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<p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular</p><p>(Profª Thayse Duarte)</p><p>Autor:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas</p><p>Cesar</p><p>04 de Março de 2023</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Sumário</p><p>Introdução .................................................................................................................................... 3</p><p>Psicologia da Saúde ................................................................................................................... 4</p><p>1 – Considerações Iniciais ......................................................................................................... 4</p><p>1.1 – Processo saúde-doença (doenças crônicas e agudas) ............................. 5</p><p>2- Impacto Diagnóstico .......................................................................................................... 11</p><p>3 – Processo de Adoecimento ............................................................................................. 13</p><p>4 – Enfrentamento da Doença e Adesão ao Tratamento ......................................... 14</p><p>5 – Teorias e Manejo do Estresse ........................................................................................ 16</p><p>5.1– Teorias do Estresse ............................................................................................ 17</p><p>5.1.1 – Teoria da luta ou fuga - Cannon .................................................................. 17</p><p>5.1.2 – Síndrome de Adaptação Geral (SGA) - Selye ............................................ 18</p><p>5.1.3 – Modelo Transacional - Lazarus ................................................................... 20</p><p>5.1.3 – Modelo da diátese ao estresse .................................................................... 21</p><p>5.1.4 – Teoria do Buscar Apoio ................................................................................ 22</p><p>5.1.5 – Psiconeuroimunologia ................................................................................. 22</p><p>5.2. – Manejo do Estresse ......................................................................................... 22</p><p>5.2.1 – Prática de Exercícios Físicos ........................................................................ 23</p><p>5.2.3. – Terapias do Relaxamento ........................................................................... 23</p><p>6 – Teorias e Manejo da Dor .................................................................................................. 25</p><p>6.1. – Como mensurar a dor? .................................................................................. 26</p><p>6.2. – Teoria da Comporta ....................................................................................... 26</p><p>6.3. – Manejo da Dor ................................................................................................. 28</p><p>7 – Enfrentamento ou Coping ............................................................................................. 31</p><p>7.1 – Funções principais do enfrentamento ou coping ..................................... 31</p><p>7.2 – Tipos de Enfrentamento Coping .................................................................. 32</p><p>7.2.1 – Confronto ........................................................................................................ 32</p><p>7.2.2 – Afastamento .................................................................................................. 32</p><p>7.2.3 – Autocontrole .................................................................................................. 33</p><p>7.2.4 – Suporte Social ............................................................................................... 33</p><p>7.2.5 – Aceitação de Responsabilidade ................................................................. 33</p><p>7.2.6 – Fuga e Esquiva .............................................................................................. 33</p><p>7.2.7 – Resolução de Problemas ............................................................................ 34</p><p>7.2.8 – Reavaliação Positiva .................................................................................... 34</p><p>8 – Ações Básicas de Saúde .................................................................................................. 35</p><p>8.1 – Atenção Básica ................................................................................................. 35</p><p>8.2 – Promoção x Prevenção x Reabilitação ........................................................ 38</p><p>9 – Equipes interdisciplinares / interdisciplinaridade e multidisciplinaridade</p><p>em saúde ..................................................................................................................................... 41</p><p>10 – O papel do psicólogo na equipe de cuidados básicos à saúde ...................... 44</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>REFORMA PSIQUIÁTRICA ........................................................................................................... 48</p><p>1- Declaração de Caracas ................................................................................................... 51</p><p>2- Lei 10.216/2001 .................................................................................................................... 54</p><p>3- Rede de Atenção Psicossocial ..................................................................................... 61</p><p>3.1 – Atenção Básica em Saúde .............................................................................. 65</p><p>3.2 – Atenção Psicossocial Especializada ............................................................. 67</p><p>3.3 – Atenção de Urgência e Emergência ............................................................ 68</p><p>3.4 – Atenção Residencial de Caráter Transitório ............................................... 68</p><p>3.5 – Atenção Hospitalar .......................................................................................... 69</p><p>3.6 – Estratégia de Desinstitucionalização .......................................................... 69</p><p>4 - Rede de Atenção Psicossocial .................................................................................................. 73</p><p>O que são os CAPS? .................................................................................................................... 73</p><p>4.1 – Quais são as modalidades dos CAPS? .................................................................... 73</p><p>4.2 – Existem outras modalidades de CAPS? ................................................................ 75</p><p>5 - O Psicólogo na RAPS ............................................................................................................... 79</p><p>5.1 – Conceitos Fundamentais ................................................................................ 82</p><p>5.1.1 – Acolhimento .................................................................................................... 83</p><p>5.1.2 – Equipe Multiprofissional e Interdisciplinar .............................................. 83</p><p>5.1.3 – Território .......................................................................................................... 84</p><p>5.1.4 – Redução de Danos ........................................................................................ 84</p><p>5.1.5 - Projeto Terapêutico Singular ....................................................................... 85</p><p>6.1 - Atenção Primária: EsF e Nasf ......................................................................... 87</p><p>6.2 - Atenção Secundária: Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) .............. 90</p><p>6.3 - Atenção Terciária: Hospital Geral .................................................................. 93</p><p>7 - Intervenções Psicológicas na RAPS ........................................................................................ 95</p><p>7.1 - Características das Psicoterapias de Grupo ................................................</p><p>dos fatores que afetam a experiência da dor. Essas</p><p>visões são valiosas para promover maior senso e controle da dor. Essa fase é útil para</p><p>estabelecer os objetivos específicos da intervenção. Os objetivos devem ser</p><p>formulados de maneira a reduzir a tendência comum em conviver com a dor. Por</p><p>exemplo, em vez de “gostaria de retomar minhas atividades normais sem sentir dor”,</p><p>um objetivo realista seria “gostaria de me alongar três vezes por semana”;</p><p>o Intervenções cognitivas: a principal delas é a reestruturação cognitiva, que desafia</p><p>processos de pensamentos mal adaptativos e corrige crenças irracionais do paciente,</p><p>que contribuem para a ansiedade e amplificam a dor. Seguem alguns padrões de</p><p>erros cognitivos comuns a pacientes crônicos:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>o Catastrofização - superestimação da perturbação e desconfortos causados</p><p>por uma experiência negativa;</p><p>o Generalização - crença de que a dor nunca terminará e que ela arruinará a</p><p>vida completamente. Essas atribuições globais e estáveis de um evento</p><p>negativo podem levar à depressão ou prejuízo na saúde;</p><p>o Vitimização - experiência de um senso de injustiça que consome;</p><p>o Autoculpa - culpabilização de si por não conseguir conduzir as</p><p>responsabilidades normais para com a família e o trabalho;</p><p>o Ênfase na dor - não conseguir para de pensar na dor, reviver episódios</p><p>dolorosos e repassar pensamentos negativos na mente de forma indefinida.</p><p>o Distração cognitiva: consiste na mudança do foco de atenção para outras situações</p><p>que podem ser agradáveis e muitas vezes encontram-se disponíveis no próprio</p><p>ambiente. A influência da atenção na amplificação da dor é um processo bastante</p><p>estudado. Diversos autores concordam que a atenção dirigida para dor aumenta a</p><p>intensidade da experiência dolorosa e que distrair a atenção da dor diminui a</p><p>intensidade da experiência dolorosa;</p><p>o Visualização: projetada para promover mudanças nas percepções, ela possui dois</p><p>componentes: um processo mental (como na imaginação) e um procedimento (como</p><p>na visualização guiada). A visualização envolve o uso de todos os sentidos, diferente</p><p>da imaginação, que se refere apenas a algo percebido pela mente. A visualização é</p><p>uma forma de autohipnose, uma vez que implica concentração e atenção. Além disso,</p><p>é associada a técnicas de relaxamento e ensaios mentais (exemplo: visualizar uma</p><p>cirurgia ou um tratamento desconfortável, para ajudar a livrar o paciente de fantasias</p><p>irrealistas);</p><p>o Dessesibilização sistemática: nesta técnica o paciente é treinado a relaxar, é colocado</p><p>em contato com uma hierarquia de situações geradoras de ansiedade e é solicitado</p><p>a relaxar enquanto imagina cada uma delas, assim o paciente atinge um estado de</p><p>relaxamento, quando é exposto ao estímulo que provoca a resposta de ansiedade.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>(CEBRASPE – 2022 – DPE/RO) Com relação a técnicas psicológicas e outras alternativas</p><p>utilizadas na psicologia da saúde, assinale a opção correta.</p><p>a) A meditação tem sido eficaz na redução de sintomas de fadiga decorrentes da</p><p>quimioterapia, mesmo entre pacientes oncológicos com alto nível de ansiedade.</p><p>b) Técnicas de relaxamento autógeno são inadequadas para pacientes recém-operados</p><p>e com movimentos musculares limitados.</p><p>c) Apesar de favorecer o relaxamento em diferentes situações clínicas, a hipnose é</p><p>ineficaz no manejo da dor.</p><p>d) O objetivo da visualização guiada é evitar que o paciente olhe para equipamentos</p><p>temidos utilizados durante procedimentos como coleta de sangue ou ressonância</p><p>magnética.</p><p>e) A dessensibilização sistemática só pode ser conduzida por psicólogos, devido aos</p><p>procedimentos nela utilizados.</p><p>COMENTÁRIOS: Vamos analisar cada item.</p><p>A alternativa A está correta. A meditação apresenta efeitos positivos na redução de</p><p>sintomas físicos e emocionais, como o estresse psicológico, depressão, ansiedade, fadiga,</p><p>medo de recorrência e ruminação, representando estratégia eficiente para enfrentamento</p><p>da doença e melhoria da qualidade de vida.</p><p>A alternativa B está incorreta. Não há contraindicações dessa técnica para esses</p><p>pacientes.</p><p>A alternativa C está incorreta. Pelo contrário, a hipnose tem seus efeitos mais bem</p><p>estudados e explicados para o manejo da dor.</p><p>A alternativa D está incorreta. A visualização guiada tem como objetivo o controle da</p><p>ansiedade e obtenção de sensação de relaxamento.</p><p>A alternativa D está incorreta. A dessensibilização sistemática pode ser utilizada por</p><p>profissionais de saúde mental treinados.</p><p>Gabarito: A</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>(CESPE – 2016 – TCE/PA) Acerca da psicologia da saúde, julgue o próximo item.</p><p>Para alguns pacientes diagnosticados com câncer ou em tratamento contra o câncer, o</p><p>enfrentamento da doença por meio da aplicação de técnicas como visualização guiada e</p><p>dessensibilização sistemática pode ser positivo.</p><p>COMENTÁRIOS: Segundo Straub (2014), entre as intervenções mais usadas (no tratamento</p><p>abrangente do câncer), estão a hipnose, o relaxamento muscular progressivo</p><p>com visualização guiada, a dessensibilização sistemática, o biofeedback e a distração</p><p>cognitiva.</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>7 – Enfrentamento ou Coping</p><p>Respostas ao estresse podem ser comportamentais (ações) e cognitivas</p><p>(pensamentos e emoções). Também chamada de coping, termo traduzido muitas vezes</p><p>“enfrentamento”. Semelhantemente, esse processo têm a finalidade de reduzir as respostas</p><p>aversivas, sem considerar possíveis consequências (Savoia, 2000).</p><p>7.1 – Funções principais do enfrentamento ou coping</p><p>O coping ou enfrentamento tem duas funções principais:</p><p>1) Coping ou enfrentamento centrado no problema – visa modificar a</p><p>relação entre pessoa e ambiente (ou entre pessoa e problema, ou entre</p><p>pessoa e pessoa), atuando diretamente na questão causadora do estresse.</p><p>Um exemplo desse enfrentamento é ilustrado quando você pensa em um</p><p>plano para resolver algum problema.</p><p>2) Coping ou enfrentamento centrado na emoção – objetiva adequar a</p><p>resposta emocional à questão que desafia nossos recursos.</p><p>Esse coping pode ser exemplificado quando você buscar formas de se</p><p>acalmar frente a uma situação difícil.</p><p>Perceba que cada tipo de coping possui seu conceito e exemplos de uso que podem</p><p>ser considerados positivos ou negativos. Ou seja, não são bons ou ruins por si, mas</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>dependem de cada uso individualmente, ou das situações em que estão sendo investidos</p><p>e suas consequências para que sejam avaliados em sua eficácia.</p><p>7.2 – Tipos de Enfrentamento Coping</p><p>O principal modulador entre o uso de um e outro tipo de coping refere-se à</p><p>possibilidade real de que você faça alguma coisa que modifique o evento estressor, ou a</p><p>necessidade de aceitar a situação, bem como adaptar-se à mesma. Portanto, ambos os tipos</p><p>de coping (emocional e centrado no problema) são úteis, assim como todas as suas</p><p>estratégias são utilizadas por todos de algumas formas. Contudo, muitos fatores podem</p><p>mediar o uso de um ou outro tipo de coping. Ou seja, os seus padrões de utilização nas</p><p>diversas situações podem ser um objetivo de análise e manejo para psicólogo e paciente,</p><p>com a finalidade de tornar a interação entre as pessoas e suas demandas mais adaptativas.</p><p>Vejamos os tipos de coping:</p><p>7.2.1 – Confronto</p><p>Enfrentar a questão que provoca estresse ativamente,</p><p>sem considerar possíveis</p><p>consequências.</p><p>Exemplos:</p><p>• Falar dos seus sentimentos a pessoas envolvidas em alguma questão (de formas tais</p><p>como: mostrando descontentamento a pessoas que causaram um problema, ou</p><p>descontando raiva em alguém);</p><p>• Arriscar-se em algum desafio.</p><p>7.2.2 – Afastamento</p><p>Distanciar-se do problema (inclui o distanciamento físico, comportamental,</p><p>emocional e de pensamentos).</p><p>Exemplos:</p><p>• Não se deixar impressionar, não pensar muito sobre situação;</p><p>• Dormir para não pensar;</p><p>• Fingir que não está vendo;</p><p>• Deixar as “coisas acontecerem”;</p><p>• Distrair-se do problema com outras coisas.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7.2.3 – Autocontrole</p><p>Adotar postura de assumir o autocontrole acreditando que isso baste para que a</p><p>situação passe.</p><p>Exemplos:</p><p>• Conter impulsos;</p><p>• Guardar sentimentos;</p><p>• Tentar não permitir que os sentimentos interfiram.</p><p>7.2.4 – Suporte Social</p><p>Busca de auxílio em outras pessoas.</p><p>Exemplos:</p><p>• Fazer terapia ou buscar outros cuidados profissionais;</p><p>• Dividir sentimentos ou problemas com outras pessoas;</p><p>• Procurar pessoas que possam fazer coisas concretas para resolver problemas</p><p>(exemplo, intervenção de superiores no trabalho).</p><p>7.2.5 – Aceitação de Responsabilidade</p><p>Assumir existência dos problemas e responsabilizar-se.</p><p>Exemplos:</p><p>• Pedir desculpas ou fazer algo para reparar os danos.</p><p>• Criticar-se, repreender-se.</p><p>• Comprometer-se (consigo ou com o outro) a respeito da mudança.</p><p>• Procurar novas soluções.</p><p>7.2.6 – Fuga e Esquiva</p><p>Evitação do estressor.</p><p>Exemplos:</p><p>• Desejar ou fantasiar que a situação acabasse repentinamente;</p><p>• Consumos ou escapes problemáticos (tais como os vícios);</p><p>• Desejar que algo não tivesse acontecido.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7.2.7 – Resolução de Problemas</p><p>Tentativa de manejos de situações.</p><p>Exemplos:</p><p>• Fazer um plano de ação e segui-lo;</p><p>• Concentrar-se no que deve ser feito.</p><p>7.2.8 – Reavaliação Positiva</p><p>Procurar aproveitar, aprender ou ver aspectos positivos nas situações.</p><p>Exemplos:</p><p>• Encontrar novas crenças;</p><p>• Inspirar-se a criar coisas novas;</p><p>• Acreditar que a experiência está acrescentando repertório ou melhorando o</p><p>indivíduo como pessoa;</p><p>• Ressignificar experiências;</p><p>• Encontrar sentido ou importância para coisas ou pessoas de sua vida.</p><p>(CESPE – 2016 – TCE/PA) Adulto, Luís sofreu um grave acidente automobilístico e teve de</p><p>amputar o braço esquerdo. Um mês após a amputação e a alta médica, ele foi levado ao</p><p>hospital por ter sofrido um colapso: isolado da família, havia passado dias bebendo, sem</p><p>se alimentar adequadamente, e com comportamento violento. Na semana anterior ao</p><p>colapso, Luís havia se queixado de forte dor no membro amputado, tendo-a descrito como</p><p>paralisante, aguda e ardente. Como Luís sentia fortes dores no braço desde a infância, em</p><p>decorrência de outro acidente, e como estava constantemente embriagado desde a</p><p>amputação, sua família não deu importância a sua queixa, tendo acreditado que ela poderia</p><p>ser uma memória do acidente ocorrido na infância.</p><p>Considerando as teorias do manejo e enfrentamento da dor e do estresse, julgue o item a</p><p>seguir, acerca da situação hipotética apresentada.</p><p>O abuso de álcool por Luís constitui estratégia de enfrentamento do estresse pouco eficaz</p><p>e mal adaptativa a longo prazo.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>COMENTÁRIOS: Enfrentamento ou coping são formas cognitivas, comportamentais</p><p>e emocionais de administrar situações estressantes. Na estratégia de enfrentamento</p><p>centrada na emoção, a pessoa tenta controlar a resposta emocional a um estressor. O álcool</p><p>ou outras substâncias “abafam” o estresse, mas não acabam com ele. Esses</p><p>comportamentos são mal-adaptativos, pois não confrontam diretamente o estressor e ainda</p><p>é provável que agravem a situação (Straub, 2014).</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>8 – Ações Básicas de Saúde</p><p>8.1 – Atenção Básica</p><p>A Atenção Básica (AB) é o conjunto de ações de saúde individuais, familiares e</p><p>coletivas que envolvem promoção, prevenção, proteção, diagnóstico, tratamento,</p><p>reabilitação, redução de danos, cuidados paliativos e vigilância em saúde, desenvolvida por</p><p>meio de práticas de cuidado integrado e gestão qualificada, realizada com equipe</p><p>multiprofissional e dirigida à população em território definido, sobre as quais as equipes</p><p>assumem responsabilidade sanitária.</p><p>Ela é conhecida como a “porta de entrada” dos usuários nos sistemas de saúde. Ou</p><p>seja, é o atendimento inicial. Seu objetivo é orientar sobre a prevenção de doenças,</p><p>solucionar os possíveis casos de agravos e direcionar os mais graves para níveis de</p><p>atendimento superiores em complexidade. Funciona como um filtro capaz de organizar o</p><p>fluxo dos serviços nas redes de saúde, dos mais simples aos mais complexos. É desenvolvida</p><p>com o mais alto grau de descentralização e capilaridade, ocorrendo no local mais próximo</p><p>da vida das pessoas. Ela deve ser o contato preferencial dos usuários, a principal porta de</p><p>entrada e centro de comunicação com toda a Rede de Atenção à Saúde.</p><p>A atenção básica se caracteriza por um conjunto de ações de saúde, no</p><p>âmbito individual e coletivo, que abrange a promoção e a proteção da</p><p>saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação,</p><p>a redução de danos e a manutenção da saúde com o objetivo de</p><p>desenvolver uma atenção integral que impacte positivamente na situação</p><p>de saúde das coletividades. Este trabalho é realizado nas Unidades Básicas</p><p>de Saúde (UBS), nas Unidades Básicas de Saúde Fluviais, nas Unidades</p><p>Odontológicas Móveis (UOM) e nas Academias de Saúde.</p><p>Se orienta pelos princípios da universalidade, da acessibilidade, do vínculo, da</p><p>continuidade do cuidado, da integralidade da atenção, da responsabilização, da</p><p>humanização, da equidade e da participação social.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A Portaria 648, de 28 de março de 2006, que aprovou a Política Nacional de Atenção</p><p>Básica, assim a define: “um conjunto de ações de saúde, no âmbito individual e coletivo,</p><p>que abrangem a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico,</p><p>o tratamento, a reabilitação e a manutenção da saúde”.</p><p>São Princípios e Diretrizes do SUS a serem operacionalizados na Atenção Básica:</p><p>I – PRINCÍPIOS: II – DIRETRIZES:</p><p>a) universalidade; a) regionalização e hierarquização:</p><p>b) equidade; b) territorialização;</p><p>c) integralidade. c) Participação na comunidade;</p><p>d) cuidado centrado na pessoa;</p><p>e) resolutividade;</p><p>f) longitudinalidade do cuidado;</p><p>g) coordenação do cuidado;</p><p>Universalidade: determina que todos os cidadãos brasileiros, independentemente de</p><p>sexo, raça, ocupação, ou outras características sociais ou pessoais, têm direito ao acesso às</p><p>ações e serviços de saúdea todas as pessoas.</p><p>Equidade: o objetivo desse princípio é diminuir desigualdades. Apesar de todas as</p><p>pessoas possuírem direito aos serviços, as pessoas não são iguais e, por isso, têm</p><p>necessidades distintas. Significa tratar desigualmente os desiguais, investindo mais onde a</p><p>carência é maior.</p><p>Integralidade: o sistema de saúde deve estar preparado para ouvir o usuário,</p><p>entendê-lo inserido em seu contexto social e, a partir daí atender às demandas e</p><p>necessidades desta pessoa.</p><p>O modelo de organização brasileiro segue os padrões determinados pela OMS,</p><p>segundo os quais os serviços de saúde devem ser agrupados de acordo com a</p><p>complexidade</p><p>das ações necessárias para promover, restaurar ou manter a saúde da</p><p>população.</p><p>O sistema de organização em três níveis gradativos de atenção à saúde serve,</p><p>principalmente, como uma triagem para o SUS. Os pacientes são encaminhados de um nível</p><p>ao próximo, garantindo que profissionais altamente especializados e os equipamentos mais</p><p>avançados tenham uma maior disponibilidade para quem precisa, enquanto o paciente que</p><p>precisa de um simples curativo já “para” no nível primário.</p><p>1- Atenção primária: APS deve ser o primeiro contato das pessoas com o sistema de</p><p>saúde, sem restrição de acesso às mesmas, independente de gênero, condições</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>socioculturais e problemas de saúde; com abrangência e integralidade das ações individuais</p><p>e coletivas; além de continuidade (longitudinalidade) e coordenação do cuidado ao longo</p><p>do tempo, tanto no plano individual quanto no coletivo, mesmo quando houver</p><p>necessidade de referenciamento das pessoas para outros níveis e equipamentos de atenção</p><p>do sistema de saúde. Deve ser praticada e orientada para o contexto familiar e comunitário,</p><p>entendidos em sua estrutura e conjuntura socioeconômica e cultural. (Starfield, 2005).</p><p>A Política Nacional de Atenção Básica considera os termos “atenção básica” e</p><p>“Atenção Primária à Saúde”, nas atuais concepções, como termos equivalentes. Associa a</p><p>ambos: os princípios e as diretrizes definidos neste documento. A Política Nacional de</p><p>Atenção Básica tem na Saúde da Família sua estratégia prioritária para expansão e</p><p>consolidação da atenção básica. A qualificação da Estratégia Saúde da Família e de outras</p><p>estratégias de organização da atenção básica deverá seguir as diretrizes da atenção básica</p><p>e do SUS, configurando um processo progressivo e singular que considera e inclui as</p><p>especificidades locorregionais. (Fonte: PNAB)</p><p>Figura 4. Fonte: Starfield, 2005.</p><p>2 – Atenção secundária: Formada pelos serviços especializados em nível</p><p>ambulatorial e hospitalar, com densidade tecnológica intermediária entre atenção primária</p><p>e a terciária, historicamente interpretada como procedimentos de média complexidade.</p><p>Esse nível compreende serviços médicos especializados, de apoio diagnóstico e terapêutico</p><p>e atendimento de urgência e emergência.</p><p>A organização da atenção secundária se dá por meio de cada uma das microrregiões</p><p>do estado, onde há hospitais de nível secundário que prestam assistência nas</p><p>especialidades básicas (pediatria, clinica medica e obstetrícia) além dos serviços de urgência</p><p>e emergência, ambulatório eletivo para referencias e assistências a pacientes internados,</p><p>treinamento, avaliação, e acompanhamento da equipe de saúde da família (ESF). O</p><p>aumento da resolubilidade na atenção primária depende do acesso a consultas e</p><p>procedimentos disponíveis na atenção secundária. A boa relação entre a atenção primária</p><p>e secundária é um dos fatores condicionantes dessa resolutividade.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3- Atenção terciária: no nível terciário de atenção à saúde estão reunidos os serviços</p><p>de alta complexidade, representados pelos grandes hospitais e pelas clínicas de alta</p><p>complexidade.</p><p>Nessa esfera, os profissionais são altamente capacitados para executar intervenções</p><p>que interrompam situações que colocam a vida dos pacientes em risco. Trata-se de cirurgias</p><p>e de exames mais invasivos, que exigem a mais avançada tecnologia em saúde. O nível</p><p>terciário visa à garantia do suporte mínimo necessário para preservar a vida dos pacientes</p><p>nos casos em que a atenção no nível secundário não foi suficiente para isso. Este é o nível</p><p>mais complexo, onde entram os grandes hospitais e os equipamentos mais avançados,</p><p>como aparelhos de ressonância magnética, além de profissionais altamente especializados,</p><p>como cirurgiões. Isso porque é no nível terciário de atenção à saúde que acontecem as</p><p>cirurgias e são atendidos os pacientes com enfermidades que apresentam riscos contra suas</p><p>vidas.</p><p>A figura a seguir resume bem os níveis de atenção, bem como a interação entre eles:</p><p>Figura 5. Fonte: Ministério da Saúde, 2020.</p><p>8.2 – Promoção x Prevenção x Reabilitação</p><p>A promoção tem o significado de dar impulso a; fomentar; originar; gerar (Ferreira,</p><p>1986). Promoção da saúde define-se, tradicionalmente, de maneira bem mais ampla que</p><p>prevenção, pois refere-se a medidas que "não se dirigem a uma determinada doença ou</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>desordem, mas servem para aumentar a saúde e o bem-estar gerais" (Leavell & Clarck, 1976:</p><p>19). As estratégias de promoção enfatizam a transformação das condições de vida e de</p><p>trabalho que conformam a estrutura subjacente aos problemas de saúde, demandando uma</p><p>abordagem intersetorial (Terris, 1990).</p><p>A prevenção, do termo 'prevenir', é mais específica do que a promoção e tem o</p><p>significado de "preparar; chegar antes de; dispor de maneira que evite (dano, mal); impedir</p><p>que se realize" (Ferreira, 1986). A prevenção em saúde "exige uma ação antecipada,</p><p>baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o progresso</p><p>posterior da doença" (Leavell & Clarck, 1976: 17). As ações preventivas definem-se como</p><p>intervenções orientadas a evitar o surgimento de doenças específicas, reduzindo sua</p><p>incidência e prevalência nas populações (por exemplo, a vacinação). A base do discurso</p><p>preventivo é o conhecimento epidemiológico moderno; seu objetivo é o controle da</p><p>transmissão de doenças infecciosas e a redução do risco de doenças degenerativas ou</p><p>outros agravos específicos. Os projetos de prevenção e de educação em saúde estruturam-</p><p>se mediante a divulgação de informação científica e de recomendações normativas de</p><p>mudanças de hábitos.</p><p>A reabilitação é processo de consolidação de objetivos terapêuticos não</p><p>caracterizando área de exclusividade profissional e sim uma proposta de atuação</p><p>multiprofissional e interdisciplinar, composto por um conjunto de medidas que ajudam</p><p>pessoas com deficiências ou prestes a adquirir deficiências a terem e manterem uma</p><p>funcionalidade ideal (física, sensorial, intelectual, psicológica e social) na interação com seu</p><p>ambiente, fornecendo as ferramentas que necessitam para atingir a independência e a</p><p>autodeterminação.</p><p>Para não esquecer, vejam o esqueminha a seguir:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>(CESPE - 2017) No que se refere à psicologia da saúde e à atuação do psicólogo nessa</p><p>área, julgue o item que se segue.</p><p>A prevenção primária deve estar diretamente relacionada à promoção de saúde.</p><p>COMENTÁRIOS: A prevenção primária diz respeito a ações voltadas para evitar a</p><p>exposição a fatores de risco. A promoção da saúde, portanto, aparece como ação de</p><p>prevenção primária.</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>9 – Equipes interdisciplinares / interdisciplinaridade e</p><p>multidisciplinaridade em saúde</p><p>Segundo Costa (2007), o conceito de interdisciplinaridade se relaciona com outros</p><p>termos como multidisciplinaridade e transdisciplinaridade. É importante entender esses</p><p>termos:</p><p>Interdisciplinaridade à Há a substituição de uma concepção fragmentária para uma</p><p>concepção unitária do paciente, através de trocas de conhecimentos entre os profissionais</p><p>e através da integração</p><p>das práticas em saúde. É conceituada pelo grau de integração entre</p><p>as disciplinas e a intensidade de trocas entre os especialistas; desse processo interativo,</p><p>todas as disciplinas devem sair enriquecidas. Não basta somente tomar de empréstimo</p><p>elementos de outras disciplinas, mas comparar, julgar e incorporar esses elementos na</p><p>produção de uma disciplina modificada. A equipe interdisciplinar é muito vantajosa pois</p><p>permite a colaboração de várias especialidades com conhecimentos distintos (Tavares,</p><p>2012).</p><p>Multidisciplinaridade à implica uma justaposição de diversas disciplinas. Não</p><p>pressupõe, necessariamente, trabalho em equipe e coordenação. É um modelo tradicional</p><p>em saúde, caracterizado pela intervenção de múltiplos profissionais que atendem de forma</p><p>isolada o paciente, aplicando seus conhecimentos e práticas, sem atuação conjunta com os</p><p>demais membros da equipe. Na equipe multidisciplinar, cada profissional avalia o paciente</p><p>de maneira independente e elabora seu plano de tratamento sem que haja um trabalho</p><p>coordenado por parte da equipe e nem uma identidade grupal (Tavares et al., 2012). Apesar</p><p>de haver profissionais de várias áreas, o atendimento continua fragmentado.</p><p>Transdisciplinaridade à não se restringe às interações e à reciprocidade entre as</p><p>disciplinas, uma vez que propõe a ausência de fronteiras entre elas. Rompe com paradigmas</p><p>e modelos das disciplinas, buscando ultrapassar as barreiras que afastavam as áreas de</p><p>conhecimento, para fundi-las em algo que transcende a todas. Ou seja, busca estabelecer</p><p>e integrar todos os elementos, criando um conhecimento total e único da realidade que é</p><p>dinâmica (Brandão, 2000; Tavares et al., 2012). Entretanto, as ações específicas de cada</p><p>profissão devem ser respeitadas. Por exemplo, em equipe interprofissional, o psicólogo</p><p>compartilha somente informações importantes para qualificar os serviços prestados,</p><p>protegendo o caráter confidencial das comunicações, preservando dados. Além disso, o</p><p>psicólogo preservará sua especificidade e limites de sua intervenção, não se subordinando</p><p>técnica e profissionalmente a outras áreas (CFP, 2013). Nos documentos que embasam as</p><p>atividades em equipe com profissionais de diferentes áreas, o psicólogo registrará apenas</p><p>os dados necessários para o cumprir as necessidades de seu trabalho (CFP, 2005).</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>O trabalho da equipe interdisciplinar traz uma visão mais abrangente do problema,</p><p>tanto para os profissionais, quanto para o sujeito e sua família. Visa também estabelecer de</p><p>forma ampla e integrada o plano terapêutico em toda sua complexidade, buscando um</p><p>olhar global, sendo que um profissional colabora com o saber do outro.</p><p>(CESPE – 2018 – PM/MA) A respeito do trabalho realizado por equipes multidisciplinares de</p><p>saúde, julgue o item seguinte.</p><p>Os trabalhos desenvolvidos por uma equipe multidisciplinar incluem a elaboração de</p><p>programas educativos, práticas de treinamento em mudanças de comportamento e de</p><p>estilo de vida, minimização de fatores de risco e preparação para intervenções cirúrgicas.</p><p>COMENTÁRIOS: De acordo com o Ministério da Saúde (1997), são atribuições das equipes</p><p>multidisciplinares:</p><p>o conhecer a realidade das famílias pelas quais são responsáveis, com ênfase nas suas</p><p>características sociais, demográficas e epidemiológicas;</p><p>o identificar os problemas de saúde prevalentes e situações de risco aos quais a</p><p>população está exposta;</p><p>o elaborar, com a participação da comunidade, um plano local para o enfrentamento</p><p>dos determinantes do processo saúde/doença;</p><p>o prestar assistência integral, respondendo de forma contínua e racionalizada à</p><p>demanda organizada ou espontânea, com ênfase nas ações de promoção à saúde;</p><p>o resolver, através da adequada utilização do sistema de referência e contrarreferência,</p><p>os principais problemas detectados;</p><p>o desenvolver processos educativos para a saúde, voltados à melhoria do autocuidado</p><p>dos indivíduos;</p><p>o promover ações intersetoriais para o enfrentamento dos problemas identificados.</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>(CESPE – 2018 – PM/MA) A respeito do trabalho realizado por equipes multidisciplinares de</p><p>saúde, julgue o item seguinte.</p><p>Em uma equipe multidisciplinar, as atribuições do psicólogo incluem avaliar o modo como</p><p>o paciente processa as informações oferecidas pelos demais profissionais — como o médico</p><p>e o nutricionista — bem como promover o entrosamento dos membros da equipe.</p><p>COMENTÁRIOS: Cabe ao psicólogo avaliar como o paciente processa as informações, pois</p><p>se ele não as compreende, pode agravar sua ansiedade. Além disso, o psicólogo faz a</p><p>mediação entre paciente e profissionais da equipe.</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>(CESPE – 2018 – PM/MA) A respeito do trabalho realizado por equipes multidisciplinares de</p><p>saúde, julgue o item seguinte.</p><p>As equipes multidisciplinares em saúde são aquelas nas quais atuam diferentes profissionais</p><p>em número e especialidades pré-definidas.</p><p>COMENTÁRIOS: O Ministério da Saúde fala de uma composição mínima, mas é possível</p><p>que haja mais especialidades e um número maior de profissionais. “Composta no mínimo</p><p>por médico, preferencialmente da especialidade medicina de família e comunidade,</p><p>enfermeiro, preferencialmente especialista em saúde da família; auxiliar e/ou técnico de</p><p>enfermagem e agente comunitário de saúde (ACS). Podendo fazer parte da equipe o agente</p><p>de combate às endemias (ACE) e os profissionais de saúde bucal: cirurgião-dentista,</p><p>preferencialmente especialista em saúde da família, e auxiliar ou técnico em saúde bucal.”</p><p>(MINISTÉRIO DA SAÚDE, sobre equipe de Saúde da família)</p><p>Gabarito: Errado.</p><p>(CESPE – 2018 – PM/MA) Acerca do atendimento multidisciplinar em psicologia, julgue o</p><p>item subsequente.</p><p>A rotina de atendimento de uma equipe multidisciplinar deve ser sempre bem definida e</p><p>informada ao paciente, já que o fato de ele entender as razões para a realização de</p><p>procedimentos individuais ou grupais aumenta as chances de adesão ao tratamento.</p><p>COMENTÁRIOS: De acordo com Silveira e Ribeiro (2004): “Sob este ponto de vista, adesão</p><p>ao tratamento inclui fatores terapêuticos e educativos relacionados aos pacientes,</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>envolvendo aspectos ligados ao reconhecimento e à aceitação de suas condições de saúde,</p><p>a uma adaptação ativa a estas condições, à identificação de fatores de risco no estilo de</p><p>vida, ao cultivo de hábitos e atitudes promotores de qualidade de vida e ao</p><p>desenvolvimento da consciência para o autocuidado. Considera, também, fatores</p><p>relacionados ao(s) profissional(is), comportando ações de saúde centradas na pessoa e não</p><p>exclusivamente nos procedimentos, que aliam orientação, informação, adequação dos</p><p>esquemas terapêuticos ao estilo de vida do paciente, esclarecimentos, suporte social e</p><p>emocional.”</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>(CESPE – 2018 – PM/MA) Acerca do atendimento multidisciplinar em psicologia, julgue o</p><p>item subsequente.</p><p>O psicólogo de uma equipe multiprofissional integrada e comunicativa, que toma decisões</p><p>conjuntas acerca do tratamento de um paciente, deve dizer claramente a ele que</p><p>informações a seu respeito foram compartilhadas com a equipe.</p><p>COMENTÁRIOS: Nos serviços de saúde, as informações são compartilhas com a equipe por</p><p>meio do prontuário e das reuniões de discussões de caso. O prontuário é um documento</p><p>que o paciente também pode ter acesso, portanto, ele deve saber que as informações foram</p><p>compartilhadas com a</p><p>equipe.</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>10 – O papel do psicólogo na equipe de cuidados</p><p>básicos à saúde</p><p>Além de atuar como um facilitador da comunicação entre os membros da equipe e</p><p>entre os pacientes e familiares, mostrando outras formas e interpretações e realizando uma</p><p>interlocução profissional, o psicólogo na equipe de cuidados básicos à saúde tem o papel</p><p>de fazer a escuta qualificada; conhecer o contexto onde as pessoas vivem, suas situações</p><p>socioeconômicas a fim de estabelecer um plano de ação; elaboração de projetos que</p><p>possam acolher essas pessoas de forma humanizada na Equipe de Saúde da Família; visitas</p><p>domiciliares com objetivo de compreender as demandas da situação; acompanhamento</p><p>psicológico que engloba: grupos psicoterápicos, atendimento individual, casal, família,</p><p>grupos de prevenção e promoção da saúde.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Segundo Tavares (2012), é importante que o psicólogo saiba as atividades desenvolvidas</p><p>pelos outros profissionais, assim como os limites de cada um, possibilitando uma atuação</p><p>integrada. No trabalho em equipe interdisciplinar de saúde o psicólogo deve:</p><p>o Ajudar a equipe de saúde a compreender melhor os comportamentos, sentimentos</p><p>e reações dos pacientes e familiares;</p><p>o Estimular o contato diário entre a equipe, visando discussões sobre os casos e a troca</p><p>de informações;</p><p>o Estimular a realização de reuniões para discussão dos casos clínicos;</p><p>o Desenvolver programas de saúde e pesquisas científicas.</p><p>Deve-se ter como objetivo a promoção da saúde, questionando o modelo biomédico e</p><p>usando conhecimentos de diversas áreas, buscando a autonomia, responsabilidade e</p><p>justiça. A Psicologia em sua atuação é muito voltada para o modelo clínico, com</p><p>atendimentos individuais e de longa duração, o que acaba sendo feito também no contexto</p><p>da saúde pública. Bleger (1992) diz que o psicólogo deve ter sua atuação voltada para a</p><p>saúde pública e não para as terapias individuais, pois pode-se beneficiar mais pessoas do</p><p>que na clínica, cuja intervenção é mais devagar e atende a uma minoria. O autor também</p><p>propõe uma atuação profissional que vai além do consultório, o que não seria apenas uma</p><p>variação do trabalho, mas uma necessidade social. Assim, afirma a necessidade da</p><p>Psicologia circular no social por meio de grupos, de instituições e de comunidades, pois a</p><p>dimensão do psicológico está presente onde quer que o ser humano esteja, afirmando com</p><p>isso a função social do psicólogo e a transcendência social da Psicologia.</p><p>(CESPE – 2016 – TCE/PA) Os psicólogos da saúde trabalham a partir de uma perspectiva</p><p>biopsicossocial da doença, ou seja, reconhecem que a saúde e a doença, no indivíduo,</p><p>relacionam-se a fatores psicológicos e socioculturais.</p><p>COMENTÁRIOS: A psicologia da saúde tem como base o modelo biopsicossocial da saúde.</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>(CESPE – 2019 – TJ/AM) No que se refere à psicologia da saúde e à atuação do psicólogo</p><p>nessa área, julgue o item que se segue.</p><p>A prevenção refere-se ao conjunto de ações direcionadas à educação, à proteção, à</p><p>manutenção e ao aumento da saúde.</p><p>COMENTÁRIOS: A assertiva traz o conceito de promoção de saúde. De acordo com Godoy</p><p>(1999), há diferença entre a promoção de saúde da prevenção de doenças, e define a</p><p>promoção de saúde como o conjunto de atuações dirigidas à proteção, manutenção e</p><p>aumento da saúde e, em nível operativo, ao conjunto de atuações (centradas no indivíduo</p><p>e/ ou na comunidade) relacionadas com o desenho, elaboração, aplicação e avaliação de</p><p>programas e atividades direcionadas à educação, proteção, manutenção e acréscimo da</p><p>saúde (dos indivíduos, grupos ou comunidades).</p><p>Gabarito: Errado.</p><p>(CESPE – 2019 – TJ/AM) No que se refere à psicologia da saúde e à atuação do psicólogo</p><p>nessa área, julgue o item que se segue.</p><p>A reabilitação e a diminuição da prevalência de enfermidades, do seu período de duração</p><p>e das sequelas da doença constituem objetivos primordiais da promoção de saúde.</p><p>COMENTÁRIOS: A prevenção de doenças é posterior à promoção da saúde. Assim, depois</p><p>de involucrar-se com a promoção de saúde, as intervenções do psicólogo se voltam para a</p><p>prevenção de doenças nos diversos níveis de atenção de saúde. A prevenção pretende</p><p>contribuir com a diminuição da incidência de enfermidades, a diminuição da prevalência,</p><p>mediante o encurtamento do período de duração da doença ou a diminuição das sequelas</p><p>e complicações da doença.</p><p>Gabarito: Errado.</p><p>(CESPE – 2019 – TJ/AM) No que se refere à psicologia da saúde e à atuação do psicólogo</p><p>nessa área, julgue o item que se segue.</p><p>A prevenção primária deve estar diretamente relacionada à promoção de saúde.</p><p>COMENTÁRIOS: A prevenção primária deve estar diretamente relacionada e condicionada</p><p>à promoção da saúde. Suas ações não devem dirigir-se a um indivíduo, senão aos planos</p><p>de educação para a saúde, os quais devem ter como suporte conteúdos de outras áreas de</p><p>aplicação da Psicologia. Tem como característica central a atuação nos problemas</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>epidemiológicos da população beneficiária e investe na construção de estilos de vida</p><p>saudáveis e na evitação de comportamentos de riscos. Busca desenvolver práticas de</p><p>prevenção que se prolonguem ou se utilizem durante toda a vida. Assim, a prevenção</p><p>primária deverá ser realizada antes que se encontre um problema concreto.</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>(CESPE – 2019 – TJ/AM) No que se refere à psicologia da saúde e à atuação do psicólogo</p><p>nessa área, julgue o item que se segue.</p><p>A intervenção primária não preconiza ações psicológicas especializadas.</p><p>COMENTÁRIOS: A intervenção primária pode ser explicada como uma intervenção direta</p><p>sobre uma queixa detectada em um indivíduo ou em um coletivo social. Trata-se da primeira</p><p>ação de saúde ante a presença de um problema que deverá ser identificado e orientado.</p><p>Em seguida, se o caso necessitar de uma intervenção psicológica especializada será</p><p>encaminhado a um dos outros níveis de atenção de saúde, já que neste nível a intervenção</p><p>nunca deverá ser especializada.</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>(CESPE – 2019 – TJ/AM) No que se refere à psicologia da saúde e à atuação do psicólogo</p><p>nessa área, julgue o item que se segue.</p><p>A reabilitação e a diminuição da prevalência de enfermidades, do seu período de duração</p><p>e das sequelas da doença constituem objetivos primordiais da promoção de saúde.</p><p>COMENTÁRIOS: Esses são objetivos da prevenção. A prevenção de doenças é posterior à</p><p>promoção da saúde. Assim, depois de involucrar-se com a promoção de saúde, as</p><p>intervenções do psicólogo se voltam para a prevenção de doenças nos diversos níveis de</p><p>atenção de saúde.</p><p>Gabarito: Errado.</p><p>(CESPE – 2019 – TJ/AM) No que se refere à psicologia da saúde e à atuação do psicólogo</p><p>nessa área, julgue o item que se segue.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A intervenção primária não preconiza ações psicológicas especializadas.</p><p>COMENTÁRIOS: A intervenção primária pode ser explicada como uma intervenção direta</p><p>sobre uma queixa detectada em um indivíduo ou em um coletivo social. Trata-se da primeira</p><p>ação de saúde ante a presença de um problema que deverá ser identificado e orientado.</p><p>Em seguida, se o caso necessitar de uma intervenção psicológica especializada será</p><p>encaminhado a um dos outros</p><p>níveis de atenção de saúde, já que neste nível a intervenção</p><p>nunca deverá ser especializada.</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>REFORMA PSIQUIÁTRICA</p><p>A Reforma Psiquiátrica foi um movimento que trouxe conquistas importantes para a</p><p>sociedade civil. Ela reflete, nos dias atuais, a lógica de atendimento da Rede de Atenção</p><p>Psicossocial (RAPS). As suas ideias subsidiaram o desenvolvimento de políticas públicas em</p><p>saúde mental. Hoje existem lei e portarias específicas que regulamentam as propostas desse</p><p>movimento.</p><p>O dia 18 de maio é considerado o Dia Nacional da Luta Antimanicomial. Essa data</p><p>reflete um processo social complexo, iniciado na década de 1980, que mobilizou usuários,</p><p>familiares e profissionais da saúde. O objetivo era a substituição de um modelo de saúde</p><p>mental - pautado no hospital psiquiátrico (conhecido como modelo hospitalocêntrico ou</p><p>manicomial) - por um modelo comunitário com inserção territorial. Trata-se da Reforma</p><p>Psiquiátrica.</p><p>O Movimento de Luta Antimanicomial, que culminou com a Reforma Psiquiátrica,</p><p>ocorreu devido a um conjunto de fatores políticos e sociais no Brasil. Naquele momento</p><p>histórico, o nosso país vivia a Ditadura Militar. Em decorrência desse regime político, os</p><p>profissionais da saúde estavam insatisfeitos com as formas de organização do sistema e</p><p>como eram oferecidos os cuidados em saúde para a população em geral.</p><p>Por isso, na década de 1970, os profissionais de saúde iniciaram o Movimento Nacional de</p><p>Reforma Sanitária. O marco institucional dessa reforma ocorreu com a VIII Conferência</p><p>Nacional de Saúde em 1986. A partir disso, suas propostas resultaram na oficialização do</p><p>direito à saúde pela Constituição Federal de 1988 e, posteriormente, na criação do Sistema</p><p>Único de Saúde (SUS).</p><p>Como movimento contemporâneo e indiretamente influenciado pelo ideal de</p><p>universalidade do direito à saúde proposto pela Reforma Sanitária, a Reforma Psiquiátrica</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>se baseou em experiências internacionais (norte-americana e europeias). Nesses locais, o</p><p>cuidado em saúde mental era orientado por práticas de prevenção, caracterizado pela</p><p>existência de comunidades terapêuticas e baseado em uma psiquiatria democrática.</p><p>A partir disso, em 1987 no II Encontro Nacional dos Trabalhadores em Saúde Mental,</p><p>foi instrumentalizada a luta por essa reforma na saúde mental brasileira. Esse evento contou</p><p>com a participação de médicos, psicólogos e intelectuais. O objetivo foi propor uma nova</p><p>forma de olhar, pensar, cuidar e discutir sobre a loucura e o sofrimento psíquico,</p><p>mobilizando dispositivos do Estado e da sociedade civil.</p><p>Como consequência da Reforma Psiquiátrica, a ideia central passou a ser de que os</p><p>serviços de saúde mental fossem orientados à preservação dos direitos humanos de pessoas</p><p>em sofrimento psíquico, favorecendo o pleno exercício de sua cidadania. Para que isso se</p><p>concretizasse, foi posto em marcha o processo de desinstitucionalização, o fechamento de</p><p>hospitais psiquiátricos e a organização de serviços abertos.</p><p>Assim, os usuários de serviços de saúde mental passaram a ser estimulados a terem</p><p>participação ativa. Além disso, houve incentivo à formação de redes para o</p><p>desenvolvimento de outras políticas públicas essenciais a fim de garantir acesso à educação,</p><p>ao trabalho, à cultura e à moradia desses indivíduos.</p><p>Nesse ponto, vale a pena esclarecer dois conceitos importantes:</p><p>Apesar de ter sido iniciada em 1980, a consolidação da Reforma Psiquiátrica</p><p>aconteceu somente em 2001</p><p>com a aprovação da Lei nº 10.216. Essa lei, também conhecida como Lei Paulo Delgado</p><p>instituiu os direitos das pessoas com transtornos mentais e redirecionou o modelo</p><p>assistencial em saúde mental.</p><p>Desinstitucionalização</p><p>• Saída de moradores dos antigos manicômios e reinserção em seus territórios originais.</p><p>Serviços Abertos</p><p>• Serviços de atenção psicossocial característicos da atual política de saúde mental, com vistas</p><p>a garantir às pessoas com transtornos mentais o exercício pleno da cidadania.</p><p>• Exemplos: Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e</p><p>Enfermarias de Saúde Mental em Hospital Geral.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Assim, a Reforma Psiquiátrica inspirou a formulação de uma Política Nacional de</p><p>Saúde Mental (PNSM) que estabeleceu diretrizes para o atendimento de pessoas com</p><p>diferentes condições psiquiátricas.</p><p>Mesmo tendo sido concluída, as conquistas da Reforma Psiquiátrica continuam a</p><p>favorecer a desconstrução de rótulos e estigmas sobre a doença mental, a fortalecer a</p><p>preservação de vínculos familiares e sociais, e a promover cuidados pelos profissionais.</p><p>Apesar dos desafios.</p><p>Na rede pública, os cuidados em saúde mental obedecem aos preceitos do Sistema</p><p>Único de Saúde, tais como: integralidade da atenção, humanização, continuidade do</p><p>cuidado, vínculo, entre outros. Veja as principais ideias no esquema abaixo:</p><p>Movimentos independentes, mas contemporâneos.</p><p>REFORMA SANITÁRIA (1970)</p><p>VIII Conferência Nacional de Saúde</p><p>Constituição Federal de 1988</p><p>Sistema Único de Saúde</p><p>Universalidade do direito à saúde</p><p>REFORMA PSIQUIÁTRICA (1980)</p><p>Lei 10.216/2001 ou Lei Paulo</p><p>Delgado</p><p>Pessoas com Transtornos Mentais</p><p>Política Nacional de Saúde Mental</p><p>Garantia de direitos e cidadania</p><p>Promoção de cuidados conforme</p><p>SUS</p><p>Movimento nacional que</p><p>mobilizou trabalhadores e</p><p>sociedade civil em prol de uma</p><p>sociedade sem manicômios.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Veja como este conteúdo é cobrado em prova:</p><p>(VUNESP - Prefeitura de Guararapes - 2018) A Política de Saúde Mental propõe,</p><p>atualmente, um tratamento aos portadores de transtorno mentais que os mantêm na</p><p>comunidade e transforma essa ação em um recurso terapêutico. Essa perspectiva parte do</p><p>pressuposto de que:</p><p>a) A normalização do social é desejável e necessária para o tratamento do transtorno mental.</p><p>b) O atendimento comunitário é o único recurso eficaz para suprimir a doença mental.</p><p>c) A doença mental produzida em um ambiente social só pode ser contida nesse mesmo</p><p>ambiente.</p><p>d) As ações mais adequadas para a recuperação de um transtorno mental já estão</p><p>disponíveis na comunidade.</p><p>e) É possível ao portador de um transtorno mental, tal como ele é, habitar o ambiente social.</p><p>Comentários:</p><p>Nessa questão seria necessário ter atenção pelas palavras que expressam ações</p><p>discriminatórias na prática de saúde mental, o que contraria os ideais da Reforma</p><p>Psiquiátrica.</p><p>a) INCORRETA. Não existe a perspectiva de tratar os transtornos mentais sob o prisma de</p><p>normalização.</p><p>b) INCORRETA. O objetivo dos cuidados em saúde mental não é o de suprimir a doença.</p><p>c) INCORRETA. A origem da doença mental é complexa, não somente social. A contenção</p><p>só é objetivo em momentos de crise aguda.</p><p>d) INCORRETA. A recuperação nem sempre é possível. Embora seja necessário que a</p><p>comunidade seja um espaço inclusivo, pelos ideais da Reforma Psiquiátrica, ela não tem a</p><p>função de ser um tratamento. Existem diversos dispositivos – como veremos – que estão</p><p>destinados ao cuidado adequado das pessoas com transtornos mentais.</p><p>e) CORRETA. Está de acordo, pois apresenta a ideia de inserção na comunidade e de</p><p>aceitação das condições existenciais do indivíduo em sofrimento psíquico.</p><p>Gabarito: letra E.</p><p>1- Declaração de Caracas</p><p>A Declaração de Caracas, junto com o Movimento de Luta Antimanicomial e a</p><p>Reforma Psiquiátrica, inspirou a formulação da Lei Paulo Delgado (Lei 10.216/2001).</p><p>Elaborada em 1990, é um documento que sinaliza para reformas na atenção</p><p>à saúde mental</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>nas Américas. Ela foi produzida na Conferência Regional para a Reestruturação dos</p><p>Sistemas Locais de Saúde (SILOS), convocada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).</p><p>Em sua integralidade, essa declaração apresenta o seguinte conteúdo:</p><p>As organizações, associações, autoridades de saúde, profissionais de saúde mental,</p><p>legisladores e juristas reunidos na Conferência Regional para a Reestruturação da</p><p>Assistência Psiquiátrica dentro dos Sistemas Locais de Saúde, VERIFICANDO,</p><p>1. Que a assistência psiquiátrica convencional não permite alcançar objetivos compatíveis</p><p>com um atendimento comunitário, descentralizado, participativo, integral, contínuo e</p><p>preventivo;</p><p>2. Que o hospital psiquiátrico, como única modalidade assistencial, impede alcançar os</p><p>objetivos já mencionados ao:</p><p>a) isolar o doente do seu meio, gerando, dessa forma, maior incapacidade social;</p><p>b) criar condições desfavoráveis que põem em perigo os direitos humanos e civis do</p><p>enfermo;</p><p>c) requerer a maior parte dos recursos humanos e financeiros destinados pelos países aos</p><p>serviços de saúde mental; e</p><p>d) fornecer ensino insuficientemente vinculado com as necessidades de saúde mental das</p><p>populações, dos serviços de saúde e outros setores.</p><p>CONSIDERANDO,</p><p>1. Que o Atendimento Primário de Saúde é a estratégia adotada pela Organização Mundial</p><p>de Saúde e pela Organização Panamericana de Saúde e referendada pelos países membros</p><p>para alcançar a meta de Saúde Para Todos, no ano 2000;</p><p>2. Que os Sistemas Locais de Saúde (SILOS) foram estabelecidos pelos países da região</p><p>para facilitar o alcance dessa meta, pois oferecem melhores condições para desenvolver</p><p>programas baseados nas necessidades da população de forma descentralizada,</p><p>participativa e preventiva;</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3. Que os programas de Saúde Mental e Psiquiatria devem adaptar-se aos princípios e</p><p>orientações que fundamentam essas estratégias e os modelos de organização da assistência</p><p>à saúde.</p><p>DECLARAM</p><p>1. Que a reestruturação da assistência psiquiátrica ligada ao Atendimento Primário da</p><p>Saúde, no quadro dos Sistemas Locais de Saúde, permite a promoção de modelos</p><p>alternativos, centrados na comunidade e dentro de suas redes sociais;</p><p>2. Que a reestruturação da assistência psiquiátrica na região implica em revisão crítica do</p><p>papel hegemônico e centralizador do hospital psiquiátrico na prestação de serviços;</p><p>3. Que os recursos, cuidados e tratamentos dados devem:</p><p>a) salvaguardar, invariavelmente, a dignidade pessoal e os direitos humanos e civis;</p><p>b) estar baseados em critérios racionais e tecnicamente adequados;</p><p>c) propiciar a permanência do enfermo em seu meio comunitário;</p><p>4. Que as legislações dos países devem ajustar-se de modo que:</p><p>a) assegurem o respeito aos direitos humanos e civis dos doentes mentais;</p><p>b) promovam a organização de serviços comunitários de saúde mental que garantam seu</p><p>cumprimento;</p><p>5. Que a capacitação dos recursos humanos em Saúde Mental e Psiquiatria deve fazerse</p><p>apontando para um modelo, cujo eixo passa pelo serviço de saúde comunitária e propicia</p><p>a internação psiquiátrica nos hospitais gerais, de acordo com os princípios que regem e</p><p>fundamentam essa reestruturação;</p><p>6. Que as organizações, associações e demais participantes desta Conferência se</p><p>comprometam solidariamente a advogar e desenvolver, em seus países, programas que</p><p>promovam a Reestruturação da Assistência Psiquiátrica e a vigilância e defesa dos direitos</p><p>humanos dos doentes mentais, de acordo com as legislações nacionais e respectivos</p><p>compromissos internacionais.</p><p>Para o que SOLICITAM - Aos Ministérios da Saúde e da Justiça, aos Parlamentos, aos</p><p>Sistemas de Seguridade Social e outros prestadores de serviços, organizações profissionais,</p><p>associações de usuários, universidades e outros centros de capacitação e aos meios de</p><p>comunicação que apoiem a Reestruturação da Assistência Psiquiátrica, assegurando, assim,</p><p>o êxito no seu desenvolvimento para o benefício das populações da região.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A partir da exposição da Declaração de Caracas, alguns pontos merecem a sua</p><p>atenção.</p><p>O primeiro ponto é que os hospitais psiquiátricos e as internações não são excluídos</p><p>dos novos modelos de assistência. O objetivo foi o de desenvolver formas de reconhecer</p><p>os doentes mentais como sujeitos de direitos humanos e civis. Portanto, a proposta é que</p><p>as internações passem a acontecer em situações pontuais, a depender de crises e suas</p><p>possíveis consequências para o indivíduo ou sociedade.</p><p>O segundo ponto é a dissolução dos estigmas construídos sobre o doente mental.</p><p>Ou seja, que a sua condição seria de incapacitado. Na verdade, quem apresenta transtornos</p><p>mentais tem certas limitações que precisam ser consideradas e cuidadas. No entanto, isso</p><p>não o incapacita para o convívio social e o exercício de sua cidadania.</p><p>O terceiro ponto é que as formas de tratamento e cuidado precisam ser</p><p>disponibilizadas conforme as demandas da população. Por isso, não cabe às instituições de</p><p>saúde e seus profissionais a decisão sobre o que é melhor e o que deve ser feito pelo</p><p>paciente. Em função disso, os recursos humanos precisam ser devidamente treinados para</p><p>promoção de cuidados menos autoritários e mais inclusivos.</p><p>O quarto e último ponto é que, a partir dessa declaração, países integrantes – tal</p><p>como o Brasil – formularam legislações específicas. No nosso caso, a Lei 10.216/2001,</p><p>apresentada a seguir.</p><p>2- Lei 10.216/2001</p><p>Esta lei foi promulgada em 6 de abril de 2001.</p><p>A Lei 10.216/2001, também conhecida como Lei Paulo Delgado, dispõe</p><p>sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos</p><p>mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental.</p><p>Em sequência, é apresentada a Lei Paulo Delgado em sua integralidade.</p><p>Inicialmente os Art. 1º e Art. 2º apresentam que os direitos das pessoas com transtornos</p><p>mentais devem ser assegurados independentemente de suas características pessoais e</p><p>comunicados formalmente ao indivíduo, seus familiares ou responsáveis. Leia integralmente</p><p>esses dois artigos com atenção especial para os direitos enumerados!</p><p>Art. 1º Os direitos e a proteção das pessoas acometidas de transtorno</p><p>mental, de que trata esta Lei, são assegurados sem qualquer forma de</p><p>discriminação quanto à raça, cor, sexo, orientação sexual, religião, opção</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>política, nacionalidade, idade, família, recursos econômicos e ao grau de</p><p>gravidade ou tempo de evolução de seu transtorno, ou qualquer outra.</p><p>Art. 2º Nos atendimentos em saúde mental, de qualquer natureza, a pessoa</p><p>e seus familiares ou responsáveis serão formalmente cientificados dos</p><p>direitos enumerados no parágrafo único deste artigo.</p><p>Parágrafo único. São direitos da pessoa portadora de transtorno mental:</p><p>I - ter acesso ao melhor tratamento do sistema de saúde, consentâneo às</p><p>suas necessidades;</p><p>II - ser tratada com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de</p><p>beneficiar sua saúde, visando alcançar sua recuperação pela inserção na</p><p>família, no trabalho e na comunidade;</p><p>III - ser protegida contra qualquer forma de abuso e exploração; ter garantia</p><p>de sigilo nas informações prestadas;</p><p>V - ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a</p><p>necessidade ou não de sua hospitalização involuntária;</p><p>VI - ter livre acesso aos meios de comunicação disponíveis;</p><p>VII - receber o maior número de informações a respeito de sua doença e de</p><p>seu tratamento;</p><p>VIII - ser tratada em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos</p><p>possíveis;</p><p>IX - ser tratada, preferencialmente, em serviços comunitários de saúde</p><p>mental.</p><p>Os Art. 3º indica que a legislação específica, a assistência e a promoção de saúde a</p><p>essa população cabem ao Estado. Essas ações irão se desenrolar ou considerar os novos e</p><p>diferentes contextos de saúde mental. Precisamos observar ainda que a família e a</p><p>sociedade são incluídas nessa nova proposta de cuidado. Veja o dispositivo na íntegra:</p><p>Art. 3º. É responsabilidade do Estado o desenvolvimento da política de</p><p>saúde mental, a assistência e a promoção de ações de saúde aos portadores</p><p>de transtornos mentais, com a devida participação da sociedade e da</p><p>família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde mental, assim</p><p>entendidas as instituições ou unidades que ofereçam assistência em saúde</p><p>aos portadores de transtornos mentais.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>O Art. 4º é de fundamental importância. Ele apresenta as condições necessárias para</p><p>que ocorra a internação psiquiátrica. Atenção para a vedação explícita em § 3º.</p><p>Art. 4º A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada</p><p>quando os recursos extra hospitalares se mostrarem insuficientes.</p><p>§ 1o O tratamento visará, como finalidade permanente, a reinserção social</p><p>do paciente em seu meio.</p><p>§ 2o O tratamento em regime de internação será estruturado de forma a</p><p>oferecer assistência integral à pessoa portadora de transtornos mentais,</p><p>incluindo serviços médicos, de assistência social, psicológicos,</p><p>ocupacionais, de lazer, e outros.</p><p>§ 3o É vedada a internação de pacientes portadores de transtornos mentais</p><p>em instituições com características asilares, ou seja, aquelas desprovidas</p><p>dos recursos mencionados no § 2o e que não assegurem aos pacientes os</p><p>direitos enumerados no parágrafo único do art. 2o</p><p>O Art. 5º legisla sobre o processo de desinstitucionalização em casos específicos, isto</p><p>é, naqueles caracterizados por dependência institucional. Nesses casos caberá às políticas</p><p>específicas definir o planejamento de alta e assistir à reabilitação psicossocial.</p><p>Art. 5º O paciente há longo tempo hospitalizado ou para o qual se</p><p>caracterize situação de grave dependência institucional, decorrente de seu</p><p>quadro clínico ou de ausência de suporte social, será objeto de política</p><p>específica de alta planejada e reabilitação psicossocial assistida, sob</p><p>responsabilidade da autoridade sanitária competente e supervisão de</p><p>instância a ser definida pelo Poder Executivo, assegurada a continuidade do</p><p>tratamento, quando necessário.</p><p>O Art. 6º retoma – assim como explorado no Art. 4º - o assunto da internação</p><p>psiquiátrica. Nesse ponto estabelece que ela será realizada somente com laudo médico que</p><p>caracterize os motivos. Além disso, define em seu parágrafo único os tipos de internação</p><p>psiquiátrica existentes.</p><p>Art. 6º A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo</p><p>médico circunstanciado que caracterize os seus motivos.</p><p>Parágrafo único. São considerados os seguintes tipos de internação</p><p>psiquiátrica:</p><p>I - internação voluntária: aquela que se dá com o consentimento do usuário;</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>II - internação involuntária: aquela que se dá sem o consentimento do</p><p>usuário e a pedido de terceiro; e</p><p>III - internação compulsória: aquela determinada pela Justiça.</p><p>Vamos deixar o art. 6º mais didático:</p><p>O Art. 7º dispõe sobre a forma de consentimento que deve ser prestada pelo</p><p>paciente no caso de sua internação psiquiátrica voluntária. Além disso, deixa claro que o</p><p>paciente poderá solicitar o término de sua internação ou este será realizado pelo médico</p><p>assistente.</p><p>Art. 7º A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a</p><p>consente, deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que</p><p>optou por esse regime de tratamento.</p><p>Parágrafo único. O término da internação voluntária dar-se-á por solicitação</p><p>escrita do paciente ou por determinação do médico assistente.</p><p>O Art. 8º menciona que o médico responsável por autorizar a internação voluntária</p><p>ou não precisa estar devidamente registrado em seu conselho de classe. No caso da</p><p>internação involuntária, esse dispositivo apresenta ainda a necessidade de que ela seja</p><p>comunicada ao Ministério Público Estadual no prazo de 72 horas. O término dessa</p><p>modalidade de internação poderá ser solicitado por familiar ou representante legal, além</p><p>do especialista.</p><p>Art. 8º A internação voluntária ou involuntária somente será autorizada por</p><p>médico devidamente registrado no Conselho Regional de Medicina - CRM</p><p>do Estado onde se localize o estabelecimento.</p><p>§ 1º A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e</p><p>duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável</p><p>Internação</p><p>Voluntária</p><p>A pessoa quer</p><p>Internação</p><p>Involuntária</p><p>Responsáveis ou</p><p>parentes querem</p><p>Internação</p><p>Compulsória</p><p>Justiça</p><p>determina</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo</p><p>procedimento ser adotado quando da respectiva alta.</p><p>§ 2º O término da internação involuntária dar-se-á por solicitação escrita do</p><p>familiar, ou responsável legal, ou quando estabelecido pelo especialista</p><p>responsável pelo tratamento.</p><p>O Art. 9º define que o juiz responsável por determinar a internação compulsória</p><p>deverá considerar as condições da instituição de saúde em preservar a segurança dos</p><p>demais pacientes e funcionários.</p><p>Art. 9º A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação</p><p>vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de</p><p>segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos</p><p>demais internados e funcionários.</p><p>O Art. 10 aponta a obrigatoriedade de realizar avisos a familiares, representantes e</p><p>autoridade sanitária sobre qualquer evento importante que tenha acontecido com o</p><p>paciente (transferência, acidente, problema clínicos, saída, etc.). Cabe à direção da</p><p>instituição responsável emitir esse comunicado.</p><p>Art. 10. Evasão, transferência, acidente, intercorrência clínica grave e</p><p>falecimento serão comunicados pela direção do estabelecimento de saúde</p><p>mental aos familiares, ou ao representante legal do paciente, bem como à</p><p>autoridade sanitária responsável, no prazo máximo de vinte e quatro horas</p><p>da data da ocorrência.</p><p>O Art. 11 explicita a condição para a realização de pesquisas com pacientes de saúde</p><p>mental. O paciente ou seu representa precisa expressar consentimento. É preciso comunicar</p><p>aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho Nacional de Saúde (CNS).</p><p>Art. 11. Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos não</p><p>poderão ser realizadas sem o consentimento expresso do paciente, ou de</p><p>seu representante legal, e sem a devida comunicação aos conselhos</p><p>profissionais competentes e ao Conselho Nacional de Saúde.</p><p>Por fim, o Art. 12 apresenta a responsabilidade de se acompanhar a implementação</p><p>da Lei Paulo Delgado.</p><p>Art. 12. O Conselho Nacional de Saúde, no âmbito de sua atuação, criará</p><p>comissão nacional para acompanhar a implementação desta Lei.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Atente-se ao esquema a seguir:</p><p>Art. 6º Tipos</p><p>de</p><p>internação</p><p>Art. 2º. Direitos</p><p>da Pessoa com</p><p>Transtorno</p><p>Mental</p><p>I - acesso ao</p><p>melhor</p><p>tratamento;</p><p>II - ser tratada</p><p>com</p><p>humanidade</p><p>e respeito;</p><p>III - ser</p><p>protegida</p><p>contra abuso</p><p>e exploração;</p><p>IV - ter</p><p>garantia de</p><p>sigilo das</p><p>informações</p><p>prestadas;</p><p>V - direito à</p><p>presença médica</p><p>(esclarecer sobre</p><p>tratamento e a</p><p>necessidade de</p><p>internação);</p><p>VI - livre</p><p>acesso aos</p><p>meios de</p><p>comunicação;</p><p>VII - receber</p><p>informações</p><p>sobre sua</p><p>doença e</p><p>tratamento;</p><p>VIII -</p><p>tratamento em</p><p>ambiente</p><p>terapêutico,</p><p>com meios</p><p>menos</p><p>invasivos</p><p>possíveis;</p><p>IX - tratada,</p><p>preferencialmente,</p><p>em serviços</p><p>comunitários.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>(IBFC - Divinópolis – 2018) A lei conhecida como Paulo Delgado, que dispõe sobre a</p><p>proteção das pessoas portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo</p><p>assistencial em saúde mental, sofreu influência direta de fatos, eventos e fenômenos na sua</p><p>construção com exceção de:</p><p>a) Declaração de Caracas</p><p>b) Reforma Sanitária</p><p>c) Reforma Psiquiátrica</p><p>d) Movimento da Luta Antimanicomial</p><p>Comentários:</p><p>Como você viu, a Reforma Sanitária foi contemporânea à Reforma Psiquiátrica. A Lei Paulo</p><p>Delgado ou Lei 10.216/2001 é uma nova proposta de política em saúde mental. Vimos que</p><p>a Luta Antimanicomial, a Reforma Psiquiátrica e a Declaração de Caracas foram fatos</p><p>históricos que gradativamente viabilizaram a promulgação dessa lei. Apesar de ser</p><p>beneficiada pelas conquistas da Reforma Sanitária (como a criação do SUS), a Lei Paulo</p><p>Delgado não foi diretamente influenciada por esse acontecimento na sua elaboração.</p><p>Portanto, a alternativa errada é a da Reforma Sanitária.</p><p>Gabarito: letra B.</p><p>(Instituto Excelência - Prefeitura Barra Velha – 2019) Sobre a Lei nº 10.216, de 6 de abril de</p><p>2001, que dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas portadoras de transtornos</p><p>mentais e redireciona o modelo assistencial em saúde mental, assinale a alternativa</p><p>CORRETA.</p><p>Voluntária Involuntária Compulsória</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>a) A pessoa não tem direito de solicitar voluntariamente sua internação, apenas com</p><p>declaração da família ou de um médico para realizar esse tipo de serviço.</p><p>b) Pesquisas científicas para fins diagnósticos ou terapêuticos poderão ser realizadas sem o</p><p>consentimento expresso do paciente, ou de seu representante legal, basta apenas devida</p><p>comunicação aos conselhos profissionais competentes e ao Conselho Nacional de Saúde.</p><p>c) A internação psiquiátrica somente será realizada mediante laudo médico circunstanciado</p><p>que caracterize os seus motivos.</p><p>d) É responsabilidade apenas do Estado o desenvolvimento da política pública de saúde</p><p>mental, para promoção de ações de saúde aos portadores de transtornos mentais, sem</p><p>contar com a participação da família, a qual será prestada em estabelecimento de saúde</p><p>mental, assim entendidas as instituições ou unidades que oferecem assistência em saúde</p><p>aos portadores de transtornos mentais.</p><p>Comentários:</p><p>Para responder a esta questão, você precisaria necessariamente ter lido atentamente à Lei</p><p>10.216/2001.</p><p>a) ERRADA. De acordo com o Art.6º dessa lei, a internação voluntária – solicitada pelo</p><p>paciente – é um dos tipos de internação psiquiátrica existentes.</p><p>b) ERRADA. De acordo com o Art.11 dessa lei, o paciente ou seu representante legal</p><p>precisam sim demonstrar consentimento.</p><p>c) CORRETA. De acordo com o Art.6º dessa lei, a internação precisa do laudo médico que</p><p>explique os motivos. Pois, como complementa o Art.2º, a internação deve ser realizada</p><p>quando outros recursos são insuficientes.</p><p>d) ERRADA. De acordo com o Art. 3º dessa lei, a família e a sociedade podem participar</p><p>devidamente da política, assistência e promoção de ações de saúde.</p><p>Gabarito: letra C.</p><p>A partir da reorganização do modelo de assistência às pessoas com transtornos</p><p>mentais, as Redes de Atenção à Saúde (RAS) estabeleceram a Rede de Atenção Psicossocial</p><p>(RAPS) pela Portaria nº 3.088/2011.</p><p>A Portaria nº 3.088/2011 é extremamente relevante para que você entenda quais são</p><p>os dispositivos de saúde mental que substituíram a lógica manicomial.</p><p>3- Rede de Atenção Psicossocial</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>No âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), a Portaria nº 3.088/2011 define a Rede</p><p>de Atenção Psicossocial (RAPS). O Art.1º apresenta o objetivo da RAPS.</p><p>Art. 1º Fica instituída a Rede de Atenção Psicossocial, cuja finalidade é a</p><p>criação, ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas</p><p>com sofrimento ou transtorno mental e com necessidades decorrentes do</p><p>uso de crack, álcool e outras drogas, no âmbito do Sistema Único de Saúde</p><p>(SUS).</p><p>O Art. 2º apresenta as diretrizes que devem nortear a atuação dos profissionais</p><p>inseridos na RAPS. Essas diretrizes são influenciadas pela Lei 10.216/2001 e também pela</p><p>Lei 8.080/1990 (SUS), entre outras políticas relevantes para a atenção às pessoas com</p><p>transtornos mentais.</p><p>Art. 2º Constituem-se diretrizes para o funcionamento da Rede de Atenção</p><p>Psicossocial:</p><p>I - respeito aos direitos humanos, garantindo a autonomia e a liberdade das</p><p>pessoas;</p><p>II - promoção da equidade, reconhecendo os determinantes sociais da</p><p>saúde;</p><p>III - combate a estigmas e preconceitos;</p><p>IV - garantia do acesso e da qualidade dos serviços, ofertando cuidado</p><p>integral e assistência multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar;</p><p>V - atenção humanizada e centrada nas necessidades das pessoas;</p><p>VI - diversificação das estratégias de cuidado;</p><p>VII - desenvolvimento de atividades no território, que favoreça a inclusão</p><p>social com vistas à promoção de autonomia e ao exercício da cidadania;</p><p>VIII - desenvolvimento de estratégias de Redução de Danos;</p><p>IX - ênfase em serviços de base territorial e comunitária, com participação e</p><p>controle social dos usuários e de seus familiares;</p><p>X - organização dos serviços em rede de atenção à saúde regionalizada,</p><p>com estabelecimento de ações intersetoriais para garantir a integralidade</p><p>do cuidado;</p><p>XI - promoção de estratégias de educação permanente; e</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>XII - desenvolvimento da lógica do cuidado para pessoas com transtornos</p><p>mentais e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras</p><p>drogas, tendo como eixo central a construção do projeto terapêutico</p><p>singular.</p><p>Em relação aos objetivos gerais da RAPS, o Art.3º apresenta três principais. Trata-se</p><p>de ampliar, promover e garantir. Ampliar e promover o acesso da população geral e</p><p>específica à atenção psicossocial e aos pontos da rede. Garantir que os diferentes pontos</p><p>se articulem e integrem para que o cuidado seja humanizado e de qualidade.</p><p>Art. 3º São objetivos gerais da Rede de Atenção Psicossocial:</p><p>I – Ampliar o acesso à atenção psicossocial da população em geral;</p><p>II – Promover o acesso das pessoas com transtornos mentais e com</p><p>necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas e suas</p><p>famílias aos pontos de atenção; e</p><p>III – Garantir a articulação e integração dos pontos de atenção das redes de</p><p>saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento, do</p><p>acompanhamento contínuo e da atenção às urgências.</p><p>Como consequência dos objetivos gerais, os objetivos específicos são apresentados</p><p>no Art.4º:</p><p>Art.4º São objetivos específicos da Rede de Atenção Psicossocial:</p><p>I – Promover cuidados em saúde especialmente para os grupos</p><p>mais</p><p>vulneráveis (criança, adolescente, jovens, pessoas em situação de rua e</p><p>populações indígenas);</p><p>II – Prevenir o consumo e a dependência de crack, álcool e outras drogas;</p><p>III – Reduzir danos provocados pelo consumo de crack, álcool e outras</p><p>drogas;</p><p>IV – Promover a reabilitação e a reinserção das pessoas com transtorno</p><p>mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras</p><p>drogas na sociedade, por meio do acesso ao trabalho, renda e moradia</p><p>solidária;</p><p>V – Promover mecanismos de formação permanente aos profissionais de</p><p>saúde;</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>VI – Desenvolver ações intersetoriais de prevenção e redução de danos em</p><p>parceria com organizações governamentais e da sociedade civil;</p><p>VII – Produzir e ofertar informações sobre direitos das pessoas, medidas de</p><p>prevenção e cuidado e os serviços disponíveis na rede;</p><p>VIII – Regular e organizar as demandas e os fluxos assistenciais da Rede de</p><p>Atenção Psicossocial; e</p><p>IX – Monitorar e avaliar a qualidade dos serviços por meio de indicadores</p><p>de efetividade e resolutividade da atenção.</p><p>O Art.5º apresenta os componentes da Rede de Atenção Psicossocial (RAPS), os</p><p>quais são distribuídos em sete categorias principais, cada qual com pontos de atenção</p><p>específicos. Veja só o quadro esquemático:</p><p>Pontos de Atenção</p><p>Atenção Básica em Saúde</p><p>- Unidade Básica de Saúde (UBS)</p><p>- Equipe de Atenção Básica para populações específicas: (1) Consultório na Rua e (2)</p><p>Equipes de apoio aos serviços do componente de Atenção Residencial de</p><p>Caráter Transitório</p><p>- Centros de Convivência</p><p>Atenção Psicossocial Especializada</p><p>- Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)</p><p>Atenção de Urgência e Emergência</p><p>- SAMU 192</p><p>- Sala de Estabilização</p><p>- UPA 24 horas</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>- Portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro</p><p>- Unidades Básicas de Saúde (UBS), entre outros</p><p>Atenção Residencial de Caráter Transitório</p><p>- Unidade de Acolhimento</p><p>- Serviços de Atenção em Regime Residencial</p><p>Atenção Hospitalar</p><p>- Enfermaria especializada em Hospital Geral</p><p>- Serviço hospitalar de Referência para Atenção</p><p>Estratégia de Desinstitucionalização</p><p>- Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT)</p><p>Serviços de Reabilitação</p><p>O quadro anterior mostra a diversidade de pontos de atenção consagrados pela</p><p>Portaria nº 3.088/2011. A partir do Art. 6º até o Art. 12 os pontos de atenção da RAPS são</p><p>caracterizados. Ao invés de os ler em sua integralidade, iremos apenas apresentá-los de</p><p>forma didática, sem menção a artigos e parágrafos, pois são cobrados em seu conteúdo e</p><p>não em sua referência legal.</p><p>3.1 – Atenção Básica em Saúde</p><p>Unidades Básicas de Saúde: serviço de saúde constituído por equipe</p><p>multiprofissional responsável por um conjunto de ações de saúde, de âmbito individual e</p><p>coletivo, que abrange a promoção e a proteção da saúde, a prevenção de agravos, o</p><p>diagnóstico, o tratamento, a reabilitação, a redução de danos e a manutenção da saúde</p><p>com o objetivo de desenvolver a atenção integral que impacte na situação de saúde e</p><p>autonomia das pessoas e nos determinantes e condicionantes de saúde das coletividades;</p><p>Apresentam a responsabilidade de desenvolver ações de promoção de saúde</p><p>mental, prevenção e cuidado dos transtornos mentais, ações de redução de danos e</p><p>cuidado para pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras</p><p>drogas, compartilhadas, sempre que necessário, com os demais pontos da rede.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>O Núcleo de Apoio à Saúde da Família, vinculado à Unidade Básica de Saúde, é</p><p>constituído por profissionais de saúde de diferentes áreas de conhecimento, que atuam de</p><p>maneira integrada, sendo responsável por apoiar as Equipes de Saúde da Família, as</p><p>Equipes de Atenção Básica para populações específicas e equipes da academia da saúde.</p><p>Atua diretamente no apoio matricial. Quando necessário, poderá oferecer suporte ao</p><p>manejo de situações relacionadas ao sofrimento ou transtorno mental e aos problemas</p><p>relacionados ao uso de crack, álcool e outras drogas.</p><p>Equipes de Atenção Básica para Populações Específicas:</p><p>1. Equipes de Consultório na Rua: equipe constituída por profissionais que atuam de forma</p><p>itinerante, ofertando ações e cuidados de saúde para a população em situação de rua,</p><p>considerando suas diferentes necessidades de saúde, sendo responsabilidade dessa</p><p>equipe, no âmbito da Rede de Atenção Psicossocial, ofertar cuidados em saúde mental,</p><p>para:</p><p>a) Pessoas em situação de rua em geral;</p><p>b) Pessoas com transtornos mentais;</p><p>c) Usuários de crack, álcool e outras drogas, incluindo ações de redução de danos, em</p><p>parceria com equipes de outros pontos de atenção da rede de saúde, como Unidades</p><p>Básicas de Saúde, Centros de Atenção Psicossocial, Prontos-Socorros, entre outros;</p><p>Quando necessário, a Equipe de Consultório na Rua poderá utilizar as instalações das</p><p>Unidades Básicas de Saúde do território.</p><p>2. Equipe de Apoio ao Componente de Atenção Residencial de Caráter Transitório: oferece</p><p>suporte clínico e apoio a esses pontos de atenção, coordenando o cuidado e prestando</p><p>serviços de atenção à saúde de forma longitudinal e articulada com os outros pontos de</p><p>atenção da rede;</p><p>3. Centros de Convivência: é unidade pública, articulada às Redes de Atenção à Saúde, em</p><p>especial à Rede de Atenção Psicossocial, onde são oferecidos à população em geral</p><p>espaços de sociabilidade, produção e intervenção na cultura e na cidade.</p><p>São estratégicos para a inclusão social das pessoas com transtornos mentais e pessoas que</p><p>fazem uso de crack, álcool e outras drogas, por meio da construção de espaços de convívio</p><p>e sustentação das diferenças na comunidade e em variados espaços da cidade.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3.2 – Atenção Psicossocial Especializada</p><p>Centros de Atenção Psicossocial: é constituído por equipe multiprofissional que atua sob a</p><p>ótica interdisciplinar e realiza atendimento às pessoas com transtornos mentais graves e</p><p>persistentes e às pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras</p><p>drogas, em sua área territorial, em regime de tratamento intensivo, semi-intensivo e não</p><p>intensivo.</p><p>As atividades no CAPS são realizadas prioritariamente em espaços coletivos (grupos,</p><p>assembleias de usuários, reunião diária de equipe), de forma articulada com os outros</p><p>pontos de atenção da rede de saúde e das demais redes.</p><p>O cuidado no CAPS é desenvolvido por intermédio de Projeto Terapêutico Individual,</p><p>envolvendo em sua construção a equipe, o usuário e sua família, e a ordenação do cuidado</p><p>estará sob a responsabilidade do Centro de Atenção Psicossocial ou da</p><p>Atenção Básica, garantindo permanente processo de cogestão e acompanhamento</p><p>longitudinal do caso.</p><p>Modalidades de CAPS:</p><p>a) CAPS I: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes ou com</p><p>necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas de todas as faixas etárias;</p><p>b) CAPS II: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, podendo</p><p>também atender pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras</p><p>drogas;</p><p>c) CAPS III: atende pessoas com transtornos mentais graves e persistentes. Proporciona</p><p>serviços de atenção contínua, com funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de</p><p>semana. Oferta retaguarda clínica e acolhimento noturno a outros serviços de saúde</p><p>96</p><p>7.2 - Perspectivas Teóricas e Práticas em Psicoterapia de Grupo .................. 98</p><p>MAIS QUESTÕES COMENTADAS ............................................................................................... 101</p><p>LISTA DE QUESTÕES ................................................................................................................ 131</p><p>GABARITO ................................................................................................................................ 136</p><p>RESUMO ................................................................................................................................... 137</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>INTRODUÇÃO</p><p>Olá, psi!</p><p>Na aula de hoje, vamos estudar Psicologia da Saúde. Eu, particularmente, considero</p><p>uma temática apaixonante (era uma das minhas preferidas na época da faculdade!).</p><p>Qualquer dúvida, não hesitem em me acionar em um dos meus canais de</p><p>comunicação (e-mail ou Instagram). Bons estudos! Vamos lá?</p><p>Prof. Thayse Duarte</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>PSICOLOGIA DA SAÚDE</p><p>1 – Considerações Iniciais</p><p>Segundo Almeida & Malagris (2011), a Psicologia da Saúde é uma área relativamente</p><p>nova, desenvolvida principalmente nos meados dos anos 70. Suas pesquisas e aplicações</p><p>possuem como objetivo compreender e atuar sobre a inter-relação entre comportamento e</p><p>saúde e comportamento e doenças. Também são objetos de estudo os funcionamentos</p><p>psicológicos habitualmente saudáveis decorrentes situações que, mesmo implicando ajuste</p><p>emocional, não acarretam, necessariamente, alterações no estado de saúde, como por</p><p>exemplo, a gravidez e o envelhecimento.</p><p>O interesse da Psicologia da Saúde está na maneira como o sujeito vivencia o seu</p><p>estado de saúde ou de doença, na sua relação consigo mesmo, com os outros e com o</p><p>mundo. Busca fazer com que as pessoas incluam no seu projeto de vida um conjunto de</p><p>atitudes/comportamentos ativos que as levem a promover saúde e a prevenir doenças, além</p><p>de aprender e aperfeiçoar técnicas de enfrentamento no processo de adoecimento, bem</p><p>como suas eventuais consequências (Barros, 1999).</p><p>Nesse sentido, a Psicologia da Saúde busca compreender o papel das variáveis</p><p>psicológicas sobre a manutenção da saúde, o desenvolvimento de doenças e os</p><p>comportamentos associados. Além de desenvolver pesquisas sobre cada um desses</p><p>aspectos, os psicólogos da saúde realizam intervenções com o objetivo de prevenir doenças</p><p>e auxiliar no manejo ou no enfrentamento das mesmas (Miyazaki, Domingos & Caballo,</p><p>2001).</p><p>O conceito de saúde é definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como</p><p>“um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não consiste apenas na</p><p>ausência de doença ou de enfermidade”. Apesar das críticas rebatidas nesta definição</p><p>(utópica e irreal, pois não existe um estado de bem-estar completo), ainda assim, pode-se</p><p>dizer que ela traz um avanço na forma de pensar o processo saúde-doença. Historicamente,</p><p>no que se refere ao entendimento sobre os processos de saúde e de adoecimento, apenas</p><p>eram consideradas questões fisiológicas, dentro da perspectiva biomédica. O conceito</p><p>definido pela OMS amplia a forma de pensar essas questões, uma vez que abarca outros</p><p>determinantes no processo saúde-doença, como os de ordem histórica, social, política,</p><p>econômica, cultural, orgânica, emocional e etc. Assim, a Psicologia se inclui no âmbito da</p><p>saúde, trazendo novos desafios para a atuação nesse campo.</p><p>O desafio da Psicologia da Saúde no Brasil ocorre também a partir da Reforma</p><p>Sanitária. As conquistas desse movimento culminaram na Constituição de 1988, quando o</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>artigo 196 impõe que a saúde é “direito de todos e dever do Estado”. A partir disto, em</p><p>1990, é instituído o Sistema Único de Saúde (SUS), que exige novas teorias e práticas em</p><p>saúde. Para nós, psicólogos, isso significa ir além de uma clínica tradicional. Significa ampliar</p><p>a visão da realidade desenvolvendo capacidades de identificar e intervir nos múltiplos</p><p>determinantes do processo saúde-doença. Isso implica na necessidade de produzir teorias</p><p>que deem conta desta complexidade, assim como práticas que envolvam o trabalho</p><p>interdisciplinar. O trabalho do psicólogo, além de abarcar o tratamento, deve também se</p><p>voltar para a promoção da saúde e prevenção de doenças e/ou agravos. O objeto de estudo</p><p>e intervenção da Psicologia historicamente é mais voltado para as questões de saúde</p><p>mental. Mas na perspectiva da Psicologia da Saúde, o psicólogo também passa a se</p><p>preocupar com aspectos emocionais/sofrimento psíquico em decorrência do adoecimento</p><p>corporal ou que estão implicados em sua etiologia.</p><p>(CEBRASPE – 2022 – Pref. Pires do Rio) Considerando o recente aumento de casos de</p><p>autolesão na adolescência, julgue o item seguinte:</p><p>O aumento de casos de autolesões entre adolescentes pode caracterizar um problema de</p><p>saúde pública.</p><p>COMENTÁRIOS: A autolesão não suicida (ALNS) se constitui como comportamento</p><p>complexo, multifatorial, sendo um importante problema de saúde pública, em especial na</p><p>adolescência. A qualidade do cuidado profissional pode ser decisiva para o vínculo com o</p><p>adolescente e sua adesão ao acompanhamento em serviços de saúde mental.</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>1.1 – Processo saúde-doença (doenças crônicas e agudas)</p><p>Segundo Straub (2014), os processos de saúde e doença são multifatoriais e,</p><p>portanto, necessitam ser compreendidos a partir dos seus contextos múltiplos. O processo</p><p>saúde-doença representa o conjunto de relações e variáveis que produzem e condicionam</p><p>o estado de saúde e doença de uma população, que variam em diversos momentos</p><p>históricos e do desenvolvimento científico da humanidade.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>As doenças crônicas podem se desenvolver a partir de estilos de vida. São</p><p>considerados fatores de risco: a alimentação inadequada, a falta de atividade física e o</p><p>tabagismo. O sedentarismo tem sido considerado como o fator de risco mais prevalente na</p><p>população, independentemente do sexo. Associada a pouca atividade física, a alimentação</p><p>inadequada vem contribuindo para aumentar o número de obesos. De acordo com</p><p>estimativas globais da OMS, mais de um bilhão de adultos apresentam excesso de peso,</p><p>sendo 300 milhões considerados obesos. Assim, a promoção de modos de vida saudáveis</p><p>é uma ação importante. Segundo Relatório Mundial de Saúde (2003), dos seis principais</p><p>fatores de risco para o desenvolvimento das doenças e agravos não transmissíveis, cinco</p><p>estão intimamente ligados à alimentação e à atividade física - hipertensão arterial,</p><p>hipercolesterolemia, baixo consumo de frutas e vegetais, excesso de peso corporal e</p><p>atividade física insuficiente. No Brasil, houve aumento do sedentarismo e modificações dos</p><p>hábitos alimentares. Atualmente, verifica-se que inúmeros são os desafios encontrados para</p><p>que a população brasileira alcance um nível ótimo de nutrição e de atividade física (Câmara</p><p>& Col., 2012). Ainda, de acordo com a OMS, as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT)</p><p>já são responsáveis por 58,5% de todas as mortes ocorridas no mundo e por 45,9% da carga</p><p>global de doença.</p><p>De acordo com Leles (2019), quando se fala em doença crônica, geralmente ela é</p><p>remetida a uma experiência de vida permanente e progressiva,</p><p>mental,</p><p>inclusive CAPS Ad.</p><p>d) CAPS AD: atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do</p><p>Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades decorrentes do uso de crack,</p><p>álcool e outras drogas.</p><p>e) CAPS AD III: atende adultos ou crianças e adolescentes, considerando as normativas do</p><p>Estatuto da Criança e do Adolescente, com necessidades de cuidados clínicos contínuos.</p><p>Funcionamento 24 horas, incluindo feriados e finais de semana.</p><p>f) CAPS I: atende crianças e adolescentes com transtornos mentais graves e persistentes e</p><p>os que fazem uso de crack, álcool e outras drogas.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3.3 – Atenção de Urgência e Emergência</p><p>Os dispositivos incluídos nesse ponto de atenção (SAMU, Sala de Estabilização, UPA</p><p>24 horas, etc.) são responsáveis, em seu âmbito de atuação, pelo acolhimento, classificação</p><p>de risco e cuidado nas situações de urgência e emergência das pessoas com sofrimento ou</p><p>transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.</p><p>Eles deverão se articular com os CAPS, os quais realizam o acolhimento e o cuidado das</p><p>pessoas em fase aguda do transtorno mental, seja ele decorrente ou não do uso de crack,</p><p>álcool e outras drogas. Deverão, nas situações que necessitem de internação ou de serviços</p><p>residenciais de caráter transitório, articular e coordenar o cuidado.</p><p>3.4 – Atenção Residencial de Caráter Transitório</p><p>Unidade de Acolhimento: oferece cuidados contínuos de saúde, com funcionamento</p><p>de 24 horas, em ambiente residencial. É destinado a pessoas com necessidade decorrentes</p><p>do uso de crack, álcool e outras drogas, de ambos os sexos. Elas precisam apresentar</p><p>acentuada vulnerabilidade social e/ou familiar e demandar acompanhamento terapêutico e</p><p>protetivo de caráter transitório. O tempo de permanência é de até 6 meses;</p><p>O acolhimento na UA será definido exclusivamente pela equipe do CAPS de referência. Este</p><p>será responsável pela elaboração do projeto terapêutico singular do usuário, considerando</p><p>a hierarquização do cuidado. Deve priorizar a atenção em serviços comunitários de saúde.</p><p>Modalidades de Unidades de Acolhimento:</p><p>1. Unidade de Acolhimento Adulto: destinada a pessoas usuários de crack, álcool e outras</p><p>drogas, maiores de 18 anos;</p><p>2. Unidade de Acolhimento Infanto-Juvenil: destinada a adolescentes e jovens (de 12 até</p><p>18 anos completos).</p><p>Serviços de Atenção em Regime Residencial: incluindo as Comunidades Terapêuticas, são</p><p>serviços destinados a oferecer cuidados contínuos de saúde. Apresenta caráter residencial</p><p>transitório por até 9 meses para adultos com necessidades clínicas estáveis decorrentes do</p><p>uso de crack, álcool e outras drogas.</p><p>Funcionam de forma articulada com:</p><p>a. Atenção Básica: irá apoiar e reforçar o cuidado clínico geral dos seus usuários;</p><p>b. Centro de Atenção Psicossocial: responsável pela indicação do acolhimento, pelo</p><p>acompanhamento especializado durante este período, pelo planejamento da saída e pelo</p><p>seguimento do cuidado. Deve participar de forma ativa da articulação intersetorial para</p><p>promover a reinserção do usuário na comunidade.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3.5 – Atenção Hospitalar</p><p>Enfermaria Especializada: oferece tratamento hospitalar para casos graves</p><p>relacionados aos transtornos mentais e ao uso de álcool, crack e outras drogas, em especial</p><p>de abstinências e intoxicações severas;</p><p>O cuidado ofertado deve estar articulado com o Projeto Terapêutico Individual,</p><p>desenvolvido pelo serviço de referência do usuário e a internação deve ser de curta duração</p><p>até a estabilidade clínica.</p><p>O acesso aos leitos da enfermaria deve ser regulado com base em critérios clínicos e</p><p>de gestão por intermédio do Centro de Atenção Psicossocial de referência. No caso em que</p><p>o usuário acessar a Rede por meio deste ponto de atenção, deve ser providenciado sua</p><p>vinculação e referência a um CAPS, que assumirá o caso.</p><p>A equipe da enfermaria deve ter composição multidisciplinar e funcionamento</p><p>interdisciplinar.</p><p>Serviço Hospitalar de Referência: oferece suporte hospitalar, por meio de internações</p><p>de curta duração, para usuários de álcool e/ou outras drogas. As situações assistenciais</p><p>devem evidenciar indicativos de ocorrência de comorbidades de ordem clínica e/ou</p><p>psíquica. Deve sempre respeitar as determinações da Lei nº 10.216/2001, acolhendo os</p><p>pacientes em regime de curtíssima ou curta permanência. O seu funcionamento é em</p><p>regime integral, durante 24 horas diárias, nos 7 dias da semana, sem interrupção da</p><p>continuidade entre os turnos.</p><p>Em nível local ou regional, compõe a rede hospitalar de retaguarda aos usuários de álcool</p><p>e outras drogas, observando o território, a lógica da redução de danos e outras premissas</p><p>e princípios do SUS.</p><p>3.6 – Estratégia de Desinstitucionalização</p><p>Serviços Residenciais Terapêuticos: são moradias inseridas na comunidade,</p><p>destinadas a acolher pessoas egressas de internação de longa permanência (dois anos ou</p><p>mais ininterruptos), egressas de hospitais psiquiátricos e hospitais de custódia, entre outros.</p><p>Tratam-se de iniciativas que visam a garantir às pessoas com transtorno mental e com</p><p>necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, em situação de</p><p>internação de longa permanência, o cuidado integral. Para isso, adotam estratégias</p><p>substitutivas, na perspectiva da garantia de direitos com a promoção de autonomia e o</p><p>exercício de cidadania, buscando sua progressiva inclusão social.</p><p>O hospital psiquiátrico pode ser acionado para o cuidado das pessoas com transtorno</p><p>mental nas regiões de saúde enquanto o processo de implantação e expansão da Rede de</p><p>Atenção Psicossocial ainda não se apresenta suficiente. Essas regiões de saúde devem</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>priorizar a expansão e qualificação dos pontos de atenção da Rede de Atenção Psicossocial</p><p>para dar continuidade ao processo de substituição dos leitos em hospitais psiquiátricos.</p><p>O Programa de Volta para Casa, enquanto estratégia de desinstitucionalização, é</p><p>uma política pública de inclusão social que visa contribuir e fortalecer o processo de</p><p>desinstitucionalização. Essa política pública foi instituída pela Lei nº 10.708/2003 que provê</p><p>auxílio reabilitação para pessoas com transtorno mental egressas de internação de longa</p><p>permanência.</p><p>3.7 – Reabilitação Psicossocial</p><p>Geração de trabalho e renda/empreendimentos solidários/cooperativas sociais:</p><p>ações de caráter intersetorial destinadas à reabilitação psicossocial, por meio da inclusão</p><p>produtiva, formação e qualificação para o trabalho de pessoas com transtorno mental ou</p><p>com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas.</p><p>Devem articular sistematicamente as redes de saúde e de economia solidária com os</p><p>recursos disponíveis no território para garantir a melhoria das condições concretas de vida,</p><p>ampliação da autonomia, contratualidade e inclusão social de usuários da rede e seus</p><p>familiares.</p><p>A partir do exposto sobre os pontos de atenção da RAPS, é possível inseri-los em</p><p>diferentes níveis de atenção conforme a organização da saúde pública em termos de</p><p>complexidade. Assim:</p><p>A Atenção Primária ou Básica é a porta de entrada preferencial para o Sistema Único</p><p>de Saúde. O objetivo principal é a prevenção e a promoção de saúde. Nela estão os pontos</p><p>de Atenção Básica em Saúde.</p><p>A Atenção Secundária é o nível intermediário de complexidade, responsável por</p><p>oferecer serviços especializados de apoio diagnóstico e terapêutico e atendimento de</p><p>urgência e emergência. Nesse nível</p><p>estão os pontos de Atenção Psicossocial Especializada</p><p>– representada pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) - e a Atenção de Urgência e</p><p>Emergência.</p><p>A Atenção Terciária, de alta complexidade, abrange os serviços de elevada</p><p>especialização, com procedimentos de alta tecnologia e/ou alto custo. Aqui está o ponto</p><p>de Atenção Hospitalar.</p><p>Observação. Apesar de não estarem formalmente inseridos na RAPS, os ambulatórios</p><p>de saúde mental existem e têm papel importante na rede de cuidados. Tratam-se de</p><p>estruturas inseridas no nível de atenção secundária cujo objetivo é oferecer atendimento</p><p>psicoterápico individual ou em grupo às diferentes faixas etárias. Oferecem suporte para as</p><p>demandas da Atenção Básica e para os CAPS.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Os pacientes atendidos nesses contextos têm condições psíquicas de aguardar</p><p>agendamentos. Portanto, não acompanham demandas de crises agudas e emergenciais,</p><p>apesar de poderem oferecer direcionamento de ações para esses casos.</p><p>A clínica no ambulatório de saúde mental inicia com o acolhimento. Trata-se de um contato</p><p>inicial que pode ser realizado pelo indivíduo ou outras instituições/profissionais. O indivíduo</p><p>será, assim, acolhido em suas demandas a partir de diferentes recursos terapêuticos.</p><p>Ordem crescente de complexidade de serviços e</p><p>tecnologias.</p><p>Em relação à Atenção Psicossocial Especializada, os Centros de Atenção Psicossocial</p><p>(CAPS) são o dispositivo estratégico de saúde mental que visa concretizar a reestruturação</p><p>do modelo de assistência em saúde mental. Dada a sua relevância para os propósitos da</p><p>Reforma Psiquiátrica e a existência de uma legislação específica, esse dispositivo será visto</p><p>com mais detalhes no próximo tópico. Veja como este assunto cai em prova:</p><p>(IBFC - Divinópolis – 2018) Na Rede de Atenção Psicossocial, cuja finalidade é a criação,</p><p>ampliação e articulação de pontos de atenção à saúde para pessoas com sofrimento ou</p><p>transtorno mental e com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas,</p><p>no âmbito do Sistema Único de Saúde, tem uma série de componentes, que possuem como</p><p>pontos de atenção:</p><p>I. Unidades Básicas de Saúde.</p><p>II. SAMU.</p><p>III. Unidade de Acolhimento.</p><p>IV. Enfermaria Especializada em Hospital Geral.</p><p>São corretas as seguintes afirmações:</p><p>Atenção TerciáriaAtenção SecundáriaAtenção Primária</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>a) I e IV somente.</p><p>b) II e III somente.</p><p>c) I, III e IV somente.</p><p>d) I, II, III e IV.</p><p>Comentários:</p><p>Como você viu anteriormente, a RAPS é constituída por diferentes pontos de atenção.</p><p>Unidade Básica de Saúde, SAMU, Unidade de Acolhimento e Enfermaria Especializada em</p><p>Hospital Geral integram esses pontos.</p><p>Gabarito: letra D.</p><p>É um assunto recorrente, então vamos praticar mais. Agora uma questão da VUNESP:</p><p>(VUNESP - Prefeitura de Osasco – 2019) Um homem, em função de um diagnóstico de</p><p>transtorno mental grave, está em situação de crise, que lhe causa grave sofrimento psíquico</p><p>e dificuldades intensas no convívio social e familiar. O atendimento em saúde mental</p><p>apropriado para esse paciente:</p><p>a) só pode ser oferecido em uma instituição psiquiátrica com característica asilar.</p><p>b) é promovido nos Centros de Convivência e Cooperativas da rede de atenção em saúde</p><p>mental.</p><p>c) pode ser oferecido por um Centro de Atenção Psicossocial, em regime de atendimento</p><p>intensivo.</p><p>d) deve ser oferecido em um Serviço Residencial Terapêutico disponível em seu território.</p><p>e) deve ser conduzido em domicílio, por uma equipe de Agentes Comunitários de Saúde.</p><p>Comentários:</p><p>a) ERRADA. A Lei Paulo Delgado veda a internação em instituição com características</p><p>asilares. Esse tipo é contrário à proposta da RAPS, que é a existência de diferentes</p><p>dispositivos de saúde mental.</p><p>b) ERRADA. Centros e Convivência e Cooperativas são dois pontos distintos da RAPS que</p><p>visam promover a inclusão social e qualificação profissional.</p><p>c) CORRETA. Exatamente, como você viu, os CAPS oferecem tratamentos para pessoas com</p><p>transtornos mentais graves em regime intensivo, semi-intensivo ou não intensivo.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>d) ERRADA. Os SRT são expressão do processo de desinstitucionalização, nada tem a ver</p><p>com o caso proposto pelo enunciado.</p><p>e) ERRADA. Os Agentes Comunitários de Saúde integram as Unidades Básicas e estas são</p><p>responsáveis por promoção, prevenção e redução de danos em saúde mental.</p><p>Gabarito: letra C.</p><p>4 - Rede de Atenção Psicossocial</p><p>Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) foram reconhecidos e ampliados pela</p><p>Portaria nº 336/2002. Como você irá verificar, essa portaria é anterior àquela que define a</p><p>Rede de Atenção Psicossocial. No entanto, é apresentada posteriormente dado o fato de</p><p>que os CAPS são, atualmente, um dos dispositivos que a constitui na assistência em saúde</p><p>mental.</p><p>De forma geral, embora tenham sido instituídos primeiro, os CAPS não estão</p><p>presentes em todos os municípios brasileiros. Apenas as cidades que apresentam uma</p><p>população superior a 20.000 habitantes têm CAPS. Em cidades pequenas, os cuidados</p><p>em saúde mental serão realizados por outros pontos de atenção da RAPS, como Unidades</p><p>Básicas de Saúde, ambulatórios e hospitais.</p><p>O que são os CAPS?</p><p>Também conhecido como Núcleo de Atenção Psicossocial, os CAPS são um centro</p><p>de referência e atendimento de pessoas em sofrimento psíquico, com transtornos mentais</p><p>severos e persistentes ou que façam uso/abuso de álcool e outras drogas.</p><p>Esse atendimento é realizado à população de sua área de abrangência e os usuários são</p><p>acompanhados clinicamente e reinseridos em atividades laborais, de lazer, nos seus vínculos</p><p>familiares e comunitários. Em suma, são um serviço ambulatorial de atenção diária e devem</p><p>funcionar conforme a lógica do território.</p><p>Os CAPS apresentam um papel estratégico na rede de atenção à saúde. São</p><p>responsáveis por projetos terapêuticos e comunitários, encaminham e acompanham</p><p>usuários de residências terapêuticas e oferecem apoio aos profissionais da Atenção Básica.</p><p>4.1 – Quais são as modalidades dos CAPS?</p><p>CAPS sempre no plural! Se você lembrar disso, entenderá que não existe somente</p><p>uma modalidade, mas sim modalidades de CAPS. Elas são definidas em ordem crescente</p><p>de porte/complexidade e abrangência populacional: CAPS I, CAPS II e CAPS III.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>De modo geral, os CAPS podem funcionar em área física específica e independente de</p><p>estrutura hospitalar. Ou ainda podem estar dentro dos limites da área física de uma unidade</p><p>hospitalar geral, dentro do conjunto arquitetônico de instituições universitárias de saúde.</p><p>Para isso, deverá ter uma estrutura física independente, acesso privativo e equipe</p><p>profissional própria.</p><p>Em termos específicos, cada modalidade tem capacidade operacional, período de</p><p>funcionamento, quantidade de pacientes que podem ser atendidos por dia e recursos</p><p>humanos singular. Por isso, é necessário conhecer essas características que são</p><p>apresentadas de forma sintética na Tabela a seguir.</p><p>Tabela 1</p><p>Características das diferentes modalidades de CAPS</p><p>Características CAPS I CAPS II CAPS III</p><p>Capacidade</p><p>Operacional</p><p>De 20.000 a 70.000</p><p>habitantes</p><p>De 70.000 a</p><p>200.000 habitantes</p><p>Acima de 200.000</p><p>habitantes</p><p>Período de</p><p>Funcionamento</p><p>8 às 18h, em dois</p><p>turnos, cinco dias</p><p>úteis por semana</p><p>8 às 18, em dois</p><p>turnos, cinco dias</p><p>úteis da semana.</p><p>Poderá ter um</p><p>terceiro turno com</p><p>funcionamento até</p><p>às 21h.</p><p>Serviço Ambulatorial.</p><p>Atenção contínua,</p><p>24/dia, incluindo</p><p>finais de semana e</p><p>feriado. Acolhimento</p><p>noturno, feriados e</p><p>finais de semana, com</p><p>máximo de 5 leitos</p><p>para</p><p>repouso/observação</p><p>Quantidade de</p><p>Pacientes/Dia</p><p>20 pacientes/turno</p><p>Limite Máximo: 30</p><p>pacientes/dia</p><p>30 pacientes/turno</p><p>Limite Máximo: 45</p><p>pacientes/dia</p><p>40 pacientes/turno</p><p>Limite máximo: 60</p><p>pacientes/dia</p><p>Equipe Mínima 1 médico de saúde</p><p>mental</p><p>1 enfermeiro</p><p>1 médico psiquiatra</p><p>1 enfermeiro de</p><p>saúde mental</p><p>2 médicos psiquiatras</p><p>1 enfermeiro em</p><p>saúde mental</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3 profissionais de</p><p>nível superior</p><p>4 profissionais de</p><p>nível médio</p><p>4 profissionais de</p><p>nível superior</p><p>6 profissionais de</p><p>nível médio</p><p>5 profissionais de</p><p>nível superior</p><p>8 profissionais de</p><p>nível médio</p><p>Como é possível ver na Tabela 1, a capacidade operacional aumenta do CAPS I para</p><p>o CAPS III. Em decorrência disso, aumentam o período de funcionamento, a capacidade de</p><p>atendimento e a necessidade de mais recursos humanos.</p><p>Referente à equipe mínima, o médico com formação em saúde mental não será</p><p>necessariamente o psiquiatra. Os profissionais de nível superior poderão ser das seguintes</p><p>categorias: psicologia, assistência social, terapia ocupacional, pedagogia ou outras. Os</p><p>profissionais de nível médio poderão ser técnicos e/ou auxiliares de enfermagem, técnico</p><p>administrativo, técnico educacional e artesão.</p><p>No caso do CAPS III, a equipe mínima sofre alterações de acordo com o período de</p><p>atendimento. Para o período de acolhimento noturno (plantões de 12 horas), essa equipe</p><p>precisará ser constituída por 3 técnicos/auxiliares de enfermagem – que serão</p><p>supervisionados por um enfermeiro; e 1 profissional de nível médio da área de apoio.</p><p>Para 12 horas diurnas em sábados, domingos e feriados, e equipe deverá contar com: 1</p><p>profissional de nível superior (médico, enfermeiro, psicólogo, assistente social, ou outro), 3</p><p>técnicos/auxiliares técnicos de enfermagem, 1 profissional de nível médio.</p><p>A definição da equipe mínima será realizada com base nas demandas do CAPS e dos</p><p>usuários atendidos na área de abrangência desse dispositivo.</p><p>No que se refere ao paciente, vale destacar ainda que, conforme a sua permanência no</p><p>CAPS, ele terá direito a uma refeição se for assistido durante um turno (04 horas), duas</p><p>refeições se em dois turnos (08 horas), quatro refeições se ele permanecer 24 horas</p><p>contínuas.</p><p>De acordo com a portaria nº 336/2002, o paciente poderá permanecer em</p><p>acolhimento noturno por sete dias consecutivos ou dez dias intercalados, em um período</p><p>de 30 dias.</p><p>4.2 – Existem outras modalidades de CAPS?</p><p>Sim! Existem duas modalidades diferenciadas de CAPS. Elas são do tipo CAPS II e</p><p>voltadas para públicos específicos: (a) crianças e adolescentes e (b) pacientes com</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>transtornos decorrentes do uso e dependência de substâncias psicoativas. Como</p><p>consequência, são conhecidas, respectivamente, como CAPS i II e CAPS ad II.</p><p>Para além das características e atividades apresentadas e que também se aplicam a</p><p>essas duas modalidades adicionais de CAPS, existem informações específicas importantes.</p><p>No caso do CAPS i, dentre as atividades a serem realizadas, está inclusa o desenvolvimento</p><p>de ações intersetoriais, principalmente com as áreas de assistência social, educação e</p><p>justiça. A equipe médica poderá ser integrada por psiquiatra, neurologista ou pediatra com</p><p>formação em saúde mental e serão necessários somente 5 profissionais de nível médio. Na</p><p>equipe de profissionais de ensino superior, pode ser inserido o fonoaudiólogo.</p><p>Essas informações não precisam ser decoradas, mas sim compreendidas. Como seres</p><p>em desenvolvimento, as crianças são amparadas por um Estatuto específico que visa</p><p>protegê-las em suas vulnerabilidades. Por isso, a importância das ações intersetoriais,</p><p>especialmente com a justiça.</p><p>Com o desenvolvimento cognitivo e motor acontecendo, justifica-se a presença de</p><p>outros profissionais como neurologista, fonoaudiólogo e pediatra.</p><p>Sobre o CAPS ad, dentre as atividades realizadas, está o atendimento de desintoxicação.</p><p>Para isso, serão mantidos de dois a quatro leitos. Na equipe mínima, adiciona-se um médico</p><p>clínico que será responsável pela triagem, avaliação e acompanhamento das intercorrências</p><p>clínicas.</p><p>De modo geral, essas são as informações essenciais para entendermos o</p><p>redirecionamento assistencial dado pela Reforma Psiquiátrica. A consolidação dos direitos</p><p>das pessoas com transtornos mentais, a sua inserção real na sociedade e a qualidade dos</p><p>serviços de saúde mental ainda continuam a ser conquistados gradualmente por</p><p>profissionais, familiares e usuários.</p><p>Veja como este conteúdo cai em prova:</p><p>(FUNDEP - Pref. Santa Bárbara – 2018) No Brasil, após o movimento contra os manicômios,</p><p>ocorreu a reformulação dos serviços de saúde para pessoas em sofrimento psíquico e a sua</p><p>organização em várias modalidades de atendimento, entre estas o hospital-dia, as oficinas</p><p>terapêuticas e os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS).</p><p>Numere a coluna II de acordo com a coluna I, associando as descrições do CAPS às suas</p><p>categorias.</p><p>COLUNA I</p><p>1. CAPS I</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2. CAPS II</p><p>3. CAPS III</p><p>4. CAPSi</p><p>5. CAPSad</p><p>COLUNA II</p><p>( ) Atendimento de dependência química, município com população superior a 100.000</p><p>habitantes, funciona de 8h às 18h – de segunda a sexta-feira.</p><p>( ) Municípios com população entre 70.000 e 200.000 habitantes, funcionam de 8h a 18h –</p><p>de segunda a sexta-feira. Pode ter um terceiro período, funcionando até às 21h.</p><p>( ) Atendimento de crianças e adolescentes, municípios com população superior a 200.000</p><p>habitantes, funcionam de 8h às 18h – de segunda a sexta-feira.</p><p>( ) Municípios com população entre 20.000 e 70.000 habitantes, funcionam de 8h às 18h –</p><p>de segunda a sexta-feira.</p><p>( ) Municípios com população acima de 200.000 habitantes, funcionam 24 horas,</p><p>diariamente, também nos feriados e finais de semana.</p><p>Assinale a sequência correta.</p><p>a) 3, 4, 2, 1, 5</p><p>b) 5, 2, 4, 1, 3</p><p>c) 5,1, 2, 4, 3</p><p>d) 2, 4, 5, 1, 3</p><p>Comentários:</p><p>Para resolver esta questão, você precisava pensar na lógica de atendimento dos CAPS, que</p><p>está intimamente relacionada a abrangência populacional. Do CAPS I para o CAPS III, o</p><p>número de pessoas atendidas aumenta. Consequentemente, o período de funcionamento</p><p>também. CAPSi e CAPSad podem ser reconhecidos pelo público que se destinam a atender.</p><p>Gabarito: letra B.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>(AOCP - SESMA Belém – 2018) A forma de olhar, cuidar e pensar o sofrimento psíquico</p><p>mudou nos últimos anos no Brasil. Sobre esse tema, assinale a alternativa correta.</p><p>a) O modelo dos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) representa uma forma diferente</p><p>de ver o sofrimento psíquico após o Movimento de Luta Antimanicomial, concebendo o</p><p>indivíduo como dotado de direitos e potencialidades.</p><p>b) Os CAPS buscam o atendimento integral do indivíduo, retirando a pessoa da sua</p><p>comunidade, pois ela pode estar estabelecendo vínculos negativos.</p><p>c) A Reforma Psiquiátrica, também conhecida como Movimento Sanitário, ocorreu nos anos</p><p>70 e propôs um projeto de saúde coletiva e equidade na oferta dos serviços em saúde</p><p>mental.</p><p>d) O trabalho dos CAPS vai além de amenizar o sofrimento do indivíduo,</p><p>pois busca sua</p><p>cura e adaptação aos padrões de normalidade da sociedade.</p><p>e) O processo de desinstitucionalização, que ocorreu a partir dos anos 90, consistiu na</p><p>eliminação de leitos psiquiátricos.</p><p>Comentários</p><p>a) CORRETA. Os CAPS apresentam uma importância fundamental para a consolidação dos</p><p>propósitos da Reforma Psiquiátrica no cuidado à saúde mental.</p><p>b) INCORRETA. Os CAPS não buscam retirar a pessoa da sociedade. O seu objetivo é</p><p>manter os vínculos familiares sociais. Visa a garantir os direitos e a dignidade das pessoas</p><p>com transtornos mentais. Caso os vínculos sejam negativos, é preciso compreendê-los e</p><p>cuidar deles também.</p><p>c) INCORRETA. A Reforma Psiquiátrica, que aconteceu a partir de 1980, e Movimento</p><p>Sanitário foram movimentos distintos, não podendo ser tratados como sinônimos.</p><p>d) INCORRETA. Os leitos psiquiátricos ainda estão presentes em alguns dispositivos de</p><p>saúde mental. Cumprem finalidades específicas e diferentes do antigo modelo</p><p>hospitalocêntrico e manicomial.</p><p>Gabarito: letra A.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>5 - O Psicólogo na RAPS</p><p>O (a) psicólogo (a) é um profissional responsável por estudar e analisar os processos</p><p>intrapessoais e as relações interpessoais. A partir disso, possibilita o entendimento sobre o</p><p>comportamento humano de indivíduos e grupos em instituições de diferentes naturezas.</p><p>Ele (a) aplica o conhecimento teórico e prático da ciência psicológica, com vistas a</p><p>identificar e intervir nos fatores que irão influenciar os sujeitos (sua história pessoal, familiar</p><p>e social). Para tanto, irá considerar as condições políticas, históricas e culturais. Apresenta o</p><p>objetivo de promover o respeito à dignidade e integridade do ser humano (CFP, 2001).</p><p>No âmbito da saúde, o psicólogo poderá atuar como Psicólogo Clínico, Psicólogo da</p><p>Saúde ou Psicólogo Hospitalar. O psicólogo clínico atua em diferentes contextos, realizando</p><p>intervenções com o objetivo de diminuir o sofrimento humano em uma perspectiva</p><p>preventiva, diagnóstica ou curativa (CFP, 2007).</p><p>O psicólogo da saúde está interessado em compreender como as pessoas vivem e</p><p>experimentam o estado de saúde ou doença. O seu propósito é realizar a educação para a</p><p>saúde e, assim, estimular os indivíduos a desenvolverem projetos de vida com atitudes e</p><p>comportamentos de promoção e prevenção. Ele auxilia, ainda, o manejo e/ou</p><p>enfrentamento de doenças (Almeida & Malagris, 2011).</p><p>Esse profissional se baseia em um modelo biopsicossocial. Utiliza conhecimentos de</p><p>outras áreas afins, como as ciências biomédicas e a psicologia clínica, por exemplo.</p><p>Desenvolve um trabalho em equipe multiprofissional com caráter multiplicador, tornando</p><p>os integrantes de uma comunidade ou território em agentes de transformação.</p><p>Portanto, a ênfase de atuação está para além do trabalho no hospital, incluindo contextos</p><p>como: centros de atenção comunitários, organizações não governamentais e domicílios</p><p>(Castro & Bornholdt, 2004).</p><p>O psicólogo hospitalar atua em contextos de saúde, oferecendo serviços de nível</p><p>secundário ou terciário de atenção à saúde. Realiza atendimentos de pacientes, familiares</p><p>e/ou responsáveis; membros de sua comunidade de atuação; membros da equipe</p><p>multiprofissional e, eventualmente, administrativa, para promoção do bem-estar físico e</p><p>emocional do paciente (CFP, 2007).</p><p>Os contextos de atuação desse profissional incluem: ambulatórios, unidades de</p><p>terapia intensiva, pronto socorro e enfermaria. Neles, o psicólogo irá lidar com a tríade</p><p>paciente – familiares – profissionais, favorecendo a comunicação para enfrentamento das</p><p>emoções e vivências relacionadas ao adoecimento, ou seja, os fenômenos psicológicos</p><p>envolvidos nesse processo.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Também tem a função de promover a reabilitação do paciente e sua preparação para</p><p>procedimentos cirúrgicos ou interventivos (Almeida & Malagris, 2015; Andrade, 2017).</p><p>Observe o esquema a seguir:</p><p>Agora veja algumas questões que abordaram esse tema:</p><p>(ACEP - Pref. Aracati – 2018) Uma das atribuições do Psicólogo Hospitalar é:</p><p>a) Intervir quando for necessário na relação do paciente com os demais internos, família e</p><p>equipe médica, em decorrência de sua hospitalização e ou estado de sofrimento.</p><p>b) Avaliar os pacientes, acompanhar os familiares, acolher a comunidade, acompanhar a</p><p>equipe a instituição como um todo, tendo como meta o bem-estar físico.</p><p>c) Responsabilizar-se pelo acompanhamento integral dos pacientes clínicos e pós-cirúrgicos</p><p>em qualquer especialidade médica, independentemente de autorização ou protocolo</p><p>prévio.</p><p>d) Promover a reabilitação da saúde física e mental dos familiares.</p><p>Comentários</p><p>a) CORRETA. De fato, o psicólogo hospitalar precisa atender as demandas em prol da tríade</p><p>paciente – equipe – família.</p><p>Psicólogo Clínico</p><p>Sofrimento Psíquico</p><p>Psicólogo da Saúde</p><p>Promoção e Prevenção da</p><p>Saúde</p><p>Psicólogo Hospitalar</p><p>Enfrentamento da doença,</p><p>preparação e reabilitação</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>b) INCORRETA. O psicólogo não tem a capacidade de “abraçar o mundo”, não irá acolher</p><p>a comunidade nem acompanhar a instituição como um todo.</p><p>c) INCORRETA. O acompanhamento psicológico poderá ser realizado mediante solicitação</p><p>médica, nos casos em que for necessário. O psicólogo não tem autonomia para decidir</p><p>sozinho sobre os casos que estarão sob seus cuidados.</p><p>d) INCORRETA. Os familiares serão acolhidos e acompanhados em suas demandas que</p><p>atravessam a relação com o paciente.</p><p>Gabarito: letra A.</p><p>(IBGP - Pref. Itabira – 2018) Sobre o psicólogo hospitalar, assinale a alternativa INCORRETA:</p><p>a) Deve ter formação e exercer seu olhar como um clínico, “à beira do leito”, voltado ao</p><p>doente.</p><p>b) A linha teórica do psicólogo o identificará.</p><p>c) Cabe ao psicólogo, como profissional responsável, saber a que veio, emprestar seu saber</p><p>de modo eficiente e eficaz.</p><p>d) Deve delimitar sua tarefa em função de seus conhecimentos teóricos e práticos e da</p><p>finalidade para a qual foi contratado.</p><p>Comentários:</p><p>Todas as alternativas estão corretas, com exceção da "b". O profissional tem suas afinidades</p><p>teóricas, porém não são elas que determinam sua atuação. Em função das características do</p><p>contexto e das demandas, o psicólogo precisará adaptar a sua prática.</p><p>Gabarito: letra B.</p><p>Eu sei que vocês gostam, (não ousem dizer que não) então vamos fazer mais uma:</p><p>(CONTEMAX - Prefeitura de Conceição – 2019) É papel do psicólogo no âmbito hospitalar,</p><p>EXCETO:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>a) O trabalho dos profissionais da psicologia no hospital é lidar com sentimentos, pois o</p><p>indivíduo, ao sair do contexto familiar, passa a assumir a condição de paciente, perdendo</p><p>sua autonomia e independência.</p><p>b) O psicólogo deve apenas estar atrás de um diagnóstico no sentido formal e acadêmico</p><p>do termo.</p><p>c) O psicólogo deve observar e ouvir com paciência a linguagem verbal e não-verbal dos</p><p>pacientes, já que ele é quem mais pode oferecer, no campo da terapêutica humana, a</p><p>possibilidade de confronto do paciente com sua angústia e sofrimento na fase da</p><p>hospitalização, buscando superar os momentos de crise.</p><p>d) Uma das atribuições do psicólogo hospitalar é buscar informações sobre a história do</p><p>paciente, lembrando sempre que o diagnóstico, o prognóstico e técnicas de intervenção só</p><p>terão importância ao se considerar que não se trata só de doenças, mas sim, de</p><p>pessoas</p><p>doentes.</p><p>e) Compreender o significado da vida no processo do cuidado inclui não somente</p><p>atribuições técnicas do profissional, mas também capacidade de perceber e compreender</p><p>o ser humano, como ele está em seu mundo, como desenvolve sua identidade e constrói a</p><p>sua própria história de vida.</p><p>Comentários:</p><p>Todas as alternativas, com exceção da "b", estão corretas pois indicam a vulnerabilidade</p><p>do indivíduo frente ao diagnóstico (a), a postura atenta e cuidadosa do psicólogo (b), a</p><p>necessidade de resgatar a subjetividade do paciente no processo de adoecimento (c) e a</p><p>noção de cuidado humanizado (e). O que invalida a alternativa b é o fato de destoar</p><p>tematicamente das demais opções e de propor uma atuação contrária à esperada dos</p><p>profissionais de saúde, incluindo o psicólogo, atualmente.</p><p>Gabarito: letra B.</p><p>5.1 – Conceitos Fundamentais</p><p>Existem conceitos que são fundamentais para a compreensão sobre a atuação de</p><p>psicólogos na saúde pública. Eles são transversais e, por isso, abrangem os diferentes</p><p>pontos de atenção e níveis de complexidade da assistência à saúde. Os principais são:</p><p>• Acolhimento</p><p>• Trabalho multiprofissional, sob a lógica interdisciplinar;</p><p>• Território;</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>• Redução de Danos; e</p><p>• Projeto Terapêutico Singular.</p><p>5.1.1 – Acolhimento</p><p>O acolhimento ou entrevista inicial é um dispositivo que irá beneficiar a atuação dos</p><p>profissionais do Sistema Único de Saúde (SUS), incluindo os da RAPS.</p><p>Centrando-se nas demandas do paciente, esse recurso rompe com os modelos tradicionais</p><p>de atendimento em saúde.</p><p>O acolhimento favorece a escuta e intervenção mais qualificadas, propiciando o</p><p>desenvolvimento de vínculos com os usuários das instituições de saúde. Portanto, é uma</p><p>prática que pode ser entendida como abrangente de três pontos principais:</p><p>• Postura: relacionada ao profissional, refere-se à disponibilidade receber, escutar e cuidar</p><p>do paciente e suas demandas;</p><p>• Técnica: relacionada aos instrumentos e procedimentos, refere-se ao recurso que orientará</p><p>nas soluções e alternativas combinadas com o paciente para a resolução de suas</p><p>situações/problemas;</p><p>• Reorientação do trabalho: relacionada ao feedback, poderá ser um momento de verificar</p><p>as lacunas de profissionais e serviços de saúde.</p><p>5.1.2 – Equipe Multiprofissional e Interdisciplinar</p><p>O trabalho multiprofissional indica que o psicólogo na saúde pública irá atuar em</p><p>uma equipe constituída por profissionais de outras áreas. Esses profissionais poderão ser</p><p>médicos, enfermeiros, assistentes sociais, fisioterapeutas, entre outros.</p><p>A lógica interdisciplinar revela a natureza das relações que deverão ser estabelecidas</p><p>entre os profissionais da equipe multiprofissional. A interdisciplinaridade pressupõe a</p><p>substituição de uma concepção fragmentada para uma concepção unitária de ser humano.</p><p>Neste caso, os profissionais precisam estabelecer trocas de conhecimento e integrar suas</p><p>práticas em saúde. Assim, será direcionado um olhar global (ou integral) para o paciente e</p><p>sua condição de saúde.</p><p>É importante não confundir conceitos empregados como sinônimos. Por isso, observe:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>5.1.3 – Território</p><p>O território é um componente fundamental, visto que possibilita a definição de</p><p>limites geográficos e de cobertura populacional que ficam sob responsabilidade clínica e</p><p>sanitária dos pontos de atenção à saúde.</p><p>A partir desse conceito surgem, em saúde mental, duas noções adicionais: território-</p><p>vivo (proposto por Milton Santos) e territórios existenciais – proposto por Guatarri.</p><p>O território-vivo leva em conta as relações sociais e as dinâmicas de poder que irão</p><p>configurar os territórios. Nesse caso, será considerado como lugar com conotação subjetiva.</p><p>Já os territórios existenciais compreendem os espaços e processos em que as</p><p>subjetividades – individuais ou de grupos – podem circular: configurando, desconfigurando</p><p>e reconfigurando a partir daquilo que é possível, dos agenciamentos e das relações</p><p>estabelecidas entre as pessoas e os grupos.</p><p>5.1.4 – Redução de Danos</p><p>A Redução de Danos (RD) pressupõe o uso de tecnologias relacionais que irão se</p><p>centrar no acolhimento empático, no vínculo e na confiança como recursos para adesão do</p><p>usuário.</p><p>Existem duas vertentes de redução de danos: (a) a que visa a reduzir os danos de HIV/DST</p><p>em usuários de drogas e (b) a ampliada, que abrange ações e políticas públicas</p><p>direcionadas para a prevenção de danos antes que eles se instalem.</p><p>Multidisplinar</p><p>• Trabalho em equipe no</p><p>qual o médico é o</p><p>responsável por</p><p>estabelecer as diretrizes</p><p>do tratamento. Atuação</p><p>independente dos</p><p>profissionais.</p><p>Interdisciplinar</p><p>• Referencial de trabalho</p><p>cujo objetivo é superar a</p><p>fragmentação de saberes</p><p>e práticas. Pressupõe o</p><p>diálogo entre os</p><p>profissionais, com a</p><p>definição integrada de</p><p>um projeto terapêutico.</p><p>Orienta-se por um olhar</p><p>integral para o paciente e</p><p>seu adoecimento.</p><p>Transdisciplinar</p><p>• Superação de saberes</p><p>disciplinares. Atuação</p><p>holística.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Assim, a RD tem por objetivo minimizar os efeitos negativos que o consumo de álcool</p><p>e drogas pode acarretar para a saúde, a vida econômica e social dos usuários e de seus</p><p>familiares.</p><p>As ações de RD podem incluir intervenções destinadas ao uso protegido da</p><p>substância, diminuição do uso, substituição por substância que acarreta problemas menores</p><p>ou até a abstinência de drogas que provocam problemas graves para os usuários.</p><p>A proposta de RD deve ser construída a partir do que o usuário percebe como sendo</p><p>um problema na sua relação com o álcool e/ou a droga.</p><p>O profissional irá ajudar na ampliação da situação avaliada. Daí reside a importância</p><p>do diálogo e da negociação.</p><p>De forma geral, a RD e uma abordagem em saúde menos normalizadora e prescritiva.</p><p>Nela, o profissional evita ditar ou impor, por ser uma autoridade, as escolhas ou atitudes</p><p>que são melhores ou mais adequadas e devem ser adotadas.</p><p>Portanto, é uma forma de cuidado emancipatório, visto que irá ampliar o grau de</p><p>autonomia do paciente.</p><p>5.1.5 - Projeto Terapêutico Singular</p><p>O Projeto Terapêutico Singular corresponde a um plano de ação constituído por uma</p><p>série de intervenções orientados por uma intencionalidade de cuidado integral do</p><p>paciente/usuário.</p><p>A doença e seu tratamento são considerados apenas uma das ações necessárias para</p><p>essa forma de cuidado. O PTS deve ser elaborado com o usuário, considerando-se as</p><p>múltiplas dimensões do sujeito. Além disso, o PTS tem um caráter dinâmico, devendo</p><p>sempre ser provisório.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6 - O Psicólogo nos Diferentes Níveis de Atenção</p><p>Como você viu anteriormente, os serviços do SUS estão distribuídos em níveis de</p><p>complexidade e de atenção à saúde.</p><p>A Atenção Primária ou Básica é a porta de entrada preferencial para o SUS. O</p><p>objetivo é a prevenção e a promoção de saúde. Nela estão os pontos de Atenção Básica</p><p>em Saúde.</p><p>A Atenção Secundária é o nível intermediário de complexidade, responsável por</p><p>oferecer serviços especializados de apoio diagnóstico e terapêutico e atendimento de</p><p>urgência e emergência. Nesse nível estão os pontos de Atenção Psicossocial Especializada</p><p>– representada pelos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) - e a Atenção de Urgência e</p><p>Emergência.</p><p>A Atenção Terciária, de alta complexidade,</p><p>abrange os serviços de elevada</p><p>especialização, com procedimentos de alta tecnologia e/ou alto custo. Aqui está o ponto</p><p>de Atenção Hospitalar.</p><p>Considerando esses níveis de complexidade, a atuação do psicólogo na saúde pública</p><p>acontecerá, nos seguintes pontos de atenção, como exemplos:</p><p>C</p><p>o</p><p>nc</p><p>ei</p><p>to</p><p>s</p><p>Fu</p><p>nd</p><p>am</p><p>en</p><p>ta</p><p>is</p><p>Equipe Multiprofissional e</p><p>Interdisciplinar</p><p>Diversos profissionais e olhar integral</p><p>para o paciente</p><p>Território</p><p>Região geográfica delimitada e</p><p>aspectos subjetivos, sociais e histórico-</p><p>culturais.</p><p>Redução de Danos (RD)</p><p>Forma de cuidado</p><p>emancipatória.</p><p>Projeto Terapêutico Singular</p><p>Plano de ação elaborado</p><p>com o paciente.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6.1 - Atenção Primária: EsF e Nasf</p><p>Os Núcleos de Apoio à Saúde da Família (Nasfs) são constituídos por equipe</p><p>multiprofissional que, de modo integrado, dá suporte para as equipes de Saúde da Família</p><p>(eSF),</p><p>equipes de Atenção Básica para populações específicas – equipes de consultório na rua</p><p>(eCR),</p><p>equipes ribeirinhas e fluviais, etc., por exemplo.</p><p>Os profissionais do Nasf compartilham práticas e conhecimentos nos territórios sob</p><p>a</p><p>responsabilidade dessas equipes. Por isso, eles atuam oferecendo apoio matricial.</p><p>Como práticas de apoio matricial, podem ser citadas: discussão de casos,</p><p>atendimento</p><p>conjunto, interconsulta, construção conjunta de projetos terapêuticos, ações de prevenção</p><p>e</p><p>promoção, discussão sobre o trabalho da equipe, entre outras.</p><p>Por não apresentar uma unidade física de serviço, as ações do Nasf podem acontecer nas</p><p>Unidades Básicas de Saúde ou em outros pontos de atenção do território.</p><p>A equipe do Nasf pode ser formada pelas seguintes categorias</p><p>profissionais: médico acupunturista, médico ginecologista/obstetra, médico</p><p>homeopata, médico psiquiatra, médico pediatra, médico geriatra, médico</p><p>do trabalho, médico internista (clínica médica), médico veterinário,</p><p>assistente social, profissional/professor de educação física, farmacêutico,</p><p>fisioterapeuta, fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo, terapeuta</p><p>NASF</p><p>Atenção</p><p>Primária</p><p>CAPS</p><p>Atenção</p><p>Secundária</p><p>Hospital</p><p>Geral</p><p>Atenção</p><p>Terciária</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>ocupacional, enfermeiro de saúde mental, profissional com formação em</p><p>arte e educação (arte educador) e profissional de saúde sanitarista.</p><p>Existem duas modalidades de Nasf. O Nasf I é composto por uma equipe de, no</p><p>mínimo,</p><p>cinco profissionais com ensino superior, que estará vinculada de oito a 20 equipes de Saúde</p><p>da</p><p>Família (eSF). O Nasf II é formado por uma equipe de três profissionais com ensino superior,</p><p>vinculada a pelo menos três equipes e, no máximo, 20 eSF.</p><p>A saúde mental é uma área importante, devido a incidência de transtornos mentais</p><p>que</p><p>acometem a população brasileira. Nesse caso, o profissional de saúde mental do Nasf – isto</p><p>é,</p><p>psiquiatra, psicólogo, terapeuta ocupacional, fonoaudiólogo, enfermeiro de saúde mental</p><p>-</p><p>atuará com o objetivo de ampliar e qualificar o cuidado às pessoas com transtornos mentais</p><p>(Furtado & Carvalho, 2015).</p><p>As equipes da atenção básica podem ter dificuldades para lidar com pessoas nessas</p><p>condições. Por isso, o profissional de saúde mental do Nasf poderá precisar atuar</p><p>estabelecendo um vínculo de confiança com os membros dessas equipes.</p><p>Assim, a estratégia passa a ser, primeiramente, a de possibilitar o debate de ideias,</p><p>o</p><p>desenvolvimento da capacidade criativa das equipes e a promoção de consciência crítica.</p><p>Com</p><p>isso, será possível realizar uma prática mais humanizada. Em sequência, oferece-se o apoio</p><p>técnico-assistencial para dos quais a equipe necessitar (Ministério da Saúde, 2009).</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Veja um exemplo de como você será perguntado na prova:</p><p>(IBGP - Pref. Itabira – 2018) Sobre o apoio matricial e a equipe de referência, é INCORRETO</p><p>afirmar sobre sua funcionalidade que:</p><p>a) O apoio matricial pretende oferecer retaguarda assistencial.</p><p>b) O suporte técnico pedagógico às equipes de referência é oferecido pelo apoio matricial.</p><p>c) A equipe de referência não tem a responsabilidade pela condução de um caso individual,</p><p>familiar ou comunitário.</p><p>d) O termo responsabilidade de condução refere-se à tarefa de encarregar-se da atenção</p><p>ao</p><p>longo do tempo.</p><p>Comentários:</p><p>Todas as alternativas estão corretas, com exceção da c. A equipe de referência é a</p><p>responsável</p><p>principal pelos cuidados dos diferentes sujeitos. Cabe aos profissionais do NASF que</p><p>ofertam o</p><p>apoio matricial, auxiliar em eventuais dificuldades e em demandas que estão para além dos</p><p>conhecimentos e técnicas da equipe de referência.</p><p>Gabarito: letra C.</p><p>Atenção Primária</p><p>Vínculo de</p><p>confiança com as</p><p>equipes</p><p>Apoio Matricial</p><p>Acompanhamento</p><p>de casos em saúde</p><p>mental</p><p>Psicólogo no Nasf</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6.2 - Atenção Secundária: Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)</p><p>Nesta aula, quando vimos sobre a substituição do modelo assistencial propiciada</p><p>pela</p><p>Reforma Psiquiátrica, nós falamos que o CAPS desempenha um papel estratégico na Rede</p><p>de</p><p>Atenção Psicossocial (RAPS). Lembram?</p><p>Naquele momento, nós vimos ainda que existem três modalidades de CAPS: CAPS</p><p>I, CAPS II e CAPS II. Além disso, existem duas modalidades que surgem a partir do CAPS</p><p>II: CAPSi II e CAPSad II. A primeira voltada para crianças e adolescentes com transtornos</p><p>psíquicos e a segunda para usuários de álcool e outras drogas. Certo? Vimos também que</p><p>o psicólogo poderá ser um, dentre os profissionais com ensino</p><p>superior, que irá compor a equipe mínima de recursos humanos. Você se recorda?</p><p>Assim, cada modalidade de CAPS poderá desenvolver atividades específicas,</p><p>conforme o</p><p>planejamento das equipes e as necessidades dos usuários atendidos. Geralmente, essas</p><p>atividades incluem:</p><p>• Atendimento individual;</p><p>• Atendimento em grupo;</p><p>• Oficinas terapêuticas;</p><p>• Visitas domiciliares;</p><p>• Atendimento aos familiares;</p><p>• Atividades comunitárias - como estímulo à inserção familiar e social;</p><p>De acordo com o Ministério da Saúde (2004):</p><p>O atendimento individual pode ser com medicamentos, psicoterapias, orientação,</p><p>entre</p><p>outros. Atendimentos em grupo podem ser oficinas terapêuticas, oficinas geradoras de</p><p>renda,</p><p>grupos terapêuticos, de psicoterapia, grupo operativo, grupos de leitura e debate,</p><p>atividades de suporte social, entre outras.</p><p>O atendimento aos familiares pode incluir: atendimento nuclear e a grupo de</p><p>familiares,</p><p>atendimento individualizado de familiares, atividades de ensino ou de lazer com os</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>familiares. Já as atividades comunitárias, que envolvem usuários, familiares e comunidade,</p><p>podem ser: festas</p><p>comunitárias, caminhas com grupos da comunidade, participação em eventos.</p><p>As oficinas terapêuticas são uma forma de tratamento amplamente oferecida nos</p><p>CAPS.</p><p>Tratam-se de atividades grupais sob orientação de um ou mais profissionais da equipe,</p><p>monitorese até estagiários. Tais atividades podem ser escolhidas a partir dos interesses dos</p><p>usuários, das habilidades dos técnicos da equipe, das necessidades. Os objetivos são o de</p><p>promover maior integração social e familiar, favorecer a manifestação de sentimentos e</p><p>problemas, desenvolver</p><p>habilidades corporais, realizar atividades produtivas e realizar o</p><p>exercício coletivo de cidadania.</p><p>Veja como este conteúdo foi cobrado em prova:</p><p>Atenção Secundária</p><p>Atendimento Individual</p><p>(psicoterapia)</p><p>Atendimentos Grupais</p><p>(psicoterapia grupal,</p><p>oficinas terapêuticas,</p><p>atendimento familiar)</p><p>Ações na comunidade</p><p>Psicólogo no CAPS</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>(VUNESP - Sertãozinho – 2018) As oficinas terapêuticas são uma das principais formas de</p><p>tratamento oferecidas pelos Centros de Atenção Psicossocial – CAPS. As oficinas</p><p>terapêuticas</p><p>propõem uma série de atividades que:</p><p>a) Devem atender, fundamentalmente, aos interesses determinados pelos técnicos</p><p>encarregados do serviço para a reabilitação dos usuários.</p><p>b) Podem ser definidas de acordo com os interesses dos usuários, das possibilidades dos</p><p>técnicos ou das necessidades do serviço de saúde.</p><p>c) Visam, prioritariamente, a recuperação da capacidade produtiva e a recomposição da</p><p>renda dos portadores de transtornos mentais.</p><p>d) Possibilitam aos portadores de transtornos mentais um contato mais profundo com a sua</p><p>dinâmica psíquica e com as suas limitações afetivas.</p><p>e) Eliminam as angústias dos usuários do serviço, favorecendo sua aderência ao tratamento</p><p>e às estratégias adotadas para a sua recuperação.</p><p>Comentários:</p><p>a) ERRADA. As oficinas terapêuticas devem ser orientadas pelos interesses dos usuários e</p><p>as</p><p>necessidades do serviço, em consonância com as habilidades do técnico que as propõem.</p><p>b) CORRETA.</p><p>c) ERRADA. As oficinas terapêuticas apresentam diversos outros objetivos e não somente a</p><p>produção de renda.</p><p>d) ERRADA. As oficinas terapêuticas não têm o propósito de aprofundar o conhecimento</p><p>sobre</p><p>a dinâmica e funcionamento psíquico, trata-se de finalidade de um processo</p><p>psicoterapêutico.</p><p>e) ERRADA. As oficinas terapêuticas não têm o propósito de favorecer a aderência do</p><p>paciente ao tratamento, mas de estimular as interações entre ele com outros usuários. Não</p><p>visa também</p><p>eliminar a angústia.</p><p>Gabarito: letra B.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6.3 - Atenção Terciária: Hospital Geral</p><p>De acordo com Almeida e Malagris (2011):</p><p>No Hospital Geral, o trabalho do psicólogo, conhecido como psicólogo hospitalar,</p><p>poderá ser realizado de duas formas: Sistema de Consultoria e Sistema de Ligação.</p><p>No Sistema de Consultoria, o psicólogo não integra a equipe multiprofissional. A</p><p>presença desse profissional é situacional, visando a responder demandas de outro</p><p>profissional. Assim, ele irá auxiliar no diagnóstico, tratamento e elaboração de um plano de</p><p>ação com orientações para o paciente, familiares e a equipe de referência.</p><p>Já no Sistema de Ligação, como o próprio nome indica, o psicólogo está vinculado</p><p>à</p><p>equipe multiprofissional. Ou seja, é parte integrante. Em decorrência disso, ele terá um</p><p>contato</p><p>contínuo com um dos diversos serviços de atendimento típicos da estrutura do hospital</p><p>geral.</p><p>Portanto, seu trabalho inclui: atendimento de pacientes e participação de reuniões</p><p>da equipe. Os atendimentos poderão ser informativos, profiláticos e terapêutico.</p><p>Ambulatório clínico, Unidades de Emergência ou Pronto-Socorro, Unidades de Internação</p><p>ou Enfermaria e Unidades de Terapia Intensiva (UTI) são alguns dos setores nos quais o</p><p>psicólogo hospitalar poderá atuar. Além disso, a psicologia poderá estar presente nessa</p><p>organização/instituição nas figuras do neuropsicólogo e do profissional de recursos</p><p>humanos – os quais não são foco, nesse momento,do nosso interesse.</p><p>No ambulatório clínico, o paciente tende a ser encaminhado pelo médico ao</p><p>psicólogo. O médico observa a existência de um problema emocional que precisa ser</p><p>observado, cuidado. Cabe ao psicólogo, em determinados casos, lidar com a situação</p><p>desafiadora de assistir ao</p><p>paciente em seu processo de aceitação de um diagnóstico médico, a fim de que este possa</p><p>alcançar os recursos psíquicos para conviver com o seu novo quadro clínico. Portanto,</p><p>podem</p><p>ser realizados atendimentos psicoterápicos.</p><p>Nas unidades de urgência e emergência ou pronto-socorro, pela própria dinâmica,</p><p>o</p><p>psicólogo deve apresentar a habilidade de lidar com o imprevisto, desconhecido. As</p><p>intervenções psicológicas devem ser breves, porque o paciente poderá não ser internado.</p><p>O</p><p>psicólogo deverá atuar com eficiência e eficácia.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Nas unidades de internação e enfermaria, acontece a hospitalização – ou seja – o</p><p>paciente</p><p>é internado e, por isso, permanecerá um período de tempo no hospital. Por isso, pode</p><p>acontecer</p><p>o processo de despersonalização: perda gradual do senso de identidade e de autonomia.</p><p>A</p><p>ruptura com os hábitos e rotinas cotidianas podem provocar fortes reações emocionais no</p><p>paciente.</p><p>Assim, o psicólogo irá procurar o paciente e intervir a fim de compreender o que a</p><p>hospitalização tem significado e provocado nesse, nos familiares, e entrar em contato com</p><p>a</p><p>história de vida e o diagnóstico. As ações psicológicas devem ser pontuais, vinculadas à</p><p>doença,</p><p>à adaptação no hospital e ao processo de adoecimento. O psicólogo deverá estar</p><p>disponível</p><p>também para a família.</p><p>Nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI), estão alocados os pacientes em estado</p><p>grave</p><p>de saúde e que apresentam possibilidade de reabilitação. Nesse caso, é fundamental o</p><p>relacionamento do psicólogo com a tríade paciente – equipe – família. Com o paciente, o</p><p>psicólogo deverá estar atento às tentativas de comunicação, como gestos, olhares e</p><p>gemidos,</p><p>sendo o seu porta-voz. Quando for possível, também irá incentivá-lo em seu processo de</p><p>reabilitação.</p><p>Com a equipe, que vivencia momentos ambivalentes caracterizados por sentimento</p><p>de</p><p>impotência e onipotência, o psicólogo deverá facilitar a emergência dessas emoções, refletir</p><p>sobre elas e localizar focos de estresse e de defesas. Com a família, o psicólogo irá</p><p>reconhecer</p><p>qual membro tem mais recursos psíquicos para comunicar eventuais informações da equipe.</p><p>As ações na UTI costumam ser diuturnas, rápidas e exigem eficiência máxima das</p><p>equipes.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7 - Intervenções Psicológicas na RAPS</p><p>O plantão psicológico ou psicoterapia de emergência é uma forma de intervenção</p><p>do</p><p>psicólogo em relação aos pacientes da RAPS. Pode ser realizada, por exemplo, nos CAPS.</p><p>Trata-se de um atendimento clínico-psicológico emergencial. O objetivo é oferecer escuta</p><p>e acolhimento às pessoas em situação de crise. Essa modalidade de atendimento não tem</p><p>como</p><p>função aprofundar ou resolver as demandas do paciente. Cabe, sobretudo, a compreensão</p><p>do seu sofrimento psíquico.</p><p>A sala de espera é uma proposta de intervenção adotada em determinados contextos</p><p>da</p><p>saúde, como as Unidades Básicas e os hospitais gerais. Enquanto um ambiente dinâmico,</p><p>ela é</p><p>caracterizada pelo constante fluxo e espera por atendimentos dos pacientes.</p><p>Atenção Terciária</p><p>Ambulatório</p><p>Paciente</p><p>encaminhado.</p><p>Psicoterapia.</p><p>Ajudar</p><p>na aceitação do</p><p>diagnóstico.</p><p>Pronto-Socorro</p><p>Ambiente</p><p>dinâmico.</p><p>Lidar com</p><p>imprevistos.</p><p>Intervenção breve.</p><p>Enfermaria</p><p>Hospitalização.</p><p>Ajudar na</p><p>adaptação e na</p><p>relação com a</p><p>doença. Estar</p><p>disponível para</p><p>familiares.</p><p>UTI</p><p>Pacientes graves.</p><p>Tríade paciente -</p><p>equipe - família.</p><p>Comunicação.</p><p>Psicólogo no</p><p>Hospital Geral</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>De modo geral, a proposta da sala de espera reflete uma perspectiva de educação em</p><p>saúde e, para isso, demanda dos profissionais, inclusive do psicólogo, habilidades em não</p><p>se</p><p>estabelecer uma relação de cuidado hierárquica.</p><p>Portanto, demanda uma atuação que viabiliza a expressão das diferentes</p><p>subjetividades,</p><p>promovendo uma interseção entre saber técnico profissional e sabedoria popular. Trata-se</p><p>de um espaço de comunicação, troca de informações, experiências e sentimentos.</p><p>Em relação às intervenções psicoterápicas em grupo, pode-se dizer que:</p><p>O termo Psicoterapia de Grupo é empregado para se referir a intervenções em saúde</p><p>mental, sejam no âmbito da psicologia clínica, da saúde ou hospitalar. Essa técnica</p><p>psicoterápica é amplamente adotada nos diferentes pontos de atenção à</p><p>saúde mental (Unidades Básicas, CAPS e Hospitais Gerais, por exemplo) devido a sua</p><p>abrangência e resolutividade – evitando o isolamento de pessoas com transtornos mentais.</p><p>É uma importante modalidade de tratamento, uma vez que cria um espaço de</p><p>expressão</p><p>das subjetividades dos membros do grupo. Pode ser conduzida de modo aliado ou não à</p><p>psicoterapia individual.</p><p>7.1 - Características das Psicoterapias de Grupo</p><p>A modalidade de intervenção grupal apresenta três características fundamentais:</p><p>setting,</p><p>finalidade (ou objetivo) e estrutura.</p><p>O setting terapêutico diz respeito às características e dinâmica do local onde</p><p>acontecerá a psicoterapia de grupo. A estrutura e dinâmica da instituição irão delimitar as</p><p>Plantão Psicológico</p><p>Situações de Crise</p><p>Sala de Espera</p><p>Educação em saúde</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>possibilidades de intervenção e as circunstâncias sob as quais ela irá acontecer. Por</p><p>exemplo: a intervenção grupal com usuários de um CAPS não poderá ser planejada</p><p>igualmente àquela realizada com pacientes de um ambulatório – pois o vínculo do paciente,</p><p>a estrutura e dinâmica, e as circunstâncias desses pontos de atenção são completamente</p><p>diferentes. Assim, o planejamento e a postura do profissional precisarão se ajustar ao</p><p>contexto.</p><p>Finalidade (ou objetivo): É necessário entender qual o propósito que norteará a</p><p>psicoterapia em grupo. Para isso, algumas perguntas precisam ser feitas: Essa proposta irá</p><p>favorecer o cuidado integral e impactar a saúde e autonomia dos pacientes? O grupo terá</p><p>qual viés? Qual perspectiva teórica irá orientar a análise da dinâmica grupal?</p><p>Em termos de estrutura, será necessário pensar na composição grupal – se</p><p>homogênea ou</p><p>heterogênea (será um grupo misto ou delimitado por diagnóstico ou alguma característica?),</p><p>se</p><p>será grupo aberto ou fechado – isto é, permitirá a rotatividade dos participantes ou não?</p><p>Além disso, definir se o número de encontros será estabelecido previamente ou,</p><p>posteriormente, em um consenso com os participantes. Também o tempo de cada sessão</p><p>e sua</p><p>frequência. Essas três características deverão ser consideradas independentemente da</p><p>perspectiva teórica que orienta as ações do psicoterapeuta. Esse, por sua vez, será</p><p>considerado elemento-chave.</p><p>O psicoterapeuta realizará o manejo do grupo, sendo o responsável por integrar os</p><p>membros em torno dos objetivos ou tarefa. Essa integração deve ser não impositiva,</p><p>devendo emergir a partir de um</p><p>comprometimento subjetivo do próprio participante. Nesse caso, acontecerá mediante a</p><p>percepção do grupo como um espaço de autocuidado que viabiliza a construção de</p><p>autonomia.</p><p>Para tanto, o psicoterapeuta precisa oferecer suporte e garantir um clima compreensível,</p><p>agradável e respeitoso. Com base no que foi exposto, lembre-se do esquema seguinte:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>7.2 - Perspectivas Teóricas e Práticas em Psicoterapia de Grupo</p><p>O psicoterapeuta precisa ter a liberdade de escolher a perspectiva teórica que</p><p>melhor se adequa aos propósitos da psicoterapia de grupo. Poderão ser utilizados grupos</p><p>operativos,</p><p>psicoterapia de grupo com base na psicanálise, psicoterapia cognitivo-comportamental de</p><p>grupo, psicodrama, etc.</p><p>Grupos Operativos. Propostos por Pichon-Rivière, os grupos operativos na saúde</p><p>mental podem ser de quatro tipos (Ministério da Saúde, 2013):</p><p>1. Ensino Aprendizagem: refletir e discutir sobre temas e questões;</p><p>2. Institucionais: discutir temas de interesses de uma instituição (escola, igreja, etc.);</p><p>3. Comunitário: tratar de situações relativas à comunidade;</p><p>4. Terapêutico: lidar com situações de sofrimento;</p><p>De modo geral, o objetivo central dos grupos operativos é o de promover mudanças.</p><p>Essas mudanças acontecem de modo gradual, a partir da concretização de papeis e</p><p>posições</p><p>Psicoterapia em</p><p>Grupo</p><p>Setting Terapêutico</p><p>Características e</p><p>dinâmica do local</p><p>Finalidade</p><p>Propósito/Objetivo</p><p>Estrutura</p><p>Composição,</p><p>abertura, nº de</p><p>encontros,</p><p>tempo, frequência</p><p>Características</p><p>Fundamentais</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>dos membros. Com isso, os integrantes se tornam aptos a cumprir a tarefa para a qual o</p><p>grupo foi inicialmente organizado. Assim, o processo de mudança acontece mediante três</p><p>momentos</p><p>(Bastos, 2010):</p><p>• Grupo Pré-tarefa: caracteriza por resistência entre os integrantes do grupo; o novo</p><p>provoca ansiedade e medo. Com a elaboração das ansiedades básicas e abertura às</p><p>possibilidades que o grupo pode trazer, passa-se para o segundo momento.</p><p>• Grupo na Tarefa: é o percurso do grupo para alcançar seus objetivos; relaciona-se com</p><p>a forma como cada membro interage com base nas suas necessidades e as redireciona</p><p>para os objetivos do grupo (implicando em flexibilidade, descentramento e abertura</p><p>para o novo). Com a problematização das dificuldades que surgem no processo de</p><p>alcance dos objetivos;</p><p>• Grupo em Tarefa: elaboração de um projeto comum de mudanças pode ser operado;</p><p>Para que esses momentos de fato aconteçam, a presença de um coordenador é necessária.</p><p>O papel dele é o de indagar e problematizar. Para isso, irá estabelecer ligações entre as</p><p>falas e</p><p>os membros do grupo, dirigindo-os para a tarefa.</p><p>Além do coordenador, pode haver um observador. O observador irá registrar os</p><p>acontecimentos da sessão, resgatar a história do grupo e, depois, analisar com o</p><p>coordenador os pontos emergentes, o movimento do grupo e os papeis que estão sendo</p><p>desempenhados.</p><p>Portanto, o grupo operativo apresenta uma tarefa explícita (diagnóstico, tratamento,</p><p>aprendizagem), tarefa implícita (vivências individuais em relação ao grupo) e o enquadre</p><p>(tempo,</p><p>frequência, duração, função de coordenador ou observador).</p><p>O grupo se estrutura (grupo pré- tarefa), desestrutura (grupo na tarefa) e se</p><p>reestrutura (grupo em tarefa). Desenvolve-se a partir de dois eixos: vertical e horizontal</p><p>(Beatriz & Bastos 2010; Castanho, 2012).</p><p>• Eixo vertical: singularidade de cada indivíduo – história, processos psíquicos de cada</p><p>membro do grupo;</p><p>• Eixo horizontal: grupo pensado em sua totalidade.</p><p>Veja como esse assunto pode cair em prova:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>(IBFC - Divinópolis – 2018) O atendimento psicológico em grupo tem sido comumente</p><p>utilizado nos espaços de saúde por apresentar uma série de aspectos positivos. A realização</p><p>de atendimentos psicológicos em grupos, voltados para a realização de tarefas objetivas,</p><p>num modo de intervenção, organização e resolução dos problemas grupais, que foi</p><p>pela</p><p>primeira vez utilizada e começou a ser utilizada e sistematiza por Pichon-Rivière é chamado</p><p>de:</p><p>a) Grupo de sala de espera</p><p>b) Grupo de convivência</p><p>c) Grupo psicodramático</p><p>d) Grupo operativo</p><p>Comentários</p><p>Como você viu nesta aula, Pichon-Rivière propôs os grupos operativos. O grupo</p><p>psicodramático</p><p>foi estudado por Moreno. Grupos de sala de espera são transitórios, formados a partir da</p><p>dinamicidade do ambiente no qual acontecem.</p><p>Gabarito: D.</p><p>De acordo com Furlan e Ribeiro (2011):</p><p>Psicoterapia de Grupo Psicanalítica: Como o próprio nome indica, é uma psicoterapia</p><p>de</p><p>grupo que compreende o indivíduo e as interações grupo-paciente-terapeuta a partir do</p><p>viés</p><p>psicanalítico. Os fenômenos grupais serão analisados a partir de seus elementos:</p><p>transferência,</p><p>contratransferência, papéis, resistência e insights. O grupo é uma nova entidade, com leis,</p><p>mecanismos próprios e objetivos comuns.</p><p>A escuta do inconsciente irá nortear a compreensão do grupo. Por isso, a atenção do</p><p>terapeuta irá flutuar (atenção flutuante) sobre a comunicação verbal e não-verbal, o dito e o</p><p>não</p><p>dito, os conteúdos manifestos e latentes. O grupo psicoterapêutico irá possibilitar a</p><p>circulação e a socialização de falas e escutas,</p><p>construindo sentidos individuais e grupais e possibilitando o autoconhecimento, as</p><p>potencialidades e limitações individuais.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>MAIS QUESTÕES COMENTADAS</p><p>1. (CESPE – 2016 – TRT 8ª Região) A respeito das teorias e dos manejos do estresse,</p><p>assinale a opção correta.</p><p>a) A reatividade não se associa à vulnerabilidade nem à predisposição do indivíduo a</p><p>doenças, embora seja uma reação fisiológica ao estresse, própria de cada indivíduo.</p><p>b) Segundo o modelo transacional, o estresse pode ser compreendido ao se avaliar,</p><p>separadamente, os eventos ambientais e as respostas do indivíduo.</p><p>c) As transações entre os indivíduos e os ambientes por eles ocupados são motivadas</p><p>pela avaliação reativa dos estressores potenciais.</p><p>d) De acordo com o modelo da diátese do estresse, os fatores de predisposição e os</p><p>fatores de precipitação do ambiente atuam conjunta e dinamicamente na</p><p>suscetibilidade do indivíduo ao estresse e, consequentemente, a doenças.</p><p>e) A avaliação primária do estresse compreende tanto a reação do indivíduo a um</p><p>evento considerado ameaçador ao seu bem-estar como o processo de determinação</p><p>dos recursos disponíveis e das estratégias eficazes para enfrentá-lo.</p><p>COMENTÁRIOS: Vamos analisar cada item.</p><p>A alternativa A está incorreta. A reatividade é uma reação fisiológica ao estresse, que</p><p>varia com o indivíduo e afeta a vulnerabilidade a doenças. Ela é uma combinação de fatores</p><p>genéticos e ambientais.</p><p>A alternativa B está incorreta. No modelo transacional, avaliam-se conjuntamente os</p><p>fatores ambientais e as respostas do indivíduo, que é entendido como um ser</p><p>biopsicossocial.</p><p>A alternativa C está incorreta. A assertiva está falando do modelo transacional. A</p><p>avaliação feita é COGNITIVA, não reativa, como diz o item.</p><p>A alternativa D está correta. O modelo de diátese do estresse propõe que dois</p><p>fatores que interagem determinam a suscetibilidade do indivíduo ao estresse e à doença:</p><p>fatores predisponentes à pessoa (genéticos, por exemplo) e fatores precipitantes do</p><p>ambiente (exemplo: experiências traumáticas).</p><p>A alternativa E está incorreta. A avaliação primária é a determinação inicial que</p><p>alguém faz do significado de um evento - se o evento é irrelevante, benigno (positivo), ou</p><p>ameaçador. A assertiva trouxe o conceito de avaliação secundária.</p><p>Gabarito: D</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>2. (CESPE – 2020 – TJ/PA) Assinale a opção correta, a respeito da inserção e do trabalho</p><p>do psicólogo no contexto saúde-doença.</p><p>a) A demanda pela intervenção psicológica no processo saúde-doença é igualmente</p><p>reconhecida tanto pelos profissionais e serviços que seguem o modelo biomédico</p><p>quanto pelos que seguem o modelo biopsicossocial.</p><p>b) Atualmente, a incidência de doenças agudas é menor do que há três décadas, o que</p><p>aumenta a longevidade e reduz a demanda pelo trabalho do psicólogo da saúde.</p><p>c) A psicoeducação é inadequada para pacientes em situação de reabilitação, mas é</p><p>útil na prevenção de doenças.</p><p>d) Não cabe ao psicólogo sensibilizar pais para que estes imunizem os filhos contra</p><p>doenças infectocontagiosas, pois tal prática está fora da área de conhecimento desse</p><p>profissional.</p><p>e) Variáveis comportamentais são relevantes na prevenção da morte precoce e do</p><p>desenvolvimento de doenças crônicas e agudas.</p><p>COMENTÁRIOS: Vamos analisar cada item.</p><p>A alternativa A está incorreta. Vimos que a visão do modelo biomédico é focada</p><p>exclusivamente em fatores biológicos (tanto na compreensão quanto no tratamento). Já o</p><p>modelo biopsicossocial abrange, além dos fatores biológicos, os fatores psicológicos e</p><p>sociais.</p><p>A alternativa B está incorreta. Se a longevidade aumenta, a demanda também aumenta.</p><p>A alternativa C está incorreta. A psicoeducação é utilizada em todas as ações de saúde,</p><p>da promoção à reabilitação.</p><p>A alternativa D está incorreta. Cabe ao psicólogo, sim (também). Essas ações de</p><p>sensibilização e reflexão são ações de cunho educativo e devem ser feitas em conjunto com</p><p>a equipe de saúde.</p><p>A alternativa E está correta. Variáveis comportamentais (que incluem um estilo de vida</p><p>saudável) são muito importantes na prevenção de doenças.</p><p>Gabarito: E</p><p>2. (CESPE – 2016 – TRT 8ª Região) Assinale a opção correta relativamente à dor.</p><p>a) Os fatores culturais são irrelevantes para a compreensão da experiência dolorosa.</p><p>b) Na avaliação da experiência dolorosa, a queixa álgica sobrepõe-se às qualidades</p><p>afetivas referentes à sintomatologia dolorosa.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>c) Os aspectos do inter-relacionamento familiar do indivíduo precisam ser</p><p>desconsiderados na avaliação da experiência dolorosa e na escolha das possíveis</p><p>adequações terapêuticas.</p><p>d) A compreensão da duração, da intensidade e do padrão de instalação da dor</p><p>constitui procedimento suficiente para a avaliação da experiência dolorosa.</p><p>e) Deve-se ter cautela e critério para selecionar o método e os instrumentos de</p><p>avaliação do fenômeno álgico, haja vista sua natureza complexa e subjetiva.</p><p>COMENTÁRIOS: Vamos analisar cada item.</p><p>A alternativa A está incorreta. A experiência da dor é um fenômeno multidimensional,</p><p>complexo e subjetivo. Envolve fatores sociais, históricos e culturais que são relevantes para</p><p>sua compreensão.</p><p>A alternativa B está incorreta. A dimensão afetiva faz parte da queixa álgica (dor) e deve</p><p>ser avaliada tanto quanto a dimensão sensorial.</p><p>A alternativa C está incorreta. Como fenômeno complexo, os aspectos inter-relacionais</p><p>familiares devem sim ser considerados na experiência dolorosa.</p><p>A alternativa D está incorreta. Esses aspectos também são importantes, mas não são</p><p>suficientes. Os aspectos qualitativos também devem ser avaliados.</p><p>A alternativa E está correta A escolha do instrumento de avaliação da dor deve</p><p>considerar o contexto social e histórico, as limitações, a subjetividade, a idade, o gênero...</p><p>não existe um instrumento padrão de avaliação de nenhum aspecto. Ele deve ser escolhido</p><p>de acordo com a realidade de cada paciente.</p><p>Gabarito: E</p><p>3. (CESPE – 2015 – TER-RS) Acerca da psicologia da saúde e da atuação do psicólogo nesse</p><p>campo, assinale a opção correta.</p><p>a) Dadas as especificidades de cada profissional, é responsabilidade do psicólogo a</p><p>prevenção primária e a secundária, ficando a prevenção terciária</p><p>a cargo do</p><p>profissional médico.</p><p>b) O termo psicologia clínica da saúde é utilizado com o fim de ratificar o dualismo</p><p>mental versus orgânico.</p><p>c) Na relação de apoio, deve-se considerar, prioritariamente, o ponto de partida da</p><p>queixa — ou seja, quem é o cliente —, a alteração da relação psicólogo e paciente,</p><p>e o tempo de intervenção.</p><p>d) A promoção de saúde engloba ações que almejam contribuir para a diminuição da</p><p>incidência de doenças, de sua prevalência e das complicações delas advindas.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>e) Ao psicólogo hospitalar é imputada a obrigatoriedade ética de deliberar sobre a</p><p>necessidade da intervenção, haja vista a fragilidade do paciente e os limites</p><p>institucionais.</p><p>COMENTÁRIOS: Vamos analisar cada item.</p><p>A alternativa A está incorreta. Todos os profissionais da saúde podem (e devem) atuar</p><p>conjuntamente em todos os níveis de atenção. A visão multi ou transdisciplinar é necessária</p><p>para uma intervenção de qualidade.</p><p>A alternativa B está incorreta. O dualismo não é rompido por esse termo. A visão</p><p>mais integralizada da saúde começou a ser reconhecida com o termo “biopsicossocial”.</p><p>A alternativa C está correta. A escuta deve ser atendida prioritariamente pela fala do</p><p>paciente. A queixa é o ponto de partida, uma vez que ela pode vir a se tornar uma demanda.</p><p>Ao ouvir a queixa inicial, planeja-se a intervenção adequada.</p><p>A alternativa D está incorreta. A assertiva está falando da reabilitação, reparem que</p><p>está falando da diminuição de incidência de doenças (já instaladas), bem como de sua</p><p>prevalência e complicações.</p><p>A alternativa E está incorreta. Não existe essa deliberação ética imputada ao</p><p>psicólogo. A responsabilidade é compartilhada com a equipe e o paciente.</p><p>Gabarito: C</p><p>4. COPESE-UFT – 2012 – MPE-TO) Leia as afirmações abaixo e assinale a INCORRETA:</p><p>a) Paralelamente ao avanço e sofisticação da biomedicina percebe-se sua</p><p>impossibilidade de oferecer respostas conclusivas ou satisfatórias para os</p><p>componentes psicológicos que acompanham qualquer doença.</p><p>b) O modelo biomédico estimula os médicos a aderirem a um comportamento</p><p>extremamente cartesiano na separação entre o observador e o objeto observado.</p><p>c) Medicalização pode ser entendida como a crescente e elevada dependência dos</p><p>indivíduos e da sociedade para com a oferta de serviços e bens de ordem médico-</p><p>assistencial e seu consumo cada vez mais intensivo.</p><p>d) O manejo da gravidez e do parto como se fosse uma "doença" e, por isto mesmo,</p><p>requerendo atenção permanente do aparato médico, é um bom exemplo de algo</p><p>fisiológico que é "medicalizado".</p><p>e) O modelo biopsicossocial possui um vasto e aprofundado poder explicativo sobre o</p><p>processo saúde-doença, centrado no diagnóstico das doenças e na sua cura.</p><p>COMENTÁRIOS: A questão pede a incorreta. Vamos analisar os itens:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A alternativa A está correta. No campo da Psicologia, nada é conclusivo ou</p><p>categórico, principalmente quando falamos de diagnóstico.</p><p>A alternativa B está correta. O modelo biomédico é reducionista e acaba tendo uma</p><p>postura não humanizada.</p><p>A alternativa C está correta. Segundo o CFP, entende-se por medicalização o</p><p>processo que transforma, artificialmente, questões não médicas em problemas médicos.</p><p>Problemas de diferentes ordens são apresentados como “doenças”, “transtornos”,</p><p>“distúrbios” que escamoteiam as grandes questões políticas, sociais, culturais, afetivas que</p><p>afligem a vida das pessoas.</p><p>A alternativa D está correta. Exato, a lógica da medicalização faz com que questões</p><p>naturais (como a gravidez) sejam entendidas como doença.</p><p>A alternativa E está correta. Ainda que mais amplo e evoluído que o modelo</p><p>biomédico, o modelo biopsicossocial ainda apresenta limitações diante da complexidade</p><p>que envolve o ser humano. Ele é centrado na pessoa em todos os seus aspectos de vida e</p><p>não na sua doença em específico.</p><p>Gabarito: E</p><p>5. (FCC – 2018 – TRT 14ª Região) Nos estudos sobre estresse, a Síndrome Geral de</p><p>Adaptação (Hans Selye) caracteriza-se por fases de:</p><p>a) somatização, fadiga e depressão.</p><p>b) alarme, resistência e exaustão.</p><p>c) sensações, distúrbios e doença.</p><p>d) diminuição da libido, desgaste físico e eustress.</p><p>e) distress, eustress e estresse.</p><p>COMENTÁRIOS: Selye descreveu a SGA “como o conjunto de todas as reações</p><p>gerais do organismo que acompanham a exposição prolongada ao estressor”, contribuindo</p><p>para o estudo das fases ou estágios, ensinando que a primeira fase, conceituada de Reação</p><p>de Alarme, deriva-se da liberação de variadas substâncias, como hormônios e corticoides,</p><p>a partir de uma situação estressora, de modo a alterar significativamente a função fisiológica</p><p>do organismo. O segundo estágio (Fase da Resiliência) acontece a partir do prolongamento</p><p>do organismo para uma maior adaptação, exigindo dele maior consumo de energia e, aos</p><p>poucos, é assimilado pelo organismo. A última fase, a Fase da Exaustão, ocorre quando a</p><p>ação do estressor permanece por um longo período, esgotando a energia de adaptação do</p><p>organismo. Relembrem a figura:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Gabarito: B</p><p>6. (FGV - DPE/RJ - 2019) De acordo com a Lei nº 10.216, de 6 de abril de 2001, existem</p><p>três tipos de internação: voluntária, involuntária e compulsória. Sobre o tema, analise as</p><p>afirmativas a seguir.</p><p>I. A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a consente, deve assinar,</p><p>no momento da admissão, uma declaração de que optou por esse regime de tratamento.</p><p>II. A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e duas horas, ser</p><p>comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável técnico do estabelecimento</p><p>no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo procedimento ser adotado quando da</p><p>respectiva alta.</p><p>III. A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação vigente, pelo juiz</p><p>competente, que levará em conta as condições de segurança do estabelecimento quanto</p><p>à salvaguarda do paciente, dos demais internados e dos funcionários.</p><p>Está correto o que se afirma em:</p><p>a) somente I;</p><p>b) somente III;</p><p>c) somente I e II;</p><p>d) somente II e III;</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>e) I, II e III.</p><p>COMENTÁRIOS: Questão fácil para quem estudou bem os tipos de internação descritas na</p><p>Lei 10.2016/2001 (Lei Paulo Delgado):</p><p>O item I está correto. De acordo com a Lei Paulo Delgado:</p><p>Art. 7º A pessoa que solicita voluntariamente sua internação, ou que a</p><p>consente, deve assinar, no momento da admissão, uma declaração de que</p><p>optou por esse regime de tratamento.</p><p>O item II está correto. Art. 8º, parágrafo 1º da lei citada:</p><p>§ 1º A internação psiquiátrica involuntária deverá, no prazo de setenta e</p><p>duas horas, ser comunicada ao Ministério Público Estadual pelo responsável</p><p>técnico do estabelecimento no qual tenha ocorrido, devendo esse mesmo</p><p>procedimento ser adotado quando da respectiva alta.</p><p>O item III está correto.</p><p>Art. 9º A internação compulsória é determinada, de acordo com a legislação</p><p>vigente, pelo juiz competente, que levará em conta as condições de</p><p>segurança do estabelecimento, quanto à salvaguarda do paciente, dos</p><p>demais internados e funcionários.</p><p>Logo, as assertivas I, II e III estão corretas.</p><p>Gabarito: letra E.</p><p>7. (FGV - Prefeitura de Salvador/BA - 2019) As últimas décadas foram transformadoras para</p><p>a abordagem da loucura, tendo sido enfatizada</p><p>causada por doenças que</p><p>acarretam múltiplas perdas, limitações e adaptações. Essa característica permanente pode</p><p>ocasionar uma série de respostas, tanto funcionais/adaptativas quanto</p><p>disfuncionais/patológicas. Isso acontece devido à alteração da funcionalidade, imagem</p><p>corporal, atividades sociais, status psicológico, além da modificação do padrão de vida</p><p>habitual. Mesmo diante dos dados da OMS sobre doenças crônicas, o sistema de saúde</p><p>ainda persiste focado na doença aguda, trabalhando de modo interventivo, e não</p><p>preventivo. Indiretamente, isso contribui para que pacientes leigos realizem o autocuidado</p><p>para prevenção de doenças. Assim, muitas vezes, a equipe de saúde acaba atuando na</p><p>estabilização e tratamento imediato do quadro, não dando a devida importância para o</p><p>processo de preparação para alta, orientações gerais, psicoeducação e autocuidado, que</p><p>são fatores diretamente ligados à conscientização e autor-responsabilização em saúde.</p><p>Assim, além das essenciais intervenções ao quadro agudo - na urgência - é necessário</p><p>garantir que haverá informações eficientes, acesso ao cuidado continuado, consultas e</p><p>tratamento preventivo/eletivo ao usuário, contemplando um modelo integral de cuidado</p><p>contínuo, dentro de uma perspectiva de uma rede integrada de serviços. Para que isso</p><p>ocorra, deve haver uma substituição de paradigma e concepção do atual modelo, ainda</p><p>focado na doença, pelo “Modelo de Cuidados Crônicos”, que tem a abordagem no</p><p>indivíduo, considerando a integralidade, bem como a participação da rede sociofamiliar</p><p>durante todo o processo. A rede sociofamiliar tem o papel de extensão do paciente e</p><p>funciona como a principal estratégia protetiva para o doente crônico. Quando os entes</p><p>próximos se tornam participantes do tratamento, o paciente pode contar com apoio e</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>auxílio fora do contexto hospitalar, no retorno à sua rotina diária, com maiores chances de</p><p>manter adesão em médio e longo prazo.</p><p>Os cuidados aos doentes crônicos ocorrem dentro de três esferas que se inter-</p><p>relacionam:</p><p>Seja por meio de uma unidade básica de saúde, um hospital, ou equipes de home</p><p>care, a filosofia desse modelo deve se basear em uma abordagem pró-ativa, capaz de</p><p>prevenir, prever e antecipar possíveis complicações e agravamento da doença. Para isso, é</p><p>necessário o envolvimento direto dos pacientes, suas famílias e comunidade, além da</p><p>integração estruturada entre cuidados primários e secundários.</p><p>É importante ressaltar que nem sempre o paciente se ajustará com facilidade às</p><p>prescrições necessárias. Portanto, nessa perspectiva de enfrentamento de adversidades,</p><p>adequação ao presente e estratégias de adaptação futura, que a psicologia iniciará seu</p><p>trabalho junto ao paciente e seus familiares. O empoderamento pode ser uma estratégia</p><p>eficiente, pois é um processo educativo destinado a ajudar os pacientes a desenvolverem</p><p>autoconhecimento, autonomia e competências necessárias para assumir efetivamente a</p><p>responsabilidade com as decisões acerca de sua saúde e sua vida. Doentes crônicos que</p><p>contam com informações adequadas têm melhor capacidade de reflexão e avaliação de</p><p>suas necessidades e sintomas atípicos, interagindo de forma mais eficaz com os profissionais</p><p>de saúde, na busca por melhores resultados.</p><p>A adesão adequada ao tratamento, está ligada a três fatores primordiais:</p><p>o Relação entre paciente e profissional de saúde, que deve ser pautada em</p><p>comunicação acessível, respeito e empatia;</p><p>o Conscientização e autor-responsabilização do paciente quanto à sua saúde e</p><p>tratamento indicado;</p><p>SISTEMA DE SAÚDE</p><p>ORGANIZAÇÃO</p><p>FORNECEDORA</p><p>COMUNIDADE</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>o Apoio familiar/social.</p><p>Esses fatores perpassam pela atuação do psicólogo, que é o agente que promove a</p><p>reflexão do paciente e da sua família no que diz respeito à doença, a fim de desenvolver</p><p>uma postura ativa e empoderada em relação à saúde e à vida. O paciente que possui bom</p><p>processo de assimilação sobre a cronicidade da doença, vínculo com os profissionais que o</p><p>acompanham, além de rede de apoio social extra-hospitalar, tende a apresentar melhores</p><p>resultados, menores incidências de descompensação e busca por tratamento em tempo</p><p>hábil. Nesse sentido, o psicólogo será o profissional a trabalhar em conjunto com a equipe,</p><p>na identificação de comportamentos de risco, atendimento direto ao paciente e família,</p><p>realização de grupos preventivos e interativos, ofertando a assistência necessária para que</p><p>o usuário se mantenha aderente, após o retorno às atividades de vida.</p><p>As recorrentes remissões, reinternações e pioras clínicas são uma realidade nas</p><p>doenças crônicas. A cura da doença crônica não é uma realidade (não se fala em “cura” de</p><p>doença crônica, e sim em remissão dos sintomas). Em um momento mais avançado da</p><p>doença, quando as descompensações levam à condição de degradação da funcionalidade</p><p>e aumento da gravidade, o trabalho terapêutico estará voltado à conscientização de</p><p>paciente e família sobre a progressão da doença, auxílio adaptativo no enfrentamento dos</p><p>novos desafios de vida e, por vezes, em vias finais, na preparação para a morte.</p><p>O foco da intervenção terapêutica será variável, de acordo com o estágio da doença,</p><p>a demanda do usuário e as respostas de enfrentamento apresentadas. O importante é</p><p>sempre buscar viabilizar a dignidade e a condição de autonomia, seja na vida ou no</p><p>processo ativo da morte (Leles, 2019).</p><p>As doenças agudas geralmente têm como características o surgimento abrupto, a</p><p>duração limitada, o diagnóstico e o prognóstico acurados e a possibilidade de cura.</p><p>Caracterizam-se normalmente pelo surgimento rápido, maior intensidade dos sintomas,</p><p>podendo, por exemplo, haver dor aguda, mas que a tendência é a remissão dos sintomas</p><p>em curto tempo. A duração da doença, quando não fatal, é de até três meses. A variável de</p><p>tempo é importante na diferenciação entre a doença aguda e a crônica. A doença aguda,</p><p>não fatal, é de natureza autolimitante com resíduos mínimos, o impacto sobre a vida do</p><p>enfermo, e de sua família, ocorre e passa, retornando todos à rotina de vida.</p><p>Segundo Abranches (1988), a experiência de lidar com um portador de doença</p><p>crônica é diferente daquela dos que cuidam de portadores de doenças agudas. No primeiro</p><p>caso, a ênfase é sobre o indivíduo afetado como pessoa e sobre a unidade familiar mais do</p><p>que sobre o sintoma ou a doença específica. Ao tratar desses pacientes, nos deparamos</p><p>com áreas que estão atém do atendimento tradicional; essas outras áreas de atenção dizem</p><p>respeito ao funcionamento social e psicológico do paciente e de sua família. É uma</p><p>abordagem, como denomina PERESTRELLO (1987) sobre “a pessoa Global” que parece</p><p>correr em sentido contrário aos progressos da alta tecnologia e da superespecialização.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>DOENÇA CRÔNICA à FOCO NO INDIVÍDUO E NA UNIDADE FAMILIAR</p><p>DOENÇA AGUDA à FOCO NO SINTOMA OU DOENÇA ESPECÍFICA</p><p>Vamos de questão?</p><p>(CEBRASPE – 2022 – Pref. Pires do Rio) Considerando o recente aumento de casos de</p><p>autolesão na adolescência, julgue o item seguinte:</p><p>Caso clínico 4A2-I</p><p>Maria, de 65 anos de idade, é diabética e foi diagnosticada com depressão há 40 anos. Faz</p><p>uso de medicação para ambas as doenças desde o diagnóstico inicial. Relata períodos</p><p>muito difíceis de tristeza, baixa autoestima e ideação suicida. Diz: “Eu me sinto OK. Nunca</p><p>fui feliz. Sempre estive OK. Nunca soube o que é felicidade. Minha vida sempre foi muito</p><p>difícil.</p><p>a análise histórica da sociedade e das</p><p>formas de saber e de poder marcantes na modernidade.</p><p>Sendo assim, vários serviços de saúde mental ou de atenção psicossocial passaram a ser</p><p>implantados no Brasil, a partir da década de 1990, embalados pelo conceito de</p><p>desinstitucionalização. Dentro desse dispositivo, é correto afirmar que</p><p>a) a ênfase é colocada no processo de cura, considerando a doença mental que acomete o</p><p>alienado.</p><p>b) o tratamento da doença é visto em separado da existência concreta dos pacientes e do</p><p>corpo social.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>c) o indivíduo deve ser tutelado em um primeiro momento, para depois ser inserido no</p><p>campo social e comunitário.</p><p>d) um processo de participação popular, de territorialização dos serviços e de envolvimento</p><p>de diferentes atores sociais passou a ocorrer.</p><p>e) os equipamentos psiquiátricos no tecido urbano, com ênfase na clínica individual, devem</p><p>se tornar mais ágeis.</p><p>COMENTÁRIOS: Essa questão exige apenas nosso entendimento quanto ao processo de</p><p>desinstitucionalização e seu objetivo, que é justamente que haja um processo de</p><p>participação popular, de territorialização dos serviços e que o envolvimento de diferentes</p><p>atores sociais passe a ocorrer.</p><p>Gabarito: letra D.</p><p>8. (FGV - Prefeitura de Salvador/BA - 2019) João e Maria, ambos de 20 anos, costumam</p><p>dormir sob um viaduto onde se reúnem outros usuários de crack. João vive nas ruas desde</p><p>criança e Maria iniciou o uso de drogas com amigos da escola particular que frequentava.</p><p>Sua família desconhece seu paradeiro atual.</p><p>Após abordar o jovem casal e identificar a questão do uso de crack, a equipe deverá</p><p>a) promover a imediata reintegração familiar de Maria e orientar sua internação involuntária</p><p>para desintoxicação em uma comunidade terapêutica.</p><p>b) mobilizar o Conselho Tutelar e/ou o Juizado da Infância e Juventude para um</p><p>atendimento conjunto dos jovens, menores de 21 anos.</p><p>c) diagnosticar as condições de saúde e agravos de cada um dos jovens para as intervenções</p><p>especializadas, de acordo com suas necessidades individuais.</p><p>d) planejar ações do serviço em conjunto e em articulação com a área de saúde, de acordo</p><p>com a rede instalada no território, como os consultórios de rua.</p><p>e) oferecer a João a alternativa de aderir à Justiça Terapêutica e aceitar a redução de danos</p><p>no lugar da pena convencional por uso de entorpecentes.</p><p>COMENTÁRIOS: O ideal neste é caso seria planejar ações do serviço em conjunto e em</p><p>articulação com a área de saúde, de acordo com a rede instalada no território, como os</p><p>consultórios de rua. Promover ações interdisciplinares, facilitar e levar o atendimento até</p><p>eles (consultórios de rua) é o que deve ser feito.</p><p>As alternativas "a", "b" e "e" vão por um viés que desrespeita a autonomia dos indivíduos</p><p>e sabemos que o objetivo não é esse. A alternativa "c" não está completamente errada,</p><p>mas o termo "diagnosticar" torna a alternativa "d" a melhor escolha.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A FGV é uma banca que tem esse perfil, confunde bastante, então fiquem atentos.</p><p>Gabarito: letra D.</p><p>9. (FGV - Prefeitura de Salvador/BA - 2019) José, 22 anos, está apresentando um quadro</p><p>de surto psicótico caracterizado por alucinações auditivas e delírios de conteúdo</p><p>persecutório.</p><p>Considerando os princípios da Reforma Psiquiátrica e os equipamentos que compõem a</p><p>rede de atenção à saúde mental, o atendimento de urgência a José deverá ser prestado</p><p>em</p><p>a) serviço residencial terapêutico, para garantir atenção domiciliar ao rapaz sem privá-lo da</p><p>convivência familiar.</p><p>b) hospital psiquiátrico, sob o regime de internação compulsória breve até a estabilização</p><p>do quadro psicótico.</p><p>c) regime ambulatorial, uma vez que a legislação vigente veda a internação de pacientes</p><p>psiquiátricos.</p><p>d) CAPS AD, considerando tratar-se de quadro agudo decorrente do abuso de substâncias</p><p>entorpecentes estimulantes.</p><p>e) unidade de pronto atendimento ou em leito ou enfermaria de saúde mental, inserida em</p><p>hospital geral.</p><p>COMENTÁRIOS: A alternativa "e" está em consonância com o que propõe a Reforma</p><p>Psiquiátrica: o atendimento à crise em pacientes com transtorno mental deve ser prestado</p><p>em unidade de pronto atendimento ou em leito ou enfermaria de saúde mental, inserida</p><p>em hospital geral. Observem que a questão fala sobre atendimento de urgência.</p><p>Gabarito: letra E.</p><p>10. (FGV - MPE/AL - 2018) Após meses de busca, Paulo, 20 anos, foi encontrado por sua</p><p>família na cracolândia de uma cidade vizinha.</p><p>De acordo com o que dispõe a lei que trata do direito e da proteção das pessoas com</p><p>transtornos mentais, assinale a afirmativa correta.</p><p>a) Em função de sua menoridade civil, Paulo poderá ser internado involuntariamente em</p><p>uma comunidade terapêutica.</p><p>b) A internação compulsória de Paulo será possível após sua interdição judicial pela família.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>c) O uso de crack não é reconhecido como transtorno mental para efeito da Lei nº</p><p>10.216/01.</p><p>d) O Conselho Federal de Psicologia se posiciona contra o tratamento para usuários de</p><p>crack e outras drogas.</p><p>e) A internação de Paulo só será indicada quando os recursos extra hospitalares se</p><p>mostrarem insuficientes.</p><p>COMENTÁRIOS: Essa é uma questão fácil, né pessoal? Exatamente o que diz a Lei Paulo</p><p>Delgado em seu art. 4º:</p><p>Art. 4º A internação, em qualquer de suas modalidades, só será indicada</p><p>quando os recursos extra hospitalares se mostrarem insuficientes.</p><p>Gabarito: letra E.</p><p>11. (VUNESP - Prefeitura de Cerquilho – 2019) Os princípios da política de saúde mental</p><p>brasileira</p><p>costumam ser sintetizados tendo como base as resoluções da Declaração de Caracas. Uma</p><p>dessas resoluções afirma que a estruturação da assistência psiquiátrica em um território</p><p>solicita:</p><p>a) Uma revisão crítica do papel hegemônico e centralizador do hospital psiquiátrico na</p><p>prestação de serviços.</p><p>b) Que os recursos, os cuidados e os tratamentos sejam baseados em critérios subjetivos,</p><p>apropriados ao fenômeno da loucura.</p><p>c) A adoção de modelos consagrados de assistência na prestação e promoção de serviços</p><p>em saúde mental para a população.</p><p>d) Total liberdade e autonomia dos técnicos em saúde mental dos territórios para a</p><p>formulação de programas para o cuidado da população.</p><p>e) A expansão do número de leitos em hospitais gerais, para garantir a internação</p><p>psiquiátrica junto à atenção básica de saúde.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>A alternativa A está correta. A Declaração de Caracas propõe uma reestruturação do</p><p>modelo de atenção à</p><p>saúde mental.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A alternativa B está incorreta. A Declaração de Caracas afirma que os recursos, cuidados e</p><p>tratamentos devem</p><p>estar baseados em critérios racionais e tecnicamente adequados.</p><p>A alternativa C está incorreta. A Declaração de Caracas menciona que a reestruturação da</p><p>assistência</p><p>psiquiátrica permite a promoção de modelos alternativos, centrados na comunidade e</p><p>dentro de suas redes sociais.</p><p>A alternativa D está incorreta. A Declaração de Caracas define que os recursos humanos</p><p>devem ser capacitados</p><p>para atuar em serviço de saúde comunitária, tratando as pessoas com respeito à dignidade</p><p>e aos direitos humanos e civis.</p><p>A alternativa E está incorreta. A Declaração de Caracas propõe uma reestruturação e, nesse</p><p>processo,</p><p>descentraliza-se o foco dos hospitais psiquiátricos porque eles podem promover isolamento</p><p>e riscos para os direitos humanos e civis dos pacientes.</p><p>Gabarito: letra A.</p><p>12. (VUNESP - Prefeitura de Cerquilho – 2019) Uma pessoa solicita a sua internação em</p><p>uma</p><p>instituição psiquiátrica voluntariamente, após uma crise nervosa que colocou em risco</p><p>pessoas de sua família. Passadas três semanas, essa pessoa deseja deixar a instituição e</p><p>retomar sua rotina de vida. O término dessa internação voluntária</p><p>a) Pode ocorrer, desde que que seja autorizado pela equipe médica da instituição.</p><p>b) Só pode ocorrer após o consentimento do médico que acompanhou a pessoa durante o</p><p>período de internação.</p><p>c) Pode se configurar a partir de uma solicitação escrita da pessoa internada.</p><p>d) Precisa ser informado a algum familiar da pessoa internada, que assumirá a</p><p>responsabilidade pela alta.</p><p>e) Deve ser comunicada ao Ministério Público Estadual, pelo gestor da instituição, no prazo</p><p>de setenta e duas horas.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Para responder a esta questão, você precisa se lembrar do parágrafo único do Art. 7º da Lei</p><p>10.216/2001, o qual indica que o término da internação voluntária poderá ocorrer mediante</p><p>solicitação escrita do paciente ou por determinação do médico. Portanto, a resposta mais</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>correta</p><p>seria a letra C.</p><p>A alternativa A está incorreta. Não é condição necessária que o médico autorize o término</p><p>na internação</p><p>voluntária.</p><p>A alternativa B está incorreta. Novamente, o médico não precisa consentir nesse caso.</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>A alternativa D está incorreta. A Lei 10.216/2001 não faz menção em nenhum de seus</p><p>artigos sobre a necessidade de se informar à família sobre alta do paciente em internação</p><p>voluntária.</p><p>A alternativa E está incorreta. O que deve ser comunicado ao MPE é a internação e a alta</p><p>no caso da internação</p><p>involuntária.</p><p>Gabarito: letra C.</p><p>13. (FUNDEP - Prefeitura de Ervália – 2019) Considere o caso hipotético a seguir. Uma</p><p>mulher, 62 anos de idade, viúva e mãe de 5 filhos, foi encaminhada ao Centro de</p><p>Atenção Psicossocial (CAPS) de seu bairro por sua filha mais velha de 35 anos de idade,</p><p>considerando o seu estado de saúde: costumava beber todos os dias, tinha delírios e</p><p>alucinações e se tornava muito agressiva com as pessoas.</p><p>Considere as seguintes prerrogativas de tratamento para um paciente.</p><p>I. ser tratado com humanidade e respeito e no interesse exclusivo de beneficiar sua saúde.</p><p>II. ser tratado em ambiente terapêutico pelos meios menos invasivos possíveis.</p><p>III. ter direito à presença médica, em qualquer tempo, para esclarecer a necessidade ou</p><p>não de sua hospitalização involuntária.</p><p>IV. ter garantia de sigilo nas informações prestadas; ser protegida contra qualquer forma</p><p>de abuso e exploração.</p><p>Dado esse contexto e considerando os direitos concernentes às pessoas portadoras de</p><p>transtorno mental e / ou que fazem uso de álcool e outras drogas, é prerrogativa do</p><p>tratamento para essa paciente</p><p>a) I, II e III, apenas.</p><p>b) I, e V, apenas.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>c) II, III e IV, apenas.</p><p>d) I, II, III e IV.</p><p>COMENTÁRIOS: Para responder a esta questão, você precisaria recorrer ao Art. 2º da Lei</p><p>10.216/2001. Dos nove direitos elencados pela lei, estão inclusos os itens I, II, III e IV. Ou</p><p>seja, todos os itens dessa questão representam direitos das pessoas com transtornos</p><p>mentais em conformidade com a Lei Paulo Delgado.</p><p>Gabarito: letra D.</p><p>14. (VUNESP / Prefeitura de Itapevi – 2019) Um rapaz de vinte anos foi internado em um</p><p>hospital psiquiátrico, a pedido de sua mãe, em função de um episódio de violência</p><p>motivado pelo consumo de drogas, que culminou com uma tentativa de suicídio por parte</p><p>do jovem. Nesse caso,</p><p>a) é dispensada a autorização de um médico para a internação, uma vez que um responsável</p><p>legal solicitou a medida.</p><p>b) a internação involuntária não pode se efetivar, porque o jovem é maior de idade e deve</p><p>autorizar a medida.</p><p>c) uma autoridade do poder judiciário deverá solicitar a internação, porque ela envolve uma</p><p>tentativa de suicídio.</p><p>d) a alta só poderá ser autorizada por um médico, independentemente da vontade do</p><p>familiar que solicitou a medida.</p><p>e) a internação deverá ser autorizada por um médico, mesmo tendo sido solicitada por um</p><p>familiar do jovem.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Para responder a esta questão, você precisaria recorrer ao Art. 6º da Lei 10.216/2001. Nela</p><p>está exposto que a internação psiquiátrica em qualquer um de seus três tipos (voluntária,</p><p>involuntária ou compulsória) será realizada somente mediante laudo médico circunstanciado</p><p>que caracterize os seus motivos. Por isso,</p><p>A alternativa A está incorreta. O médico precisa elaborar o laudo e estar devidamente</p><p>registrado no seu conselho de classe (Art. 6º) para autorizar internação involuntária.</p><p>A alternativa B está incorreta. Ela pode ser realizada, com o laudo médico, devendo ser</p><p>comunicada ao Ministério Público Estadual (MPE) em até 72 horas (Art. 8º).</p><p>A alternativa C está incorreta. A internação compulsória é que precisa ser solicitada pela</p><p>justiça.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A alternativa D está incorreta. A família tem o direito de solicitar a internação.</p><p>A alternativa E está correta.</p><p>Gabarito: letra E.</p><p>15. (VUNESP - Prefeitura de Valinhos – 2019) De acordo com a legislação em saúde mental,</p><p>um hospital psiquiátrico que ofereça serviços médicos e psicológicos, mas não conte com</p><p>serviços em assistência social, ocupacionais e de lazer,</p><p>a) pode receber, exclusivamente, pacientes cuja internação tenha sido voluntária.</p><p>b) é destinado aos pacientes com transtornos mentais internados compulsoriamente.</p><p>c) destina-se aos pacientes com Transtornos Mentais Graves e Persistentes.</p><p>d) acolhe doentes mentais nos quais se caracterizou grave dependência institucional.</p><p>e) está impedido de receber qualquer pessoa portadora de transtorno mental.</p><p>COMENTÁRIOS: Para responder a esta questão, você deveria lembrar do Art. 4º da Lei</p><p>10.216. Este menciona que o tratamento em regime de internação deve ser estruturado de</p><p>modo a oferecer assistência integral aos pacientes com transtornos mentais, incluindo</p><p>serviços médicos, de assistência social, psicológicos, ocupacionais, de lazer e outros. Além</p><p>disso, aponta que é vedada a internação desses pacientes em instituições com</p><p>características asilares que infrinjam os direitos previstos no Art. 2º dessa mesma lei. Com</p><p>base nisso, a única alternativa possível é a última (e).</p><p>Gabarito: letra E.</p><p>16. (VUNESP - Prefeitura de Osasco – 2019) De acordo com o disposto na Lei Federal no</p><p>10.216, um juiz que determina a internação compulsória de um paciente deverá</p><p>a) estabelecer o prazo durante o qual o paciente internado permanecerá isolado na</p><p>instituição, para garantir a segurança dos demais internos.</p><p>b) designar um dos funcionários da instituição na qual ocorrerá a internação como</p><p>responsável direto pelos atos do paciente internado.</p><p>c) escolher uma instituição que não conte com serviços ocupacionais e de lazer para que se</p><p>execute esse tipo de internação.</p><p>d) nomear um agente da segurança pública para garantir a segurança da instituição, durante</p><p>o período de internação do paciente.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>e) levar em conta as condições da instituição para salvaguardar a segurança do paciente,</p><p>dos demais internos e dos funcionários.</p><p>COMENTÁRIOS: Para responder a esta questão, você precisaria</p><p>lembrar do Art. 9º da Lei</p><p>10.216/2001. Esse dispositivo diz que, no caso de internação compulsória, o juiz deverá</p><p>levar em conta as condições de segurança do estabelecimento para proteção do paciente,</p><p>dos demais internos e dos funcionários. Por isso:</p><p>A alternativa A está incorreta. O Art. 9º e nenhum outro da Lei 10.216/2001 faz menção ao</p><p>prazo de internação compulsória nem estabelece que o paciente deverá ser isolado dos</p><p>demais.</p><p>A alternativa B está incorreta. O Art. 9º não atribui responsabilidade de salvaguarda do</p><p>paciente por funcionário do estabelecimento de saúde mental.</p><p>A alternativa C está incorreta. De acordo com o Art. 4º, como você já viu, pacientes com</p><p>transtornos mentais não podem ser internados em instituições com caráter asilar.</p><p>A alternativa D está incorreta. O Art. 9º não menciona a necessidade de agente da</p><p>segurança pública para proteção da instituição.</p><p>A alternativa E está correta. Ipsis litteris o que está no Art. 9º.</p><p>Gabarito: letra E.</p><p>17. (FGV / Prefeitura de Salvador – 2019) José, 22 anos, está apresentando um quadro de</p><p>surto psicótico caracterizado por alucinações auditivas e delírios de conteúdo persecutório.</p><p>Considerando os princípios da Reforma Psiquiátrica e os equipamentos que compõem a</p><p>rede de atenção à saúde mental, o atendimento de urgência a José deverá ser prestado</p><p>em:</p><p>a) serviço residencial terapêutico, para garantir atenção domiciliar ao rapaz sem privá-lo da</p><p>convivência familiar.</p><p>b) hospital psiquiátrico, sob o regime de internação compulsória breve até a estabilização</p><p>do quadro psicótico.</p><p>c) regime ambulatorial, uma vez que a legislação vigente veda a internação de pacientes</p><p>psiquiátricos.</p><p>d) CAPS AD, considerando tratar-se de quadro agudo decorrente do abuso de substâncias</p><p>entorpecentes estimulantes.</p><p>e) unidade de pronto atendimento ou em leito ou enfermaria de saúde mental, inserida em</p><p>hospital geral.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>COMENTÁRIOS: Para responder a esta questão, você precisaria ter clareza das</p><p>características e objetivos dos diferentes pontos de atenção da RAPS e aspectos da Lei</p><p>10.216/2001. Assim:</p><p>A alternativa A está incorreta. SRT integra a estratégia de desinstitucionalização, é moradia</p><p>para acolher pessoas egressas de longo período de internação.</p><p>A alternativa B está incorreta. A internação compulsória não é medida eficaz para casos de</p><p>crise.</p><p>A alternativa C está incorreta. A Lei 10.216 não veda a internação de pacientes com</p><p>transtornos psíquicos, mas a trata como sendo necessária quando se esgota as</p><p>possibilidades de tratamento do paciente.</p><p>A alternativa D está incorreta. O caso do enunciado não apresenta que os delírios e</p><p>alucinações são decorrentes do uso de álcool ou outras drogas.</p><p>A alternativa E está correta. A UPA 24 horas acolhe e cuida de situações de crise e</p><p>emergência de pessoas com transtornos psíquicos. O leito de enfermaria não é o mais</p><p>adequado nessas situações, mas também pode cuidar de casos graves como o exposto.</p><p>Gabarito: letra E.</p><p>18. (VUNESP / Prefeitura de Valinhos – 2019) De acordo com as diretrizes da Política em</p><p>Saúde Mental, no que se refere à Rede de Atenção em Saúde (RAS), os ambulatórios de</p><p>saúde mental devem</p><p>a) concentrar suas atividades no atendimento aos casos encaminhados pelos profissionais</p><p>das unidades de saúde da Atenção Básica.</p><p>b) oferecer atendimento exclusivo aos portadores de transtornos mentais que são egressos</p><p>de hospitais psiquiátricos.</p><p>c) ser progressivamente substituídos pelos atendimentos realizados pelos Centros de</p><p>Atenção Psicossocial (CAPS) e pelos atendimentos em Atenção Básica.</p><p>d) atender a todas as demandas em saúde mental do território no qual estão inseridos,</p><p>identificando as ações que são prioritárias.</p><p>e) constituir a porta de entrada para o atendimento aos usuários dos serviços em saúde</p><p>mental da Rede de Atenção em Saúde (RAS).</p><p>COMENTÁRIOS: Apesar de os ambulatórios de saúde mental terem sido desconsiderados</p><p>pela portaria 3.088/2011 como ponto de atenção da RAPS. Eles cumprem funções</p><p>importantes. Os ambulatórios estão inseridos no nível de atenção secundário da rede de</p><p>saúde e oferecem funções complementares à Atenção Básica e aos CAPS. Com base nisso:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A alternativa A está incorreta. Os ambulatórios desenvolvem atividades específicas de</p><p>cuidado continuado, principalmente em formas de psicoterapias individuais ou em grupo.</p><p>A alternativa B está incorreta. Os ambulatórios oferecem serviços a pessoas em sofrimento</p><p>psíquico no geral.</p><p>A alternativa C está correta. Como serviço intermediário a esses dois dispositivos da RAPS</p><p>e, em função de ter sido desconsiderado formalmente dessa rede, a proposta é sua</p><p>substituição gradual.</p><p>A alternativa D está incorreta. Como forma de cuidado continuado, irá oferecer atendimento</p><p>clínico psicoterápico a pessoas em sofrimento psíquico com condições e aguardar os</p><p>agendamentos.</p><p>A alternativa E está incorreta. A função de porta de entrada à RAS é de responsabilidade</p><p>das Unidades de Atenção Básica.</p><p>Gabarito: letra C.</p><p>19. (VUNESP - Prefeitura de Valinhos – 2019) A atenção oferecida aos portadores de</p><p>transtorno mental nos Centros de Convivência favorece a:</p><p>a) troca de vivências entre pessoas que sofrem com as mesmas patologias.</p><p>b) realização de um trabalho efetivo e produtivo por parte de seus usuários.</p><p>c) proteção contra a exclusão social e contra a estigmatização da loucura.</p><p>d) constituição de comunidades e subjetividades coletivas.</p><p>e) independência e autossuficiência dos portadores de transtornos mentais.</p><p>COMENTÁRIOS: Para responder a esta questão, você precisaria se lembrar da Portaria</p><p>3.088/2011 que caracteriza os Centros de Convivência. Eles são espaços de sociabilidade,</p><p>produção e intervenção na cultura e na cidade. Tratam-se de locais de convívio e</p><p>sustentação das diferenças. Com base nisso,</p><p>A alternativa A está incorreta. É uma unidade pública, atende a comunidade em geral e as</p><p>pessoas com transtornos mentais, em específico.</p><p>A alternativa B está incorreta. As cooperativas sociais/empreendimentos solidários, como</p><p>estratégia de reabilitação psicossocial da RAPS é que está mais alinhada aos aspectos de</p><p>trabalho.</p><p>A alternativa C está incorreta. De forma geral, todos os dispositivos da RAPS têm essa</p><p>característica – não sendo exclusividade dos CC.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A alternativa D está correta.</p><p>A alternativa E está incorreta. Assim como a alternativa b, essa opção está alinhada à</p><p>proposta das cooperativas sociais/empreendimentos solidários.</p><p>Gabarito: letra D.</p><p>20. (VUNESP / Prefeitura de Itapevi – 2019) Os Centros de Convivência foram idealizados</p><p>como dispositivos de saúde mental que têm como objetivo:</p><p>a) proteger os portadores de transtornos mentais graves do contato com a discriminação.</p><p>b) conectar entre si os indivíduos em sofrimento psíquico excluídos da sociedade.</p><p>c) ampliar o serviço de atendimento clínico àqueles que sofrem com patologias diversas.</p><p>d) produzir saúde por meio da promoção de ações com outros campos da cultura.</p><p>e) estimular a produtividade e a adaptação ao trabalho nos portadores de doença mental.</p><p>COMENTÁRIOS: Para responder a esta questão, você precisaria se lembrar da Portaria</p><p>3.088/2011 que caracteriza os Centros de Convivência. Eles são espaços de sociabilidade,</p><p>produção e intervenção na cultura e na cidade. Tratam-se de locais de convívio e</p><p>sustentação das diferenças. Com base nisso,</p><p>A alternativa A está incorreta. Os CC não são de uso exclusivo das pessoas</p><p>com transtornos</p><p>mentais graves e nem visa proteger contra a discriminação, mas incentivar o convívio com</p><p>as diferenças.</p><p>A alternativa B está incorreta. Os CC não são de uso exclusivo de pacientes com transtornos</p><p>mentais, são unidades públicas.</p><p>A alternativa C está incorreta. Os CC são espaços de produção e intervenção na cultura e</p><p>na cidade, não oferecem tratamento clínico a patologias.</p><p>A alternativa D está correta.</p><p>A alternativa E está incorreta. Os CC não têm essa proposta, essa finalidade é das</p><p>cooperativas sociais/empreendimentos solidários.</p><p>Gabarito: letra D.</p><p>21. (FUNDEP / Prefeitura de Ervália – 2019) O Serviço de Residência Terapêutica – SRT é</p><p>um programa do SUS que vem se concretizando como alternativa viável para um grande</p><p>número de pessoas que estão há anos internadas em hospitais psiquiátricos, por não</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>contarem com suporte adequado da comunidade. Considerando a importância do trabalho</p><p>interdisciplinar, são objetivos do SRT, exceto:</p><p>a) Possibilitar um suporte de reabilitação social dessas pessoas, muitas vezes com</p><p>internações prolongadas em hospitais psiquiátricos.</p><p>b) Promover uma atenção básica à saúde, por se constituir como serviço de saúde, em</p><p>substituição ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS).</p><p>c) Acolher moradores de rua com transtornos mentais severos, quando inseridos em</p><p>projetos terapêuticos especiais acompanhados nos CAPS.</p><p>d) Estabelecer convênios com entidades filantrópicas, associações e ONGs para a</p><p>implementação e acompanhamento de suas ações.</p><p>COMENTÁRIOS: As alternativas estão corretas, com exceção da letra b. O que a invalida é</p><p>o fato de que SRT é uma estratégia de desinstitucionalização e, por isso, não está inserido</p><p>na atenção básica. Além disso, os CAPS continuam sendo pontos de atenção da RAPS e</p><p>não serão substituídos por um serviço cujo propósito é oferecer moradia para pacientes</p><p>psiquiátricos egressos ou moradores de rua.</p><p>Gabarito: letra B.</p><p>22. (VUNESP / Prefeitura de Valinhos – 2019) De acordo com a nova perspectiva para</p><p>atenção em saúde mental, os pacientes internados em hospitais psiquiátricos</p><p>a) precisam receber atendimento diário, de todos os membros da equipe multiprofissional</p><p>da unidade, de acordo com o seu projeto terapêutico individual.</p><p>b) devem ser preparados para alta hospitalar e ter garantida uma referência para a</p><p>continuidade de seu tratamento em serviço territorial compatível com suas necessidades.</p><p>c) podem ser conduzidos para os espaços restritivos disponíveis na instituição, no caso de</p><p>manifestarem crises agudas incapazes de serem contidas pela equipe.</p><p>d) dispensam a formulação de um projeto terapêutico individualizado para o seu caso, uma</p><p>vez que a política de saúde mental preconiza a desinstitucionalização.</p><p>e) necessitam ser integrados aos projetos terapêuticos padronizados e formulados para os</p><p>pacientes da instituição, logo após a sua admissão até o momento de sua alta.</p><p>COMENTÁRIOS: Para responder a esta questão, você precisaria usar os conhecimentos</p><p>sobre a Lei 10.216/2001, a Portaria 8.088/2011 e o conceito de projeto terapêutico. Com</p><p>base nisso:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A alternativa A está incorreta. Não há menção em nenhum dos dispositivos citados acima</p><p>sobre a necessidade de atendimento diário da equipe multiprofissional.</p><p>b) A alternativa B está correta. Na portaria 8.088/2011 está indicado que os hospitais</p><p>psiquiátricos devem acolher casos graves em regime de curta duração e estar articulados</p><p>com os CAPS.</p><p>A alternativa C está incorreta. De acordo com a Lei 10.216/2001, os pacientes apresentam</p><p>direitos que não podem ser negligenciados pela falta de perícia profissional.</p><p>A alternativa D está incorreta. De acordo com a Portaria 8.088/2011, o cuidado das pessoas</p><p>em hospital psiquiátrico deve ser orientado pelo projeto terapêutico quando o paciente</p><p>está vinculado a um serviço de referência (CAPS).</p><p>A alternativa E está incorreta. A lógica de atendimento é individual, o projeto terapêutico é</p><p>elaborado conjuntamente com o paciente, a família e a equipe.</p><p>Gabarito: letra B.</p><p>23. (FUNDEP / Prefeitura de Ervália – 2019) Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS)</p><p>prestam serviços de saúde de caráter aberto e comunitário por meio de uma equipe</p><p>multiprofissional, responsável pelo atendimento às pessoas com sofrimento ou transtorno</p><p>mental, incluindo aquelas com necessidades decorrentes do uso de álcool e outras drogas.</p><p>Considerando a importância da entrevista inicial feita pelo psicólogo da equipe do CAPS,</p><p>assinale a conduta que deve ser realizada.</p><p>a) Triagem inicial para o diagnóstico das condições de saúde do paciente.</p><p>b) Apresentar ao paciente a equipe multiprofissional que irá atendê-lo.</p><p>c) Considerar o histórico de vida do paciente e os sintomas apresentados.</p><p>d) Pesquisar os dados familiares do paciente para o encaminhamento ao CAPS.</p><p>COMENTÁRIOS: A entrevista inicial ou acolhimento é uma postura, uma técnica e um</p><p>reorientador para os profissionais de saúde. Com base nisso,</p><p>A alternativa A está incorreta. O psicólogo não deverá realizar, neste contato inicial,</p><p>diagnóstico do paciente.</p><p>A alternativa B está incorreta. Nesse momento, o psicólogo deverá ter uma conversa</p><p>individualizada com foco na história e nas demandas do paciente.</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A alternativa D está incorreta. Essa alternativa contradiz o enunciado da questão, o qual</p><p>situa os CAPS como serviços de caráter aberto e comunitário. O paciente não precisa ser</p><p>encaminhado.</p><p>Gabarito: letra C.</p><p>24. (VUNESP - Prefeitura de Osasco – 2019) O acolhimento noturno de um paciente com</p><p>transtorno mental grave nos Centros de Atenção Psicossocial deverá atender:</p><p>a) a qualquer cidadão em sofrimento mental que pertença ao território no qual o serviço</p><p>está inserido, por tempo indeterminado.</p><p>b) preferencialmente aos usuários do serviço que estão vinculados a um projeto terapêutico,</p><p>e no máximo por sete dias corridos.</p><p>c) exclusivamente aos usuários do serviço cujas famílias também integrem as ações</p><p>promovidas na unidade.</p><p>d) aos usuários do serviço somente para a contenção medicamentosa, antes de serem</p><p>conduzidos a um hospital psiquiátrico.</p><p>e) somente aos usuários do serviço cujos vínculos familiares estejam rompidos, o que</p><p>justifica seu acolhimento na unidade.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>A alternativa A está incorreta.O acolhimento noturno é recomendado para casos pontuais,</p><p>que exijam cuidado integral por determinado período de tempo.</p><p>A alternativa B está correta. De acordo com a portaria 336/2002.</p><p>A alternativa C está incorreta.O acolhimento noturno não é restrito aos usuários cujos</p><p>familiares integrem o atendimento. Isso violaria o direito do paciente em receber um</p><p>tratamento condizente a sua condição.</p><p>A alternativa D está incorreta. O acolhimento noturno é uma tecnologia de encontro e</p><p>contato com pacientes que estão em momentos de maior vulnerabilidade em seus estados</p><p>clínicos, demandando cuidado contínuo.</p><p>A alternativa E está incorreta. Nesse caso, seria adequado os pontos de atenção residencial</p><p>de caráter transitório como postulado na Portaria 3.088/2011.</p><p>Gabarito: letra B.</p><p>25. (CONTEMAX - Prefeitura de Conceição – 2019) Segundo Lustosa (2000), uma aplicação</p><p>interessante do conceito de interdisciplinaridade na saúde diz respeito à interconsulta. A</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600</p><p>- Naldira Luiza Vieria</p><p>interconsulta consiste na presença de um profissional de saúde em uma unidade ou serviço</p><p>médico geral atendendo à solicitação de um profissional da área de saúde em relação ao</p><p>atendimento de um paciente. Isto garante um atendimento global do paciente, tendo a</p><p>psicologia um importante papel a cumprir neste contexto. Isto posto, o psicólogo pode</p><p>intervir nesse momento:</p><p>a) Somente quando solicitado.</p><p>b) A fim de colaborar na abordagem psicossocial do paciente, sempre que for necessário.</p><p>c) Na interface com a enfermagem.</p><p>d) Auxiliar especificamente na tarefa de ensino e pesquisa.</p><p>e) Deter-se apenas a diagnóstico.</p><p>COMENTÁRIOS: Apesar de trazer o conceito de interconsulta (conteúdo que será visto na</p><p>aula 01), esta questão não precisa necessariamente desse conhecimento. Para respondê-la,</p><p>você precisaria entender que a lógica multiprofissional e interdisciplinar pressupõe</p><p>participação do psicólogo em uma equipe e não somente em interface com a enfermagem</p><p>(c) e que sua atuação será, de fato, colaborar para uma perspective psicossocial do paciente</p><p>nas situações necessárias. Irá ultrapassar, portanto, ensino e pesquisa (d) e o diagnóstico (e).</p><p>Gabarito: letra B.</p><p>26. (VUNESP - IPREMM– 2019) O trabalho em equipe multiprofissional nos serviços de</p><p>saúde:</p><p>a) Diminui a responsabilidade de cada profissional da equipe de saúde em relação aos</p><p>pacientes por ela atendidos.</p><p>b) Permite que várias ações necessárias aos atendimentos da equipe sejam</p><p>compartimentalizadas para sua maior eficácia.</p><p>c) Aceita que cada profissional, dentro de sua especialidade, realize os atendimentos que</p><p>acredita serem pertinentes para cada paciente.</p><p>d) Possibilita o compartilhamento de responsabilidades na tomada de decisões quanto aos</p><p>atendimentos realizados junto aos pacientes.</p><p>e) Solicita que cada um dos membros da equipe se envolva com todas as ações necessárias</p><p>ao acompanhamento de seus pacientes.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A alternativa A está incorreta. Os profissionais precisam assumir suas devidas</p><p>responsabilidades, no que diz respeito aos casos e demandas atendidas.</p><p>A alternativa B está incorreta. A lógica da atuação multiprofissional é a interdisciplinaridade</p><p>e, por isso, não se coaduna com fragmentações na prática para atender uma suposta</p><p>eficácia.</p><p>A alternativa C está incorreta. A atuação profissional não acontece de modo individualizado.</p><p>Essa é uma ideia de multidisciplinaridade.</p><p>A alternativa D está correta. A alternativa apresenta a lógica de atendimento</p><p>multiprofissional dos serviços em saúde: a interdisciplinaridade.</p><p>A alternativa E está incorreta. A ideia defendida se aproxima do conceito de atuação</p><p>transdisciplinar. Não é a atual proposta de trabalho das equipes de saúde.</p><p>Gabarito: letra D.</p><p>27. (UFMT/ Pref. Cáceres – 2018) O CAPSad pode atuar de forma preventiva e a lógica que</p><p>sustenta esse procedimento é a Redução de Danos. Dentro dessa perspectiva, assinale a</p><p>alternativa INCORRETA.</p><p>a) Correspondem a ações que tentam principalmente reduzir, para os usuários de álcool e</p><p>outras drogas, suas famílias e comunidades, as consequências negativas relacionadas à</p><p>saúde, a aspectos sociais e econômicos decorrentes de substâncias que alteram o</p><p>temperamento.</p><p>b) Podem proporcionar aos usuários do serviço, desde a mudança de vias de administração</p><p>de drogas, passando pela distribuição de seringas/agulhas para usuários de drogas</p><p>injetáveis, chegando a tratamento de substituição e evitar a associação do beber-dirigir.</p><p>c) As estratégias de prevenção devem contemplar a utilização combinada dos seguintes</p><p>elementos: fornecimento de informações sobre os danos do álcool e outras drogas,</p><p>alternativas para lazer e atividades livres de drogas; devem também facilitar a identificação</p><p>de problemas pessoais e o acesso ao suporte para tais populações.</p><p>d) São práticas voltadas para minimizar consequências globais provenientes do uso de</p><p>álcool e outras drogas. São necessárias propostas mais flexíveis, que tenham a abstinência</p><p>total com a meta viável e possível aos usuários dos serviços CAPSad.</p><p>COMENTÁRIOS:Todas as alternativas estão corretas, com exceção da d. O que a invalida é</p><p>o fato de apresentar a Redução de Danos como uma proposta flexível, mas que coloca a</p><p>abstinência total como meta viável. A proposta de RD é de promover um cuidado</p><p>emancipatório, possibilitando a crescente autonomia do paciente. É o paciente que define</p><p>seus objetivos e necessidades, com o apoio e esclarecimento do profissional de referência.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Gabarito: letra D.</p><p>28. (FUNDEP / Prefeitura de Ervália – 2019) Considere o caso hipotético a seguir.</p><p>Um homem, 45 anos de idade, morava sozinho e sempre era visto andando nas ruas do</p><p>bairro como um maltrapilho. Segundo os vizinhos, ele não tinha nenhum parente próximo.</p><p>Era conhecido na comunidade local pelo comportamento agitado, às vezes era visto</p><p>gritando ou conversando sozinho, outras vezes andando cabisbaixo, aparentando muito</p><p>sofrimento. Foi encaminhado por uma vizinha para um atendimento no CAPS. Ao chegar</p><p>no CAPS, foi acolhido pela psicóloga para um atendimento.</p><p>Considerando a importância do acolhimento no CAPS, a atitude correta a ser tomada pela</p><p>psicóloga é</p><p>a) orientar a procura pelo SUS para um atendimento clínico, considerando o seu estado.</p><p>b) encaminhar o indivíduo ao médico de plantão para fazer exames e um diagnóstico inicial</p><p>da situação.</p><p>c) ouvir atentamente a história dele e estabelecer uma relação de confiança para um</p><p>posterior diagnóstico.</p><p>d) conversar com quem fez o encaminhamento ao CAPS e pedir para que procure um</p><p>familiar do atendido, considerando que não há nenhum vínculo entre ambos.</p><p>COMENTÁRIOS: O acolhimento ou entrevista inicial apresenta o propósito de estabelecer</p><p>uma conexão com o paciente. Nesse momento, é importante uma postura e escuta</p><p>receptiva da história e das demandas do paciente. Por isso, a única alternativa viável seria a</p><p>letra c. Com base nisso, as demais alternativas estão incorretas porque:</p><p>A alternativa A está incorreta. O CAPS já integra o SUS. Na rede de atenção à saúde (RAS)</p><p>está inserido na atenção psicossocial (RAPS). É um dispositivo estratégico da rede de</p><p>cuidados.</p><p>A alternativa B está incorreta. Essa não é a proposta do acolhimento no CAPS.</p><p>A alternativa C está correta.</p><p>A alternativa D está incorreta. Essa alternativa sai do escopo e bom senso do que seja a</p><p>proposta de acolhimento e cuidado das pessoas com transtornos mentais.</p><p>Gabarito: letra C.</p><p>29. (CONTEMAX / Prefeitura de Conceição – 2019) No plantão psicológico, cujo objetivo</p><p>é o atendimento emergencial à demanda, tem-se uma proposta muito semelhante, embora</p><p>esta prática tenha se desenvolvido a partir de um contexto, o de aconselhamento</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>psicológico, “solo para as tensões da existência do homem em situação de vida no mundo</p><p>com os outros, ou seja, das relações interpessoais” (Morato, 1999, p. 83) nem sempre visto</p><p>como atividade clínica. De acordo com o plantão psicológico é CORRETO afirmar que:</p><p>a) Tal prática inspira-se na proposta de atendimento clínico, por meio dos moldes</p><p>consultoriais.</p><p>b) Viabilizam um atendimento de tipo emergencial e que funciona com a necessidade de</p><p>agendamento, destinado a pessoas que a ele recorrem, em busca de ajuda para problemas</p><p>de natureza emocional.</p><p>c) A entrevista do plantão visa facilitar que o cliente clarifique a natureza de seu sofrimento</p><p>e de sua demanda por ajuda. O tipo de perguntas</p><p>e o grau de elaboração que são</p><p>alcançados nesta primeira entrevista serve apenas para consultar dados sociodemográficos</p><p>do cliente.</p><p>d) As relações nas quais pelo menos uma das partes (plantonista) procura promover na outra</p><p>crescimento, o desenvolvimento, a maturidade, um melhor funcionamento e uma maior</p><p>capacidade de enfrentar a vida se restringe a uma escuta breve, na qual não há</p><p>aprofundamento das questões.</p><p>e) O outro, neste sentido, pode ser quer um indivíduo, quer um grupo. Por outras palavras,</p><p>a relação de ajuda durante os plantões pode ser definida como uma situação na qual um</p><p>dos participantes procura promover numa ou noutra parte, ou em ambas uma maior</p><p>apreciação, uma maior expressão e uma utilização funcional dos recursos internos latentes</p><p>do indivíduo.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>A alternativa A está incorreta. O plantão psicológico é para momentos de crise, por isso</p><p>não se insere nos moldes e tempos da clínica. Trata-se de uma psicoterapia de urgência.</p><p>A alternativa B está incorreta. O plantão psicológico não se insere na lógica de</p><p>agendamento, pois isso invalidaria a proposta da sua existência.</p><p>A alternativa C está incorreta. O plantão psicológico é um momento e espaço de escuta</p><p>das demandas e do intenso sofrimento do sujeito. Não serve para consulta de dados</p><p>sociodemográficos.</p><p>A alternativa D está incorreta. O plantão psicológico não é um atendimento clínico nos</p><p>moldes tradicionais. É para acolher urgências, sofrimento psíquico intenso.</p><p>A alternativa E está correta. Exatamente.</p><p>Gabarito: letra E.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>30. (FUNDEP - Prefeitura de Lagoa Santa – 2019) Segundo Figueiredo e Campos (2009), o</p><p>apoio matricial é “um suporte técnico especializado que é ofertado a uma equipe</p><p>interdisciplinar em saúde a fim de ampliar seu campo de atuação e qualificar suas ações”.</p><p>Após a leitura desse trecho, assinale a alternativa correta.</p><p>a) O matriciamento é um modelo assistencial no qual o paciente é atendido individualmente</p><p>pelo profissional especialista em saúde mental.</p><p>b) O matriciamento constitui uma ferramenta de transformação na qual o profissional de</p><p>saúde mental pode supervisionar a realização de projetos terapêuticos singulares pela</p><p>equipe.</p><p>c) São profissionais matriciadores em saúde mental na atenção primária apenas psiquiatras,</p><p>psicólogos e terapeutas ocupacionais.</p><p>d) O matriciamento deve ser solicitado nos casos em que a equipe de referência sente</p><p>necessidade de apoio da saúde mental para abordar e conduzir um caso que exige</p><p>esclarecimento diagnóstico, estruturação de um projeto terapêutico e abordagem da</p><p>família.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>A alternativa A está incorreta. Nesse caso, estaria mais para atendimento clínico o que foge</p><p>do escopo do apoio matricial.</p><p>A alternativa B está incorreta. O profissional que oferece matriciamento irá atuar em casos</p><p>para os quais a equipe de referência não tem repertório técnico ou conhecimento. Não</p><p>pressupõe relação hierárquica de supervisão.</p><p>A alternativa C está incorreta. Além dos profissionais citados, estão inclusos ainda</p><p>fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros de saúde mental.</p><p>A alternativa D está correta.</p><p>Gabarito: letra D.</p><p>31. (VUNESP - Prefeitura de Osasco – 2019) Uma das estratégias que podem ser adotadas</p><p>por um psicólogo que trabalha em um ambulatório de um hospital geral é a realização de</p><p>um grupo de sala de espera. Essa modalidade de atendimento grupal</p><p>a) consegue atender tanto aos objetivos da instituição quanto aos objetivos dos pacientes</p><p>que aguardam atendimento.</p><p>b) atende à grande demanda de pacientes que esperam atendimento, mas aumenta o</p><p>tempo de espera pelo cuidado efetivo.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>c) estimula uma atitude passiva nos pacientes, que favorece a aceitação das condutas e</p><p>procedimentos médicos indicados.</p><p>d) acolhe os pacientes durante a espera pelo atendimento, impedindo a manifestação das</p><p>questões individuais que se sobrepõem à doença.</p><p>e) oferece soluções imediatas para a maioria dos pacientes, identificando aqueles que</p><p>realmente precisam de cuidados médicos.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>A alternativa A está correta. O grupo de sala de espera é um momento em que os pacientes</p><p>podem expressar seus sentimentos em relação aos atendimentos. A instituição poderá</p><p>alcançar seu objetivo, por exemplo, trabalhando temas mais proeminentes naquele</p><p>contexto.</p><p>A alternativa B está incorreta. O grupo de sala de espera é dinâmico, obedece ao fluxo da</p><p>própria instituição. Os pacientes que são chamados para o atendimento interrompem sua</p><p>participação.</p><p>A alternativa C está incorreta. O grupo de sala de espera estimula os pacientes são a se</p><p>expressarem a partir das discussões e iniciativas fomentadas pelos profissionais de saúde.</p><p>A alternativa D está incorreta. O grupo de sala de espera não impede a manifestação de</p><p>questões individuais, como propõe esta alternativa.</p><p>A alternativa E está incorreta. O grupo de sala de espera não tem a proposta de oferecer</p><p>soluções e discriminar as demandas dos pacientes.</p><p>Gabarito: letra A.</p><p>32. (VUNESP/ Sertãozinho – 2018) Uma das atribuições de um psicólogo que atua, segundo</p><p>uma abordagem psicodinâmica, frente a uma equipe psiquiátrica, é a de:</p><p>a) Conscientizar os membros da equipe de que vão vivenciar sentimentos poderosos em</p><p>relação aos pacientes, que podem ser usados como ferramentas diagnóstica e terapêutica.</p><p>b) Ajudar os membros da equipe a conterem, sem expressar, sentimentos</p><p>contratransferenciais em relação aos pacientes, mesmo em reuniões da equipe.</p><p>c) Diagnosticar cada um dos membros da equipe em relação à sua capacidade de contenção</p><p>de afetos, para que a fragilidade da equipe não impeça a atuação do grupo.</p><p>d) Colaborar para que o foco das reuniões da equipe se concentre nas tarefas a serem</p><p>executadas com os pacientes, evitando a interferência de elementos contratransferenciais.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>e) Interpretar, durante as reuniões da equipe, os conflitos individuais dos membros do grupo</p><p>que podem comprometer o atendimento às demandas dos pacientes.</p><p>COMENTÁRIOS:</p><p>A alternativa A está correta. A conscientização da equipe pode ser realizada pelo psicólogo.</p><p>Isso pode auxiliar na vivência de ambiguidade, como a onipotência – impotência, possível</p><p>nos diferentes setores do contexto hospitalar.</p><p>A alternativa B está incorreta. A perspectiva psicodinâmica não visa à repressão de</p><p>conteúdos psíquicos. Isso favoreceria a formação de sintomas. A contratransferência precisa</p><p>ser reconhecida e elaborada, de acordo com a disponibilidade e conforme a escolha dos</p><p>membros da equipe.</p><p>A alternativa C está incorreta. Seria uma postura antiética do psicólogo. Essa não é a sua</p><p>função na equipe multiprofissional. Independentemente da sua abordagem teórica.</p><p>A alternativa D está incorreta. O psicólogo que atende na perspectiva psicodinâmica não</p><p>irá evitar a emergência de conteúdos psíquicos dos membros da equipe.</p><p>A alternativa E está incorreta. Igualmente a alternativa c, esta opção pressupõe uma conduta</p><p>antiética do psicólogo que atua sob a perspectiva psicodinâmica. Esse, com certeza, não é</p><p>o propósito desse profissional na equipe.</p><p>Gabarito: letra A.</p><p>33. (VUNESP / Prefeitura de Valinhos – 2019) Um psicólogo que atua na área da saúde está</p><p>realizando um grupo operativo com o propósito de promover a qualidade de vida de</p><p>pacientes com doenças degenerativas. A principal atividade do coordenador do grupo,</p><p>nesse caso, é a de</p><p>a) interpretar os fatores inconscientes que impedem a evolução exitosa do grupo.</p><p>b) estabelecer a comunicação apropriada entre os diversos níveis da dinâmica grupal.</p><p>c) manter o foco dos pacientes nas atividades que foram definidas como tarefa do grupo.</p><p>d) determinar o clima de trabalho que deve predominar entre os membros do grupo.</p><p>e) impedir a atuação das ansiedades básicas que surgirem na dinâmica grupal.</p><p>COMENTÁRIOS: Os grupos operativos têm propósitos pontuais. Portanto, o coordenador</p><p>está interessado na execução da tarefa, como propõe a alternativa c. O coordenador não</p><p>irá interpretar fatores inconscientes (a), tampouco definir o que é uma comunicação</p><p>apropriada (b), determinar um clima de trabalho (d) ou impedir ansiedades básicas (e). Essa</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>seria uma postura impositiva, o que contraria, de forma geral, os trabalhos realizados em</p><p>grupo ou individualmente.</p><p>Gabarito: letra C.</p><p>34. Por Pichon Rivière, é correto afirmar:</p><p>a) O esquema conceitual referencial operativo (ECRO) instrumentaliza-se num processo que</p><p>não se dá sem conflitos e pode ser entendido como a base na tensão entre o interesse de</p><p>cada um e o interesse do grupo.</p><p>b) Os grupos operativos buscam operar em uma determinada tarefa, sem que exista uma</p><p>finalidade psicoterápica.</p><p>c) A identificação é o núcleo dos mecanismos psicológicos para formar o grupo operativo.</p><p>d) A mentalidade grupal existe em todo grupo operativo e é o resultado da interação entre</p><p>os desejos de cada participante e os valores e normas do grupo.</p><p>COMENTÁRIOS: As alternativas foram formuladas para confundir o candidato que inseguro</p><p>na teoria. Apesar disso, a resposta é óbvia, pois os grupos operativos não serão orientados</p><p>a finalidades psicoterápicas.</p><p>Os grupos operativos podem ser de ensino aprendizagem, institucionais, comunitário e</p><p>terapêutico.</p><p>Gabarito: letra B.</p><p>35. (IBFC/ Divinópolis – 2018) Avalie as informações abaixo relacionadas ao funcionamento</p><p>de um grupo terapêutico de abordagem psicanalítica, julgando cada uma delas como</p><p>verdadeira (V) ou falsa (F).</p><p>( ) No funcionamento do grupo, observa-se um permanente jogo de assunção de papéis.</p><p>( ) Um indicador de que está havendo uma boa evolução grupal é quando os papéis deixam</p><p>de ser fixos e estereotipados e adquirem uma plasticidade intercambiável.</p><p>( ) O papel do bode expiatório é assumido por um dos participantes do grupo que o</p><p>desempenha através de inúmeros recursos resistenciais, que procura obstaculizar o</p><p>andamento exitoso da tarefa grupal, e em geral é assumido pelo indivíduo que seja</p><p>portador de uma excessiva inveja e defesas narcisísticas.</p><p>A ordem correta de afirmações verdadeiras e falsas, de cima para baixo é:</p><p>a) V, V, F</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>b) V, F, F</p><p>c) F, F, V</p><p>d) V, F, V</p><p>COMENTÁRIOS: Os dois primeiros itens são verdadeiros e o último item é falso. Nós vimos</p><p>isso em grupos operativos, que têm viés psicanalítico. O que invalida o último item é o fato</p><p>de descrever as características do papel de líder de resistência e não do bode expiatório.</p><p>Portanto a primeira alternativa é a correta.</p><p>Gabarito: letra A.</p><p>Fim de aula! Aguardo a sua presença em nosso próximo encontro!</p><p>Um abraço,</p><p>Prof. Thayse Duarte</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>LISTA DE QUESTÕES</p><p>1. (CESPE – 2020 – HUB – Residência Multirpfissional) A respeito dos aspectos</p><p>multifatoriais e interdisciplinares que envolvem o adoecimento e o processo de</p><p>tratamento do câncer, julgue o item que se segue.</p><p>Os cuidados paliativos ocorrem somente no momento da terminalidade, por isso não</p><p>envolvem o processo de evolução de doenças crônico-degenerativas.</p><p>2. (CESPE – 2018 – HUB – Residência Multiprofissional) De acordo com Kubler Ross (1989),</p><p>o paciente e a família, ao tomarem conhecimento da gravidade da doença, podem passar</p><p>por cinco estágios emocionais: negação, revolta, barganha, depressão e aceitação. Com</p><p>referência a esses estágios, julgue o item a seguir.</p><p>A negação é uma defesa temporária, nem sempre total, pois pode ocorrer de um paciente</p><p>falar sobre sua doença, mas não se relacionar com ela, como se o doente fosse outra</p><p>pessoa.</p><p>3. (CESPE – 2013 – DEPEN) No que diz respeito ao processo de adoecimento e ao</p><p>enfrentamento da doença, julgue os itens a seguir.</p><p>A atuação do psicólogo hospitalar em casos de pacientes com doenças terminais é</p><p>fundamental, podendo ele ajudar esses pacientes na experimentação de sentimentos e</p><p>angústias que podem ocorrer nessas situações em que a morte é o tema central.</p><p>4. (CESPE – 2015 – DEPEN) No que se refere ao processo de adoecimento e à adesão ao</p><p>tratamento, julgue o item a seguir.</p><p>A participação ou envolvimento familiar, em geral, implica em uma maior adesão ao</p><p>tratamento de pacientes portadores de doenças crônicas, como, por exemplo, o câncer.</p><p>5. (CESPE – 2014 – TC/DF) No que se refere ao estresse e às suas consequências, julgue os</p><p>próximos itens.</p><p>De acordo com a teoria do estresse proposta por Selye, o manejo do estresse pode ser</p><p>feito pela remoção de estressores desnecessários à vida e por meio de evitação ou fuga</p><p>das condições adversas que o causam.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6. (CESPE – 2016 – TCE/PA) Adulto, Luís sofreu um grave acidente automobilístico e teve</p><p>de amputar o braço esquerdo. Um mês após a amputação e a alta médica, ele foi levado</p><p>ao hospital por ter sofrido um colapso: isolado da família, havia passado dias bebendo, sem</p><p>se alimentar adequadamente, e com comportamento violento. Na semana anterior ao</p><p>colapso, Luís havia se queixado de forte dor no membro amputado, tendo-a descrito como</p><p>paralisante, aguda e ardente. Como Luís sentia fortes dores no braço desde a infância, em</p><p>decorrência de outro acidente, e como estava constantemente embriagado desde a</p><p>amputação, sua família não deu importância a sua queixa, tendo acreditado que ela poderia</p><p>ser uma memória do acidente ocorrido na infância.</p><p>Considerando as teorias do manejo e enfrentamento da dor e do estresse, julgue o item a</p><p>seguir, acerca da situação hipotética apresentada.</p><p>É possível que Luís esteja vivenciando a terceira etapa da síndrome geral de adaptação.</p><p>Essa etapa é denominada reação de alarme e ocorre quando as reservas de energia do</p><p>corpo já estão exauridas.</p><p>7. (CESPE – 2016 – TCE/PA) Acerca da psicologia da saúde, julgue o próximo item.</p><p>Para alguns pacientes diagnosticados com câncer ou em tratamento contra o câncer, o</p><p>enfrentamento da doença por meio da aplicação de técnicas como visualização guiada e</p><p>dessensibilização sistemática pode ser positivo.</p><p>8. (CESPE – 2016 – TCE/PA) Adulto, Luís sofreu um grave acidente automobilístico e teve</p><p>de amputar o braço esquerdo. Um mês após a amputação e a alta médica, ele foi levado</p><p>ao hospital por ter sofrido um colapso: isolado da família, havia passado dias bebendo, sem</p><p>se alimentar adequadamente, e com comportamento violento. Na semana anterior ao</p><p>colapso, Luís havia se queixado de forte dor no membro amputado, tendo-a descrito como</p><p>paralisante, aguda e ardente. Como Luís sentia fortes dores no braço desde a infância, em</p><p>decorrência de outro acidente, e como estava constantemente embriagado desde a</p><p>amputação, sua família não deu importância a sua queixa, tendo acreditado que ela poderia</p><p>ser uma memória do acidente ocorrido na infância.</p><p>Considerando as teorias do manejo e enfrentamento da dor e do estresse, julgue o item</p><p>a</p><p>seguir, acerca da situação hipotética apresentada.</p><p>O abuso de álcool por Luís constitui estratégia de enfrentamento do estresse pouco eficaz</p><p>e mal adaptativa a longo prazo.</p><p>9. (CESPE - 2017) No que se refere à psicologia da saúde e à atuação do psicólogo nessa</p><p>área, julgue o item que se segue.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A prevenção primária deve estar diretamente relacionada à promoção de saúde.</p><p>10. (CESPE – 2016 – TRT 8ª Região) A respeito das teorias e dos manejos do estresse,</p><p>assinale a opção correta.</p><p>a) A reatividade não se associa à vulnerabilidade nem à predisposição do indivíduo a</p><p>doenças, embora seja uma reação fisiológica ao estresse, própria de cada indivíduo.</p><p>b) Segundo o modelo transacional, o estresse pode ser compreendido ao se avaliar,</p><p>separadamente, os eventos ambientais e as respostas do indivíduo.</p><p>c) As transações entre os indivíduos e os ambientes por eles ocupados são motivadas</p><p>pela avaliação reativa dos estressores potenciais.</p><p>d) De acordo com o modelo da diátese do estresse, os fatores de predisposição e os</p><p>fatores de precipitação do ambiente atuam conjunta e dinamicamente na</p><p>suscetibilidade do indivíduo ao estresse e, consequentemente, a doenças.</p><p>e) A avaliação primária do estresse compreende tanto a reação do indivíduo a um</p><p>evento considerado ameaçador ao seu bem-estar como o processo de determinação</p><p>dos recursos disponíveis e das estratégias eficazes para enfrentá-lo.</p><p>11. (CESPE – 2020 – TJ/PA) Assinale a opção correta, a respeito da inserção e do trabalho</p><p>do psicólogo no contexto saúde-doença.</p><p>a) A demanda pela intervenção psicológica no processo saúde-doença é igualmente</p><p>reconhecida tanto pelos profissionais e serviços que seguem o modelo biomédico</p><p>quanto pelos que seguem o modelo biopsicossocial.</p><p>b) Atualmente, a incidência de doenças agudas é menor do que há três décadas, o que</p><p>aumenta a longevidade e reduz a demanda pelo trabalho do psicólogo da saúde.</p><p>c) A psicoeducação é inadequada para pacientes em situação de reabilitação, mas é</p><p>útil na prevenção de doenças.</p><p>d) Não cabe ao psicólogo sensibilizar pais para que estes imunizem os filhos contra</p><p>doenças infectocontagiosas, pois tal prática está fora da área de conhecimento desse</p><p>profissional.</p><p>e) Variáveis comportamentais são relevantes na prevenção da morte precoce e do</p><p>desenvolvimento de doenças crônicas e agudas.</p><p>12. (CESPE – 2016 – TRT 8ª Região) Assinale a opção correta relativamente à dor.</p><p>a) Os fatores culturais são irrelevantes para a compreensão da experiência dolorosa.</p><p>b) Na avaliação da experiência dolorosa, a queixa álgica sobrepõe-se às qualidades</p><p>afetivas referentes à sintomatologia dolorosa.</p><p>c) Os aspectos do inter-relacionamento familiar do indivíduo precisam ser</p><p>desconsiderados na avaliação da experiência dolorosa e na escolha das possíveis</p><p>adequações terapêuticas.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>d) A compreensão da duração, da intensidade e do padrão de instalação da dor</p><p>constitui procedimento suficiente para a avaliação da experiência dolorosa.</p><p>e) Deve-se ter cautela e critério para selecionar o método e os instrumentos de</p><p>avaliação do fenômeno álgico, haja vista sua natureza complexa e subjetiva.</p><p>13. (CESPE – 2015 – TER-RS) Acerca da psicologia da saúde e da atuação do psicólogo</p><p>nesse campo, assinale a opção correta.</p><p>a) Dadas as especificidades de cada profissional, é responsabilidade do psicólogo a</p><p>prevenção primária e a secundária, ficando a prevenção terciária a cargo do</p><p>profissional médico.</p><p>b) O termo psicologia clínica da saúde é utilizado com o fim de ratificar o dualismo</p><p>mental versus orgânico.</p><p>c) Na relação de apoio, deve-se considerar, prioritariamente, o ponto de partida da</p><p>queixa — ou seja, quem é o cliente —, a alteração da relação psicólogo e paciente,</p><p>e o tempo de intervenção.</p><p>d) A promoção de saúde engloba ações que almejam contribuir para a diminuição da</p><p>incidência de doenças, de sua prevalência e das complicações delas advindas.</p><p>e) Ao psicólogo hospitalar é imputada a obrigatoriedade ética de deliberar sobre a</p><p>necessidade da intervenção, haja vista a fragilidade do paciente e os limites</p><p>institucionais.</p><p>14. (COPESE-UFT – 2012 – MPE-TO) Leia as afirmações abaixo e assinale a INCORRETA:</p><p>a) Paralelamente ao avanço e sofisticação da biomedicina percebe-se sua</p><p>impossibilidade de oferecer respostas conclusivas ou satisfatórias para os</p><p>componentes psicológicos que acompanham qualquer doença.</p><p>b) O modelo biomédico estimula os médicos a aderirem a um comportamento</p><p>extremamente cartesiano na separação entre o observador e o objeto observado.</p><p>c) Medicalização pode ser entendida como a crescente e elevada dependência dos</p><p>indivíduos e da sociedade para com a oferta de serviços e bens de ordem médico-</p><p>assistencial e seu consumo cada vez mais intensivo.</p><p>d) O manejo da gravidez e do parto como se fosse uma "doença" e, por isto mesmo,</p><p>requerendo atenção permanente do aparato médico, é um bom exemplo de algo</p><p>fisiológico que é "medicalizado".</p><p>e) O modelo biopsicossocial possui um vasto e aprofundado poder explicativo sobre o</p><p>processo saúde-doença, centrado no diagnóstico das doenças e na sua cura.</p><p>15. (FCC – 2018 – TRT 14ª Região) Nos estudos sobre estresse, a Síndrome Geral de</p><p>Adaptação (Hans Selye) caracteriza-se por fases de:</p><p>a) somatização, fadiga e depressão.</p><p>b) alarme, resistência e exaustão.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>c) sensações, distúrbios e doença.</p><p>d) diminuição da libido, desgaste físico e eustress.</p><p>e) distress, eustress e estresse.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>GABARITO</p><p>1. ERRADO</p><p>2. CERTO</p><p>3. CERTO</p><p>4. CERTO</p><p>5. ERRADO</p><p>6. ERRADO</p><p>7. CERTO</p><p>8. CERTO</p><p>9. CERTO</p><p>10. D</p><p>11. E</p><p>12. E</p><p>13. C</p><p>14. E</p><p>15. B</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>RESUMO</p><p>Os cuidados aos doentes crônicos ocorrem dentro de três esferas que se inter-</p><p>relacionam:</p><p>Focos: Doença crônica x Doença Aguda</p><p>DOENÇA CRÔNICA à FOCO NO INDIVÍDUO E NA</p><p>UNIDADE FAMILIAR</p><p>DOENÇA AGUDA à FOCO NO SINTOMA OU DOENÇA</p><p>ESPECÍFICA</p><p>Sobre o impacto diagnóstico:</p><p>Após a comunicação do diagnóstico ao paciente e à família, um</p><p>dos objetivos do psicólogo é identificar as variáveis</p><p>psicossociais e contextos ambientais em que a intervenção</p><p>psicológica possa auxiliar no processo de enfrentamento da</p><p>doença, incluindo situações possivelmente estressantes às quais</p><p>pacientes e familiares são submetidos após o diagnóstico.</p><p>Estágios emocionais (diante de diagnóstico e/ou luto) segundo Kubler-Ross</p><p>(1996):</p><p>1. NEGAÇÃO</p><p>2. REVOLTA</p><p>COMUNIDADE</p><p>SISTEMA DE SAÚDE</p><p>ORGANIZAÇÃO</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>3. BARGANHA</p><p>4. DEPRESSÃO</p><p>5. ACEITAÇÃO</p><p>Adesão ao tratamento:</p><p>A OMS propõe o estudo da adesão ao tratamento como um fenômeno</p><p>multidimensional, determinado por vários conjuntos de fatores sistematizados e</p><p>agrupados em cinco dimensões:</p><p>1 - aspectos sociais e econômicos;</p><p>2 - aspectos do sistema e dos profissionais de</p><p>saúde;</p><p>3 - características da doença;</p><p>4- particularidades de cada tratamento dos tratamentos; e</p><p>5- fatores específicos do paciente.</p><p>Síndrome Geral de Adaptação (Selye):</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Tipos de estresse:</p><p>Distresse = estresse ruim</p><p>Eustresse = estresse bom</p><p>DICA: Como recurso mnemônico, para lembrar qual o estresse</p><p>bom ou ruim, lembre-se da palavra DIStância (que tem o mesmo</p><p>prefixo “dis”) para lembrar do DISTRESS. Afinal, desse tipo de</p><p>estresse, todos queremos distância, não é mesmo? J</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Teoria da Comporta da dor:</p><p>Figura 3. Fonte: Klein, 2016.</p><p>A teoria da comporta sugere que existe uma comporta de dor na medula</p><p>espinhal, a qual pode ser fechada por estimulação do sistema de fibras de dor</p><p>rápida. A atividade do sistema de dor lenta tende a abrir a comporta. Esta</p><p>também pode ser fechada pela via descendente do cérebro.</p><p>Principais erros cognitivos de pacientes crônicos:</p><p>Catastrofização à superestimação da perturbação e</p><p>desconfortos causados por uma experiência negativa;</p><p>Generalização à crença de que a dor nunca terminará e que ela</p><p>arruinará a vida completamente. Essas atribuições globais e</p><p>estáveis de um evento negativo podem levar à depressão ou</p><p>prejuízo na saúde;</p><p>Vitimização à experiência de um senso de injustiça que</p><p>consome;</p><p>Autoculpa à culpabilização de si por não conseguir conduzir as</p><p>responsabilidades normais para com a família e o trabalho;</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Ênfase na dor à não conseguir para de pensar na dor, reviver</p><p>episódios dolorosos e repassar pensamentos negativos na</p><p>mente de forma indefinida.</p><p>Principais funções do enfrentamento:</p><p>1) Coping ou enfrentamento centrado no problema – visa</p><p>modificar a relação entre pessoa e ambiente (ou entre pessoa e</p><p>problema, ou entre pessoa e pessoa), atuando diretamente na</p><p>questão causadora do estresse. Um exemplo desse</p><p>enfrentamento é ilustrado quando você pensa em um plano</p><p>para resolver algum problema.</p><p>2) Coping ou enfrentamento centrado na emoção – objetiva</p><p>adequar a resposta emocional à questão que desafia nossos</p><p>recursos. Esse coping pode ser exemplificado quando você</p><p>buscar formas de se acalmar frente a uma situação difícil.</p><p>Tipos de enfrentamento / Coping:</p><p>o Confronto;</p><p>o Afastamento;</p><p>o Autocontrole;</p><p>o Suporte social;</p><p>o Aceitação de responsabilidades;</p><p>o Fuga e esquiva;</p><p>o Resolução de problemas;</p><p>o Reavaliação positiva.</p><p>São Princípios e Diretrizes do SUS a serem operacionalizados na Atenção Básica:</p><p>I – PRINCÍPIOS: II – DIRETRIZES:</p><p>a) universalidade; a) regionalização e hierarquização:</p><p>b) equidade; b) territorialização;</p><p>c) integralidade. c) Participação na comunidade;</p><p>d) cuidado centrado na pessoa;</p><p>e) resolutividade;</p><p>f) longitudinalidade do cuidado;</p><p>g) coordenação do cuidado;</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>REFORMA SANITÁRIA (1970)</p><p>VIII Conferência Nacional de Saúde</p><p>Constituição Federal de 1988</p><p>Sistema Único de Saúde</p><p>Universalidade do direito à saúde</p><p>REFORMA PSIQUIÁTRICA (1980)</p><p>Lei 10.216/2001 ou Lei Paulo</p><p>Delgado</p><p>Pessoas com Transtornos Mentais</p><p>Política Nacional de Saúde Mental</p><p>Garantia de direitos e cidadania</p><p>Promoção de cuidados conforme</p><p>SUS</p><p>Movimento nacional que</p><p>mobilizou trabalhadores e</p><p>sociedade civil em prol de uma</p><p>sociedade sem manicômios.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Movimentos independentes, mas contemporâneos.</p><p>Lei 10.216/2001:</p><p>A Lei 10.216/2001, também conhecida como Lei Paulo</p><p>Delgado, dispõe sobre a proteção e os direitos das pessoas</p><p>portadoras de transtornos mentais e redireciona o modelo</p><p>assistencial em saúde mental.</p><p>Atente-se ao esquema a seguir:</p><p>REFORMA SANITÁRIA (1970)</p><p>VIII Conferência Nacional de Saúde</p><p>Constituição Federal de 1988</p><p>Sistema Único de Saúde</p><p>Universalidade do direito à saúde</p><p>REFORMA PSIQUIÁTRICA (1980)</p><p>Lei 10.216/2001 ou Lei Paulo</p><p>Delgado</p><p>Pessoas com Transtornos Mentais</p><p>Política Nacional de Saúde Mental</p><p>Garantia de direitos e cidadania</p><p>Promoção de cuidados conforme</p><p>SUS</p><p>Movimento nacional que</p><p>mobilizou trabalhadores e</p><p>sociedade civil em prol de uma</p><p>sociedade sem manicômios.</p><p>Internação</p><p>Voluntária</p><p>A pessoa quer</p><p>Internação</p><p>Involuntária</p><p>Responsáveis ou</p><p>parentes querem</p><p>Internação</p><p>Compulsória</p><p>Justiça</p><p>determina</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Art. 6º Tipos de</p><p>internação</p><p>Art. 2º. Direitos</p><p>da Pessoa com</p><p>Transtorno</p><p>Mental</p><p>I - acesso ao</p><p>melhor</p><p>tratamento;</p><p>II - ser tratada</p><p>com</p><p>humanidade</p><p>e respeito;</p><p>III - ser</p><p>protegida</p><p>contra abuso</p><p>e exploração;</p><p>IV - ter</p><p>garantia de</p><p>sigilo das</p><p>informações</p><p>prestadas;</p><p>V - direito à</p><p>presença médica</p><p>(esclarecer sobre</p><p>tratamento e a</p><p>necessidade de</p><p>internação);</p><p>VI - livre</p><p>acesso aos</p><p>meios de</p><p>comunicação;</p><p>VII - receber</p><p>informações</p><p>sobre sua</p><p>doença e</p><p>tratamento;</p><p>VIII -</p><p>tratamento em</p><p>ambiente</p><p>terapêutico,</p><p>com meios</p><p>menos</p><p>invasivos</p><p>possíveis;</p><p>IX - tratada,</p><p>preferencialmente,</p><p>em serviços</p><p>comunitários.</p><p>Voluntária Involuntária Compulsória</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>O Art.5º apresenta os componentes da Rede de Atenção Psicossocial</p><p>(RAPS), os quais são distribuídos em sete categorias principais, cada qual com</p><p>pontos de atenção específicos. Veja só o quadro esquemático:</p><p>Pontos de Atenção</p><p>Atenção Básica em Saúde</p><p>- Unidade Básica de Saúde (UBS)</p><p>- Equipe de Atenção Básica para populações específicas: (1) Consultório na</p><p>Rua e (2) Equipes de apoio aos serviços do componente de Atenção</p><p>Residencial de</p><p>Caráter Transitório</p><p>- Centros de Convivência</p><p>Atenção Psicossocial Especializada</p><p>- Centro de Atenção Psicossocial (CAPS)</p><p>Atenção de Urgência e Emergência</p><p>- SAMU 192</p><p>- Sala de Estabilização</p><p>- UPA 24 horas</p><p>- Portas hospitalares de atenção à urgência/pronto socorro</p><p>- Unidades Básicas de Saúde (UBS), entre outros</p><p>Atenção Residencial de Caráter Transitório</p><p>- Unidade de Acolhimento</p><p>- Serviços de Atenção em Regime Residencial</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Atenção Hospitalar</p><p>- Enfermaria especializada em Hospital Geral</p><p>- Serviço hospitalar de Referência para Atenção</p><p>Estratégia de Desinstitucionalização</p><p>- Serviços Residenciais Terapêuticos (SRT)</p><p>Serviços de Reabilitação</p><p>Reabilitação Psicossocial:</p><p>Ordem crescente de complexidade de</p><p>serviços e tecnologias.</p><p>Tabela 1</p><p>Características das diferentes modalidades de CAPS</p><p>Características CAPS I CAPS II CAPS III</p><p>Capacidade</p><p>Operacional</p><p>De 20.000 a</p><p>70.000</p><p>habitantes</p><p>De 70.000 a</p><p>200.000</p><p>habitantes</p><p>Acima de</p><p>200.000</p><p>habitantes</p><p>Período de</p><p>Funcionamento</p><p>8 às 18h, em</p><p>dois turnos,</p><p>cinco dias úteis</p><p>por semana</p><p>8 às 18, em dois</p><p>turnos, cinco</p><p>dias úteis da</p><p>semana. Poderá</p><p>ter um terceiro</p><p>Serviço</p><p>Ambulatorial.</p><p>Atenção contínua,</p><p>24/dia, incluindo</p><p>finais de semana e</p><p>Atenção TerciáriaAtenção SecundáriaAtenção Primária</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>turno com</p><p>funcionamento</p><p>até às 21h.</p><p>feriado.</p><p>Acolhimento</p><p>noturno, feriados e</p><p>finais de semana,</p><p>com máximo de 5</p><p>leitos para</p><p>repouso/observação</p><p>Quantidade de</p><p>Pacientes/Dia</p><p>20</p><p>pacientes/turno</p><p>Limite Máximo:</p><p>30 pacientes/dia</p><p>30</p><p>pacientes/turno</p><p>Limite Máximo:</p><p>45 pacientes/dia</p><p>40 pacientes/turno</p><p>Limite máximo: 60</p><p>pacientes/dia</p><p>Equipe Mínima 1 médico de</p><p>saúde mental</p><p>1 enfermeiro</p><p>3 profissionais</p><p>de nível superior</p><p>4 profissionais</p><p>de nível médio</p><p>1 médico</p><p>psiquiatra</p><p>1 enfermeiro de</p><p>saúde mental</p><p>4 profissionais</p><p>de nível superior</p><p>6 profissionais</p><p>de nível médio</p><p>2 médicos</p><p>psiquiatras</p><p>1 enfermeiro em</p><p>saúde mental</p><p>5 profissionais de</p><p>nível superior</p><p>8 profissionais de</p><p>nível médio</p><p>O Psicólogo no RAPS:</p><p>Multiprofissional e interdisciplinar:</p><p>Psicólogo Clínico</p><p>Sofrimento Psíquico</p><p>Psicólogo da Saúde</p><p>Promoção e Prevenção da</p><p>Saúde</p><p>Psicólogo Hospitalar</p><p>Enfrentamento da doença,</p><p>preparação e reabilitaçã</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>É importante não confundir conceitos empregados como sinônimos. Por isso,</p><p>observe:</p><p>O Psicólogo nos Diferentes Níveis de Atenção:</p><p>C</p><p>o</p><p>nc</p><p>ei</p><p>to</p><p>s</p><p>Fu</p><p>nd</p><p>am</p><p>en</p><p>ta</p><p>is</p><p>Equipe Multiprofissional e</p><p>Interdisciplinar</p><p>Diversos profissionais e olhar integral</p><p>para o paciente</p><p>Território</p><p>Região geográfica delimitada e</p><p>aspectos subjetivos, sociais e histórico-</p><p>culturais.</p><p>Redução de Danos (RD)</p><p>Forma de cuidado</p><p>emancipatória.</p><p>Projeto Terapêutico Singular</p><p>Plano de ação elaborado</p><p>com o paciente.</p><p>Multidisplinar</p><p>• Trabalho em equipe no</p><p>qual o médico é o</p><p>responsável por</p><p>estabelecer as diretrizes</p><p>do tratamento. Atuação</p><p>independente dos</p><p>profissionais.</p><p>Interdisciplinar</p><p>• Referencial de trabalho</p><p>cujo objetivo é superar a</p><p>fragmentação de saberes</p><p>e práticas. Pressupõe o</p><p>diálogo entre os</p><p>profissionais, com a</p><p>definição integrada de</p><p>um projeto terapêutico.</p><p>Orienta-se por um olhar</p><p>integral para o paciente e</p><p>seu adoecimento.</p><p>Transdisciplinar</p><p>• Superação de saberes</p><p>disciplinares. Atuação</p><p>holística.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>NASF</p><p>Atenção</p><p>Primária</p><p>CAPS</p><p>Atenção</p><p>Secundária</p><p>Hospital</p><p>Geral</p><p>Atenção</p><p>Terciária</p><p>Atenção Primária</p><p>Vínculo de</p><p>confiança com as</p><p>equipes</p><p>Apoio Matricial</p><p>Acompanhamento</p><p>de casos em saúde</p><p>mental</p><p>Psicólogo no Nasf</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Intervenções Psicológicas na RAPS:</p><p>Atenção Secundária</p><p>Atendimento Individual</p><p>(psicoterapia)</p><p>Atendimentos Grupais</p><p>(psicoterapia grupal,</p><p>oficinas terapêuticas,</p><p>atendimento familiar)</p><p>Ações na comunidade</p><p>Psicólogo no CAPS</p><p>Atenção Terciária</p><p>Ambulatório</p><p>Paciente</p><p>encaminhado.</p><p>Psicoterapia.</p><p>Ajudar</p><p>na aceitação do</p><p>diagnóstico.</p><p>Pronto-Socorro</p><p>Ambiente</p><p>dinâmico.</p><p>Lidar com</p><p>imprevistos.</p><p>Intervenção</p><p>breve.</p><p>Enfermaria</p><p>Hospitalização.</p><p>Ajudar na</p><p>adaptação e na</p><p>relação com a</p><p>doença. Estar</p><p>disponível para</p><p>familiares.</p><p>UTI</p><p>Pacientes graves.</p><p>Tríade paciente -</p><p>equipe - família.</p><p>Comunicação.</p><p>Psicólogo no</p><p>Hospital Geral</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Psicoterapia em Grupo:</p><p>Plantão Psicológico</p><p>Situações de Crise</p><p>Sala de Espera</p><p>Educação em saúde</p><p>Psicoterapia em</p><p>Grupo</p><p>Setting Terapêutico</p><p>Características e</p><p>dinâmica do local</p><p>Finalidade</p><p>Propósito/Objetivo</p><p>Estrutura</p><p>Composição,</p><p>abertura, nº de</p><p>encontros,</p><p>tempo, frequência</p><p>Características</p><p>Fundamentais</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Precisei trabalhar desde cedo. Perdi meu pai e minha mãe quando muito pequena.</p><p>Fui morar na rua. Experimentei tudo quanto foi coisa. Chegava a perder as forças. Tinha</p><p>tontura; tremores; ficava lerda. Meu corpo não respondia direito. Mas era muito louco... Eu</p><p>ficava eufórica e meio descoordenada também. Chegava a passar dias desaparecida. Tinha</p><p>uma raiva dentro de mim. Sempre me perguntei o porquê de ser comigo, de ser logo com</p><p>minha mãe e meu pai. Vi os dois serem mortos na minha frente. Nunca vou esquecer.</p><p>Lembro de tudo, como se fosse hoje. Tudo por causa de droga. Meu pai sempre bateu em</p><p>mim e na minha mãe. Eu tinha muita raiva. Ainda tenho. Só de pensar nisso meu coração</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>dispara e eu sou tomada por um manto de fogo. Minhas pernas até adormecem. Meu rosto</p><p>fica quente. Saí do buraco quando conheci meu companheiro. Só aí vi que poderia ser</p><p>cuidada por alguém. Mas foi duro. Demorei a acreditar. Mas meu companheiro me ajudou</p><p>a enxergar minhas dificuldades e doença. Fiquei OK por anos. Mas parece uma coisa...</p><p>nada pode dar certo pra mim. Há 10 dias fiquei sabendo que tenho um câncer no</p><p>estômago. Quis me entregar. Mas meu companheiro e meus filhos disseram que farão de</p><p>tudo por mim e que preciso ser forte. Mas tenho a impressão que a tristeza voltou com</p><p>tudo de novo.” (sic).</p><p>Levando em consideração o caso clínico 4A2-I, o processo saúde-doença, as contribuições</p><p>da psicologia da saúde e da psicopatologia e o papel do psicólogo, julgue o item que se</p><p>segue.</p><p>Em se tratando do processo saúde-doença, fatores biológicos, econômicos, sociais e</p><p>culturais devem ser levados em consideração no contexto de adoecimento de Maria.</p><p>COMENTÁRIOS: O processo saúde-doença é uma expressão usada para fazer referência a</p><p>todas as variáveis que envolvem a saúde e a doença de um indivíduo ou população e</p><p>considera que ambas estão interligadas e são consequência dos mesmos fatores. De acordo</p><p>com esse conceito, a determinação do estado de saúde de uma pessoa é um processo</p><p>complexo que envolve diversos fatores. Diferentemente da teoria da unicausalidade, muito</p><p>aceita no início do século XX, que considera como fator único de surgimento de doenças</p><p>um agente etiológico – vírus, bactérias, protozoários -, o conceito de saúde-doença estuda</p><p>os fatores biológicos, econômicos, sociais e culturais e, com eles, pretende obter possíveis</p><p>motivações para o surgimento de alguma enfermidade.</p><p>O conceito de multicausalidade não exclui a presença de agentes etiológicos numa pessoa</p><p>como fator de aparecimento de doenças. Ele vai além e leva em consideração o psicológico</p><p>do paciente, seus conflitos familiares, seus recursos financeiros, nível de instrução, entre</p><p>outros. Esses fatores, inclusive, não são estáveis; podem variar com o passar dos anos, de</p><p>uma região para outra, de uma etnia para outra</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>(CESPE – 2020 – HUB – Residência Multirpfissional) A respeito dos aspectos multifatoriais</p><p>e interdisciplinares que envolvem o adoecimento e o processo de tratamento do câncer,</p><p>julgue o item que se segue.</p><p>Os cuidados paliativos ocorrem somente no momento da terminalidade, por isso não</p><p>envolvem o processo de evolução de doenças crônico-degenerativas.</p><p>COMENTÁRIOS: Cuidados paliativos são os cuidados destinados a toda pessoa afetada</p><p>por uma doença que ameace a vida, seja aguda ou crônica. Os cuidados paliativos são</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>==1365fc==</p><p>tomados a partir do diagnóstico de uma enfermidade, visando a melhoria da qualidade de</p><p>vida do paciente e seus familiares. Inclusive, o Ministério da Saúde possui uma normativa</p><p>para a oferta de cuidados paliativos como parte dos cuidados continuados integrados no</p><p>âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS). O objetivo é garantir que essa prática seja</p><p>ofertada aos pacientes desde o diagnóstico da doença até a fase terminal, permitindo mais</p><p>qualidade de vida aos pacientes.</p><p>Gabarito: Errado.</p><p>2- Impacto Diagnóstico</p><p>O diagnóstico de uma doença grave, quer potencialmente fatal ou crônica, é</p><p>extremamente difícil para o enfermo e seus familiares. Quando se trata de portador de</p><p>doença crônica na infância, Lewis (1996) aponta que as diferentes idades do início de</p><p>apresentação da enfermidade levam a diferentes reações. Por exemplo, aquela que nasceu</p><p>sem um membro enfrenta uma série de tarefas adaptativas e evolutivas diferentes daquelas</p><p>que perderam um membro em um acidente.</p><p>Após a comunicação do diagnóstico ao paciente e à família, um dos</p><p>objetivos do psicólogo é identificar as variáveis psicossociais e contextos</p><p>ambientais em que a intervenção psicológica possa auxiliar no processo</p><p>de enfrentamento da doença, incluindo situações possivelmente</p><p>estressantes às quais pacientes e familiares são submetidos após o</p><p>diagnóstico.</p><p>De acordo com Abranches (1988), a angústia em relação ao diagnóstico pode</p><p>desencadear reações psíquicas específicas. Num primeiro momento, o paciente e sua</p><p>família podem demonstrar um choque que gera medo, depressão, choro e desespero. Uma</p><p>série de conflitos emocionais é desencadeada gerando mecanismos defensivos múltiplos,</p><p>sendo os mais frequentes:</p><p>o Regressão à conduta infantil frente à enfermidade, manifestam-se as necessidades</p><p>de serem prontamente atendidos, apreciados, em serem o centro de atenções;</p><p>o Negação à não reconhecimento da enfermidade, manifesta-se por uma atitude</p><p>negativa, pouco ou nenhuma colaboração, negação de receber ajuda médica e</p><p>postergação ir a uma consulta;</p><p>o Intelectualização à investigação de todos os aspectos da enfermidade.</p><p>Após o impacto do diagnóstico, o paciente e a família, ao concretizarem a ideia da</p><p>gravidade da doença, podem passar por estágios emocionais, que são definidos por Kubler-</p><p>Ross (1996):</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>NEGAÇÃO</p><p>REVOLTA</p><p>BARGANHA</p><p>DEPRESSÃO</p><p>ACEITAÇÃO</p><p>Esses estágios são experienciados de maneira diferente para cada pessoa e também</p><p>são fluidos, ou seja, não necessariamente ocorrem numa ordem determinada. A negação é</p><p>uma defesa temporária (e necessária) para a evolução da relação com a doença e elaboração</p><p>desta. Mais tarde, depois de idas e vindas pelos estágios, poderá vir a encarar a morte sem</p><p>perder as esperanças e, aos poucos, se desprenderá de sua negação e se utilizará de</p><p>mecanismos de defesa menos radicais, desde que passe a falar e “ouvir” sua doença e</p><p>mortalidade. A negação pode ser substituída por sentimentos de raiva, revolta,</p><p>ressentimento e inveja (estágio da revolta). Surge então a pergunta: Por que Eu? Este é um</p><p>momento em que o paciente necessita ser acolhido, compreendido, respeitado, aceito,</p><p>“cuidado”, para saber que é um ser humano. O próximo estágio, o da barganha, é uma</p><p>tentativa de adiamento, um “prêmio”, por bom comportamento, em busca de receber em</p><p>troca a cura. O estágio seguinte refere-se à depressão, que pode ser reativa ou preparatória.</p><p>A depressão reativa é a aflição inicial que o paciente, em fase terminal, é obrigado a se</p><p>submeter para se preparar, para quando tiver que deixar este mundo, ou no caso de</p><p>doenças crônicas, ter de enfrentar a morte do seu Ser anterior. Por fim, o paciente entrará</p><p>ou não, no último estágio, o da aceitação, lamentando a perda iminente de pessoas e</p><p>lugares queridos e contemplará seu fim próximo com certa tranquilidade de expectativa.</p><p>Pode estar cansado e bastante fraco, sentindo necessidade de dormir com mais frequência</p><p>e em intervalos curtos, como um repouso antes da longa viagem. Muitas vezes também se</p><p>isola (Abranches, 1998).</p><p>(CESPE</p><p>– 2018 – HUB – Residência Multiprofissional) De acordo com Kubler Ross (1989), o</p><p>paciente e a família, ao tomarem conhecimento da gravidade da doença, podem passar</p><p>por cinco estágios emocionais: negação, revolta, barganha, depressão e aceitação. Com</p><p>referência a esses estágios, julgue o item a seguir.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>A negação é uma defesa temporária, nem sempre total, pois pode ocorrer de um paciente</p><p>falar sobre sua doença, mas não se relacionar com ela, como se o doente fosse outra</p><p>pessoa.</p><p>COMENTÁRIOS: Exato! Conforme vimos, a negação é uma defesa temporária. Funciona</p><p>como um escudo diante de notícias inesperadas e chocantes.</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>3 – Processo de Adoecimento</p><p>Uma compreensão ampliada em que o sofrimento e o processo de adoecimento</p><p>devem ser avaliados em sua totalidade, considerando o contexto micro e macro em que o</p><p>indivíduo está inserido e no qual se constitui biopsicossocialmente é fundamental. Os</p><p>processos de adoecimento, principalmente os que ameaçam a vida de alguma forma, não</p><p>se resumem apenas ao adoecimento físico, mas também a um luto simbólico de algo que</p><p>não está mais presente, podendo gerar sentimentos ambivalentes (medo, estresse,</p><p>ansiedade, tristeza e culpa). A forma como cada pessoa vivencia um diagnóstico é subjetiva</p><p>tanto para ela, quanto para o grupo ao qual pertence. Além disso, envolve históricos de</p><p>outros adoecimentos, fases do desenvolvimento, idade e a forma de lidar com perdas</p><p>(Targino, 2020).</p><p>A Psicologia atua na linha de frente desse processo de elaboração e ressignificação</p><p>do adoecimento, fazendo uma ponte entre indivíduo, familiares e equipe. Quando uma</p><p>pessoa está enfrentando uma doença, tudo o que ela tem como crença, ideais e o que</p><p>pensa sobre o mundo e sobre si mesma vêm à tona. Mudanças no corpo, rotina, família,</p><p>trabalho e finanças começam a surgir, o que pode levar à crença de que ela perdeu</p><p>totalmente o controle, algo que comumente não se está preparado para enfrentar. Cada</p><p>um irá interpretar o processo de adoecimento de forma diferente, portanto, o tratamento</p><p>vai se estender a todos os envolvidos de forma singular, desde o paciente, redes de apoio,</p><p>seus familiares, cuidadores e profissionais (Targino, 2020).</p><p>(CESPE – 2013 – DEPEN) No que diz respeito ao processo de adoecimento e ao</p><p>enfrentamento da doença, julgue os itens a seguir.</p><p>A atuação do psicólogo hospitalar em casos de pacientes com doenças terminais é</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>fundamental, podendo ele ajudar esses pacientes na experimentação de sentimentos e</p><p>angústias que podem ocorrer nessas situações em que a morte é o tema central.</p><p>COMENTÁRIOS: A morte pode ser mesmo um tema comum e recorrente quando se fala</p><p>em pacientes terminais. Apesar de a morte ser uma consequência da evolução natural do</p><p>processo da vida, nossa cultura ocidental ainda compreende a morte como algo terrível.</p><p>Assim, ela é temida e lamentada e, frequentemente, adiada, valendo-se de métodos</p><p>artificiais para a manutenção das chamadas “funções vitais”, quando, na realidade, o</p><p>indivíduo já deixou de viver (Figueiredo, 2006). Assim, compreender a morte e os</p><p>sentimentos que a norteiam é fundamental para compreender as angústias daqueles que</p><p>estão diante dessa situação, bem como a de seus familiares. A experimentação e a</p><p>ressignificação dos sentimentos e angústias são de extrema importância tanto na</p><p>preparação para a morte quanto no processo de adoecimento.</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>4 – Enfrentamento da Doença e Adesão ao Tratamento</p><p>O conceito de adesão ao tratamento (AT) começou a ser desenvolvido por Haynes</p><p>(1979) e foi corroborado pela OMS “o grau em que o comportamento do doente (tomar a</p><p>medicação, e cumprir outras prescrições médicas como dieta e mudança de estilo de vida)</p><p>coincide com a prescrição clínica”. No entanto, Hipócrates já havia feito alusão a não adesão</p><p>ao tratamento, alertando que os pacientes muitas vezes mentiam quanto à tomada dos</p><p>medicamentos (Haynes,1979). A partir do século XX, surgiram novas terapêuticas para</p><p>muitas patologias, o que revelou problemas na AT, sensibilizando os serviços de saúde para</p><p>essa temática. Muitos fatores são apontados para a não adesão, tais como efeitos adversos</p><p>do tratamento, instruções insuficientes sobre o mesmo, má relação entre profissional e</p><p>paciente, memória fraca, discordância com a necessidade de tratamento ou falta de</p><p>recursos materiais e insumos. Uma das maiores dificuldades de profissionais da saúde é</p><p>fazer com que pacientes apresentem comportamentos de adesão em relação aos</p><p>tratamentos prescritos. Nesse sentido, a AT tem um papel fundamental no resultado do</p><p>tratamento. Klein e Gonçalves (2005) afirmam que a AT não se limita a tomar a medicação</p><p>adequada, mas também apresentar outros comportamentos relacionados à saúde, que</p><p>incluem desde o comparecer às consultas e aos procedimentos de imunização até seguir</p><p>recomendações dadas por diversos profissionais da equipe, como enfermeiros,</p><p>nutricionistas, fisioterapeutas, psicólogos e outros. Entre as recomendações mais comuns</p><p>estão normas de higiene, dieta saudável, atividade física, autogestão de doenças crônicas,</p><p>abandono ou redução do tabagismo e alcoolismo, utilização de métodos de contracepção</p><p>e de prevenção de doenças sexualmente transmissíveis. Os comportamentos relacionados</p><p>a não adesão ocorrem em pacientes de todas as idades, classes sociais, grupos étnicos,</p><p>assintomáticos e sintomáticos, leve ou gravemente doentes e podem comprometer todos</p><p>os tipos de tratamento, desde os preventivos até os terapêuticos. A não adesão pode ser</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>intencional, quando o paciente tem o conhecimento necessário à realização da conduta, e</p><p>não intencional, quando o mesmo não compreende ou não apresenta condições de cumprir</p><p>as prescrições.</p><p>A OMS propõe o estudo da AT como um fenômeno multidimensional, determinado</p><p>por vários conjuntos de fatores sistematizados e agrupados em cinco dimensões:</p><p>1 - aspectos sociais e econômicos;</p><p>2 - aspectos do sistema e dos profissionais de saúde;</p><p>3 - características da doença;</p><p>4- particularidades de cada tratamento dos tratamentos; e</p><p>5- fatores específicos do paciente.</p><p>Afirma, ainda, que a compreensão de cada um desses fatores é essencial na busca</p><p>da solução dos problemas relacionados a essa condição. Defende o compromisso com uma</p><p>abordagem multidisciplinar para fazer progressos nesta área e uma ação coordenada dos</p><p>pesquisadores, profissionais de saúde e gestores de planejamento de políticas públicas.</p><p>Bugalho e Carneiro (2004) defendem que a abordagem tradicional centrada apenas no</p><p>comportamento dos doentes está ultrapassada e que o comportamento dos profissionais</p><p>de saúde deve ser alvo de estudo, procurando identificar quais os fatores que podem</p><p>melhorar ou piorar a AT dos pacientes. Assim, a formação dos profissionais constitui um</p><p>passo fundamental para solução deste problema (Romaniszen, 2013).</p><p>Em relação à quinta dimensão (fatores específicos do paciente), podemos elencar: as</p><p>crenças do paciente, aspectos afetivos e sociais, comunicação profissional e paciente. Os</p><p>problemas de adesão ao tratamento em saúde caracterizam-se pela complexidade de</p><p>fatores implicados neste aspecto. Vázquez, Rodríguez e Alvarez (2003) descrevem diretrizes</p><p>gerais para a adesão ao tratamento: relação cordial, estimular o paciente a conhecer e</p><p>incorporar como seu o compromisso do cuidado, informar sobre a doença e corrigir erros e</p><p>expectativas e adaptá-las às demandas e interesses do</p><p>paciente; estabelecer metas</p><p>terapêuticas; e, se necessário, negociar trocas de medicação.</p><p>A psicologia da saúde engloba as diversas possibilidades de entender e ter um</p><p>enfrentamento no processo de saúde e doença, fazendo com que seja vista não somente a</p><p>doença, mas a percepção do indivíduo sobre o processo de adoecimento. Os familiares,</p><p>cuidadores e profissionais da área da saúde precisam estar envolvidos para juntos construir</p><p>meios que ofereçam uma melhor qualidade de vida diante do processo saúde-doença.</p><p>Sendo assim, ressalta-se a importância de tratar não apenas o físico, mas o emocional dos</p><p>pacientes e dos que se encontram ao seu redor, já que os aspectos psicológicos têm forte</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>impacto na adesão ao tratamento, enfrentamento e cura da doença. É importante ressaltar</p><p>ainda a necessidade dos conceitos e modelos referentes ao processo saúde-doença que</p><p>são utilizados na base da atuação do profissional da saúde e seu modo de intervenção frente</p><p>ao paciente, em especial o psicólogo. A visão por meio do modelo biopsicossocial</p><p>possibilita compreender este processo de adoecimento a partir da subjetividade do</p><p>paciente, apresentando possibilidades de intervenção levando em consideração o sujeito</p><p>como ser holístico (Almeida & Cols, 2018).</p><p>(CESPE – 2015 – DEPEN) No que se refere ao processo de adoecimento e à adesão ao</p><p>tratamento, julgue o item a seguir.</p><p>A participação ou envolvimento familiar, em geral, implica em uma maior adesão ao</p><p>tratamento de pacientes portadores de doenças crônicas, como, por exemplo, o câncer.</p><p>COMENTÁRIOS: Conforme vimos, as diversas variáveis do paciente afetam sua adesão ao</p><p>tratamento. Segundo Straub (2014), ter o apoio da família, estar de bom humor e ter</p><p>expectativas positivas são fatores importantes na adesão ao tratamento do paciente.</p><p>Gabarito: Certo.</p><p>5 – Teorias e Manejo do Estresse</p><p>O estresse é uma reação natural do organismo que ocorre quando vivenciamos</p><p>situações de perigo ou ameaça. Esse mecanismo nos coloca em estado de alerta ou alarme,</p><p>provocando alterações físicas e emocionais. Ele tem sido responsável pela maioria dos</p><p>males que acometem a vida dos indivíduos e assume um papel importante na área da saúde</p><p>e de como esses indivíduos lidam, direta ou indiretamente, com experiências e eventos</p><p>considerados estressores, que determinam a vulnerabilidade do organismo à ocorrência de</p><p>doenças físicas e psicológicas (Silva, 2017).</p><p>O estresse pode ser originado tanto de fontes estressoras internas quanto externas.</p><p>As primeiras são desencadeadas pelo próprio indivíduo de acordo com sua personalidade,</p><p>estilo de vida e características pessoais que dificultam sua relação com o outro e sua</p><p>expressividade. As segundas – externas - variam de acordo com as reações do sujeito frente</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>às circunstâncias do ambiente, como emprego, acidentes, entre outros. A partir dessas</p><p>situações estressantes, os reflexos são observados tanto no indivíduo quanto em suas</p><p>relações sociais e na vida como um todo.</p><p>5.1– Teorias do Estresse</p><p>O estresse, compreendido como o estado de tensão do organismo, surge mediante</p><p>alterações das atividades normais do indivíduo, afetando a sua vida psíquica e o seu</p><p>comportamento social. O aprofundamento nas diferentes teorias do estresse indica que,</p><p>antes de serem concorrentes, são complementares e baseiam-se umas nas outras.</p><p>5.1.1 – Teoria da luta ou fuga - Cannon</p><p>A primeira teoria do estresse, apresentada pelo fisiologista Walter Cannon em 1914,</p><p>não abarcava o sentido atual e foi chamada "teoria da luta ou fuga" (fight-or-flight).</p><p>Segundo essa teoria, em situações de emergência o organismo se prepara para lutar ou</p><p>fugir, dependendo do caso. Lipp (2006) complementa que é possível diferenciar as reações</p><p>corporais de acordo com a situação estressora, ou seja, a fuga gera um aumento de</p><p>adrenalina, a luta gera um aumento de noradrenalina e testosterona e a depressão (perda</p><p>de controle, submissão) gera um aumento de cortisol e uma diminuição de testosterona. O</p><p>organismo prepara-se para lutar ou fugir, gerando um estado de prontidão caracterizado</p><p>por taquicardia, alteração da pressão arterial, sudorese, boca seca, mãos e pés frios,</p><p>mudanças de apetite, diarreia passageira, entre outros. Esse tipo de reação foi observado</p><p>em animais e em humanos. Estudos empíricos puderam acompanhar outro tipo de reação</p><p>chamada "busca de apoio" (tend-and-befriend), observado pela primeira vez em mulheres.</p><p>Essa outra reação ao estresse caracteriza-se pela busca de apoio, de proteção e de amizade</p><p>em grupos.</p><p>Quando grandes porções do sistema nervoso simpático são estimuladas e</p><p>descarregam ao mesmo tempo, ou seja, quando ocorre uma descarga em massa, há um</p><p>aumento da capacidade do corpo para desempenhar uma atividade muscular intensa. Isso</p><p>pode ocorrer de várias maneiras, dentre as quais destacam-se reações fisiológicas: 1.</p><p>midríase (dilatação das pupilas); 2. vasoconstrição periférica; 3. vasodilatação muscular,</p><p>necessidade de atividade motora rápida; 4. diminuição da circulação sanguínea para órgãos</p><p>como os do trato gastrointestinal e os rins, uma vez que esses não são importantes para</p><p>uma atividade motora rápida; 5. taquicardia (aumento da frequência cardíaca) e</p><p>broncodilatação; 6. taquipnéia (aumento da frequência respiratória); 7. aumento da</p><p>biodisponibilidade de glicose no sangue, concomitantemente ao aumento da glicólise no</p><p>fígado e no músculo; 8. atividade mental aumentada; 9. aumento da velocidade de</p><p>coagulação; 10. diminuição da resposta excitatória sexual; 11. aumento da pressão arterial;</p><p>12. aumento da intensidade do metabolismo celular por todo o corpo. Tais alterações no</p><p>organismo ocorrem pelo fato de que, em uma situação de perigo, o indivíduo deve estar</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>preparado para a luta ou para a fuga. Desse modo, o organismo se mobiliza e concentra o</p><p>gasto energético em processos que o auxiliarão a ter uma resposta motora eficiente.</p><p>5.1.2 – Síndrome de Adaptação Geral (SGA) - Selye</p><p>O médico austríaco Selye, um dos pioneiros nos estudos sobre o estresse,</p><p>denominou Síndrome de Adaptação Geral / Síndrome Geral de Adaptação (SGA) para</p><p>nomear os sintomas comuns de diferentes doenças que estavam relacionados à condição</p><p>geral de enfermidade. Sob estresse, o corpo entra em um estágio de alarme durante a qual</p><p>a resistência ao estresse é temporariamente suprimida. A partir daí, ele se recupera,</p><p>passando a uma fase de maior resistência ao estresse. Essa resistência do corpo dura um</p><p>tempo determinado. Frente ao estresse prolongado, o estágio de exaustão pode ser</p><p>atingido. Ao longo dessa etapa final, o indivíduo se tornam mais vulneráveis a uma</p><p>variedade de problemas de saúde. Lipp (2006) também descreveu as fases do estresse, as</p><p>quais se iniciam com a fase de alerta, que acontece ao se deparar com uma situação</p><p>estressora. Na segunda fase, a de resistência, o organismo tenta reestabelecer o equilíbrio</p><p>interno utilizando toda a energia adaptativa, seguindo com a fase de pré-exaustão que é</p><p>caracterizada pelo início do processo de adoecimento, pois há um enfraquecimento do</p><p>sistema imunológico e as defesas do organismo começam a ceder, dando início à quarta</p><p>fase do estresse: a exaustão. Esta última é considerada a mais patológica, pois há uma</p><p>quebra total da resistência, ocasionando exaustão psicológica em forma de depressão,</p><p>exaustão física e doenças como úlceras, aumento da pressão arterial, problemas cardíacos,</p><p>dermatológicos,</p><p>sexuais, câncer e ainda pode levar o indivíduo à morte.</p><p>Selye descreveu a SGA “como o conjunto de todas as reações gerais do organismo</p><p>que acompanham a exposição prolongada ao estressor”, contribuindo para o estudo das</p><p>fases ou estágios, ensinando que a primeira fase, conceituada de Reação de Alarme, deriva-</p><p>se da liberação de variadas substâncias, como hormônios e corticoides, a partir de uma</p><p>situação estressora, de modo a alterar significativamente a função fisiológica do organismo.</p><p>O segundo estágio (Fase da Resiliência) acontece a partir do prolongamento do organismo</p><p>para uma maior adaptação, exigindo dele maior consumo de energia e, aos poucos, é</p><p>assimilado pelo organismo. A última fase, a Fase da Exaustão, ocorre quando a ação do</p><p>estressor permanece por um longo período, esgotando a energia de adaptação do</p><p>organismo. Nesse momento, o indivíduo pode ter seu organismo afetado tanto no plano</p><p>psicológico quanto no plano físico, desencadeando, de indivíduo para indivíduo, sintomas</p><p>e doenças de acordo com os recursos psicológicos utilizados para lidar com a situação</p><p>estressora. Depois de toda tensão, deve seguir um estado de relaxamento, pois apenas com</p><p>descanso suficiente o organismo é capaz de manter o equilíbrio entre relaxamento e</p><p>excitação necessário para a manutenção da saúde. Assim, se o organismo continuar sendo</p><p>exposto a mais estressores, não poderá retornar ao estágio de relaxamento inicial o que,</p><p>em longo prazo, pode gerar problemas de saúde. Na fase de reação de alarme, a glândula</p><p>hipófise secreta maior quantidade do hormônio adrenocorticotrófico, que age sobre as</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>glândulas suprarrenais. Estas passam a secretar mais hormônios glicocorticoides, como o</p><p>cortisol. Este, por sua vez, inibe a síntese proteica e aumenta a quebra de proteínas nos</p><p>músculos, ossos e tecidos linfáticos. Todo esse processo provoca um aumento do nível de</p><p>aminoácidos no sangue que servem ao fígado para a produção de glucose, aumentando</p><p>assim o nível de açúcar no sangue – a excessiva produção de açúcar poder levar a um</p><p>choque corporal. Outra consequência da inibição da síntese de proteínas é a inibição do</p><p>sistema imunológico. Assim, pode-se apresentar cansaço injustificado, problemas com a</p><p>memória, sensação de desgaste e irritabilidade. Todas as respostas corporais entram em</p><p>estado de prontidão geral, ou seja, todo organismo é mobilizado sem envolvimento</p><p>específico ou exclusivo de algum órgão em particular. É um estado de alerta geral, tal como</p><p>se fosse um susto. A fase de adaptação ou resistência é caracterizada pela secreção de</p><p>somatotrofina e de corticoides. Gera, com o tempo, um aumento das reações infecciosas.</p><p>Acontece quando a tensão se repete: nesta fase, o corpo começa a se acostumar aos</p><p>estímulos causadores do estresse e entra num estado de resistência, ou de adaptação, para</p><p>suportar o estresse por um tempo, podendo canalizar para um órgão específico ou para um</p><p>determinado sistema, seja o sistema cardiológico, a pele, o sistema muscular ou o aparelho</p><p>digestivo. Na fase de exaustão ou esgotamento, uma vez que a fonte de estresse não cesse,</p><p>as glândulas suprarrenais se deformam. Doenças de adaptação podem aparecer e a maioria</p><p>dos sintomas somáticos e psicossomáticos fica mais aparente nessa fase. Assim, observa-se</p><p>queda acentuada da capacidade adaptativa, pois os mecanismos de adaptação começam</p><p>a falhar, aumentando o déficit das reservas de energia. Essa fase é grave, podendo levar à</p><p>morte do organismo. Vejam as figuras 1 e 2, que representam a SGA:</p><p>Figura 1. Fonte: Filgueiras, 1991.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Figura 2. Fonte: Filgueiras, 1991.</p><p>A fase de pré-exaustão se encontra na parte laranja da curva, entre as cores amarela</p><p>e vermelha.</p><p>5.1.3 – Modelo Transacional - Lazarus</p><p>O Modelo Transacional de Lazarus, também chamado de modelo cognitivo ou</p><p>modelo relacional, sublinha a importância de processos mentais de juízo para o estresse:</p><p>segundo ele, as reações de estresse resultam da relação entre exigência e meios</p><p>disponíveis. Essa relação é, no entanto, mediada por processos cognitivos (juízos de valor e</p><p>outros). Assim, não apenas fatores externos podem agir como estressores, mas também</p><p>fatores internos, como valores e objetivos. O modelo prevê dois processos de</p><p>avaliação/julgamento do indivíduo mediante uma situação estressora:</p><p>Avaliação primária: determinação inicial sobre o significado de um evento como</p><p>irrelevante, positivo ou ameaçador. Se os acontecimentos são considerados irrelevantes ou</p><p>positivos, não ocorre nenhuma reação de estresse; reações de adaptação são típicas de</p><p>situações julgadas negativas, nocivas ou ameaçadoras;</p><p>Avaliação secundária: determinação que alguém faz sobre seus próprios recursos e</p><p>capacidades, verificando se são suficientes para cumprir com as demandas de um evento</p><p>avaliado como potencialmente ameaçador ou desafiador. Após a decisão sobre a</p><p>necessidade de adaptação, ocorre um julgamento dos meios disponíveis (recursos para essa</p><p>adaptação) para a solução do problema. Se a relação entre exigências e meios for</p><p>equilibrada, então a situação é tomada por um desafio – o que corresponde ao conceito de</p><p>eustresse (estresse positivo); se os estressores forem tomados por um dano ou perda, o</p><p>indivíduo experimenta emoções de tristeza e de diminuição da autoestima ou de raiva; se</p><p>os estressores forem considerados uma ameaça à emoção ocorre medo – ambos os casos</p><p>correspondem ao “distresse”.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Nem sempre o estresse é ruim, sendo um recurso importante para se enfrentar as</p><p>diferentes situações da vida cotidiana, ou seja, esse pensamento vai ao encontro do modelo</p><p>transacional e aos processos de julgamento, pois “existem situações estressantes que</p><p>podem ser muito agradáveis, como por exemplo, se apaixonar, planejar uma festa, o</p><p>nascimento de um filho, uma viagem, torcer pelo seu time de futebol, entendidas como</p><p>“eustresse”. Importante salientar que o eustresse pode se transformar em distresse, caso</p><p>aquela euforia se torna disfuncional a ponto de causar prejuízos na vida.</p><p>Distresse = estresse ruim</p><p>Eustresse = estresse bom</p><p>Como recurso mnemônico, para lembrar qual o estresse bom ou ruim,</p><p>lembre-se da palavra DIStância (que tem o mesmo prefixo “dis”) para</p><p>lembrar do DISTRESS. Afinal, desse tipo de estresse, todos queremos</p><p>distância, não é mesmo? J</p><p>Por fim, o modelo transacional enfatiza a natureza contínua do processo de avaliação</p><p>à medida que a nova informação se torna disponível. Com a reavaliação cognitiva (processo</p><p>pelo qual os eventos potencialmente estressantes são sempre reavaliados), atualizamos</p><p>constantemente nossa percepção de sucesso ou fracasso diante de um desafio o ameaça.</p><p>5.1.3 – Modelo da diátese ao estresse</p><p>Este modelo propõe que dois fatores que interagem determinam a suscetibilidade</p><p>do indivíduo ao estresse e à doença: fatores predisponentes à pessoa (genéticos, por</p><p>exemplo) e fatores precipitantes do ambiente (exemplo: experiências traumáticas). Na maior</p><p>parte dos casos, não se acredita que os fatores ambientais (estresse) sejam específicos para</p><p>a determinada condição de saúde, enquanto os fatores genéticos (diátese) são. Por</p><p>exemplo, alguns indivíduos são mais vulneráveis a doenças porque seus sistemas biológicos</p><p>apresentam maior reatividade (reação fisiológica ao estresse, que varia com o indivíduo e</p><p>afeta a vulnerabilidade a doenças), ou seja, reagem com mais intensidade a determinados</p><p>gatilhos ambientais.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>5.1.4 – Teoria do Buscar Apoio</p><p>Propõe que mulheres têm mais probabilidade do que os homens de responder aos</p><p>mesmos estressores com comportamentos de buscar apoio (estratégia comportamental ao</p><p>estresse que se concentra em proteger os filhos (zelar) e procurar outros indivíduos para a</p><p>defesa mútua (agrupar) que:</p><p>• Acalmam, estimulam e cuidam dos filos para protegê-los (zelar);</p><p>• Estabelecem e mantém redes sociais para protegê-los do perigo.</p><p>5.1.5 – Psiconeuroimunologia</p><p>A psiconeuroimunologia enfatiza a interação entre processos psicológicos, neurais e</p><p>imunológicos no estresse e na doença. É um campo de pesquisa multidisciplinar que trata</p><p>das interações entre o comportamento e o sistema nervoso, o sistema endócrino e o sistema</p><p>imunológico. Baseia-se em duas hipóteses:</p><p>Hipótese do efeito indireto: retardos na cura induzidos por estresse podem ocorrer</p><p>porque os processos imunológicos são alterados indiretamente, encorajando</p><p>comportamentos mal-adaptativos que perturbam o funcionamento imunológico. Exemplo:</p><p>considerando que o sono profundo está associado à secreção de hormônio do crescimento</p><p>(o qual facilita a cura de ferimentos, pois ativa os macrófagos para matar bactérias no local</p><p>da ferida). A falta de sono ou o sono fragmentado resulta na redução da secreção desse</p><p>hormônio, causando retardo na cura;</p><p>Hipótese do efeito direto: a imunossupressão é parte da resposta natural do corpo</p><p>ao estresse. Assim, o estresse pode afetar o sistema imunológico de forma direta, por meio</p><p>da ativação de mecanismos neuroendócrinos que liberam o cortisol, epinefrina e outros</p><p>hormônios e neurotransmissores capazes de reduzir as defesas do corpo contra infecções e</p><p>doenças.</p><p>5.2. – Manejo do Estresse</p><p>O manejo do estresse descreve uma variedade de métodos psicológicos projetados</p><p>para reduzir o impacto das experiências potencialmente estressantes (Steptoe, 1997).</p><p>Existem muitas técnicas disponíveis para ajudar pessoas a manejarem o estresse de forma</p><p>mais eficaz. É importante que elas sejam indicadas por um profissional, considerando a</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>realidade, as limitações e a individualidade de cada paciente. Vou descrever algumas</p><p>segundo Straub (2014):</p><p>5.2.1 – Prática de Exercícios Físicos</p><p>A prática regular e orientada de exercícios físicos tem efeito profundo sobre a</p><p>fisiologia, aumentando o fluxo sanguíneo para o cérebro e estimulando o sistema nervoso</p><p>autônomo, o que desencadeia a liberação de vários hormônios. Todos esses efeitos</p><p>fisiológicos tendem a proteger o indivíduo contra doenças, especialmente problemas de</p><p>saúde relacionados ao estresse. Também tem efeitos positivos contra a depressão e a</p><p>ansiedade.</p><p>5.2.3. – Terapias do Relaxamento</p><p>As terapias de treinamento em relaxamento são intervenções psicológicas</p><p>relativamente simples. Entre elas estão (Straub, 2014):</p><p>Treinamento muscular progressivo (Jacobson): treinamento para relaxamento que reduz a</p><p>tensão muscular por meio de uma série exercícios de contração e relaxamento dos músculos</p><p>do corpo;</p><p>Resposta de relaxamento: estado meditativo de relaxamento em que o metabolismo</p><p>diminui e a pressão arterial é reduzida;</p><p>Treinamento autógeno: forma de auto-hipnose para promover o relaxamento que envolve</p><p>uma série de exercícios que induzem sentimentos de peso e calor nos membros do corpo;</p><p>Biofeedback: sistema que proporciona informações auditivas ou visíveis com relação a</p><p>estados fisiológicos involuntários. Fornece informações com a finalidade de permitir aos</p><p>indivíduos, desenvolver a capacidade de autorregulação. Envolve o retorno imediato da</p><p>informação através de aparelhos sensórios eletrônicos, sobre processos fisiológicos;</p><p>Hipnose: interação social em que são sugeridos pensamentos, sentimentos, percepções ou</p><p>comportamentos;</p><p>Terapias cognitivas: apoiam-se na visão de que a forma de pensar a respeito do ambiente,</p><p>em vez do próprio ambiente, altera o nível de estresse. Assim, visam quebrar o ciclo de</p><p>padrões de pensamento irracional que distorcem a percepção das pessoas de eventos</p><p>cotidianos e impede que elas adotem comportamentos de enfrentamento apropriados.</p><p>Dentre essas terapias, há a terapia relacional-emotiva, que se baseia em confrontar ou</p><p>desafiar os pensamentos e atitudes irracionais.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Treinamento de inoculação do estresse (TIE): é um tipo de terapia cognitiva que ajuda a</p><p>confrontar eventos estressantes com várias estratégias de enfrentamento que podem ser</p><p>usadas antes que o evento se torne insuperável. Dessa forma, os indivíduos conseguem se</p><p>“inocular” contra os efeitos potencialmente prejudiciais do estresse. O TIE é um processo</p><p>de três estágios, no qual o terapeuta utiliza uma dose enfraquecida de um estressor na</p><p>tentativa de construir uma imunidade contra o estressor total.</p><p>o Estágio 1 – Reconceitualização: os objetivos gerais dessa fase são identificar e definir</p><p>o problema que a pessoa apresenta. Também pretende-se ajudá-la a entender sua</p><p>natureza e seus efeitos nas emoções e comportamentos, além de definir os objetivos</p><p>da terapia. A importância concedida à compreensão do problema e como é possível</p><p>abordá-lo faz com que essa fase também receba o nome de fase educativa.</p><p>o Estágio 2 – Aquisição de e treinamento de habilidades: Durante essa segunda fase, o</p><p>paciente – com a ajuda do terapeuta – revisa, aprende e treina estratégias de</p><p>confronto. Essas estratégias vão lhe permitir abordar as situações geradoras de</p><p>estresse que foram detectadas na fase de reconceitualização. Durante essa fase, são</p><p>realizadas tarefas como treinar o paciente para buscar, utilizar e manter o apoio social</p><p>de forma efetiva. Também são utilizados modelos de confronto reais ou por meio de</p><p>vídeo, comentando, discutindo e dando feedback sobre a execução das estratégias</p><p>que são treinadas.</p><p>o Estágio 3 – Manutenção: Na terceira fase, os objetivos são vários: colocar em prática</p><p>as estratégias aprendidas em situações reais, comprovar a utilidade das habilidades</p><p>adquiridas e corrigir os problemas que vão surgindo durante o processo de</p><p>exposição. Essa fase está completamente relacionada à anterior. Normalmente, para</p><p>adquirir habilidades é necessário treiná-las, primeiro nas sessões e, posteriormente,</p><p>em situações reais.</p><p>(CESPE – 2014 – TC/DF) No que se refere ao estresse e às suas consequências, julgue os</p><p>próximos itens.</p><p>De acordo com a teoria do estresse proposta por Selye, o manejo do estresse pode ser</p><p>feito pela remoção de estressores desnecessários à vida e por meio de evitação ou fuga</p><p>das condições adversas que o causam.</p><p>COMENTÁRIOS: Pra começar, nem sempre temos esse “poder” de evitar ou fugir das</p><p>condições adversas que causam o estresse. Selye afirma que podemos lidar com situações</p><p>estressantes de diferentes formas, como a partir da remoção dos estressores desnecessários</p><p>à vida; evitando-se que eventos neutros se tornem estressores; desenvolvendo habilidades</p><p>de enfrentamento a condições adversas; por meio de relaxamento e distração.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>Gabarito: Errado.</p><p>(CESPE – 2016 – TCE/PA) Adulto, Luís sofreu um grave acidente automobilístico e teve de</p><p>amputar o braço esquerdo. Um mês após a amputação e a alta médica, ele foi levado ao</p><p>hospital por ter sofrido um</p><p>colapso: isolado da família, havia passado dias bebendo, sem</p><p>se alimentar adequadamente, e com comportamento violento. Na semana anterior ao</p><p>colapso, Luís havia se queixado de forte dor no membro amputado, tendo-a descrito como</p><p>paralisante, aguda e ardente. Como Luís sentia fortes dores no braço desde a infância, em</p><p>decorrência de outro acidente, e como estava constantemente embriagado desde a</p><p>amputação, sua família não deu importância a sua queixa, tendo acreditado que ela poderia</p><p>ser uma memória do acidente ocorrido na infância.</p><p>Considerando as teorias do manejo e enfrentamento da dor e do estresse, julgue o item a</p><p>seguir, acerca da situação hipotética apresentada.</p><p>É possível que Luís esteja vivenciando a terceira etapa da síndrome geral de adaptação.</p><p>Essa etapa é denominada reação de alarme e ocorre quando as reservas de energia do</p><p>corpo já estão exauridas.</p><p>COMENTÁRIOS: A reação de alarme/alerta é a primeira da SGA, a última (terceira) é</p><p>chamada de EXAUSTÃO.</p><p>Gabarito: Errado.</p><p>6 – Teorias e Manejo da Dor</p><p>A dor envolve uma experiência total de reação a um evento prejudicial, incluindo o</p><p>mecanismo físico pelo qual o corpo reage, a resposta emocional subjetiva (sofrimento) e</p><p>ações observáveis (comportamento de dor). Sabe-se que a experiência da dor é um</p><p>fenômeno multidimensional, que envolve diversos fatores (idade, gênero, fatores</p><p>socioculturais, psicossociais e de aprendizagem social). A luta para compreender a dor – o</p><p>que a causa e como controlá-la – é um tópico central na psicologia da saúde. Aqui falaremos</p><p>da dor clínica, que é aquela que requer alguma forma de tratamento médico. Apesar do</p><p>desconforto e estresse que pode causar, a dor é de extrema importância à nossa</p><p>sobrevivência, pois a dor é um sinal vital que pode revelar muita coisa sobre o corpo. A dor</p><p>dispara um alarme de que há algo errado e nos alerta para tentar prevenir possíveis danos</p><p>físicos.</p><p>De modo geral, a dor é dividida em duas categorias amplas: dor aguda e dor crônica.</p><p>A dor aguda é aquela pungente, curta e normalmente relacionada a lesões. A dor crônica</p><p>pode ser contínua ou intermitente, moderada ou grave. É uma dor cega e ardente que é</p><p>duradoura. A dor crônica reduz a qualidade de vida geral da pessoa e aumenta sua</p><p>vulnerabilidade à infecção e, assim, a uma variedade de doenças. Também pode causar</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>outros problemas físicos, como quando a dor de cabeça gera problemas estomacais. Tem</p><p>um custo psicológico devastador, desencadeando baixa autoestima, insônia, raiva,</p><p>sensação de abandono e outros prejuízos (Straub, 2014). Outro desafio enfrentado por</p><p>aqueles que têm dor crônica é a hiperalgesia, condição em que a pessoa que sofre de dor</p><p>crônica torna-se mais sensível a ela com o passar do tempo.</p><p>6.1. – Como mensurar a dor?</p><p>De natureza multidimensional e subjetiva, a dor não é facilmente mensurada.</p><p>Todavia, existem maneiras de avaliá-la: medidas psicofisiológicas, medidas</p><p>comportamentais e medidas de autoavaliação.</p><p>Medidas psicofisiológicas: mensuração das mudanças fisiológicas específicas que</p><p>acompanham a dor. Por exemplo, a eletromiografia avalia a quantidade de tensão</p><p>musculação apresentada em pacientes que sofrem dores de cabeça ou dores de coluna.</p><p>Medidas comportamentais: profissionais de saúde podem ser treinados para avaliar</p><p>a dor com base nos comportamentos do paciente durante procedimentos de rotina. Pode-</p><p>se utilizar inventários que avaliam comportamentos-alvo, como verbalização de queixas,</p><p>expressões faciais, posturas anormais e mobilidade.</p><p>Medidas de autoavaliação: baseiam-se em relatos verbais ou escritos que o paciente</p><p>faz da sua dor. As medidas de autoavaliação assumem três formatos:</p><p>o Entrevistas estruturadas (perguntas sobre quando a dor começou, como progrediu,</p><p>o que a faz aumentar, etc);</p><p>o Escalas de avaliação da dor (pacientes atribuem um valor numérico ao grau da dor);</p><p>o Inventários de dor (categorização da dor em dimensões sensoriais ou afetivas).</p><p>6.2. – Teoria da Comporta</p><p>Várias teorias foram propostas para explicar a percepção da dor. A teoria da</p><p>comporta (de Ronaldo Melzack e Peter Wall) superou limitações de teorias anteriores e,</p><p>apesar das críticas, permanece sendo a teoria dominante. A ideia dessa teoria é que a</p><p>experiência da dor não é o resultado de um canal sensorial direto que começa com a</p><p>estimulação de um receptor na pele e termina com a percepção da dor pelo cérebro. A</p><p>teoria propõe que a existência de uma estrutura neural na porção posterior da medula</p><p>espinhal que funciona como uma comporta, abrindo para aumentar o fluxo de transmissão</p><p>das fibras nervosas ou fechando para diminuir o fluxo. Com a comporta aberta, os sinais que</p><p>chegam à medula espinhal estimulam neurônios sensoriais chamados de células</p><p>transmissoras, que, por sua vez, transmitem os sinais adiante para atingir o cérebro e</p><p>desencadear a dor. Com a comporta fechada, os sinais são impedidos de chegar ao cérebro</p><p>e a dor não é sentida. E como a comporta se fecha? Melzack & Wall sugeriram que o</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>mecanismo se encontra na substância gelatinosa da medula espinhal. Tanto as fibras da dor</p><p>pequenas quanto as grandes têm sinapses na substância gelatinosa. Dependendo de quais</p><p>fibras são ativadas, a substância gelatinosa (o guardião), abrirá ou fechará as comportas.</p><p>Veja a figura ilustrativa do mecanismo da teoria da comporta:</p><p>Figura 3. Fonte: Klein, 2016.</p><p>A teoria da comporta sugere que existe uma comporta de dor na medula</p><p>espinhal, a qual pode ser fechada por estimulação do sistema de fibras de</p><p>dor rápida. A atividade do sistema de dor lenta tende a abrir a comporta.</p><p>Esta também pode ser fechada pela via descendente do cérebro.</p><p>Thayse Duarte Varela Dantas Cesar</p><p>Aula 05 - Somente PDF</p><p>Psicologia p/ Concursos - Curso Regular (Profª Thayse Duarte)</p><p>www.estrategiaconcursos.com.br</p><p>39471799600 - Naldira Luiza Vieria</p><p>6.3. – Manejo da Dor</p><p>Para cuidar da dor, existem tratamentos biomédicos e não-biomédicos. Os</p><p>tratamentos médicos incluem farmacológicos, cirúrgicos, estimulação elétrica e terapias</p><p>físicas. Os não-médicos incluem tratamentos psicológicos (e também terapia cognitivo-</p><p>comportamental).</p><p>Tratamentos farmacológicos: realizados com drogas analgésicas, que são divididas</p><p>em duas classes gerais: as drogas opióides (de ação central, como a morfina); e as não</p><p>opióides (ação periférica, que produzem efeitos de alívio da dor e de anti-inflamatórios no</p><p>local lesionado).</p><p>Cirurgia, estimulação elétrica e terapias físicas: a cirurgia, como geralmente envolve</p><p>risco substancial à saúde, é usada para controlar a dor apenas em último recurso. A</p><p>estimulação elétrica e as terapias físicas (ex. fisioterapia) são recursos bem menos invasivos</p><p>e de risco muito reduzido em relação à cirurgia.</p><p>Terapia Cognitivo-Comportamental: baseia-se em procedimentos operantes para</p><p>extinguir comportamentos de dor indesejáveis, enquanto reforçam respostas mais</p><p>adaptativas à dor crônica. Vamos às técnicas da TCC mais utilizadas para manejo da dor:</p><p>o Educação e estabelecimento de objetivos: os terapeutas iniciam dando aos pacientes</p><p>uma psicoeducação sobre diferenças entre dor aguda e crônica, mecanismos da</p><p>teoria da comporta e efeitos da depressão, ansiedade e de outros fatores sobre a</p><p>dor. Os pacientes são encorajados a registrar suas próprias experiências de dor,</p><p>mantendo um diário que registre a frequência, a duração e a intensidade da dor.</p><p>Além de registrar o uso de medicamentos e os níveis de humor e atividade a cada</p><p>hora. O diário permite que o paciente e o terapeuta revisem padrões de dor e</p><p>apresentar novas visões de alguns</p>