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<p>Nome: João Gabriel O. Thibes</p><p>RA: 0063567</p><p>6º Período MEDICINA</p><p>TICS - Distúrbios metabólicos</p><p>Quais as abordagens farmacológicas que podem evitar litíase urinária em pacientes com hipercalciúria, hipocitratúria e hiperuricosúria?</p><p>E quais são as abordagens cirúrgicas, indicações e contra indicações do tratamento cirúrgico da nefrolitíase?</p><p>Abordagens Farmacológicas para Evitar Litíase Urinária</p><p>Para pacientes com litíase urinária e condições como hipercalciúria, hipocitratúria e hiperuricosúria, as abordagens farmacológicas visam corrigir esses distúrbios metabólicos e prevenir a formação de novos cálculos. As estratégias específicas incluem:</p><p>Hipercalciúria:</p><p>- Medicamentos tiazídicos, como hidroclorotiazida e clortalidona, são utilizados para reduzir a excreção de cálcio na urina. Eles promovem a reabsorção de cálcio nos túbulos renais, diminuindo a concentração de cálcio urinário.</p><p>- O citrato de potássio pode ser associado aos tiazídicos para aumentar a excreção de citrato e reduzir o risco de formação de cálculos.</p><p>Hipocitratúria:</p><p>- O citrato de potássio é o tratamento preferido para aumentar os níveis de citrato na urina. O citrato atua como um inibidor da formação de cálculos ao se ligar ao cálcio e diminuir a precipitação de oxalato de cálcio.</p><p>Hiperuricosúria:</p><p>- O alopurinol é utilizado para reduzir a produção de ácido úrico, diminuindo a excreção urinária de urato e, consequentemente, o risco de formação de cálculos de ácido úrico.</p><p>- O citrato de potássio, além de tratar a hipocitratúria, alcaliniza a urina, ajudando a prevenir a formação de cálculos de ácido úrico.</p><p>Abordagens Cirúrgicas para o Tratamento da Nefrolitíase</p><p>Quando os cálculos renais não podem ser tratados de maneira conservadora ou farmacológica, abordagens cirúrgicas são indicadas. As principais técnicas cirúrgicas, juntamente com suas indicações e contraindicações, incluem:</p><p>Litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque (LECO):</p><p>- Indicada para cálculos renais e ureterais menores que 2 cm, especialmente aqueles localizados no rim ou na parte superior do ureter.</p><p>- Contraindicada em casos de gravidez, coagulopatias não controladas, obstrução distal ao cálculo ou infecções urinárias não tratadas.</p><p>Nefrolitotomia Percutânea (NLP):</p><p>- Indicada para cálculos renais maiores que 2 cm, cálculos coraliformes, cálculos de cistina ou em pacientes com anomalias anatômicas renais.</p><p>- Contraindicada em casos de infecção ativa não tratada, condições médicas que contraindiquem procedimentos invasivos, ou anomalias anatômicas que dificultem o acesso percutâneo.</p><p>Ureteroscopia:</p><p>- Indicada para cálculos ureterais e renais menores, especialmente aqueles localizados no ureter médio e distal, ou para remoção de cálculos renais quando a LECO não é eficaz.</p><p>- Contraindicada em casos de estenose ureteral severa ou anomalias anatômicas que dificultem o acesso ureteral.</p><p>Cirurgia Aberta ou Laparoscópica:</p><p>- Indicada para cálculos grandes e complexos que não podem ser tratados por métodos menos invasivos, cálculos em pacientes com anatomia renal alterada, ou em casos de falha de outras modalidades cirúrgicas.</p><p>- Contraindicada em pacientes com alto risco cirúrgico ou aqueles que podem ser tratados de maneira eficaz com procedimentos menos invasivos.</p><p>Essas estratégias devem ser adaptadas ao paciente, levando em consideração a composição do cálculo, a anatomia renal e a presença de comorbidades.</p><p>REFERENCIAS:</p><p>· Porth CM, Matfin G. Fisiopatologia. 8ª ed. Rio de Janeiro: Guanabara-Koogan, 2010.</p><p>· PORTO, Celmo Celeno. Semiologia médica 8ª edição. Rio de Janeiro - RJ: Guanabara Koogan 2019.</p><p>image1.png</p>