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<p>891CG1_01N165698 CEBRASPE – PMC – Edital: 2023</p><p>• Nas questões a seguir, marque, para cada uma, a única opção correta, de acordo com o respectivo comando. Para as devidas</p><p>marcações, use a Folha de Respostas, único documento válido para a correção das suas respostas.</p><p>• Nas questões que avaliarem conhecimentos de informática e(ou) tecnologia da informação, a menos que seja explicitamente</p><p>informado o contrário, considere que todos os programas mencionados estão em configuração-padrão e que não há restrições de</p><p>proteção, de funcionamento e de uso em relação aos programas, arquivos, diretórios, recursos e equipamentos mencionados.</p><p>• Eventuais espaços livres — identificados ou não pela expressão “Espaço livre” — que constarem deste caderno de provas</p><p>poderão ser utilizados para rascunho.</p><p>-- PROVAS OBJETIVAS --</p><p>-- CONHECIMENTOS GERAIS --</p><p>Texto CG3A1</p><p>Além de ser fonte de prazer, a ficção permite ao leitor</p><p>aprender com a experiência ficcional. A simulação é usada, por</p><p>exemplo, para se aprender a pilotar um avião, pois é útil passar</p><p>um tempo em um simulador de voo. Apesar de ser essencial a</p><p>prática em um avião real, na maior parte do tempo, não acontece</p><p>muita coisa no ar. Já no ambiente seguro de um simulador, é</p><p>possível enfrentar as mais diversas experiências e ensaiar como</p><p>responder a situações críticas — e as habilidades aprendidas são</p><p>transferidas ao pilotar um avião. Da mesma forma, quando nos</p><p>envolvemos nas tramas da ficção, o que aprendemos é transferido</p><p>para nossas interações cotidianas.</p><p>Ao compartilhar indiretamente os acontecimentos da</p><p>história e fazer inferências sobre o desenvolvimento da trama, o</p><p>leitor expande sua empatia. Ou seja, alinha seus pensamentos e</p><p>suas emoções com os das personagens. Imagens de ressonância</p><p>magnética mostraram que, quando as pessoas leem a descrição</p><p>de ações, como “subindo as escadas”, a leitura leva à simulação</p><p>do conteúdo motor e emocional no cérebro, acompanhada por</p><p>mudanças nas regiões cerebrais que provocam as ações, como se</p><p>o leitor as estivesse realizando.</p><p>Internet: (com adaptações).</p><p>Questão 1</p><p>Entende-se do primeiro parágrafo do texto CG3A1 que tanto a</p><p>ficção quanto a simulação</p><p>A são apenas fontes de prazer.</p><p>B possibilitam aprendizados aplicáveis na realidade.</p><p>C garantem experiências seguras na realidade.</p><p>D proporcionam experiências concretas.</p><p>E dependem do interesse do indivíduo.</p><p>Questão 2</p><p>De acordo com o texto CG3A1, para se aprender a pilotar um</p><p>avião, a prática real é</p><p>A dispensável.</p><p>B suficiente.</p><p>C necessária.</p><p>D incomum.</p><p>E imprevisível.</p><p>Questão 3</p><p>De acordo com as relações de sentido estabelecidas no texto</p><p>CG3A1, a oração “o leitor expande sua empatia” (primeiro</p><p>período do segundo parágrafo) significa que o leitor</p><p>A compartilha indiretamente os acontecimentos da história.</p><p>B transfere para o seu cotidiano o que aprendeu com a ficção.</p><p>C antevê o desenvolvimento da trama.</p><p>D alinha seus pensamentos e suas emoções com os das</p><p>personagens.</p><p>E é cativado pela trama.</p><p>Questão 4</p><p>No segundo parágrafo do texto CG3A1, o vocábulo “as”, em</p><p>“como se o leitor as estivesse realizando”, retoma</p><p>A “Imagens de ressonância magnética”.</p><p>B “simulação do conteúdo motor e emocional no cérebro”.</p><p>C “subindo as escadas”.</p><p>D “mudanças nas regiões cerebrais”.</p><p>E “as ações”.</p><p>Questão 5</p><p>Cada uma das opções a seguir apresenta um trecho do texto</p><p>CG3A1 seguido de uma proposta de reescrita que sugere o</p><p>emprego do sinal indicativo de crase. Assinale a opção em que a</p><p>reescrita apresentada é gramaticalmente correta e preserva a</p><p>coerência das ideias do texto original.</p><p>A “e as habilidades aprendidas” (penúltimo período do primeiro</p><p>parágrafo): e às habilidades aprendidas</p><p>B “responder a situações críticas” (penúltimo período do</p><p>primeiro parágrafo): responder às situações críticas</p><p>C “ser essencial a prática” (terceiro período do primeiro</p><p>parágrafo): ser essencial à prática</p><p>D “aprender a pilotar” (segundo período do primeiro parágrafo):</p><p>aprender à pilotar</p><p>E “provocam as ações” (último período do texto): provocam às</p><p>ações</p><p>Questão 6</p><p>Sem alteração das relações coesivas do último período do texto</p><p>CG3A1, o vocábulo “como”, em “quando as pessoas leem a</p><p>descrição de ações, como ‘subindo as escadas’”, poderia ser</p><p>corretamente substituído pela expressão</p><p>A por exemplo, seguida de vírgula.</p><p>B assim, seguida de vírgula.</p><p>C quando, seguida de vírgula.</p><p>D conforme, seguida de vírgula.</p><p>E tanto quanto, seguida de vírgula.</p><p>891CG1_01N165698 CEBRASPE – PMC – Edital: 2023</p><p>Questão 7</p><p>Cada um dos próximos itens apresenta um trecho do primeiro</p><p>parágrafo do texto CG3A1 seguido de uma proposta de reescrita.</p><p>I “Apesar de ser essencial a prática em um avião real, na maior</p><p>parte do tempo, não acontece muita coisa no ar”: Embora</p><p>seja imprescindível praticar a pilotagem em um avião</p><p>real, pouca coisa acontece no ar na maior parte do tempo.</p><p>II “Já no ambiente seguro de um simulador, é possível enfrentar</p><p>as mais diversas experiências”: Mas no ambiente seguro de</p><p>um simulador, podemos enfrentarmos as experiências</p><p>mais diversas.</p><p>III “Além de ser uma fonte de prazer, a ficção permite ao leitor</p><p>aprender com a experiência ficcional”: A ficção não somente</p><p>é uma fonte de prazer, como também possibilita que o</p><p>leitor aprenda com a experiência ficcional.</p><p>A correção gramatical e a coerência das ideias do texto original</p><p>estão preservadas na(s) proposta(s) de reescrita apresentada(s)</p><p>A no item II, apenas.</p><p>B no item III, apenas.</p><p>C nos itens I e II, apenas.</p><p>D nos itens I e III, apenas.</p><p>E em todos os itens.</p><p>Questão 8</p><p>No que se refere à regência verbal, seriam preservados a correção</p><p>gramatical e os sentidos do texto CG3A1 caso fosse substituída a</p><p>forma verbal</p><p>A “permite” (primeiro período do primeiro parágrafo) por</p><p>deixa.</p><p>B “leva” (último período do último parágrafo) por ocasiona.</p><p>C “responder” (penúltimo período do primeiro parágrafo) por</p><p>confrontar.</p><p>D “expande” (primeiro período do último parágrafo) por</p><p>amplia.</p><p>E “alinha” (segundo período do último parágrafo) por equivale.</p><p>Questão 9</p><p>A respeito de tecnologias, ferramentas, aplicativos e</p><p>procedimentos associados à Internet e à intranet, assinale a opção</p><p>correta.</p><p>A A intranet é uma rede global de computadores</p><p>interconectados que permite a troca de informações e o</p><p>compartilhamento de recursos entre usuários.</p><p>B Browser é um aplicativo que permite aos usuários acessar e</p><p>interagir com informações, conteúdo e serviços disponíveis</p><p>na Internet.</p><p>C O endereço destinatario@www.prefeitura.com é um</p><p>endereço válido de e-mail cujo usuário é destinatario.</p><p>D As ferramentas de busca permitem encontrar conteúdo na</p><p>Internet, mas não permitem encontrar pessoas ou perfis em</p><p>redes sociais.</p><p>E Aplicativos comerciais de navegação são plataformas virtuais</p><p>em que usuários com interesses semelhantes podem interagir,</p><p>compartilhar informações, trocar opiniões e debater tópicos</p><p>específicos.</p><p>Questão 10</p><p>No ambiente Windows, para evitar a perda de informações em</p><p>casos de falhas de hardware, erros do sistema e exclusões</p><p>acidentais, recomenda-se a criação de cópias de segurança de</p><p>arquivos e dados. Tal procedimento consiste em</p><p>A renomear arquivo.</p><p>B realizar becape de arquivo.</p><p>C criar atalho de arquivo.</p><p>D reiniciar o sistema operacional.</p><p>E compactar arquivo.</p><p>Questão 11</p><p>O hardware que desempenha um papel central na interconexão</p><p>de todos os componentes e dispositivos de um sistema</p><p>computacional é</p><p>A o modem.</p><p>B a memória.</p><p>C o processador.</p><p>D a placa-mãe.</p><p>E o disco rígido (HD).</p><p>Questão 12</p><p>Planilha eletrônica é um software que oferece recursos para criar,</p><p>manipular e analisar dados em forma de tabelas e gráficos. Uma</p><p>planilha eletrônica de código aberto e gratuito é o</p><p>A LibreOffice Calc.</p><p>B Microsoft Word.</p><p>C LibreOffice Writer.</p><p>D LibreOffice Plan.</p><p>E Microsoft Excel.</p><p>Questão 13</p><p>No município de Camaçari, estão vagos os cargos</p><p>públicos A, B, C, D e E, descritos a seguir.</p><p>A – professor universitário municipal</p><p>B – cargo técnico em secretaria municipal</p><p>C – cargo científico em autarquia municipal</p><p>D – cargo técnico em fundação pública municipal</p><p>E – cargo científico em empresa pública municipal</p><p>Nessa situação hipotética, havendo compatibilidade de horários,</p><p>nos termos da Constituição Federal de 1988, observado o teto</p><p>remuneratório previsto constitucionalmente, poderão ser</p><p>cumulados os cargos</p><p>A A e B.</p><p>B C e E.</p><p>C B e C.</p><p>D C e D.</p><p>E B e D.</p><p>Questão 14</p><p>De acordo com o Estatuto dos Servidores Públicos do Município</p><p>de Camaçari, a posição hierarquizada de cargos da mesma</p><p>denominação dentro da categoria funcional denomina-se</p><p>A quadro.</p><p>B classe.</p><p>C referência.</p><p>D carreira.</p><p>E grau.</p><p>Questão 15</p><p>José, Cecília, Lucas e Patrícia são vereadores do</p><p>município de Camaçari. José foi nomeado para o cargo de</p><p>ministro de Estado; Cecília, para cargo de secretário de estado;</p><p>Lucas, para cargo de secretário municipal; e Patrícia, para cargo</p><p>de direção de autarquia municipal.</p><p>Nessa situação hipotética, de acordo com a Lei Orgânica do</p><p>Município de Camaçari, com a nomeação, devem ser</p><p>considerados automaticamente licenciados</p><p>A José e Cecília, somente.</p><p>B José, Cecília, Lucas e Patrícia.</p><p>C Lucas e Patrícia, somente.</p><p>D José, Cecília e Lucas, somente.</p><p>E Cecília, Lucas e Patrícia, somente.</p><p>891CG1_01N165698 CEBRASPE – PMC – Edital: 2023</p><p>Questão 16</p><p>Conforme dispõe o Estatuto dos Servidores Públicos do</p><p>Município de Camaçari, ao servidor público municipal que esteja</p><p>há um ano no cargo público poderão ser concedidas</p><p>A licença para tratar de interesses particulares e licença pelo</p><p>exercício de mandato eletivo.</p><p>B licença para tratamento de saúde e licença para tratar de</p><p>interesses particulares.</p><p>C licença por motivo de doença em pessoa da família e</p><p>licença-prêmio.</p><p>D licença para cumprir serviços militares e licença pelo</p><p>exercício de mandato eletivo.</p><p>E licença para tratamento de saúde e licença por motivo de</p><p>doença em pessoa da família.</p><p>Questão 17</p><p>Na figura precedente, que representa quatro conjuntos</p><p>identificados por A, B, C e D, a região destacada corresponde a</p><p>A B ∩ D.</p><p>B B ∩ C ∩ D.</p><p>C (B − D) ∩ C.</p><p>D B – D.</p><p>E (B − C) ∩ D.</p><p>Questão 18</p><p>A tabela a seguir mostra dados relacionados à idade e ao sexo de</p><p>pessoas que firmaram contratos de aluguel de jet-ski em um dos</p><p>estabelecimentos da praia da Barra do Jacuípe, durante o período</p><p>de um mês, totalizando 400 contratos.</p><p>17 a 29 anos 30 a 40 anos</p><p>acima de 40</p><p>anos</p><p>masculino 123 58 23</p><p>feminino 116 66 14</p><p>Escolhendo-se ao acaso um dos contratos da tabela, a chance</p><p>de esse contrato ter sido firmado por uma pessoa do sexo</p><p>feminino com idade de até 40 anos</p><p>A é inferior a 34%.</p><p>B está entre 34% e 40%.</p><p>C está entre 41% e 47%.</p><p>D está entre 48% e 54%.</p><p>E é superior a 54%.</p><p>Questão 19</p><p>Três amigas, Ana, Bruna e Camila, viajaram de três cidades</p><p>diferentes, Brasília, Campinas e São Paulo, para visitar a cidade</p><p>de Camaçari durante as férias. Elas atuam em áreas profissionais</p><p>distintas: advocacia, medicina e psicologia. Camila não é</p><p>psicóloga e veio de São Paulo, a advogada veio de Campinas e</p><p>Bruna não é psicóloga.</p><p>Com base nas informações precedentes, é correto afirmar que</p><p>A Bruna veio de Brasília.</p><p>B a médica veio de Brasília.</p><p>C Camila é médica.</p><p>D a psicóloga veio de Campinas.</p><p>E Ana é advogada.</p><p>Questão 20</p><p>A seguir, são apresentadas as duas primeiras colunas de uma</p><p>tabela-verdade, em que P e Q representam proposições lógicas</p><p>simples.</p><p>P Q</p><p>V V</p><p>V F</p><p>F V</p><p>F F</p><p>A última coluna dessa tabela-verdade é a seguinte.</p><p>F</p><p>F</p><p>F</p><p>V</p><p>Com base nas informações precedentes, e considerando os</p><p>conectivos lógicos usuais de conjunção (˄), disjunção (˅),</p><p>negação (¬) e condicional (→), assinale a opção que apresenta</p><p>corretamente a proposição lógica que corresponde à última</p><p>coluna da tabela-verdade.</p><p>A P ˅ (¬ Q)</p><p>B P ˄ (¬ Q)</p><p>C (¬ P) → Q</p><p>D (¬ P) ˅ Q</p><p>E (¬ P) ˄ (¬ Q)</p><p>Espaço livre</p><p>CEBRASPE – PMC – Edital: 2023</p><p>-- CONHECIMENTOS ESPECÍFICOS --</p><p>Texto 42A1-I</p><p>A sofisticação das línguas indígenas</p><p>Você provavelmente já encontrou pelas redes sociais o</p><p>famigerado #sqn, aquele jeito telegráfico de dizer que tal coisa é</p><p>muito legal, “só que não”. Agora, imagine uma língua totalmente</p><p>diferente do português que deu um jeito de incorporar um</p><p>conceito parecido na própria estrutura das palavras, criando o que</p><p>os linguistas apelidaram de “sufixo frustrativo” — um #sqn que</p><p>faz parte da própria história do idioma.</p><p>É exatamente assim que funciona no kotiria, um idioma</p><p>da família linguística tukano que é falado por indígenas do Alto</p><p>Rio Negro, na fronteira do Brasil com a Colômbia. Para exprimir</p><p>a função “frustrativa”, o kotiria usa um sufixo com a forma -ma.</p><p>Você quer dizer que foi até um lugar sem conseguir o que queria</p><p>indo até lá? Basta pegar o verbo “ir”, que é wa’a em kotiria, e</p><p>acrescentar o sufixo: wa’ama, “ir em vão”. Dá para encontrar</p><p>detalhes surpreendentes como esse em todas as mais de 150</p><p>línguas indígenas ainda faladas no território brasileiro. Elas são</p><p>apenas a ponta do iceberg do que um dia existiu por aqui.</p><p>Calcula-se que pelo menos 80% dos idiomas que</p><p>eram falados no Brasil desapareceram de 1.500 para cá.</p><p>Mesmo assim, o país continua abrigando uma das maiores</p><p>diversidades linguísticas do planeta. A propósito, esqueça aquele</p><p>negócio de “tupi-guarani”, expressão que é meio como dizer</p><p>“português-espanhol”. O tupi é uma língua; o guarani é outra —</p><p>e, aliás, existem diversas formas de guarani, nem sempre</p><p>inteligíveis entre si.</p><p>O único emprego correto do substantivo composto</p><p>“tupi-guarani” é o que serve para designar uma subfamília</p><p>linguística com esse nome, a qual engloba dezenas de idiomas.</p><p>Entre seus membros ainda usados no cotidiano estão o</p><p>nheengatu, os vários “guaranis”, o tapirapé e o guajá.</p><p>Uma subfamília, como você pode imaginar, faz parte de</p><p>uma família linguística mais ampla — nesse caso, a família</p><p>tupi propriamente dita.</p><p>Existem pelo menos outras três grandes famílias</p><p>linguísticas no país, diversas outras famílias de porte mais</p><p>modesto e, de quebra, várias línguas consideradas isoladas. É</p><p>mais ou menos o mesmo caso do basco, falado na Espanha e na</p><p>França — com a diferença de que o basco é um dos únicos casos</p><p>desse tipo no território europeu.</p><p>Essa comparação ajuda a entender o tamanho da riqueza</p><p>linguística brasileira. Com raríssimas exceções (fora o basco,</p><p>temos também o finlandês e o húngaro, por exemplo), todos os</p><p>falares ainda utilizados hoje na Europa fazem parte de uma única</p><p>família linguística, a do indo-europeu. Pode não parecer à</p><p>primeira vista, mas é praticamente certo que o alemão, o russo, o</p><p>grego, o português e o lituano descendem de um único idioma</p><p>pré-histórico, que hoje chamamos de protoindo-europeu.</p><p>Reinaldo José Lopes. Internet. (com adaptações).</p><p>FimDoTexto</p><p>Questão 21</p><p>No que concerne aos aspectos linguísticos do texto 42A1-I,</p><p>julgue os itens que se seguem.</p><p>I No primeiro parágrafo, a forma verbal “imagine” (segundo</p><p>período) está flexionada no modo imperativo e concorda com</p><p>“Você” (primeiro período).</p><p>II No segundo parágrafo, a expressão “a ponta do iceberg”</p><p>(último período) foi usada em seu sentido denotativo, ou seja,</p><p>faz referência a um grande bloco de gelo que flutua sobre a</p><p>superfície dos oceanos.</p><p>III No último parágrafo, os termos “o basco” (segundo período)</p><p>e “o alemão, o russo, o grego, o português e o lituano”</p><p>(terceiro período) desempenham a mesma função sintática</p><p>nas orações em que ocorrem.</p><p>Assinale a opção correta.</p><p>A Apenas o item III está certo.</p><p>B Apenas</p><p>os itens I e II estão certos.</p><p>C Apenas os itens I e III estão certos.</p><p>D Apenas os itens II e III estão certos.</p><p>E Todos os itens estão certos.</p><p>Questão 22</p><p>No segundo parágrafo do texto 42A1-I, a oração “Para exprimir a</p><p>função ‘frustrativa’” exprime uma</p><p>A causa.</p><p>B finalidade.</p><p>C consequência.</p><p>D condição.</p><p>E proporção.</p><p>Questão 23</p><p>No terceiro parágrafo do texto 42A1-I, a forma verbal</p><p>“abrigando” (segundo período), gerúndio do verbo abrigar, foi</p><p>usada com o mesmo sentido de</p><p>A protegendo.</p><p>B comportando.</p><p>C deixando.</p><p>D aquecendo.</p><p>E recolhendo.</p><p>Questão 24</p><p>No segundo parágrafo do texto 42A1-I, o pronome</p><p>demonstrativo “esse” (quinto período) foi empregado para</p><p>A retomar o trecho “um idioma da família linguística tukano</p><p>que é falado por indígenas do Alto Rio Negro” (primeiro</p><p>período).</p><p>B fazer referência à informação dada nos períodos anteriores</p><p>em relação ao uso do sufixo frustrativo no idioma kotiria.</p><p>C introduzir uma nova informação sobre as mais de 150 línguas</p><p>indígenas ainda faladas no território brasileiro.</p><p>D retomar a expressão “um lugar” (terceiro período).</p><p>E fazer referência à expressão “território brasileiro”, também no</p><p>quinto período.</p><p>CEBRASPE – PMC – Edital: 2023</p><p>Questão 25</p><p>Em relação à pontuação do texto 42A1-I, assinale a opção</p><p>correta.</p><p>A O travessão empregado após a expressão “sufixo frustrativo”</p><p>(primeiro parágrafo) poderia ser substituído por ponto final</p><p>sem prejudicar a correção gramatical e a coesão textual.</p><p>B No segundo parágrafo, o emprego da vírgula após o vocábulo</p><p>‘frustrativa’ (segundo período) é facultativo.</p><p>C No quarto parágrafo, o ponto-final empregado após o</p><p>vocábulo “guajá” (segundo período) poderia ser substituído</p><p>por uma vírgula e manteria a correção gramatical e a coesão</p><p>do texto.</p><p>D O emprego das vírgulas após a expressão “#sqn” (primeiro</p><p>parágrafo, primeiro período) e o vocábulo “kotiria” (segundo</p><p>parágrafo, primeiro período) justifica-se pela mesma regra de</p><p>pontuação.</p><p>E No terceiro parágrafo, o ponto e vírgula empregado após o</p><p>vocábulo “língua” (último período) poderia ser substituído</p><p>por dois-pontos, uma vez que ele introduz uma explicação.</p><p>Questão 26</p><p>A palavra</p><p>A húngaro tem 7 letras e 6 fonemas.</p><p>B sufixo tem 6 letras e 6 fonemas.</p><p>C história tem 8 letras e 9 fonemas.</p><p>D riqueza tem 7 letras e 6 fonemas.</p><p>E línguas tem 7 letras e 7 fonemas.</p><p>Questão 27</p><p>São acentuadas devido à mesma regra ortográfica as palavras</p><p>A bebês e cães.</p><p>B também e direções.</p><p>C identificável e telegráfico.</p><p>D propósito e inteligíveis.</p><p>E linguística e indígena.</p><p>Espaço livre</p><p>Figura 42A1-II</p><p>Internet: .</p><p>Questão 28</p><p>Assinale a opção correta em relação ao uso da linguagem</p><p>coloquial no texto da figura 42A1-II.</p><p>A O emprego do vocábulo NORDESTE em caixa alta chama a</p><p>atenção do leitor em relação ao ENEM.</p><p>B O verbo “TÁ” (está) foi empregado com a intenção de</p><p>aproximar o leitor jovem à publicação.</p><p>C A sigla ENEM foi empregada para chamar a atenção do</p><p>público que acompanha as redes sociais do MEC.</p><p>D A linguagem empregada na postagem não condiz com a</p><p>situação comunicativa.</p><p>E A sigla ENEM deveria ter sido empregada por extenso:</p><p>Exame Nacional do Ensino Médio.</p><p>Questão 29</p><p>No segundo período do texto da figura 42A1-II, a função de</p><p>linguagem que predomina é a</p><p>A referencial.</p><p>B fática.</p><p>C poética.</p><p>D metalinguística.</p><p>E conativa.</p><p>Questão 30</p><p>Assinale a opção correta em relação à análise da estrutura</p><p>linguística do texto da figura 42A1-II.</p><p>A O primeiro período é formado por duas orações com duas</p><p>formas verbais.</p><p>B A forma verbal do segundo período está empregada no modo</p><p>imperativo.</p><p>C No segundo período, os substantivos “perfil” e</p><p>“participantes” desempenham a mesma função:</p><p>complementos verbais.</p><p>D A palavra “NORDESTE” é formada por derivação sufixal.</p><p>E O substantivo “perfil” está flexionado no singular para</p><p>concordar com o verbo “conheça”.</p><p>CEBRASPE – PMC – Edital: 2023</p><p>Questão 31</p><p>O professor Adelino falou sobre o número de sílabas que</p><p>“o Gonçalves” gostava de usar, das pausas, da rima consoante e</p><p>da toante, ali havia o segredo da musicalidade de grandes poetas,</p><p>nec pluribus impar*, falou da velha tradição da poesia</p><p>portuguesa, dos árcades e que, embora o Gonçalves violasse as</p><p>regras do verso e da gramática, era um poeta dos melhores. Que</p><p>o Gonçalves tinha o direito de quebrar as regras do verso porque</p><p>era verdadeiro poeta e o senso natural dos verdadeiros poetas</p><p>vale mais que todas as regras, sejam da Versificação, sejam da</p><p>gramática! Eu o ouvi, fiz-lhe perguntas e nossa conversa</p><p>aconteceu. Claro, como poderia não acontecer? Ele falava do</p><p>meu assunto predileto, o Gonçalves, e descobriu que quando</p><p>falava no poeta, ou em poesia, eu me interessava, ele passou a</p><p>levar o livro de Antonio para a minha casa, a fazer leituras em</p><p>voz alta de poemas de Antonio. Embalde o professor Adelino</p><p>tentava me conquistar com as poesias de Antonio que lia em voz</p><p>alta, tão emocionado como se ele mesmo as houvesse escrito, ao</p><p>final tecia comentários sobre a poesia, daí em diante nossos</p><p>encontros eram para essas leituras, eu sentia algum pudor da</p><p>situação, mas agradava-me fechar os olhos e imaginar que quem</p><p>estava ali na minha frente lendo para mim era o autor das</p><p>composições.</p><p>Ana Miranda. Dias e dias: romance. São Paulo: Companhia das Letras, 2002. p. 143.</p><p>*superior aos outros homens</p><p>No fragmento de texto precedente, extraído da obra Dias e dias,</p><p>uma biografia romanceada do escritor Antonio Gonçalves Dias,</p><p>Feliciana, a narradora,</p><p>A é também personagem e narra os fatos unicamente a partir do</p><p>seu ponto de vista, como em um monólogo interior.</p><p>B apresenta os fatos da narrativa predominantemente do ponto</p><p>de vista dos demais personagens, embora seja ele também um</p><p>personagem.</p><p>C usa o foco narrativo exclusivamente na terceira pessoa para</p><p>expor os fatos de um ponto de vista imparcial, ainda que seja</p><p>protagonista.</p><p>D é onisciente e utiliza o discurso indireto livre para revelar os</p><p>pensamentos e as falas dos demais personagens.</p><p>E é também personagem e apresenta a voz dos demais</p><p>personagens por meio do discurso indireto, limitando-se a</p><p>relatar o que estes fizeram e disseram.</p><p>Questão 32</p><p>Considerando aspectos estilísticos tanto da obra do poeta</p><p>Antonio Gonçalves Dias quanto do movimento literário a que ele</p><p>é historicamente vinculado, assinale a opção correta.</p><p>A Gonçalves Dias é considerado um grande poeta porque,</p><p>mesmo desconhecendo as regras de composição lírica,</p><p>compôs poemas combinando a forma com a expressão do</p><p>sentimentalismo espontâneo dos românticos.</p><p>B Gonçalves Dias gostava de usar variados números de sílabas</p><p>em seus versos e valorizou as redondilhas, maiores e</p><p>menores, para compor poemas de apelo mais popular.</p><p>C As pausas e a abolição das rimas deram aos poemas de</p><p>Gonçalves Dias um caráter mais solene, menos popular.</p><p>D Apesar de aderir ao Romantismo, o poeta em apreço ainda</p><p>seguia a tradição dos árcades da poesia portuguesa, fazendo</p><p>poemas nos moldes campestres, sem exageros sentimentais.</p><p>E Gonçalves Dias violou as regras do verso e da gramática</p><p>devido à sua pouca erudição e ao seu desconhecimento da</p><p>norma culta da língua portuguesa.</p><p>Questão 33</p><p>Canção do Exílio</p><p>Minha terra tem palmeiras,</p><p>Onde canta o Sabiá;</p><p>As aves, que aqui gorjeiam,</p><p>Não gorjeiam como lá.</p><p>Nosso céu tem mais estrelas,</p><p>Nossas várzeas têm mais flores,</p><p>Nossos bosques têm mais vida,</p><p>Nossa vida mais amores.</p><p>Em cismar, sozinho, à noite,</p><p>Mais prazer encontro eu lá;</p><p>Minha terra tem palmeiras,</p><p>Onde canta o Sabiá.</p><p>Minha terra tem primores,</p><p>Que tais não encontro eu cá;</p><p>Em cismar — sozinho, à noite —</p><p>Mais prazer encontro eu lá;</p><p>Minha terra tem palmeiras,</p><p>Onde canta o Sabiá.</p><p>Não permita Deus que</p><p>eu morra,</p><p>Sem que eu volte para lá;</p><p>Sem que desfrute os primores</p><p>Que não encontro por cá;</p><p>Sem qu'inda aviste as palmeiras,</p><p>Onde canta o Sabiá.</p><p>Gonçalves Dias. Primeiros cantos.</p><p>In: Gonçalves Dias: poesia completa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1972.</p><p>Assinale a opção correta em relação ao poema precedente e à</p><p>obra poética de Gonçalves Dias.</p><p>A O poema em questão explora o sentimento de amor à pátria</p><p>por meio da oposição espacial entre “cá” (a terra natal) e “lá”</p><p>(a terra distante, do exílio) estabelecida pelo eu lírico.</p><p>B A terra natal do eu lírico é idealizada pela exuberância da</p><p>natureza, mostrada em “Nossas várzeas têm mais flores, /</p><p>Nossos bosques têm mais vida”, e pela religiosidade do povo,</p><p>como se percebe no apelo dos versos “Não permita Deus que</p><p>eu morra, / Sem que eu volte para lá”.</p><p>C A musicalidade do poema, que justifica o título, é acentuada</p><p>pela repetição das rimas toantes ou assonantes entre as</p><p>palavras “sabiá”, “cá” e “lá” ao longo de quase todo o poema.</p><p>D Apesar da saudade da terra natal, o eu lírico reconhece a</p><p>superioridade da terra estrangeira em relação à sua terra,</p><p>conforme se pode ler nos versos “Em cismar — sozinho, à</p><p>noite — / Mais prazer encontro eu lá”.</p><p>E A escolha do “sabiá” e das “palmeiras”, elementos bastante</p><p>comuns no Brasil, deve-se à intenção de Gonçalves Dias de</p><p>dar à poesia brasileira uma identidade nacional, inteiramente</p><p>de acordo com os pressupostos do nacionalismo romântico</p><p>em voga na sua época.</p><p>CEBRASPE – PMC – Edital: 2023</p><p>Questão 34</p><p>A um poeta</p><p>Longe do estéril turbilhão da rua,</p><p>Beneditino*, escreve! No aconchego</p><p>Do claustro, na paciência e no sossego,</p><p>Trabalha, e teima, e lima, e sofre, e sua!</p><p>Mas que na forma se disfarce o emprego</p><p>Do esforço; e a trama viva se construa</p><p>De tal modo, que a imagem fique nua,</p><p>Rica mas sóbria, como um templo grego.</p><p>Não se mostre na fábrica o suplício</p><p>Do mestre. E, natural, o efeito agrade,</p><p>Sem lembrar os andaimes do edifício:</p><p>Porque a Beleza, gêmea da Verdade,</p><p>Arte pura, inimiga do artifício,</p><p>É a força e a graça na simplicidade.</p><p>Olavo Bilac. Tarde. In: Olavo Bilac: obra reunida (org. Alexei Bueno).</p><p>Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1996. p. 268.</p><p>*monge da ordem de S. Bento</p><p>Considerando a leitura do poema apresentado e os aspectos da</p><p>obra de Olavo Bilac, assinale a opção correta.</p><p>A O poema ilustra o estilo parnasiano, contemporâneo ao</p><p>Realismo/Naturalismo, e tematiza o árduo trabalho dos</p><p>operários da época, conforme o emprego de palavras e</p><p>expressões como “Trabalha” (v. 4), “trama’ (v. 6), “construa”</p><p>(v. 6), “templo grego” (v. 8), “fábrica” (v. 9), “andaimes do</p><p>edifício” (v. 11).</p><p>B O tema artístico do poema expõe a adesão do poeta ao estilo</p><p>parnasiano, cujo lema — “Arte pela arte” — é explorado por</p><p>meio da metalinguagem, ou seja, o tema do poema é a</p><p>construção de um poema segundo o ideal de perfeição</p><p>estética da poesia parnasiana.</p><p>C Na primeira estrofe, por meio do emprego do vocativo</p><p>“Beneditino” (v. 2) e do polissíndeto (v.4), o poeta elege o</p><p>interlocutor dos seus versos e valoriza o trabalho do monge,</p><p>incansável, mas pouco valorizado, nas ruas da cidade.</p><p>D Na segunda estrofe, a construção do “templo grego”, rico</p><p>e sóbrio, ambienta o poema no cotidiano da Antiguidade</p><p>greco-romana para simbolizar o resgate dos valores clássicos</p><p>da arte defendida na poesia parnasiana.</p><p>E Na última estrofe, a “simplicidade” (v.14), valorizada na</p><p>antítese entre “Arte pura” e “artifício” (v.13), é defendida</p><p>pelo poeta como a representação da realidade da vida na</p><p>poesia, sem os sentimentalismos ou os exageros que</p><p>marcaram o Romantismo.</p><p>Texto 42A2-I</p><p>Com efeito, não se fala de outra coisa. Tudo quer,</p><p>tudo pede, tudo deseja a saúde, ou pelo menos, a ausência</p><p>da febre amarela. Esta velha dama, que estabeleceu aqui um</p><p>pied-à-terre*, não se esquece de nós inteiramente; há anos</p><p>em que traz toda a criadagem, e estabelece-se por uma estação</p><p>e mais. Come que é o diabo, e dá muito de comer à empresa</p><p>funerária, a qual, devendo detestá-la, pelo lado humano, não</p><p>pode desadorá-la por outro lado, não menos humano.</p><p>Há dessas lutas terríveis na alma do homem. Não,</p><p>ninguém sabe o que se passa no interior de um sobrinho, tendo</p><p>de chorar a morte de um tio e receber-lhe a herança. Oh!</p><p>Contraste maldito! Oh! dilaceração moral! Aparentemente, tudo</p><p>se recomporia, desistindo o sobrinho do dinheiro herdado; ah!!</p><p>Mas então seria chorar duas coisas: o tio e o dinheiro.</p><p>Machado de Assis. Bons dias! Campinas: Unicamp, 2008, p. 223-4.</p><p>*moradia provisória ou habitada em temporadas</p><p>Questão 35</p><p>Assinale a opção correta em relação aos recursos estilísticos</p><p>explorados no texto precedente, extraído de uma das crônicas</p><p>jornalísticas escritas por Machado de Assis.</p><p>A Ao personificar a febre amarela como uma “velha dama”</p><p>(terceiro período), visitante assídua da cidade, o cronista faz</p><p>uso de um recurso literário para recriar, na sua narrativa, o</p><p>cotidiano de uma cidade ficcional.</p><p>B Em “Tudo quer, tudo pede, tudo deseja a saúde, ou pelo</p><p>menos, a ausência da febre amarela” (segundo período),</p><p>entende-se que a febre amarela, gradativamente, deixava de</p><p>ser um problema de saúde pública para se tornar um elemento</p><p>do imaginário coletivo da época.</p><p>C No segundo parágrafo, o dilema do sobrinho que perde o tio</p><p>para a morte flagra, por meio da ironia, as contradições da</p><p>alma humana, um dos temas recorrentes da obra do autor.</p><p>D O contraste entre fragmentos “devendo detestá-la” e “não</p><p>pode desadorá-la” (ambos no quarto período) expõe as</p><p>reações contraditórias das funerárias em relação às mortes</p><p>provocadas pela febre amarela, que podem trazer tanto</p><p>prejuízo quanto lucro.</p><p>E O lado “não menos humano” (final do primeiro parágrafo) do</p><p>comportamento das pessoas é exemplificado, no parágrafo</p><p>seguinte, na frustração do sobrinho que perde o tio para a</p><p>morte e descobre que ele não lhe deixou herança.</p><p>CEBRASPE – PMC – Edital: 2023</p><p>Questão 36</p><p>Além de escrever crônicas para os jornais, Machado de Assis</p><p>redigiu romances, contos, poesias e crítica literária.</p><p>Considerando a obra e o estilo próprio desse autor, assinale a</p><p>opção correta.</p><p>A Nos romances da segunda fase de sua obra, Memórias</p><p>póstumas de Brás Cubas, Quincas Borba e Esaú e Jacó,</p><p>Machado de Assis antecipou aspectos da literatura moderna</p><p>brasileira ao usar narradores protagonistas que, além de narrar</p><p>os fatos, fazem comentários metalinguísticos sobre o relato.</p><p>B A obra ficcional de Machado de Assis é tradicionalmente</p><p>dividida em duas fases: a inicial, de influência romântica,</p><p>com romances como Helena e Inocência; e a segunda,</p><p>realista-naturalista, como Memórias póstumas de Brás</p><p>Cubas e Casa de pensão.</p><p>C Todos os romances de Machado de Assis apresentaram o Rio</p><p>de Janeiro como espaço narrativo, ambientados tanto nos</p><p>bairros mais nobres quanto nos bairros mais modestos desse</p><p>centro urbano.</p><p>D Adepto do realismo-naturalismo, Machado de Assis rejeitou a</p><p>temática romântica e não abordou os temas do amor e do</p><p>casamento em suas narrativas ficcionais, e os protagonistas de</p><p>seus romances, divididos entre sentimentos e ascensão social,</p><p>sempre optam pelos valores materiais.</p><p>E A sondagem psicológica do homem foi aprofundada na ficção</p><p>machadiana, trazendo à tona os desvios de caráter, as taras, as</p><p>loucuras de personagens representantes da elite burguesa que,</p><p>assim como os das classes operárias, eram oprimidos pelo</p><p>determinismo social.</p><p>Texto 42A2-II</p><p>Cunhantã</p><p>Vinha do Pará.</p><p>Chamava Siquê.</p><p>Quatro anos. Escurinha. O riso gutural da raça.</p><p>Piá branca nenhuma corria mais do que ela.</p><p>Tinha uma cicatriz no meio da testa:</p><p>― Que foi isto, Siquê?</p><p>Com voz de detrás da garganta, a boquinha tuíra:</p><p>― Minha mãe (a madrasta) estava costurando</p><p>Disse vai ver se tem fogo</p><p>Eu soprei eu soprei eu soprei não vi fogo</p><p>Aí ela se levantou e esfregou com minha cabeça</p><p>na brasa</p><p>Riu, riu, riu</p><p>Uêrêquitáua.</p><p>O ventilador era a coisa que roda.</p><p>Quando se machucava, dizia: Ai Zizus!</p><p>Manuel Bandeira. Libertinagem. In: Manuel Bandeira: poesia completa e prosa.</p><p>Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1990, p. 216.</p><p>Vocabulário:</p><p>cunhantã – (tupi-guarani) menina, moça.</p><p>piá – menino(a) mestiço(a) de indígena com branco.</p><p>tuíra – de cor indefinida, preto desbotado, pardo.</p><p>Questão 37</p><p>Assinale a opção correta em relação ao texto 42A2-II.</p><p>A A representação da cultura popular brasileira reside não</p><p>somente no assunto, mas também na oralidade da linguagem</p><p>do poema, a exemplo das repetições que dão ênfase a ações</p><p>(v. 10 e 12), a ausência de pontuação (v. 9 e 10) e a imitação</p><p>da variação fonética da pronúncia de palavras (v. 15) das</p><p>falas da menina “Siquê”, que colaboram para a sua</p><p>caracterização.</p><p>B Os diminutivos, nas duas ocorrências (v. 3 e 7), além de</p><p>caracterizarem uma menina pequena, ganham também</p><p>tonalidades afetivas, pois refletem a ternura do eu lírico pela</p><p>criança.</p><p>C A partir do título, o poema se presta ao elogio do indígena</p><p>brasileiro e de sua cultura, que se realiza no resgate da língua</p><p>indígena (“Cunhantã”, “Siquê”, “Uêrêquitáua”), e na</p><p>resistência física superior do nativo em comparação com a do</p><p>homem branco, desde tenra idade: “Quatro anos. Escurinha.</p><p>O riso gutural da raça. / Piá branca nenhuma corria mais do</p><p>que ela” (v. 3 e 4).</p><p>D A mistura de elementos narrativos ao discurso poético —</p><p>como o diálogo (segunda estrofe) — e o registro de</p><p>elementos do cotidiano, formando um cenário urbano — em</p><p>trechos como “Minha mãe (...) estava costurando” (v. 8), “O</p><p>ventilador era a coisa que roda” (v. 14) — atualizam a poesia</p><p>indianista para a modernidade valorizada na segunda fase do</p><p>movimento modernista.</p><p>E O resgate da temática do regionalismo no poema modernista</p><p>tem índices na localização geográfica do texto (v. 1) e na</p><p>caracterização do povo da região Norte do Brasil, tanto pelos</p><p>aspectos físicos (v. 3 e 4) quanto pela variante linguística</p><p>regional, como em “tuíra” (v. 7), “não vi fogo” (v. 10), e “Ai</p><p>Zizus” (v. 15).</p><p>Questão 38</p><p>Tendo em vista que os poetas do Modernismo brasileiro se</p><p>encarregaram da desconstrução dos mitos do passado para a</p><p>construção de um nacionalismo crítico, com uma visão</p><p>consciente e aprofundada da realidade na poesia brasileira,</p><p>assinale a opção correta relativamente à representação literária do</p><p>indígena no texto 42A2-II.</p><p>A A caracterização da menina indígena resulta do contraste</p><p>entre a ingenuidade e a alegria espontânea da criança e sua</p><p>condição de vítima do racismo e dos maus-tratos familiares.</p><p>B O tema central do poema é a denúncia da violência praticada</p><p>contra crianças indígenas na região Norte do país.</p><p>C Por meio da ironia, o poema denuncia o preconceito racial</p><p>contra os indígenas, uma vez que a menina é caracterizada</p><p>pela inferioridade física e pela dificuldade de expressão no</p><p>convívio social de um meio urbano.</p><p>D Com um toque de humor, o poema faz a crítica dos indígenas</p><p>que abandonam sua língua e seus costumes para se adaptarem</p><p>à cultura dos brancos.</p><p>E A condição do indígena na sociedade brasileira é retratada no</p><p>poema de forma lírica, sendo demonstrada sua superioridade</p><p>moral e cultural em relação aos brancos, representados pela</p><p>referência a “piá branca” (v. 4).</p><p>CEBRASPE – PMC – Edital: 2023</p><p>Texto 42A2-III</p><p>Sou só um sertanejo, nessas altas ideias navego mal. Sou</p><p>muito pobre coitado. Inveja minha pura é de uns conforme o</p><p>senhor, com toda leitura e suma doutoração. Não é que eu esteja</p><p>analfabeto. Soletrei, anos e meio, meante cartilha, memória e</p><p>palmatória. Tive mestre, Mestre Lucas, no Curralinho, decorei</p><p>gramática, as operações, regra de três, até geografia e estudo</p><p>pátrio. Em folhas grandes de papel, com capricho tracei bonitos</p><p>mapas. Ah, não é por falar: mas, desde o começo, me achavam</p><p>sofismado de ladino. E que eu merecia de ir para cursar latim, em</p><p>Aula Régia – que também diziam. Tempo saudoso! Inda hoje,</p><p>apreceio um bom livro, despaçado. Na fazenda O Limãozinho, de</p><p>um meu amigo Vito Soziano, se assina desse almanaque grosso,</p><p>de logogrifos e charadas e outras divididas matérias, todo ano</p><p>vem. Em tanto, ponho primazia é na leitura proveitosa, vida de</p><p>santo, virtudes e exemplos – missionário esperto engambelando</p><p>os índios, ou São Francisco de Assis, Santo Antônio, São</p><p>Geraldo... Eu gosto muito de moral. Raciocinar, exortar os outros</p><p>para o bom caminho, aconselhar a justo. Minha mulher, que o</p><p>senhor sabe, zela por mim: muito reza. Ela é uma abençoável.</p><p>Compadre meu Quelemém sempre diz que eu posso aquietar meu</p><p>temer de consciência, que sendo bem-assistido, terríveis</p><p>bons-espíritos me protegem. Ipe! Com gosto... Como é de são</p><p>efeito, ajudo com meu querer acreditar. Mas nem sempre posso.</p><p>O senhor saiba: eu toda a minha vida pensei por mim, forro, sou</p><p>nascido diferente. Eu sou é eu mesmo. Diverjo de todo o</p><p>mundo... quase que nada não sei. Mas desconfio de muita coisa.</p><p>Guimarães Rosa. Grande sertão: veredas. In: João Guimarães Rosa / Ficção completa, vol. II.</p><p>Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1994. p. 12-4.</p><p>Questão 39</p><p>Acerca do romance de que se extraiu o texto 42A2-III, no qual os</p><p>acontecimentos são apresentados a partir da perspectiva do</p><p>sertanejo Riobaldo, e da obra de Guimarães Rosa, assinale a</p><p>opção correta.</p><p>A A narrativa tem um tempo psicológico, pois é conduzida</p><p>pelas lembranças de Riobaldo, que surgem desordenadas e</p><p>misturam fatos antigos a fatos recentes, a fim de recriar a</p><p>confusão mental do personagem na velhice.</p><p>B Riobaldo narra suas memórias em tom de conversa informal</p><p>com um interlocutor culto, que é interpelado pelo vocativo</p><p>“Mestre Lucas” (quinto período) e tratado com respeito de</p><p>“o/O senhor” (terceiro e vigésimo terceiro períodos), mas que</p><p>não tem falas no texto.</p><p>C Além das referências espaciais, o caráter regionalista do texto</p><p>reside no resgate do autêntico linguajar sertanejo da tradição</p><p>literária brasileira, a exemplo das variações de pronúncia, em</p><p>“apreceio” (décimo primeiro período) ou “Diverjo” (vigésimo</p><p>quinto período) e os desvios na formação e no emprego de</p><p>palavras, como em “sofismado de ladino” (oitavo período),</p><p>“despaçado” (décimo primeiro período) e “uma abençoável”</p><p>(décimo sétimo período).</p><p>D No trecho “Como é de são efeito, ajudo com meu querer</p><p>acreditar. Mas nem sempre posso.” (vigésimo primeiro e</p><p>vigésimo segundo períodos), Riobaldo acaba confessando ser</p><p>ateu, a despeito das leituras das vidas de santos e das</p><p>influências religiosas da esposa e do compadre Quelemém.</p><p>E Riobaldo afirma ser homem de pouca cultura, um sertanejo</p><p>ignorante ou um "pobre coitado” (segundo período), mas, ao</p><p>longo do texto, percebe-se nessa afirmação mais um disfarce</p><p>de modéstia ou um recurso retórico para impressionar o</p><p>ouvinte que propriamente um fato.</p><p>Questão 40</p><p>Na terceira fase do Modernismo brasileiro, Guimarães Rosa</p><p>apontou novos rumos para a literatura brasileira, por meio de</p><p>uma perspectiva renovada para o regionalismo. Considerando a</p><p>leitura do texto 42A2-III e aspectos da literatura brasileira,</p><p>assinale a opção correta a respeito dessa perspectiva.</p><p>A Em oposição à proposta dos regionalistas da segunda fase</p><p>modernista, os escritores da chamada “Geração de 45”</p><p>passaram a se preocupar menos com as questões políticas,</p><p>ideológicas e culturais e privilegiaram a questão estética, a</p><p>exemplo da recriação poética da linguagem sertaneja na</p><p>narrativa de Guimarães Rosa.</p><p>B Guimarães Rosa renovou a linguagem da prosa regionalista</p><p>ao explorar recursos da expressão poética na narrativa e ao</p><p>aprofundar a caracterização do homem sertanejo, dando-lhe</p><p>preocupações existenciais e metafísicas.</p><p>C O sertanejo, na obra de Guimarães Rosa, é caracterizado</p><p>como um ser que luta pela sobrevivência diante das forças da</p><p>natureza árida do sertão e da violência de um meio que</p><p>oprime o trabalhador rural pobre e inculto.</p><p>D O espaço das narrativas</p><p>de Guimarães Rosa sempre é rural e</p><p>habitado por sertanejos pobres, mas dotados de elevada</p><p>intelectualidade, que se revela por meio de uma linguagem</p><p>literária elevada e abstrata, repleta de sugestões musicais.</p><p>E O regionalismo em Guimarães Rosa tem como ponto de</p><p>partida o contraste entre cidade e campo, ou entre homem</p><p>culto da cidade e homem iletrado do campo; e tem como</p><p>finalidade sondar a diversidade regional da realidade</p><p>brasileira.</p><p>Questão 41</p><p>Planejar é uma atividade primordial na ação docente. Entre os</p><p>diversos tipos de planejamentos, aquele que interfere diretamente</p><p>na aula é o</p><p>A plano de ensino.</p><p>B plano de curso.</p><p>C planejamento participativo.</p><p>D plano de aula.</p><p>E plano da escola.</p><p>Questão 42</p><p>No caso da educação especial inclusiva, a orientação é de que ela</p><p>deve ser iniciada</p><p>A nas instituições específicas que ofertam atendimento</p><p>educacional especializado.</p><p>B nas escolas regulares, durante o horário das aulas da classe</p><p>comum, em turmas específicas para cada tipo de deficiência.</p><p>C nos programas de enriquecimento curricular, ensino de</p><p>linguagens e códigos específicos de comunicação e</p><p>sinalização.</p><p>D em centros de atendimento educacional especializados,</p><p>públicos ou privados, de acordo com a necessidade da</p><p>criança.</p><p>E em salas de aulas comuns desde a educação infantil, onde há</p><p>estímulos nos aspectos físicos, emocionais, cognitivos,</p><p>psicomotores e sociais.</p><p>CEBRASPE – PMC – Edital: 2023</p><p>Questão 43</p><p>Acerca de práticas docentes, fundamentos teóricos e tendências</p><p>pedagógicas, assinale a opção correta.</p><p>A Postura libertadora é aquela em que o professor transmite a</p><p>matéria conforme um sistema instrucional eficiente e efetivo</p><p>em termos de resultados da aprendizagem, enquanto o aluno</p><p>recebe, aprende e fixa as informações.</p><p>B A postura tecnicista é pautada pelo diálogo como método</p><p>básico, segundo o qual educador e educandos se posicionam</p><p>como sujeitos do ato de conhecimento.</p><p>C Na tendência crítico-social dos conteúdos, o professor se</p><p>comporta como um especialista em relações humanas,</p><p>aceitando o aluno como ele é, sem intervir no processo de</p><p>aprendizagem.</p><p>D Na postura tradicional, o professor transmite o conteúdo na</p><p>forma de verdade a ser absorvida, e, em consequência, a</p><p>disciplina imposta é o meio mais eficaz para assegurar a</p><p>atenção e o silêncio.</p><p>E A postura renovada não diretiva consiste no provimento de</p><p>condições em que professores e alunos possam colaborar para</p><p>fazer progredir as trocas de experiências e conteúdos.</p><p>Questão 44</p><p>A didática na perspectiva histórico-cultural tem sido bastante</p><p>utilizada na formação de professores no Brasil. Essa prática é</p><p>fundamenta na teoria de</p><p>A Piaget.</p><p>B Pavlov.</p><p>C Vygotsky.</p><p>D Ausubel.</p><p>E Skinner.</p><p>Questão 45</p><p>A pedagogia de projetos é uma estratégia pedagógica que</p><p>incentiva a interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade. A</p><p>respeito desse tema, é correto afirmar que a</p><p>A transdisciplinaridade ocorre quando as disciplinas deixam de</p><p>trabalhar seus conteúdos isoladamente e focam no tema do</p><p>projeto.</p><p>B interdisciplinaridade acontece quando cada professor trabalha</p><p>em sua disciplina isoladamente.</p><p>C interdisciplinaridade e a transdisciplinaridade só podem</p><p>existir dentro do ambiente escolar.</p><p>D transdisciplinaridade é a valorização de cada disciplina em</p><p>seus conteúdos particulares.</p><p>E interdisciplinaridade é a extinção das disciplinas em função</p><p>de temas gerais trabalhados.</p><p>Questão 46</p><p>As formas de avaliação escolar passaram por várias</p><p>transformações ao longo da história da educação brasileira.</p><p>Assinale a opção que apresenta uma característica de avaliação</p><p>na perspectiva crítica.</p><p>A Fundamenta-se no paradigma construtivista.</p><p>B O avaliador exerce papel de juiz.</p><p>C Enfatiza o resultado (produto).</p><p>D O aluno é avaliado pelo seu comportamento em sala de aula.</p><p>E Enfatiza a memorização.</p><p>Questão 47</p><p>Na visão histórico-cultural, a escola é concebida como espaço de</p><p>relações sociais e humanas, por isso traz em si uma dimensão</p><p>política e transformadora. Tal dimensão é manifestada quando</p><p>A a escola se posiciona de forma neutra frente à sociedade.</p><p>B a educação trata os alunos como sujeitos históricos.</p><p>C a escola reproduz a ideologia dos grupos dominantes.</p><p>D os docentes são antiéticos frente aos estudantes.</p><p>E a instituição ignora a formação integral do ser humano.</p><p>Questão 48</p><p>O projeto político-pedagógico é um importante documento da</p><p>escola porque</p><p>A capacita seus membros a decidir livremente.</p><p>B é elaborado pelos gestores da escola.</p><p>C viabiliza a gestão democrática na escola.</p><p>D limita a intervenção das políticas públicas na ação da escola.</p><p>E define quais conteúdos devem ser trabalhados em sala de</p><p>aula.</p><p>Questão 49</p><p>A Constituição Federal de 1988 é um importante marco</p><p>referencial na elaboração de políticas públicas para a educação</p><p>básica do Brasil. Nessa perspectiva, é correto afirmar que as</p><p>políticas públicas para a educação básica</p><p>A visam diminuir o fracasso escolar provocado pelas classes</p><p>menos favorecidas.</p><p>B devem ser construídas levando-se em consideração os</p><p>interesses dos partidos políticos.</p><p>C são direcionadas para apenas uma parcela da população.</p><p>D dependem da vontade individual dos representantes públicos.</p><p>E devem garantir o acesso à educação de qualidade.</p><p>Questão 50</p><p>A gestão democrática na escola tem como princípio</p><p>A a centralização das decisões nas regras e nos procedimentos</p><p>administrativos, dando mais ênfase às tarefas do que às</p><p>pessoas.</p><p>B o poder e a autoridade, exercidos unilateralmente, enfatizando</p><p>as relações de subordinação, retirando das pessoas o direito</p><p>de pensar e decidir sobre seu trabalho.</p><p>C a percepção do diretor como único responsável pelo êxito das</p><p>ações do grupo sob seu comando e do baixo grau de</p><p>participação das pessoas.</p><p>D a visão de que a escola é uma estrutura totalmente objetiva,</p><p>neutra e independente das pessoas.</p><p>E o pressuposto de que a escola é uma construção social</p><p>composta pelas subjetividades dos professores, alunos, pais,</p><p>funcionários e integrantes da comunidade.</p>