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<p>UBERABA-MG</p><p>2024/1</p><p>ACADEMIA DE ENGENHARIA CIVIL – UNIVERSIDADE DE UBERABA / UNIUBE</p><p>GUSTAVO ARAUJO SILVA -5138130</p><p>KENEDY DIAS ROMALDINO - 5148191</p><p>SISTEMAS PREDIAIS HIDRÁULICOS</p><p>E SÁNITARIOS</p><p>UBERABA-MG</p><p>2024/1</p><p>ACADEMIA DE ENGENHARIA CIVIL – UNIVERSIDADE DE UBERABA / UNIUBE</p><p>GUSTAVO ARAUJO SILVA -5138130</p><p>KENEDY DIAS ROMALDINO - 5148191</p><p>SISTEMAS PREDIAIS HIDRÁULICOS</p><p>E SÁNITARIOS</p><p>NBR5626</p><p>Trabalho apresentado no Curso de</p><p>graduação de Engenharia Civil na</p><p>Universidade de Uberaba.</p><p>Orientador.: Frederico</p><p>ACADEMIA DE ENGENHARIA CIVIL – UNIVERSIDADE DE UBERABA / UNIUBE</p><p>NBR 5626 INSTALAÇAO PREDIAL DE ÁGUA FRIA</p><p>A NBR 5626 define requisitos e diretrizes para o planejamento, implementação e</p><p>cuidados contínuos de sistemas de água fria em edifícios. Esses requisitos e diretrizes têm</p><p>como base a garantia do funcionamento eficiente da instalação e a preservação da</p><p>qualidade da água, especialmente quando se trata de água potável, ela estabelece critérios</p><p>claros e precisos para todos os aspectos relacionados à instalação predial de água fria,</p><p>desde a definição de termos como água potável, aparelho sanitário e tubulação, até</p><p>questões técnicas como diâmetro das tubulações e vazão de projeto. A instalação</p><p>abrangida por esta norma pode incluir outros sistemas hidráulicos prediais, para os quais</p><p>existem normas específicas a serem seguidas. Por exemplo, para a instalação de água</p><p>quente, deve-se observar a NBR 7198, enquanto para a instalação de sistemas de combate</p><p>a incêndio, deve-se seguir a NBR 13714. Na seção 4 da norma, são estabelecidas</p><p>diretrizes e recomendações sobre os materiais e componentes utilizados nas instalações</p><p>prediais de água fria. Essas diretrizes se baseiam em três princípios fundamentais.</p><p>Primeiro, é crucial que os materiais não comprometam a potabilidade da água com a qual</p><p>entram em contato constante. Segundo, os componentes devem manter seu desempenho</p><p>mesmo diante das características específicas da água e do ambiente em que estão</p><p>instalados. Terceiro, é essencial que os componentes funcionem de forma adequada</p><p>diante das demandas a que são submetidos durante o uso. A respeito da responsabilidade,</p><p>a norma nos trás a informação de que a concepção das instalações prediais de água fria</p><p>requer a expertise de um profissional com formação acadêmica de nível superior,</p><p>devidamente licenciado e competente. As instalações prediais de água fria devem atender</p><p>a vários requisitos ao longo da vida útil do edifício: preservação da potabilidade da água,</p><p>fornecimento contínuo e adequado, economia de água e energia, facilidade e economia na</p><p>manutenção, controle de ruído e conforto do usuário, incluindo peças bem localizadas, de</p><p>fácil operação e com vazões satisfatórias. Um procedimento deve ser estabelecido para</p><p>garantir que a execução das instalações prediais de água fria seja realizada com critérios</p><p>de higiene adequados à sua finalidade. Isso inclui manter limpos o interior das tubulações,</p><p>reservatórios e outras partes, livres de resíduos resultantes das operações de instalação ou</p><p>de outras atividades no canteiro de obras. A manutenção da instalação predial de água fria</p><p>deve incluir inspeções regulares, cuja frequência será determinada pelo responsável pela</p><p>manutenção, geralmente o usuário.</p><p>A Norma Brasileira NBR 5626:1998 estabelece definições relacionadas à instalação</p><p>predial de água fria. Essas definições abrangem diversos aspectos, desde características</p><p>técnicas de componentes até responsabilidades dos agentes envolvidos no processo de</p><p>construção e manutenção.</p><p>Ela define termos como água fria, água potável, alimentador predial, aparelho</p><p>sanitário, entre outros, fornecendo clareza e uniformidade de entendimento no campo da</p><p>engenharia hidráulica. Além disso, aborda questões como tipos de abastecimento, como</p><p>direto e indireto, e elementos estruturais como barriletes, colunas de distribuição e ramais.</p><p>Outros termos importantes são relacionados à segurança e qualidade da água, como</p><p>dispositivo de prevenção ao refluxo e padrão de potabilidade. A norma também detalha</p><p>responsabilidades de agentes como construtores, instaladores e projetistas, garantindo a</p><p>qualidade das instalações.</p><p>Por fim, a norma define aspectos práticos, como tipos de tubulações, sua disposição e</p><p>acesso para manutenção, além de estabelecer conceitos importantes para o uso doméstico</p><p>da água e responsabilidade dos usuários.</p><p>Assim, a NBR 5626:1998 fornece um conjunto abrangente de definições que servem</p><p>como base para o planejamento, construção e manutenção de sistemas de abastecimento</p><p>de água fria, visando garantir sua eficiência, segurança e qualidade.</p><p>ACADEMIA DE ENGENHARIA CIVIL – UNIVERSIDADE DE UBERABA / UNIUBE</p><p>A Norma NBR 5626:1998 estabelece diretrizes para materiais e componentes</p><p>utilizados em instalações prediais de água fria, com foco na garantia da potabilidade da</p><p>água, no desempenho dos componentes e na proteção contra corrosão ou degradação. Ela</p><p>reconhece que outros materiais além dos mencionados podem ser empregados, desde que</p><p>atendam aos requisitos da norma e princípios nela contidos.</p><p>Para materiais metálicos, como aço-carbono galvanizado, cobre e ferro fundido</p><p>galvanizado, são especificadas normas como a NBR 5580, NBR 13206 e NBR 6943,</p><p>respectivamente. Para materiais plásticos, como poliéster reforçado com fibra de vidro e</p><p>PVC rígido, são indicadas normas como a NBR 8220, NBR 10925 e NBR 5648.</p><p>Outros materiais como chumbo, cimento amianto, concreto e impermeabilizantes</p><p>também são abordados, com recomendações específicas para cada um. Componentes</p><p>como caixas de descarga, chuveiros elétricos e hidrômetros devem obedecer às normas</p><p>correspondentes, como a NBR 11852 e NBR 12483.</p><p>Essas diretrizes visam garantir a segurança, qualidade e durabilidade das instalações</p><p>prediais de água fria, promovendo o correto funcionamento dos sistemas e protegendo a</p><p>saúde pública.</p><p>O projeto de instalações prediais de água fria deve ser realizado por um profissional</p><p>devidamente qualificado e registrado junto ao CREA. O projeto deve garantir a</p><p>potabilidade da água, fornecimento contínuo e adequado, promover economia de</p><p>recursos, facilitar a manutenção e evitar ruídos excessivos. É essencial interagir com a</p><p>concessionária de água para garantir a conformidade com regulamentos locais e obter</p><p>informações sobre o abastecimento. Informações preliminares sobre o consumo predial e</p><p>oferta de água devem ser levantadas. O abastecimento pode ser feito pela rede pública ou</p><p>outra fonte, respeitando padrões de segurança sanitária. O tipo de abastecimento deve ser</p><p>definido com base nessas informações. O alimentador predial e os reservatórios devem</p><p>ser projetados considerando a pressão da água, a segurança sanitária e a facilidade de</p><p>operação e manutenção. Os reservatórios devem preservar a potabilidade da água, sendo</p><p>construídos com materiais adequados e facilmente inspecionáveis e limpos. Em casos de</p><p>impossibilidade de não apoiar no solo, devem ser instalados em compartimentos próprios,</p><p>com medidas de segurança adicionais.</p><p>Os reservatórios de uma instalação predial de água fria devem ter sua capacidade</p><p>determinada com base no padrão de consumo do edifício e nas possíveis interrupções no</p><p>abastecimento. Recomenda-se reservar água suficiente para 24 horas de consumo normal,</p><p>excluindo o volume para combate a incêndios. Em residências de pequeno porte, a</p><p>reserva mínima sugerida é de 500 litros. Os reservatórios de maior capacidade devem ser</p><p>divididos em compartimentos para facilitar a manutenção sem interromper o</p><p>fornecimento de água. Devem ser adotadas medidas para evitar a formação de vórtices e</p><p>zonas de estagnação dentro dos reservatórios. A tomada de água no reservatório deve ser</p><p>posicionada acima do fundo para evitar a</p><p>entrada de resíduos da rede de distribuição. Os</p><p>reservatórios devem ser projetados e instalados com estabilidade mecânica adequada,</p><p>considerando sua função e os esforços sobre eles. É necessário instalar dispositivos de</p><p>controle de nível de água, como torneiras de boia, e tubulações de aviso, extravasão e</p><p>limpeza para garantir o funcionamento adequado e a manutenção do reservatório. As</p><p>instalações elevatórias devem ter pelo menos duas unidades de elevação de pressão</p><p>independentes. A rede predial de distribuição deve ser projetada levando em consideração</p><p>o conforto e segurança do usuário, com tubulações horizontais instaladas com leve</p><p>declive para evitar a formação de bolhas de ar.</p><p>No dimensionamento, são consideradas vazões nos pontos de uso e nos</p><p>abastecimentos de reservatórios, velocidade e pressão da água. Quanto à proteção</p><p>sanitária, são destacadas medidas para garantir a qualidade da água potável, evitando</p><p>contato com materiais inadequados e interligação com água não potável. Essas diretrizes</p><p>visam garantir o fornecimento seguro e adequado de água potável nas instalações</p><p>prediais.</p><p>ACADEMIA DE ENGENHARIA CIVIL – UNIVERSIDADE DE UBERABA / UNIUBE</p><p>Destacam-se medidas para reduzir o consumo de água e energia, como controle da</p><p>pressão hidráulica, uso eficiente de dispositivos de descarga em bacias sanitárias e</p><p>mictórios, e escolha adequada de equipamentos como lavadoras domésticas e chuveiros</p><p>elétricos. Além disso, são fornecidas orientações para o posicionamento, proteção e</p><p>manutenção das tubulações, considerando sua passagem por paredes, pisos, instalações</p><p>enterradas e reservatórios. Também são abordados aspectos relacionados ao controle de</p><p>ruídos e vibrações.</p><p>A execução da instalação deve seguir o projeto aprovado, com eventuais alterações</p><p>registradas e aprovadas pelo projetista.</p><p>O trabalho no canteiro de obra deve incluir o manuseio cuidadoso de materiais e</p><p>componentes, seguindo as recomendações dos fabricantes e normas técnicas pertinentes.</p><p>As juntas nas tubulações devem ser executadas de acordo com procedimentos</p><p>técnicos que garantam o desempenho adequado, com cuidados para garantir a limpeza e a</p><p>estanqueidade.</p><p>O assentamento de tubulações em valas deve ser realizado em condições adequadas</p><p>de trabalho, com atenção para o preparo do fundo das valas e a manutenção da limpeza</p><p>das tubulações.</p><p>As inspeções e ensaios devem ser realizados para verificar a conformidade da</p><p>execução com o projeto, podendo incluir inspeção visual, medições, aplicação de cargas e</p><p>pequenos ensaios de funcionamento.</p><p>Para garantir a estanqueidade, é necessário testar as tubulações por partes e</p><p>globalmente, usando pressão hidráulica superior à pressão prevista em projeto. Se forem</p><p>encontrados vazamentos, estes devem ser reparados e o teste repetido. Peças de utilização</p><p>podem ser testadas com tampões ou bujões, e o valor mínimo de pressão de ensaio é de</p><p>100 kPa.</p><p>Após a instalação, é crucial realizar a limpeza e desinfecção para garantir a</p><p>potabilidade da água distribuída. Isso envolve remover resíduos das tubulações e realizar</p><p>a desinfecção com cloro livre. A concentração e o tempo de contato do cloro com os</p><p>microorganismos devem ser controlados.</p><p>Para instalações com abastecimento indireto, a desinfecção é realizada nos</p><p>reservatórios e na rede de distribuição. Já para abastecimento direto, a desinfecção é feita</p><p>injetando uma solução de cloro livre na tubulação a montante da instalação. Em ambos os</p><p>casos, os procedimentos seguem diretrizes específicas para garantir a qualidade da água</p><p>fornecida.</p><p>Além disso, o texto aborda a identificação e registro das instalações, para facilitar</p><p>operação, manutenção e eventuais modificações, bem como a notificação de autoridades</p><p>ambientais quando necessário.</p><p>Ele destaca a importância de fornecer procedimentos de manutenção ao usuário, que</p><p>devem ser parte integrante do projeto. As inspeções periódicas são recomendadas para</p><p>garantir o desempenho adequado da instalação, com foco na prevenção de problemas e na</p><p>manutenção dos níveis de desempenho estabelecidos. A manutenção geral abrange a</p><p>verificação do funcionamento de todas as partes da instalação, enquanto a manutenção</p><p>específica de tubulações, torneiras, registros e válvulas visa corrigir qualquer mau</p><p>funcionamento e garantir o uso eficiente da água. A limpeza e desinfecção dos</p><p>reservatórios domiciliares são recomendadas pelo menos uma vez por ano, seguindo um</p><p>procedimento específico. Além disso, é enfatizada a importância de manter os espaços</p><p>para tubulações acessíveis e livres de pragas. A inspeção regular dos reservatórios</p><p>pressurizados também é destacada, visando identificar sinais de deterioração e ajustar a</p><p>pressão conforme necessário. Essas diretrizes visam assegurar o funcionamento seguro e</p><p>eficiente das instalações, promovendo a qualidade da água e a prevenção de problemas.</p>