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<p>Aula 43 - Profa.</p><p>Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos -</p><p>Curso Regular</p><p>Autor:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits</p><p>de Oliveira</p><p>31 de Janeiro de 2023</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Índice</p><p>..............................................................................................................................................................................................1) Introdução ao estudo das enfermidades do Sistema cardiovascular de cães e gatos para concurso 3</p><p>..............................................................................................................................................................................................2) Cardiopatias Congênitas em Cães e Gatos 9</p><p>..............................................................................................................................................................................................3) Arritmias Cardíacas 16</p><p>..............................................................................................................................................................................................4) Valvulopatias 18</p><p>..............................................................................................................................................................................................5) Cardiomiopatias em Cães 28</p><p>..............................................................................................................................................................................................6) Cardiomiopatia em Gatos 33</p><p>..............................................................................................................................................................................................7) Dirofilariose canina 39</p><p>..............................................................................................................................................................................................8) Insuficiência cardíaca congestiva 42</p><p>..............................................................................................................................................................................................9) Efusão Pericárdica e Tamponamento Cardíaco 45</p><p>..............................................................................................................................................................................................10) Hipertensão arterial sistêmica 48</p><p>..............................................................................................................................................................................................11) Questões Comentadas - Sistema Cardiovascular 53</p><p>..............................................................................................................................................................................................12) Lista de Questões - Sistema Cardiovascular 99</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2</p><p>122</p><p>1</p><p>APRESENTAÇÃO DO CURSO</p><p>Olá estrategistas, dando continuidade ao nosso Curso de Clínica Médica de Pequenos Animais vamos</p><p>aprender um pouco mais sobre Afecções do sistema cardiovascular de cães e gatos, para te auxiliar no</p><p>concurso desejado, objetivando seu sucesso. Nosso material é composto por teoria e questões, voltado para</p><p>provas objetivas e discursivas de concursos de Medicina veterinária.</p><p>Através desse material trazemos a vocês, alunos, uma visão direcionada e baseada em conteúdos</p><p>rotineiramente abordados em editais e provas de concursos da medicina veterinária. A forma de abordagem</p><p>de nosso curso atende tanto o aluno que está iniciando os estudos na área, como aquele que está estudando</p><p>há mais tempo, além de trazer conceitos importantes para facilitar o entendimento do conteúdo.</p><p>Para que nosso aprendizado seja mais bem fixado por você, estrategista, resolveremos e</p><p>discutiremos questões cobradas em outros concursos e algumas elaboradas por mim, especialmente para</p><p>nosso curso, de forma a levantar situações práticas que podem ser abordadas em sua prova. Dessa maneira,</p><p>buscamos abordar o conteúdo de forma dinâmica.</p><p>Em relação à nossa metodologia de estudo, traremos as aulas em .pdf com uma leitura de fácil</p><p>compreensão e assimilação, abordando todos os assuntos do edital de forma completa e direcionada,</p><p>aprofundando os assuntos mais importantes. Esse material trará uma série de esquemas, imagens, resumos</p><p>e questões com as informações que realmente importam para sua aprovação na vaga desejada.</p><p>Você terá ainda vários canais de contato direto e pessoal com o Professor. Por meio do fórum de</p><p>dúvidas, e-mail, WhatsApp e Telegram. Dessa forma poderemos sanar juntos todas as dúvidas que surgirem</p><p>no decorrer do estudo.</p><p>Teremos ainda videoaulas que irão complementar seu estudo, com uma didática leve e</p><p>compreensível, traremos os tópicos principais dos assuntos mais pedidos em editais passados. Assim, você</p><p>vai poder revisar o conteúdo e complementar seu estudo. E, é claro, revisões pontuais para te deixar</p><p>preparado para o dia da prova.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3</p><p>122</p><p>2</p><p>Essas VIDEOAULAS são um complemento ao nosso .pdf e NÃO ATENDEM A TODOS OS PONTOS QUE</p><p>VAMOS ANALISAR NOS NOSSOS LIVROS ELETRÔNICOS. Por vezes, haverá aulas com vários vídeos; outras</p><p>que terão videoaulas apenas em parte do conteúdo; e outras, ainda, que não conterão vídeos. Nosso foco</p><p>é, sempre, o estudo ativo!!!!</p><p>Então vamos começar e trilhar juntos a sua jornada de APROVAÇÃO no concurso desejado! Bom</p><p>estudo!! E contem comigo.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>4</p><p>122</p><p>3</p><p>APRESENTAÇÃO PESSOAL</p><p>Farei agora uma apresentação pessoal, para que você me conheça melhor. Meu nome é Graziela</p><p>Kopinits de Oliveira. Sou graduada em Medicina Veterinária pela Universidade Federal Rural de Pernambuco</p><p>(UFRPE). Realizei meu mestrado em Cirurgia Veterinária pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e</p><p>o doutorado em Ciência Veterinária, com ênfase em cirurgia, pela Universidade Federal Rural de Pernambuco</p><p>(UFRPE).</p><p>Fui docente durante sete anos na graduação, em faculdades da rede privada, nas áreas de clínica e</p><p>cirurgia de cães e gatos, aprimorando dessa forma minha didática. Além disso fui preceptora e professora de</p><p>curso de aprimoramento na área de clínica e cirurgia de pequenos animais.</p><p>Minha experiência em concurso público se deu através da realização e aprovação em concursos de</p><p>residência (UFRPE), no último concurso do Ministério da Agricultura (MAPA) - o qual, mesmo sendo</p><p>convocada, não assumi a vaga - e no cargo que exerço atualmente, como médico Veterinário (TAE) na</p><p>Universidade Federal de Alagoas (UFAL), na área de cirurgia de cães e gatos.</p><p>Tenho ainda um capítulo no livro impresso "Tratado de técnica cirúrgica veterinária", sobre técnicas</p><p>e instrumentais ortopédicos, além de apostilas e alguns artigos publicados, que me treinaram para o</p><p>desenvolvimento do material que usaremos em nosso curso.</p><p>Deixarei abaixo meus contatos para quaisquer dúvidas ou sugestões. Terei o prazer em orientá-los da</p><p>melhor forma possível nesta caminhada que estamos iniciando para sua aprovação.</p><p>E-mail: grakopinits@gmail.com</p><p>WhatsApp: 81993706066</p><p>Telegram: @grakopinits</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>que causa alterações cardíacas por diversos mecanismos, como o efeito direto</p><p>do hormônio tireoidiano sobre o miocárdio, o estado hipermetabólico em que o paciente se encontra, a</p><p>hipertensão sistémica, o aumento do débito cardíaco, a vasodilatação periférica ou a ativação do sistema</p><p>nervoso simpático. Os sinais clínicos e resultados de exames complementares apresentados no caso são</p><p>compatíveis com cardiomiopatia hipertrófica, cujo tratamento consiste no uso de Para tratamento da</p><p>cardiomiopatia hipertrófica deve-se utilizar a associação de betabloqueador, como o propanolol (inibe as</p><p>respostas cronotrópicas, inotrópicas e vasoconstritoras causadas pelas catecolaminas), bloqueador de canais</p><p>de cálcio, como o diltiazem (diminui a frequência cardíaca e a contratilidade do miocárdio, diminuindo a</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>36</p><p>122</p><p>5</p><p>demanda de oxigênio pelo musculo cardíaco), inibidores da enzima de conversão da angiotensina, como o</p><p>benazepril (anti-hipertensivo) e diurético, como a furosemida (controla o edema pulmonar e o derrame</p><p>pleural).</p><p>O esquema abaixo traz os objetivos do tratamento para cardiomiopatia hipertrófica felina:</p><p>O tratamento baseado na classificação do consenso do College of Veterinary Internal Medicine de</p><p>cardiomiopatias em gatos deve ser realizado da maneira a seguir:</p><p>Animais em estágio A da doença devem ser monitorados para desenvolvimento de sinais da doença</p><p>miocárdica.</p><p>Em pacientes com cardiomiopatia em estágio B1 é recomendado monitoração anual quanto ao</p><p>desenvolvimento de hipertrofia do átrio esquerdo e geralmente o tratamento não é recomendado (baixo</p><p>risco). Animais em estágio B2 irão receber tromboprofilaxia com clopidogrel quando fatores de risco para</p><p>tromboembolismo estão presentes. Em gatos com risco muito elevado de tromboembolismo, o clopidogrel</p><p>deve ser associado à aspirina, ou a um inibidor do fator Xa. Felinos B2 devem ser monitorados quanto à</p><p>progressão da doença e desenvolvimento de sinais clínicos. Pacientes apresentando ectopia ventricular</p><p>devem ser tratados com atenolol ou sotalol.</p><p>Gatos em estágio C devem ser tratados para a insuficiência cardíaca aguda descompensada, seguida</p><p>de terapia de manutenção. Animais com edema pulmonar ou derrame pleural devem receber centese</p><p>cavitaria e diurético (furosemida). A administração de oxigênio suplementar deve ser realizada quando a</p><p>Cardiomiopatia</p><p>hipertrófica</p><p>Melhorar o</p><p>enchimento</p><p>ventricular.</p><p>Diminuir a</p><p>congestão.</p><p>Minimizar a</p><p>isquemia</p><p>Evitar o</p><p>tromboembolis</p><p>mo</p><p>Controlar as</p><p>arritmias.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>37</p><p>122</p><p>6</p><p>dificuldade respiratória está presente e sedação com um ansiolítico (butorfanol) quando necessário para</p><p>redução da excitação. O estresse deve ser minimizado (manuseio cuidadoso, ambiente silencioso). O</p><p>pimobendan deve ser utilizado em pacientes com sinal de baixo débito cardíaco, se não houver obstrução</p><p>do fluxo ventricular esquerdo, ou, em casos sem resposta a esse medicamento, infusão contínua de</p><p>dobutamina deve ser considerada. Assim que estabilizado, é recomendado que os gatos tenham alta e seja</p><p>instituído o tratamento de manutenção. Normalmente, este tratamento consiste em furosemida,</p><p>antitrombótico profilático, pimobendan e monitoramento em intervalos de 2 a 4 meses ou conforme</p><p>necessário.</p><p>No estágio D, a torsemida ou espironolactona podem ser consideradas no lugar da furosemida.</p><p>Pimobendan é recomendado. Em relação à terapia dietética, a suplementação de taurina deve ser realizada</p><p>se necessária e alimentos com alto teor de sal evitados. O balanceamento proteico da dieta deve ser uma</p><p>prioridade para evitar desenvolvimento de caquexia cardíaca. A analgesia é uma prioridade para o manejo</p><p>do tromboembolismo agudo. O tratamento de emergência com anticoagulante é recomendado com</p><p>heparina de baixo peso molecular ou heparina não fracionada, ou um inibidor do fator Xa. Furosemida e</p><p>oxigenoterapia são recomendados conforme necessário. Recomenda-se que o clopidogrel seja iniciado</p><p>assim que o gato puder tolerar medicamentos por via oral.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>38</p><p>122</p><p>Dirofilariose canina</p><p>A dirofilariose é uma cardiopatia parasitária que tem como agente etiológico a Dirofilaria immitis,</p><p>um nematoide, cujo hospedeiro definitivo é o cão. É transmitida por várias espécies de mosquito, sendo</p><p>estes os hospedeiros intermediários da doença, sobretudo os da família Culicidae dos gêneros Aedes,</p><p>Anopheles e Culex.</p><p>Cães com 3 a 5 anos de idade são mais predispostos, mas animais mais jovens ou idosos também</p><p>podem ser parasitados. Machos são mais afetados que fêmeas, bem como cães de raças de médio e grande</p><p>porte. A infecção em gatos é menos comum.</p><p>O ciclo do parasita é importante para a compreensão da infecção. A fêmea irá liberar microfilárias</p><p>(L1) na corrente sanguínea do hospedeiro parasitado, o mosquito ingere as microfilárias, ou primeiro estágio</p><p>larval (L1) ao tomar o sangue desse hospedeiro. As microfilárias chegam aos túbulos de Malpighi dos</p><p>mosquitos e sofrem, consecutivamente, as mudas para larva de segundo e terceiro estágio (L2 e L3), o que</p><p>leva de 1 a 2,5 semanas. As larvas L3 migram pelo tecido subcutâneo do novo hospedeiro, virando L4 dentro</p><p>de 9 a 12 dias e, em seguida, muda para o estágio L5 (final) em 2 a 3 meses após a infecção inicial,</p><p>parasitando principalmente as artérias pulmonares e sistema cardiovascular.</p><p>Podem ocorrer ainda migrações ectópicas do filarídeo para olho, o sistema nervoso central, cavidade</p><p>peritoneal, artérias sistêmicas ou tecido subcutâneo e muscular.</p><p>A bactéria Wolbachia pipientis tem um papel importante na dirofilariose, pois exerce uma relação</p><p>de simbiose com o filarídeo, essa bactéria é importante na patogenicidade, pois interage com o sistema</p><p>imunitário do hospedeiro definitivo.</p><p>Os sinais clínicos da dirofilariose dependem diretamente da carga parasitária e da resposta do</p><p>hospedeiro ao filarídeo e muitos pacientes permanecem assintomáticos. Geralmente as manifestações</p><p>clínicas estão relacionadas ao sistema cardiopulmonar, mas alguns pacientes apresentam a forma hepática</p><p>(síndrome da veia cava: depressão, dispneia, mucosas hipocoradas, pulso hipocinético e icterícia), renal</p><p>(glomerulonefrite e proteinúria) ou cutânea (nódulos, pápulas ulceradas e placas).</p><p>Pode haver alterações de comportamento (agitados ou apáticos), perda de peso, intolerância ao</p><p>exercício, ascite, edema dos membros, síncope, dificuldade respiratória, tosse, congestão hepática,</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>39</p><p>122</p><p>hemoglobinúria e morte. Pacientes com a forma oculta da doença, decorrente do combate imunomediado</p><p>das microfilárias podem desenvolver síndrome da veia cava, insuficiência cardíaca congestiva e</p><p>pneumonite.</p><p>Durante auscultação cardíaca pode-se constatar som de galope e sopro no lado direito (tricúspide).</p><p>A Dirofilariose é diagnosticada através da detecção e identificação de microfilárias (técnica de Knott</p><p>modificada) e testes imunológicos (ELISA). Ao hemograma pode haver eosinofilia/basofilia, anemia não</p><p>regenerativa e trombocitopenia. Algumas vezes é possível visualizar a microfilária na lâmina sanguínea. Nos</p><p>casos de suspeita da forma oculta deve ser realizado o ELISA.</p><p>Em exames radiográficos poderá ser visibilizado o</p><p>aumento da silhueta cardíaca, principalmente do</p><p>lado direito e aumento do tamanho e da tortuosidade de vasos intra e interlobulares. O ecocardiograma</p><p>pode demonstrar os parasitas (duas linhas hiperecoicas paralelas) na artéria pulmonar, átrio ou ventrículo</p><p>direitos quando há grande carga parasitária. Com o modo doppler, a severidade da hipertensão pulmonar</p><p>pode ser avaliada. A eletrocardiografia ajuda a detectar arritmias.</p><p>O tratamento é complexo, e a eliminação do parasita deve ser feita de forma gradual para evitar</p><p>tromboembolismo e choque anafilático. O protocolo terapêutico deve ser realizado na seguinte sequência:</p><p>medicação adulticida, seguida do tratamento microfilaricida e por último a instituição de medidas</p><p>preventivas. O tratamento adulticida se baseia na aplicação de dicloridrato de melarsomina. Já para</p><p>combater as microfilárias pode-se utilizar ivermectina ou de milbemicina. O uso de doxiciclina é o</p><p>tratamento contra Wolbachia, devendo ser utilizada por 30 dias, visando promover a inibição do</p><p>desenvolvimento larvar, e esterilidade das fêmeas e o efeito adulticida. O tratamento profilático pode ser</p><p>realizado com lactonas macrocíclicas, como ivermectina, milbemicina, moxidectina e selamectina. A</p><p>remoção cirúrgica de vermes adultos pode ser realizado e traz benefícios para o paciente.</p><p>(Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2017) Em relação à dirofilariose canina é correto afirmar:</p><p>a) o parasitismo é exclusivamente cardiopulmonar.</p><p>b) a maioria dos animais parasitados exibe claramente sinais clínicos cardiopulmonares.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>40</p><p>122</p><p>==1365fc==</p><p>c) a doxiciclina tem efeito em larvas migratórias e adultos jovens.</p><p>d) apenas “a” e “b” estão corretas.</p><p>e) todas estão corretas.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A doxicicilna tem seu efeito no combate da</p><p>Wolbachia, uma bactéria simbiótica com o parasita em todos os estágios do desenvolvimento. O fármaco</p><p>resulta em combate essa bactéria, com inibição do desenvolvimento larval, esterilidade das fêmeas e efeito</p><p>adulticida.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>41</p><p>122</p><p>1</p><p>Insuficiência cardíaca congestiva</p><p>A insuficiência cardíaca congestiva (ICC) é a deficiência do coração em sustentar um débito cardíaco</p><p>adequado para perfusão tecidual, é caracterizada por alta pressão de enchimento cardíaco, o que leva a</p><p>congestão venosa e acúmulo de fluido nos tecidos, desencadeando o aparecimento de manifestações</p><p>clínicas de edema ou hipoperfusão tecidual. Essa hipoperfusão leva à ativação de mecanismos neuro-</p><p>hormonais compensatórios do sistema cardiovascular.</p><p>A insuficiência cardíaca pode acontecer por disfunção sistólica (incapacidade do coração de ejetar</p><p>quantidade regular de sangue, mesmo com retorno venoso adequado, ou diastólica, quando o enchimento</p><p>do ventrículo não ocorre de forma adequada.</p><p>Fonte: World Small Animal Veterinary Association World Congress Proceedings, 2014.</p><p>A insuficiência cardíaca congestiva é classificada conforme o lado afetado do coração. Dessa forma,</p><p>insuficiência cardíaca congestiva esquerda resulta em congestão venosa pulmonar e a insuficiência cardíaca</p><p>congestiva direita, resultando em congestão na circulação sistêmica.</p><p>Os sinais clínicos da ICC vão depender do lado do coração que está deficiente. Quando o paciente</p><p>canino apresenta ICC direita vão estar presentes sinais resultantes de congestão sistêmica, como ascite</p><p>(figura 3), derrame pleural e edema de membros. Em felinos, a manifestação clínica mais comum é o derrame</p><p>pleural. Já em cães e gatos com ICC esquerda, os sinais estarão relacionados com congestão pulmonar, com</p><p>consequente edema pulmonar. Manifestado clinicamente por tosse, dispneia e ortopneia.</p><p>INSUFICIÊNCIA</p><p>CARDÍACA</p><p>Síndrome associada a uma variedade de</p><p>distúrbios estruturais ou funcionais com</p><p>desfechos neuro-hormonais, hemodinâmicos,</p><p>renais e clínicos.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>42</p><p>122</p><p>2</p><p>Figura 1: Paciente canino apresentando aumento de volume abdominal decorrente de ascite causada por congestão sistêmica (ICC direita).</p><p>Fonte: arquivo pessoal.</p><p>Em casos de hiperfusão tecidual e hipotensão pode haver aumento do tempo de refluxo capilar,</p><p>mucosas hipocoradas ou cianóticas, intolerância ao exercício, letargia, inapetência, síncope e em alguns</p><p>casos extremidades frias ou cianóticas e choque cardiogênico. Durante a auscultação cardíaca pode haver</p><p>sopro, arritmia cardíaca ou som de galope. Já a auscultação pulmonar pode revelar sons compatíveis com</p><p>edema de parênquima pulmonar, como estertores e crepitações. Se efusão pleural estiver presente os sons</p><p>cardíacos e pulmonares estarão abafados.</p><p>A insuficiência cardíaca congestiva foi classificada em três estágios, pela International Small Animal</p><p>Cardiac Health Council, para facilitar o manejo da doença, no qual o estágio I engloba o paciente sem sinais</p><p>clínicos (Ia, doença cardíaca detectada, mas sem aumento cardíaco; Ib, aumento cardíaco presente, mas sem</p><p>sinais clínicos). O estágio II diz respeito a animais com doença cardíaca avançada, mas com insuficiência</p><p>cardíaca leve ou controlada com terapia médica. O estágio III se refere a pacientes com sinais de insuficiência</p><p>cardíaca avançada.</p><p>Em exames radiográficos anormalidades na forma e tamanho da silhueta cardíaca podem ser</p><p>visibilizados, bem como achados característicos de congestão venosa pulmonar (padrão</p><p>alveolar/intersticial). Se houver derrame pleural a radiografia irá revelar um aumento difuso da</p><p>radiopacidade na cavidade pleural. No eletrocardiograma poderá ser identificada taquicardia sinusal</p><p>(ativação do sistema nervoso simpático). Hipertrofia ventricular irá resultar em bloqueios de ramo esquerdo</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>43</p><p>122</p><p>==1365fc==</p><p>3</p><p>ou direito. O ecocardiograma irá possibilitar a visibilização de aspectos anatômicos, funcionais e</p><p>hemodinâmicos da doença cardíaca congestiva. A determinação das concentrações de biomarcadores</p><p>cardíacos circulantes (peptídeos natriuréticos), pode auxiliar no estabelecimento da causa cardíaca para os</p><p>sinais clínicos apresentados pelo paciente.</p><p>O principal objetivo do tratamento de ICC é a estabilização do paciente, a cardioproteção e o</p><p>controle dos sinais clínicos. Em alguns casos os pacientes com ICC irão precisar de terapia emergencial</p><p>seguido da manutenção.</p><p>Durante tratamento emergencial será necessário o controle do edema pulmonar através da</p><p>utilização de diuréticos (furosemida), oxigenoterapia e fármacos do grupo dos vasodilatadores</p><p>(nitroprussiato de sódio e cloridrato de hidralazina), inotrópicos positivos (dobutamina, pimobendana) e, em</p><p>alguns casos antiarrítmicos e sedativos (butorfanol). A centese de cavidade abdominal e/ou torácica, bem</p><p>como do pericárdio, deve ser realizada sempre que houver acúmulo significativo de líquido.</p><p>O tratamento de manutenção para animais com ICC visa melhorar a qualidade e aumentar o tempo</p><p>de vida desses pacientes, prevenindo a progressão da doença. Sendo recomendado o uso de diuréticos</p><p>(furosemida, espironolactona, hidroclorotiazida), vasodilatadores, agentes inotrópicos positivos</p><p>(pimobendana, digoxina), betabloqueadores (carvedilol, metoprolol).</p><p>A alteração dietética deve ser realizada visando indicar</p><p>alimentos de alta palatabilidade que</p><p>contenha níveis adequados de proteína e carboidrato, com alguma restrição de cloreto de sódio, e adição</p><p>de suplemento dietético com ômega 3 e aminoácidos.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>44</p><p>122</p><p>1</p><p>Efusão Pericárdica e Tamponamento Cardíaco</p><p>Efusão pericárdica é o derrame de líquido dentro do saco pericárdico, entre o pericárdio visceral e</p><p>parietal. Cães geralmente apresentam efusão pericárdica serossanguinolenta ou hemorrágicas e de causa</p><p>neoplásica ou idiopática. Os gatos apresentam derrame pericárdico associado a insuficiência cardíaca</p><p>congestiva, e menos comumente decorrente de neoplasia, peritonite infecciosa felina, insuficiência renal</p><p>crônica, pericardite, doenças infecciosas ou inflamatórias.</p><p>Quando o derrame de líquido pericárdico se dá de forma lenta, há possibilidade de distensão</p><p>pericárdica e acomodamento dessa efusão. No entanto, quando o acúmulo se dá de forma rápida ou em</p><p>grande quantidade, o volume acumulado promove uma pressão maior do que a pressão diastólica final das</p><p>câmaras cardíacas, comprometendo o retorno venoso, levando ao tamponamento cardíaco.</p><p>Muitos pacientes com efusão pericárdica não irão apresentar sinais clínicos, a menos que o</p><p>tamponamento cardíaco ocorra. Os principais sinais clínicos são intolerância ao exercício, fraqueza, letargia,</p><p>dispneia, alterações de apetite e síncope. Tosse, êmese e distensão abdominal podem eventualmente estar</p><p>presentes. Em gatos as manifestações clínicas mais comuns são dispneia associada com os sinais clínicos da</p><p>doença de base. O acúmulo de líquido pericárdico muito rápido e intenso pode causar tamponamento agudo,</p><p>choque cardiogênico e morte. Distensão jugular, pulso paradoxal, membranas mucosas pálidas e TPC</p><p>prolongado são achados comuns. Febre é um achado em pacientes com pericardite infecciosa.</p><p>Palpação e percussão abdominal pode detectar ascite, hepatomegalia e esplenomegalia. A ausculta</p><p>cardíaca pode revelar taquicardia sinusal, bulhas cardíacas hipofonéticas ou ausentes, se houver pericardite</p><p>infecciosa um atrito pericárdico pode ser auscultado. Pacientes com doença valvar ou miocárdicas</p><p>concomitantes à efusão irão apresentar sopro cardíaco. Sinais de edema pulmonar poderão estar presentes</p><p>na auscultação.</p><p>O exame radiográfico não é um método preciso para diagnóstico de efusão pericárdica. Os achados</p><p>radiográficos são aumento global da silhueta cardíaca e deslocamento dorsal da traqueia, podendo haver</p><p>ainda derrame pleural. Ao eletrocardiograma o complexo QRS vai apresentar pequena amplitude</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>45</p><p>122</p><p>2</p><p>resultando em alternâncias elétricas. Taquicardia sinusal é um achado comum em pacientes com</p><p>tamponamento cardíaco. Taquiarritmia ventricular, ou em menor frequência atrial, pode estar presente.</p><p>O melhor método diagnóstico para identificação de efusão pericárdica é a ecocardiografia. A efusão</p><p>pericárdica aparece como uma área anecogênica entre o pericárdio parietal e o epicárdio. Em grandes</p><p>derrames pericárdicos o coração irá se movimentar para frente e para trás dentro do saco pericárdico. Em</p><p>casos de tamponamento cardíaco o diâmetro das câmaras cardíacas estará diminuído, especialmente átrio</p><p>e ventrículo direitos. A realização da pericardiocentese deve ser guiada pelo exame ultrassonográfico, que</p><p>também irá possibilitar o diagnóstico da origem da efusão e a avaliação da estrutura cardíaca. O doppler</p><p>poderá mostrar pulso paradoxal pela aferição da velocidade do fluxo sanguíneo aórtico.</p><p>O exame do físico, bioquímico e microbiológico do líquido pericárdico quando colhido deve ser</p><p>realizado para determinar o tipo de efusão (transudado, transudado modificado ou exsudado), mas nem</p><p>sempre revela a origem da manifestação pericárdica.</p><p>Pericardiocentese de emergência é o procedimento terapêutico inicial para tamponamento</p><p>cardíaco, e deve ser realizada guiada por ecocardiografia. O máximo possível de líquido deve ser drenado e</p><p>parte do líquido enviado para análise. Após a pericardiocentese, a conduta terapêutica vai depender da causa</p><p>de origem da efusão pericárdica. Em casos de efusões idiopáticas pode ser necessário repetir a drenagem e</p><p>administrar terapia anti-inflamatória.</p><p>O esquema abaixo demonstra a melhor forma de realizar a abordagem de pacientes apresentando</p><p>efusão pericárdica.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>46</p><p>122</p><p>==1365fc==</p><p>3</p><p>Figura 1: Abordagem clínica da efusão pericárdica em cães e gatos. Fonte: Daleck, De Nardi (2016)1.</p><p>1 Daleck, C.R.; De Nardi, A.B. Oncologia em cães e gatos, 2. ed. Rio de Janeiro: Roca, 2016. 766 p.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>47</p><p>122</p><p>1</p><p>Hipertensão arterial sistêmica</p><p>As questões sobre hipertensão arterial sistêmica são na maioria baseadas nas orientações do</p><p>Consenso do American College of Veterinary Internal Medicine1 que traçou diretrizes para identificação,</p><p>avaliação e gestão da hipertensão sistêmica em cães.</p><p>A hipertensão sistêmica é o aumento contínuo da pressão arterial sistêmica, que pode</p><p>progressivamente acarretar consequências clínicas graves. O diagnóstico dessa alteração requer a medição</p><p>precisa da pressão arterial sistêmica. Aferições repetidas da pressão arterial ao longo do tempo associada à</p><p>avaliação clínica são indispensáveis para obter o diagnóstico de hipertensão. A classificação da pressão</p><p>arterial anormal em cães e gatos é baseada no risco de danos aos órgãos-alvos.</p><p>A determinação direta da pressão arterial é a mais precisa e considerada o método mais seguro para</p><p>obtenção de valores reais de pressão arterial em cães e gatos, porém esse não é um método prático para se</p><p>usar na rotina clínica, uma vez que requer a cateterização de uma artéria adequada e avaliação da pressão</p><p>arterial usando um transdutor eletrônico. As aferições indiretas não invasivas da pressão arterial, com</p><p>utilização de Doppler e de dispositivos oscilométricos são mais utilizadas na rotina clínica de pequenos</p><p>animais, mas não são muito precisas, pois sofrem interferência de diversos fatores.</p><p>Para obter resultados confiáveis durante a aferição da pressão arterial não invasiva, o ACVIM propôs</p><p>o protocolo padrão a seguir4:</p><p>• O dispositivo de medição de pressão arterial deve ser calibrado semestralmente;</p><p>• Padronização do procedimento;</p><p>1 Acierno, M.J. et al. ACVIM consensus statement: Guidelines for the identification, evaluation, and management of systemic</p><p>hypertension in dogs and cats. Journal of Veterinary Internal Medicine. v.32, p.1803–1822, 2018.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>48</p><p>122</p><p>2</p><p>• O ambiente em que a aferição da pressão arterial será realizada deve ser isolado, silencioso e</p><p>longe de outros animais. De preferência o proprietário deve estar presente. O animal não deve receber</p><p>nenhum tipo de sedação e antes de realizar a medição da pressão arterial o paciente deve se acostumar com</p><p>a sala (5-10 minutos).</p><p>• A contenção deve ser tranquila e em uma posição confortável, de preferência em decúbito ventral</p><p>ou lateral para reduzir a distância vertical da base do coração ao manguito;</p><p>• A largura do manguito</p><p>deve ser de 30% a 40% da circunferência do local onde será colocado;</p><p>• O manguito pode ser colocado em um membro ou na cauda;</p><p>• O mesmo profissional deve realizar todas as medições de pressão arterial, devendo ter</p><p>treinamento e seguir o protocolo padrão;</p><p>• As medições devem ser realizadas apenas com o paciente calmo e imóvel;</p><p>• A primeira aferição deve ser descartada. Deve-se obter pelo menos de 5 a 7 valores confiáveis</p><p>consecutivos;</p><p>• A colocação do manguito pode ser alterada para obtenção de valores consistentes;</p><p>• A média de todos os valores deve ser realizada para obtenção da pressão;</p><p>• Em caso de dúvida, a aferição deverá ser refeita posteriormente;</p><p>• Os registros deverão ser anotados em formulário padronizado, com o máximo de informações</p><p>possíveis sobre as condições de aferição e os valores obtidos.</p><p>A hipertensão em cães e gatos geralmente é secundária a outras doenças. Em felinos, a doença renal</p><p>crônica e o hipertireoidismo são as causas primárias mais comuns de hipertensão arterial. Cães apresentam</p><p>mais comumente hipertensão sistêmica resultante de doença renal, hiperadrenocorticismo e diabetes</p><p>mellitus. Hipertensão idiopática é rara e considerada um diagnóstico de exclusão.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>49</p><p>122</p><p>==1365fc==</p><p>3</p><p>Essa afecção atinge cães e gatos de meia-idade a idosos. Os sinais de hipertensão estão associados</p><p>à doença subjacente ou à lesão de órgão-alvo causada pela própria hipertensão. Os sinais oculares são o</p><p>problema de apresentação mais comum, denominado de retinopatia hipertensiva e coroidopatia.</p><p>Descolamento retiniano exsudativo é o achado mais observado. Outras lesões incluem hemorragia retiniana,</p><p>edema retiniano multifocal, tortuosidade dos vasos retinianos, edema perivascular retiniano, edema papilar,</p><p>hemorragia vítrea, hifema, glaucoma secundário e degeneração retiniana. O início agudo da cegueira a partir</p><p>do descolamento retiniano exsudativo bilateral completo pode ocorrer em ambas as espécies.</p><p>Outra queixa comum é poliúria e polidipsia, além de proteinúria, que pode indicar lesão renal</p><p>progressiva. A encefalopatia hipertensiva resulta de edema cerebral ou hemorragia, sendo mais comum em</p><p>felinos, os sinais clínicos incluem letargia, convulsões, estado mental alterado, distúrbios do equilíbrio e</p><p>lesões focais devido à isquemia associada ao AVC. A epistaxe pode ocorrer por ruptura da mucosa nasal.</p><p>Sopro cardíaco sistólico suave pode ser auscultado em cães e gatos com hipertensão. Som de galope também</p><p>pode estar presente, particularmente em gatos.</p><p>O diagnóstico é realizado pela medição confiável da pressão arterial. A hipertensão em cães e gatos</p><p>é classificada com base no risco de lesão aos órgãos alvos (LOA)4:</p><p> Normotenso (risco de LOA mínimo) PAS 180/120 mmHg. Diante do que foi exposto acima, quais</p><p>alterações oftalmológicas podem ser percebidas em um paciente que está classificado na categoria quatro,</p><p>isto é, com risco elevado de lesão em órgão-alvo?</p><p>a) Perda aguda da visão, descolamento da retina, hemorragia</p><p>b) Uveíte, úlcera de córnea superficial, blefarite</p><p>c) Hemorragia vítrea, hifema, glaucoma secundário</p><p>d) Apenas as alternativas A e C estão corretas</p><p>e) Todas as alternativas estão corretas.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. As diretrizes para a identificação, avaliação, e</p><p>gerenciamento da hipertensão sistêmica em cães e gatos definidas no consenso do American College of</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>51</p><p>122</p><p>5</p><p>Veterinary Internal Medicine2 relata que lesões oculares são comuns em cães e gatos com hipertensão e é</p><p>frequentemente denominada de retinopatia hipertensiva e coroidopatia. Descolamento retiniano</p><p>exsudativo é o achado mais observado. Outras lesões incluem hemorragia retiniana, edema retiniano</p><p>multifocal, tortuosidade dos vasos retinianos, edema perivascular retiniano, edema papilar, hemorragia</p><p>vítrea, hifema, glaucoma secundário e degeneração retiniana. O início agudo da cegueira a partir do</p><p>descolamento retiniano exsudativo bilateral completo pode ocorrer em ambas as espécies.</p><p>2 Acierno, M.J. et al. ACVIM consensus statement: Guidelines for the identification, evaluation, and management of systemic</p><p>hypertension in dogs and cats. Journal of Veterinary Internal Medicine. v.32, p.1803–1822, 2018.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>52</p><p>122</p><p>1</p><p>QUESTÕES COMENTADAS</p><p>1. (Residência em Medicina Veterinário – UFERSA/2022) Os seguintes sinais/sintomas podem ser causados</p><p>pela endocardiose de mitral em cães, EXCETO:</p><p>a) intolerância ao exercício.</p><p>b) sopro cardíaco diastólico.</p><p>c) síncope.</p><p>d) taquipneia.</p><p>e) taquicardia.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa B é o gabarito da questão. As manifestações clínicas da endocardiose mitral em cães</p><p>geralmente estão relacionadas a sinais de insuficiência cardíaca congestiva e incluem intolerância ao</p><p>exercício, taquipneia e tosse. A tosse geralmente ocorre à noite e no início da manhã, bem como durante</p><p>esforço. Conforme a congestão e o edema pulmonar progridem, a frequência respiratória também aumenta,</p><p>muitas vezes causando posicionamento ortopneico do paciente. Fraqueza transitória ou síncope são</p><p>frequentes em cães com doença avançada. Podendo haver taquiarritmias, redução do volume sistólico ou</p><p>ruptura do átrio. Sinais de insuficiência cardíaca congestiva do lado direito normalmente são consequência</p><p>da regurgitação de tricúspide, que cursam com distensão abdominal (ascite, hepatomegalia) e dificuldade</p><p>respiratória por derrame pleural. Congestão esplênica pode ocorrer e causar sinais gastrointestinais. O</p><p>achado auscultatório clássico é um sopro holossistólico.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>53</p><p>122</p><p>2</p><p>2. (Residência em Medicina Veterinária - UFSM/2022) As doenças miocárdicas dos gatos englobam um</p><p>conjunto de diversos processos idiopáticos e secundários que acometem o músculo cardíaco. Relacionado</p><p>à cardiomiopatia hipertrófica (CMH) nos felinos, marque a alternativa correta a seguir.</p><p>a. A principal causa da CMH primária ou idiopática é a dietética, e não há predileção racial.</p><p>b. Em alguns gatos, ocorre obstrução dinâmica do fluxo de saída sistólica do ventrículo esquerdo, também</p><p>conhecida como CMH obstrutiva.</p><p>c. A CMH clinicamente evidente é diagnosticada mais comumente em fêmeas com, no máximo, dois anos de</p><p>idade.</p><p>d. Os sopros diastólicos compatíveis com regurgitação de válvula tricúspide ou com obstrução da via de saída</p><p>do ventrículo direito são comuns.</p><p>e. Na CMH evidente, a indicação é não fazer tratamento algum, sendo geralmente indicada a eutanásia</p><p>daqueles animais que não apresentarem morte súbita.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Alguns gatos com Cardiomiopatia Hipertrófica (CMH)</p><p>desenvolvem obstrução dinâmica do fluxo de saída do ventrículo esquerdo (CMH obstrutiva) durante a</p><p>sístole, gerando um gradiente de pressão sistólico entre o ventrículo e a via de saída. A obstrução do fluxo</p><p>de saída durante a sístole gera um estresse de parede e a demanda miocárdica de oxigênio aumenta,</p><p>causando o desenvolvimento de isquemia miocárdica1.</p><p>A alternativa A está incorreta. A causa da cardiomiopatia hipertrófica primária ou idiopática em gatos é</p><p>desconhecida, no entanto, herança autossômica dominante foi identificada em algumas raças (Maine Coon,</p><p>Sphynx, Ragdoll, Pelo Curto Americano, entre outros). Duas mutações foram identificadas em gatos, ambas</p><p>no gene da proteína C ligada à miosina (MYBPC3).</p><p>1 Jericó, M.M. Tratado de medicina interna de cães e gatos. Rio de Janeiro: Roca, 2015.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>54</p><p>122</p><p>3</p><p>A alternativa C está incorreta. Embora essa doença seja mais comum em gatos de meia idade, animais de</p><p>qualquer idade podem apresentar este distúrbio. Gatos machos são mais afetados que as fêmeas.</p><p>A alternativa D está incorreta. Sopro holosistólico de ejeção suave sobre as áreas da válvula mitral ou</p><p>tricúspide ou na base cardíaca pode estar presente durante a auscultação.</p><p>A alternativa E está incorreta. Os pacientes felinos com cardiomiopatia hipertrófica evidente sempre devem</p><p>ser tratados, o esquema abaixo traz os objetivos do tratamento para cardiomiopatia hipertrófica felina:</p><p>O tratamento baseado na classificação do consenso do College of Veterinary Internal Medicine de</p><p>cardiomiopatias em gatos deve ser realizado da maneira a seguir:</p><p>Animais em estágio A da doença devem ser monitorados para desenvolvimento de sinais da doença</p><p>miocárdica.</p><p>Em pacientes com cardiomiopatia em estágio B1 é recomendado monitoração anual quanto ao</p><p>desenvolvimento de hipertrofia do átrio esquerdo e geralmente o tratamento não é recomendado (baixo</p><p>risco). Animais em estágio B2 irão receber tromboprofilaxia com clopidogrel quando fatores de risco para</p><p>tromboembolismo estão presentes. Em gatos com risco muito elevado de tromboembolismo, o clopidogrel</p><p>deve ser associado à aspirina, ou a um inibidor do fator Xa. Felinos B2 devem ser monitorados quanto à</p><p>progressão da doença e desenvolvimento de sinais clínicos. Pacientes apresentando ectopia ventricular</p><p>devem ser tratados com atenolol ou sotalol.</p><p>Gatos em estágio C devem ser tratados para a insuficiência cardíaca aguda descompensada, seguida de</p><p>terapia de manutenção. Animais com edema pulmonar ou derrame pleural devem receber centese cavitaria</p><p>e diurético (furosemida). A administração de oxigênio suplementar deve ser realizada quando a dificuldade</p><p>Cardiomiopatia</p><p>hipertrófica</p><p>Melhorar o</p><p>enchimento</p><p>ventricular.</p><p>Diminuir a</p><p>congestão.</p><p>Minimizar a</p><p>isquemia</p><p>Evitar o</p><p>tromboembolis</p><p>mo</p><p>Controlar as</p><p>arritmias.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>55</p><p>122</p><p>4</p><p>respiratória está presente e sedação com um ansiolítico (butorfanol) quando necessário para redução da</p><p>excitação. O estresse deve ser minimizado (manuseio cuidadoso, ambiente silencioso). O pimobendan deve</p><p>ser utilizado em pacientes com sinal de baixo débito cardíaco, se não houver obstrução do fluxo ventricular</p><p>esquerdo, ou, em casos sem resposta a esse medicamento, infusão contínua de dobutamina deve ser</p><p>considerada. Assim que estabilizado, é recomendado que os gatos tenham alta e seja instituído o tratamento</p><p>de manutenção. Normalmente, este tratamento consiste em furosemida, antitrombótico profilático,</p><p>pimobendan e monitoramento em intervalos de 2 a 4 meses ou conforme necessário.</p><p>No estágio D, a torsemida ou espironolactona podem ser consideradas no lugar da furosemida. Pimobendan</p><p>é recomendado. Em relação à terapia dietética, a suplementação de taurina deve ser realizada se necessária</p><p>e alimentos com alto teor de sal evitados. O balanceamento proteico da dieta deve ser uma prioridade para</p><p>evitar desenvolvimento de caquexia cardíaca. A analgesia é uma prioridade para o manejo do</p><p>tromboembolismo agudo. O tratamento de emergência com anticoagulante é recomendado com heparina</p><p>de baixo peso molecular ou heparina não fracionada, ou um inibidor do fator Xa. Furosemida e</p><p>oxigenoterapia são recomendados conforme necessário. Recomenda-se que o clopidogrel seja iniciado assim</p><p>que o gato puder tolerar medicamentos por via oral.</p><p>3. (Residência em Medicina Veterinária – Prefeitura do Rio de Janeiro/2021) Na análise do líquido de uma</p><p>efusão pleural, obteve-se um exsudato quiloso. Deve-se considerar:</p><p>a) coagulopatia.</p><p>b) miocardiopatia.</p><p>c) infecção fúngica.</p><p>d) ruptura de abscesso pulmonar.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Miocardiopatia leva ao aumento da pressão diastólica</p><p>final, que causa aumento da pressão venosa, impedindo a drenagem linfática adequada, o que causa o</p><p>derrame de quilo na cavidade pleural.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>56</p><p>122</p><p>5</p><p>A alternativa A está incorreta. Coagulopatias geralmente levam ao acúmulo de sangue na cavidade pleural,</p><p>causando o hemotórax.</p><p>A alternativa C está incorreta. Infecções torácicas fúngicas causam o derrame de líquido infeccioso,</p><p>caracterizando piotórax</p><p>A alternativa D está incorreta. Ruptura de abscessos pulmonares são causa de piotórax.</p><p>4. (Residência em Medicina Veterinária – UPF/2021) Um cão, Doberman, 8 anos de idade, macho, está</p><p>apresentando tosse seca e intolerância ao exercício. O tutor notou também que está mais prostrado e</p><p>emagrecendo nos últimos 2 meses. Ao exame físico, constatou-se que o animal apresenta frequência</p><p>cardíaca de 180 batimentos por minuto, arritmia, abafamento do som cardíaco, sopro em mitral de grau</p><p>II, discreta crepitação pulmonar na região dos lobos pulmonares intermediários, extremidades frias,</p><p>tempo de preenchimento capilar de 3 segundos, hidratação e temperatura retal dentro dos parâmetros</p><p>normais, mucosas normocoradas, estado corporal 2, pulso irregular, rápido e assíncrone com os</p><p>batimentos</p><p>cardíacos. Na palpação abdominal não foram encontradas alterações. Qual o diagnóstico</p><p>presuntivo e quais as principais alterações na radiografia torácica (RX) e no ecocardiograma (ECO) que</p><p>confirmariam tal diagnóstico?</p><p>a) Cardiomiopatia dilatada; RX: dilatação atrioventricular direita e padrão alveolar difuso peri-hilar; ECO:</p><p>dilatação das cavidades direitas (átrio e ventrículo) e aumento da contratilidade cardíaca.</p><p>b) Endocardiose; RX: dilatação atrioventricular esquerda e padrão pulmonar intersticial em região peri-hilar;</p><p>ECO: dilatação das cavidades esquerdas (átrio e ventrículo) e degeneração da válvula tricúspide.</p><p>c) Endocardiose; RX: dilatação atrioventricular direita e padrão alveolar difuso; ECO: espessamento do</p><p>miocárdio nas cavidades direitas (átrio e ventrículo) com aumento da contratilidade cardíaca.</p><p>d) Cardiomiopatia arrítmica do ventrículo direito; RX: dilatação atrioventricular direita e padrão alveolar</p><p>difuso; ECO: espessamento do miocárdio nas cavidades direitas (átrio e ventrículo) com aumento da</p><p>contratilidade cardíaca.</p><p>e) Cardiomiopatia dilatada; RX: dilatação atrioventricular esquerda e padrão pulmonar intersticial peri-hilar;</p><p>ECO: dilatação das cavidades esquerdas (átrio e ventrículo) e diminuição da contratilidade cardíaca.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>57</p><p>122</p><p>6</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. A cardiomiopatia dilatada é uma afecção cardíaca</p><p>bastante comum em cães da raça Dobermam, a literatura científica veterinária defende que nessa raça esta</p><p>é uma doença genética hereditária e que cães machos são mais afetados. Essa doença cursa com tosse,</p><p>dificuldade respiratória, intolerância ao exercício. A hipoperfusão tecidual pode resultar em extremidades</p><p>frias e aumento do tempo de perfusão tecidual. Além disso, perda de peso pode estar presente. Em relação</p><p>ao exame físico, geralmente à auscultação é identificado sopro sistólico de baixa intensidade, como o</p><p>apresentado pelo cão do relato, que apresentava sopro de grau leve (grau 2), esse sopro geralmente decorre</p><p>de insuficiência valvar. Arritmias também são auscultadas com frequência. Durante auscultação do pulmão</p><p>há presença de estertores, a crepitação pulmonar do cão relatado possivelmente indica início de edema</p><p>pulmonar cardiogênico e a hipofonese podem indicar efusão pleural. Dessa forma, os sinais apresentados</p><p>pelo animal relatado, tanto de histórica, anamnese e exame físico são compatíveis com Cardiomiopatia</p><p>dilatada. Considerando este diagnóstico devemos pensar nos achados mais frequentes em exames</p><p>complementares, que serão aumento da silhueta cardíaca, de forma mais específica, aumento será</p><p>visibilizado na área do átrio esquerdo e do ventrículo esquerdo. O edema pulmonar cardiogênico em cães</p><p>geralmente está localizado na região dorsal e peri-hilar e se apresenta com padrão intersticial. Já ao</p><p>ecocardiograma a alteração cardíaca principal é a dilatação das cavidades esquerdas e a diminuição da</p><p>contratilidade.</p><p>5. (Residência em Medicina Veterinária – UFPA/2022) A Dirofilariose é causada por um nematódeo,</p><p>conhecido como verme do coração, que causa doença crônica em cães. É uma parasitose de distribuição</p><p>mundial e já foi diagnosticada em todas as regiões do Brasil. Sobre esta parasitose, é correto afirmar:</p><p>a. Possui maior incidência em cães idosos.</p><p>b. Acomete exclusivamente canídeos.</p><p>c. O agente é Dirofilaria immitis e os parasitas adultos vivem na artéria pulmonar e no ventrículo direito do</p><p>coração.</p><p>d. No ciclo, não há participação de hospedeiros intermediários.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>58</p><p>122</p><p>7</p><p>e. A profilaxia não necessita ser adotada como rotina em áreas endêmicas.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A dirofilariose é uma cardiopatia parasitária que tem</p><p>como agente etiológico a Dirofilaria immitis, um nematoide, cujo hospedeiro definitivo é o cão. A fêmea irá</p><p>liberar microfilárias (L1) na corrente sanguínea do hospedeiro parasitado, o mosquito ingere as</p><p>microfilárias, ou primeiro estágio larval (L1) ao tomar o sangue desse hospedeiro. As microfilárias chegam</p><p>aos túbulos de Malpighi dos mosquitos e sofrem, consecutivamente, as mudas para larva de segundo e</p><p>terceiro estágio (L2 e L3), o que leva de 1 a 2,5 semanas. As larvas L3 migram pelo tecido subcutâneo do</p><p>novo hospedeiro, virando L4 dentro de 9 a 12 dias e, em seguida, muda para o estágio L5 (final) em 2 a 3</p><p>meses após a infecção inicial, parasitando principalmente as artérias pulmonares e sistema cardiovascular.</p><p>A alternativa A está incorreta. A dirofilariose canina acomete mais comumente animais entre 3 e 5 anos de</p><p>idade, no entanto, pode parasitar cães de qualquer idade.</p><p>A alternativa B está incorreta. Embora os cães sejam o hospedeiro definitivo da dirofilariose, a doença pode</p><p>acometer outras espécies, como canídeos selvagens, felinos doméstico e selvagens e o homem.</p><p>A alternativa D está incorreta. Várias espécies de mosquito, sendo estes os hospedeiros intermediários da</p><p>doença, sobretudo os da família Culicidae dos gêneros Aedes, Anopheles e Culex transmitem a dirofilariose.</p><p>A alternativa E está incorreta. O tratamento profilático deve ser sempre realizado em áreas endêmicas</p><p>com lactonas macrocíclicas, como ivermectina, milbemicina, moxidectina e selamectina.</p><p>6. (Residência em Medicina veterinária – UFPA/2022) Sobre a insuficiência cardíaca congestiva (ICC) em</p><p>cães decorrente de doença valvar crônica (DVC), como endocardiose, analise as afirmativas seguintes.</p><p>I. A pimobendana é um dos fármacos de escolha para o manejo da ICC, por atuar na contratilidade</p><p>cardíaca e promover vasodilatação.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>59</p><p>122</p><p>8</p><p>II. Como exemplos de mecanismos compensatórios do organismo frente à DVC, pode-se citar o</p><p>aumento da frequência e força de contração cardíaca, elevação da resistência vascular e a</p><p>retenção de sódio e água.</p><p>III. O edema pulmonar é comum nos casos de ICC direita.</p><p>IV. A terapêutica farmacológica da DVC visa a atenuar o impacto dos mecanismos compensatórios.</p><p>Estão corretas</p><p>a. I e II, apenas.</p><p>b. II e III, apenas.</p><p>c. III e IV, apenas.</p><p>d. I, II e IV, apenas.</p><p>e. I, II, III e IV.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D é o gabarito da questão. As afirmativa I, II e IV estão corretas.</p><p>A afirmativa I está correta. O pimobendan é um agente inotrópico positivo e vasodilatador. Seu efeito</p><p>vasodilatador se dá pela inibição da fosfodiesterase III, enzima que degrada a adenosina monofosfato cíclico</p><p>(AMPc), aumentando, dessa forma, as concentrações intracelulares de AMPc. Os efeitos inotrópicos do</p><p>pimobendan decorrem da sua ação sensibilizadora do cálcio, aumentando a interação da troponina C com</p><p>as proteínas contráteis. Esta medicação é indicada em cães com insuficiência valvar ou cardiomiopatia.</p><p>A afirmativa II está correta. Os mecanismos compensatórios do organismo frente à doença valvar crônica</p><p>são ativados diante da diminuição da pressão arterial, e promovem taquicardia, vasoconstrição periférica e</p><p>retenção de sódio e água, o que tende a normalizar a pressão arterial e o débito cardíaco, e melhorar a</p><p>perfusão tissular. Os principais mecanismos ativados são:</p><p>- Aumento da atividade do sistema nervoso central e atenuação do tônus vagal, que causam aumento da</p><p>frequência cardíaca e da contratilidade miocárdica;</p><p>- Ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona;</p><p>Ana</p><p>Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>60</p><p>122</p><p>9</p><p>- Liberação de peptídios vasoativos, como o peptídio natriurético atrial (ANP) e o peptídio cerebral</p><p>natriurético (BNP);</p><p>- Dilatação atrial e ventricular esquerdos para acomodar maior quantidade de sangue decorrente do</p><p>aumento do volume regurgitado (hipertrofia miocárdica excêntrica).</p><p>A afirmativa III está incorreta. Os sinais clínicos da ICC vão depender do lado do coração que está deficiente.</p><p>Quando o paciente canino apresenta ICC direita vão estar presentes sinais resultantes de congestão</p><p>sistêmica, como ascite, derrame pleural e edema de membros. Em felinos, a manifestação clínica mais</p><p>comum é o derrame pleural. Já em cães e gatos com ICC esquerda, os sinais estarão relacionados com</p><p>congestão pulmonar, com consequente edema pulmonar.</p><p>A afirmativa IV está correta. A terapia da doença valvar crônica é direcionada para o controle da ativação</p><p>excessiva dos mecanismos compensatórios, minimizando seu impacto sobre o paciente.</p><p>7. (Residência em Medicina Veterinária – UFG/2021) A insuficiência cardíaca resultante do aumento da</p><p>resistência à ejeção é observada em casos de:</p><p>a) fístulas arteriovenosas.</p><p>b) cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica.</p><p>c) estenoses valvares atrioventriculares.</p><p>d) pericardite constritiva</p><p>Comentários:</p><p>Na cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica causa a obstrução do fluxo de saída durante a sístole, aumentando</p><p>o estresse da parede e a demanda miocárdica de oxigênio, promovendo o desenvolvimento de isquemia</p><p>miocárdica que contribui para a fibrose culminando com insuficiência cardíaca congestiva. Dessa forma, a</p><p>alternativa B está correta e é o gabarito da questão.</p><p>8. (Residência em Medicina Veterinária – UDESC 2021) Discorra sobre os fatores de risco, etiopatogenia,</p><p>apresentação clínica, diagnóstico e tratamento clínico da doença degenerativa da valva mitral em cães.</p><p>GABARITO LIBERADO PELO CONCURSO:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>61</p><p>122</p><p>==1365fc==</p><p>10</p><p>• Fatores de risco: É cardiopatia mais comum em cães. Tem prevalência alta na população geriátrica, com</p><p>início aos cinco ou seis anos de idade. Pode ocorrer em qualquer raça de cães, porém afeta principalmente</p><p>cães de raças pequenas e médias como Poodle, Schnauzer miniatura, Spitz, Yorkshire Terrier, Chihuahua Fox</p><p>Terrier, Cocker Spaniel, Dachshund, Boston Terrier, Pinscher, Whippet, Maltês e Pequinês. A prevalência é</p><p>particularmente alta na raça Cavalier King Charles Spaniel, sendo que nesta raça a doença pode se tornar</p><p>clinicamente evidente em animais jovens, e a doença progride muito mais rápido que as outras raças.</p><p>Algumas raças de grande porte também podem ser afetadas, como o Pastor Alemão. A prevalência da</p><p>doença parece ser similar entre machos e fêmeas, porém machos apresentam início mais precoce e</p><p>progressão mais rápida da doença.</p><p>• Etiopatogenia: A etiologia da doença é ainda incerta, contudo, acredita-se que a dissolução do colágeno</p><p>seja a base do processo de degeneração mixomatosa. As alterações características da valva incluem a</p><p>degeneração e desorganização do colágeno, fragmentação de elastina da valva e deposição excessiva de</p><p>proteoglicano e glicosaminoglicano (mucopolissacarídeo), que aumentam a espessura e enfraquecem o</p><p>aparato valvar. As alterações patológicas da valva se desenvolvem gradualmente com o avançar da idade. As</p><p>lesões iniciais consistem em pequenos nódulos nas margens livres dos folhetos da valva. Com o tempo, os</p><p>nódulos aumentam, formando placas espessas, e deformam a valva. Gradualmente ocorre a insuficiência da</p><p>valva mitral pela coaptação deficiente dos folhetos. As cordoalhas tendíneas também podem ser afetadas,</p><p>ocorrendo inicialmente o espessamento na região próxima aos folhetos, e progressivamente podem se</p><p>tornar mais alongadas e até haver ruptura das mesmas. Nesse estágio, pode haver o prolapso da valva em</p><p>direção ao átrio esquerdo. As alterações patológicas estão relacionadas à sobrecarga volumétrica esquerda</p><p>uma vez que há insuficiência valvar mitral. Conforme a degeneração avança, o volume regurgitante aumenta</p><p>e diminui o fluxo direto para a artéria aorta (volume sistólico). Assim, mecanismos compensatórios são</p><p>ativados para aumentar o volume sanguíneo, na tentativa de atender às necessidades circulatórias do</p><p>organismo e que permitem com que a doença permaneça assintomática por um longo período. O aumento</p><p>gradual das pressões atrial, venosa pulmonar e hidrostática capilar estimula o aumento compensatório do</p><p>fluxo linfático pulmonar, porém quando as pressões excedem a capacidade linfática, desenvolve-se o edema</p><p>pulmonar. Como resultado do aumento crônico das pressões atrial esquerda e venosa pulmonar pode haver</p><p>desenvolvimento de hipertensão arterial pulmonar, e a longo prazo, evoluir para insuficiência cardíaca</p><p>congestiva direita. Além disso, o átrio esquerdo aumentado pode induzir tosse por compressão brônquica, e</p><p>quando ocorre aumento exagerado do átrio, pode haver a ruptura atrial, levando ao tamponamento cardíaco</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>62</p><p>122</p><p>11</p><p>e taquiarritmias. Em virtude da sobrecarga volumétrica crônica do ventrículo esquerdo, a contratilidade</p><p>miocárdica reduz progressivamente.</p><p>• Apresentação clínica: a doença degenerativa da valva mitral pode permanecer assintomática por anos, e</p><p>alguns cães podem nunca apresentar sinais de insuficiência cardíaca congestiva (ICC). A doença pode ter</p><p>cinco estágios de insuficiência cardíaca: 6 o Estágio A: animais com alto risco de desenvolver a doença</p><p>cardíaca, mas que ainda não apresentam alterações estruturais; o Estágio B1: cães com doença cardíaca</p><p>estrutural, que nunca desenvolveram manifestações de insuficiência cardíaca, e que não apresentam</p><p>evidências radiográficas ou ecocardiográficas de remodelamento cardíaco; o Estágio B2: cães com doença</p><p>cardíaca estrutural, que nunca desenvolveram manifestações de insuficiência cardíaca, mas que já</p><p>apresentam regurgitação valvar mitral hemodinamicamente significativa, evidenciada por achados</p><p>radiográficos e ecocardiográficos de aumento de coração esquerdo; o Estágio C: cães com sinais clínicos</p><p>prévios ou atuais de insuficiência cardíaca associados à alteração estrutural do coração; o Estágio D: cães</p><p>com doença cardíaca em estágio final com sinais de insuficiência cardíaca que são refratários à terapia</p><p>convencional. Os sinais clínicos incluem: a tosse e dispneia secundárias ao edema pulmonar (ICC esquerda)</p><p>tosse seca por compressão do brônquio principal; fraqueza, síncope, intolerância ao exercício em virtude da</p><p>redução do volume sistólico ventricular esquerdo e/ou arritmias; o pode haver insuficiência cardíaca</p><p>congestiva direita, com formação de ascite, derrame pleural, hepato e esplenomegalia; o edema pulmonar</p><p>agudo fulminante ou fibrilação ventricular evoluindo para morte súbita. a auscultação cardiopulmonar:</p><p>sopro holossistólico de intensidade variável em foco mitral, e pode haver ritmo irregular devido a arritmias.</p><p>Os ruídos respiratórios podem estar aumentados e pode haver crepitação grossa pulmonar inspiratória e</p><p>expiratória, na presença de edema pulmonar. Cães com efusão pleural podem ter ruídos pulmonares e</p><p>cardíacos abafados, as mucosas: podem estar normais, mas podem se tornar cianóticas ou pálidas em casos</p><p>avançados de insuficiência cardíaca. o pulso femoral: pode estar normal, porém pode se apresentar</p><p>hipocinético e irregular em casos de insuficiência grave, tamponamento</p><p>cardíaco ou arritmias. As veias</p><p>jugulares: pode haver a distensão das veias jugulares quando há insuficiência cardíaca grave, hipertensão</p><p>pulmonar ou efusão pericárdica.</p><p>• Diagnóstico: dados do histórico do animal (fatores de risco) e do exame físico auxiliam no diagnóstico da</p><p>enfermidade. o Radiografia torácica: nas projeções laterolateral e dorsoventral (ou ventrodorsal) é possível</p><p>verificar aumento atrial e ventricular, porém não é possível excluir outras causas de cardiomegalia. Outros</p><p>achados incluem a elevação da porção final da traqueia, distensão venosa pulmonar, edema pulmonar</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>63</p><p>122</p><p>12</p><p>dorsocaudal bilateral simétrico (ou eventualmente assimétrico), e efusão pleural. o Eletrocardiograma: pode</p><p>haver indicações de aumento de câmaras cardíacas, em especial do átrio e ventrículo esquerdos. O ritmo</p><p>pode ser normal (sinusal normal ou arritmia sinusal), mas pode haver arritmias como taquicardia sinusal,</p><p>complexos supraventriculares prematuros, taquicardia supraventricular ou fibrilação atrial. Complexos</p><p>ventriculares prematuros e taquicardia ventricular são achados menos comuns. o Ecocardiografia: é possível</p><p>estabelecer o diagnóstico definitivo da doença. As alterações ecocardiográficas incluem: dilatação atrial e</p><p>ventricular esquerdas, hipertrofia septal e de 7 parede livre do ventrículo esquerdo, espessamento nodular</p><p>dos folhetos da valva mitral, parâmetros de função aumentados como fração de encurtamento e fração de</p><p>ejeção, movimento hiperdinâmico do septo e da parede livre, regurgitação de grau variável da valva mitral.</p><p>As características menos comuns são: derrame pericárdica, ausência de hipertrofia, redução dos parâmetros</p><p>de função, ruptura de cordoalha tendínea e prolapso dos folhetos.</p><p>• Tratamento: os objetivos do tratamento consistem em reduzir a gravidade da regurgitação mitral, prevenir</p><p>ou aliviar a congestão pulmonar, manter o débito cardíaco, preservar as reservas cardiovasculares e prevenir</p><p>ou manejar as possíveis complicações e condições agravantes. O tratamento pode ser direcionado conforme</p><p>os estágios da doença ou da insuficiência cardíaca congestiva (ICC): o Estágio A: não se recomenda</p><p>tratamento medicamentoso ou dietético nesse estágio; o Estágio B1: não se recomenda tratamento</p><p>medicamentoso ou dietético nesse estágio, sendo recomendada a reavaliação radiográfica ou</p><p>ecocardiográfica dentro de 12 meses; o Estágio B2: o tratamento nesse estágio é controverso, sendo que</p><p>alguns autores recomendam o uso de inibidores da enzima conversora de angiotensina (ECA) para pacientes</p><p>com aumento atrial esquerdo significante. Com relação ao tratamento dietético, recomenda-se leve</p><p>restrição de sódio com dieta de alta palatabilidade, além de proteínas e calorias adequadas para manutenção</p><p>da condição corporal ótima; o Estágio C: o tratamento pode ser realizado de forma aguda (hospitalar) e</p><p>crônica (domiciliar). Para o tratamento agudo, recomenda-se a furosemida como diurético de escolha para</p><p>redução do edema pulmonar. A administração de furosemida pode ser feita por bolus ou infusão contínua,</p><p>sendo que o animal deve ter livre acesso à água uma vez que iniciar a diurese. O pimobendan pode ser</p><p>utilizado no tratamento aguda, uma vez que possui efeito inotrópico positivo e vasodilatador. Recomenda-</p><p>se também a suplementação de oxigênio por meio de gaiola de oxigênio ou cateter nasal. Procedimentos</p><p>mecânicos como a toraco e/ou abdominocentese podem melhorar a dispneia. Em condições de muita</p><p>ansiedade, pode-se utilizar opioides ou agentes ansiolíticos associados a opioides como o butorfanol ou</p><p>associação de buprenorfina e acepromazina por via intravenosa ou intramuscular. Para o tratamento</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>64</p><p>122</p><p>13</p><p>crônico, recomenda-se a manutenção da furosemida na menor dose possível que mantenha o paciente</p><p>confortável, e com controle da função renal e níveis dos eletrólitos. Utiliza-se também um inibidor da ECA,</p><p>como o enalapril, para a modulação da resposta neuro-hormonal da ICC, assim como a manutenção do</p><p>pimobendan. Podem ser adicionados na terapia crônica a espironolactona como antagonista da aldosterona,</p><p>a digoxina em casos de fibrilação atrial persistente com o intuito de reduzir a frequência cardíaca. Neste</p><p>estágio deve-se manter a ingestão adequada de calorias, controlar o peso do animal constantemente, usar</p><p>estimulantes do apetite se necessário, evitar dietas com baixo teor de proteína, restrição moderada de sódio,</p><p>monitorar a concentração de potássio, e podem ser utilizados ácidos graxos ômega-3 em pacientes com</p><p>redução do apetite, perda de massa muscular e arritmias. o Estágio D: neste estágio o tratamento também</p><p>pode ser dividido em agudo (hospitalar) e crônico (domiciliar). Para o tratamento agudo, além das</p><p>recomendações do estágio C, recomenda-se o nitroprussiato de sódio, hidralazina ou anlodipino como</p><p>vasodilatadores para redução mais vigorosa da pós-carga. Deve-se monitorar a pressão arterial, mantendo</p><p>8 a pressão arterial sistólica acima de 85 mm Hg ou pressão arterial média acima de 60 mm Hg, além de</p><p>monitorar a concentração sérica de creatinina. Quando o paciente não estiver em condições de aguardar o</p><p>efeito da administração oral dos medicamentos, pode-se administrar o nitroprussiato e a dobutamina em</p><p>conjunto ou separados, para melhorar a condição hemodinâmica e controle do edema pulmonar</p><p>cardiogênico refratário. Alguns veterinários utilizam o sildenafil, mesmo na ausência de hipertensão</p><p>pulmonar, e broncodilatadores para o tratamento do edema pulmonar agudo. Para o tratamento crônico, a</p><p>dose da furosemida deve ser aumentada para diminuir o edema pulmonar, em associação com a</p><p>espironolactona. Não se recomenda o uso de betabloqueadores neste estágio, a menos que os sinais clínicos</p><p>da ICC estejam controlados. A associação de hidroclortiazida e furosemida pode ser utilizada, tomando-se o</p><p>cuidado com a insuficiência renal aguda e distúrbios eletrolíticos. Alguns veterinários recomendam aumentar</p><p>a dose do pimobendan para três vezes ao dia. Podem ser utilizadas as recomendações para o estágio C.</p><p>Referências Bibliográficas:</p><p>JERICÓ, M.M.; ANDRADE NETO, J.P.; KOGIKA, M.M. Tratado de Medicina Interna de Cães e Gatos 2 Vol.</p><p>Roca, 2014. Capítulo 134.</p><p>NELSON, R.W.; COUTO, C.G. Medicina interna de pequenos animais. 5.ed. Rio de Janeiro: Elsevier, 2015.</p><p>Capítulo 6.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>65</p><p>122</p><p>14</p><p>TILLEY, L.P.; SMITH, F.W.K.; OYAMA, M. Manual of canine and feline cardiology. 4ed. Saunders, 2008.</p><p>Capítulo 6.</p><p>9. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2020) Com relação aos dois tipos de hipertrofia cardíaca,</p><p>são algumas das causas da hipertrofia concêntrica e excêntrica, respectivamente:</p><p>a) Sobrecarga de pressão, causada por estenose valvular; sobrecarga de volume, causada por insuficiência</p><p>valvular</p><p>b) Sobrecarga de volume, causada por estenose valvular; sobrecarga de pressão, causada por insuficiência</p><p>valvular</p><p>c) Sobrecarga de pressão, causada por insuficiência valvular; sobrecarga de volume, causada por estenose</p><p>valvular</p><p>d) Para ambas, sobrecarga de volume, causada por estenose ou insuficiência valvular.</p><p>e) Para ambas, sobrecarga de pressão, causada por estenose ou insuficiência valvular.</p><p>Comentários:</p><p>As hipertrofias concêntricas decorrem do aumento de massa ventricular com aumento da espessura da</p><p>parede e diminuição dos diâmetros cavitários.</p><p>Esta condição resulta do aumento de resistência à ejeção ou</p><p>da sobrecarga de pressão, como ocorre na estenose valvular. Nas hipertrofias excêntricas há um aumento</p><p>de massa ventricular e da espessura da parede ventricular, mas com aumento dos diâmetros cavitários em</p><p>decorrência de sobrecarga de volume, como visto na insuficiência valvular. Sendo assim, a alternativa A está</p><p>correta e é o gabarito da questão.</p><p>HIPERTROFIAS</p><p>CONCÊNTRICAS</p><p>SOBRECARGA DE PRESSÃO</p><p>HIPERTROFIAS EXCÊNTRICAS</p><p>SOBRECARGA DE VOLUME</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>66</p><p>122</p><p>15</p><p>10. (Residência em Medicina Veterinária – UFRGS/2020) Considere a seguinte situação. Um cão com</p><p>doença cardíaca valvar crônica, que se encontra assintomático no momento do diagnóstico, apresenta</p><p>regurgitação mitral hemodinamicamente grave o suficiente para causar remodelamento cardíaco,</p><p>evidenciado por achados radiográficos e ecocardiográficos de aumento do átrio e ventrículo esquerdos</p><p>(estágio B2 da classificação do Consensus Statements of the American College of Veterinary Internal</p><p>Medicine, 2019). Considere as afirmações abaixo, relacionadas ao tratamento indicado para o cão nessa</p><p>situação.</p><p>I - Tratamento hospitalar com uso de furosemida in bollus ou infusão contínua; suplementação com</p><p>oxigênio; uso mais rigoroso de vasodilatadores, como hidralazina e infusão contínua de dobutamina.</p><p>II - Tratamento domiciliar com uso de pimobendan e dieta com leve restrição de sódio e com alta</p><p>palatabilidade; proteínas e calorias adequadas para manter uma ótima condição corporal.</p><p>III - Tratamento hospitalar com uso de furosemida intravenosa; suplementação de oxigênio; sedação</p><p>para reduzir a ansiedade; nitroprussiato de sódio intravenoso e inibidores da enzima conversora de</p><p>angiotensina.</p><p>Quais estão corretas?</p><p>a) Apenas I.</p><p>b) Apenas II.</p><p>c) Apenas III.</p><p>d) Apenas I e II.</p><p>e) I, II e III.</p><p>Comentários</p><p>O Consenso do Colégio Americano de Medicina Veterinária Interna (2019)2 define diretrizes para o</p><p>diagnóstico e tratamento de cães com doença da válvula mitral mixomatosa. Segundo essas diretrizes os</p><p>cães em estágio B2 da doença são animais assintomáticos com regurgitação mitral grave o suficiente para</p><p>2 Keene, B.W et al. ACVIM consensus guidelines for the diagnosis and treatmentof myxomatous mitral valve disease in</p><p>dogs. J Vet Intern Med. v.33, p.1127–1140, 2019.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>67</p><p>122</p><p>16</p><p>acarretar remodelamento cardíaco (aumento de átrio e ventrículo esquerdos) e devem receber tratamento</p><p>antes do início dos sinais clínicos, que consiste em:</p><p> Pimobendan (inodilatador);</p><p> Tratamento dietético, baseado em restrição leve de sódio na dieta e no fornecimento de dieta palatável</p><p>com proteínas e calorias adequadas, mantendo a condição corporal ideal;</p><p> Inibidores da enzima de conversão da angiotensina.</p><p>Considerando essas diretrizes, apenas a afirmativa II está correta, sendo a alternativa B o gabarito da</p><p>questão.</p><p>11. (Residência em Medicina Veterinária – UFSM/2020) A doença valvar degenerativa (DVD) é a causa mais</p><p>comum de insuficiência cardíaca em cães. Estima-se que ela cause mais de 70% das doenças</p><p>cardiovasculares reconhecidas nessa espécie. Em relação à DVD, assinale a alternativa correta.</p><p>a. A válvula tricúspide é a mais frequentemente acometida e em grau mais intenso, mas, em muitos cães,</p><p>lesões degenerativas também envolvem a válvula mitral.</p><p>b. A diminuição da capacidade de exercício e a tosse ou taquipneia durante o exercício são reclamações</p><p>iniciais comuns relatadas pelos tutores.</p><p>c. A radiografia torácica não possui nenhum valor diagnóstico definitivo ou auxílio a este em relação à DVD,</p><p>já que esta não causa nenhuma alteração anatômica no coração.</p><p>d. Nos casos de pacientes com sinais clínicos de insuficiência cardíaca congestiva associados ao exercício,</p><p>não há necessidade de nenhum tipo de tratamento farmacológico, a não ser evitar dietas com excesso de</p><p>sal.</p><p>e. O diurético de eleição para os casos graves, em que os pacientes apresentam edema pulmonar, é a</p><p>espironolactona em altas doses.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A doença valvar degenerativa pode ser silenciosa</p><p>durante anos, e alguns animais podem não desenvolver sinais de insuficiência cardíaca. Os sinais clínicos</p><p>estão relacionados à fisiopatologia da doença. A tosse é comumente relatada e ocorre secundária ao edema</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>68</p><p>122</p><p>17</p><p>pulmonar e à compressão do bronquial. A redução do volume sistólico ventricular pode gerar fraqueza,</p><p>síncope e/ou intolerância e taquipneia ao exercício.</p><p>A alternativa A está incorreta. A valva mitral é a mais comumente afetada pela lesão degenerativa, sendo o</p><p>acometimento da valva tricúspide incomum.</p><p>A alternativa C está incorreta. Diferentes graus de aumento atrial e ventricular podem ser visibilizados em</p><p>radiografias torácicas de cães com doença valvar degenerativa. Apesar do exame radiográfico não</p><p>demonstrar as consequências hemodinâmicas da doença, ele é importante para excluir outras causas de</p><p>cardiomegalia. Devendo-se sempre realizar duas projeções radiográficas (laterolateral e ventrodorsal ou</p><p>dorsoventral).</p><p>A alternativa D está incorreta. Pacientes com sinais clínicos de insuficiência cardíaca congestiva devem</p><p>sempre ser tratados. A restrição de sal, terapia diurética e com vasodilatadores devem ser utilizados aos</p><p>primeiros sinais da doença.</p><p>A alternativa E está incorreta. Diferente do que é afirmado pela questão, a furosemida é o diurético de</p><p>eleição para o tratamento do edema pulmonar, por ser eficaz e bem tolerado.</p><p>12. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG 2020) No tratamento de um cão com cardiomiopatia</p><p>dilatada congestiva é empregado como terapia específica o uso de um fármaco que age melhorando o</p><p>inotropismo bem como possui ação inodilatadora, devido ao seu efeito inibidor da fosfodiesterase III, bem</p><p>como pela sensibilização dos cardiomiócitos ao cálcio. Assinale abaixo o fármaco que é empregado com</p><p>esta finalidade:</p><p>a) Benazepril.</p><p>b) Digoxina.</p><p>c) Pimobendan.</p><p>d) Sildenafil.</p><p>e) Hidralazina.</p><p>Comentários</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>69</p><p>122</p><p>18</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O pimobendan é um agente inotrópico positivo e</p><p>vasodilatador. Seu efeito vasodilatador se dá pela inibição da fosfodiesterase III, enzima que degrada a</p><p>adenosina monofosfato cíclico (AMPc), aumentando, dessa forma, as concentrações intracelulares de AMPc.</p><p>Os efeitos inotrópicos do pimobendan decorrem da sua ação sensibilizadora do cálcio, aumentando a</p><p>interação da troponina C com as proteínas contráteis. Esta medicação é indicada em cães com insuficiência</p><p>valvar ou cardiomiopatia.</p><p>A alternativa A está incorreta. O benazepril é um inibidor da enzima conversora de angiotensina (iECA),</p><p>usado para tratar a hipertensão e a insuficiência cardíaca congestiva. Este medicamento inibe a conversão</p><p>da angiotensina I em angiotensina II, um potente vasoconstritor e estimulante da via simpática, da</p><p>hipertensão renal e da síntese de aldosterona. A inibição da aldosterona reduz a retenção de água e sódio.</p><p>A alternativa B está incorreta. A digoxina é utilizada na insuficiência cardíaca devido ao efeito inotrópico</p><p>e à</p><p>redução da frequência cardíaca em cães e gatos. Sua ação resulta da inativação da bomba ATPase sódio-</p><p>potássio no músculo cardíaco e ampliação do acúmulo de cálcio intracelular, acionamento e liberação do</p><p>cálcio do retículo sarcoplasmático. Além disso, possui efeito na sensibilização de baroceptores, reduzindo a</p><p>frequência cardíaca pelo estímulo do tônus vagal.</p><p>A alternativa D está incorreta. O sildenafil é um vasodilatador, específico para fosfodiesterase V. Ele</p><p>aumenta o GMP cíclico pela inibição da sua degradação pela fosfodiesterase–V (PDE-V). Sua ação sobre a</p><p>musculatura lisa dos vasos pulmonares é importante em pacientes com hipertensão pulmonar.</p><p>A alternativa E está incorreta. A hidralazina desempenha seu efeito vasodilatador periférico por sua ação</p><p>relaxante direta sobre a musculatura lisa vascular, predominantemente nas arteríolas, diminuindo a</p><p>resistência e melhorando o débito cardíaco. Seu uso é para o tratamento de ICC (Insuficiência Cardíaca</p><p>Congestiva), doença cardíaca valvular e de doenças cardíacas caracterizadas por alta resistência vascular</p><p>periférica.</p><p>13. (Residência em Medicina Veterinária – UFPR 2020) Nos cães, a cardiomiopatia arritmogênica é</p><p>caracterizada pelo desenvolvimento de arritmias ventriculares originadas especialmente no ventrículo</p><p>direito. A gênese dessas arritmias envolve miocitólise, fibrose e infiltração fibroadiposa no miocárdio. Qual</p><p>mecanismo está envolvido nesse processo?</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>70</p><p>122</p><p>19</p><p>a) Redução da quantidade de mitocôndrias nos cardiomiócitos.</p><p>b) Alteração em proteínas ligadas com a junção entre cardiomiócitos.</p><p>c) Estiramento dos cardiomiócitos.</p><p>d) Redução no número de junções gap nos cardiomiócitos.</p><p>e) Isquemia miocárdica.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A cardiomiopatia arritmogênica é uma doença</p><p>hereditária que se caracteriza pela substituição dos cardiomiócitos por tecido fibroadiposo gerando</p><p>descontinuidade elétrica nas fibras miocárdicas, prevalentemente no ventrículo direito, mas pode também</p><p>afetar o ventrículo esquerdo. Ocorrem mutações nos genes codificadores de proteínas desmossômicas, que</p><p>promove a aderência intracelular entre os miócitos, defeitos na produção dessas proteínas resultam no</p><p>descolamento das células miogênicas a nível de disco intercalar que sofrem apoptose e são substituídas por</p><p>tecido fibroso ou adiposo.</p><p>14. (Residência em Medicina Veterinária – UFF 2020) Sobre doença valvar degenerativa, é correto afirmar</p><p>que:</p><p>a) mesmo na regurgitação de tricúspide há aumento variável do coração esquerdo, porém ele pode ser</p><p>mascarado pelas alterações pulmonares e cardíacas da insuficiência valvar mitral, que ocorrem</p><p>concomitantemente.</p><p>b) outras alterações morfológicas que acometem animais com doença valvar crônica de mitral incluem:</p><p>dilatação atrial direita, dilatação do anel mitral, hipertrofia concêntrica do ventrículo.</p><p>c) as lesões iniciais caracterizam-se por pequenos nódulos infecciosos nas margens livres dos folhetos</p><p>valvares, os quais se tornam maiores e mais numerosos, formando placas e deformando a valva.</p><p>d) a etiologia da doença degenerativa crônica é ainda incerta, porém acredita-se que a dissolução do</p><p>colágeno seja a base do processo conhecido como degeneração mixomatosa.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>71</p><p>122</p><p>20</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A causa da doença valvar degenerativa permanece</p><p>desconhecida, mas acredita-se que tenha o componente hereditário em algumas raças. Esta doença se</p><p>caracteriza por alterações nos constituintes celulares e na matriz intercelular do aparelho valvar que</p><p>envolvem tanto o conteúdo de colágeno quanto o alinhamento das fibrilas de colágeno dentro da válvula. A</p><p>expansão da camada esponjosa é marcada por alterações no conteúdo de proteoglicanos. Células</p><p>intersticiais valvares, provavelmente com regulação pós-transcricional de ácidos ribonucleicos</p><p>microssatélites, adquirem características de miofibroblastos ativados que aumenta a quantidade das</p><p>enzimas proteolíticas, incluindo metaloproteinases de matriz, que degradam colágeno e elastina mais rápido</p><p>do que podem ser produzidos por células intersticiais valvares (Keene et al., 2019).</p><p>A alternativa A está incorreta. Quando ocorre regurgitação de tricúspide a anomalia no aparato valvar</p><p>atrioventricular é do lado direito, causando dilatação acentuada do átrio direito, pressão atrial direita</p><p>aumentada, podendo causar insuficiência cardíaca direita com ascite e efusão pleural.</p><p>A alternativa B está incorreta. As alterações morfológicas que acometem animais com doença valvar crônica</p><p>de mitral incluem: dilatação atrial ESQUERDA, dilatação do anel mitral, hipertrofia excêntrica do ventrículo</p><p>ESQUERDO. Alterações análogas do lado direito do coração ocorrem em pacientes com lesão degenerativa</p><p>valvar tricúspide.</p><p>A alternativa C está incorreta. As lesões iniciais são caracterizadas por pequenos nódulos nas margens livres</p><p>dos folhetos valvares, os quais se tornam maiores e mais numerosos, formando placas e deformando a valva.</p><p>A alternativa afirma que são nódulos infecciosos, o que torna a afirmativa incorreta.</p><p>15. (Residência em Medicina Veterinária – UFF 2020) Sobre cardiomiopatia hipertrófica felina primária, é</p><p>correto afirmar que:</p><p>a) é caracterizada por hipertrofia ventricular esquerda, com dilatação atrial e ventricular, tendo como</p><p>principal causa o hipertireoidismo.</p><p>b) o propranolol é o betabloqueador mais comumente preconizado e são prescritos em certas situações como</p><p>na obstrução da via de saída de VE, bradicardia e grave comprometimento da função contrátil.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>72</p><p>122</p><p>21</p><p>c) consiste na principal cardiopatia em felinos, apresentando altas mortalidade e letalidade, associando-se</p><p>ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca, tromboembolismo e morte súbita.</p><p>d) animais doentes geralmente apresentam manifestações de edema pulmonar que incluem tosse, que é o</p><p>sinal mais frequente, taquipneia, intolerância ao exercício e dispneia.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A cardiomiopatia hipertrófica é a doença cardíaca</p><p>mais comumente diagnosticada em felinos, em especial de meia idade a idosos. Apresenta mortalidade e</p><p>letalidade altas, e está frequentemente relacionada ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca,</p><p>tromboembolismo e morte súbita em felinos.</p><p>A alternativa A está incorreta. Diferente do que a afirmação alega, na cardiomiopatia hipertrófica não ocorre</p><p>a dilatação atrial e ventricular. Além disso, a etiologia da cardiomiopatia hipertrófica felina ainda é</p><p>desconhecida, mas a causa hereditária é provável em muitos casos. Hipertensão arterial sistêmica e</p><p>hipertireoidismo são as principais causas de hipertrofia miocárdica secundárias, no entanto a questão aborda</p><p>a doença primária.</p><p>A alternativa B está incorreta. Dentre os betabloqueadores, o bloqueador seletivo β-1, atenolol é o mais</p><p>comumente preconizado. Esse medicamento irá melhorar o enchimento ventricular e a performance</p><p>cardíaca.</p><p>A alternativa D está incorreta. Animais doentes raramente apresentam tosse. Os sinais clínicos geralmente</p><p>estão relacionados ao edema pulmonar, e incluem taquipneia, intolerância ao exercício e dispneia.</p><p>16. (Residência em Medicina Veterinária – UFG/2019) A cardiomiopatia hipertrófica é a doença cardíaca</p><p>mais</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>5</p><p>122</p><p>4</p><p>INTRODUÇÃO AO ESTUDO DAS ENFERMIDADES DO SISTEMA</p><p>CARDIOVASCULAR DE CÃES E GATOS</p><p>Considerações Iniciais</p><p>Na aula de hoje vamos estudar as Enfermidades do sistema cardiovascular de cães e gatos, este é</p><p>um dos conteúdos mais cobrados em provas de concurso na área de clínica médica de pequenos animais,</p><p>por isso, é importante que você, estrategista, esteja atento para este tema.</p><p>Questões sobre Cardiomiopatia dilatada, insuficiência cardíaca congestiva e Dirofilariose sempre</p><p>estão presentes. Aqui nesse tema é importante se atentar também para os consensos do Colégio Americano</p><p>de Medicina Veterinária Interna, particularmente o que aborda a doença valvar degenerativa e a</p><p>hipertensão sistêmica, pois recorrentemente são abordados nas questões de provas. Então, vamos iniciar</p><p>nosso estudo desse assunto e focar e nos aprofundar no que for mais importante para seu sucesso no</p><p>concurso almejado.</p><p>Você vai perceber que este livro traz, no decorrer do texto e ao final, diversas questões de concursos</p><p>passados, meu objetivo é praticarmos e entendermos juntos os assuntos cobrados, para que você esteja</p><p>preparado no dia da sua prova. Vale lembrar que este material foi elaborado após uma análise extensa de</p><p>provas e editais anteriores, e ele foca nos principais pontos do assunto abordado.</p><p>Antes de iniciarmos precisamos relembrar alguns pontos para facilitar o entendimento das questões</p><p>relacionadas ao sistema cardiovascular.</p><p>Focos valvares:</p><p> Pulmonar: lado esquerdo do tórax, terceiro espaço intercostal, borda esternal e área tricúspide;</p><p>Aórtico: lado esquerdo do tórax, quarto espaço intercostal, acima da junção costocondral;</p><p>Mitral: lado esquerdo do tórax, quinto espaço intercostal, na junção costocondral;</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6</p><p>122</p><p>5</p><p>Tricúspide: lado direito do tórax, quarto espaço intercostal.</p><p>Figura 1: focos de ausculta cardíaca em cães. Fonte: http://semiodepequenos2015.blogspot.com/2015/12/semiologia-do-sistema-</p><p>cardiaco.html</p><p>Bulhas cardíacas:</p><p> Primeira bulha: S1, fechamento das valvas atrioventriculares mitral e tricúspide;</p><p> Segunda bulha: S2, fechamento das valvas semilunares aórtica e pulmonar;</p><p> Terceira bulha: S3, vibração do enchimento ventricular rápido;</p><p> Quarta bulha: S4, vibração da sístole atrial na presença de taquicardia (fibrilação atrial).</p><p>O sopro cardíaco é um ruído (turbulência) que pode ser ouvido entre os batimentos cardíacos.</p><p>Podendo indicar doença cardíaca. São classificados quanto a localização (mitral, tricúspide, aórtico e</p><p>pulmonar) e quanto a intensidade (graus I a VI).</p><p> Grau I – sopro levíssimo, auscultado somente em ambiente tranquilo e com ausculta prolongada;</p><p> Grau II – sopro leve, auscultado de forma mais fácil;</p><p> Grau III – sopro de intensidade moderada;</p><p> Grau IV – sopro alto, sem frêmito precordial;</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7</p><p>122</p><p>==1365fc==</p><p>6</p><p> Grau V – sopro alto, com frêmito precordial;</p><p> Grau VI – sopro muito alto, com frêmito, ouvido com estetoscópio afastado do tórax.</p><p>Vamos treinar um pouquinho:</p><p>(Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2014 - Modificada) A ausculta cardíaca é um dos principais</p><p>momentos do exame clínico cardiovascular. Para que seja bem realizada é necessário o uso de sensível</p><p>estetoscópio, ambiente silencioso e cooperação do paciente e do proprietário. Sobre o uso correto do</p><p>estetoscópio e técnica de ausculta é INCORRETO afirmar que:</p><p>a) O uso do diafragma permite a auscultação de ruídos de baixa frequência.</p><p>b) O posicionamento do animal deve ser o mais confortável possível para que ele se torne mais cooperante,</p><p>ou seja, em estação, deitado ou sentado.</p><p>c) O foco Mitral está localizado no cão no 5° espaço intercostal esquerdo na junção costocondral.</p><p>d) O foco Aórtico está localizado no cão no 4° espaço intercostal esquerdo acima da junção costocondral.</p><p>e) O foco Tricuspídeo está localizado no lado direito do tórax.</p><p>Comentários:</p><p>A parte do estetoscópio chamada de diafragma permite a identificação de ruídos de agudos (alta frequência),</p><p>desse modo a alternativa A é a incorreta e gabarito da questão.</p><p>Gostaria, agora, de deixar um convite a vocês: SIGAM NOSSO PERFIL DO INSTAGRAM e visitem nossa</p><p>PÁGINA NA WEB, ESPECÍFICOS SOBRE RESIDÊNCIA NA ÁREA DE SAÚDE. Lá teremos diversas informações</p><p>úteis e artigos, tudo visando te auxiliar para alcançar a aprovação. Aproveitem!</p><p>Instagram: @estrategia.saude @vetgraziela</p><p>Site: https://linkme.bio/estrategia.saude/</p><p>Boa aula!</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>8</p><p>122</p><p>1</p><p>Cardiopatias Congênitas em Cães e Gatos</p><p>Dentre as doenças cardíacas congênitas em cães e gatos, a Tetralogia de Fallot tem sido o assunto</p><p>mais cobrado nas provas de residência dos últimos concursos, por isso, dê uma atenção especial para essa</p><p>afecção, no entanto, é bom relembrar outros defeitos congênitos encontrados na clínica de pequenos</p><p>animais, para estar bem preparado no dia da sua prova. Vamos abordar aqui as doenças cardíacas congênitas</p><p>mais prováveis de serem cobradas no seu concurso, bem como os aspectos relevantes relacionados a elas.</p><p>A cardiopatia congênita decorre de alterações morfológicas e funcionais no coração ou vasculatura,</p><p>resultantes de malformações durante o desenvolvimento embrionário que continuam após o nascimento.</p><p>Persistência do ducto arterioso</p><p>Essa doença cardíaca congênita consiste na permanência da patência do ducto arterioso após o 0</p><p>nascimento, o que causa um desvio da esquerda para a direita e consequente sobrecarga de volume da</p><p>circulação pulmonar, átrio e ventrículo esquerdos. Sendo a malformação congênita do sistema</p><p>cardiovascular de maior prevalência na clínica de pequenos animais, sendo menos comum em gatos. Afeta</p><p>mais comumente cães de raças puras (Poodle, Maltês, Pomerânia, Pastor de Shetland, Keeshond, Bichon</p><p>Frise, Yorkshire, Collie, Cocker Spaniel, Pastor Alemão, Chihuahua, Corgi, entre outras) e fêmeas são mais</p><p>predispostas do que machos.</p><p>É uma doença genética poligênica, que ocorre devido à pouca quantidade de musculatura lisa e</p><p>maior proporção de fibras elásticas na parede do ducto arterioso, o que faz com que a vasoconstrição não</p><p>ocorra após o nascimento e o ducto continue funcional.</p><p>Alguns animais podem ser assintomáticos, outros ter sintomas leves, como atraso de crescimento e</p><p>intolerância ao exercício, mas na maioria dos casos os sinais clínicos irão aparecer no primeiro ano de vida.</p><p>O que vai determinar o comprometimento do paciente será a quantidade desviada de sangue. Quando</p><p>presentes, as manifestações clínicas são compatíveis com insuficiência cardíaca esquerda e se caracterizam</p><p>por intolerância ao exercício, tosse, taquipneia de esforço ou dispneia.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>9</p><p>122</p><p>2</p><p>O exame físico revela sopro contínuo no lado esquerdo, na base do coração, com ou sem frêmito</p><p>cardíaco. Pulsos femorais são hipercinéticos ou limítrofes. A auscultação pulmonar pode indicas edema</p><p>pulmonar cardiogênico (estertores ou crepitação). Pode haver choque precordial no lado esquerdo.</p><p>Em radiografias torácicas poderá ser visibilizado o aumento atrial e ventricular esquerdo, de</p><p>moderado a grave, dilatação dos vasos pulmonares. Além disso, pode ser vista</p><p>comum em felinos, na qual o diagnóstico definitivo pode ser concluído por meio de:</p><p>a) auscultação torácica na zona paraesternal de sopro cardíaco de origem sistólica de grau 3 a 4.</p><p>b) radiografia torácica latero-lateral em que é possível detectar o aumento da silhueta cardíaca, dilatação das</p><p>veias pulmonares, dilatação da veia cava.</p><p>c) eletrocardiografia, que permite detectar complexos ventriculares ectópicos, alterações das ondas Q, R e T.</p><p>d) ecocardiografia em que é possível visualizar a diminuição das câmaras ventriculares.</p><p>Comentários</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>73</p><p>122</p><p>22</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A ecocardiografia é o melhor meio de diagnóstico e</p><p>diferenciação de cardiomiopatia hipertrófica felina de outras doenças. A abrangência da hipertrofia e sua</p><p>progressão na parede ventricular, septo e músculos papilares são mostradas por estudos de eco. Técnicas</p><p>Doppler pode comprovar alterações diastólicas ou sistólicas do ventrículo esquerdo.</p><p>A alternativa A está incorreta. A auscultação é um método de triagem para a doença subclínica, no entanto</p><p>não permite a realização de diagnóstico definitivo em pacientes com cardiomiopatia hipertrófica felina.</p><p>Durante a auscultação o sopro auscultado na cardiomiopatia hipertrófica é resultante de obstrução</p><p>dinâmica da via de saída do ventrículo esquerdo ou insuficiência mitral, embora em alguns casos, não esteja</p><p>presente.</p><p>A alternativa B está incorreta. Cardiomegalia é a alteração radiográfica mais visibilizada em casos moderados</p><p>e graves de cardiomiopatia hipertrófica felina. A melhor forma de observar a cardiomegalia é pelo método</p><p>do vertebral heart size na posição dorsoventral ou ventrodorsal.</p><p>A alternativa C está incorreta. O eletrocardiograma é uma avaliação de baixa sensibilidade para</p><p>cardiomiopatia hipertrófica felina, porque embora possa confirmar o aumento de átrio e ventrículo</p><p>esquerdos, desvios do eixo para esquerda, arritmias supraventriculares e defeitos de condução</p><p>intraventricular, essas alterações não são significativas em alguns pacientes com essa doença. Os distúrbios</p><p>de condução intraventricular são os achados eletrocardiográficos mais comuns dessa afecção.</p><p>17. (Residência em Medicina Veterinária – UFF/2019) No tratamento da insuficiência cardíaca congestiva</p><p>(ICC),</p><p>a) é consenso que a utilização dos diuréticos deve ser iniciada precocemente nos cães com endocardiose de</p><p>válvula mitral para auxiliar na inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona.</p><p>b) o pimobendan é contraindicado para cães portadores de cardiomiopatia dilatada por aumentar os riscos</p><p>de arritmias.</p><p>c) a espironolactona é um fármaco diurético, inibidor da aldosterona, que deve ser evitado nos estágios mais</p><p>avançados da doença cardíaca por estimular a fibrose.</p><p>d) o sildenafil é o fármaco mais utilizado quando ocorrem quadros de hipertensão pulmonar nesses</p><p>pacientes.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>74</p><p>122</p><p>23</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O citrato de sildenafila é um inibidor seletivo da</p><p>fosfodiesterase tipo 5 e apresenta efeito vasodilatador pulmonar específico, sendo eficaz na diminuição da</p><p>pressão da artéria pulmonar. Devendo ser usado em cães com hipertensão arterial pulmonar, secundário às</p><p>cardiopatias esquerdas ou às doenças pulmonares.</p><p>A alternativa A está incorreta. Diuréticos são fármacos que diminuem a pré-carga e a volemia, sendo</p><p>indicados apenas nos quadros congestivos da insuficiência cardíaca, devendo ser evitados em outras</p><p>situações, pois estimulam o sistema renina-angiotensina-aldosterona.</p><p>A alternativa B está incorreta. O pimobendan é indicado em cães com miocardiopatia dilatada, tendo efeito</p><p>no aumento da sobrevida e na melhora da classe funcional da insuficiência cardíaca congestiva.</p><p>A alternativa C está incorreta. A espironolactona é um diurético poupador de potássio que age bloqueando</p><p>a reabsorção de sódio sem a perda de potássio. Além disso compete com os receptores de aldosterona, sendo</p><p>um fármaco antagonista da aldosterona. Sua principal indicação é em pacientes cardiopatas que</p><p>apresentam a insuficiência cardíaca congestiva direita.</p><p>18. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2019) Diante de um quadro de parada</p><p>cardiorrespiratória, você deve conhecer a sequência correta de abordagem inicial, nesse contexto, a mais</p><p>adequada é:</p><p>a) Vias aéreas, respiração, circulação, acesso venoso</p><p>b) Circulação, acesso venoso, vias aéreas, respiração</p><p>c) Respiração, vias aéreas, acesso venoso, circulação</p><p>d) Acesso venoso, circulação, vias aéreas, respiração</p><p>e) Vias aéreas, respiração, acesso venoso, circulação</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Durante atendimentos de emergência a sequência</p><p>de avaliação e procedimentos preconizado pelo algoritmo ABCDE (sistema ATLS – Advanced Life Trauma</p><p>Support) preconiza a patência das vias aéreas (A), seguida da respiração/ventilação (B), circulação (C), estado</p><p>neurológico (D) e por fim espoliações (E). Dessa forma inicialmente a patência e integridade das vias aéreas</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>75</p><p>122</p><p>24</p><p>deve ser garantida, na parada cardiorrespiratória o primeiro procedimento que se deve realizar é a intubação</p><p>orotraqueal, seguida de ventilação com oxigênio, manutenção da circulação por meio de massagem cardíaca</p><p>e instituição de acesso venoso, para manutenção da fluidoterapia e infusão de medicamentos vasoativos.</p><p>19. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2019) Analise os itens descritos abaixo sobre a</p><p>Dirofilariose:</p><p>I. O desenvolvimento das larvas L3 infectantes no mosquito leva aproximadamente 2 meses. Quando</p><p>o mosquito se alimenta em um cão, algumas dessas larvas penetram no novo hospedeiro, as larvas seguem</p><p>por dentro da subcútis, passando para o estágio L4 em cerca de duas a duas semanas e meia e então para o</p><p>estágio L5.</p><p>II. Migração aberrante dos vermes é mais comum em cães que em gatos. Os locais aberrantes incluem</p><p>cérebro, nódulos subcutâneos, cavidades corpóreas e ocasionalmente uma artéria sistêmica.</p><p>III. Acredita-se que várias espécies de mosquitos em todo mundo possam transmitir a infecção.</p><p>Algumas espécies são mais importantes como vetores e hospedeiros intermediários que outras.</p><p>IV. Para confirmação do diagnóstico, estadiamento e prognóstico de infeção por D. immitis, a</p><p>radiografia torácica, eletrocardiografia e a ecocardiografia são técnicas úteis.</p><p>a) Apenas II é falsa</p><p>b) Somente II e IV são falsas</p><p>c) I, II e III são verdadeiras</p><p>d) Apenas III é verdadeira</p><p>e) Todas são verdadeiras</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D é o gabarito da questão. Apenas a afirmativa III está correta, a D. immitis é transmitida ao</p><p>cão por várias espécies de mosquitos, que são hospedeiros intermediários obrigatórios. Mais de 70 espécies</p><p>de mosquitos em todo o mundo são susceptíveis à infecção por D. immitis, mas poucas agem</p><p>comprovadamente como vetores da doença. A Culicidae é a principal família de mosquitos envolvida na</p><p>infecção dessa parasitose.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>76</p><p>122</p><p>25</p><p>A afirmativa I está incorreta. O desenvolvimento de L3 dura aproximadamente 2 a 2,5 semanas. As larvas</p><p>infecciosas entram no novo hospedeiro quando o mosquito</p><p>se alimenta do sangue do cão. As larvas L3</p><p>migram por via subcutânea dentro do novo hospedeiro, muda para um estágio L4 em 9 a 12 dias e, em</p><p>seguida, entra no estágio L5 (final) 2 a 3 meses após a infecção.</p><p>A afirmativa II está incorreta. A migração aberrante dos vermes é mais comum em gatos do que em cães.</p><p>Podendo ser encontrados no cérebro, medula espinhal, olhos, fígado ou tecido cutâneo.</p><p>A afirmativa IV está incorreta. Dentre os exames complementares, os importantes para o diagnóstico são o</p><p>exame radiográfico de tórax, a pesquisa de microfilárias, o hemograma e testes imunológicos. Os exames</p><p>eletrocardiográfico e ecocardiográfico têm importância secundária no diagnóstico de dirofilariose.</p><p>20. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2019) No tocante a fisiopatologia da Cardiomiopatia</p><p>Hipertrófica Felina (CHF) é correto afirmar que:</p><p>a) O espessamento miocárdico causa aumento da rigidez ventricular e desenvolvimento de alterações na</p><p>contração.</p><p>b) Há alteração no enchimento ventricular direito e desta forma uma pressão sistólica aumentada é</p><p>necessária devido à rigidez e a menor distensibilidade ventricular.</p><p>c) O átrio esquerdo geralmente aumenta de tamanho, mas o volume ventricular permanece normal ou</p><p>diminuído.</p><p>d) Gatos com CHF apresentam o septo interventricular normal, mas com hipertrofia da parede livre do</p><p>ventrículo direito.</p><p>e) A disfunção sistólica o tromboembolismo são as principais anormalidades observadas nesta enfermidade.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão.</p><p>A alternativa A está incorreta. O espessamento miocárdico que ocorre na cardiomiopatia hipertrófica causa</p><p>aumento da rigidez ventricular e desenvolvimento de alterações no relaxamento.</p><p>A alternativa B está incorreta. Há alteração no enchimento ventricular esquerdo e pressões diastólicas</p><p>aumentadas são necessárias devido à rigidez e à menor distensibilidade ventricular.</p><p>A alternativa D está incorreta. Os gatos com cardiomiopatia hipertrófica possuem hipertrofia do septo</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>77</p><p>122</p><p>26</p><p>interventricular e da parede livre do ventrículo esquerdo.</p><p>A alternativa E está incorreta. A disfunção que ocorre na cardiomiopatia hipertrófica felina é diastólica, e</p><p>essa é a principal anormalidade encontrada nesta afecção.</p><p>21. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2019) No tratamento de gatos com Cardiomiopatia</p><p>Hipertrófica tem-se como objetivos principais a melhora do enchimento ventricular esquerdo, alívio da</p><p>congestão, controle das arritmias, redução da isquemia e evitar o tromboembolismo. Assinale abaixo que</p><p>medicamentos deverão ser usados neste tratamento com seu respectivo objetivo:</p><p>a) Furosemida e escopolamina para alívio da congestão e controle das arritmias.</p><p>b) Ácido acetilsalicílico e diltiazem para evitar o tromboembolismo.</p><p>c) Furosemida e heparina para alívio da congestão e melhora do enchimento ventricular.</p><p>d) Atenolol e diltiazem para redução da isquemia e controle das arritmias.</p><p>e) Atenolol e benazepril para alívio da congestão e controle das arritmias.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O atenolol inibe as respostas cronotrópicas,</p><p>inotrópicas e vasoconstritoras causadas pelas catecolaminas, reduzindo a isquemia, já o bloqueador de canais</p><p>de cálcio, como o diltiazem, diminui a frequência cardíaca e a contratilidade do miocárdio, diminuindo a</p><p>demanda de oxigênio pelo musculo cardíaco, controlando as arritmias.</p><p>22. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2019) Na fase inicial da insuficiência cardíaca ocorre a</p><p>redução do débito cardíaco e da pressão arterial, como consequência há uma resposta fisiológica</p><p>compensatória imediata. Assinale abaixo qual o mecanismo inicial que será ativado para compensar a</p><p>redução do débito e da pressão arterial citada inicialmente:</p><p>a) Liberação de aldosterona.</p><p>b) Ativação do sistema nervoso simpático.</p><p>c) Ativação do sistema nervoso parassimpático.</p><p>d) Ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona.</p><p>e) Secreção do fator natriurético atrial.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>78</p><p>122</p><p>27</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A redução da função ventricular, independente da</p><p>causa da insuficiência cardíaca congestiva, reduz o débito cardíaco e a pressão arterial, que vão estimular</p><p>baroceptores situados na parede arterial, como resposta, ocorre o aumento no tônus do sistema nervoso</p><p>autônomo simpático.</p><p>23. (Residência em Medicina Veterinária – UFRGS 2019) Assinale a alternativa correta sobre as</p><p>recomendações do Colégio Americano de Medicina Interna Veterinária, com relação à identificação, à</p><p>avaliação e ao manejo da hipertensão sistêmica em cães e gatos.</p><p>a) Hipertensão sistêmica idiopática vem sendo reconhecida em cães e gatos, apesar dos mecanismos ainda</p><p>não serem completamente conhecidos.</p><p>b) A mensuração da pressão arterial indireta deve ser realizada com o paciente em estação, sentado ou</p><p>decúbito esternal.</p><p>c) A mensuração da pressão arterial direta demanda a cateterização de um vaso periférico para sua</p><p>determinação.</p><p>d O cuff utilizado deve ter largura de 15-30% da circunferência do local em que está sendo colocado.</p><p>e) O diagnóstico de hipertensão sistêmica em cães e gatos é assumido frente a valores superiores a 140</p><p>mmHg.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O consenso do Colégio Americano de Medicina</p><p>Interna Veterinária recomenda o uso do termo "idiopático" para animais nos quais a hipertensão ocorre na</p><p>ausência de uma causa subjacente identificável.</p><p>A alternativa B está incorreta. A mensuração da pressão arterial indireta deve ser realizada com o animal</p><p>contido suavemente em uma posição confortável, de preferência em decúbito ventral ou lateral para limitar</p><p>a distância vertical do coração ao manguito.</p><p>A alternativa C está incorreta. A determinação direta da pressão arterial envolve o cateterismo de uma</p><p>artéria adequada e avaliação da pressão arterial usando um transdutor eletrônico.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>79</p><p>122</p><p>28</p><p>A alternativa D está incorreta. A largura do manguito deve ser de aproximadamente 30% a 40% da</p><p>circunferência do local em que está sendo colocado.</p><p>A alternativa E está incorreta. O diagnóstico de hipertensão sistêmica em cães e gatos é assumido frente a</p><p>valores superiores a 160 mmHg. A hipertensão em cães e gatos é classificada com base no risco LESÃO EM</p><p>ÓRGÃO-ALVO (LOA), o esquema a seguir traz essa classificação:</p><p>24. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2018) “Ao se iniciar a ausculta cardíaca, é fundamental a</p><p>determinação das bulhas cardíacas, que normalmente são facilmente auscultáveis e conhecidas como 1ª.</p><p>e 2ª. bulhas (S1 e S2, respectivamente)” (Camacho; Mucha, 2004). Diante do exposto, assinale abaixo a</p><p>alternativa correta que explica a origem de tais bulhas:</p><p>a) A bulha S1 relaciona-se com o fechamento das valvas atrioventriculares mitral e tricúspide, enquanto a S2</p><p>origina-se do fechamento das valvas semilunares aórtica e pulmonar.</p><p>b) A bulha S1 relaciona-se com o fechamento das valvas semilunares mitral e pulmonar, enquanto a S2</p><p>origina-se do fechamento das valvas atrioventriculares aórtica e tricúspide.</p><p>c) A bulha S1 relaciona-se com o fechamento das valvas semilunares aórtica e pulmonar, enquanto a S2</p><p>origina-se do fechamento das valvas atrioventriculares mitral e tricúspide.</p><p>d) A bulha S1 relaciona-se com o fechamento das valvas atrioventriculares aórtica e pulmonar, enquanto a</p><p>S2 origina-se do fechamento das valvas semilunares mitral e tricúspide.</p><p>Normotenso</p><p>PAS</p><p>I.</p><p>b) Apenas II.</p><p>c) Apenas III.</p><p>d) Apenas II e III.</p><p>e) I, II e III.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O Consenso do Colégio Americano de Medicina</p><p>Veterinária Interna (2019)3 define diretrizes para o diagnóstico e tratamento de cães com doença da válvula</p><p>mitral mixomatosa. Segundo essas diretrizes os cães em estágio B2 da doença são animais assintomáticos</p><p>com regurgitação mitral grave o suficiente para acarretar remodelamento cardíaco (aumento de átrio e</p><p>ventrículo esquerdos) e devem receber tratamento antes do início dos sinais clínicos, que consiste em:</p><p> Pimobendan (inodilatador);</p><p> Tratamento dietético, baseado em restrição leve de sódio na dieta e no fornecimento de dieta palatável</p><p>com proteínas e calorias adequadas, mantendo a condição corporal ideal;</p><p> Inibidores da enzima de conversão da angiotensina.</p><p>Considerando essas diretrizes, apenas a afirmativa II está correta.</p><p>3 Keene, B.W et al. ACVIM consensus guidelines for the diagnosis and treatmentof myxomatous mitral valve disease in</p><p>dogs. J Vet Intern Med. v.33, p.1127–1140, 2019.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>84</p><p>122</p><p>33</p><p>29. (Residência em Medicina Veterinária – UFRGS 2018) O tratamento indicado para um cão com efusão</p><p>pericárdica e tamponamento cardíaco é</p><p>a) pericardiocentese.</p><p>b) furosemida por via intravenosa.</p><p>c) pimobendam por via oral.</p><p>d) inibidor da enzima conversora de angiotensina por via oral.</p><p>e) digoxina por via oral</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. O derrame de líquido no interior do saco pericárdico</p><p>(entre os pericárdios visceral e parietal) é chamado de efusão pericárdica. O tamponamento cardíaco se dá</p><p>pelo aumento da pressão intrapericárdica e compressão progressiva das câmaras cardíacas, as implicações</p><p>são a redução do retorno venoso e do fluxo sanguíneo. Independentemente da causa, a efusão pericárdica</p><p>com tamponamento cardíaco deve ser tratada com o mesmo procedimento: PERICARDIOCENTESE.</p><p>30. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2017) Considere as seguintes afirmações sobre</p><p>cardiopatias:</p><p>I. Na evolução da doença valvar degenerativa, à medida que o quadro progride, o volume</p><p>regurgitante aumenta, diminuindo, com isso, o volume sistólico e ativando mecanismos</p><p>compensatórios, como: aumento da atividade do sistema nervoso central, atenuação do tônus</p><p>vagal e ativação do sistema renina angiotensina aldosterona, além de dilatação do átrio e</p><p>ventrículo esquerdos, o que pode manter o animal assintomático por muito tempo.</p><p>II. Nas cardiomiopatias, quando o comprometimento miocárdico é grave, sobrepondo a capacidade</p><p>de compensação do sistema cardiovascular, ocorre aumento da pressão diastólica final, causando</p><p>edema pulmonar. Caso o ventrículo esquerdo também esteja comprometido, além de edema</p><p>pulmonar, observa-se ascite e/ou efusão pleural.</p><p>III. Gatos com cardiomiopatia hipertrófica apresentam, em geral, hipertrofia do septo e da parede</p><p>livre do ventrículo esquerdo. Quando o átrio esquerdo também está dilatado, há predisposição à</p><p>formação de trombos, sendo esse um fator de risco para o tromboembolismo nessa espécie.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>85</p><p>122</p><p>34</p><p>IV. Considerando a fisiopatologia da insuficiência cardíaca, esta pode ocorrer por disfunção sistólica,</p><p>quando o coração não é capaz de ejetar volume suficiente de sangue, ou por disfunção diastólica,</p><p>quando o enchimento ventricular não é adequado.</p><p>Está correto apenas o que se afirma em:</p><p>a) I, II e III.</p><p>b) II e III.</p><p>c) I, III e IV.</p><p>d) I e IV.</p><p>e) II</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão, pois as alternativas I, III e IV trazem informações</p><p>corretas.</p><p>A alternativa I está correta. Quando ocorre insuficiência valvar, parte do sangue reflui, o grau da regurgitação</p><p>é determinado pelo diâmetro do orifício pela pressão atrial e ventricular. À medida que a regurgitação</p><p>valvular progride, o volume regurgitante aumenta, o que reduz o volume sistólico. Consequentemente os</p><p>sistemas compensatórios são acionados. Esses mecanismos incluem:</p><p> Ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, mantendo a pressão arterial;</p><p> Liberação de peptídeos vasoativos, particularmente o peptídeo natriurético atrial e o peptídeo cerebral</p><p>natriurético, causando relaxamento vascular, além de efeito diurético e natriurético;</p><p> Aumento da atividade do sistema nervoso central e diminuição do tônus vagal resultando em aumento da</p><p>frequência cardíaca e da contratilidade miocárdica, redirecionamento do fluxo sanguíneo para os órgãos</p><p>vitais e vasoconstrição periférica;</p><p> Dilatação do átrio e do ventrículo esquerdos.</p><p>Esses mecanismos compensatórios proporcionam que a maior parte dos animais se mantenha assintomático</p><p>por anos.</p><p>A alternativa II está incorreta. Caso o ventrículo esquerdo também esteja comprometido, além de edema</p><p>pulmonar, observa-se efusão pleural, mas a ascite ocorre em decorrência do comprometimento do lado</p><p>direito do coração.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>86</p><p>122</p><p>35</p><p>A alternativa III está correta. O espessamento da musculatura cardíaca resulta em acréscimo na rigidez do</p><p>ventrículo, alterando a diástole. O enchimento ventricular esquerdo se modifica, demandando aumento na</p><p>pressão diastólica. Quando há a dilatação do átrio esquerdo, ocorre a formação de trombo, que pode</p><p>culminar com tromboembolismo sistêmico, quando deslocado.</p><p>A alternativa IV está correta. Em relação à fisiopatologia, a insuficiência cardíaca pode ser decorrente de</p><p>disfunção sistólica, quando o coração não é capaz de ejetar volume satisfatório de sangue, embora o retorno</p><p>venoso seja apropriado, ou disfunção diastólica, quando o enchimento ventricular não é adequado. Na</p><p>insuficiência miocárdica sistólica, a contração está reduzida, sem distensão inicial, o que gera volume menor</p><p>de ejeção. A disfunção diastólica é a inabilidade do ventrículo de atingir o enchimento adequado, com</p><p>pressões normais.</p><p>31. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2017 - modificado) Conforme o novo sistema de</p><p>classificação para o tratamento de cães com doença cardíaca valvar crônica descreve-se quatro estágios:</p><p>A, B, C e D. O estágio B é subdividido em B1 e B2. O estágio B2 é caracterizado por pacientes assintomáticos</p><p>que apresentam regurgitação valvar mitral hemodinamicamente significativa, evidenciada por achados</p><p>radiográficos e ecocardiográficos. Atualmente, em relação à terapia de animais em estágio B2, assinale a</p><p>opção mais prudente a ser realizada:</p><p>a) restrição de sódio na dieta e/ou terapia diurética</p><p>b) apenas suplementação com ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa derivados do ômega 3</p><p>c) apenas utilização de inibidores da enzima conversora de angiotensina (inibidores da ECA), como o</p><p>benazepril</p><p>d) apenas monitoramento mensal do paciente (exame físico, em associação aos achados radiográficos e</p><p>ecocardiográficos)</p><p>e) utilização do pimobendan, na dose de 0,25 a 0,3mg/kg, a cada 12 horas.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Pacientes em estágio B2 da doença valvar</p><p>degenerativa apresentam-se sem sintomas, mas com regurgitação valvar mitral hemodinamicamente</p><p>importante, e aumento do coração esquerdo evidenciado por achados radiográficos e ecocardiográficos e</p><p>devem receber tratamento antes do início dos sinais clínicos, que consiste em:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits</p><p>de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>87</p><p>122</p><p>36</p><p> Pimobendan (inodilatador) em uma dosagem de 0,25 a 0,3 mg / kg, oral, a cada 12h;</p><p> Tratamento dietético, baseado em restrição leve de sódio na dieta e no fornecimento de dieta palatável</p><p>com proteínas e calorias adequadas, mantendo a condição corporal ideal;</p><p> Inibidores da enzima de conversão da angiotensina.</p><p>32. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2017) Muitas doenças sistêmicas, metabólicas e</p><p>endócrinas têm efeitos reconhecidos sobre a função e a estrutura cardíaca, atuando de maneira direta ou</p><p>indireta. Com base na citação acima, assinale a alternativa correta:</p><p>a) em cães com hipotireoidismo, a deficiência do hormônio tireoidiano ocasiona diminuição da contratilidade</p><p>cardíaca, a qual nem sempre e revertida após a terapia de reposição hormonal</p><p>b) o hiperadrenocorticismo desencadeia redução na frequência cardíaca</p><p>c) em gatos com hipertireoidismo, há aumento da taxa metabólica e do consumo de oxigênio, além da</p><p>redução da resistência vascular periférica.</p><p>d) apenas “a” e “c” estão corretas</p><p>e) todas estão corretas</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A hipertrofia cardíaca secundária associada ao</p><p>hipertireoidismo é consequência do estado de hipermetabolismo, da vasodilatação periférica, do aumento</p><p>do débito cardíaco, do acionamento do sistema nervoso simpático, do desenvolvimento da hipertensão</p><p>sistêmica e dos efeitos diretos dos hormônios produzidos pela tireoide sobre o músculo cardíaco.</p><p>33. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2017) No eletrocardiograma de um cão portador de</p><p>bloqueio atrioventricular (BAV) de primeiro grau observa-se:</p><p>a) Aumento da duração do complexo QRS.</p><p>b) Aumento da duração da onda P.</p><p>c) Aumento da duração do segmento QT.</p><p>d) Aumento da amplitude da onda R.</p><p>e) Aumento da duração do intervalo PR.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>88</p><p>122</p><p>37</p><p>Comentários</p><p>A alternativa E está correta e é o gabarito da questão. Os bloqueios atrioventriculares acontecem quando</p><p>há atrasos ou interrupções da condução do impulso entre os átrios e os ventrículos, o de 1º grau marca uma</p><p>condução átrio ventricular demorada, que eletrocardiograficamente se expressa como ampliação da duração</p><p>do intervalo PR (maior que 0,13 s em cães e que 0,09 s em gatos), esse bloqueio geralmente ocorre</p><p>secundariamente ao estímulo vagal acentuado, à intoxicação por fármacos ou ao desequilíbrio eletrolítico.</p><p>34. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2017) Como principal indicação clínica para o uso do</p><p>Monitoramento Eletrocardiográfico Holter em um cão podemos citar:</p><p>a) Identificação de insuficiência valvar mitral.</p><p>b) Paciente com síncope.</p><p>c) Cardiomiopatia dilatada congestiva.</p><p>d) Hipertensão arterial sistêmica.</p><p>e) Hipertensão da artéria pulmonar</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Pacientes com episódios de síncope cuja causa não</p><p>foi definida, mesmo com auxílio de outros exames complementares, o monitoramento eletrocardiográfico</p><p>por 24 horas (Holter) pode determinar o diagnóstico.</p><p>35. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2017) Na insuficiência cardíaca congestiva esquerda, o</p><p>sinal clínico característico será:</p><p>a) Dispneia devido o edema pulmonar.</p><p>b) Dispneia devido a ascite.</p><p>c) Distensão da jugular devido regurgitação da valva mitral.</p><p>d) Efusão pleural devido a regurgitação da valva tricúspide.</p><p>e) Tosse devido a ascite.</p><p>Comentários</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>89</p><p>122</p><p>38</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A insuficiência cardíaca congestiva esquerda decorre</p><p>do aumento da pressão de enchimento do lado esquerdo do coração associado ao acréscimo de volume,</p><p>pressão sistólica ou doença miocárdica que causa disfunção diastólica, o que leva ao edema pulmonar com</p><p>possibilidade de efusão pleural. Consequentemente ao edema, a ventilação e trocas gasosas ficam</p><p>prejudicadas, o que causa manifestações clínicas compatíveis com quadro de dificuldade respiratória</p><p>(dispneia).</p><p>36. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2017) Em um cão com insuficiência cardíaca congestiva</p><p>que desenvolveu extrassístoles atriais frequentes o medicamento de escolha para o tratamento é:</p><p>a) Lidocaína</p><p>b) Atenolol</p><p>c) Digoxina</p><p>d) Furosemida</p><p>e) Pimobendam</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A digoxina tem efeito inotrópico positivo, diminui o</p><p>tamanho cardíaco e aumenta a perfusão miocárdica, causando maior condução intra-atrial e eliminação de</p><p>arritmias ventriculares. Em cães com insuficiência cardíaca e em gatos com cardiomiopatia dilatada com</p><p>extrassístoles atriais recorrentes, a digoxina é o fármaco de escolha, pois diminui a velocidade de condução</p><p>e eleva a refratariedade atrioventricular4.</p><p>37. (Residência em Medicina Veterinária – UFU/2017) Sobre as informações relativas às principais</p><p>cardiopatias caninas e felinas, assinale a alternativa INCORRETA. (Considere as seguintes abreviações: RM,</p><p>regurgitação mitral; RT, regurgitação tricúspide; VE, ventrículo esquerdo; ICC, insuficiência cardíaca</p><p>congestiva).</p><p>4 Jericó, M.M. Tratado de medicina interna de cães e gatos. Rio de Janeiro: Roca, 2015.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>90</p><p>122</p><p>39</p><p>a) Das doenças cardíacas congênitas, a persistência do ducto arterioso é o desvio arteriovenoso congênito</p><p>mais comum em pequenos animais. Possui como principais características pulso arterial hipercinético e sopro</p><p>cardíaco contínuo, geralmente mais audível na base esquerda do coração.</p><p>b) A doença degenerativa da valva atrioventricular (endocardiose) é a causa mais comum de insuficiência</p><p>cardíaca congestiva no cão. Sopros holossistólicos ouvidos mais nitidamente na região do ápice esquerdo e</p><p>direito são típicos de RM e RT, respectivamente. Embora sopros mais intensos tenham sido associados à</p><p>doença mais avançada, em cães com regurgitação massiva e insuficiência cardíaca grave, o sopro pode ser</p><p>suave ou mesmo inaudível.</p><p>c) Doenças caracterizadas por hipertrofia miocárdica são comuns na espécie felina. Sinais respiratórios de</p><p>severidade variável, sinais agudos de tromboembolismo, episódios de síncope ou morte súbita podem</p><p>ocorrer na ausência de quaisquer outros sinais. Arritmias cardíacas e sopros sistólicos compatíveis com RM</p><p>ou com obstrução da via de saída do VE são comuns, embora som diastólico de galope também possa ser</p><p>ouvido, se houver ICC.</p><p>d) A cardiomiopatia dilatada é uma doença encontrada nas espécies canina e felina, sendo mais comum na</p><p>primeira. Cães com doença avançada e débito cardíaco pobre têm um aumento de tônus simpático e</p><p>vasoconstrição periférica com aumento do tempo de preenchimento capilar. Fibrilação atrial e pulso irregular,</p><p>bem como sopros sistólicos de alta intensidade consequentes à RM e/ou RT, são achados muito frequentes</p><p>nessa cardiopatia</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. Todas as alternativas trazem afirmações corretas,</p><p>exceto a letra d, pois os sopros apresentados por pacientes com cardiomiopatia dilatada possuem</p><p>intensidade baixa, devido a insuficiência secundária das valvas atrioventriculares.</p><p>38. (Residência em Medicina Veterinária – PUC-PR/2017) A cardiomiopatia hipertrófica felina (CMH) é uma</p><p>doença do miocárdio ventricular e consiste na condição cardíaca mais comum em gatos de todas as idades.</p><p>Sobre essa doença, é CORRETO afirmar que</p><p>a) é uma doença do miocárdio ventricular predominantemente direito, caracterizada por dilatação e</p><p>hipocinesia ventricular e insuficiência primária do miocárdio.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>91</p><p>122</p><p>40</p><p>b) pode estar associada à presença de hipotireoidismo, hipotensão arterial sistêmica ou com o</p><p>hiposomatotropismo.</p><p>c) a deficiência de taurina pode estar associada à ocorrência de CMH em gatos alimentados com comida</p><p>caseira ou ração para cães. O uso de ração industrializada contendo taurina reduziu sobremaneira a presença</p><p>desta condição.</p><p>d) a CMH grave caracteriza-se pelo espessamento do miocárdio ventricular esquerdo, hipertrofia concêntrica,</p><p>resultando em disfunção diastólica, dilatação atrial esquerda e insuficiência cardíaca congestiva.</p><p>e) com a progressão da doença, há aumento da pressão nas veias pulmonares com subsequente ascite,</p><p>edema de membros e insuficiência cardíaca congestiva direita.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A cardiomiopatia hipertrófica é a afecção miocárdica</p><p>mais comum de felinos e cursa com espessamento da musculatura do ventrículo esquerdo, podendo ser</p><p>primária ou secundária. A hipertrofia ventricular é concêntrica e forma uma câmara de alta rigidez, levando</p><p>a uma disfunção diastólica, com altas pressões de enchimento ventricular esquerdo que resulta em dilatação</p><p>do átrio esquerdo. Com a progressão da doença, há aumento da pressão nas veias pulmonares com edema</p><p>pulmonar e insuficiência cardíaca congestiva.</p><p>39. (Residência em Medicina Veterinária – UFG 2016) A cardiomiopatia hipertrófica constitui a doença</p><p>miocárdica mais frequente em gatos. Os principais objetivos do tratamento na cardiomiopatia hipertrófica</p><p>em felinos são: facilitar o enchimento ventricular, aliviar a congestão, controlar as arritmias, minimizar a</p><p>isquemia e prevenir o tromboembolismo. Neste contexto, o enchimento ventricular é melhorado por meio</p><p>da diminuição da frequência cardíaca e do aumento do relaxamento do miocárdio, com a prescrição de:</p><p>a) digoxina.</p><p>b) diltiazem.</p><p>c) dobutamina.</p><p>d) taurina.</p><p>Comentários</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>92</p><p>122</p><p>41</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. O diltiazem é um bloqueador dos canais de cálcio,</p><p>que inibe a entrada do íon cálcio nas células ou a sua mobilização dos estoques intracelulares. Esse</p><p>medicamento relaxa a musculatura lisa arterial, já que a contração desta musculatura depende da</p><p>concentração citoplasmática de cálcio. No coração, o bloqueio dos canais de cálcio pode resultar num efeito</p><p>inotrópico negativo (diminuição da força de contração e do débito cardíaco). O diltiazem também possui</p><p>efeito cronotrópico negativo (diminui a condução atrioventricular e a frequência do marcapasso sinusal).</p><p>Causa redução da resistência vascular periférica e da pressão arterial sistólica e diastólica.</p><p>40. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2016) No que diz respeito à dirofilariose canina, é</p><p>correto afirmar:</p><p>a) Acomete em geral cães entre três a cinco anos de idade e os machos são mais afetados do que as fêmeas</p><p>b) Os parasitos jovens atingem o sistema cardiovascular migrando através das veias pulmonares</p><p>c) No cão, o parasito adulto e as microfilárias possuem vida média, respectivamente, de um a dois anos e três</p><p>a cinco anos</p><p>d) Apenas “a” e “b” estão corretas</p><p>e) Todas alternativas acima estão corretas</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. A dirofilariose canina é mais comum em cães com</p><p>idade entre 3 e 5 anos, apesar de poder ser diagnosticada em cães com menos de 1 ano ou idosos. Machos</p><p>são mais predispostos que fêmeas em uma proporção de 3 a 4 vezes maior. Cães de porte grande são mais</p><p>afetados que cães pequenos e médios.</p><p>41. (Concurso Médico Veterinário – UFRA/2016) Julgue as afirmativas abaixo, sobre miocardiopatias de</p><p>cães e gatos:</p><p>I. Em pacientes com insuficiência miocárdica, a redução da contratilidade diminui o volume diastólico,</p><p>o débito cardíaco e a pressão arterial sanguínea.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>93</p><p>122</p><p>42</p><p>II. O ventrículo hipertrofiado está sujeito à isquemia que leva ao aumento do conteúdo de colágeno.</p><p>Inicialmente, a elevação do conteúdo de colágeno nesse tecido favorece a manutenção da função sistólica,</p><p>mas interfere na função diastólica.</p><p>III. A insuficiência cardíaca diastólica existe quando a congestão pulmonar venosa e os sinais clínicos</p><p>resultantes ocorrem na presença da função sistólica ventricular esquerda normal ou próxima do normal.</p><p>IV. A miocardiopatia dilatada pode levar à insuficiência cardíaca diastólica.</p><p>Estão corretas as afirmativas:</p><p>a) I e II, somente.</p><p>b) I, II e IV.</p><p>c) II e III, somente.</p><p>d) II, III e IV.</p><p>e) III e IV, somente.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. Já que apenas as afirmativas II e III trazem</p><p>informações corretas.</p><p>A alternativa I está incorreta. A redução da contratilidade do miocárdio causa diminuição do volume</p><p>sistólico.</p><p>A alternativa II está correta.</p><p>A alternativa III está correta.</p><p>A alternativa IV está incorreta. A miocardiopatia dilatada pode levar à insuficiência cardíaca sistólica.</p><p>42. (Residência em Medicina Veterinária – PUC-PR/2016) O exame físico do paciente cardiopata</p><p>(identificação do animal, anamnese, inspeção, palpação, percussão e auscultação) é o começo da avaliação</p><p>clínica do paciente e, indubitavelmente, o procedimento mais importante, pois é o crivo que determinará</p><p>se o paciente será rotulado como cardiopata ou não. Sobre a semiologia do sistema circulatório, analise</p><p>as proposições a seguir:</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>94</p><p>122</p><p>43</p><p>I. O paciente se apresenta para consulta e, na ausculta, é detectada uma arritmia cardíaca. Nesse</p><p>caso, o eletrocardiograma (ECG) será o exame subsidiário que irá confirmar e caracterizar o tipo de arritmia.</p><p>II. A miocardiopatia dilatada congestiva idiopática é uma cardiopatia relativamente comum em cães</p><p>e de infrequente apresentação em gatos, provavelmente em razão da suplementação de taurina nos</p><p>alimentos balanceados, que é a principal etiologia nessa espécie.</p><p>III. Um cão de cinco anos pode apresentar um sopro devido a uma cardiopatia congênita de baixo</p><p>gradiente de pressão, compensada e sem sinais clínicos de insuficiência cardíaca congestiva.</p><p>IV. Os sinais clínicos congestivos à direita representam a congestão venosa pulmonar com</p><p>sintomatologia de tosse e/ou dispneia/taquipneia, terminando com um quadro de edema pulmonar.</p><p>V. Pelo lado esquerdo, os sinais clínicos congestivos irão se apresentar como coleções de líquidos</p><p>como efusões, devendo o clínico diferenciar dos quadros efusivos decorrentes de outros órgãos, por</p><p>exemplo, o fígado.</p><p>a) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas.</p><p>b) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.</p><p>c) Somente as afirmativas I, II e V estão corretas.</p><p>d) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.</p><p>e) Somente as afirmativas I, III e V estão corretas.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. As alternativas I, II e</p><p>III trazem informações corretas.</p><p>A alternativa I está correta. O eletrocardiograma registra em forma de gráfico as atividades elétricas das</p><p>células cardíacas. Esse método é considerado a melhor forma de estudar e diagnosticar as arritmias cardíacas.</p><p>A alternativa II está correta. A deficiência de taurina é a principal causa de cardiomiopatia dilatada em</p><p>felinos, e a partir dessa descoberta as rações comerciais para felinos passou a ser suplementada com esse</p><p>aminoácido, o que diminuiu muito a incidência dessa doença miocárdica nessa espécie.</p><p>A alternativa III está correta. Alguns animais com doença congênita podem continuar assintomáticos por um</p><p>longo período, com manifestações clínicas apenas na fase adulta.</p><p>A alternativa IV está incorreta. As manifestações clínicas da insuficiência cardíaca congestiva direita</p><p>decorrem de congestão na circulação sistêmica, sendo manifestados por ascite, derrame pleural e edema de</p><p>membros.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>95</p><p>122</p><p>44</p><p>A alternativa V está incorreta. A insuficiência cardíaca congestiva esquerda resulta do aumento da pressão</p><p>venosa pulmonar e se manifesta por edema pulmonar e efusão pleural, com sintomas como dispneia,</p><p>ortopneia e tosse úmida.</p><p>43. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2015) Dentre as cardiomiopatias, cita-se uma que é</p><p>comum em seres humanos e felinos. A fisiopatologia está baseada principalmente, na disfunção diastólica,</p><p>resultante de relaxamento anormal e redução da distendibilidade do ventrículo esquerdo. Tal alteração</p><p>encontra-se relacionada com:</p><p>a) Endocardiose de mitral</p><p>b) Cardiomiopatia isquêmica</p><p>c) Cardiomiopatia hipertrófica</p><p>d) Cardiomiopatia dilatada</p><p>e) Dirofilariose</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. A cardiomiopatia hipertrófica é a doença cardíaca</p><p>mais comum em felinos, e se caracteriza por hipertrofia da musculatura do miocárdio, com aumento da</p><p>rigidez e alterações no relaxamento sem dilatação das câmaras, o que gera disfunção diastólica.</p><p>44. Um canino, Golden Retriever, macho, oito anos, 40 Kg, foi encaminhado ao hospital veterinário por</p><p>apresentar prostração, cansaço, emagrecimento, aumento de volume abdominal e dispneia há duas</p><p>semanas. O animal estava com apetite diminuído e com dificuldade para dormir, devido à dispneia. Ao</p><p>exame clínico o paciente estava magro, com ascite, dispneia restritiva, mucosas levemente cianóticas,</p><p>pulso femoral fraco e paradoxal. À auscultação as bulhas estavam hipofonéticas, sem sopro, o ritmo</p><p>regular (FC de 160 bpm), a ausculta pulmonar estava abafada bilateral e ventralmente. Havia dilatação e</p><p>pulso jugular. A radiografia torácica revelou aumento importante da silhueta cardíaca, com formato</p><p>globoso e efusão pleural.</p><p>Eletrocardiograma (ECG) (derivação D2):</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>96</p><p>122</p><p>45</p><p>Ao exame ecocardiográfico, observou-se efusão pericárdica, em grande quantidade, colapso diastólico do</p><p>átrio direito e ventrículo direito. Fração de encurtamento normal, sem insuficiências valvares. Em relação</p><p>ao caso, responda às questões (40, 41 e 42), assinalando a alternativa CORRETA.</p><p>(Residência em Medicina Veterinária – PUC-PR/2015) Qual é o diagnóstico?</p><p>a) Insuficiência cardíaca congestiva direita secundária à cardiomiopatia dilatada.</p><p>b) Insuficiência cardíaca congestiva direita secundária à endocardiose de tricúspide.</p><p>c) Insuficiência hepática com hipoalbuminemia.</p><p>d) Insuficiência cardíaca congestiva direita secundária à efusão pericárdica e tamponamento cardíaco.</p><p>e) Insuficiência cardíaca congestiva esquerda secundária à cardiomiopatia dilatada.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. O acúmulo de líquido no interior do saco pericárdico</p><p>é chamado de efusão pericárdica ou derrame pericárdico. A efusão pericárdica idiopática é uma das principais</p><p>causas de efusão pericárdica em cães, e acomete principalmente cães de grande porte, de meia idade, sendo</p><p>a raça Golden Retriever mais frequentemente afetada, esses dados são compatíveis com os do cão</p><p>apresentado no relato. Quando a pressão no interior do saco pericárdico aumenta excessivamente,</p><p>superando a pressão diastólica final das câmaras cardíacas ocorre o tamponamento cardíaco, resultando em</p><p>diminuição do volume ejetado pelo ventrículo. O átrio e ventrículo direitos são geralmente afetados em casos</p><p>de tamponamento cardíaco, o que resulta em um quadro de insuficiência congestiva cardíaca direita.</p><p>45. (Residência em Medicina Veterinária – PUC-PR/2015) Qual é o ritmo do eletrocardiograma?</p><p>a) Taquicardia sinusal com taquicardia ventricular paroxística.</p><p>b) Taquicardia sinusal com complexos ventriculares prematuros (do ventrículo esquerdo), em trigeminismo.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>97</p><p>122</p><p>46</p><p>c) Taquicardia sinusal com alternância elétrica dos complexos QRS.</p><p>d) Taquicardia ventricular.</p><p>e) Fibrilação atrial.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa C está correta e é o gabarito da questão. O traçado apresentado na imagem do</p><p>eletrocardiograma é compatível com taquicardia sinusal. O complexo QRS se apresenta com amplitudes</p><p>alternadamente maiores e menores, sugerindo alternância elétrica.</p><p>46. (Residência em Medicina Veterinária – PUC-PR/2015) Qual deve ser o tratamento indicado para o</p><p>paciente em questão?</p><p>a) Furosemida intravenosa a cada hora, oxigenioterapia, toracocentese.</p><p>b) Pericardiocentese com drenagem da efusão pericárdica e toracocentese e drenagem da efusão pleural.</p><p>c) Furosemida intravenosa a cada duas horas, benazepril e pimobendan.</p><p>d) Inibidor da ECA, espironolactona, atenolol e dieta hipossódica.</p><p>e) Benazepril, furosemida, pimobendan, espironolactona e dieta hipossódica.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Em casos de derrames, a punção é sempre indicada.</p><p>No caso do derrame pericárdico deve-se realizar a pericardiocentese com drenagem do líquido pericárdico.</p><p>Já para a efusão pericárdica, o tratamento consiste na punção torácica (toracocentese) seguida da drenagem</p><p>da efusão acumulada na cavidade torácica.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>98</p><p>122</p><p>1</p><p>LISTA DE QUESTÕES</p><p>1. (Residência em Medicina Veterinária – Prefeitura do Rio de Janeiro/2021) Na análise do líquido de uma</p><p>efusão pleural, obteve-se um exsudato quiloso. Deve-se considerar:</p><p>a) coagulopatia.</p><p>b) miocardiopatia.</p><p>c) infecção fúngica.</p><p>d) ruptura de abscesso pulmonar.</p><p>2. (Residência em Medicina Veterinária – UPF/2021) Um cão, Doberman, 8 anos de idade, macho, está</p><p>apresentando tosse seca e intolerância ao exercício. O tutor notou também que está mais prostrado e</p><p>emagrecendo nos últimos 2 meses. Ao exame físico, constatou-se que o animal apresenta frequência</p><p>cardíaca de 180 batimentos por minuto, arritmia, abafamento do som cardíaco, sopro em mitral de grau</p><p>II, discreta crepitação pulmonar na região dos lobos pulmonares intermediários, extremidades frias,</p><p>tempo de preenchimento capilar de 3 segundos, hidratação e temperatura retal dentro dos parâmetros</p><p>normais, mucosas normocoradas, estado corporal 2, pulso irregular, rápido e assíncrone com os</p><p>batimentos cardíacos. Na palpação abdominal não foram encontradas alterações. Qual o diagnóstico</p><p>presuntivo e quais as principais alterações</p><p>na radiografia torácica (RX) e no ecocardiograma (ECO) que</p><p>confirmariam tal diagnóstico?</p><p>a) Cardiomiopatia dilatada; RX: dilatação atrioventricular direita e padrão alveolar difuso peri-hilar; ECO:</p><p>dilatação das cavidades direitas (átrio e ventrículo) e aumento da contratilidade cardíaca.</p><p>b) Endocardiose; RX: dilatação atrioventricular esquerda e padrão pulmonar intersticial em região peri-hilar;</p><p>ECO: dilatação das cavidades esquerdas (átrio e ventrículo) e degeneração da válvula tricúspide.</p><p>c) Endocardiose; RX: dilatação atrioventricular direita e padrão alveolar difuso; ECO: espessamento do</p><p>miocárdio nas cavidades direitas (átrio e ventrículo) com aumento da contratilidade cardíaca.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>99</p><p>122</p><p>2</p><p>d) Cardiomiopatia arrítmica do ventrículo direito; RX: dilatação atrioventricular direita e padrão alveolar</p><p>difuso; ECO: espessamento do miocárdio nas cavidades direitas (átrio e ventrículo) com aumento da</p><p>contratilidade cardíaca.</p><p>e) Cardiomiopatia dilatada; RX: dilatação atrioventricular esquerda e padrão pulmonar intersticial peri-hilar;</p><p>ECO: dilatação das cavidades esquerdas (átrio e ventrículo) e diminuição da contratilidade cardíaca.</p><p>3. (Residência em Medicina Veterinária – UFG/2021) A insuficiência cardíaca resultante do aumento da</p><p>resistência à ejeção é observada em casos de:</p><p>a) fístulas arteriovenosas.</p><p>b) cardiomiopatia obstrutiva hipertrófica.</p><p>c) estenoses valvares atrioventriculares.</p><p>d) pericardite constritiva</p><p>4. (Residência em Medicina Veterinária – UFF 2020) Sobre cardiomiopatia dilatada (CMD) em cães, é</p><p>conhecido que:</p><p>a) esse é o termo usado para definir a doença miocárdica caracterizada por contratilidade reduzida e</p><p>dilatação ventricular, envolvendo o ventrículo esquerdo ou ambos os ventrículos.</p><p>b) essa doença pode ser primária ou secundária; nos casos em que não se reconhece uma causa, o termo</p><p>“secundária” é utilizado.</p><p>c) o monitoramento ecocardiográfico ambulatorial por período de 24 horas (sistema Holter) constitui-se em</p><p>uma modalidade diagnóstica não invasiva, sendo indicado para o diagnóstico de possíveis arritmias em</p><p>pacientes com cardiomiopatias.</p><p>d) os inibidores dos canais de cálcio são indicados para seu tratamento, principalmente em animais das raças</p><p>Dobermann, Buldogue francês e Cavalier King Charles.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>100</p><p>122</p><p>3</p><p>5. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2020) Com relação aos dois tipos de hipertrofia cardíaca,</p><p>são algumas das causas da hipertrofia concêntrica e excêntrica, respectivamente:</p><p>a) Sobrecarga de pressão, causada por estenose valvular; sobrecarga de volume, causada por insuficiência</p><p>valvular</p><p>b) Sobrecarga de volume, causada por estenose valvular; sobrecarga de pressão, causada por insuficiência</p><p>valvular</p><p>c) Sobrecarga de pressão, causada por insuficiência valvular; sobrecarga de volume, causada por estenose</p><p>valvular</p><p>d) Para ambas, sobrecarga de volume, causada por estenose ou insuficiência valvular.</p><p>e) Para ambas, sobrecarga de pressão, causada por estenose ou insuficiência valvular.</p><p>6. (Residência em Medicina Veterinária – UFRGS/2020) Considere a seguinte situação. Um cão com doença</p><p>cardíaca valvar crônica, que se encontra assintomático no momento do diagnóstico, apresenta</p><p>regurgitação mitral hemodinamicamente grave o suficiente para causar remodelamento cardíaco,</p><p>evidenciado por achados radiográficos e ecocardiográficos de aumento do átrio e ventrículo esquerdos</p><p>(estágio B2 da classificação do Consensus Statements of the American College of Veterinary Internal</p><p>Medicine, 2019). Considere as afirmações abaixo, relacionadas ao tratamento indicado para o cão nessa</p><p>situação.</p><p>I - Tratamento hospitalar com uso de furosemida in bollus ou infusão contínua; suplementação com</p><p>oxigênio; uso mais rigoroso de vasodilatadores, como hidralazina e infusão contínua de dobutamina.</p><p>II - Tratamento domiciliar com uso de pimobendan e dieta com leve restrição de sódio e com alta</p><p>palatabilidade; proteínas e calorias adequadas para manter uma ótima condição corporal.</p><p>III - Tratamento hospitalar com uso de furosemida intravenosa; suplementação de oxigênio; sedação</p><p>para reduzir a ansiedade; nitroprussiato de sódio intravenoso e inibidores da enzima conversora de</p><p>angiotensina.</p><p>Quais estão corretas?</p><p>a) Apenas I.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>101</p><p>122</p><p>4</p><p>b) Apenas II.</p><p>c) Apenas III.</p><p>d) Apenas I e II.</p><p>e) I, II e III.</p><p>7. (Residência em Medicina Veterinária – UFSM/2020) A doença valvar degenerativa (DVD) é a causa mais</p><p>comum de insuficiência cardíaca em cães. Estima-se que ela cause mais de 70% das doenças</p><p>cardiovasculares reconhecidas nessa espécie. Em relação à DVD, assinale a alternativa correta.</p><p>a. A válvula tricúspide é a mais frequentemente acometida e em grau mais intenso, mas, em muitos cães,</p><p>lesões degenerativas também envolvem a válvula mitral.</p><p>b. A diminuição da capacidade de exercício e a tosse ou taquipneia durante o exercício são reclamações</p><p>iniciais comuns relatadas pelos tutores.</p><p>c. A radiografia torácica não possui nenhum valor diagnóstico definitivo ou auxílio a este em relação à DVD,</p><p>já que esta não causa nenhuma alteração anatômica no coração.</p><p>d. Nos casos de pacientes com sinais clínicos de insuficiência cardíaca congestiva associados ao exercício,</p><p>não há necessidade de nenhum tipo de tratamento farmacológico, a não ser evitar dietas com excesso de</p><p>sal.</p><p>e. O diurético de eleição para os casos graves, em que os pacientes apresentam edema pulmonar, é a</p><p>espironolactona em altas doses.</p><p>8. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG 2020) No tratamento de um cão com cardiomiopatia</p><p>dilatada congestiva é empregado como terapia específica o uso de um fármaco que age melhorando o</p><p>inotropismo bem como possui ação inodilatadora, devido ao seu efeito inibidor da fosfodiesterase III, bem</p><p>como pela sensibilização dos cardiomiócitos ao cálcio. Assinale abaixo o fármaco que é empregado com</p><p>esta finalidade:</p><p>a) Benazepril.</p><p>b) Digoxina.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>102</p><p>122</p><p>5</p><p>c) Pimobendan.</p><p>d) Sildenafil.</p><p>e) Hidralazina.</p><p>9. (Residência em Medicina Veterinária – UFPR 2020) Nos cães, a cardiomiopatia arritmogênica é</p><p>caracterizada pelo desenvolvimento de arritmias ventriculares originadas especialmente no ventrículo</p><p>direito. A gênese dessas arritmias envolve miocitólise, fibrose e infiltração fibroadiposa no miocárdio. Qual</p><p>mecanismo está envolvido nesse processo?</p><p>a) Redução da quantidade de mitocôndrias nos cardiomiócitos.</p><p>b) Alteração em proteínas ligadas com a junção entre cardiomiócitos.</p><p>c) Estiramento dos cardiomiócitos.</p><p>d) Redução no número de junções gap nos cardiomiócitos.</p><p>e) Isquemia miocárdica.</p><p>10. (Residência em Medicina Veterinária – UFF 2020) Sobre doença valvar degenerativa, é correto afirmar</p><p>que:</p><p>a) mesmo na regurgitação de tricúspide há aumento variável do coração esquerdo, porém ele pode ser</p><p>mascarado pelas alterações pulmonares e cardíacas da insuficiência valvar mitral, que ocorrem</p><p>concomitantemente.</p><p>b) outras alterações morfológicas que acometem animais com doença valvar crônica de mitral incluem:</p><p>dilatação atrial direita, dilatação do anel mitral, hipertrofia concêntrica do ventrículo.</p><p>c) as</p><p>lesões iniciais caracterizam-se por pequenos nódulos infecciosos nas margens livres dos folhetos</p><p>valvares, os quais se tornam maiores e mais numerosos, formando placas e deformando a valva.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>103</p><p>122</p><p>6</p><p>d) a etiologia da doença degenerativa crônica é ainda incerta, porém acredita-se que a dissolução do</p><p>colágeno seja a base do processo conhecido como degeneração mixomatosa.</p><p>11. (Residência em Medicina Veterinária – UFF 2020) Sobre cardiomiopatia hipertrófica felina primária, é</p><p>correto afirmar que:</p><p>a) é caracterizada por hipertrofia ventricular esquerda, com dilatação atrial e ventricular, tendo como</p><p>principal causa o hipertireoidismo.</p><p>b) o propranolol é o betabloqueador mais comumente preconizado e são prescritos em certas situações como</p><p>na obstrução da via de saída de VE, bradicardia e grave comprometimento da função contrátil.</p><p>c) consiste na principal cardiopatia em felinos, apresentando altas mortalidade e letalidade, associando-se</p><p>ao desenvolvimento de insuficiência cardíaca, tromboembolismo e morte súbita.</p><p>d) animais doentes geralmente apresentam manifestações de edema pulmonar que incluem tosse, que é o</p><p>sinal mais frequente, taquipneia, intolerância ao exercício e dispneia.</p><p>12. (Residência em Medicina Veterinária – UFP/2020) Um felino, persa, fêmea, com 9 anos de idade,</p><p>apresenta hipertireoidismo há dois anos, e está sendo tratado com metimazol. Ao exame físico atual, está</p><p>com sinais de cardiopatia (fraqueza, dispneia moderada e tosse seca). A pressão arterial está elevada e</p><p>apresenta taquicardia severa. O ecocardiograma evidenciou aumento da espessura do miocárdio em</p><p>ventrículo e átrio esquerdos. O eletrocardiograma evidenciou taquicardia ventricular, e na bioquímica</p><p>sérica foi evidenciado hipercalcemia. Com base nessas informações, assinale a alternativa que apresenta</p><p>o tipo de cardiopatia presente nesse felino e os fármacos que podem ser utilizados no tratamento dessa</p><p>cardiopatia.</p><p>a) Cardiomiopatia dilatada; benazepril, furosemida, digoxina ou pimobendana e taurina.</p><p>b) Cardiomiopatia hipertrófica; propanolol, diltiazem, benazepril e furosemida.</p><p>c) Cardiomiopatia dilatada; benazepril, furosemida, propranolol e taurina ou carnitina.</p><p>d) Cardiomiopatia arrítmica do ventrículo direito; propanolol, diltiazem, benazepril, pimobendana e taurina.</p><p>e) Cardiomiopatia arrítmica do ventrículo esquerdo; benazepril, pimobendana, carnitina e furosemida.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>104</p><p>122</p><p>7</p><p>13. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2019) Hipertensão arterial sistêmica (HAS) é o</p><p>aumento da pressão arterial sistólica persistente que irá causar sequelas e manifestações clínicas. Existem</p><p>quatro categorias de risco baseadas em valores de pressão arterial para cães e gatos de acordo com o risco</p><p>de desenvolvimento de lesão em órgão alvo (TOD). A HAS como condição de emergência geralmente cursa</p><p>com aparecimento súbito de TOD e PAS/PAD > 180/120 mmHg. Diante do que foi exposto acima, quais</p><p>alterações oftalmológicas podem ser percebidas em um paciente que está classificado na categoria quatro,</p><p>isto é, com risco elevado de lesão em órgão-alvo?</p><p>a) Perda aguda da visão, descolamento da retina, hemorragia</p><p>b) Uveíte, úlcera de córnea superficial, blefarite</p><p>c) Hemorragia vítrea, hifema, glaucoma secundário</p><p>d) Apenas as alternativas A e C estão corretas</p><p>e) Todas as alternativas estão corretas.</p><p>14. (Residência em Medicina Veterinária – UFRGS 2019) Um cão Yorkshire, 12 anos, macho não castrado é</p><p>atendido em decorrência de uma severa periodontite. Ao exame físico, além da halitose severa, acúmulo</p><p>de cálculo dentário importante, com retração gengival e exposição de raízes de alguns dentes, é</p><p>documentado um sopro mitral grau 3/6. O tutor não reporta manifestações clínicas associadas à alteração</p><p>de ausculta. Na sequência da avaliação, são solicitados ecocardiografia e exames de sangue pré-</p><p>operatórios. Os exames de sangue não evidenciam alterações importantes, exceto discreta neutrofilia e</p><p>elevação discreta de fosfatase alcalina. O resultado da ecocardiografia aponta uma degeneração</p><p>mixomatosa valvar mitral com repercussões hemodinâmicas, dilatação atrial e relação átrio esquerdo</p><p>aorta (AE:Ao) de 1,75. Assinale a alternativa correta em referência à conduta recomendada para o caso,</p><p>tendo em vista os avanços da terapia de doença valvar degenerativa de cães.</p><p>a) Monitorar os parâmetros ecocardiográficos do paciente e adiar a profilaxia dentária, devido ao alto risco</p><p>anestésico.</p><p>b) Prescrever terapia com pimobendan, devido à dilatação atrial, independente da presença de sinais</p><p>clínicos, e reavaliar a ecocardiografia em algumas semanas.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>105</p><p>122</p><p>8</p><p>c) Ignorar os achados e dar sequência à profilaxia dentária, já que não há sinais clínicos associados à dilatação</p><p>atrial.</p><p>d) Prescrever terapia com associação de antibióticos à base de metronidazol para o tratamento da</p><p>endocardiose do paciente.</p><p>e) Empregar inibidores de enzima conversora de angiotensina para o preparo do paciente para cirurgia.</p><p>15. (Residência em Medicina Veterinária – UFG/2019) A cardiomiopatia hipertrófica é a doença cardíaca</p><p>mais comum em felinos, na qual o diagnóstico definitivo pode ser concluído por meio de:</p><p>a) auscultação torácica na zona paraesternal de sopro cardíaco de origem sistólica de grau 3 a 4.</p><p>b) radiografia torácica latero-lateral em que é possível detectar o aumento da silhueta cardíaca, dilatação das</p><p>veias pulmonares, dilatação da veia cava.</p><p>c) eletrocardiografia, que permite detectar complexos ventriculares ectópicos, alterações das ondas Q, R e T.</p><p>d) ecocardiografia em que é possível visualizar a diminuição das câmaras ventriculares.</p><p>16. (Residência em Medicina Veterinária – UFF/2019) No tratamento da insuficiência cardíaca congestiva</p><p>(ICC),</p><p>a) é consenso que a utilização dos diuréticos deve ser iniciada precocemente nos cães com endocardiose de</p><p>válvula mitral para auxiliar na inibição do sistema renina-angiotensina-aldosterona.</p><p>b) o pimobendan é contraindicado para cães portadores de cardiomiopatia dilatada por aumentar os riscos</p><p>de arritmias.</p><p>c) a espironolactona é um fármaco diurético, inibidor da aldosterona, que deve ser evitado nos estágios mais</p><p>avançados da doença cardíaca por estimular a fibrose.</p><p>d) o sildenafil é o fármaco mais utilizado quando ocorrem quadros de hipertensão pulmonar nesses</p><p>pacientes.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>106</p><p>122</p><p>9</p><p>17. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2019) Diante de um quadro de parada</p><p>cardiorrespiratória, você deve conhecer a sequência correta de abordagem inicial, nesse contexto, a mais</p><p>adequada é:</p><p>a) Vias aéreas, respiração, circulação, acesso venoso</p><p>b) Circulação, acesso venoso, vias aéreas, respiração</p><p>c) Respiração, vias aéreas, acesso venoso, circulação</p><p>d) Acesso venoso, circulação, vias aéreas, respiração</p><p>e) Vias aéreas, respiração, acesso venoso, circulação</p><p>18. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2019) Analise os itens descritos abaixo sobre a</p><p>Dirofilariose:</p><p>I. O desenvolvimento das larvas L3 infectantes no mosquito leva aproximadamente 2 meses. Quando</p><p>o mosquito se alimenta em um cão, algumas dessas larvas penetram</p><p>no novo hospedeiro, as larvas seguem</p><p>por dentro da subcútis, passando para o estágio L4 em cerca de duas a duas semanas e meia e então para o</p><p>estágio L5.</p><p>II. Migração aberrante dos vermes é mais comum em cães que em gatos. Os locais aberrantes incluem</p><p>cérebro, nódulos subcutâneos, cavidades corpóreas e ocasionalmente uma artéria sistêmica.</p><p>III. Acredita-se que várias espécies de mosquitos em todo mundo possam transmitir a infecção.</p><p>Algumas espécies são mais importantes como vetores e hospedeiros intermediários que outras.</p><p>IV. Para confirmação do diagnóstico, estadiamento e prognóstico de infeção por D. immitis, a</p><p>radiografia torácica, eletrocardiografia e a ecocardiografia são técnicas úteis.</p><p>a) Apenas II é falsa</p><p>b) Somente II e IV são falsas</p><p>c) I, II e III são verdadeiras</p><p>d) Apenas III é verdadeira</p><p>e) Todas são verdadeiras</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>107</p><p>122</p><p>10</p><p>19. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2019) No tocante a fisiopatologia da Cardiomiopatia</p><p>Hipertrófica Felina (CHF) é correto afirmar que:</p><p>a) O espessamento miocárdico causa aumento da rigidez ventricular e desenvolvimento de alterações na</p><p>contração.</p><p>b) Há alteração no enchimento ventricular direito e desta forma uma pressão sistólica aumentada é</p><p>necessária devido à rigidez e a menor distensibilidade ventricular.</p><p>c) O átrio esquerdo geralmente aumenta de tamanho, mas o volume ventricular permanece normal ou</p><p>diminuído.</p><p>d) Gatos com CHF apresentam o septo interventricular normal, mas com hipertrofia da parede livre do</p><p>ventrículo direito.</p><p>e) A disfunção sistólica o tromboembolismo são as principais anormalidades observadas nesta enfermidade.</p><p>20. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2019) No tratamento de gatos com Cardiomiopatia</p><p>Hipertrófica tem-se como objetivos principais a melhora do enchimento ventricular esquerdo, alívio da</p><p>congestão, controle das arritmias, redução da isquemia e evitar o tromboembolismo. Assinale abaixo que</p><p>medicamentos deverão ser usados neste tratamento com seu respectivo objetivo:</p><p>a) Furosemida e escopolamina para alívio da congestão e controle das arritmias.</p><p>b) Ácido acetilsalicílico e diltiazem para evitar o tromboembolismo.</p><p>c) Furosemida e heparina para alívio da congestão e melhora do enchimento ventricular.</p><p>d) Atenolol e diltiazem para redução da isquemia e controle das arritmias.</p><p>e) Atenolol e benazepril para alívio da congestão e controle das arritmias.</p><p>21. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2019) Na fase inicial da insuficiência cardíaca ocorre a</p><p>redução do débito cardíaco e da pressão arterial, como consequência há uma resposta fisiológica</p><p>compensatória imediata. Assinale abaixo qual o mecanismo inicial que será ativado para compensar a</p><p>redução do débito e da pressão arterial citada inicialmente:</p><p>a) Liberação de aldosterona.</p><p>b) Ativação do sistema nervoso simpático.</p><p>c) Ativação do sistema nervoso parassimpático.</p><p>d) Ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>108</p><p>122</p><p>11</p><p>e) Secreção do fator natriurético atrial.</p><p>22. (Residência em Medicina Veterinária – UFRGS 2019) Assinale a alternativa correta sobre as</p><p>recomendações do Colégio Americano de Medicina Interna Veterinária, com relação à identificação, à</p><p>avaliação e ao manejo da hipertensão sistêmica em cães e gatos.</p><p>a) Hipertensão sistêmica idiopática vem sendo reconhecida em cães e gatos, apesar dos mecanismos ainda</p><p>não serem completamente conhecidos.</p><p>b) A mensuração da pressão arterial indireta deve ser realizada com o paciente em estação, sentado ou</p><p>decúbito esternal.</p><p>c) A mensuração da pressão arterial direta demanda a cateterização de um vaso periférico para sua</p><p>determinação.</p><p>d O cuff utilizado deve ter largura de 15-30% da circunferência do local em que está sendo colocado.</p><p>e) O diagnóstico de hipertensão sistêmica em cães e gatos é assumido frente a valores superiores a 140</p><p>mmHg.</p><p>23. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2018) “Ao se iniciar a ausculta cardíaca, é fundamental a</p><p>determinação das bulhas cardíacas, que normalmente são facilmente auscultáveis e conhecidas como 1ª.</p><p>e 2ª. bulhas (S1 e S2, respectivamente)” (Camacho; Mucha, 2004). Diante do exposto, assinale abaixo a</p><p>alternativa correta que explica a origem de tais bulhas:</p><p>a) A bulha S1 relaciona-se com o fechamento das valvas atrioventriculares mitral e tricúspide, enquanto a S2</p><p>origina-se do fechamento das valvas semilunares aórtica e pulmonar.</p><p>b) A bulha S1 relaciona-se com o fechamento das valvas semilunares mitral e pulmonar, enquanto a S2</p><p>origina-se do fechamento das valvas atrioventriculares aórtica e tricúspide.</p><p>c) A bulha S1 relaciona-se com o fechamento das valvas semilunares aórtica e pulmonar, enquanto a S2</p><p>origina-se do fechamento das valvas atrioventriculares mitral e tricúspide.</p><p>d) A bulha S1 relaciona-se com o fechamento das valvas atrioventriculares aórtica e pulmonar, enquanto a</p><p>S2 origina-se do fechamento das valvas semilunares mitral e tricúspide.</p><p>e) A bulha S1 e S2 relacionam-se simultaneamente com o fechamento das valvas atrioventriculares mitral e</p><p>tricúspide.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>109</p><p>122</p><p>12</p><p>24. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2018) A pressão arterial (PA) é definida do ponto de vista</p><p>hemodinâmico como o produto do volume sanguíneo pela resistência periférica sistêmica. Dentre os</p><p>mecanismos de regulação rápida da PA assinale abaixo aquele que atua aumentando a volemia pela</p><p>retenção de sódio e água:</p><p>a) Barorreceptores.</p><p>b) Quimiorreceptores.</p><p>c) Vasopressina.</p><p>d) Fator natriurético atrial.</p><p>e) Óxido nítrico</p><p>25. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2018) O uso terapêutico de vasodilatadores no paciente</p><p>com insuficiência cardíaca congestiva pode melhorar o débito cardíaco, reduzir o edema, o volume de</p><p>derrame de fluidos e das efusões de todo tipo. Assim, assinale abaixo o fármaco empregado com o objetivo</p><p>de reduzir a pós-carga cardíaca através do relaxamento da musculatura lisa arteriolar:</p><p>a) Nitroglicerina.</p><p>b) Furosemida.</p><p>c) Hidralazina.</p><p>d) Digoxina.</p><p>e) Atenolol.</p><p>26. (Residência em Medicina Veterinária – USP 2018) Dentre os distúrbios do coração, estão as</p><p>cardiomiopatias. Está correto afirmar que</p><p>a) cardiomiopatias referem-se a processo inflamatório do miocárdio encontrado em doenças sistêmicas.</p><p>b) as alterações frequentemente encontradas são cardiomegalia com dilatação ou hipertrofia de um ou</p><p>ambos os ventrículos ou das quatro câmaras acompanhadas por variável grau de degeneração gordurosa dos</p><p>cardiomiócitos.</p><p>c) são descritos quatro tipos de cardiomiopatias nos animais domésticos: dilatada, hipertrófica, restritiva e</p><p>fibrosante.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>110</p><p>122</p><p>13</p><p>d) é reconhecida, nos gatos, cardiomiopatia hipertrófica, restritiva e dilatada, sendo a forma hipertrófica a</p><p>mais comum, caracterizada por desordem diastólica e descrita como um distúrbio autossômico dominante</p><p>em determinadas raças.</p><p>e) cardiomiopatia restritiva está associada à deficiência nutricional de taurina, ao aumento das quatro</p><p>câmaras cardíacas e à hipertrofia de ventrículos, que diminui o volume de sangue ejetado nos gatos.</p><p>27. (Residência em Medicina Veterinária</p><p>uma dilatação característica</p><p>da aorta descendente na posição dorsoventral. Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva esquerda</p><p>irão apresentar sinais radiográficos de edema pulmonar.</p><p>O ecocardiograma é o exame confirmatório para persistência do ducto arterioso, por meio da</p><p>visualização do ducto e do aumento atrial e ventricular esquerdos. Ajuda ainda a detectar defeitos</p><p>cardíacos concomitantes, bem como o grau de comprometimento hemodinâmico do paciente. Na análise</p><p>com o doppler haverá fluxo turbulento e contínuo na artéria pulmonar. Ao eletrocardiograma derivação II</p><p>ondas R altas (> 2,5 mV) suportam o diagnóstico, mas muitas vezes não estarão presentes. Fibrilação atrial</p><p>ou ectopia ventricular podem estar presentes em casos graves.</p><p>O tratamento é o fechamento do ducto cirurgicamente ou por cateterismo é indicado em todos os</p><p>pacientes clinicamente doentes. Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva esquerda, deverão ser</p><p>tratados com furosemida, pimobendan, inibidor da enzima de conversão da angiotensina, repouso e</p><p>restrição alimentar de sódio antes de serem submetidos ao procedimento de fechamento do ducto</p><p>arterioso.</p><p>Estenose aórtica</p><p>Segundo Jericó (2015)1 a estenose aórtica é o estreitamento no percurso do sangue entre a via de</p><p>saída do ventrículo esquerdo e a artéria aorta. Podendo ocorrer na via de saída do ventrículo esquerdo</p><p>(estenose subaórtica), na valva aórtica (estenose valvar aórtica) ou acima da valva aórtica (estenose</p><p>supravalvar aórtica). A forma subvalvar é a mais comum em cães. Este estreitamento é causado por tecido</p><p>fibroso ou fibromuscular.</p><p>1 Jericó, M.M. Tratado de medicina interna de cães e gatos. Rio de Janeiro: Roca, 2015.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>10</p><p>122</p><p>3</p><p>Esta afecção tem caráter genético autossômico dominante e acomete mais comumente cães de</p><p>raças maiores (Golden Retrievers e Rottweilers), no entanto, cães de pequeno porte e gatos podem ser</p><p>acometidos em menor proporção.</p><p>Cães com estenose aórtica leve podem não apresentar sinais clínicos. Animais gravemente</p><p>acometidos podem apresentar deficiência de crescimento, fraqueza, intolerância ao exercício ou síncope.</p><p>Pode ocorrer morte súbita, mesmo nos cães sem sintomas aparentes. O achado predominante no exame</p><p>físico é um sopro sistólico de ejeção, melhor ouvido na base cardíaca esquerda.</p><p>O eletrocardiograma pode estar normal ou demonstrar alterações resultantes de sobrecarga do</p><p>ventrículo esquerdo (expansão e aumento na amplitude da onda R, podendo ser acompanhados de desvio</p><p>de eixo elétrico para a esquerda). A realização do Holter é indicada devido ao risco de morte súbita por</p><p>arritmias ventriculares.</p><p>Exames ecocardiográficos possibilitam avaliação das dimensões da aorta, bem como presença de</p><p>obstrução. Hipertrofia ventricular esquerda é um achado comum no ecocardiograma. Na estenose</p><p>subaórtica haverá presença de lesão espessada na área subvalvar, sendo possível visualizar a dilatação pós-</p><p>estenótica da aorta. Em caso de estenose valvar aórtica as comissuras valvulares estarão fundidas ou a</p><p>válvula se encontrará rígida. Com o Doppler é possível observar um fluxo de alta velocidade na via de saída</p><p>do ventrículo esquerdo.</p><p>O tratamento pode ser cirúrgico ou conservador. O tratamento cirúrgico consiste na valvoplastia,</p><p>mas não apresenta vantagens adicionais em relação ao tratamento médico. A terapia medicamentosa se</p><p>baseia no uso de betabloqueadores (atenolol). Pacientes com insuficiência cardíaca congestiva requerem</p><p>tratamento com diurético, restrição de sódio, e em casos de alteração sistólica haverá necessidade do uso</p><p>de inotrópico (digoxina ou pimobendana). Medicamentos antiarrítmicos são indicados em animais com</p><p>arritmias ventriculares, pois possuem risco alto de morte súbita.</p><p>Estenose pulmonar</p><p>A estenose pulmonar é o estreitamento ou obstrução da válvula pulmonar. É uma afecção</p><p>normalmente valvular, no entanto, defeitos supravalvulares e subvalvulares também podem ocorrer. É uma</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>11</p><p>122</p><p>4</p><p>doença cardíaca congênita frequente em cães e menos comum em gatos. Atinge principalmente cães das</p><p>raças de porte pequeno, e as fêmeas são mais acometidas que os machos.</p><p>A estenose valvular pode decorrer da fusão simples dos folhetos da válvula, da displasia valvar ou</p><p>de atresia da artéria pulmonar, no último caso há obstrução total da via de saída do ventrículo esquerdo.</p><p>Os folhetos da válvula displásica tornam-se espessado, assimétrico e parcialmente fundido, podendo haver</p><p>hipoplasia do anel valvar. Sobrecarga de pressão causa hipertrofia secundária concêntrica e dilatação do</p><p>ventrículo direito.</p><p>Animais com a valva pulmonar estenosada podem permanecer assintomáticos por muito tempo. Cães</p><p>com doença mais grave irão apresentar sinais clínicos compatíveis com baixo débito cardíaco no ventrículo</p><p>direito, como intolerância ao exercício e síncope, geralmente na idade adulta. Alguns cães com insuficiência</p><p>cardíaca congestiva secundária irão apresentar ascite. Morte súbita pode ocorrer em pacientes com</p><p>estenose valvar grave.</p><p>Os principais achados do exame físico são pulso precordial direito proeminente, pulso jugular e</p><p>sopro de ejeção sistólica, mais bem auscultado em foco da valva pulmonar. Hipertensão venosa sistêmica,</p><p>hepatomegalia, e reflexo hepatojugular positivo podem estar presentes.</p><p>O eletrocardiograma geralmente apresenta um padrão de hipertrofia ventricular direita, com onda S</p><p>mais profunda, com desvio do eixo direito. Ao exame radiográfico do tórax vários graus de aumento do</p><p>segmento ventricular direito e da artéria pulmonar principal estão presentes. O ecocardiograma demonstra</p><p>hipertrofia ventricular direita, dilatação pós-estenótica (artéria pulmonar), válvula pulmonar espessada e</p><p>deformada. Aumento do fluxo sistólico na artéria pulmonar é um achado comum no doppler.</p><p>O tratamento tem como objetivo diminuir a sobrecarga de pressão no ventrículo direito, podendo-se</p><p>optar por valvuloplastia cirúrgica ou cateterismo e dilatação por balão. O tratamento medicamentoso é</p><p>realizado com betabloqueadores e restrição de exercício. Em pacientes apresentando ascite deve-se realizar</p><p>a drenagem por meio de celiocentese.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>12</p><p>122</p><p>5</p><p>Tetralogia de Fallot</p><p>A Tetralogia de Fallot é uma afecção cardíaca congênita decorrente de alterações no</p><p>desenvolvimento embrionário do septo tronco-cone, caracterizada por quatro deformidades anatômicas: a</p><p>estenose da valva pulmonar, hipertrofia ventricular direita, defeito do septo interventricular e a</p><p>dextroposição da aorta. Esta afecção causa desvio do fluxo sanguíneo da direita para a esquerda, que cursa</p><p>com significativa cianose.</p><p>Essa condição é mais comum em cães, porém também pode acometer felinos. As raças de cães</p><p>predispostas são Keeshond, Poodles, Schnauzers, Terriers, Collies e Shelties, sendo que em Keeshond é</p><p>transmitida geneticamente (autossômico recessivo).</p><p>Os sinais clínicos geralmente se manifestam antes do animal completar um ano de vida, e são</p><p>principalmente intolerância ao exercício, fraqueza, dispneia, síncope, cianose e atrasos no</p><p>desenvolvimento do filhote. Como essa afecção gera um estado de hipoxemia, a produção de eritropoetina</p><p>pelos rins e consequente eritrocitose aumentam, o que causa policitemia secundária. Esta pode levar ao</p><p>desenvolvimento de coagulopatia por hipervicosidade, predispondo o aparecimento de trombose,</p><p>– UFRGS 2018) Considere as afirmações abaixo, sobre o</p><p>tratamento indicado para um cão com doença cardíaca valvar crônica, que se encontra assintomático no</p><p>momento do diagnóstico, apresentando regurgitação mitral hemodinamicamente significante,</p><p>evidenciada por achados radiográficos e ecocardiográficos de aumento do coração esquerdo (estágio B2</p><p>da classificação do Consensus Statements of the American College of Veterinary Internal Medicine), e com</p><p>hipertensão arterial sistêmica.</p><p>I - Recomenda-se tratamento hospitalar com uso de furosemida in bollus ou infusão contínua,</p><p>suplementação com oxigênio, uso mais rigoroso de vasodilatadores como hidralazina e infusão contínua de</p><p>dobutamina.</p><p>II - Recomenda-se tratamento domiciliar com uso de inibidor da enzima conversora da angiotensina</p><p>e dieta com leve restrição de sódio e com alta palatabilidade, proteínas e calorias adequadas para manter</p><p>uma ótima condição corporal.</p><p>III- Recomenda-se tratamento domiciliar com furosemida oral, pimobendam, digoxina,</p><p>betabloqueador como carvedilol, inibidor da enzima conversora da angiotensina e dieta com restrição</p><p>moderada de sódio e com alto teor proteína e calorias.</p><p>Quais estão corretas?</p><p>a) Apenas I.</p><p>b) Apenas II.</p><p>c) Apenas III.</p><p>d) Apenas II e III.</p><p>e) I, II e III.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>111</p><p>122</p><p>==1365fc==</p><p>14</p><p>28. (Residência em Medicina Veterinária – UFRGS 2018) O tratamento indicado para um cão com efusão</p><p>pericárdica e tamponamento cardíaco é</p><p>a) pericardiocentese.</p><p>b) furosemida por via intravenosa.</p><p>c) pimobendam por via oral.</p><p>d) inibidor da enzima conversora de angiotensina por via oral.</p><p>e) digoxina por via oral</p><p>29. (Residência em Medicina Veterinária – USP/2017) Considere as seguintes afirmações sobre</p><p>cardiopatias:</p><p>I. Na evolução da doença valvar degenerativa, à medida que o quadro progride, o volume</p><p>regurgitante aumenta, diminuindo, com isso, o volume sistólico e ativando mecanismos</p><p>compensatórios, como: aumento da atividade do sistema nervoso central, atenuação do tônus</p><p>vagal e ativação do sistema renina angiotensina aldosterona, além de dilatação do átrio e</p><p>ventrículo esquerdos, o que pode manter o animal assintomático por muito tempo.</p><p>II. Nas cardiomiopatias, quando o comprometimento miocárdico é grave, sobrepondo a capacidade</p><p>de compensação do sistema cardiovascular, ocorre aumento da pressão diastólica final, causando</p><p>edema pulmonar. Caso o ventrículo esquerdo também esteja comprometido, além de edema</p><p>pulmonar, observa-se ascite e/ou efusão pleural.</p><p>III. Gatos com cardiomiopatia hipertrófica apresentam, em geral, hipertrofia do septo e da parede</p><p>livre do ventrículo esquerdo. Quando o átrio esquerdo também está dilatado, há predisposição à</p><p>formação de trombos, sendo esse um fator de risco para o tromboembolismo nessa espécie.</p><p>IV. Considerando a fisiopatologia da insuficiência cardíaca, esta pode ocorrer por disfunção sistólica,</p><p>quando o coração não é capaz de ejetar volume suficiente de sangue, ou por disfunção diastólica,</p><p>quando o enchimento ventricular não é adequado.</p><p>Está correto apenas o que se afirma em:</p><p>a) I, II e III.</p><p>b) II e III.</p><p>c) I, III e IV.</p><p>d) I e IV.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>112</p><p>122</p><p>15</p><p>e) II e</p><p>30. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2017 - modificado) Conforme o novo sistema de</p><p>classificação para o tratamento de cães com doença cardíaca valvar crônica descreve-se quatro estágios:</p><p>A, B, C e D. O estágio B é subdividido em B1 e B2. O estágio B2 é caracterizado por pacientes assintomáticos</p><p>que apresentam regurgitação valvar mitral hemodinamicamente significativa, evidenciada por achados</p><p>radiográficos e ecocardiográficos. Atualmente, em relação à terapia de animais em estágio B2, assinale a</p><p>opção mais prudente a ser realizada:</p><p>a) restrição de sódio na dieta e/ou terapia diurética</p><p>b) apenas suplementação com ácidos graxos poliinsaturados de cadeia longa derivados do ômega 3</p><p>c) apenas utilização de inibidores da enzima conversora de angiotensina (inibidores da ECA), como o</p><p>benazepril</p><p>d) apenas monitoramento mensal do paciente (exame físico, em associação aos achados radiográficos e</p><p>ecocardiográficos)</p><p>e) utilização do pimobendan, na dose de 0,25 a 0,3mg/kg, a cada 12 horas.</p><p>31. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2017) Muitas doenças sistêmicas, metabólicas e</p><p>endócrinas têm efeitos reconhecidos sobre a função e a estrutura cardíaca, atuando de maneira direta ou</p><p>indireta. Com base na citação acima, assinale a alternativa correta:</p><p>a) em cães com hipotireoidismo, a deficiência do hormônio tireoidiano ocasiona diminuição da contratilidade</p><p>cardíaca, a qual nem sempre e revertida após a terapia de reposição hormonal</p><p>b) o hiperadrenocorticismo desencadeia redução na frequência cardíaca</p><p>c) em gatos com hipertireoidismo, há aumento da taxa metabólica e do consumo de oxigênio, além da</p><p>redução da resistência vascular periférica.</p><p>d) apenas “a” e “c” estão corretas</p><p>e) todas estão corretas</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>113</p><p>122</p><p>16</p><p>32. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2017) No eletrocardiograma de um cão portador de</p><p>bloqueio atrioventricular (BAV) de primeiro grau observa-se:</p><p>a) Aumento da duração do complexo QRS.</p><p>b) Aumento da duração da onda P.</p><p>c) Aumento da duração do segmento QT.</p><p>d) Aumento da amplitude da onda R.</p><p>e) Aumento da duração do intervalo PR.</p><p>33. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2017) Como principal indicação clínica para o uso do</p><p>Monitoramento Eletrocardiográfico Holter em um cão podemos citar:</p><p>a) Identificação de insuficiência valvar mitral.</p><p>b) Paciente com síncope.</p><p>c) Cardiomiopatia dilatada congestiva.</p><p>d) Hipertensão arterial sistêmica.</p><p>e) Hipertensão da artéria pulmonar</p><p>34. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2017) Na insuficiência cardíaca congestiva esquerda, o</p><p>sinal clínico característico será:</p><p>a) Dispneia devido o edema pulmonar.</p><p>b) Dispneia devido a ascite.</p><p>c) Distensão da jugular devido regurgitação da valva mitral.</p><p>d) Efusão pleural devido a regurgitação da valva tricúspide.</p><p>e) Tosse devido a ascite.</p><p>35. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2017) Em relação à dirofilariose canina é correto</p><p>afirmar:</p><p>a) o parasitismo é exclusivamente cardiopulmonar.</p><p>b) a maioria dos animais parasitados exibe claramente sinais clínicos cardiopulmonares.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>114</p><p>122</p><p>17</p><p>c) a doxiciclina tem efeito em larvas migratórias e adultos jovens.</p><p>d) apenas “a” e “b” estão corretas.</p><p>e) todas estão corretas.</p><p>36. (Residência em Medicina Veterinária – UFCG/2017) Em um cão com insuficiência cardíaca congestiva</p><p>que desenvolveu extrassístoles atriais frequentes o medicamento de escolha para o tratamento é:</p><p>a) Lidocaína</p><p>b) Atenolol</p><p>c) Digoxina</p><p>d) Furosemida</p><p>e) Pimobendam</p><p>37. (Residência em Medicina Veterinária – UFU/2017) Sobre as informações relativas às principais</p><p>cardiopatias caninas e felinas, assinale a alternativa INCORRETA. (Considere as seguintes abreviações: RM,</p><p>regurgitação mitral; RT, regurgitação tricúspide; VE, ventrículo esquerdo; ICC, insuficiência cardíaca</p><p>congestiva).</p><p>a) Das doenças cardíacas congênitas, a persistência do ducto arterioso é o desvio arteriovenoso</p><p>congênito</p><p>mais comum em pequenos animais. Possui como principais características pulso arterial hipercinético e sopro</p><p>cardíaco contínuo, geralmente mais audível na base esquerda do coração.</p><p>b) A doença degenerativa da valva atrioventricular (endocardiose) é a causa mais comum de insuficiência</p><p>cardíaca congestiva no cão. Sopros holossistólicos ouvidos mais nitidamente na região do ápice esquerdo e</p><p>direito são típicos de RM e RT, respectivamente. Embora sopros mais intensos tenham sido associados à</p><p>doença mais avançada, em cães com regurgitação massiva e insuficiência cardíaca grave, o sopro pode ser</p><p>suave ou mesmo inaudível.</p><p>c) Doenças caracterizadas por hipertrofia miocárdica são comuns na espécie felina. Sinais respiratórios de</p><p>severidade variável, sinais agudos de tromboembolismo, episódios de síncope ou morte súbita podem</p><p>ocorrer na ausência de quaisquer outros sinais. Arritmias cardíacas e sopros sistólicos compatíveis com RM</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>115</p><p>122</p><p>18</p><p>ou com obstrução da via de saída do VE são comuns, embora som diastólico de galope também possa ser</p><p>ouvido, se houver ICC.</p><p>d) A cardiomiopatia dilatada é uma doença encontrada nas espécies canina e felina, sendo mais comum na</p><p>primeira. Cães com doença avançada e débito cardíaco pobre têm um aumento de tônus simpático e</p><p>vasoconstrição periférica com aumento do tempo de preenchimento capilar. Fibrilação atrial e pulso irregular,</p><p>bem como sopros sistólicos de alta intensidade consequentes à RM e/ou RT, são achados muito frequentes</p><p>nessa cardiopatia</p><p>38. (Residência em Medicina Veterinária – PUC-PR/2017) A cardiomiopatia hipertrófica felina (CMH) é uma</p><p>doença do miocárdio ventricular e consiste na condição cardíaca mais comum em gatos de todas as idades.</p><p>Sobre essa doença, é CORRETO afirmar que</p><p>a) é uma doença do miocárdio ventricular predominantemente direito, caracterizada por dilatação e</p><p>hipocinesia ventricular e insuficiência primária do miocárdio.</p><p>b) pode estar associada à presença de hipotireoidismo, hipotensão arterial sistêmica ou com o</p><p>hiposomatotropismo.</p><p>c) a deficiência de taurina pode estar associada à ocorrência de CMH em gatos alimentados com comida</p><p>caseira ou ração para cães. O uso de ração industrializada contendo taurina reduziu sobremaneira a presença</p><p>desta condição.</p><p>d) a CMH grave caracteriza-se pelo espessamento do miocárdio ventricular esquerdo, hipertrofia concêntrica,</p><p>resultando em disfunção diastólica, dilatação atrial esquerda e insuficiência cardíaca congestiva.</p><p>e) com a progressão da doença, há aumento da pressão nas veias pulmonares com subsequente ascite,</p><p>edema de membros e insuficiência cardíaca congestiva direita.</p><p>39. (Residência em Medicina Veterinária – UFG 2016) A cardiomiopatia hipertrófica constitui a doença</p><p>miocárdica mais frequente em gatos. Os principais objetivos do tratamento na cardiomiopatia hipertrófica</p><p>em felinos são: facilitar o enchimento ventricular, aliviar a congestão, controlar as arritmias, minimizar a</p><p>isquemia e prevenir o tromboembolismo. Neste contexto, o enchimento ventricular é melhorado por meio</p><p>da diminuição da frequência cardíaca e do aumento do relaxamento do miocárdio, com a prescrição de:</p><p>a) digoxina.</p><p>b) diltiazem.</p><p>c) dobutamina.</p><p>d) taurina.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>116</p><p>122</p><p>19</p><p>40. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2016) No que diz respeito à dirofilariose canina, é</p><p>correto afirmar:</p><p>a) Acomete em geral cães entre três a cinco anos de idade e os machos são mais afetados do que as fêmeas</p><p>b) Os parasitos jovens atingem o sistema cardiovascular migrando através das veias pulmonares</p><p>c) No cão, o parasito adulto e as microfilárias possuem vida média, respectivamente, de um a dois anos e três</p><p>a cinco anos</p><p>d) Apenas “a” e “b” estão corretas</p><p>e) Todas alternativas acima estão corretas</p><p>41. (Concurso Médico Veterinário – UFRA/2016) Julgue as afirmativas abaixo, sobre miocardiopatias de</p><p>cães e gatos:</p><p>I. Em pacientes com insuficiência miocárdica, a redução da contratilidade diminui o volume diastólico,</p><p>o débito cardíaco e a pressão arterial sanguínea.</p><p>II. O ventrículo hipertrofiado está sujeito à isquemia que leva ao aumento do conteúdo de colágeno.</p><p>Inicialmente, a elevação do conteúdo de colágeno nesse tecido favorece a manutenção da função sistólica,</p><p>mas interfere na função diastólica.</p><p>III. A insuficiência cardíaca diastólica existe quando a congestão pulmonar venosa e os sinais clínicos</p><p>resultantes ocorrem na presença da função sistólica ventricular esquerda normal ou próxima do normal.</p><p>IV. A miocardiopatia dilatada pode levar à insuficiência cardíaca diastólica.</p><p>Estão corretas as afirmativas:</p><p>a) I e II, somente.</p><p>b) I, II e IV.</p><p>c) II e III, somente.</p><p>d) II, III e IV.</p><p>e) III e IV, somente.</p><p>42. (Residência em Medicina Veterinária – PUC-PR/2016) O exame físico do paciente cardiopata</p><p>(identificação do animal, anamnese, inspeção, palpação, percussão e auscultação) é o começo da avaliação</p><p>clínica do paciente e, indubitavelmente, o procedimento mais importante, pois é o crivo que determinará</p><p>se o paciente será rotulado como cardiopata ou não. Sobre a semiologia do sistema circulatório, analise</p><p>as proposições a seguir:</p><p>I. O paciente se apresenta para consulta e, na ausculta, é detectada uma arritmia cardíaca. Nesse</p><p>caso, o eletrocardiograma (ECG) será o exame subsidiário que irá confirmar e caracterizar o tipo de arritmia.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>117</p><p>122</p><p>20</p><p>II. A miocardiopatia dilatada congestiva idiopática é uma cardiopatia relativamente comum em cães</p><p>e de infrequente apresentação em gatos, provavelmente em razão da suplementação de taurina nos</p><p>alimentos balanceados, que é a principal etiologia nessa espécie.</p><p>III. Um cão de cinco anos pode apresentar um sopro devido a uma cardiopatia congênita de baixo</p><p>gradiente de pressão, compensada e sem sinais clínicos de insuficiência cardíaca congestiva.</p><p>IV. Os sinais clínicos congestivos à direita representam a congestão venosa pulmonar com</p><p>sintomatologia de tosse e/ou dispneia/taquipneia, terminando com um quadro de edema pulmonar.</p><p>V. Pelo lado esquerdo, os sinais clínicos congestivos irão se apresentar como coleções de líquidos</p><p>como efusões, devendo o clínico diferenciar dos quadros efusivos decorrentes de outros órgãos, por</p><p>exemplo, o fígado.</p><p>a) Somente as afirmativas I, II e IV estão corretas.</p><p>b) Somente as afirmativas I, II e III estão corretas.</p><p>c) Somente as afirmativas I, II e V estão corretas.</p><p>d) Somente as afirmativas II, III e IV estão corretas.</p><p>e) Somente as afirmativas I, III e V estão corretas.</p><p>43. (Residência em Medicina Veterinária – UFERSA/2015) Dentre as cardiomiopatias, cita-se uma que é</p><p>comum em seres humanos e felinos. A fisiopatologia está baseada principalmente, na disfunção diastólica,</p><p>resultante de relaxamento anormal e redução da distendibilidade do ventrículo esquerdo. Tal alteração</p><p>encontra-se relacionada com:</p><p>a) Endocardiose de mitral</p><p>b) Cardiomiopatia isquêmica</p><p>c) Cardiomiopatia hipertrófica</p><p>d) Cardiomiopatia dilatada</p><p>e) Dirofilariose</p><p>Um canino, Golden Retriever, macho, oito anos, 40 Kg, foi encaminhado ao hospital veterinário por</p><p>apresentar prostração, cansaço, emagrecimento, aumento de volume abdominal e dispneia há duas</p><p>semanas. O animal estava com apetite diminuído e com dificuldade para dormir, devido à dispneia. Ao</p><p>exame clínico o paciente estava magro, com ascite,</p><p>dispneia restritiva, mucosas levemente cianóticas,</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>118</p><p>122</p><p>21</p><p>pulso femoral fraco e paradoxal. À auscultação as bulhas estavam hipofonéticas, sem sopro, o ritmo</p><p>regular (FC de 160 bpm), a ausculta pulmonar estava abafada bilateral e ventralmente. Havia dilatação e</p><p>pulso jugular. A radiografia torácica revelou aumento importante da silhueta cardíaca, com formato</p><p>globoso e efusão pleural.</p><p>Eletrocardiograma (ECG) (derivação D2):</p><p>Ao exame ecocardiográfico, observou-se efusão pericárdica, em grande quantidade, colapso diastólico do</p><p>átrio direito e ventrículo direito. Fração de encurtamento normal, sem insuficiências valvares. Em relação</p><p>ao caso, responda às questões (40, 41 e 42), assinalando a alternativa CORRETA.</p><p>44. (Residência em Medicina Veterinária – PUC-PR/2015) Qual é o diagnóstico?</p><p>a) Insuficiência cardíaca congestiva direita secundária à cardiomiopatia dilatada.</p><p>b) Insuficiência cardíaca congestiva direita secundária à endocardiose de tricúspide.</p><p>c) Insuficiência hepática com hipoalbuminemia.</p><p>d) Insuficiência cardíaca congestiva direita secundária à efusão pericárdica e tamponamento cardíaco.</p><p>e) Insuficiência cardíaca congestiva esquerda secundária à cardiomiopatia dilatada.</p><p>45. (Residência em Medicina Veterinária – PUC-PR/2015) Qual é o ritmo do eletrocardiograma?</p><p>a) Taquicardia sinusal com taquicardia ventricular paroxística.</p><p>b) Taquicardia sinusal com complexos ventriculares prematuros (do ventrículo esquerdo), em trigeminismo.</p><p>c) Taquicardia sinusal com alternância elétrica dos complexos QRS.</p><p>d) Taquicardia ventricular.</p><p>e) Fibrilação atrial.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>119</p><p>122</p><p>22</p><p>46. (Residência em Medicina Veterinária – PUC-PR/2015) Qual deve ser o tratamento indicado para o</p><p>paciente em questão?</p><p>a) Furosemida intravenosa a cada hora, oxigenioterapia, toracocentese.</p><p>b) Pericardiocentese com drenagem da efusão pericárdica e toracocentese e drenagem da efusão pleural.</p><p>c) Furosemida intravenosa a cada duas horas, benazepril e pimobendan.</p><p>d) Inibidor da ECA, espironolactona, atenolol e dieta hipossódica.</p><p>e) Benazepril, furosemida, pimobendan, espironolactona e dieta hipossódica.</p><p>47. (Residência em Medicina Veterinária – UFRRJ/2014 - Modificada) A ausculta cardíaca é um dos</p><p>principais momentos do exame clínico cardiovascular. Para que seja bem realizada é necessário o uso de</p><p>sensível estetoscópio, ambiente silencioso e cooperação do paciente e do proprietário. Sobre o uso correto</p><p>do estetoscópio e técnica de ausculta é INCORRETO afirmar que:</p><p>a) O uso do diafragma permite a auscultação de ruídos de baixa frequência.</p><p>b) O posicionamento do animal deve ser o mais confortável possível para que ele se torne mais cooperante,</p><p>ou seja, em estação, deitado ou sentado.</p><p>c) O foco Mitral está localizado no cão no 5° espaço intercostal esquerdo na junção costocondral.</p><p>d) O foco Aórtico está localizado no cão no 4° espaço intercostal esquerdo acima da junção costocondral.</p><p>e) O foco Tricuspídeo está localizado no lado direito do tórax.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>120</p><p>122</p><p>23</p><p>GABARITO</p><p>1. B</p><p>2. E</p><p>3. B</p><p>4. A</p><p>5. A</p><p>6. B</p><p>7. B</p><p>8. C</p><p>9. B</p><p>10. D</p><p>11. C</p><p>12. B</p><p>13. D</p><p>14. B</p><p>15. D</p><p>16. D</p><p>17. A</p><p>18. D</p><p>19. C</p><p>20. D</p><p>21. B</p><p>22. A</p><p>23. A</p><p>24. C</p><p>25. C</p><p>26. D</p><p>27. B</p><p>28. A</p><p>29. C</p><p>30. E</p><p>31. C</p><p>32. E</p><p>33. B</p><p>34. A</p><p>35. C</p><p>36. C</p><p>37. D</p><p>38. D</p><p>39. B</p><p>40. A</p><p>41. C</p><p>42. B</p><p>43. C</p><p>44. D</p><p>45. C</p><p>46. B</p><p>47. A</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>121</p><p>122</p><p>convulsão e acidose metabólica.</p><p>Durante a auscultação pode haver sopro sistólico na base cardíaca esquerda (estenose pulmonar) e</p><p>em região esternal direita (comunicação interventricular). No entanto, em pacientes com hiperviscosidade</p><p>sanguínea os sopros podem não ser audíveis ou ser muito suaves.</p><p>O hemograma desses pacientes irá indicar aumento significativo do hematócrito e policitemia.</p><p>Exames radiográficos mostram um aumento do ventrículo direito, dilatação de artéria pulmonar e</p><p>hipoperfusão pulmonar (padrão vascular). O eletrocardiograma normalmente mostra um deslocamento do</p><p>eixo direito (onda S profunda) e arritmias ventriculares. O ecocardiograma é um método diagnóstico</p><p>indispensável nessa doença, pois mostra todos os fatores presentes na Tetralogia de Fallot (hipertrofia</p><p>ventricular direita, estenose pulmonar, defeito do septo ventricular e dextroposição da aorta). O uso do</p><p>doppler vai demonstrar a direção do shunt (direita para esquerda) e o fluxo turbulento.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>13</p><p>122</p><p>==1365fc==</p><p>6</p><p>O tratamento definitivo é cirúrgico, no entanto, o tratamento paliativo pode ser realizado se a</p><p>progressão da doença não for grave. O shunt de Blalock Taussig é o método paliativo mais utilizado nessa</p><p>condição. Sinais clínicos, relacionados à alta viscosidade sanguínea, devem ser controlados por flebotomia</p><p>periódica ou hemodiluição. A hidroxiureia também pode ser indicada nesses casos. A meta é um hematócrito</p><p>de 62% a 65%.</p><p>Betabloqueadores (atenolol ou propranolol) podem ser benéficos em pacientes com taquicardia,</p><p>pois irão reduzir a contratilidade cardíaca, o tono simpático, a obstrução do fluxo de saída do ventrículo e o</p><p>consumo de oxigênio pelo miocárdio. A restrição do exercício também deve ser indicada nesses pacientes,</p><p>para evitar sobrecarga cardíaca.</p><p>(Residência em Medicina Veterinária – Prefeitura do Rio de Janeiro/2018) A tetralogia de Fallot é uma</p><p>anomalia cardíaca causadora de cianose, que se caracteriza por defeito do septo:</p><p>a) atrial; estenose pulmonar; hipertrofia do ventrículo esquerdo e dextroposição da aorta.</p><p>b) ventricular; estenose pulmonar; hipertrofia do ventrículo esquerdo e dextroposição da aorta.</p><p>c) atrial; estenose pulmonar; hipertrofia do ventrículo direito e dextroposição da aorta.</p><p>d) ventricular; estenose pulmonar; hipertrofia do ventrículo direito e dextroposição da aorta.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa D está correta e é o gabarito da questão. A tetralogia de Fallot é uma doença cardíaca</p><p>congênita, que se caracteriza por quatro defeitos anatômicos, dentre eles a estenose da valva pulmonar,</p><p>hipertrofia ventricular direita, defeito do septo interventricular e a dextroposição da aorta. Os sinais</p><p>clínicos principais são cianose, intolerância ao exercício, dispneia e síncope.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>14</p><p>122</p><p>7</p><p>Outras afecções cardíacas congênitas</p><p>Outras cardiopatias congênitas menos cobradas nas provas de residência na área de clínica de</p><p>pequenos animais incluem a displasia das valvas atrioventriculares (mais comum em felinos), o defeito do</p><p>septo ventricular, o defeito do septo atrial, a síndrome de Eisenmenger, a persistência do tronco arterioso,</p><p>a cor triatriatum, a dupla via de saída do ventrículo direito e as anomalias vasculares torácicas.</p><p>TETRALOGIA DE</p><p>FALLOT</p><p>Estenose da valva</p><p>pulmonar</p><p>Hipertrofia</p><p>ventricular direita</p><p>Defeito do septo</p><p>interventricular</p><p>Dextroposição da</p><p>aorta</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>15</p><p>122</p><p>1</p><p>Arritmias Cardíacas</p><p>As arritmias cardíacas podem ser resultantes de várias condições e consistem em ritmo cardíaco</p><p>irregular. O diagnóstico clínico e eletrocardiográfico deve ser realizado de forma cuidadosa e acurada, para</p><p>que a melhor terapêutica seja realizada. As arritmias podem não trazer consequências ou afetar o débito</p><p>cardíaco e a perfusão coronária, causar isquemia miocárdica, hipotensão, redução da função cardíaca e</p><p>morte súbita.</p><p>As arritmias podem ser classificadas levando em consideração diferentes critérios como1:</p><p> Mecanismo envolvido na sua gênese:</p><p>• Desenvolvimento do impulso sinusal normal: ritmo sinusal normal, arritmia sinusal;</p><p>• Mudanças no desenvolvimento do impulso sinusal: bradicardia sinusal, taquicardia sinusal, parada</p><p>sinusal;</p><p>• Alterações na formação do impulso supraventricular: complexos atriais prematuros, bloqueio</p><p>sinoatrial, taquicardia atrial, flutter atrial, fibrilação atrial, ritmo juncional AV;</p><p>• Alterações na formação do impulso ventricular: complexos ventriculares prematuros, taquicardia</p><p>ventricular, fibrilação ventricular</p><p>• Alterações na condução do impulso: parada atrial, bloqueios atrioventriculares de primeiro,</p><p>segundo e terceiro graus;</p><p>• Alterações na formação e condução do impulso: pré-excitação ventricular e síndrome de Wolff-</p><p>Parkinson-White.</p><p> Origem:</p><p>1 Jericó, M.M. Tratado de medicina interna de cães e gatos. Rio de Janeiro: Roca, 2015.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>16</p><p>122</p><p>2</p><p>• Arritmias supraventriculares: originam-se nos átrios ou nó atrioventricular</p><p>• Arritmias ventriculares: originam-se nos ventrículos.</p><p> Frequência cardíaca:</p><p>• Taquiarritmias: alterações do ritmo cardíaco normal quando há despolarização precoce ou aumento</p><p>da frequência cardíaca, com extrassístoles, e as taquicardias.</p><p>• Bradiarritmias: arritmias em que há diminuição da frequência cardíaca ou despolarização tardia,</p><p>como as bradicardias, os bloqueios sinoatrial e atrioventricular e os ritmos de escape.</p><p>A terapia deve em primeiro plano abordar e tratar a causa base das arritmias antes da instituição de</p><p>terapia antiarrítmica. A principais classes de medicações antiarrítmicas utilizadas na clínica de pequenos</p><p>animais são os bloqueadores de canais de sódio (Lidocaína, Procainamida e Quinidina), os bloqueadores</p><p>dos canais de cálcio (Diltiazem e Verapamil), betabloqueadores (Atenolol e Propranolol) e prolongadores</p><p>da repolarização (Amiodarona e Sotalol). Os digitálicos (digoxina) que são inotrópicos positivos e inibidores</p><p>da bomba de sódio-potássio são indicados em casos de arritmias supraventriculares, principalmente para</p><p>cães com fibrilação atrial. Já pacientes apresentando bradicardia sinusal ou bloqueio atrioventricular devem</p><p>receber terapia com anticolinérgicos ou adrenérgicos, se sinais clínicos estiverem presentes.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>17</p><p>122</p><p>==1365fc==</p><p>1</p><p>Valvulopatias</p><p>O coração possui quatro valvas cardíacas, a mitral, a tricúspide, a pulmonar e a aórtica. As valvas</p><p>cardíacas direcionam o fluxo sanguíneo, evitando o refluxo de uma câmara para outra.</p><p>Doença valvar degenerativa</p><p>Grande parte das questões relacionadas a essa doença se baseiam nas diretrizes do Consenso do</p><p>American College of Veterinary Internal Medicine1 para o diagnóstico e tratamento de doenças da válvula</p><p>mitral mixomatosa. Dessa forma, vou abordar aqui as informações principais desse texto, associando aos</p><p>aspectos mais relevantes da doença valvar degenerativa.</p><p>A doença valvar mixomatosa é a cardiopatia mais comum em cães, sendo rara em gatos. A doença</p><p>degenerativa acomete</p><p>principalmente a valva mitral, podendo acometer também as duas valvas</p><p>atrioventriculares. A valva tricúspide é pouco acometida de forma isolada e as valvas aórtica e pulmonar</p><p>raramente são afetadas. Os cães machos são mais predispostos a essa afecção, particularmente os de raças</p><p>pequenas, no entanto, fêmeas e cães de grande porte também podem ser afetados. Quando cães de raças</p><p>maiores são acometidos, a progressão da doença é mais rápida.</p><p>A etiologia dessa doença não é muito bem estabelecida, mas fatores genéticos parecem estar</p><p>envolvidos. A enfermidade é caracterizada por mudanças nos constituintes celulares e na matriz</p><p>intercelular do aparelho valvar (folhetos da válvula e cordas tendíneas). Essas alterações envolvem tanto a</p><p>quantidade de colágeno, quanto o alinhamento das fibrilas do colágeno na válvula. Ocorre degradação do</p><p>colágeno e da elastina, tornando a válvula mais rígida.</p><p>Nódulos se formam nas margens dos folhetos valvares, deformando a valva. Alteração progressiva</p><p>da estrutura da válvula impede a coaptação eficaz, permitindo regurgitação. Em estágios mais avançados da</p><p>doença, os folhetos da válvula podem prolapsar. Ocorre sobrecarga de volume no lado afetado do coração</p><p>1 Keene, B.W et al. ACVIM consensus guidelines for the diagnosis and treatmentof myxomatous mitral valve disease in</p><p>dogs. J Vet Intern Med. v.33, p.1127–1140, 2019.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>18</p><p>122</p><p>2</p><p>após a válvula ou válvulas tornam-se degeneradas, com hipertrofia excêntrica progressiva das câmaras atrial</p><p>e ventricular.</p><p>Conforme a degeneração valvar progride, maior é o grau da regurgitação, o que diminui o volume</p><p>sistólico. Há então a ativação de mecanismos neuro-hormonais compensatórios (aumento da atividade</p><p>simpática, ativação do sistema renina-angiotensina-aldosterona, liberação de peptídeos vasoativos, como o</p><p>peptídeo natriurético e dilatação do átrio e do ventrículo esquerdos).</p><p>A doença valvar degenerativa pode permanecer silenciosa por muitos anos, e certos pacientes</p><p>podem nunca desenvolver sinais clínicos de insuficiência cardíaca. As manifestações clínicas geralmente</p><p>estão relacionadas a sinais de insuficiência cardíaca congestiva e incluem intolerância ao exercício,</p><p>taquipneia e tosse. A tosse geralmente ocorre à noite e no início da manhã, bem como durante esforço.</p><p>Conforme a congestão e o edema pulmonar progridem, a frequência respiratória também aumenta,</p><p>muitas vezes causando posicionamento ortopneico do paciente. Fraqueza transitória ou síncope são</p><p>frequentes em cães com doença avançada. Podendo haver taquiarritmias, redução do volume sistólico ou</p><p>ruptura do átrio. Sinais de insuficiência cardíaca congestiva do lado direito normalmente são consequência</p><p>da regurgitação de tricúspide, que cursam com distensão abdominal (ascite, hepatomegalia) e dificuldade</p><p>respiratória por derrame pleural. Congestão esplênica pode ocorrer e causar sinais gastrointestinais.</p><p>O achado auscultatório clássico é um sopro holossistólico ouvido melhor na área do ápice esquerdo</p><p>(do quarto ao sexto espaço intercostal esquerdo), que se irradia em qualquer direção. A auscultação</p><p>pulmonar vai estar alterada em casos em que o paciente apresente edema pulmonar (crepitação pulmonar)</p><p>ou efusão pleural (sons pulmonares abafados). Distensão venosa jugular pode estar presente.</p><p>Ao exame radiográfico pode haver aumento atrial e ventricular, que progride ao longo do tempo.</p><p>Aumento atrial esquerdo pode causar elevação do brônquio principal esquerdo e, algumas vezes, do</p><p>direito. Se o aumento do lado esquerdo afetar átrio e ventrículo, ocorrerá elevação da região distal da</p><p>traqueia e da carina e proeminência do átrio esquerdo. A congestão venosa pulmonar pode ser um sinal</p><p>precoce de doença congestiva do lado esquerdo.</p><p>O diagnóstico de doença valvar degenerativa é fechado por meio de exame ecocardiográfico, no</p><p>qual as mudanças estruturais da válvula (espessamento nodular dos folhetos da valvar, prolapso sistólico)</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>19</p><p>122</p><p>==1365fc==</p><p>3</p><p>são evidenciadas, bem como as consequências cardíacas dessa doença (dilatações de átrio e ventrículo</p><p>esquerdos, hipertrofia de septo). Em estágios mais avançados da doença o prolapso e ruptura de cordoalha</p><p>tendínea podem ser vistos no exame ecocardiográfico. O exame doppler evidencia o fluxo sanguíneo</p><p>turbulento em átrio e permite avaliar o grau da regurgitação mitral.</p><p>O sistema de estadiamento da doença da válvula mitral mixomatosa ajuda a triar e estabelecer o</p><p>tratamento apropriado e apresenta quatro estágios de doença cardíaca e insuficiência cardíaca1:</p><p> Estágio A: cães com alto risco de desenvolver doenças cardíacas, mas que atualmente não têm</p><p>distúrbio estrutural identificável do coração (raça predisposta, especialmente Cavalier King Charles Spaniel,</p><p>mas sem sopro no coração).</p><p> Estágio B: cães com doença cardíaca estrutural, mas que nunca desenvolveram sinais causados</p><p>por insuficiência cardíaca.</p><p> Estágio B1: cães assintomáticos sem evidência radiográfica ou ecocardiográfica de</p><p>remodelação cardíaca em resposta à doença valvar mitral mixomatosa, bem como aqueles em que</p><p>alterações estão presentes, mas não são severas o suficiente para justificar tratamento clínico.</p><p> Estágio B2: cães assintomáticos que têm regurgitação da válvula mitral</p><p>hemodinamicamente significativa e longa o suficiente para ter causado achados radiográficos e</p><p>ecocardiográficos de aumento atrial e ventricular esquerdo que irão se beneficiar do início do</p><p>tratamento farmacológico, com objetivo de retardar o início da insuficiência cardíaca.</p><p> Estágio C: cães com sinais clínicos atuais ou anteriores de insuficiência cardíaca causada por</p><p>doença mixomatosa da valva mitral.</p><p> Estágio D: cães em estágio final da doença valvar mitral degenerativa, no qual os sinais clínicos</p><p>de insuficiência cardíaca são refratários ao tratamento padrão. Esses pacientes requerem estratégias de</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>20</p><p>122</p><p>4</p><p>tratamento avançadas ou especializadas para permanecerem clinicamente confortáveis com a doença e, em</p><p>algum ponto, os esforços de tratamento tornam-se insuficientes sem o reparo cirúrgico da válvula.</p><p>Cães no Estágio A da doença não necessitam de tratamento, mas devem ser avaliados regularmente</p><p>(ausculta por veterinário). Nenhum tratamento medicamentoso ou dietético deve ser realizado nesses</p><p>pacientes. Se durante o exame clínico ou ecocardiográfico houver sinais precoces de regurgitação mitral, o</p><p>animal deve ser removido da atividade reprodutiva.</p><p>Nenhum tratamento medicamentoso ou dietético é recomendado para cães no estágio B1 da</p><p>doença degenerativa valvar, porque neste estágio inicial da doença, a progressão para insuficiência cardíaca</p><p>é incerta, e improvável que ocorra dentro do intervalo de avaliação recomendado (6 meses). A reavaliação</p><p>por ecocardiografia é recomendada (ou radiografia se ecocardiografia não estiver disponível) em 6 a 12</p><p>meses.</p><p>Para cães em estágio B2 a terapia dietética com restrição leve de sódio e fornecimento de dieta de</p><p>alta palatabilidade com quantidades adequadas de proteínas e calorias para manutenção da condição</p><p>corporal ideal é recomendada. Além disso, o Pimobendan deverá ser prescrito numa dose de 0,25-0,3 mg/kg,</p><p>por via oral, a cada 12horas. Inibidores de enzima conversora de angiotensina são recomendados em</p><p>pacientes B2. A intervenção cirúrgica pode ser recomendada em pacientes</p><p>em estágio B2 avançado se os</p><p>tutores puderem pagar o reparo da válvula mitral em centros especializados.</p><p>Pacientes em estágio C da doença podem precisar de tratamento hospitalar para crise aguda da</p><p>doença, nesse caso Furosemida na dose de 2 mg/kg administrada por via endovenosa ou intramuscular,</p><p>seguida de aplicação da mesma dose de hora em hora até que os sinais respiratórios do paciente melhorem</p><p>deve ser utilizado. Para edema pulmonar com risco de morte a furosemida deve ser administrada em infusão</p><p>contínua (0,66-1 mg/kg/hora após o bolus inicial), estes pacientes devem ter livre acesso à água após o início</p><p>da diurese. Pimobendan deve ser administrado a cada 12horas. Quando necessário esses pacientes devem</p><p>receber suplementação de oxigênio.</p><p>Tratamentos mecânicos são recomendados para aliviar efusões que prejudiquem a ventilação ou</p><p>causem dificuldade respiratória. Ansiedade associada à dispneia deve ser tratada com narcóticos ou</p><p>narcóticos combinados com um ansiolítico. Cuidados de enfermagem devem ser fornecidos (manutenção</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>21</p><p>122</p><p>5</p><p>da temperatura e umidade ambiental, elevação da cabeça e posicionamento dos pacientes sedados em</p><p>postura esternal). Aplicação de dobutamina para melhorar a função ventricular esquerda em pacientes que</p><p>não respondem adequadamente aos tratamentos anteriores.</p><p>Pacientes com edema pulmonar pouco responsivo se beneficiam do uso de nitroprussiato de sódio</p><p>ou dilatadores arteriais adicionais. A utilização de inibidores de ECA é recomendada para tratar a</p><p>insuficiência cardíaca aguda. Pomada de nitroglicerina, aplicada em uma área da pele sem pelos, pode ser</p><p>usada nas primeiras 24 a 36 horas de hospitalização, para controle da insuficiência cardíaca congestiva</p><p>aguda.</p><p>Após estabilização inicial da doença aguda, os cuidados deverão ser realizados em casa, e o</p><p>tratamento da doença crônica instituído. A furosemida deverá ser continuada com doses ajustadas à</p><p>necessidade do paciente. Inibidores de ECA devem ser prescritos. O monitoramento da creatinina sérica,</p><p>nitrogênio ureico (furosemida) e eletrólitos sanguíneos deve ser realizado 3-14 dias após o início dessas</p><p>medicações. A espironolactona é recomendada como um adjuvante no tratamento crônico de cães com</p><p>insuficiência cardíaca em estágio C. O pimobendan deve ser continuado. Em casos complicados por fibrilação</p><p>atrial, diltiazem e/ou digoxina podem ser utilizados. Broncodilatadores e supressores de tosse são úteis em</p><p>alguns pacientes.</p><p>Os tutores devem receber treinamento para realização de cuidados prolongados domiciliares. Os</p><p>pacientes em Estágio C são candidatos ao reparo cirúrgico do aparelho valvar. Alguns pacientes em estágio</p><p>C desenvolvem caquexia cardíaca, por isso, a prevenção dessa complicação com utilização de dietas de</p><p>calorias adequada (60 kcal / kg de peso corporal), ingestão adequada de proteínas e restrição moderada de</p><p>sódio é importante. Concentrações de eletrólitos séricos devem ser monitoradas e quando necessário</p><p>complementados ou reduzidos na dieta. Suplementação com ácidos graxos ômega-3 é indicada.</p><p>Pacientes em estágio D são refratários aos tratamentos padrão e devem receber tratamento</p><p>hospitalar para estabilização da insuficiência cardíaca aguda, seguido de tratamento contínuo em casa. Os</p><p>cuidados hospitalares vão incluir furosemida para pacientes dispneicos que não apresentem insuficiência</p><p>renal grave. Se não houver resposta ao tratamento com furosemida, a torsemida, um potente diurético de</p><p>alça de longa ação deve ser a alternativa.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>22</p><p>122</p><p>6</p><p>Centese cavitária deve ser realizada o quanto antes, para aliviar a dificuldade ou desconforto</p><p>respiratório. Além da suplementação de oxigênio, que no estágio D pode requerer assistência ventilatória</p><p>mecânica até que os medicamentos surtam efeito. Vasodilatação arterial é recomendada, com</p><p>monitoramento da pressão arterial. Em cães muito doentes a administração de nitroprussiato de sódio</p><p>(redução da pós-carga) ou dobutamina (suporte inotrópico) ou ambos é recomendado, com monitoramento</p><p>contínuo de ECG e pressão arterial.</p><p>Medicamentos que diminuem a pós-carga (hidralazina ou amlodipina) são recomendados, além de</p><p>um inibidor de ECA e pimobendan, este último poderá ter sua frequência aumentada. Sildenafil é usado</p><p>para tratar a insuficiência cardíaca complicada por hipertensão pulmonar clinicamente relevante. A</p><p>torsemida pode ser necessária para tratar cães que não respondem adequadamente à furosemida. A</p><p>hidroclorotiazida é um tratamento adjuvante à furosemida ou torsemida. Espironolactona, é indicado para</p><p>o tratamento crônico de pacientes em Estágio D. A redução adicional da pós-carga, usando amlodipina ou</p><p>hidralazina, pode fornecer benefício hemodinâmico e diminuição da frequência de tosse. Digoxina é</p><p>recomendada para o tratamento de fibrilação atrial no estágio D.</p><p>O tratamento domiciliar de pacientes em estágio D após a estabilização inicial seguem as mesmas</p><p>diretrizes dos pacientes em estágio C, com diminuição maior da ingestão de sódio na dieta, sem</p><p>comprometer o apetite ou a função renal.</p><p>(Residência em Medicina Veterinária – UFRGS 2019) Um cão Yorkshire, 12 anos, macho não castrado é</p><p>atendido em decorrência de uma severa periodontite. Ao exame físico, além da halitose severa, acúmulo</p><p>de cálculo dentário importante, com retração gengival e exposição de raízes de alguns dentes, é</p><p>documentado um sopro mitral grau 3/6. O tutor não reporta manifestações clínicas associadas à alteração</p><p>de ausculta. Na sequência da avaliação, são solicitados ecocardiografia e exames de sangue pré-</p><p>operatórios. Os exames de sangue não evidenciam alterações importantes, exceto discreta neutrofilia e</p><p>elevação discreta de fosfatase alcalina. O resultado da ecocardiografia aponta uma degeneração</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>23</p><p>122</p><p>7</p><p>mixomatosa valvar mitral com repercussões hemodinâmicas, dilatação atrial e relação átrio esquerdo</p><p>aorta (AE:Ao) de 1,75. Assinale a alternativa correta em referência à conduta recomendada para o caso,</p><p>tendo em vista os avanços da terapia de doença valvar degenerativa de cães.</p><p>a) Monitorar os parâmetros ecocardiográficos do paciente e adiar a profilaxia dentária, devido ao alto risco</p><p>anestésico.</p><p>b) Prescrever terapia com pimobendan, devido à dilatação atrial, independente da presença de sinais</p><p>clínicos, e reavaliar a ecocardiografia em algumas semanas.</p><p>c) Ignorar os achados e dar sequência à profilaxia dentária, já que não há sinais clínicos associados à dilatação</p><p>atrial.</p><p>d) Prescrever terapia com associação de antibióticos à base de metronidazol para o tratamento da</p><p>endocardiose do paciente.</p><p>e) Empregar inibidores de enzima conversora de angiotensina para o preparo do paciente para cirurgia.</p><p>Comentários:</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. Para pacientes com doença valvar degenerativa em</p><p>estágio B2, que é o caso do paciente apresentado na questão, o pimobendan é sempre recomendado</p><p>independente da presença de sinais clínicos. Este medicamento é um potente inotrópico positivo, que</p><p>aumenta o débito cardíaco sem aumentar a demanda de oxigênio miocárdico.</p><p>A alternativa A está incorreta. A profilaxia dentária não deve ser adiada neste caso, uma vez que êmbolos</p><p>bacterianos podem se desprender e causar endocardite bacteriana, o que iria piorar o quadro da</p><p>degeneração valvar. Para cães com</p><p>alterações cardíacas deve-se utilizar protocolos anestésicos específicos e</p><p>seguros considerando a lesão apresentada.</p><p>A alternativa C está incorreta. Os achados de alteração cardíaca não devem ser ignorados, deve-se instituir</p><p>a terapia para doença valvar degenerativa visando evitar a progressão da doença e aparecimento de sinais</p><p>clínicos, montar um protocolo anestésico seguro para esse paciente, e só então realizar a profilaxia dentária.</p><p>A alternativa D está incorreta. A terapia não deve se basear no uso de antibióticos, e sim de medicamentos</p><p>que previnam a progressão da doença valvar degenerativa. O uso de antibióticos deve ser recomendado de</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>24</p><p>122</p><p>8</p><p>forma profilática, para reduzir a carga bacteriana oral no momento da profilaxia dentária, e nesse caso há</p><p>recomendação de iniciar a antibioticoterapia de 3 a 7 dias antes do procedimento dentário. Os antibióticos</p><p>mais eficazes são: espiramicina associada ao metronidazol, metronidazol, amoxicilina associada ao ácido</p><p>clavulânico, clindamicina e doxiciclina.</p><p>A alternativa E está incorreta. O preparo do paciente para a cirurgia deve ser realizado com controle da</p><p>doença valvar, que pode incluir, mas não se basear em inibidores de ECA, que deve ser continuado mesmo</p><p>após a cirurgia, e uso de antibioticoprofilaxia.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>25</p><p>122</p><p>9</p><p>As Diretrizes de consenso do Colégio Americano de Medicina Veterinária Interna para o diagnóstico e</p><p>tratamento da doença mixomatosa da válvula mitral em cães, definiu o estadiamento da doença cardíaca</p><p>valvar para facilitar a tomada de decisão terapêutica. Abaixo os pontos principais dessa classificação:</p><p>Estágio A</p><p>Cães com risco elevado para desenvolvimento de</p><p>doenças cardíacas, mas que no momento da avaliação</p><p>não apresentem alteração estrutural identificável do</p><p>coração (raças predispostas geneticamente).</p><p>Estágio B</p><p>Cães com doença cardíaca estrutural, mas que nunca</p><p>desenvolveram sinais causados por insuficiência cardíaca.</p><p>É dividido em B1 (assintomáticos, sem evidencia</p><p>radiográfica ou ecocardiográfica de remodelamento</p><p>cardíaco devido à doença valvar) e B2 (assintomáticos,</p><p>com regurgitação da válvula mitral grave o suficiente</p><p>para causar achados radiográficos e ecocardiográficos de</p><p>aumento atrial e ventricular esquerdo).</p><p>Estágio C</p><p>Cães com sinais clínicos, atuais ou prévios, de</p><p>insuficiência cardíaca causada por degeneração</p><p>mixomatosa valvar associados a alteração estrutural do</p><p>coração.</p><p>Estágio D</p><p>Cães com doença valvar mixomatosa em estágio final, em</p><p>que os sinais clínicos de insuficiência cardíaca são</p><p>refratários ao tratamento padrão. Esses pacientes</p><p>necessitam de tratamento avançado ou especializado para</p><p>se manter clinicamente confortáveis com a doença.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>26</p><p>122</p><p>10</p><p>Endocardite infecciosa</p><p>A endocardiose valvar infecciosa é a infecção, geralmente bacteriana e ocasionalmente fúngica, das</p><p>válvulas cardíacas e tecidos endocárdicos. É pouco comum em cães e rara em gatos. É uma afecção de difícil</p><p>diagnóstico e de progressão grave. Tendo a insuficiência cardíaca congestiva como principal consequência,</p><p>outras sequelas incluem tromboembolismo, infecção de múltiplos órgãos, poliartrite e glomerulonefrite</p><p>imunomediadas, arritmias, podendo levar à morte súbita.</p><p>O diagnóstico é difícil, pois as manifestações clínicas são inespecíficas e incluem febre intermitente,</p><p>anorexia, letargia, claudicação, e sinais relacionados às consequências da endocardiose. Combinação de</p><p>febre, claudicação e sopro cardíaco pode ser um forte indicativo de endocardiose infecciosa.</p><p>Culturas de sangue positivas são uma evidência crucial de endocardite infecciosa, principalmente se</p><p>estiverem associadas à presença de vegetação aderida à valva aórtica ou mitral em exame</p><p>ecocardiográfico. Ao exame hematológico haverá leucocitose com neutrofilia e desvio à esquerda,</p><p>podendo haver também anemia e monocitose.</p><p>O tratamento se baseia na antibioticoterapia de amplo espectro, inicialmente de forma empírica,</p><p>sendo alterado se necessário após resultado da cultura e antibiograma sanguíneos. O tratamento de</p><p>insuficiência cardíaca congestiva ou arritmias secundárias também deverá ser realizado.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>27</p><p>122</p><p>1</p><p>Cardiomiopatias em Cães</p><p>Cardiomiopatias são doenças da musculatura cardíaca associadas à disfunção cardíaca contrátil,</p><p>podendo ser classificadas como dilatada, hipertrófica, restritiva e arritmogênica do ventrículo direito.</p><p>Cardiopatia dilatada primária ou idiopática é a doença miocárdica mais comum em cães. A cardiopatia</p><p>arritmogênica ventricular direita é uma afecção comum em cães da raça Boxers, mas incomum em outras</p><p>raças. As doenças miocárdicas secundárias e infecciosas não são comuns em cães e as cardiomiopatias</p><p>hipertróficas são raras nessa espécie.</p><p>Cardiomiopatia dilatada</p><p>A cardiomiopatia dilatada é a segunda causa mais prevalente de doença cardíaca em cães.</p><p>Caracterizada por má contratilidade do músculo cardíaco, com ou sem arritmias, e dilatação ventricular,</p><p>envolvendo o ventrículo esquerdo ou ambos. A cardiomiopatia dilatada ter origem primária ou secundária.</p><p>Quando a causa não é encontrada o termo idiopático é utilizado.</p><p>A cardiomiopatia dilatada tem um fator hereditário importante, com maior prevalência em raças de</p><p>cães específicas (Doberman Pinscher, Cocker Spaniel, Dinamarques, São Bernardo, Labrador Retriever,</p><p>Dalmata, Rottweiler, Boxer, entre outras). Outras causas incluem deficiências nutricionais (taurina e L-</p><p>carnitina, principalmente), endocrinopatias, causas infecciosas, miocardites e taquicardias crônicas.</p><p>A dilatação pode acometer as quatro câmaras cardíacas, sendo os ventrículos mais acometidos do</p><p>que os átrios. O coração adquire aspecto globoso, com um grau de hipertrofia menor do que a dilatação.</p><p>Inicialmente ocorre a redução progressiva da contratilidade, com diminuição no débito cardíaco. Os</p><p>sistemas compensatórios do organismo são ativados pela baixa pressão sistêmica resultante do débito</p><p>cardíaco diminuído. Esses mecanismos resultam em sobrecarga de volume que induzem a hipertrofia</p><p>excêntrica e a distensão dos miócitos, levando à dilatação das cavidades cardíacas. Com a progressão da</p><p>doença os cães podem desenvolver insuficiência cardíaca.</p><p>Devido aos mecanismos compensatórios do sistema cardiovascular, inicialmente a cardiomiopatia</p><p>dilatada se manifesta em uma fase subclínica (oculta). Diminuição da função sistólica e arritmias, sem sinais</p><p>clínicos, podem ser encontradas na fase oculta. Conforme a doença progride, a contratilidade cardíaca</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>28</p><p>122</p><p>2</p><p>diminui, causando baixo débito cardíaco. A remodelação miocárdica pode resultar em arritmias perigosas.</p><p>Com a progressão da doença, os sinais clínicos, como intolerância ao exercício, fraqueza, letargia, taquipneia</p><p>ou dispneia, tosse, hiporexia ou anorexia, distensão abdominal, síncope e morte súbita aparecem. A</p><p>caquexia cardíaca pode acorrer em casos</p><p>avançados.</p><p>Os achados de exame físico variam com a progressão da doença. Pacientes em fase oculta podem</p><p>apresentar ausculta normal, ou leves sopros cardíacos sistólico e arritmias. Conforme a doença avança, e</p><p>com a ativação de mecanismos compensatórios, o paciente vai apresentar aumento no tempo de reperfusão</p><p>capilar, mucosas pálidas (hipoperfusão) ou cianóticas (edema pulmonar), pulso fraco e rápido. Sopro</p><p>sistólico de baixa intensidade, ritmo de galope, uma terceira e/ou quarta bulha cardíaca (B3 e/ou B4), bem</p><p>como arritmias, podem ser auscultados. A auscultação pulmonar pode revelar creptações e abafamento de</p><p>sons. Cães, com insuficiência cardíaca direita, podem apresentar derrame peritoneal, hepato e/ou</p><p>esplenomegalia e distensão de jugular.</p><p>Nas radiografias torácicas os achados vão depender do avanço da doença, podendo ser normal em</p><p>pacientes na fase oculta, ou apresentar aumento generalizado da silhueta cardíaca (Figura 2), ou mais</p><p>especificamente, aumento do átrio e do ventrículo esquerdos. Além disso, a distensão de veias pulmonares,</p><p>elevação traqueal e sinais de edema pulmonar e efusões pleurais podem ser visibilizados.</p><p>Figura 1: Radiografia torácica mostrando aumento generalizado do coração em um cão com cardiomiopatia dilatada. Fonte: arquivo pessoal.</p><p>A avaliação eletrocardiográfica pode revelar arritmias ventriculares e supraventriculares,</p><p>alargamento do complexo QRS e onda P larga e alta (aumento atrial). O monitoramento de Holter de 24hs.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>29</p><p>122</p><p>==1365fc==</p><p>3</p><p>é importante para documentar a presença e frequência de ectopia ventricular. Exame ecocardiográfico é o</p><p>método de diagnóstico definitivo para cardiomiopatia dilatada, achados clássicos incluem dilatação do</p><p>ventrículo esquerdo e redução da contratilidade. A espessura da parede livre e septal vai se apresentar</p><p>normal a diminuída. A fração de ejeção ventricular esquerda vai estar diminuída. Com o modo Doppler</p><p>insuficiências mitrais e tricúspide secundárias à dilatação são diagnosticadas. Biomarcadores de doença</p><p>cardíaca, como os peptídeos natriuréticos atrial e cerebral e a troponina também podem mensurados para</p><p>detectar danos ao miocárdio.</p><p>O tratamento para cães com cardiomiopatia dilatada vai depender da fase em que estes se</p><p>encontram. Na fase oculta, o pimobendan, um inodilatador positivo, ajuda a retardar a progressão da</p><p>doença. Um inibidor da enzima de conversão da angiotensina é geralmente recomendado para cães com</p><p>dilatação do ventrículo esquerdo ou redução de contratilidade. O uso de fármacos antiarrítmicos (sotalol ou</p><p>mexiletina para taquiarritmias ventriculares; digoxina e diltiazem para fibrilação atrial) em cães com</p><p>taquiarritmias é avaliada clinicamente e pelo Holter. A restrição moderada de sal na dieta também deve ser</p><p>recomendada para estes pacientes.</p><p>Cães com sinais leves a moderados de cardiomiopatia dilatada deverão receber terapia com</p><p>furosemida, pimobendan, inibidor de ECA e espironolactona. Terapia antiarrítmica deverá ser instituída</p><p>conforme necessidade (avaliar clinicamente e por Holter). Restrição completa de exercícios deve ser</p><p>realizada até que os sinais clínicos melhorem. A dieta deverá ser realizada com restrição de cloreto de sódio,</p><p>e adição de suplemento dietético com ômega 3 e, se necessário, taurina ou carnitina.</p><p>Cães em estágio avançado da doença, e com insuficiência cardíaca congestiva deverão receber</p><p>suplementação de oxigênio, repouso em gaiola, mínimo manuseio do paciente, doses mais agressivas ou</p><p>infusão contínua de furosemida, pimobendan, a dobutamina deve ser considerada se houver hipotensão</p><p>persistente, terapia antiarrítmica, vasodilatador (nitroprussiato, hidralazina ou amlodipina) para redução</p><p>da pós-carga. Se houver qualquer tipo de derrame, a drenagem deverá ser realizada.</p><p>Pacientes com insuficiência cardíaca crônica ou refratária deverão receber terapia com as mesmas</p><p>medicações utilizadas em pacientes em estágio avançado da doença, com ajuste de doses e frequência se</p><p>necessário. Deve-se considerar associar a digoxina para suporte inotrópico adicional. Diuréticos adjuvantes</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>30</p><p>122</p><p>4</p><p>podem ser indispensáveis (espironolactona, hidroclorotiazida). Reduzir estritamente o exercício e a</p><p>ingestão de sal na dieta. Realizar as centeses que forem necessárias.</p><p>(Residência em Medicina Veterinária – UFF 2020) Sobre cardiomiopatia dilatada (CMD) em cães, é</p><p>conhecido que:</p><p>a) esse é o termo usado para definir a doença miocárdica caracterizada por contratilidade reduzida e</p><p>dilatação ventricular, envolvendo o ventrículo esquerdo ou ambos os ventrículos.</p><p>b) essa doença pode ser primária ou secundária; nos casos em que não se reconhece uma causa, o termo</p><p>“secundária” é utilizado.</p><p>c) o monitoramento ecocardiográfico ambulatorial por período de 24 horas (sistema Holter) constitui-se em</p><p>uma modalidade diagnóstica não invasiva, sendo indicado para o diagnóstico de possíveis arritmias em</p><p>pacientes com cardiomiopatias.</p><p>d) os inibidores dos canais de cálcio são indicados para seu tratamento, principalmente em animais das raças</p><p>Dobermann, Buldogue francês e Cavalier King Charles.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa A está correta e é o gabarito da questão. Cardiomiopatia dilatada é uma doença cardíaca de</p><p>alta prevalência em algumas raças de cães, ela é caracterizada por dilatação e baixa contratilidade miocárdica</p><p>do ventrículo esquerdo ou de ambos os ventrículos, com ou sem arritmias.</p><p>A alternativa B está incorreta. A cardiomiopatia dilatada pode ser primária ou secundária, no entanto,</p><p>diferente do que a alternativa B afirma, em casos em que não se reconhece uma causa, o termo IDIOPÁTICO</p><p>é utilizado.</p><p>A alternativa C está incorreta. Diferente do que a alternativa afirma, o Holter é um acompanhamento</p><p>ELETROCARDIOGRÁFICO ambulatorial por período de 24 horas, importante para o diagnóstico arritmias, em</p><p>animais com síncope, isquemia do miocárdio ou cardiomiopatias.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>31</p><p>122</p><p>5</p><p>A alternativa D está incorreta. Os inibidores de canais de cálcio são medicamentos indicados para terapia de</p><p>alguns pacientes com cardiomiopatia hipertrófica, no caso de cães com cardiomiopatia dilata, que é a</p><p>afecção abordada na questão, há indicação de inibição da bomba de sódio e potássio, o que aumenta</p><p>transitoriamente a concentração intracelular de sódio próximo ao sarcolema, levando ao influxo de cálcio</p><p>através do mecanismo de troca sódio-cálcio. Com isso, a concentração de cálcio no citosol aumenta,</p><p>elevando a contratilidade do miocárdio.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>32</p><p>122</p><p>1</p><p>Cardiomiopatia em Gatos</p><p>A cardiomiopatia felina envolve vários processos idiopáticos e secundários que afetam o miocárdio.</p><p>A hipertrofia miocárdica é a mais comum em gatos. A cardiomiopatia dilatada atualmente é incomum em</p><p>felinos, uma vez que estava associada à deficiência de taurina nessa espécie, e, após essa descoberta esse</p><p>nutriente foi adicionado às formulações de rações felinas. Raramente, cardiomiopatia arritmogênica do</p><p>ventrículo direito é identificada em gatos. O tromboembolismo é uma das principais complicações em gatos</p><p>com doença miocárdica.</p><p>Cardiomiopatia hipertrófica felina</p><p>A cardiomiopatia</p><p>hipertrófica cursa com hipertrofia ventricular esquerda, sem dilatação e pode ter</p><p>como consequência o desenvolvimento de insuficiência cardíaca, tromboembolismo e morte súbita. A</p><p>causa da cardiomiopatia hipertrófica primária ou idiopática em gatos é desconhecida, no entanto, herança</p><p>autossômica dominante foi identificada em algumas raças (Maine Coon, Sphynx, Ragdoll, Pelo Curto</p><p>Americano, entre outros). Duas mutações foram identificadas em gatos, ambas no gene da proteína C ligada</p><p>à miosina (MYBPC3).</p><p>As cardiomiopatias secundárias, ocorrem por alterações nutricionais, cardiovasculares (doença</p><p>valvular, doença coronária, doença pericárdica, hipertensão sistémica, hipertensão pulmonar e isquemia),</p><p>hormonais (hipertireoidismo, acromegalia, diabetes mellitus, síndrome de Cushing), infiltrativas, tóxicas,</p><p>infecciosas, inflamatórias ou congênitas.</p><p>A hipertrofia miocárdica causa maior rigidez do ventrículo e alterações no relaxamento. A fibrose e</p><p>a desorganização celular também causam rigidez atípica do ventrículo. A disfunção diastólica é a principal</p><p>alteração que ocorre na cardiomiopatia hipertrófica. Embora essa doença seja mais comum em gatos de</p><p>meia idade, animais de qualquer idade podem apresentar este distúrbio. Gatos machos são mais afetados</p><p>que as fêmeas. Essa doença pode ter um período longo sem sinais clínicos e quando esses ocorrem são bem</p><p>variáveis que vão de leves a graves dependendo da progressão da doença.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>33</p><p>122</p><p>2</p><p>O Consenso do College of Veterinary Internal Medicine sobre cardiomiopatia em gatos1 sugeriu uma</p><p>classificação atualizada de cardiomiopatias com base na estrutura e função cardíaca. O objetivo da</p><p>classificação da doença é categorizar se baseando em pontos estratégicos, como envolvimento de órgãos,</p><p>fisiopatologia, fenótipo ou causa subjacente.</p><p>Classificação da cardiomiopatia em gatos de acordo com o Consenso do College of Veterinary Internal</p><p>Medicine:</p><p> Estágio A: gatos predispostos à cardiomiopatia, mas que não apresentam evidências de doença</p><p>miocárdica.</p><p> Estágio B: gatos com cardiomiopatia, mas sem sinais clínicos. O estágio B é dividido em:</p><p>- B1: gatos com baixo risco de insuficiência cardíaca congestiva ou tromboembolismo arterial;</p><p>- B2: gatos com maior risco de insuficiência cardíaca congestiva ou tromboembolismo arterial.</p><p>O tamanho atrial é um marcador prognóstico importante, usado para subdividir gatos com</p><p>cardiomiopatia subclínica em baixo risco (B1) e alto risco (B2). Quanto mais grave o aumento do átrio</p><p>esquerdo, maior o risco. Outros fatores também devem ser levados em consideração como função sistólica</p><p>do átrio e ventrículo esquerdos, e grau da hipertrofia ventricular esquerda, entre outras.</p><p> Estágio C: gatos com sinais clínicos de insuficiência cardíaca congestiva ou tromboembolismo</p><p>arterial, mesmo quando responsivos ao tratamento.</p><p> Estágio D: Gatos com sinais de insuficiência cardíaca congestiva refratária ao tratamento</p><p>As manifestações clínicas geralmente estão relacionadas ao desenvolvimento de edema pulmonar</p><p>(dispneia, taquipneia, intolerância ao exercício). A tosse não é comum. Pode ainda ocorrer síncope, paresia</p><p>ou paralisia associadas com tromboembolismo arterial e morte súbita.</p><p>1 FUENTES, V.L. et al. ACVIM consensus statement guidelines for the classification, diagnosis, and management of</p><p>cardiomyopathies in cats. Journal of Veterinary Internal Medicine. v.34, p.1062–1077. 2020.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>34</p><p>122</p><p>==1365fc==</p><p>3</p><p>Sopro holosistólico de ejeção suave sobre as áreas da válvula mitral ou tricúspide ou na base</p><p>cardíaca pode estar presente durante a auscultação. A ausculta pulmonar pode revelar estertores</p><p>relacionados à edema. O pulso femoral pode se apresentar fraco ou inexistente, devido ao baixo débito</p><p>cardíaco.</p><p>As características radiográficas da cardiomiopatia hipertrófica felina são o átrio esquerdo aumentado</p><p>e aumento variável de ventrículo esquerdo. A aparência cardíaca em formato de coração de São Valentim</p><p>pode estar presente em projeções dorsoventral ou ventrodorsal. O escore cardíaco vertebral (VHS) pode ser</p><p>útil para determinar o aumento cardíaco em felinos. Imagens radiográficas compatíveis com edema</p><p>pulmonar são visualizadas em felinos com essa condição.</p><p>Eletrocardiograma poder evidenciar aumento de átrio e ventrículo esquerdos, desvios do eixo para</p><p>esquerda, arritmias supraventriculares e defeitos de condução intraventricular. A ecocardiografia é o</p><p>melhor método para o diagnóstico de cardiomiopatia hipertrófica felina. O grau e distribuição do</p><p>espessamento na parede ventricular, septo e músculos papilares são visibilizados. As técnicas de Doppler</p><p>evidenciam anormalidades diastólicas ou sistólicas do ventrículo esquerdo, particularmente aumento na</p><p>velocidade do fluxo aórtico. A técnica ultrassonográfica Tissue Doppler Imaging (TDI) ou Doppler tecidual,</p><p>permite mensurar o movimento miocárdico.</p><p>O tratamento da cardiomiopatia hipertrófica felina visa favorecer o enchimento ventricular,</p><p>melhorar a congestão, conter as arritmias, diminuir a isquemia, prevenir a progressão da insuficiência</p><p>cardíaca, o tromboembolismo aórtico e a morte súbita.</p><p>Betabloqueadores (atenolol, propanolol) e os bloqueadores de canais de cálcio (diltiazem) são</p><p>importantes para melhorar o débito cardíaco e o enchimento ventricular. Furosemida deve ser utilizada para</p><p>conter o edema pulmonar e efusões. Medicamentos anticoagulantes (ácido acetilsalicílico ou heparina</p><p>sódica) são indicados para evitar tromboembolismo. Inibidores de ECA devem ser indicados em caso de</p><p>hipertensão. Antiarrítmicos devem ser prescritos em casos de arritmias cardíacas. Em casos de efusões a</p><p>centese deve ser realizada.</p><p>Ana Paula Salim, Graziela Kopinits de Oliveira</p><p>Aula 43 - Profa. Graziela</p><p>Medicina Veterinária p/ Concursos - Curso Regular</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>35</p><p>122</p><p>4</p><p>(Residência em Medicina Veterinária – UFP/2020) Um felino, persa, fêmea, com 9 anos de idade, apresenta</p><p>hipertireoidismo há dois anos, e está sendo tratado com metimazol. Ao exame físico atual, está com sinais</p><p>de cardiopatia (fraqueza, dispneia moderada e tosse seca). A pressão arterial está elevada e apresenta</p><p>taquicardia severa. O ecocardiograma evidenciou aumento da espessura do miocárdio em ventrículo e</p><p>átrio esquerdos. O eletrocardiograma evidenciou taquicardia ventricular, e na bioquímica sérica foi</p><p>evidenciado hipercalcemia. Com base nessas informações, assinale a alternativa que apresenta o tipo de</p><p>cardiopatia presente nesse felino e os fármacos que podem ser utilizados no tratamento dessa cardiopatia.</p><p>a) Cardiomiopatia dilatada; benazepril, furosemida, digoxina ou pimobendana e taurina.</p><p>b) Cardiomiopatia hipertrófica; propanolol, diltiazem, benazepril e furosemida.</p><p>c) Cardiomiopatia dilatada; benazepril, furosemida, propranolol e taurina ou carnitina.</p><p>d) Cardiomiopatia arrítmica do ventrículo direito; propanolol, diltiazem, benazepril, pimobendana e taurina.</p><p>e) Cardiomiopatia arrítmica do ventrículo esquerdo; benazepril, pimobendana, carnitina e furosemida.</p><p>Comentários</p><p>A alternativa B está correta e é o gabarito da questão. A cardiomiopatia hipertrófica é a afecção cardíaca</p><p>mais comum em felinos, e se caracterizada por aumento da massa cardíaca devido a hipertrofia do ventrículo</p><p>esquerdo, decorrente de aumento da sobrecarga (por exemplo, hipertensão arterial sistêmica) ou</p><p>estimulação hormonal (por exemplo, hipertireoidismo). O felino apresentado no caso abordado pela questão</p><p>apresentava hipertireoidismo,</p>

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