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Escola de Frankfurt Início Chama-se de escola de Frankfurt ao coletivo de pensadores formado, sobretudo, por Theodor Adorno, Max Horkheimer, Erich Fromm e Hebert Marcuse. Foi estudando “n” outros temas que os frakfurtianos vieram a descobrir a crescente importância dos fenômenos de mídia e da cultura de mercado na formação do modo de vida contemporâneo. Mais do que o poderio e a dominação da vida pública, o que realmente assombrou toda uma geração posterior de pensadores foi a percepção de que esse e vários outros exemplo de repressão e barbárie tiveram sua origem exatamente no seio da razão, da racionalidade, e , ainda, que essa repressão e esse controle usavam a própria razão para alicerçar e justificar, respectivamente, seus planos e suas ações. Lembrando o fato de que esses pensadores partiram das teses de Marx, Freud e Nietzche. A Escola de Frankfurt aborda, na comunicação, a dimensão da crítica aos empregos sociais dos meios de comunicação de massa. O desenvolvimento da Teoria Crítica Base da Escola de Frankfurt Sob a influência das análises de Marx e de sua crítica à economia política burguesa, a Teoria Crítica da Escola de Frankfurt revela a transformação dos conceitos econômicos dominantes em seus opostos: a livre troca passa a ser aumento da desigualdade social; a economia livre transforma-se em monopólio; o trabalho produtivo, nas condições que sufocam a produção; a reprodução da vida social, no empobrecimento de nações inteiras. Em 1937, Horkheimer publicou no Jornal para a Investigação Científica, o artigo “Teoria Tradicional e Teoria Crítica”, no qual formula pela primeira vez a natureza e a finalidade de um novo gênero de teoria, a crítica da sociedade, por oposição à concepção teórica tradicional, que defendia uma distinção entre o nível do conhecimento e o da transformação histórica. Daí a sua atitude crítica, que em relação à filosofia neo-idealista, quer em relação às filosofias empíricas, acabando por uma que realmente dessa conta da evolução da razão humana no tempo. O pensamento da Teoria Crítica se desenvolveu em forte oposição à Teoria Tradicional e ao pensamento funcionalista, procurou ver a sociedade como um olhar diferente do moderno. Os frankfurtianos reconheceram que o iluminismo libertou o misticismo, mas acreditavam que acorrentou a razão. Por isso, criticavam duramente a ideia de que razão libertaria a humanidade e que a evolução tecnológica elevaria a sociedade. A Teoria Crítica defendia a superação do diagnostico levantado pelos frankfurtianos da situação caótica tanto política quanto econômica que os europeus viviam na época. Para os pensadores era necessário considerar que a existência social agia como determinante da consciência. A luta era justamente para ultrapassar o subjetivismo e o realismo da Teoria Tradicional o que favoreceria a descoberta de novos conteúdos para a práxis histórica. E o proletariado se perdeu ao permitir o surgimento de sistemas totalitários como o nazismo Por “Teoria Crítica” entende-se uma determinada teoria da sociedade, um método de investigação e uma Escola de pensamento, considera-se geralmente o seguinte: A referência à investigação teórica iniciada por Horkheimer, Adorno e outros, na qual se analisavam as reais possibilidades de podermos vir a coexistir numa sociedade organizada racionalmente, sem que isso implicasse a subordinação da vontade e da individualidade à autoridade logocêntrica. Estudo do papel da ciência e da tecnologia na sociedade moderna, sendo-lhe atribuído um papel negativo no que à formação da consciência e da razão dizem respeito. Etc. Dialética do iluminismo e indústria cultural Se atentando inicialmente para o contexto histórico da época, temos 1944, segunda guerra mundial. Segundo eles, os tempos modernos criaram a ideia de que não apenas somo seres livres e distintos como podemos construir uma sociedade capaz de permitir a todos uma vida justa e realização individual. Noutros termos, a modernidade concebeu um projeto coletivo cujo sentido original era libertar o homem das autoridades místicas e das opressões sociais, ao postular sua capacidade de autodeterminação. Porém, o século anterior mostrou o oposto disso, dissolvendo a utopia do progresso. Conflitos políticos, econômicos, científico e etc. demonstrando que o processo de avanço nessas áreas não pode ser separado da criação de novas sujeições e, portanto de uma série de patologias culturais. “A enxurrada de informações precisas e diversões assépticas desperta e idiotiza as pessoas ao mesmo tempo” (Adorno e Horkheimer [1947], 1985, p. 14-15). A cultura como mercadoria – Indústria Cultural Horkheimer, Adorno, Marcuse e outros pensadores referiram-se com o termo Indústria Cultural à conversão da cultura em mercadoria, ao processo de subordinação da consciência à racionalidade capitalista. Designa uma prática social, através da qual a produção cultural e intelectual passa a ser orientada em função de sua possibilidade de consumo no mercado. Inicialmente, esse fenômeno consiste em produzir e adaptar obras de arte segundo um padrão estético seguindo uma “linha” de produção relacionada ao gosto bem-sucedido e ao desenvolver das técnicas para colocá-las no mercado. Em síntese, aparecem poderosas empresas multimídia e conglomerados privados, que passam a conferir um poder cada vez maior às tecnologias de reprodução e difusão de bens culturais. Dessa forma, os pensadores do grupo foram os primeiros a ver que, em nosso século, a família e a escola, depois da religião, estão perdendo influencia socializadora para as empresas de comunicação. O capitalismo rompeu os limites da economia e penetrou no campo da formação da consciência, convertendo os bens culturais em mercadoria. A velhíssima tensão entre cultura e barbárie foi superada com a criação de um a cultura de mercado em que suas qualidades se misturam a vêm a conformar um modo de vida nivelado pelo valor de troca das pessoas e dos bens de consumo. O problema não é apenas o fato de o conhecimento, a literatura e a arte, senão os próprios seres humanos, se tornarem produtos de consumo. A esfera pública A respeito da primeira geração frankfurtiana da primeira geração ocuparam-se, sobretudo com os fatores econômicos de formação e significado sociológico da indústria cultural. Na teoria, a cultura de mercado, pretendesse ser apolítica, para eles e principalmente Habermas, representa uma forma de controle social ou mando organizacional. Para Habermas, a situação social e histórica criada é o ponto de partida para explicar a crise da vida política que ocorre em nossa sociedade. Para ele, a crescente apatia para com a ação política é relacionada à destruição da cultura como processo de formação libertador e na conversão do todo em mercadoria. Contando com inúmeras manifestações do poder da sociedade, de ações de parcelas da sociedade, a economia de mercado formou em seus primórdios um espaço público sustentando principalmente pela mídia. Dessa forma, a esfera pública passou a ser colonizada pelo consumismo promovido pelos interesses mercantis e pela propaganda manipuladora dos partidos políticos e dos estados pós-liberais. A procura do consenso político pelo livre uso da razão individual teve de retroceder perante o emprego da mídia a serviço da razão do estado e a conversão da atividade política em objeto de espetáculo. Comunicação e Sociedade Vale resaltar que os processos acima referidos não se dão por que a mídia teria poder de passar ideias para nossa cabeça, como muitas vezes nos é dito. As comunicações são importantes não por que veiculem ideologias, mas sim por que não só fornecem informações que colaboram para seu esclarecimento, de outro proporcionam o entretenimento que elas procuram com avidez e sem o qual talvez não pudessem suportar o crescente desencantamento da existência. O principal não está no conteúdo dos meios, mas, no fato de as pessoas estarem ligadas a eles como bens de consumo.
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