com o Decreto 9.013/17 (art. 119), a correspondência entre as carcaças, as</p><p>partes das carcaças e suas respectivas vísceras até o término do exame post mortem deve ser mantida pelo</p><p>SIF.</p><p>Como ocorre essa correspondência?</p><p>De duas maneiras. Através da marcação sistemática que, como o próprio nome indica, é uma</p><p>marcação rotineira, frequente no processo do abate; e da marcação eventual, que é realizada quando</p><p>ocorre, por exemplo, a detecção de uma lesão.</p><p>A marcação sistemática é realizada com o objetivo de determinar o lote a que pertença qualquer</p><p>dos animais abatidos e, ainda, para garantir a relação individual entre a cabeça e a carcaça de um mesmo</p><p>bovino.</p><p>Assim, de acordo com o objetivo, temos a seguinte divisão na marcação sistemática de acordo com o</p><p>Manual de Inspeção de Bovinos:</p><p>Marcação dos lotes: os lotes dos animais abatidos são identificados com aplicação de uma chapa</p><p>numerada (chapa tipo 5) na paleta da primeira meia-carcaça do lote, logo após a retirada do couro. A</p><p>numeração dessas chapas é crescente e seguida.</p><p>Marcação cabeça-carcaça: a intercorrespondência das cabeças e carcaças é assegurada, em cada</p><p>animal abatido, por numeração homóloga, seguida e independente dos lotes, em série de 1 a 100. Essa</p><p>numeração é realizada a lápis-tinta, no ato da desarticulação da cabeça, que se mantém ainda presa à</p><p>carcaça pelos músculos cervicais, no côndilo do occipital e nas faces articulares de ambos os carpos.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>23</p><p>A marcação eventual trata-se da marcação das peças destinadas a exame confirmativo no</p><p>Departamento de Inspeção Final (DIF). As peças (cabeças, vísceras e carcaças) enviadas ao DIF são marcadas</p><p>por meio de chapinhas metálicas de dois tipos e com os seguintes objetivos:</p><p> chapinhas tipo 1: são numeradas, em quadruplicata, destinadas a garantir a intercorrespondência</p><p>das peças (vísceras e carcaça) de um mesmo animal;</p><p> chapinhas tipo 2: são vermelhas e não numeradas e se destinam a marcar a localização das lesões</p><p>ou das causas de apreensão constatadas em qualquer uma das linhas de inspeção;</p><p> chapas tipo 3: são utilizadas na marcação das carcaças de animais cujos pés tenham sido</p><p>verificados lesões características de febre aftosa. Essa marcação é realizada na linha A (exame dos pés);</p><p> chapa tipo 4: utilizada na marcação das carcaças destinadas à matança de emergência. A chapa</p><p>tipo 4 substitui, com o mesmo número após a esfola, aquela que identificava, na orelha, o animal vivo que</p><p>foi destinado à matança de emergência (chapa Tipo 6).</p><p>Chapas tipo 1: numeradas, destinadas a assegurar a intercorrespondência vísceras-</p><p>carcaça;</p><p>Chapinhas tipo 2: vermelhas, não numeradas, indicadoras da causa da apreensão;</p><p>Chapa tipo 3: destinadas à marcação da carcaça dos animais que apresentem lesões</p><p>podais;</p><p>Chapas tipo 4: numeradas, utilizadas para a identificação das carcaças de animais</p><p>destinados a matança de emergência;</p><p>Chapas tipo 5: numeradas, destinadas à discriminação dos lotes.</p><p>Chapas tipo 6: numeradas, utilizadas para a identificação dos animais de animais vivos,</p><p>destinados a matança de emergência.</p><p>Atenção! A diferenciação dessas marcações é de extrema importância na inspeção de bovinos e</p><p>suínos, principalmente em relação às chapas do tipo 1 e 2. Nessas duas marcações os números são alterados</p><p>na inspeção de suínos. Fiquem atentos!</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>24</p><p>1.6 Critérios de julgamento e destino</p><p>Pessoal, entendida a primeira parte relacionada à inspeção de bovinos, vamos, agora, iniciar o estudo</p><p>sobre os critérios de julgamento e destino das carcaças, de acordo com o Decreto 9.013/17.</p><p>1.6.1 Da inspeção industrial e sanitária</p><p>Art. 82. O Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento estabelecerá em normas</p><p>complementares os procedimentos de inspeção e fiscalização de produtos de origem animal e</p><p>desenvolverá programas de controle oficial com o objetivo de avaliar a inocuidade, a identidade, a</p><p>qualidade e a integridade dos produtos e de seus processos produtivos.</p><p>Parágrafo único. Os programas de que trata o caput contemplarão a coleta de amostras para as</p><p>análises físicas, microbiológicas, físico-químicas, de biologia molecular, histológicas e demais que se fizerem</p><p>necessárias para a avaliação da conformidade de matérias-primas e produtos de origem animal.</p><p>Art.83. O SIF, durante a fiscalização no estabelecimento, pode realizar as análises previstas neste</p><p>Decreto, no RTIQ, em normas complementares ou em legislação específica, nos programas de autocontrole</p><p>e outras que se fizerem necessárias ou determinar as suas realizações pela empresa.</p><p>1.6.2 Da inspeção industrial e sanitária de carnes e derivados</p><p>Quem pode ser abatido nos estabelecimentos sob SIF?</p><p>Art. 84. Nos estabelecimentos sob inspeção federal, é permitido o abate de bovinos, bubalinos,</p><p>equídeos, suídeos, ovinos, caprinos, aves domésticas, lagomorfos, animais exóticos, animais silvestres,</p><p>anfíbios e répteis. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>§ 1º O abate de diferentes espécies em um mesmo estabelecimento pode ser realizado em</p><p>instalações e equipamentos específicos para a correspondente finalidade.</p><p>§ 2º O abate de que trata o § 1º pode ser realizado desde que seja evidenciada a completa segregação</p><p>entre as diferentes espécies e seus respectivos produtos durante todas as etapas do processo operacional,</p><p>respeitadas as particularidades de cada espécie, inclusive quanto à higienização das instalações e dos</p><p>equipamentos.</p><p>Art. 84-A. Os estabelecimentos de abate são responsáveis por garantir a identidade, a qualidade e</p><p>a rastreabilidade dos</p><p>produtos, desde sua obtenção na produção primária até a recepção no</p><p>estabelecimento, incluído o transporte. (Incluído pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>§ 1º Os estabelecimentos de abate que recebem animais oriundos da produção primária devem</p><p>possuir cadastro atualizado de produtores. (Incluído pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>25</p><p>§ 2º Os estabelecimentos de abate que recebem animais da produção primária são responsáveis pela</p><p>implementação de programas de melhoria da qualidade da matéria-prima e de educação continuada dos</p><p>produtores. (Incluído pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>1.6.3 Dos aspectos gerais da inspeção post mortem</p><p>Art. 125. Nos procedimentos de inspeção post mortem, o Auditor Fiscal Federal Agropecuário com</p><p>formação em Medicina Veterinária ou o médico veterinário integrante da equipe do serviço de inspeção</p><p>federal poderão ser assistidos por Agentes de Inspeção Sanitária e Industrial de Produtos de Origem</p><p>Animal ou por auxiliares de inspeção devidamente capacitados. (Redação dada pelo Decreto nº 10.419, de</p><p>2020)</p><p>Parágrafo único. A equipe de inspeção deve ser suficiente para a execução das atividades, conforme</p><p>estabelecido em normas complementares.</p><p>Art. 126. A inspeção post mortem consiste no exame da carcaça, das partes da carcaça, das</p><p>cavidades, dos órgãos, dos tecidos e dos linfonodos, realizado por visualização, palpação, olfação e incisão,</p><p>quando necessário, e demais procedimentos definidos em normas complementares específicas para cada</p><p>espécie animal.</p><p>Art. 127. Todos os órgãos e as partes das carcaças devem ser examinados na dependência de abate,</p><p>imediatamente depois de removidos das carcaças, assegurada sempre a correspondência entre eles.</p><p>Art. 128. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem lesões ou anormalidades</p><p>que não tenham implicações para a carcaça e para os demais órgãos podem ser condenados ou liberados</p><p>nas linhas de inspeção, observado o disposto em normas complementares.</p><p>Art. 129. Toda carcaça, partes das carcaças e dos órgãos, examinados nas linhas de inspeção, que</p><p>apresentem lesões ou anormalidades que possam ter implicações para a carcaça e para os demais órgãos</p><p>devem ser desviados para o Departamento de Inspeção Final para que sejam examinados, julgados e</p><p>tenham a devida destinação.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>26</p><p>§ 1º A avaliação e o destino das carcaças, das partes das carcaças e dos órgãos são atribuições do</p><p>Auditor Fiscal Federal Agropecuário com formação em Medicina Veterinária, ou do médico veterinário</p><p>integrante da equipe do serviço de inspeção federal. (Redação dada pelo Decreto nº 10.419, de 2020)</p><p>§ 2º Quando se tratar de doenças infectocontagiosas, o destino dado aos órgãos será similar àquele</p><p>dado à respectiva carcaça.</p><p>§ 3º As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos condenados devem ficar retidos pelo SIF e serem</p><p>removidos do Departamento de Inspeção Final por meio de tubulações específicas, carrinhos especiais ou</p><p>outros recipientes apropriados e identificados para este fim.</p><p>§ 4º O material condenado será descaracterizado quando: (Redação dada pelo Decreto nº 10.419,</p><p>de 2020)</p><p>I - não for processado no dia do abate; ou (Incluído pelo Decreto nº 10.419, de 2020)</p><p>II - for transportado para transformação em outro estabelecimento. (Incluído pelo Decreto nº</p><p>10.419, de 2020)</p><p>§ 5º Na impossibilidade da descaracterização de que trata o § 4º, o material condenado será</p><p>desnaturado. (Incluído pelo Decreto nº 10.419, de 2020)</p><p>Art. 130. São proibidas a remoção, a raspagem ou qualquer prática que possa mascarar lesões das</p><p>carcaças ou dos órgãos, antes do exame pelo SIF.</p><p>Art. 131. As carcaças julgadas em condições de consumo devem receber as marcas oficiais, sob</p><p>supervisão do SIF.</p><p>Parágrafo único. Será dispensada a aplicação do carimbo a tinta nos quartos das carcaças de</p><p>bovídeos e suídeos em estabelecimentos que realizam o abate e a desossa na mesma unidade industrial,</p><p>observados os procedimentos definidos em normas complementares.</p><p>Art. 132. Sempre que requerido pelos proprietários dos animais abatidos, o SIF disponibilizará, nos</p><p>estabelecimentos de abate, laudo em que constem as eventuais enfermidades ou patologias diagnosticadas</p><p>nas carcaças, mesmo em caráter presuntivo, durante a inspeção sanitária e suas destinações. (Redação</p><p>dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>Art. 133. Durante os procedimentos de inspeção ante mortem e post mortem, o julgamento dos</p><p>casos não previstos neste Decreto fica a critério do SIF, que deve direcionar suas ações principalmente para</p><p>a preservação da inocuidade do produto, da saúde pública e da saúde animal.</p><p>Parágrafo único. O SIF coletará material, sempre que necessário, e encaminhará para análise</p><p>laboratorial para confirmação diagnóstica.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>27</p><p>1.6.4 Critérios de julgamento e destino</p><p>• Abcessos</p><p>Art. 134. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem abscessos múltiplos ou</p><p>disseminados com repercussão no estado geral da carcaça devem ser condenados, observando-se, ainda,</p><p>o que segue:</p><p>I - devem ser condenados carcaças, partes das carcaças ou órgãos que sejam contaminados</p><p>acidentalmente com material purulento;</p><p>II - devem ser condenadas as carcaças com alterações gerais como caquexia, anemia ou icterícia</p><p>decorrentes de processo purulento;</p><p>III - devem ser destinadas ao aproveitamento condicional pelo uso do calor as carcaças que</p><p>apresentem abscessos múltiplos em órgãos ou em partes, sem repercussão no seu estado geral, depois de</p><p>removidas e condenadas as áreas atingidas;</p><p>IV - podem ser liberadas as carcaças que apresentem abscessos múltiplos em um único órgão ou</p><p>parte da carcaça, com exceção dos pulmões, sem repercussão nos linfonodos ou no seu estado geral, depois</p><p>de removidas e condenadas as áreas atingidas; e</p><p>V - podem ser liberadas as carcaças que apresentem abscessos localizados, depois de removidos e</p><p>condenados os órgãos e as áreas atingidas.</p><p>• Actinomicose ou actinobacilose</p><p>Art. 135. As carcaças devem ser condenadas quando apresentarem lesões generalizadas ou</p><p>localizadas de actinomicose ou actinobacilose nos locais de eleição, com repercussão no seu estado geral,</p><p>observando-se ainda o que segue:</p><p>I - quando as lesões são localizadas e afetam os pulmões, mas sem repercussão no estado geral da</p><p>carcaça, permite-se o aproveitamento condicional desta para esterilização pelo calor, depois de removidos</p><p>e condenados os órgãos atingidos;</p><p>II - quando a lesão é discreta e limitada à língua afetando ou não os linfonodos correspondentes,</p><p>permite-se o aproveitamento condicional da carne de cabeça para esterilização pelo calor, depois de</p><p>removidos e condenados a língua e seus linfonodos;</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>28</p><p>III - quando as lesões são localizadas, sem comprometimento dos linfonodos e de outros órgãos, e</p><p>a carcaça encontrar-se em bom estado geral, esta pode ser liberada para o consumo, depois de removidas</p><p>e condenadas as áreas atingidas; e</p><p>IV - devem ser condenadas as cabeças com lesões de actinomicose, exceto quando a lesão óssea for</p><p>discreta e estritamente localizada, sem supuração ou trajetos fistulosos.</p><p>• Afecções pulmonares</p><p>Art. 136. As carcaças de animais acometidos</p><p>de afecções extensas do tecido pulmonar, em processo</p><p>agudo ou crônico, purulento, necrótico, gangrenoso, fibrinoso, associado ou não a outras complicações e</p><p>com repercussão no estado geral da carcaça devem ser condenadas.</p><p>§ 1º A carcaça de animais acometidos de afecções pulmonares, em processo agudo ou em fase de</p><p>resolução, abrangido o tecido pulmonar e a pleura, com exsudato e com repercussão na cadeia linfática</p><p>regional, mas sem repercussão no estado geral da carcaça, deve ser destinada ao aproveitamento</p><p>condicional pelo uso do calor.</p><p>§ 2º Nos casos de aderências pleurais sem qualquer tipo de exsudato, resultantes de processos</p><p>patológicos resolvidos e sem repercussão na cadeia linfática regional, a carcaça pode ser liberada para o</p><p>consumo, após a remoção das áreas atingidas.</p><p>§ 3º Os pulmões que apresentem lesões patológicas de origem inflamatória, infecciosa, parasitária,</p><p>traumática ou pré-agônica devem ser condenados, sem prejuízo do exame das características gerais da</p><p>carcaça.</p><p>Art. 137 As carcaças de animais que apresentem septicemia, piemia, toxemia ou indícios de viremia,</p><p>cujo consumo possa causar infecção ou intoxicação alimentar devem ser condenadas.</p><p>Parágrafo único. Incluem-se, mas não se limitam às afecções de que trata o caput, os casos</p><p>de: (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>I - inflamação aguda da pleura, do peritônio, do pericárdio e das meninges;</p><p>II - gangrena, gastrite e enterite hemorrágica ou crônica;</p><p>III - metrite;</p><p>IV - poliartrite;</p><p>V - flebite umbilical;</p><p>VII - hipertrofia generalizada dos nódulos linfáticos; e</p><p>VIII - rubefação difusa do couro.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>29</p><p>Art. 138. As carcaças e os órgãos de animais com sorologia positiva para brucelose devem ser</p><p>condenados quando estes estiverem em estado febril no exame ante mortem. (Redação dada pelo Decreto</p><p>nº 9.069, de 2017)</p><p>§ 1º Os animais reagentes positivos a testes diagnósticos para brucelose devem ser abatidos</p><p>separadamente. (Redação dada pelo Decreto nº 10.468, de 2020)</p><p>§ 2 º As carcaças dos suínos, dos caprinos, dos ovinos e dos búfalos, reagentes positivos ou não</p><p>reagentes a testes diagnósticos para brucelose, que apresentem lesão localizada, devem ser destinadas ao</p><p>aproveitamento condicional pelo uso do calor, depois de removidas e condenadas as áreas</p><p>atingidas. (Redação dada pelo Decreto nº 9.069, de 2017)</p><p>§ 3 º As carcaças dos bovinos e dos equinos, reagentes positivos ou não reagentes a testes</p><p>diagnósticos para brucelose, que apresentem lesão localizada, podem ser liberadas para consumo em</p><p>natureza, depois de removidas e condenadas as áreas atingidas. (Redação dada pelo Decreto nº 9.069, de</p><p>2017)</p><p>§ 4 º Os animais reagentes positivos a testes diagnósticos para brucelose, na ausência de lesões</p><p>indicativas, podem ter suas carcaças liberadas para consumo em natureza. (Incluído pelo Decreto nº 9.069,</p><p>de 2017)</p><p>§ 5 º Nas hipotéses dos §2 º , §3 º e §4 º, devem ser condenados os órgãos, o úbere, o trato genital e</p><p>o sangue. (Incluído pelo Decreto nº 9.069, de 2017)</p><p>Art. 139. As carcaças e os órgãos de animais em estado de caquexia devem ser condenados.</p><p>Art. 140. As carcaças de animais acometidos de carbúnculo hemático devem ser condenadas,</p><p>incluídos peles, chifres, cascos, pelos, órgãos, conteúdo intestinal, sangue e gordura, impondo-se a imediata</p><p>execução das seguintes medidas:</p><p>I - não podem ser evisceradas as carcaças de animais com suspeita de carbúnculo hemático;</p><p>II - quando o reconhecimento ocorrer depois da evisceração, impõe-se imediatamente a desinfecção</p><p>de todos os locais que possam ter tido contato com resíduos do animal, tais como áreas de sangria, pisos,</p><p>paredes, plataformas, facas, serras, ganchos, equipamentos em geral, uniformes dos funcionários e qualquer</p><p>outro material que possa ter sido contaminado;</p><p>III - uma vez constatada a presença de carbúnculo, o abate deve ser interrompido e a desinfecção</p><p>deve ser iniciada imediatamente;</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>30</p><p>IV - recomenda-se, para desinfecção, o emprego de solução de hidróxido de sódio a 5% (cinco por</p><p>cento), hipoclorito de sódio a 1% (um por cento) ou outro produto com eficácia comprovada;</p><p>V - devem ser tomadas as precauções necessárias em relação aos funcionários que entraram em</p><p>contato com o material carbunculoso, aplicando-se as regras de higiene e antissepsia pessoal com produtos</p><p>de eficácia comprovada, devendo ser encaminhados ao serviço médico como medida de precaução;</p><p>VI - todas as carcaças, as partes das carcaças, inclusive pele, cascos, chifres, órgãos e seu conteúdo</p><p>que entrem em contato com animais ou material infeccioso devem ser condenados; e</p><p>VII - a água do tanque de escaldagem de suínos por onde tenha passado animal carbunculoso deve</p><p>ser desinfetada e imediatamente removida para a rede de efluentes industriais.</p><p>Art. 141. As carcaças e os órgãos de animais acometidos de carbúnculo sintomático devem ser</p><p>condenados.</p><p>Art. 142. As carcaças de animais devem ser condenadas quando apresentarem alterações musculares</p><p>acentuadas e difusas e quando existir degenerescência do miocárdio, do fígado, dos rins ou reação do</p><p>sistema linfático, acompanhada de alterações musculares.</p><p>§ 1º Devem ser condenadas as carcaças cujas carnes se apresentem flácidas, edematosas, de</p><p>coloração pálida, sanguinolenta ou com exsudação.</p><p>§ 2º A critério do SIF, podem ser destinadas à salga, ao tratamento pelo calor ou à condenação as</p><p>carcaças com alterações por estresse ou fadiga dos animais.</p><p>Art. 143. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos com aspecto repugnante, congestos, com</p><p>coloração anormal ou com degenerações devem ser condenados.</p><p>Parágrafo único. São também condenadas as carcaças em processo putrefativo, que exalem odores</p><p>medicamentosos, urinários, sexuais, excrementícios ou outros considerados anormais.</p><p>Art. 144 As carcaças e os órgãos sanguinolentos ou hemorrágicos, em decorrência de doenças ou</p><p>afecções de caráter sistêmico, devem ser condenados.</p><p>Parágrafo único. A critério do SIF devem ser condenados ou destinados ao tratamento pelo calor as</p><p>carcaças e os órgãos de animais mal sangrados.</p><p>Art. 145. Os fígados com cirrose atrófica ou hipertrófica devem ser condenados.</p><p>Parágrafo único. Podem ser liberadas as carcaças no caso do caput, desde que não estejam</p><p>comprometidas.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 15 - Profa. Ana Paula</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>31</p><p>Art. 146. Os órgãos com alterações como congestão, infartos, degeneração gordurosa, angiectasia,</p><p>hemorragias ou coloração anormal, relacionados ou não a processos patológicos sistêmicos devem ser</p><p>condenados.</p><p>Art. 147. As carcaças, as partes das carcaças e os órgãos que apresentem área extensa de</p><p>contaminação por conteúdo gastrintestinal, urina, leite, bile, pus ou outra contaminação de qualquer</p><p>natureza devem ser condenados quando não for possível a remoção completa da área contaminada.</p><p>§ 1º Nos casos em que não seja possível delimitar perfeitamente as áreas contaminadas, mesmo</p><p>após a sua remoção, as carcaças, as partes das carcaças, os órgãos ou as vísceras devem ser destinados à</p><p>esterilização pelo calor.</p><p>§ 2º Quando for possível a remoção completa da contaminação, as carcaças, as partes das carcaças,</p><p>os órgãos ou as vísceras podem ser liberados.</p><p>§ 3º Poderá ser permitida a retirada da contaminação sem a remoção completa da área contaminada,</p><p>conforme estabelecido em normas complementares.</p><p>Art. 148. As carcaças de animais que apresentem contusão generalizada ou múltiplas</p>