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1 REFRIGERAÇÃO E CONGELAMENTO NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA ACCÁCIA JÚLIA GUIMARÃES PEREIRA MESSANO 2010 OPERAÇÕES UNITÁRIAS DA INDÚSTRIA FARMACEUTICA • REFRIGERAÇÃO: é o abaixamento da temperatura de um produto visando manter a qualidade pela diminuição das velocidades das reações de deterioração que possam ocorrer no mesmo. Não ocorre mudança de fase da água do produto. • CONGELAMENTO: ocorre a formação de gelo necessitando-se de temperaturas mais baixas (-10°°°° a -40°°°°C), a conservação por períodos longos. REFRIGERAÇÃO • é um método de conservação por um curto período de tempo que é efetivo porque retarda: – crescimento de microrganismos – as atividades metabólicas de tecidos vegetais intactos e de tecidos animais após o abate – reações químicas deteriorativas, incluindo escurecimento oxidativo catalisado por enzimas, oxidação de lipídeos e alterações químicas associadas à degradação da cor, autólise de produtos animais e perda princípios ativos de medicamentos em geral. – perda de umidade Refrigeração e congelamento retardam o processo de deterioração, • inibindo crescimento da maioria dos m.o. • e ação enzimática A prevenção ou retardamento da decomposição microbiana em produtos de origem biológica: – mantendo os produtos sem microrganismos (assepsia); – removendo os microrganismos existentes (filtração); – inibindo o crescimento e atividades microbianas, por exemplo, pelo emprego de baixas temperaturas, condições anaeróbias, conservantes químicos, etc.; – destruindo os microrganismos, por exemplo, por calor ou radiação. – Cada microorganismo possui uma temperatura ideal para o seu crescimento e uma temperatura abaixo da qual não consegue multiplicar ou se multiplica em uma velocidade muito lenta. • A refrigeração dificulta, mas não impede o crescimento dos microorganismos. • Exemplos de microrganismos que crescem a baixas temperaturas – Cladosporium e Sporotrichum : -7°C – Penicillium e Monilia: - 4°C – Certas leveduras: -2° a - 4°C – Bactérias psicrófilas: -4° a - 7°C ( Ex: Pseudomonas, Achromobacter e Micrococcus) 2 Efeito da Temperatura sobre microrganismos Figura 3 – Classes de microorganismos, segundo a temperatura. M.O. patogênicos e a maioria dos deterioradores de medicamentos e alimentos. (MADIGAN, 2003). • Congelamento: para que um produto congele há formação de gelo e para isso são necessárias temperaturas muito baixas, normalmente abaixo de - 18°°°°C. • Quando o produto é congelado, além da temperatura muito baixa prejudicar os microorganismos, a formação do gelo diminui a quantidade de água do produto que poderia ser utilizada para o crescimento dos microorganismos, fazendo com que possa ser conservado por longos períodos de tempo, meses e até anos. • congelamento é um processo relativamente caro porque depois de congelado o produto deve ser mantido a baixas temperaturas até o momento do seu consumo, devendo-se evitar ao máximo que o mesmo seja descongelado e novamente congelado, pois isto pode prejudicar as qualidades do produto. DIFERENÇAS ENTRE REFRIGERAÇÃO E CONGELAMENTO CONGELAMENTO • Operação unitária na qual a temperatura do produto é reduzida abaixo do seu ponto de congelamento, sendo que uma elevada proporção da água presente no produto transforma-se em gelo. • Enquanto a água pura congela-se a 0oC, os pontos de congelamento das matérias primas e medicamentos dependem das quantidades de solutos dissolvidas na sua água de constituição. 3 CONGELAMENTO • Para que um produto congele há formação de gelo e para isso são necessárias temperaturas muito baixas, normalmente abaixo de - 18°°°°C. • Quando o produto é congelado, além da temperatura muito baixa prejudicar os microorganismos, a formação do gelo diminui a quantidade de água do produto que poderia ser utilizada para o crescimento dos microorganismos, fazendo com que possa ser conservado por longos períodos de tempo, meses e até anos. • congelamento é um processo relativamente caro porque depois de congelado o produto deve ser mantido a baixas temperaturas até o momento do seu consumo, devendo- se evitar ao máximo que o mesmo seja descongelado e novamente congelado, pois isto pode prejudicar as qualidades do produto. APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA • Manter a qualidade original de matérias- primas, principalmente as de origem biológica, até sua transformação industrial ou encaminhamento para outros processos: • Exemplos de princípios ativos de origem biológica: – quinino é obtido pela extração da casca da quina – morfina e a codeína são isolados do ópio, – teobromina das cascas do cacau, – cafeína provém da descafeinação do café ou de chá. – insulina é isolada do pâncreas. APLICAÇÕES NA INDÚSTRIA FARMACÊUTICA • Conservação de medicamentos constituídos por substâncias de origem biológica que devem ser conservados sob refrigeração para evitar sua deterioração pelo calor ou por microrganismos. • Um produto biológico é qualquer vírus, soro terapêutico, toxina, antitoxina, vacinas ou produtos análogos usados na prevenção ou tratamento de enfermidades diversas. Muitos destes produtos Outros usos: cristalização, para facilitar operações como descascamento de certos produtos vegetais e corte e moagem de outras matérias primas biológicas. • É muito usada na técnica laboratorial para resfriar misturas reagentes exotérmicas, para promover a condensação de vapores, para aumentar a solubilidade de gases na água, e • Na liofilização (secagem pelo frio, freeze drying) e na crioconcentração. PRODUÇÃO DO FRIO - INSTALAÇÕES FRIGORÍFICAS • A maior parte dos processos de refrigeração baseia-se em uma mudança de fase à baixa temperatura, a qual está ligada à uma absorção de calor – evaporação de um líquido (NH3, freons) – sublimação de um sólido (gelo seco) – fusão de um sólido, p.ex. gelo����água: 333 kJ/kg: calor latente de fusão PRODUÇÃO DO FRIO: ����instalações mecânicas • ciclo de refrigeração é composto por um processo de evaporação à baixa pressão e baixa temperatura, seguido por outro de compressão e por uma condensação a temperatura ambiente, à pressão elevada. • líquido à pressão elevada passa do condensador ao coletor e então ao evaporador por meio de uma válvula reguladora reiniciando o ciclo. CONDENSADOR VÁLVULA DE EXPANSÃO COMPRESSOR EVAPORADOR PARTES BÁSICAS DE UM SISTEMA DE FRIO: • compressor, • condensador, • válvula reguladora, • evaporador 4 É impossível a construção de um dispositivo que, por si só, isto é, sem intervenção do meio exterior, consiga transferir calor de um corpo para outro de temperatura mais elevada –Clausius. Sistema de frio SISTEMA DE FRIO Compressor: • Composto por uma bomba vertical ou horizontal, aspirante-premente � comprime o gás que saiu do evaporador, fornecendo à substância refrigerante o calor que foi perdido no evaporador 5 COMPRESSOR COMPRESSORES Condensador: • formado por uma série de tubos de diâmetros diversos, unidos em curvas e, às vezes dotados exteriormente de hélices que melhoram a transferência de calor. • O gás que vem do compressor liquefaz-se ao entrar em contato com a superfície fria do condensador. O líquido é enviado ao depósito de líquido • condensador é resfriado por: – por uma corrente de água que se distribui em forma de chuva de cima para baixo pela sua parte externa – por imersão em água – pela circulação de ar CONDENSADOR CONDENSADOR CONDENSADOR 6 EVAPORADOR • Evaporador ou resfriador: geralmente é formado por uma série de tubos (serpentinas) que se encontram no interior da câmara que recebe o produto. • A substância refrigerante, sob forma líquida, necessita de calor (calor latente de vaporização) para passar ao estado gasoso. • Assim a evaporaçãoda substância refrigerante dentro do evaporador retira calor do ambiente, e consequentemente do produto que se resfriará • Sob forma gasosa, o refrigerante volta ao compressor fechando o ciclo. EVAPORADOR EVAPORADOR EVAPORADOR EVAPORADOR FLUIDO REFRIGERANTE: • 1- Fluido refrigerante: é a substância que troca calor com o meio que vai ser refrigerado, • Seleção de um refrigerante � efetuado com base em suas características desejáveis 7 CARACTERÍSTICAS IDEAIS DE UM FLUIDO REFRIGERANTE: • apresentar elevado calor latente de vaporização: para uma capacidade de refrigeraçào determinada, quanto maior o calor latente de vaporização, menor a vazão de refrigerante em circulação necessária • possuir baixo ponto de ebulição: quanto mais baixa a temperatura de ebulição, menores as temperaturas alcançadas • não ser inflamável nem explosiva: por questões de segurança • não deve ser corrosiva: o refrigerante não deve ser corrosivo aos materiais de construção do sistema (ataque mínimo aos metais que constituem as tubulações e equipamentos) nem alterar os óleos lubrificantes CARACTERÍSTICAS IDEAIS DE UM FLUIDO REFRIGERANTE (cont.): • não deve ser tóxica ao homem: por razões de segurança • não deve exigir pressões muito elevadas para condensar: uma pressão de condensação muito alta exige uma grande inversão em compressores mais potentes • estabilidade química: o refrigerante deve ser quimicamente estável • detecção de vazamentos: em caso de ocorrer vazamentos deve ser facilmente detectável • impacto ambiental: o refrigerante liberado nos possíveis vazamentos do sistema não deve produzir danos ao meio ambiente �potencial de redução da camada de ozônio e de aquecimento global • deve ser de baixo custo e fácil disponibilidade PROPRIEDADES DE ALGUNS REFRIGERANTES A amônia é muito usada pelas seguintes razões: •é relativamente barata •não é inflamável •facilmente identificada •possui baixo ponto de ebulição (-33,3°°°°c) •facilmente condensável •alto calor latente de vaporização (326/kg) •no estado seco não é corrosiva, mas poderá, quando umedecida formar complexos com cobre e bronze •é um gás irritante podendo causar asfixia em pequenas quantidades 8 SISTEMA DE FRIO SISTEMA DE FRIO REFRIGERAÇÃO MÉTODOS DE REFRIGERAÇÃO • RESFRIAMENTO A AR �câmaras frigoríficas, leito fluidizado, • RESFRIAMENTO A VÁCUO: ao evaporar a água provoca o resfriamento do produto � matérias primas fitoterápicos • RESFRIAMENTO A ÁGUA (HIDRO- RESFRIAMENTO) � fitoterápicos TRANSFERÊNCIA DE CALOR NO CONGELAMENTO • eliminar o calor sensível do medicamento � até alcançar a temperatura de congelamento. Nos vegetais (matérias- primas fitoterápicas) deve-se eliminar também o calor gerado pela respiração • Q= mcp∆∆∆∆T • eliminar o calor latente de congelamento, � o que provoca a formação de cristais de gelo • Q = mλλλλcongelamento 9 TIPOS DE CONGELAMENTO • O tamanho e a localização dos cristais de gelo formados nos tecidos, o que influencia a extensão das modificações na textura do produto, dependem da velocidade de congelamento : • CONGELAMENTO LENTO: demora de 3 a 12 horas, ocorre um decréscimo gradual da temperatura �há formação de grandes cristais de gelo no interior das células e também nos espaços intercelulares. • CONGELAMENTO RÁPIDO: � abaixamento brusco da temperatura � há formação de pequenos cristais de gelo, principalmente no interior da célula. CONGELAMENTO LENTO • Processo demorado (horas) • Diminuição gradativa da temperatura até atingir-se o valor desejado • Formação de um número pequeno de cristais de gelo, com estrutura cristalina regular • Formação de grandes cristais de gelo no interior das células e principalmente nos espaços intercelulares o que provoca rompimento das células CONGELAMENTO LENTO CONGELAMENTO RÁPIDO • Abaixamento brusco da temperatura • Formação de pequenos cristais de gelo, principalmente no interior das células. • Dificulta a formação de soluções hipertônicas • São formados um grande número de pequenos cristais CONGELAMENTO RÁPIDO FATORES QUE DETERMINAM A VELOCIDADE DE CONGELAMENTO • Temperatura inicial do produto • Temperatura do liquido refrigerante e da câmara frigorífica • Velocidade do ar • Composição, forma e tamanho do produto • Tipo de embalagem utilizada 10 PROCESSOS DE CONGELAMENTO • Processos convectivos: englobando congelamento por ar, congelamento em leito fluidizado, congelamento por imersão, • Congelamento criogênico: uso de gases liquefeitos com ponto de congelamento baixo: nitrogênio (-195oC) e CO2 (-80oC) • Processos por contato: englobando congeladores de placas e de superfícies raspadas A velocidade de congelamento e a formação de cristais de gelo A temperatura final de congelamento e a formação de cristais de gelo CONGELADOR DE SUPERFÍCIE RASPADA Congelador criogênico de N2 líquido. A: zona de pré-resfriamento; B: zona de congelamento; C: zona de equilíbrio; e D: zona de vitrificação. Esquema de congelador por imersão. 11 Túnel de congelamento de Frick, com esteira e carros para o transporte dos alimentos. CÂMARA FRIGORÍFICA CARACTERÍSTICAS DE UMA CÂMARA FRIA • A temperatura deve ser baixa e constante • Os motores e outras partes da instalação devem se situar fora da câmara. Apenas o evaporador fica dentro da câmara • Deve ser perfeitamente isolada do exterior por isolantes: là de vidro, poliestireno expandido (Isopor), fibra de madeira aglomerada (como o Eucatex), cortiça, etc. • Quando muito grandes devem possuir uma ante- câmara ou cortina de ar ����para minimizar a perda de frio • Devem apresentar um mínimo de portas com paredes duplas isoladas, que garantam total vedação quando fechadas CARACTERÍSTICAS DE UMA CÂMARA FRIA (cont.) • Devem apresentar um mínimo de portas com paredes duplas isoladas, que garantam total vedação quando fechadas • A iluminação deve ser artificial- nunca receber raios diretos do sol • Se possuírem janelas: janelas de paredes duplas da vidro (com câmaras de ar entre as mesmas) voltadas para a face de menor insolação • Devem possuir: – Registro e Controle de temperatura (termômetro de máx- min,) termômetro de alarme – Controle de umidade (higrômetro, psicrômetro) – termostatos – termógrafos CÂMARA FRIGORÍFICA 12 CÂMARA FRIA –CONVECÇÃO NATURAL CÂMARA FRIA –CONVECÇÃO FORÇADA Câmara frigorífica modular 13 REDE DE FRIO- DISTRIBUIÇÃO DE VACINAS 14 CONGELAMENTO CRIOGÊNICO tanque criogênico mostrando o armazenamento de amostras mergulhadas em nitrogênio líquido a -196°C (A) ou na sua fase de vapor a -150°C (B) CONGELAMENTO POR AR Resfriamento a ar – túneis lineares com uma esteira Túneis lineares com várias esteiras Tunel de congelamento 15 Túnel de congelamento CONGELAMENTO POR CONTATO (PLACAS) CONGELAMENTO POR CONTATO (PLACAS) CONGELAMENTO POR AR Freezer em espiral CONGELAMENTO POR AR 16 CURVA DE CONGELAMENTO LENTO CONGELAMENTO POR IMERSÃO CONGELAMENTO POR AR CONGELAMENTO POR IMERSÃO CONGELADOR DE LEITO FLUIDIZADO CONGELAMENTO POR AR 17 CONGELAMENTO POR AR CONGELA MENTO POR AR ESTOCAGEM DE MEDICAMENTOS TERMOLÁBEIS ESTOCAGEM DE MEDICAMENTOS TERMOLÁBEIS Para os medicamentos que não podem sofrer variações excessivas de temperatura, deve ser observado o seguinte: – -O local de estocagem deve manter uma temperatura constante, ao redor de 20ºC (± 2º) – - As medições de temperatura devem ser efetuadas de maneira constante e segura, com registros escritos. – -Deverão existir sistemas de alerta que possibilite detectar defeitos no equipamento de ar condicionado para pronta reparação. CONDIÇÕESAMBIENTAIS para estocagem de medicamentos e imunobiológicos Condição TEMPERATURA TEMPERATURA TRANSPORTE AMBIENTE 25 ° C 15 - 30 ° C RESFRIADO 8 - 15 ° C - REFRIGERADO 2 - 8 ° C - CONGELADO - 20 a - 10 ° C - Fonte: U.S. Pharmacopeia, 2006 LEGISLAÇÃO ARMAZENAMENTO DE MEDICAMENTOS ARMAZENAGEM E DISTRIBUIÇÃO • LEI 6360/76 • DECRETO 79094/77 • PORTARIA 802/98 • RDC 210/03 • MP 2190-34/01 • RDC 320/02 • RES MERCOSUL 49/02 • RDC 55/05 • RDC 204/06 • RDC 222/06 • RDC 25/07 IMPORTAÇÃO E ARMAZÉNS ALFANDEGADOS • PORTARIA 185/99 • RDC 346/02 • RDC 199/05 • RDC 350/06 • RDC 217/06 TRANSPORTE • PORTARIA 1052/98 • RDC 329/99 18 ESTOCAGEM DE MEDICAMENTOS IMUNOBIOLÓGICOS (VACINAS E SOROS) • Esses produtos, para manterem suas efetividades de uso, requerem condições ótimas de estocagem, especialmente no que se refere a temperatura. Devem ser observadas: – -O manuseio de medicamentos imunobiológicos deve ter prioridade em relação aos demais, bem como sua liberação para entrega. – -Deve ser evitada, ao máximo, a exposição desses produtos a qualquer tipo de luz. – -As áreas de estocagem devem ser em equipamento frigorífico, constituído de refrigeradores, "freezer" e câmaras frias. ESTOCAGEM DE MEDICAMENTOS IMUNOBIOLÓGICOS (VACINAS E SOROS) cont. • - Refrigerador é o equipamento que permite temperaturas entre 4ºC e 8ºC. • -"Freezer" é o equipamento que permite temperaturas não superiores a - 10º. • -Câmara fria é o equipamento que permite temperaturas entre 8ºC e 5ºC. • - Os equipamentos frigoríficos devem ser controlados diariamente por: • -Termógrafos, nas câmaras frias. • -Termômetros de máxima e mínima em refrigeradores e "freezer". • -As medições de temperatura efetuadas devem ser registradas diariamente pelo responsável pelo almoxarifado e, qualquer anormalidade, corrigida no mais breve espaço de tempo. ESTOCAGEM DE MEDICAMENTOS IMUNOBIOLÓGICOS (VACINAS E SOROS) cont. • - A distribuição dos produtos dentro dos equipamentos frigoríficos deve permitir a livre circulação do ar frio entre as diversas embalagens contidas nos mesmos. • - No caso das câmaras frias é aconselhável a existência de ante-câmaras para evitar a perda desnecessárias de frio, quando da abertura das portas dessas câmaras. • - As entradas e retiradas de produtos de qualquer equipamento frigorífico devem ser programadas antecipadamente, visando diminuir, ao máximo, as variações internas da temperatura. ESTOCAGEM DE MEDICAMENTOS IMUNOBIOLÓGICOS (VACINAS E SOROS) cont. • Os equipamentos frigoríficos devem estar permanentemente em funcionamento, ligados a rede elétrica local e sempre que possível, possuindo uma rede alternativa de energia (gerador) para atender eventuais faltas de energia no sistema. • Cada equipamento do sistema frigorífico deve ter ligações exclusivas para evitar sobrecarga de energia elétrica e facilitar seu controle de uso. • Tanto os refrigeradores como os "freezers", devem ser aproveitados também para a produção de gelo, a ser utilizado na remessa dos produtos que ele contém, numa eventual falha do seu sistema interno de resfriamento ESTOCAGEM DE MEDICAMENTOS IMUNOBIOLÓGICOS (VACINAS E SOROS) cont. • - Todo o pessoal do almoxarifado, especialmente os ligados a estocagem de medicamentos imunobiológicos, deve estar familiarizado com as técnicas de estocagem desses produtos, para familiarizado com as técnicas de estocagem desses produtos, para poder atender qualquer situação de emergência, conseqüente a um eventual corte de energia ou defeito no sistema de refrigeração. • - Todos os equipamentos, geladeiras, "freezer" e câmaras frias, devem possuir um sistema de alarme confiável, que indique prontamente qualquer tipo de anormalidade em seu funcionamento. 19 CLÍNICA DE VACINASCLÍNICA DE VACINAS 1-Documentos exigidos 2-Sala de vacinas 3-Rede ou cadeia do frio Armazenamento e Conservação Distribuição e Transporte Manipulação de produtos 1-Documentos exigidos 2-Sala de vacinas 3-Rede ou cadeia do frio Armazenamento e Conservação Distribuição e Transporte Manipulação de produtos DOCUMENTOS EXIGIDOS PARA UMA CLÍNICA DE VACINAS 1-Alvará de funcionamento – emitido pela Prefeitura 2-Registro junto ao Conselho Regional de Medicina – com indicação de responsável técnico 3-Licença da Vigilância Sanitária e protocolos de renovação 4-Registro junto à Secretaria Municipal ou Estadual de Saúde • Veja as normas antes de qualquer iniciativa – mais detalhes na Sociedade Brasileira de Imunizações – www.sbim.org.br REDE OU CADEIA DE FRIO É o processo que compreende o Armazenamento, Conservação, Distribuição, Transporte e Manipulação de produtos em condições adequadas de temperatura, desde o laboratório produtor até o momento em que a vacina é aplicada. CLÍNICA DE VACINAS 1-Destinada apenas a conservação e aplicação de imunobiológicos (vacinas e soros homólogos e heterólogos) 2-Paredes totalmente azulejadas ou impermeabilizadas 3-Piso lavável (piso frio, mármore, granito, etc.) 4-Pia de granito, mármore ou aço inox 5-Balcão para preparo dos imunobiológicos 6-Evitar cortinas, fontes de calor e luz solar direta 20 ARMAZENAMENTO: Equipamentos recomendadosARMAZENAMENTO: Equipamentos recomendados Câmara de conservação Câmara de conservação Geladeira tipo doméstica Geladeira tipo doméstica GELADEIRA DO TIPO DOMÉSTICO Critérios e cuidados básicos GELADEIRA DO TIPO DOMÉSTICO Critérios e cuidados básicos 1-Capacidade mínima de 280 litros 2-Congelador/Evaporador interno 3-Refrigerador duplex – não recomendado 4-Usar tomada exclusiva para o refrigerador 5-Retirar a lâmpada interna do refrigerador 6-Manter distante do sol e de possíveis fontes de calor 7-Deve estar nivelado e afastado 20 cm da parede 8-Não armazenar nada na porta 1-Capacidade mínima de 280 litros 2-Congelador/Evaporador interno 3-Refrigerador duplex – não recomendado 4-Usar tomada exclusiva para o refrigerador 5-Retirar a lâmpada interna do refrigerador 6-Manter distante do sol e de possíveis fontes de calor 7-Deve estar nivelado e afastado 20 cm da parede 8-Não armazenar nada na porta GELADEIRA DO TIPO DOMÉSTICO Critérios e cuidados básicos GELADEIRA DO TIPO DOMÉSTICO Critérios e cuidados básicos 9-Fazer degelo a cada 15 dias ou quando necessário 10-Não armazenar outros produtos (alimentos, bebidas, sangue, exames de laboratório, etc.) 11-Não colocar qualquer elemento na geladeira que dificulte a circulação interna de ar 12-Fazer a leitura da temperatura diariamente, no início e no final da jornada de trabalho 13-Vacinas multidose: ao abrí-las colocar etiqueta com data e hora da abertura do frasco. 9-Fazer degelo a cada 15 dias ou quando necessário 10-Não armazenar outros produtos (alimentos, bebidas, sangue, exames de laboratório, etc.) 11-Não colocar qualquer elemento na geladeira que dificulte a circulação interna de ar 12-Fazer a leitura da temperatura diariamente, no início e no final da jornada de trabalho 13-Vacinas multidose: ao abrí-las colocar etiqueta com data e hora da abertura do frasco. CONGELADOR Gelo reciclável 1a. Prateleira Vacinas tipo 1 2a. Prateleira Vacinas tipo 2 3a. Prateleira Estoque, soros, diluentes Prateleira inferior Garrafas com água colorida CONGELADOR No congelador (evaporador) colocar gelo reciclável, na posição vertical, ocupando todo o espaço. No caso das câmaras de conservação não existe o evaporador. O gelo reciclável serve para manter a temperatura baixa em caso de defeito ou falta de energia elétrica. Congelador Congelador PRIMEIRA PRATELEIRA AQUI DEVEM SER COLOCADAS AS VACINAS QUE PODEM SER SUBMETIDAS A TEMPERATURAS NEGATIVAS. SÃO AS VACINAS MAIS SENSÍVEIS AO CALOR.PRIMEIRA PRATELEIRA AQUI DEVEM SER COLOCADAS AS VACINAS QUE PODEM SER SUBMETIDAS A TEMPERATURAS NEGATIVAS. SÃO AS VACINAS MAIS SENSÍVEIS AO CALOR. SÃO ELAS: VACINAS DA POLIOMIELITE, SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA, TRÍPLICE E DUPLA VIRAL, FEBRE AMARELA, VARICELA. DEVEM SER COLOCADAS EM BANDEJAS PERFURADAS PARA PERMITIR A CIRCULAÇÃO DE AR OU NAS PRÓPRIAS EMBALAGENS DO LABORATÓRIO PRODUTOR. SÃO ELAS: VACINAS DA POLIOMIELITE, SARAMPO, CAXUMBA, RUBÉOLA, TRÍPLICE E DUPLA VIRAL, FEBRE AMARELA, VARICELA. DEVEM SER COLOCADAS EM BANDEJAS PERFURADAS PARA PERMITIR A CIRCULAÇÃO DE AR OU NAS PRÓPRIAS EMBALAGENS DO LABORATÓRIO PRODUTOR. 1a. Prateleira 21 Congelador SEGUNDA PRATELEIRA Aqui devem ser colocadas as Vacinas bacterianas, toxóides e hepatite B. São as vacinas mais sensíveis ao frio. Portanto, não podem ser submetidas a temperaturas negativas. SEGUNDA PRATELEIRA Aqui devem ser colocadas as Vacinas bacterianas, toxóides e hepatite B. São as vacinas mais sensíveis ao frio. Portanto, não podem ser submetidas a temperaturas negativas. Devem ser colocadas em cima de bandejas perfuradas para permitir a circulação de ar ou nas próprias embalagens do Laboratório produtor. Devem ser colocadas em cima de bandejas perfuradas para permitir a circulação de ar ou nas próprias embalagens do Laboratório produtor. 1a. Prateleira 2a. Prateleira Congelador SEGUNDA PRATELEIRASEGUNDA PRATELEIRA O termômetro de máxima e de mínima deve ser colocado em pé, na segunda prateleira, afixado com barbante ou arame. O termômetro de máxima e de mínima deve ser colocado em pé, na segunda prateleira, afixado com barbante ou arame. 1a. Prateleira 2a. Prateleira TERCEIRA PRATELEIRA Na terceira prateleira, podem ser colocados soros, diluentes e caixas com vacinas bacterianas. Deve-se ter o cuidado de permitir a circulação do ar entre as mesmas. Na prateleira inferior, se tiver gavetas plásticas, estas devem ser retiradas e preencher com garrafas de água coloridas. Isto contribui para estabilizar a temperatura. Congelador 1a. Prateleira 3a. Prateleira 2a. Prateleira prateleira inferior LIMPEZA DO REFRIGERADOR Rotineiramente deve-se proceder a limpeza do refrigerador, de preferência a cada 15 dias ou quando a camada de gelo atingir 0,5 cm. Para proceder a limpeza do refrigerador, retirar todas as vacinas e colocá-las em uma caixa de isopor a temperatura de +2 a +8°C. Após a limpeza, ligar novamente o refrigerador e manter a porta fechada por mais ou menos 3 horas a fim de estabilizar a temperatura. Quando a mesma estiver entre +2 a +8°C deve- se retornar as vacinas. LIMPEZA DO REFRIGERADORLIMPEZA DO REFRIGERADOR 1-Controlar a temperatura da caixa com termômetro de cabo extensor 2-Manter a caixa fora do alcance da luz solar 3-Manter longe de fontes de calor 4-Checar a temperatura constantemente (+2 A +8°C) 1-Controlar a temperatura da caixa com termômetro de cabo extensor 2-Manter a caixa fora do alcance da luz solar 3-Manter longe de fontes de calor 4-Checar a temperatura constantemente (+2 A +8°C) TERMÔMETRO DE CABO EXTENSORTERMÔMETRO DE CABO EXTENSOR 22 TRANSPORTE O transporte dos imunobiológicos deve respeitar as normas preconizadas de temperatura (+2 a +8°C), desde o local de armazenamento até o destino final. É preciso dispor de equipamentos como caixas térmicas, de tamanho próprio à quantidade do produto a ser transportado, bobinas de gelo reciclável, em quantidade suficiente para manter a temperatura durante todo o percurso, e termômetro de cabo extensor para monitoramento da temperatura. PRAZO DE VALIDADE Data limite para a utilização de um produto farmacêutico definida pelo fabricante, com base nos seus respectivos testes de estabilidade, mantidas as condições de armazenamento e transporte estabelecidos – RE 01/05 BOAS PRÁTICAS DE ARMAZENAGEM É a parte da garantia da qualidade onde assegura que os serviços prestados sejam controlados de modo consistente com padrões de qualidade apropriados para o desenvolvimento de todas as etapas de armazenagem de produtos – RDC 346/02 O ARMAZENADOR DEVE: • Atender requisitos do fabricante; • Atender a previsão de demanda de estoque/ movimentação; • Área deve ser adequada ao tipo de produto; • Utilização máxima do espaço = eficiência; • Adequação do Lay-out; • Delimitação de Áreas específicas. PRESENÇA EFETIVA DO RESPONSÁVEL TÉCNICO • Atividade do Farmacêutico é regulamentada pela RES CFF 365/01 (Distribuidoras) e RES CFF 433/05 (Transportadoras); • Gestão técnica, operacional e regulatória das atividades da empresa; • Figura essencial para tomada de decisões voltadas ao controle das operações e das necessidades dos clientes. ESTRUTURA FÍSICA • Administração; • Recepção; • Armazenamento; • Expedição; • Flexibilidade da área; • Iluminação e Ventilação adequados; • Piso, Teto e Paredes limpos e em boas condições; • Instalações sanitárias e lavatórios apropriados; • Área própria de alimentação dos funcionários; • Segurança e Rastreabilidade. 23 CONDIÇÕES AMBIENTAIS TEMPERATURA TEMPERATURA TRANSPORTE AMBIENTE 25 ° C 15 - 30 ° C RESFRIADO 8 - 15 ° C - REFRIGERADO 2 - 8 ° C - CONGELADO - 20 a - 10 ° C - Fonte: U.S. Pharmacopeia, 2006 CÂMARA FRIA • Especificação dos produtos; • Identificação dos produtos; • Controle de temperatura e umidade relativa; • Calibração dos equipamentos; • Validação; • Análise dos registros; • Plano de contingência. LOGISTICA DE ENTREGA DE MEDICAMENTOS Laboratórios Materiais promocionais, produtos de fornecedores e co-packers Produtos Importados Recebimento: Conferência, descarregamento, etiquetagem, put-away, repaletização e aplicação de stretch film quando necessário Armazenagem: produtos farmacêuticos secos, perecíveis, controlados e material promocional Gestão de estoques: rastreabilidade por lote, por pallet, por caixa e WMS Expedição: Separação por lotes (critério FEFO), sorting e conferência de lotes automatizados durante o carregamento. Serviços de valor agregado Serviço de atendimento ao cliente Gerenciamento de Transportes: Planejamento das transferências para o site. Gerenciamento de risco completo, incluindo serviço de rastreamento via satélite e escolta de veículos Serviço de Atendimento Rápido: entregas urgentes, quando acordado com o cliente Clientes Exportação Gerenciamento de Transportes: Planejamento e execução de todo o transporte para clientes finais, Gerenciamento de Risco, cumprimento de prazos e manutenção dos padrões de qualidade, manuseio especial para produtos perecíveis, oncológicos e para análises laboratoriais Empresa Laboratórios Materiais promocionais, produtos de fornecedores e co-packers Produtos Importados Recebimento: Conferência, descarregamento, etiquetagem, put-away, repaletização e aplicação de stretch film quando necessário Armazenagem: produtos farmacêuticos secos, perecíveis, controlados e material promocional Gestão de estoques: rastreabilidade por lote, por pallet, por caixa e WMS Expedição: Separação por lotes (critério FEFO), sorting e conferência de lotes automatizados durante o carregamento. Serviços de valor agregado Serviço de atendimento ao cliente Gerenciamento de Transportes: Planejamento das transferências para o site. Gerenciamento de risco completo, incluindo serviço de rastreamento via satélite e escolta de veículos Serviço de Atendimento Rápido: entregas urgentes, quando acordado com o cliente Clientes Exportação Gerenciamento de Transportes: Planejamento e execução de todo o transporte para clientes finais,Gerenciamento de Risco, cumprimento de prazos e manutenção dos padrões de qualidade, manuseio especial para produtos perecíveis, oncológicos e para análises laboratoriais Empresa Laboratórios Materiais promocionais, produtos de fornecedores e co-packers Produtos Importados Recebimento: Conferência, descarregamento, etiquetagem, put-away, repaletização e aplicação de stretch film quando necessário Armazenagem: produtos farmacêuticos secos, perecíveis, controlados e material promocional Gestão de estoques: rastreabilidade por lote, por pallet, por caixa e WMS Expedição: Separação por lotes (critério FEFO), sorting e conferência de lotes automatizados durante o carregamento. Serviços de valor agregado Serviço de atendimento ao cliente Gerenciamento de Transportes: Planejamento das transferências para o site. Gerenciamento de risco completo, incluindo serviço de rastreamento via satélite e escolta de veículos Serviço de Atendimento Rápido: entregas urgentes, quando acordado com o cliente Clientes Exportação Gerenciamento de Transportes: Planejamento e execução de todo o transporte para clientes finais, Gerenciamento de Risco, cumprimento de prazos e manutenção dos padrões de qualidade, manuseio especial para produtos perecíveis, oncológicos e para análises laboratoriais Empresa Laboratórios Materiais promocionais, produtos de fornecedores e co-packers Produtos Importados Recebimento: Conferência, descarregamento, etiquetagem, put-away, repaletização e aplicação de stretch film quando necessário Armazenagem: produtos farmacêuticos secos, perecíveis, controlados e material promocional Gestão de estoques: rastreabilidade por lote, por pallet, por caixa e WMS Expedição: Separação por lotes (critério FEFO), sorting e conferência de lotes automatizados durante o carregamento. Serviços de valor agregado Serviço de atendimento ao cliente Gerenciamento de Transportes: Planejamento das transferências para o site. Gerenciamento de risco completo, incluindo serviço de rastreamento via satélite e escolta de veículos Serviço de Atendimento Rápido: entregas urgentes, quando acordado com o cliente Clientes Exportação Gerenciamento de Transportes: Planejamento e execução de todo o transporte para clientes finais, Gerenciamento de Risco, cumprimento de prazos e manutenção dos padrões de qualidade, manuseio especial para produtos perecíveis, oncológicos e para análises laboratoriais Empresa FONTE: ECT-DR/SPM TRANSPORTE DE PRODUTOS TERMOSSENSÍVEIS • Uso de apropriado de elementos frios; • Caixas isotérmicas; • Containeres Refrigerados (Aéreo); • Caixas de Isopor validadas(Rodoviário); • Uso de Veículos refrigerados, isotérmicos e mantas térmicas; • Deve-se estabelecer período máximo de transporte, incluindo tempo de estocagem e trânsito. OBRIGAÇÕES LEGAIS • Identidade do P.A.; • Potência; • Pureza; • Qualidade. CARACTERÍSTICAS ESPECÍFICAS DO PRODUTO • Alta toxicidade; • Higroscopicidade; • Fotossensibilidade; • Termossensibilidade. 24 CONDIÇÕES INADEQUADAS PODEM CAUSAR: Alterações Químicas: Diminuição da potência ou alterações da composição do produto. Alterações Físicas: Modificações da forma farmacêutica. TRANSPORTE DE MEDICAMENTOS
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