Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

SISTEMA DE INFORMAÇÕES 
CONTÁBEIS E GERENCIAIS 
AULA 5 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Prof.ª Edenise Aparecida dos Anjos 
 
 
 
2 
CONVERSA INICIAL 
Nesta etapa de estudos, vamos abordar a temática principal dos Sistemas 
de Informações Contábeis e a forma como esses sistemas estão estruturados 
nas organizações. Abordaremos os seguintes tópicos: 
• Sistema de Informação Contábil e enfoque sistêmico aplicado; 
• Ambiente do Sistema de Informação Contábil; 
• Informações do Sistema de Informação Contábil e suas saídas; 
• Gestor do Sistema de Informação Contábil e seu papel; 
• Estruturação do Sistema de Informação Contábil no Sistema de 
Informações Gerenciais. 
CONTEXTUALIZANDO 
Já pensou como seria fazer contabilidade no século XXI sem 
computadores, internet e sistemas de informação? Não é preciso pensar muito, 
uma vez que as tecnologias de informação e a internet promoveram, nas últimas 
décadas, uma intensa transformação digital na forma como as organizações 
empresariais desenvolvem seus negócios. A contabilidade, como uma das 
principais linguagens dos negócios, naturalmente acompanhou essa evolução. 
Se pesquisar na internet os efeitos da transformação digital na 
contabilidade, você vai encontrar expressões de mercado como contabilidade 
on-line, contabilidade digital, contabilidade em nuvem, contabilidade 4.0, entre 
outras. Por sua vez, a literatura contábil se refere a essas transformações digitais 
como contabilidade contínua, destacando a integração dos sistemas de gestão 
à contabilidade como um sistema único, incluindo gravação contínua e registro 
contínuo, otimizando as operações contábeis, aumentando a precisão dos 
relatórios, evitando erros, fortalecendo a integridade dos dados e liberando 
tempo aos contadores para o desenvolvimento de tarefas valiosas. Além disso, 
contribui para a redução dos custos na produção de informações contábeis. 
Isto posto, vamos abordar o tema Sistema de Informação Contábil sob o 
prisma da contabilidade contínua e da integração, objetivando ressaltar a 
importância do profissional contábil para as organizações. 
 
 
3 
TEMA 1 – SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL E ENFOQUE SISTÊMICO 
APLICADO 
No início de nossos estudos, discutimos sobre como o enfoque sistêmico 
busca compreender o sistema como um todo, reconhecendo as relações e 
influências mútuas entre os elementos. Sob esse entendimento, a contabilidade 
aplicada considera a interconexão e interdependência dos diversos 
componentes do Sistema de Informação Contábil no ambiente do sistema de 
gestão organizacional para gerar informações financeiras e não financeiras. 
As transformações digitais dos negócios contemporâneos reforçam o 
enfoque sistêmico, integrando todos os subsistemas de gestão de uma 
organização ao sistema contábil de forma simultânea, caracterizando a prática 
contábil como uma atividade contínua em razão do processamento automatizado 
dos registros contábeis das empresas para fornecer informações em tempo real 
(Jemine et al., 2023). 
A contabilidade contínua pode ser entendida ainda como uma ilustração 
contemporânea de uma crença compartilhada de que o software (SIC) está na 
vanguarda do progresso na contabilidade. Por isso, vamos estudar agora como 
os sistemas de informações contábeis são configurados nos ambientes 
organizacionais contemporâneos. 
1.1 Sistemas de Informações Contábeis e transformação digital 
No contexto brasileiro, a transformação digital dos sistemas de informação 
contábil possui dois marcos importantes. O primeiro deles é decorrente da 
evolução das tecnologias de informação e comunicação que se expandiram de 
forma aparente no fim da década de 1990, alterando os modelos de negócios e 
a forma com que as empresas investem nestas tecnologias para a manutenção 
de suas atividades. 
O segundo e mais importante marco para a contabilidade brasileira é 
decorrente da transformação digital, impulsionado pela implementação gradual 
do Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) pela Receita Federal do Brasil 
(RFB), instituído pelo Decreto n. 6.022/2007. O SPED tem como objetivos 
promover a integração dos fiscos, mediante a padronização e compartilhamento 
das informações contábeis e fiscais, respeitadas as restrições legais. 
 
 
4 
Saiba mais 
O SPED é obrigatório para as empresas sujeitas ao Lucro Real, ao Lucro 
Presumido, Lucro Arbitrado, às Pessoas Jurídicas Imunes e Isentas, e às 
Sociedades em Conta de Participação (SCP). Já as empresas sujeitas ao 
Simples Nacional e os Microempreendedores Individuais (MEI) estão sendo 
incorporados gradualmente aos módulos do SPED (Brasil, 2007). 
A principal mudança decorrente da implementação do projeto SPED pela 
Receita Federal está no formato de envio dos livros contábeis e fiscais que antes 
eram em papel, impressos e registrados manualmente, para formato digital 
enviados por meios eletrônicos – aplicativos validadores parametrizados e 
desenvolvidos pelo órgão fiscalizador responsável. 
Com o advento dos SPEDs, os Sistemas de Informações Contábeis (SIC) 
passaram a gerar informações ao Governo de forma periódica e padronizada. 
Assim, as empresas que ainda não tinham aderido aos sistemas de gestão 
integrados foram “motivadas” a investir e implementar tais sistemas para cumprir 
com as obrigações fiscais e acessórias. 
Neste período, embora o mercado de empresas fornecedoras de 
softwares tenha se beneficiado, tiveram que trabalhar fortemente para adaptar 
seus softwares contábeis e sistemas de informação empresariais para atender à 
demanda da Receita Federal. O período de implementação, adaptação e 
obrigatoriedade dos SPEDs compreendeu um período de mais ou menos 10 
anos para as empresas do setor privado e foi implementado por módulos, 
começando com a obrigatoriedade de emissão de documentos fiscais 
eletrônicos (NF-e, CT-e, MDF-e) e envio de obrigações fiscais sobre operações 
com mercadorias (EFD ICMS-IPI). 
Quadro 1 – Período de implementação do Sistema SPED 
MÓDULO DESCRIÇÃO OBRIGATORIEDADE 
NF-e (Nota fiscal 
eletrônica) 
Modelo Nacional de documento eletrônico 
substituindo a emissão em papel. 
2008/2009 
CT-e (Conhecimento 
de transporte 
eletrônico) 
Documentar Prestação de Serviços de 
Transporte. 
2012 
NFS-e (Nota fiscal de 
serviços eletrônica) 
Documentar eletronicamente as operações 
de prestação de serviços. 
Ainda em processo 
 
 
5 
NFC-e (Nota Fiscal 
de Consumidor 
Eletrônica) 
Registra as operações comerciais de 
venda presencial ou em domicílio a 
consumidor final, através de operações 
internas sem direito a crédito de ICMS. 
Substituiu a ECF e a nota modelo 2. 
2019 
MDF-e (Manifesto 
Eletrônico de 
Documentos Fiscais) 
Emissão e armazenamento do vínculo de 
documentos fiscais transportados na 
unidade de carga usada. 
Fevereiro de 
2014 
EFD ICMS-IPI 
(Escrituração Fiscal 
Digital ICMS-IPI) 
Escrituração de documentos fiscais e de 
outras informações de interesse dos fiscos 
das unidades federadas e da Secretaria da 
Receita Federal do Brasil e registros de 
apuração de impostos referente às 
operações e prestações praticadas pelo 
contribuinte, dentre eles o ICMS e IPI. 
 
Início em datas 
diferentes conforme o 
Estado 
 
EFD – 
CONTRIBUIÇÕES 
Escrituração da Contribuição para o 
PIS/PASEP e COFINS e Desoneração da 
folha de Pagamento 
2011 
ECD – Escrituração 
Contábil Digital 
Transmitir em versão digital os livros 
contábeis (diário, razão, balancetes, 
balanços e fichas de lançamentos 
comprobatórios dos assentamentos 
transcritos). 
2014 
ECF – Escrituração 
Contábil Fiscal 
Substituiu a Declaração de Informações 
Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica 
(DIPJ) que foi extinta. 
2014 
E-Financeira 
Transmissão de arquivos referente ao 
cadastro, abertura, fechamento e auxiliares 
de empresas e o módulo de operações 
financeiras. 
2015 
e-Social 
Transmissão de informaçõesrelacionadas 
aos trabalhadores, como vínculos, 
contribuições previdenciárias, folha de 
pagamento, comunicação de acidentes de 
trabalho, aviso prévio, FGTS. 
2015 a 2018 – Foi 
implementado em 
diversas fases 
Fonte: Elaborado com base em Miranda, 2022. 
Como se pode observar no Quadro 1, o Sistema de Escrituração Digital 
implementado no Brasil pela Receita Federal demandou um longo período de 
adaptação até a efetiva obrigatoriedade. Este período de adaptação foi uma fase 
de testes e de intensas discussões entre a Receita Federal, as organizações 
empresariais, fornecedores de softwares e órgãos reguladores para definição de 
prazos e alinhamento dos sistemas de gestão. 
Na prática, muitas empresas já possuíam softwares especializados para 
as áreas funcionais/departamentos, todavia, nem todos estes estavam 
integrados diretamente com a contabilidade, fato que gerava um intenso e 
cansativo retrabalho. Por exemplo, o software utilizado no departamento de 
 
 
6 
vendas gerava informação para o departamento financeiro e controle de 
estoque. No fim do dia, geravam-se relatórios das transações realizadas, 
juntavam-se as notas fiscais de compras e vendas emitidas no dia e as enviavam 
para o departamento contábil que, por sua vez, refazia todos os lançamentos 
manualmente no sistema contábil. Por fim, analisava-se a conformidade dos 
lançamentos dos outros departamentos com os dados lançados no sistema 
contábil. 
Com a obrigatoriedade dos SPEDs, as empresas precisaram implementar 
softwares integrados de gestão, de modo que todos os processos e 
departamentos ligados à atividade principal estivessem integrados ao Sistema 
de Informação Contábil, que por sua vez foi desenvolvido e parametrizado de 
acordo com os leiautes e planos de contas referenciais dos SPEDs para 
cumprimento das obrigações contábeis e fiscais junto aos órgãos fiscalizadores. 
Importante pontuar: no período de implementação do SPED e adequação 
dos softwares de gestão, os conhecimentos analíticos dos contadores sobre os 
processos organizacionais das empresas em que atuavam foram essenciais 
para a parametrização, padronização e integração de todos os módulos de 
gestão ao SIC. Dessa forma, trabalharam em conjunto com os consultores 
responsáveis por alinhar os sistemas de informação às necessidades de cada 
empresa, determinando as relações de débitos e créditos de cada processo, 
parâmetros de cálculos, apuração de impostos, relacionamento do plano de 
contas da empresa com o plano de contas referencial dos SPEDs e elaboração 
das demonstrações contábeis para atendimento do fisco. 
Embora a Receita Federal tenha implementado os sistemas de 
escrituração digital com a finalidade de melhorar os processos de fiscalização, 
reduzindo os efeitos da sonegação fiscal, contribuiu de forma positiva para a 
melhoria dos processos de gestão organizacional. Destaca-se ainda a 
importância dos conhecimentos analíticos de processos e operações dos 
negócios dos profissionais da contabilidade para o desenvolvimento dos novos 
softwares de gestão integrados. 
Saiba mais 
Acompanhe um recorte da matéria veiculada no Portal do Auditor sobre 
as supertecnologias aliadas da Receita Federal a seguir. 
 
 
7 
“Um deles é o T-REX, que processa as informações fiscais da Receita 
Federal do Brasil. O T-REX é um supercomputador fabricado pela IBM, que pesa 
cerca de uma tonelada e possui capacidade de processar e cruzar dados de uma 
quantidade de contribuintes correspondente ao Brasil, Estados Unidos e 
Alemanha juntos. São sete centros de armazenamento e processamento de 
dados no Brasil. 
Nele, toda declaração fiscal é comparada com a base de dados. Trata-se 
de um conjunto de malhas: a malha cadastro, malha fiscal, malha débito. O termo 
‘malha fina’ é uma abstração ao processo de verificação de inconsistências da 
declaração do imposto IRPF e IRPJ, age como uma espécie de peneira para os 
processos de declarações que estão com alguma pendência, impossibilitando a 
sua restituição. 
Harpia é o software utilizado pelo sistema e foi batizado com o nome da 
ave de rapina mais poderosa do país, foi desenvolvido por engenheiros dos dois 
centros de tecnologia de São Paulo, o ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) 
e o centro tecnológico da Unicamp. O objetivo foi integrar e sistematizar as bases 
de dados da Receita Federal, captando informações de outras fontes, tais como 
das secretarias estaduais e municipais de Fazenda. Por meio da combinação e 
análise de informações dos contribuintes, o software consegue identificar se 
existem indícios de operações fraudulentas, que sejam consideradas de alta ou 
baixa gravidade pelo Fisco.” 
Leia a matéria completa no link. Disponível em: 
<https://auditornfe.com.br/artigos/post/os-supercomputadores-da-rfb-no-
combate-a-sonegacao>. Acesso em: 27 abr. 2024. 
1.2 Sistemas de Informações Contábeis 
Para Marion (2015, p. 257), o SIC abrange todo o ciclo do sistema 
contábil, incluindo entradas, processamento e saídas, definindo-o como 
conjunto de atividades contábeis compatíveis que vai desde a 
compreensão da atividade empresarial (necessária para elaborar um 
plano de contas adequado), passando pela análise e interpretação de 
cada fato contábil isoladamente, sua contabilização, até a elaboração 
das demonstrações financeiras, sua análise, interpretação e 
recomendações para aperfeiçoar o desempenho da empresa. 
 
 
8 
Sob o enfoque das tecnologias, o Sistema de Informação Contábil (SIC) 
é definido como “uma estrutura informatizada que coleta, armazena, processa e 
relata dados contábeis relacionados às transações de uma empresa” (Padoveze, 
2019). É responsável por gerar informações e conhecimentos relacionados ao 
valor patrimonial de uma entidade, que por sua vez devem ser úteis e relevantes 
para a tomada de decisões tanto em organizações privadas quanto 
governamentais. 
No ambiente do SIC, os dados coletados são processados e codificados 
de maneira estruturada, seguindo a lógica do plano de contas contábeis. Este 
processo envolve os registros de transações, acumulação de dados históricos, 
realização de cálculos automáticos, reconciliações e execução de ajustes 
patrimoniais com o objetivo de gerar relatórios, indicadores e, principalmente, as 
Demonstrações Contábeis financeiras. Sob este entendimento, o SIC é 
projetado para coletar dados contábeis de várias fontes, como transações 
financeiras, compras, vendas, folha de pagamento, entre outros. 
A aplicação do SIC é fundamental para as operações diárias das 
organizações, oferecendo muitas vantagens, incluindo maior funcionalidade, 
precisão, processamento mais rápido, relatórios customizados e disponibilização 
de ferramentas e plataformas mais eficientes (Zhu et al., 2023). É um importante 
recipiente para múltiplas inovações na contabilidade, como automação de 
processos, inteligência artificial e relatórios digitais (Jemine et al., 2023). 
Entre os benefícios, o SIC integrado ao sistema de gestão de uma 
empresa reduz o custo organizacional, aumenta a eficiência dos processos de 
negócios, fornece dados confiáveis em tempo real sob demanda, facilita o 
conhecimento global e novas ferramentas de relatórios, bem como a integração 
e colaboração entre áreas de risco e operações de negócios (Al-Okaily, 2024). 
A agilidade em gerar informações, automatizando atividades rotineiras, 
disponibiliza aos contadores mais tempo para execução de outras atividades 
para o fornecimento de informações úteis e relevantes ao processo de decisão 
(Jemine et al., 2023). 
Por fim, para determinar a abrangência e identificar os componentes ou 
subsistemas do Sistema de Informação Contábil, a orientação central deve ser 
a compreensão da ciência e lógica contábil como controle patrimonial, aliada à 
conformidade com a legislação e normas contábeis, assegurando o 
 
 
9 
reconhecimento e a mensuração adequados de todas as transaçõesorganizacionais. 
TEMA 2 – AMBIENTE DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL 
O ambiente do sistema é definido por tudo aquilo que está fora dos limites 
de um sistema, composto por todos os demais sistemas que fornecem e 
recebem dados do sistema de referência. Para melhor entender essa definição, 
observe a Figura 1, na qual os sistemas de informação estão inseridos na 
amplitude do sistema empresa (sistema maior). 
As bordas em vermelho representam de forma simbólica o limite ou a 
fronteira de cada sistema, ou seja, determinam e controlam o tipo de dados e 
informações que entram e saem de cada sistema. Intencionalmente no Sistema 
de Informação Contábil, a borda está tracejada para indicar que há um fluxo de 
entrada e saída de informações interagindo de forma simultânea com os demais 
sistemas e subsistemas da empresa. O sistema contábil se expande até os 
limites do sistema empresa, consolidando-se como o maior e mais importante 
sistema de informação. 
Figura 1 – Ambiente do Sistema de Informação Contábil 
 
Fonte: Edenise A. dos Anjos, 2024. 
No ambiente do sistema de informação empresarial, a ciência contábil se 
estabelece como um sistema completo e dinâmico que incorpora todos os 
eventos e fatos financeiramente mensuráveis da organização (Padoveze, 2019). 
 
SISTEMA 
EMPRESA
SISTEMA DE 
INFORMAÇÃO 
EMPRESARIAL 
(ERP)
SISTEMA DE 
INFORMAÇÃO 
CONTÁBIL
 
 
10 
Assim como em qualquer sistema, o SIC demanda recursos para o 
processamento de dados em informações contábeis. 
A Figura 2 apresenta dois tipos de recursos que são fundamentais para o 
funcionamento de um sistema de informação, sendo o primeiro os recursos 
humanos – contadores responsáveis por executar a prática contábil – e os 
recursos físicos e tecnológicos, como o meio necessário para que a prática 
contábil seja desenvolvida de forma eficiente e tempestiva. 
Figura 2 – Recursos do sistema de informação 
 
Fonte: Padoveze, 2019. 
O ambiente do sistema de informação empresarial, baseado em recursos 
físicos e tecnológicos, é composto por vários componentes e subsistemas, como 
o operacional e o contábil. O subsistema operacional é composto por diversos 
sistemas, como de compras, financeiro/tesouraria (caixa, contas a pagar, contas 
a receber), folha de pagamento, faturamento, vendas, entre outros, que possuem 
como função registrar e controlar as atividades operacionais da empresa além 
de gerar dados e informações para o subsistema contábil. 
Na literatura contábil de sistema de informação, não há um consenso 
sobre todos os tipos de subsistemas contábeis e áreas existentes, pois cada 
empresa possui autonomia para desenvolver sua própria estrutura de 
governança. Assim, tomamos como base Padoveze (2019) e sintetizamos os 17 
subsistemas contábeis que o autor apresenta em duas grandes áreas, que 
podem ser reduzidas ou expandidas de acordo com o contexto particular de cada 
empresa ou entidade, conforme apresentado no Quadro 2. 
 
RECURSOS HUMANOS
•Recursos humanos (contadores) com capacitação adequada na ciência contábil, para o 
enfoque sistêmico da contabilidade e visão contábil gerencial completa, a fim de atender 
às necessidades informacionais contábeis do sistema empresarial.
RECURSOS FÍSICOS E TECNOLÓGICOS
•Equipamentos de informática, softwares e tecnologias de comunicação.
 
 
11 
Quadro 2 – Subsistemas do Sistema de Informação Contábil 
Sistema de Informação Contábil 
1. Subsistema de 
contabilidade geral 
Corresponde a todo o processo de lançamentos – escrituração 
contábil das transações e eventos econômicos (fatos contábeis) 
gerados pelas operações do negócio da entidade. 
• Subsistema de 
contabilidade 
societária e fiscal 
Integra-se praticamente com todos os subsistemas empresariais, 
sejam contábeis ou operacionais, para atender às informações de 
caráter legal – legislação comercial (societária) e legislação fiscal 
(apuração de impostos). 
2. Subsistema 
gerencial e de custos 
Integra todo o processo de gestão, desde o planejamento 
estratégico, passando pelo planejamento operacional e pela 
programação, até a execução e o controle. 
Fonte: Elaborado com base em Padoveze, 2019. 
O Sistema de Informação Contábil é composto por vários outros 
subsistemas, os quais têm como principal fonte de informação o subsistema de 
contabilidade geral, responsável por todo o processo de escrituração contábil 
das operações de acordo com as normas, princípios e políticas contábeis. 
O subsistema de contabilidade geral é parametrizado de acordo com as 
normas e políticas contábeis para: (a) receber e controlar o fluxo de dados do 
subsistema operacional; (b) suportar as operações e gerar dados e informações 
contábeis a todos os tipos de usuários, de acordo com suas necessidades. 
A parametrização do subsistema operacional integrado ao subsistema de 
informações contábeis é composta pelos subsistemas: 
• inventário físico e os critérios de avaliação de estoques; 
• classificação contábil do sistema de compras; 
• classificação contábil do sistema de vendas; 
• contabilização de despesas e centros de custos; 
• classificação contábil do sistema da folha de pagamento; 
• demais módulos necessários. 
O subsistema de contabilidade geral tem como propósito gerir as 
informações fundamentais de escrituração contábil, processamento, 
armazenamento e evidenciação por meio dos seguintes relatórios e arquivos: 
lançamentos contábeis, Livro Diário, Livro Razão, balancetes de verificação, 
plano de contas, conciliação contábil, demonstrações, arquivo contábil etc.. 
O subsistema de contabilidade societária e fiscal tem como função criar e 
estruturar a base de dados e informações para atender às exigências legais, 
 
 
12 
tanto da legislação comercial (societária) quanto da legislação fiscal, a partir dos 
dados escriturados no subsistema contábil geral. Este subsistema é amplamente 
reconhecido no meio contábil, sendo aplicado para gerir e atender às 
necessidades legais, incluindo atividades como o cumprimento dos períodos 
contábeis, como abertura e encerramento mensal, trimestral ou anual. 
Esse subsistema atua em diversos departamentos, subsidiando os 
processos em áreas como: 
• Tributário: atua no planejamento e gestão de tributos; 
• Societário: atua nos processos de fusão, cisão, incorporação, combinação 
de negócios; elaboração e divulgação de informações contábeis, 
atendendo às exigências dos órgãos reguladores. 
Por exemplo, o departamento contábil de uma sociedade por ações de 
capital aberto elabora as demonstrações contábeis, apresenta os resultados 
para aprovação pelos acionistas em assembleias e, após a aprovação, divulga 
em jornais de grande circulação e envia dados aos órgãos reguladores, como a 
Comissão de Valores Mobiliários (CVM). 
Este subsistema também incorpora outros subsistemas ou áreas, como o 
subsistema de gestão de tributos, aplicado na apuração de impostos sobre 
operações com mercadorias (compras e vendas), impostos sobre o lucro, 
impostos e encargos sociais sobre a folha de pagamento, além do cumprimento 
das obrigações acessórias, como os SPEDs. 
Outro subsistema que pode ser incorporado é o subsistema de gestão de 
controle patrimonial, também conhecido como gestão de ativos imobilizados, que 
inclui o controle de créditos de impostos, depreciação, reavaliação, valor 
recuperável (impairment), baixa etc. 
Por fim, o subsistema de contabilidade societária e fiscal é estruturado 
para consolidar todos os dados e informações tratados e processados nos 
demais subsistemas contábeis e operacionais, atendendo especificamente às 
exigências do fisco. 
O subsistema gerencial e de custos é um dos maiores subsistemas do 
Sistema de Informação Contábil, integrando todo o processo de gestão, cobrindo 
todas as etapas – planejamento, execução, monitoramento e controle –, sendo 
uma das mais importantes ferramentas de apoio à tomada de decisão. Esse 
 
 
13subsistema pode abranger uma série de outros sistemas, como sistema de 
produção, sistema de custos, sistema orçamentário, sistema de avaliação de 
desempenho, sistema de análise financeira, entre outros. 
A estrutura de um Sistema de Informação Contábil deve ser modelada de 
acordo com a estrutura de governança de cada empresa. Assim, a abrangência 
e extensão do sistema podem variar de uma organização para outra. 
TEMA 3 – INFORMAÇÕES DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL E SUAS 
SAÍDAS 
As informações geradas pelo sistema de informação representam as 
saídas dos sistemas. No contexto de um Sistema de Informação Contábil (SIC), 
resultam dos procedimentos, políticas e normas contábeis, e são geradas para 
atender às necessidades informacionais dos mais diversos usuários externos e 
internos interessados na organização. 
As saídas do SIC devem, portanto, ser coerentes com os objetivos do 
sistema, visando o controle e avaliação, além de serem quantificáveis. Destarte, 
Padoveze (2019) defende que as saídas de um sistema contábil devem ter como 
ponto de referência a estrutura de governança da empresa, conforme 
apresentado na Figura 3. 
Figura 3 – Estrutura da controladoria 
 
Fonte: Padoveze, 2019. 
 
Controladoria
Planejamento e 
controle
Orçamento e 
projeções
Custos e preços de 
venda
Contabilidade por 
responsabilidade
Controladoria 
estratégica
Escrituração contábil
Contabilidade 
societária
Controle patrimonial
Contabilidade e 
gestão tributária
Controle interno
Sistena de 
Informação 
Contábil/Gerencial
 
 
14 
Sob a perspectiva da estrutura, as saídas do Sistema de Informação 
Contábil (SIC) resultam do processo alinhado aos objetivos esperados pela 
empresa, estando em conformidade com a estrutura organizacional e o 
posicionamento da contabilidade geral ou controladoria na hierarquia. 
Em relação ao formato, as saídas podem ser apresentadas de diversas 
formas, seja em relatórios físicos ou eletrônicos (digitais), quadros, gráficos e/ou 
análises para atender às necessidades de usuários internos ou externos, tais 
como: 
a) Relatórios contábeis: demonstrações contábeis elaboradas de acordo 
com as normas e princípios contábeis e demais dispositivos legais para 
atender principalmente aos usuários externos (acionistas, investidores 
etc.). 
b) Relatórios de análises financeiras e não financeiras, assim como quadros, 
gráficos, dashboards para atender aos usuários internos e externos. 
c) Informações no formato de arquivos eletrônicos integrados para usuários 
específicos, dentro e fora da empresa, como envio de informações 
contábeis financeiras aos entes reguladores e/ou Comissão de Valores 
Mobiliários. 
d) Interfaces contábeis com outros sistemas de informações da empresa ou 
aplicativos especialistas de apoio à tomada de decisão. 
e) Consultorias, assessorias ou apresentação formal para os diversos níveis 
gerenciais da empresa. 
f) Palestras e treinamentos para usuários internos e externos, entre outros. 
As informações contábeis produzidas como saídas do Sistema de 
Informação Contábil são essenciais para a tomada de decisões, planejamento 
estratégico, controle financeiro e prestação de contas. Podem incluir relatórios 
financeiros como o balanço patrimonial, demonstração de resultados do 
exercício, demonstração do fluxo de caixa, entre outros. 
Além disso, as saídas do Sistema de Informação Contábil também podem 
englobar análises financeiras, projeções orçamentárias, relatórios de custos, 
entre outros tipos de informações relevantes para a gestão empresarial. É 
importante que as saídas do Sistema de Informação Contábil sejam precisas, 
confiáveis e relevantes para os usuários, permitindo uma tomada de decisão 
informada e uma gestão eficaz dos recursos financeiros da empresa. 
 
 
15 
Paralelamente a isso, o profissional contábil deve, junto à alta 
administração, identificar e determinar quais informações a empresa necessita 
do Sistema de Informação Contábil, o grau de detalhamento, a quantidade, as 
formas de agrupamento (centros de custos e responsabilidades) e os prazos em 
que essas informações devem ser extraídas e disponibilizadas aos gestores e 
tomadores de decisões. 
Nesse contexto, a qualidade da informação contábil gerada pelo SIC está 
diretamente associada às ferramentas e mecanismos que a empresa utiliza para 
coletar, tratar e processar os dados originados pelas transações do negócio. A 
parametrização do sistema contábil deve ser projetada para determinar o tipo de 
informação necessária em cada nível organizacional e assim subsidiar as 
atividades e os processos de tomada de decisão. 
TEMA 4 – GESTOR DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL E SEU PAPEL 
Os profissionais da área contábil e de finanças sempre estiveram no 
centro do trabalho relacionado a dados (CPA, 2019). Assim, é conveniente que 
assumam a gerência do sistema de informação objetivando responder questões 
relativas às atividades e desempenho dos negócios de acordo com as normas 
contábeis e diretrizes organizacionais. 
No contexto do Sistema de Informação Contábil, o gestor ou administrador 
do sistema é o contador, por vezes qualificado como controller, diretor financeiro 
ou contador gerencial, dependendo da estrutura de governança da organização 
(Padoveze, 2019). Na condição de especialista e conhecedor das lógicas 
contábeis e do ambiente organizacional, o profissional contábil contribui para a 
orientação e implementação adequada do sistema. Desempenha um papel 
importante, tanto para o desenvolvimento quanto para a manutenção das rotinas 
contábeis e gerenciais nas organizações. 
O limite de atuação do profissional contábil como gestor do sistema de 
informação no ambiente organizacional é definido pelas diretrizes e normas da 
Ciência Contábil. Dado o amplo escopo da área de conhecimento e aplicação da 
Ciência Contábil, que abrange o controle abrangente do sistema empresarial, 
incluindo desde o controle antecedente, concorrente até o subsequente, é 
improvável que o Sistema de Informação Contábil não seja capaz de atender 
 
 
16 
qualquer exigência informacional dos gestores internos da empresa (Padoveze, 
2019). 
Na visão de Padoveze (2019), para fornecer informações, o profissional 
contábil presta-se para resolver as seguintes questões fundamentais na 
estruturação de um Sistema de Informação Contábil Gerencial, tais como: 
• Quais informações devem estar no Sistema de Informação Contábil? 
• Como o gestor sabe ou deve proceder para definir as informações que 
irão ser incorporadas ao sistema? 
A determinação e o tipo de informações a serem incluídas no Sistema de 
Informação Contábil origina-se das exigências informacionais da alta 
administração da empresa, que detém, em última instância, a responsabilidade 
pelo sistema empresarial (Padoveze, 2019). Esse processo será conduzido por 
meio de uma interação ativa na definição de metas pela administração, sendo 
também influenciado pelo gestor do sistema. 
Neste contexto, ressalta-se a importância do desenvolvimento das 
competências e habilidades dos profissionais contábeis na era digital. Neste 
domínio, o CPA (2019) delineia como competências necessárias para o exercício 
da prática contábil, o desenvolvimento de habilidades para gerenciar 
tecnologias, analisar dados e tomar decisões de negócios eficazes. Destaca a 
importância de buscar especializações que lhes permitam interpretar dados, 
identificar tendências e utilizar ferramentas visuais para comunicar-se 
eficazmente com as partes interessadas. 
Isso é importante para nivelar suas habilidades para atender à crescente 
demanda futura por conhecimento técnico e análise de dados, mantendo-se 
atualizados com as mais recentes tecnologias e tendências por meio de 
programas contínuos de aprendizado e desenvolvimento profissional. Isso pode 
ser feito por meio de cursos de análise de dados, ferramentas e softwares 
estatísticos, workshops,webinars e conferências para obter conhecimento e 
experiência prática. 
Por fim, o gestor contábil desempenha um papel fundamental na tomada 
de decisões financeiras da organização, sendo o responsável por planejar e 
implementar o Sistema de Informação Contábil de uma organização. Influencia 
a escolha das ferramentas tecnológicas adequadas, a definição de 
 
 
17 
procedimentos e políticas contábeis, e a garantia de conformidade com os 
regulamentos e padrões contábeis. 
TEMA 5 – ESTRUTURAÇÃO DO SISTEMA DE INFORMAÇÃO CONTÁBIL NO 
SISTEMA DE INFORMAÇÕES GERENCIAIS 
A estruturação do Sistema de Informação Contábil (SIC) dentro do 
Sistema de Informações Gerenciais (SIG) é fundamental para garantir que as 
informações contábeis sejam utilizadas de forma eficaz na gestão e tomada de 
decisões dentro da organização. Padoveze (2019) defende que a metodologia 
para estruturar um Sistema de Informação Contábil no SIG deve seguir o 
enfoque sistêmico, partindo da análise do ambiente externo até a definição das 
necessidades informacionais, para que as saídas do sistema sejam coerentes 
com os objetivos do sistema contábil, conforme exposto na Figura 4. 
Figura 4 – Modelo conceitual de estruturação do Sistema de Informação Contábil 
no Sistema de Informação Gerencial 
 
Fonte: Padoveze, 2019, p. 135. 
A Figura 4 apresenta a estrutura do Sistema de Informação Contábil em 
etapas de 1 a 6. A etapa 1 compreende o nível estratégico da organização, 
responsável pelo estabelecimento de estratégias e diretrizes dos negócios, 
sendo uma atribuição específica do nível de gestão sênior – alta administração. 
Nesta estrutura, as informações são oriundas tanto do ambiente externo quanto 
interno da organização, abrangendo desde a visão do negócio para definição de 
 
1. Visão do 
negócio 2.Necessidade 
de informações 
dos diversos 
níveis 
hierárquicos 
- Alta 
administração 
- Gerência 
- Último nível 
- Regulamentos 
Operacionais 
3.Estrutura 
da conta 
5.Plano de contas 
5. 
Lançamentos 
contábeis 
 
 
 
- Automáticos 
 
 
 
 
- Manuais 
 
6. 
Disponibilização 
de informações 
 
 
 
 
 
Relatórios 
Gerenciais 
1. Visão da 
organização 
4. Parametrização 
dos Módulos do SIG 
Alta administração e 
Controladoria 
Controladoria e gestores responsáveis por módulos 
 
 
18 
informações ao sistema contábil, como produtos, matéria-prima, insumos etc., 
até a visão da organização, como estrutura de governança (departamentos, 
divisões, centros de custos, hierarquia formal, responsabilidades, entre outros). 
Na etapa 2, necessidade de informações, o profissional contábil, em 
conjunto com a alta administração, deve identificar e determinar quais 
informações a empresa necessita do Sistema de Informação Contábil. Em um 
processo interativo por nível de gerência, definir objetivos e o tipo de informação 
a ser liberada pelo sistema no apoio ao processo de decisão. 
A integração eficaz entre o SIC e o SIG proporciona uma visão abrangente 
e integrada das operações da empresa, permitindo que os gestores tenham 
acesso às informações contábeis relevantes quando necessário. Isso facilita a 
análise e interpretação dos dados contábeis, possibilitando uma tomada de 
decisão mais informada e assertiva. 
Na etapa 3 do processo contábil, a estrutura da conta contábil recebe 
informações de diversos módulos do sistema da empresa (Padoveze, 2019). 
Essa estrutura é flexível, permitindo a inclusão de quantos segmentos forem 
necessários para acomodar os lançamentos contábeis. Não há um limite definido 
para o número de segmentos ou posições dentro deles, sendo adaptável às 
necessidades da empresa. 
No processo 4 de parametrização dos módulos do SIG, verifica-se a 
preparação de cada módulo do SIG para fornecer as informações requeridas 
pelo Sistema de Informação Contábil, ajustando-os à estrutura da conta contábil 
(Padoveze, 2019). A parametrização dos módulos do SIG é realizada de acordo 
com as necessidades informacionais dos gestores sobre as atividades da 
empresa, garantindo a integração adequada e a transferência eficiente de dados 
para o Sistema de Informação Contábil. 
Na etapa 5, os planos de contas contábeis são desenvolvidos 
considerando os relatórios futuros e a integração do Sistema de Informação 
Contábil, visando a acessibilidade dos dados. Enquanto os planos contábeis 
geralmente cumprem requisitos legais, as necessidades gerenciais são 
prioritárias e exigem uma estruturação que atenda a todas as demandas 
identificadas nas etapas anteriores, com foco nos usuários finais dos relatórios 
e informações contábeis. 
 
 
19 
Já o plano de contas estrutura-se em plano de contas central e plano de 
contas complementares, bem como define como os lançamentos serão 
executados. O princípio para a elaboração dos planos de contas é o mesmo 
princípio do lançamento, ou seja, deve ser uma informação que leve à ação. 
O plano de contas é considerado uma ferramenta básica e indispensável 
ao atendimento e implementação de um eficiente sistema de informações para 
a elaboração de relatórios gerenciais. 
Na etapa final do processo (6), ocorre a disponibilização das informações 
e dos relatórios gerenciais, que devem atender às necessidades identificadas 
nas etapas iniciais. Os dados sumarizados e consolidados na etapa anterior são 
compilados no formato de relatórios financeiros, como as demonstrações 
contábeis, para atender primariamente aos usuários externos, ou relatórios para 
fins gerenciais, para suprir as necessidades informacionais dos usuários internos 
nos níveis de gerência. 
TROCANDO IDEIAS 
Abordamos o Sistema de Informação Contábil sob o enfoque de empresas 
de grande porte, estruturadas. Assim, visando ampliar seus conhecimentos 
sobre os SIC, sugerimos que pesquise sobre a adoção de SIC por empresas de 
pequeno porte e discuta no fórum com seus colegas sobre: 
• Os benefícios e desafios enfrentados por pequenas empresas ao adotar 
um Sistema de Informação Contábil. 
Ofereça, também, sugestões para facilitar a implementação em 
organizações de menor porte. 
NA PRÁTICA 
(ENADE 2018 – Questão 17) Instituído pelo Decreto n. 6.022/2007, o 
Sistema Público de Escrituração Digital (SPED) constitui-se em mais um avanço 
na informatização da relação entre o fisco e os contribuintes. De modo geral, 
consiste na modernização da sistemática atual do cumprimento das obrigações 
acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos 
órgãos fiscalizadores, utilizando-se da certificação digital para fins de assinatura 
dos documentos eletrônicos, garantindo, assim, a validade jurídica destes 
 
 
20 
apenas na sua forma digital. Disponível em: 
<http://sped.rfb.gov.br/pagina/show/964>. Acesso em: 12 jul. 2018 (adaptado). 
Considerando a implementação do SPED e os diversos sistemas que o 
integram, assinale a opção correta. 
a) O e-Social tem por finalidade garantir os direitos previdenciários, 
trabalhistas e sociais dos empregados domésticos. 
b) A e-Financeira deve ser transmitida pelas pessoas jurídicas e pessoas 
físicas que estão autorizadas a comercializar planos de seguros de 
pessoas. 
c) A Escrituração Contábil Digital (ECD) corresponde à transmissão digital 
do Livro Diário (e seus auxiliares), do Livro Razão (e seus auxiliares) e do 
Livro Balancetes Diários. 
d) O projeto da Nota Fiscal eletrônica foi desenvolvido com a integração e a 
cooperação entre administrações tributárias estaduais e municipais e tem 
sido tema muito debatido em países federativos, especialmente naqueles 
que, como o Brasil, apresentam forte grau de descentralização fiscal. 
e) A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) é uma Declaração adicional à 
Declaração de Informações Econômico-Fiscais da Pessoa Jurídica 
(DIPJ), com entrega prevista para o último dia útil do mês de julho do ano 
posterior ao do período da escrituração no ambiente do SPED. 
A resposta está na seçãoGabarito, após Referências. 
FINALIZANDO 
Vimos a importância dos Sistemas de Informações Contábeis e as 
relações com o sistema de gestão empresarial. Para isso, foram abordadas as 
saídas do sistema, o papel do contador e, finalmente, como o sistema contábil é 
estruturado para atender às necessidades informacionais das empresas. 
 
Sistema de 
Informação Contábil 
e enfoque sistêmico 
aplicado
Ambiente do 
Sistema de 
Informação Contábil
Informações do 
Sistema de 
Informação Contábil 
e suas saídas
Gestor do Sistema 
de Informação 
Contábil e seu papel
Estruturação do Sistema 
de Informação Contábil no 
Sistema de Informações 
Gerenciais
 
 
21 
REFERÊNCIAS 
AL-OKAILY, M. Assessing the effectiveness of accounting information systems 
in the era of COVID-19 pandemic. VINE Journal of Information and 
Knowledge Management Systems, v. 54, n. 1, 2024. 
CPA JOURNAL. New competencies for management accountants. 2019. 
Disponível em: <https://www.cpajournal.com/2019/10/23/new-competencies-for-
management-accountants>. Acesso em: 27 abr. 2024. 
IZZO, M. F.; FASAN, M.; TISCINI, R. The role of digital transformation in enabling 
continuous accounting and the effects on intellectual capital: the case of Oracle. 
Meditari Accountancy Research, v. 30, n. 4, p. 1007-1026, 2022. 
JANS, M. et al. Digitalization in accounting–Warmly embraced or coldly ignored?. 
Accounting, Auditing & Accountability Journal, v. 36, n. 9, p. 61-85, 2023. 
JEMINE, G.; PUYOU, F.-R.; DUBOIS, C. The diffusion of management fashions 
as software in an intermediated market: the case of continuous accounting. 
Management Accounting Research, p. 100852, 2023. 
NGUYEN, T.; CHEN, J. V.; NGUYEN, T. P. H. Appropriation of accounting 
information system use under the new IFRS: Impacts on accounting process 
performance. Information & Management, v. 58, n. 8, p. 103534, 2021. 
Disponível em: 
<https://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0378720621001087>. 
Acesso em: 27 abr. 2024. 
TURNER, L.; WEICKGENANNT, A. B.; COPELAND, M. K. Accounting 
information systems: controls and processes. John Wiley & Sons, 2022. 
ZHU, Z. et al. The dualistic view of challenge-hindrance technostress in 
accounting information systems: Technological antecedents and coping 
responses. International Journal of Information Management, v. 73, p. 
102681, 2023.

Mais conteúdos dessa disciplina