Logo Passei Direto
Buscar
Material
páginas com resultados encontrados.
páginas com resultados encontrados.
left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

left-side-bubbles-backgroundright-side-bubbles-background

Crie sua conta grátis para liberar esse material. 🤩

Já tem uma conta?

Ao continuar, você aceita os Termos de Uso e Política de Privacidade

Prévia do material em texto

<p>DESENVOLVIMENTO E</p><p>APRENDIZAGEM</p><p>MOTORAS</p><p>PROFESSOR (A): COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>2</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>SUMÁRIO</p><p>1 PSICOMOTRICIDADE .................................................................................. 03</p><p>1.1 Conceitos e definições ............................................................................... 04</p><p>1.2 Distúrbios psicomotores ............................................................................. 12</p><p>1.2.1Instabilidade psicomotora ........................................................................ 13</p><p>1.2.2 Debilidade psicomotora ........................................................................... 14</p><p>1.2.3 Inibição psicomotora ............................................................................... 16</p><p>1.2.4 Lateralidade cruzada ............................................................................... 16</p><p>1.2.5 Imperícia .................................................................................................. 17</p><p>2. A PSICOMOTRICIDADE E A EDUCAÇÃO INFANTIL................................ 18</p><p>2.1 A importância da Psicomotricidade na Educação Infantil ........................... 20</p><p>2.2 O desenvolvimento motor infantil ............................................................... 22</p><p>3. PRÁTICAS EDUCACIONAIS E CORPORAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL 29</p><p>3.1 Trabalhando o corpo na educação infantil .................................................. 29</p><p>3.2 Os ambientes de aprendizagem e o caráter preventivo ............................. 30</p><p>REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS .......................................... 37</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>3</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>1. PSICOMOTRICIDADE</p><p>Da idade Média aos tempos atuais, a significação de corpo sofreu muitas</p><p>transformações, de negligenciado em função do espírito nos tempos de</p><p>Aristóteles e Descartes, a um objeto e fragmento do espaço residual, separado</p><p>do sujeito conhecedor.</p><p>Foi através do “primado científico” que o estudo do corpo adquiriu</p><p>importância e, a partir do século XIX, a necessidade de compreensão das</p><p>estruturas cerebrais fez com que a neurologia e a psiquiatria adquirissem a</p><p>liderança das pesquisas (FRANCO, 1997).</p><p>Deve-se a Dupré (1909) a criação do termo “psicomotricidade”, quando</p><p>introduziu os primeiros estudos sobre debilidade motora.</p><p>Henri Wallon, ao publicar em 1925 sua obra L'enfant Turbulent,</p><p>traduzido literalmente como criança turbulenta e em 1934, Les Origines du</p><p>Caratér Chez L'enfant (As origens do caráter na criança) iniciou uma das</p><p>pesquisas mais relevantes no campo do desenvolvimento da criança.</p><p>Sua obra impulsionou as primeiras tentativas de estudo das funções</p><p>psicomotoras, estudo no qual se sobressai Guilmain (s.d apud Fonseca, 1996),</p><p>que publicou uma obra clássica de grande impacto: Fonctions Psychomotrices</p><p>et Troubles du Comportement (Funções Psicomotoras e Transtornos do</p><p>Comportamento).</p><p>O papel da função tônica – sobre a qual repousam as atitudes, os</p><p>alicerces da vida mental – e da emoção – como meio de ação sobre e pelo</p><p>outro – nos progressos da atividade de relação, de acordo com Wallon, são</p><p>encarados como processos básicos da intervenção psicomotora (FRANCO,</p><p>1997).</p><p>A obra de Wallon influenciou, durante décadas, a investigação sobre o</p><p>desenvolvimento psicomotor das crianças, e essa influência alastrou-se a</p><p>vários campos de formação, seja psiquiátrica, seja psicológica e pedagógica.</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>4</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>Para Wallon (1925) o movimento é a única expressão e o primeiro</p><p>instrumento do psiquismo. O alcance dessa dimensão do movimento e do</p><p>corpo da criança permite a esse autor apresentar uma concepção original da</p><p>evolução mental. Wallon disse, em 1929, que o desenvolvimento psicológico da</p><p>criança é o resultado da oposição e substituição de atividades que precedem</p><p>umas às outras. Wallon advoga a ação recíproca entre funções mentais e</p><p>funções motoras, tentando argumentar que a vida mental não resulta de</p><p>relações unívocas ou de determinismos mecanicistas. Para Wallon, a vida</p><p>mental está sujeita ao determinismo dialético de ambas as funções.</p><p>Wallon, por meio do conceito de esquema corporal, introduz dados</p><p>neurológicos nas suas concepções psicológicas, motivo que o distingue de</p><p>outro grande vulto da psicologia, Piaget, que muito influencia, também, a teoria</p><p>e a prática da Psicomotricidade (FRANCO, 1997).</p><p>1.1 Conceitos e definições</p><p>O objetivo da Psicomotricidade em linhas gerais é estudar o homem</p><p>através de seu corpo, na relação com o mundo interno e externo. É a relação</p><p>entre o pensamento e a ação, envolvendo a emoção.</p><p>O termo psicomotricidade se divide em duas partes: a motriz e o</p><p>psiquismo, que constituem o processo de desenvolvimento integral da pessoa.</p><p>A palavra motriz se refere ao movimento, enquanto o psico, determina a</p><p>atividade psíquica em duas fases: a sócio-afetiva e cognitiva. Em outras</p><p>palavras, o que se quer dizer é que na ação da criança se articula toda sua</p><p>afetividade, todos seus desejos, mas também todas suas possibilidades de</p><p>comunicação e conceituação (ZEVALLOS, 2010).</p><p>A Sociedade Brasileira de Psicomotricidade define a Psicomotricidade</p><p>como a ciência que tem por objeto de estudo o homem por meio de seu corpo</p><p>em movimento e em relação ao seu mundo interno e externo, bem como suas</p><p>possibilidades de perceber, atuar, agir com o outro, com os objetos e consigo</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>5</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>mesmo. Está relacionada ao processo de maturação, onde o corpo é a origem</p><p>das aquisições cognitivas, afetivas e orgânicas (SBP, 1999).</p><p>A Psicomotricidade é fundamental para que haja através do</p><p>desenvolvimento psicomotor consciência dos movimentos corporais integrados</p><p>e expressados com a emoção, que poderiam ser assim elencados:</p><p>1. Atenção.</p><p>2. Percepção.</p><p>3. Automatização.</p><p>4. Memória.</p><p>5. Sequência Lógica.</p><p>6. Ação.</p><p>7. Organização do pensamento.</p><p>Na psicomotricidade trabalhamos dois conceitos: funcional e relacional</p><p>- Conceito Funcional são as possibilidades percebidas através da ação</p><p>e da qualidade dos movimentos, integrando-os num tempo e espaço.</p><p>A psicomotricidade funcional é aquela que toma como referência o perfil</p><p>psicomotriz da criança, que é avaliado a partir de testes padronizados e utiliza-</p><p>se de métodos diretivos, não deixando espaço para a exteriorização da</p><p>expressão corporal. Já a psicomotricidade relacional diz respeito a uma</p><p>abordagem que se sustenta na ação do brincar. Esta abordagem utiliza-se de</p><p>métodos não diretivos, embora a atividade que se oferece deve seguir um</p><p>roteiro. Em outras palavras, uma sessão de psicomotricidade relacional deve</p><p>ter inicio, meio e fim (NEGRINE, 2002).</p><p>Os conceitos funcionais são:</p><p>- Coordenação:</p><p>A coordenação é instintiva e ligada ao desenvolvimento físico. É a união</p><p>harmoniosa de movimentos, ela supõe integridade e maturação do Sistema</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>6</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>Nervoso. Através de atividades corporais a criança progride e descobre o</p><p>mundo que a rodeia. A coordenação motora se divide em: Estática; Dinâmica</p><p>(global ou geral e manual) e Viso-motora.</p><p>- Coordenação Estática</p><p>Realiza-se em repouso. É dada pelo equilíbrio entre a ação dos grupos</p><p>musculares antagonistas (competidor, opositor), estabelece-se em função do</p><p>tônus e permite a conservação voluntária das atitudes.</p><p>- Coordenação Dinâmica</p><p>Envolve movimentos amplos com todo o corpo e desse modo coloca</p><p>grupos musculares</p><p>diferentes em ação simultânea, com vistas à execução de</p><p>movimentos voluntários mais ou menos complexos e se realiza em movimento.</p><p>Coordenação Dinâmica Global ou Geral. Os exercícios de coordenação motora</p><p>contribuem também na elaboração do esquema corporal. A tomada de</p><p>consciência do corpo é necessária para a execução e controle dos movimentos</p><p>precisos que vão ser executados. Para ser bem desenvolvida, as atividades</p><p>devem ser progressivas começando das mais simples as mais complexas.</p><p>Coordenação Dinâmica Manual. Exige a participação das duas mãos no</p><p>movimento e são deste modo quase todos os atos que realizamos na nossa</p><p>vida diariamente. Todo ato de coordenação dinâmica manual leva implícita uma</p><p>prévia coordenação viso-motora.</p><p>Coordenação Viso-Motora. É o tipo de coordenação que se dá num movimento</p><p>manual ou corporal, que corresponde a um estímulo visual e que se torna</p><p>adequado positivamente a ele. Ela é importante porque ao estabelecer-se, vai</p><p>permitir os movimentos manuais bem coordenados.</p><p>- Postura.</p><p>- Tônus:</p><p>Uma tensão muscular existe em repouso como também em</p><p>movimento. A tonicidade pode se alterar para menos ou em excesso e nas</p><p>crianças hipotônicas o traçado é débil e as letras ficam mal acabadas ou</p><p>incompletas.</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>7</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>O tônus é essencial para a pessoa adquirir movimentos manuais</p><p>coordenados. Se houver déficit no tônus a imagem sensorial dos movimentos e</p><p>as ações serão deficitárias.</p><p>O Tônus pode ser muscular, afetivo e mental.</p><p>- Tônus muscular é quando executa o movimento;</p><p>- Tônus afetivo refere-se ao estado de espírito apresentado e,</p><p>- Tônus mental é a capacidade de atenção no momento da ação.</p><p>- Equilíbrio:</p><p>O equilíbrio é a base de toda a coordenação dinâmica global.</p><p>Pode ser estático ou dinâmico.</p><p>O equilíbrio estático é mais abstrato e exige muita concentração e sob</p><p>controle facilita a aprendizagem.</p><p>O equilíbrio dinâmico depende da estruturação do esquema corporal e</p><p>da integração e perfeição dos mecanismos neuropsicomotores.</p><p>- Respiração:</p><p>A respiração passa por duas fases:</p><p>- ativa = inspiração</p><p>- passiva = expiração</p><p>A respiração se faz presente em todas as ações psicomotoras. Perceber</p><p>a respiração é compreender o movimento interno e externo na vida. O controle</p><p>da respiração e do corpo é fundamental para a construção do esquema</p><p>corporal.</p><p>- Esquema Corporal:</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>8</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>O esquema corporal é estudado pela psicomotricidade e esta noção de</p><p>corporeidade é trabalhada a fim de manter o equilíbrio entre o corpo e a mente.</p><p>Sem este equilíbrio o processo de aprendizagem e/ou o desenvolvimento motor</p><p>fica comprometido. A criança percebe seu corpo através de todos os sentidos</p><p>como a audição, a visão, a lateralidade, a coordenação, a comunicação e a</p><p>orientação espacial, sendo que as práticas psicomotoras auxiliam na</p><p>organização da imagem corporal. Na psicomotricidade, a atividade motora</p><p>lúdica é fonte de prazer e através dela a criança poderá manifestar suas</p><p>habilidades e dificuldades (CHAZAUD, 1976).</p><p>Segundo Meur (1989) o esquema corporal é um elemento básico</p><p>indispensável para a formação da personalidade da criança, pois se refere à</p><p>formação do “eu”. No momento em que ele toma consciência de seu corpo, de</p><p>seu ser, de suas possibilidades de agir e transformar o mundo em sua volta</p><p>desenvolve sua personalidade.</p><p>Para Oliveira (1997), o corpo é uma forma de expressão da</p><p>individualidade. A criança percebe o mundo a sua volta em função do próprio</p><p>corpo e isto significa que, conhecendo-o, ela terá maior habilidade para</p><p>diferenciar-se dos objetos circundantes, observando-os e manejando-os.</p><p>Cauduro (2002) ressalta que para uma boa elaboração do esquema</p><p>corporal, é necessário que a criança receba o máximo de estimulação para que</p><p>possa perceber e sentir o corpo. A criança só se sentirá bem à medida que seu</p><p>corpo lhe obedecer, em que ela poderá conhecê-lo e automonitorar seu</p><p>comportamento.</p><p>A organização do esquema corporal acontecerá paralelo à maturação</p><p>da criança. A evolução psicomotora é sinônimo de conscientização e de</p><p>conhecimento cada vez mais profundo sobre seu corpo. É com o corpo que a</p><p>criança elabora todas as suas experiências vitais e organiza a sua</p><p>personalidade (LE BOULCH, 1987).</p><p>Uma criança cujo esquema corporal é mal formado não coordena bem</p><p>os movimentos. Suas habilidades manuais tornam-se limitadas, o ato de vestir-</p><p>se e despir-se se torna difícil, a leitura perde a harmonia, o gesto vem após a</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>9</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>palavra e o ritmo de leitura não é mantido ou, então, é paralisado no meio de</p><p>uma palavra. As noções de esquema corporal – tempo, espaço, ritmo – devem</p><p>partir de situações concretas, nas quais a criança possa formar um esquema</p><p>mental que anteceda à aprendizagem de leitura, do ritmo, dos cálculos (MEUR,</p><p>1989).</p><p>Segundo Vayer (1971) apud Galhardo (2004), um esquema corporal</p><p>mal estruturado acarreta transtornos nas áreas motoras, perceptiva e social. Na</p><p>área motora, a criança pode apresentar dificuldades tais como coordenação</p><p>deficiente, lentidão e má postura. Na área perceptiva, pode ocasionar</p><p>dificuldades de estruturação espaço-temporal e, na área social, problemas nas</p><p>relações com outras pessoas originadas por perturbações afetivas.</p><p>- Lateralidade:</p><p>Para Negrine (2002), a lateralidade corporal se refere ao espaço interno</p><p>do indivíduo, capacitando-o a utilizar um lado do corpo com maior</p><p>desembaraço, percebendo que este possui dois lados e que um é mais</p><p>utilizado que o outro. Embora a criança, quando bebê, utilize indiferentemente</p><p>os dois lados do corpo e as duas metades, é com a maturação do organismo</p><p>que ela vai estabelecendo sua preferência por um dos lados.</p><p>Por influência do ambiente social, a criança pode ser levada a utilizar</p><p>mais de um dos lados para atividades próprias da cultura e do meio. É durante</p><p>o crescimento e a aquisição de experiências dentro do ambiente social que se</p><p>define a dominância da lateralidade nas crianças, de forma natural. No entanto,</p><p>quando a lateralidade não está bem definida, é comum ocorrerem problemas</p><p>na orientação espacial, dificuldade na discriminação e na diferenciação entre</p><p>seu lado dominante e o outro lado e incapacidade de seguir a direção gráfica,</p><p>ou seja, iniciar a leitura pela esquerda (MEUR, 1989).</p><p>- Relaxamento: é uma técnica física que auxilia em situações de estresse e</p><p>após o exercício físico ou tensão muscular para o corpo voltar ao seu estado</p><p>normal.</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>10</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>-Orientação e Estruturação Espaço-Temporal:</p><p>A organização ou estruturação espacial, segundo Fonseca (1996), é a</p><p>tomada de consciência, pela criança, da situação de seu próprio corpo em um</p><p>determinado meio ambiente, permitindo-lhe conscientizar-se do lugar e da</p><p>orientação no espaço que pode ter em relação às pessoas e às coisas.</p><p>Segundo Bueno (1998), orientação ou estruturação temporal é a</p><p>capacidade de situar-se em função da sucessão de acontecimentos, da</p><p>duração dos intervalos, das renovações cíclicas de certos períodos e do caráter</p><p>irreversível do tempo.</p><p>Estas duas funções psicomotoras – orientação espacial e temporal –</p><p>são importante no processo de adaptação do indivíduo ao ambiente, já que</p><p>todo o corpo, animado ou inanimado, ocupa necessariamente um espaço em</p><p>um dado momento. A orientação espacial e temporal corresponde à</p><p>organização intelectual do meio e está ligada à consciência, à memória e às</p><p>experiências vivenciadas pelo individuo</p><p>(NEGRINE, 2002).</p><p>Muitos fracassos em matemática, por exemplo, são produzidos pela</p><p>má organização espacial ou temporal. Para efetuar cálculos, a criança</p><p>necessita ter pontos de referência, colocar números corretamente, possuir</p><p>noção de coluna e fileira e combinar formas para fazer construções</p><p>geométricas (DE MEUR; STAES, 1991).</p><p>- Ritmo: são os movimentos que se repetem em intervalos regulares ou a</p><p>variação do movimento de maneira constante.</p><p>- Percepções: Segundo Meur (1989) as funções psicomotoras necessárias</p><p>para a organização da percepção envolvem o reconhecimento de esquema</p><p>corporal, a lateralidade, a estruturação espacial e a orientação temporal.</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>11</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>Falamos dos conceitos funcionais, mas e os conceitos relacionais?</p><p>No Conceito Relacional a expressão vem através do corpo, há um</p><p>diálogo e uma comunicação entre outros corpos, revelando ser mais afetivo ou</p><p>mais agressivo, isso é a personalidade. Os conceitos relacionais facilitam a</p><p>relação entre esses corpos através dos desejos, das frustrações e ações.</p><p>O ponto fundamental da passagem da psicomotricidade funcional para a</p><p>psicomotricidade relacional é a utilização do brinquedo, do ato de brincar, da</p><p>liberdade de exploração dos objetos e da liberdade de expressão (CAUDURO,</p><p>2002).</p><p>O desenvolvimento psicomotor caracteriza-se pela maturação que</p><p>integra o movimento, o ritmo, a construção espacial, o reconhecimento dos</p><p>objetos, das posições, a imagem do nosso corpo e a palavra. Assim, torna-se</p><p>muito importante estimular o desenvolvimento psicomotor para que a criança</p><p>conscientize-se de seus movimentos corporais que expressam suas emoções e</p><p>suas descobertas (BUENO, 1998).</p><p>Conforme Barreto (2000), o desenvolvimento psicomotor é de suma</p><p>importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do</p><p>tônus, da postura, da direcionalidade, da lateralidade e do ritmo.</p><p>A educação da criança deve evidenciar a relação através do movimento</p><p>de seu próprio corpo, levando em consideração sua idade, a cultura corporal e</p><p>os seus interesses. Essa abordagem constitui o interesse da educação</p><p>psicomotora, que para ser trabalhada, necessita que sejam utilizadas as</p><p>funções motoras, cognitivas, perceptivas, afetivas e sociomotoras.</p><p>Educação psicomotora é, então, a educação da criança através de seu</p><p>próprio corpo e de seu movimento. A criança é vista em sua totalidade e nas</p><p>possibilidades que apresenta em relação ao seu meio-ambiente. A educação</p><p>psicomotora atinge a criança na sua totalidade, pois através dela a criança</p><p>explora o ambiente, passa por experiências concretas, indispensáveis ao seu</p><p>desenvolvimento intelectual, e é capaz de tomar consciência de si mesma e do</p><p>mundo que a cerca (LE BOULCH, 1987).</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>12</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>Relacionar-se com o outro na escola, através do ensino, é fundamental.</p><p>Nesse aspecto, as atividades psicomotoras propiciam para a criança uma</p><p>vivência com espontaneidade das experiências corporais, criando um clima</p><p>afetivo entre professores e alunos, afastando os tabus e preconceitos que</p><p>influenciam negativamente as relações interpessoais. Neste sentido a</p><p>psicomotricidade é um meio de auxiliar a criança a superar suas dificuldades e</p><p>prevenir possíveis inadaptações, procurando proporcionar condições mínimas</p><p>para um bom desempenho escolar (LE BOULCH, 1987).</p><p>Segundo Negrine (2002), as aprendizagens psicomotoras são</p><p>representadas, do ponto de vista educacional, como o ato de fazer, mas a</p><p>execução de um gesto qualquer apresenta um componente cognitivo anterior, e</p><p>é esse componente que facilitará ou não a execução deste novo gesto.</p><p>Pode-se dizer que há uma relação entre a aprendizagem e as</p><p>funções psicomotoras, sendo necessário entender o desenvolvimento</p><p>destas funções assim como o desenvolvimento cognitivo, motor e</p><p>psicossocial do aluno.</p><p>As funções psicomotoras necessárias para a organização da percepção</p><p>envolvem o reconhecimento de esquema corporal, a lateralidade, a</p><p>estruturação espacial e a orientação temporal (MEUR, 1989).</p><p>Os conceitos relacionais são:</p><p> A expressão;</p><p> A afetividade;</p><p> A agressividade,</p><p> A comunicação;</p><p> O limite;</p><p> A corporeidade.</p><p>1.2 Distúrbios psicomotores</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>13</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>Na evolução motora da criança ocorrem dois processos que se</p><p>complementam e se inter-relacionam, a diferenciação e a integração. Elas</p><p>acontecem de forma recíproca e simultânea, resultando em aumento de força,</p><p>de rapidez, de precisão e facilidade de movimento (SANTOS et al, 2007).</p><p>Uma evolução psicomotora normal permite à criança passar dos</p><p>movimentos globais aos mais específicos e do movimento espontâneo ao</p><p>movimento consciente.</p><p>O distúrbio psicomotor traz problemas na totalidade do indivíduo. Como</p><p>os distúrbios psicomotores e afetivos estão ligados, que se influenciam e se</p><p>reforçam mutuamente, as dificuldades afetivas refletem-se no comportamento,</p><p>criando novas dificuldades (SANTOS et al, 2007).</p><p>Não é necessária a presença de uma grave lesão orgânica para que se</p><p>instale um distúrbio de psicomotricidade. Ele pode se originar de uma disfunção</p><p>cerebral mínima, de um problema físico ou de um problema emocional.</p><p>Os sintomas mais característicos, além de problemas motores de maior</p><p>ou menor gravidade, são transtornos na área do ritmo, da atenção, do</p><p>comportamento, esquema corporal, orientação espacial e temporal, lateralidade</p><p>e maturação (retardos).</p><p>Os distúrbios são os seguintes:</p><p>1.2.1 Instabilidade psicomotora</p><p>É o tipo mais complexo e que causa uma série de transtornos pelas</p><p>reações apresentadas. Neste quadro predomina uma atividade muscular</p><p>contínua e incessante. As crianças com instabilidade psicomotora revelam:</p><p> Instabilidade emocional e intelectual;</p><p> Falta de atenção e concentração;</p><p> Atividade muscular contínua (não terminam as tarefas iniciadas);</p><p> Falta de coordenação geral e motora fina;</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>14</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p> Equilíbrio prejudicado, hiperatividade;</p><p> Altos e baixos em provas psicométricas e idade mental baixa nas provas</p><p>de desenho;</p><p> Deficiência na formulação de conceitos e no processo da percepção;</p><p> Discriminação de tamanho, orientação espaço-temporal, discriminação</p><p>da figura-fundo, etc.;</p><p> Alteração da palavra e da comunicação, atraso na linguagem e</p><p>distúrbios da palavra;</p><p> Alteração da função motora: atraso nos níveis de desenvolvimento motor</p><p>e na maturidade geral;</p><p> Alterações emocionais: são impulsivas, explosivas, destruidoras,</p><p>sensíveis, frustram-se com facilidade;</p><p> Características durante o sono: movimentam-se excessivamente</p><p>enquanto dormem, fazem movimentos rítmicos com o corpo ou a cabeça</p><p>no travesseiro, apresentam terror noturno;</p><p> Alterações no processo do pensamento: dificuldade para abstrair,</p><p>pensamento desorganizado, memória pobre, atenção deficiente;</p><p> Características sociais: têm dificuldade de adaptação a situações novas</p><p>e facilmente deixam-se influenciar por outras crianças;</p><p> Escolaridade: dificuldades na leitura, escrita e na aritmética (discalculia);</p><p>lentidão nas tarefas; dificuldade de copiar do vertical para o plano</p><p>horizontal (da lousa para o caderno);</p><p> Babam excessivamente quando pequenas, chupam o dedo, roem</p><p>unhas, têm dificuldade no controle dos esfíncteres e são de fácil</p><p>fatigabilidade; problemas disciplinares graves na família, na escola e na</p><p>sociedade.</p><p>1.2.2 Debilidade psicomotora</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>15</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR</p><p>– (31) 3272-9521</p><p>A debilidade psicomotora caracteriza-se pela presença da paratonia ou</p><p>da sincinesia.</p><p>Paratonia é a persistência de uma certa rigidez muscular, que aparece</p><p>nas quatro extremidades do corpo ou somente em duas. Apresenta uma</p><p>deselegância geral na posição estática ou em movimento. A paratonia pode ser</p><p>observada por meio da comparação do comportamento motor da criança</p><p>paratônica com o de uma criança normal.</p><p>A Sincinesia é a participação de músculos em movimentos aos quais</p><p>eles são necessários. Ou seja, quando se coloca um objeto numa das mãos da</p><p>criança com debilidade motora e pede-se a ela que o aperte fortemente, sua</p><p>mão oposta também se fechará, assim como ficar num pé só, o que para ela é</p><p>impossível (SANTOS et al, 2007).</p><p>Nos estudos realizados, Santos et al (2007) observaram ainda</p><p>descontinuidade dos gestos, imprecisão dos movimentos nos braços e pernas;</p><p>dificuldades nos movimentos finos dos dedos.</p><p>Crianças com debilidade psicomotora apresentam:</p><p> Distúrbios de linguagem (articulação, ritmo e simbolização);</p><p> Hábitos manipuladores: enrolar o cabelo, chupar os dedos;</p><p> Tremores na língua, nos lábios ou nas pálpebras, bem como nos dedos</p><p>quando iniciam uma atividade ou fazem força com eles;</p><p> Disciplina difícil;</p><p> Atenção deficiente e coordenação motora pobre;</p><p> Dificuldade de realizar movimentos finos;</p><p> Afetividade e intelectualidade comprometidas (seu aspecto habitual não</p><p>é de sofrimento, mas de indiferença e apatia, confundido</p><p>frequentemente com o de deficientes intelectuais);</p><p> Sonolência maior que a de outras crianças;</p><p> Isolamento social e crises de birra ou de ansiedade ao enfrentarem</p><p>situações difíceis;</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>16</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p> Dificuldade na aprendizagem da leitura, escrita e aritmética.</p><p>1.2.3 Inibição psicomotora</p><p>Na inibição psicomotora ocorre a presença constante de ansiedade que</p><p>aparece através das sobrancelhas franzidas e cabeça baixa. Além disso</p><p>inibição psicomotora envolve:</p><p> Problemas de coordenação motora;</p><p> Distúrbios de conduta;</p><p> Distúrbios glandulares, de pele, circulatórios e tiques, além de enurese e</p><p>encoprese1;</p><p> Rendimento superior ao das crianças com debilidade psicomotora, mas</p><p>fracassam em provas individuais (exames, chamadas orais) por causa</p><p>da ansiedade (SANTOS et al, 2007).</p><p>1.2.4Lateralidade cruzada</p><p>A lateralidade cruzada acontece quando as dominâncias do indivíduo</p><p>não se apresentam do mesmo lado. Até os 18 meses é nítido o ambidestrismo,</p><p>ou seja, o uso indiscriminado de ambos os lados. A partir dos 2 anos é que a</p><p>criança define sua lateralidade.</p><p>Quando há dominância direita ou esquerda, não ocorre nenhuma</p><p>perturbação no esquema corporal, mas quando a lateralidade é cruzada, os</p><p>1</p><p>Evacuação intestinal parcial ou total na roupa fora da idade normal.</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>17</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>distúrbios psicomotores são evidentes e resultam em deformação no esquema</p><p>corporal.</p><p>A lateralidade cruzada pode apresentar:</p><p> Mão direita dominante versus olho esquerdo dominante;</p><p> Mão direita dominante versus pé esquerdo dominante;</p><p> Mão esquerda dominante versus olho direito dominante;</p><p> Mão esquerda dominante versus pé direito dominante (SANTOS et al,</p><p>2007).</p><p>1.2.5Imperícia</p><p>Na situação de imperícia, o portador possui inteligência normal,</p><p>evidenciando apenas uma frustração pelo fato de não conseguir realizar certas</p><p>tarefas que requerem uma apurada habilidade manual.</p><p>Suas características são:</p><p> Dificuldade na coordenação motora fina;</p><p> Quebra constantemente objetos;</p><p> Letra irregular;</p><p> Movimentos rígidos;</p><p> Alto índice de fadiga.</p><p>Em sua maioria os distúrbios psicomotores apresentam dificuldades na</p><p>coordenação motora ampla e fina (SANTOS et al, 2007).</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>18</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>2 A PSICOMOTRICIDADE E A EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>Segundo Almeida (2006), um bom trabalho de psicomotricidade na</p><p>escola básica precisa de uma junção de fatores: concepção, comportamento,</p><p>compromisso, materiais e espaços.</p><p>a)Concepção</p><p>Concepção quer dizer que todo trabalho precisa ser planejado, pois ao</p><p>contrário, durante a execução podem surgir inúmeros problemas, como de</p><p>condução, de direcionamento das práticas e perda do foco.</p><p>É preciso haver objetivos claros para ter uma linha de pensamento a</p><p>seguir, senão, o professor corre o risco de perder a direção e no momento da</p><p>avaliação, principalmente, ele não consegue avaliar se o trabalho que executou</p><p>foi bom ou não.</p><p>b)Comportamento</p><p>O comportamento do professor que queira trabalhar com</p><p>psicomotricidade deve ser sempre de um observador, pois, como diz Almeida</p><p>(2006) é nas atividades diárias que este profissional vai introduzindo práticas</p><p>com objetivos psicomotores.</p><p>Ele também não pode esquecer que a motricidade deve caminhar lado a</p><p>lado com a afetividade, afinal, estes dois aspectos juntos é que formam a</p><p>concepção maior de um trabalho psicomotor. Portanto, o comportamento do</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>19</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>professor é uma atitude que pode qualificar como desqualificar as relações</p><p>vividas nos ambientes educativos.</p><p>c)Compromisso</p><p>Embora muitas pessoas acreditem que o compromisso seja</p><p>questionável, concordamos com Almeida (2006) ao focar o compromisso do</p><p>profissional no sentido de aproveitar o tempo de trabalho, ou seja, ele planeja e</p><p>operacionaliza as práticas, assim, as ações se tornam mais claras e o trabalho</p><p>do professor fica limpo e consciente.</p><p>d )Materiais</p><p>Não há dúvidas de que os materiais são parte importante do trabalho</p><p>docente. Eles ampliam as ações, possibilitam que as crianças possam intervir e</p><p>se relacionar com objetos concretos, tornando o processo educativo mais</p><p>próprio, mais próximo e mais pertinente (ALMEIDA, 2006).</p><p>Quando se tem a concepção e o material, as coisas só podem funcionar,</p><p>mas lembremos que muitas vezes faltam os materiais, entretanto, o professor</p><p>pode tornar um espaço pobre em um rico ambiente educativo, do mesmo modo</p><p>que um espaço rico pode ser pobre em termos de ambiente educativo.</p><p>e) Espaços</p><p>O espaço é composto de estrutura física: salas, cadeiras, mesas,</p><p>armários, livros, quadros e todos os outros recursos físicos que podem existir</p><p>em um espaço, seja ele de educação formal (escola) ou de educação não</p><p>formal (clubes, comunidades, igrejas, etc.).</p><p>Mais uma vez podemos ter espaços ricos ou pobres, o que vai depender</p><p>da sua utilização e ainda da criatividade do professor.</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>20</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>Os ambientes psicomotores educativos serão aqueles em que se busca</p><p>explorar cada ação desenvolvida ali. Toda e qualquer relação humana tem de</p><p>ser considerada porque a criança está em pleno momento de construção de</p><p>referências para ela e para o mundo. É neste momento em que a criança está</p><p>elaborando e apurando sua forma de olhar para o mundo e sua forma de o</p><p>conceber. Também é neste momento em que a criança está buscando qual é o</p><p>lugar dela no meio dos adultos e como os adultos vão abrindo espaços para</p><p>que ela possa ocupar (ALMEIDA, 2006).</p><p>2.1 A importância da Psicomotricidade na Educação Infantil</p><p>Na Educação Infantil, a criança busca experiências em seu próprio</p><p>corpo, formando conceitos e organizando o esquema corporal. A abordagem</p><p>da Psicomotricidade irá permitir a compreensão da forma como a criança toma</p><p>consciência do seu corpo</p><p>e das possibilidades de se expressar por meio desse</p><p>corpo, localizando-se no tempo e no espaço (CHICON, 1999).</p><p>O movimento humano é construído em função de um objetivo. A partir</p><p>de uma intenção como expressividade íntima, o movimento transforma-se em</p><p>comportamento significante. Desse modo, é necessário que toda criança passe</p><p>por todas as etapas em seu desenvolvimento.</p><p>O trabalho da educação psicomotora com as crianças deve prever a</p><p>formação de base indispensável em seu desenvolvimento motor, afetivo e</p><p>psicológico, dando oportunidade para que por meio de jogos, de atividades</p><p>lúdicas, se conscientize sobre seu corpo. Através da recreação a criança</p><p>desenvolve suas aptidões perceptivas como meio de ajustamento do</p><p>comportamento psicomotor. Para que a criança desenvolva o controle mental</p><p>de sua expressão motora, a recreação deve realizar atividades considerando</p><p>seus níveis de maturação biológica. A recreação dirigida proporciona a</p><p>aprendizagem das crianças em várias atividades esportivas que ajudam na</p><p>conservação da saúde física, mental e no equilíbrio sócio-afetivo (LIMA;</p><p>BARBOSA, 2007).</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>21</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>Segundo Barreto (2000), o desenvolvimento psicomotor é de suma</p><p>importância na prevenção de problemas da aprendizagem e na reeducação do</p><p>tônus, da postura, da direcionalidade, da lateralidade e do ritmo. A educação</p><p>da criança deve evidenciar a relação através do movimento de seu próprio</p><p>corpo, levando em consideração sua idade, a cultura corporal e os seus</p><p>interesses. A educação psicomotora para ser trabalhada necessita que sejam</p><p>utilizadas as funções motoras, perceptivas, afetivas e sócio-motoras, pois</p><p>assim a criança explora o ambiente, passa por experiências concretas,</p><p>indispensáveis ao seu desenvolvimento intelectual, e é capaz de tomar</p><p>consciência de si mesma e do mundo que a cerca.</p><p>Bons exemplos de atividades físicas são aquelas de caráter recreativo,</p><p>que favorecem a consolidação de hábitos, o desenvolvimento corporal e</p><p>mental, a melhoria da aptidão física, a socialização, a criatividade; tudo isso</p><p>visando à formação da sua personalidade (BRASIL, 1998).</p><p>Algumas sugestões de exercícios psicomotores seriam: engatinhar,</p><p>rolar, balançar, dar cambalhotas, se equilibrar em um só pé, andar para os</p><p>lados, equilibrar e caminhar sobre uma linha no chão e materiais variados</p><p>(passeios ao ar livre), etc.</p><p>Pode-se afirmar, então, que a recreação, através de atividades afetivas</p><p>e psicomotoras, constitui-se num fator de equilíbrio na vida das pessoas,</p><p>expresso na interação entre o espírito e o corpo, a afetividade e a energia, o</p><p>indivíduo e o grupo, promovendo a totalidade do ser humano (MONTEIRO,</p><p>2004).</p><p>Na educação infantil, a psicomotricidade, como estimulação aos</p><p>movimentos da criança tem como metas:</p><p> Motivar a capacidade sensitiva através das sensações e relações entre</p><p>o corpo e o exterior (o outro e as coisas).</p><p> Cultivar a capacidade perceptiva através do conhecimento dos</p><p>movimentos e da resposta corporal.</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>22</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p> Organizar a capacidade dos movimentos representados ou expressos</p><p>através de sinais, símbolos, e da utilização de objetos reais e</p><p>imaginários.</p><p> Fazer com que as crianças possam descobrir e expressar suas</p><p>capacidades, através da ação criativa e da expressão da emoção.</p><p> Ampliar e valorizar a identidade própria e a autoestima dentro da</p><p>pluralidade grupal.</p><p> Criar segurança e expressar-se através de diversas formas como um ser</p><p>valioso, único e exclusivo.</p><p> Criar uma consciência e um respeito à presença e ao espaço dos</p><p>demais (ZEVALLOS, 2010).</p><p>2.2 O desenvolvimento motor infantil</p><p>O desenvolvimento humano focaliza o estudo científico de como as</p><p>pessoas mudam e também de como permanecem iguais, desde a concepção</p><p>até a morte. As mudanças são mais óbvias na infância, porém, ocorrem</p><p>durante toda a vida, sendo que os fatores que influenciam no desenvolvimento</p><p>são tanto internos (hereditários) quanto externos (ambientais) (PAPALIA e</p><p>OLDS, 2000).</p><p>O desenvolvimento ocorre em vários domínios – físico, cognitivo e</p><p>psicossocial – e as mudanças que ocorrem em cada uma destas esferas</p><p>afetam as demais. O desenvolvimento físico envolve as mudanças que</p><p>ocorrem no corpo, no cérebro, na capacidade sensorial e nas habilidades</p><p>motoras. O desenvolvimento cognitivo refere-se às mudanças que ocorrem</p><p>na capacidade mental, como a aprendizagem, a memória, o raciocínio, o</p><p>pensamento e a linguagem. O desenvolvimento psicossocial está</p><p>relacionado com a capacidade para interagir com o meio através das relações</p><p>sociais, que proporciona a formação da personalidade e a aquisição de</p><p>características próprias (PAPALIA e OLDS, 2000).</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>23</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>Segundo Gallardo (2004), a infância é caracterizada por concentrar as</p><p>aquisições fundamentais para o restante do desenvolvimento humano, pois é</p><p>nessa etapa da vida que o indivíduo forma a base motora para a realização de</p><p>movimentos mais complexos futuramente. Neste momento é importante que a</p><p>criança tenha um bom acompanhamento no seu desenvolvimento físico,</p><p>cognitivo e psicossocial.</p><p>Papalia e Olds (2000) resaltam que as mudanças que ocorrem na</p><p>infância são mais amplas e aceleradas do que qualquer outra que venha a</p><p>ocorrer no futuro. Estes autores afirmam que dos três aos seis anos as</p><p>crianças vivem a segunda infância, período que corresponde aos anos pré-</p><p>escolares. Nesta fase, a aparência das crianças muda, suas habilidades</p><p>motoras e mentais florescem e sua personalidade torna-se mais complexa.</p><p>Todos os aspectos do desenvolvimento – físicos, cognitivos e psicossociais –</p><p>continuam interligados. À medida que os músculos passam a ter controle mais</p><p>consistente, as crianças podem atender mais suas necessidades pessoais,</p><p>como a higiene, e o vestir-se, ganhando, assim, maior senso de competência e</p><p>independência.</p><p>Para Pérez (1994), o período pré-escolar é a época da aquisição de</p><p>habilidades motoras básicas, sendo que os movimentos fundamentais são</p><p>considerados verdadeiros núcleos cinéticos. Esta capacidade para mover-se</p><p>cada vez de forma mais autônoma está relacionada com diversos fatores,</p><p>como a maturação neurológica, que permite movimentos mais completos, e o</p><p>crescimento corporal, que vai permitir maior possibilidade de domínio do corpo,</p><p>facilitando o movimento e a disponibilidade para realizar atividades motoras.</p><p>O período pré-escolar é o mais importante na formação da pessoa. É</p><p>quando ela constrói os principais instrumentos interiores de que se servirá,</p><p>primeiro de modo inconsciente e depois com progressiva consciência, para se</p><p>relacionar com a chamada realidade exterior. Pode não parecer aos olhos dos</p><p>adultos, mas esta é seguramente a fase mais decisiva da vida. O tempo todo a</p><p>criança age descobrindo, inventando, resistindo, perguntando, retrucando,</p><p>refazendo, socializando-se. Neste momento, é importante que a criança tenha</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>24</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>um bom acompanhamento no seu desenvolvimento físico, cognitivo e</p><p>psicossocial (CURTISS, 1988).</p><p>A aprendizagem e o desenvolvimento estão inter-relacionados desde</p><p>que a criança passa a ter contato com o mundo. Na interação com o meio físico</p><p>e social, a criança passa a se desenvolver de forma mais abrangente e</p><p>eficiente. Isto significa que a partir do envolvimento com seu meio social são</p><p>desencadeados diversos processos internos de desenvolvimento que</p><p>permitirão um novo patamar de aprendizagem (BONAMIGO et al, 1982).</p><p>A criança, por meio da observação, imitação</p><p>e experimentação das</p><p>instruções recebidas de pessoas mais experientes, vivencia diversas</p><p>experiências físicas e culturais, construindo, dessa forma, o conhecimento a</p><p>respeito do mundo que a cerca (BONAMIGO et al, 1982).</p><p>De acordo com Le Boulch (1987), o desenvolvimento de uma criança é o</p><p>resultado da interação de seu corpo com os objetos de seu meio, com as</p><p>pessoas com quem convive e com o mundo onde estabelece ligações afetivas</p><p>e emocionais. O corpo, portanto, é sua maneira de ser. É através dele que ela</p><p>estabelece contato com o ambiente, que se engaja no mundo, que compreende</p><p>o outro. Todo ser tem seu mundo construído a partir de suas próprias</p><p>experiências corporais, sendo assim, a criança terá maior habilidade para se</p><p>diferenciar e para sentir estas diferenças, pois é através dele que ela</p><p>estabelecerá contato com o meio, interagindo em nível psicológico, psicomotor,</p><p>cognitivo e social. Nesse sentido, através das experiências de aprendizagem, a</p><p>criança constrói seu esquema corporal e amplia seu repertório psicomotor,</p><p>adquirindo autonomia e segurança (OLIVEIRA, 1997).</p><p>As mudanças com relação ao desenvolvimento motor proporcionam uma</p><p>contínua alteração no comportamento ao longo da vida, que acontece por meio</p><p>das necessidades de tarefa, da biologia do indivíduo e do ambiente em que ele</p><p>vive. Ele é viabilizado tanto pelo processo evolutivo biológico quanto pelo</p><p>social. Desta forma, considera-se que uma evolução neural proporciona a</p><p>evolução ou integração sensório-motora, que acontece por meio do sistema</p><p>nervoso central (SNC) em operações cada vez mais complexas (FONSECA,</p><p>1988).</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>25</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>Em cada idade o movimento toma características significativas e a</p><p>aquisição ou a aparição de determinados comportamentos motores tem</p><p>repercussões importantes no desenvolvimento da criança. Cada aquisição</p><p>influencia na anterior, tanto no domínio mental como no motor, através da</p><p>experiência e da troca com o meio (FONSECA, 1988).</p><p>Neste sentido, a escola tem um papel muito importante como facilitadora</p><p>das aprendizagens, estimulando o desenvolvimento integral da criança através</p><p>do trabalho em torno de desafios, fazendo com que ela explore, crie e</p><p>desenvolva sua habilidade com o objetivo de expandir seu potencial. Deste</p><p>modo, proporciona um meio para que a aprendizagem possa ocorrer,</p><p>colaborando para a formação do individuo em cada fase de seu</p><p>desenvolvimento (CURTISS, 1988).</p><p>A Educação Física, enquanto uma disciplina presente no currículo da</p><p>escola, adquire um papel importantíssimo na medida em que pode estruturar o</p><p>ambiente adequado para a criança. Ela pode oferecer experiências que</p><p>resultam numa grande auxiliar e promotora do desenvolvimento integral do</p><p>aluno, desenvolvendo suas habilidades motoras e sua sociabilização, sendo</p><p>assim possível trabalhar o corpo harmoniosamente nos seus aspectos físico,</p><p>cognitivo e psicossocial (BONAMIGO et al, 1982).</p><p>Segundo estudos de Willrich, Azevedo e Fernandes (2008) o</p><p>desenvolvimento motor é considerado como um processo sequencial, contínuo</p><p>e relacionado à idade cronológica, pelo qual o ser humano adquire uma</p><p>enorme quantidade de habilidades motoras, as quais progridem de movimentos</p><p>simples e desorganizados para a execução de habilidades motoras altamente</p><p>organizadas e complexas.</p><p>Inicialmente, acreditava-se que as mudanças no comportamento motor</p><p>refletiam diretamente as alterações maturacionais do sistema nervoso central.</p><p>Hoje, porém, sabe-se que o processo de desenvolvimento ocorre de</p><p>maneira dinâmica e é suscetível a ser moldado a partir de inúmeros estímulos</p><p>externos (TECKLIN, 2002).</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>26</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>A interação entre aspectos relativos ao indivíduo, como suas</p><p>características físicas e estruturais, ao ambiente em que está inserido e à</p><p>tarefa a ser aprendida são determinantes na aquisição e refinamento das</p><p>diferentes habilidades motoras (HAYWOOD; GETCHELL, 2004).</p><p>Sabe-se que o surgimento de movimentos e seu posterior controle</p><p>ocorrem em uma direção céfalo-caudal e próximo-distal, porém este processo</p><p>não se apresenta de forma linear, incluindo períodos de equilíbrio e</p><p>desequilíbrio. Apesar disso, costuma cumprir uma sequência ordenada e até</p><p>previsível de acordo com a idade (BURNS; MACDONALD, 1999; RATLIFFE,</p><p>2000).</p><p>Diversos fatores, porém, podem colocar em risco o curso normal do</p><p>desenvolvimento de uma criança. Definem-se como fatores de risco uma série</p><p>de condições biológicas ou ambientais que aumentam a probabilidade de</p><p>déficits no desenvolvimento neuropsicomotor da criança (MIRANDA;</p><p>RESEGUE; FIGUEIRAS, 2003).</p><p>Dentre as principais causas de atraso motor encontram-se: baixo peso</p><p>ao nascer, distúrbios cardiovasculares, respiratórios e neurológicos, infecções</p><p>neonatais, desnutrição, baixas condições socioeconômicas, nível educacional</p><p>precário dos pais e prematuridade.</p><p>Quanto maior o número de fatores de risco atuantes, maior será a</p><p>possibilidade do comprometimento do desenvolvimento (EICKMANN; DE LIRA;</p><p>LIMA, 2002).</p><p>De tudo que discorremos acima, podemos inferir que o movimento é</p><p>importante para o desenvolvimento humano porque:</p><p> Somente o desenvolvimento perceptivo-motor correto garantirá a criança</p><p>uma concepção mais ajustada sobre o mundo externo que a rodeia.</p><p> Dificuldades de aprendizagem simbólica (representação do mundo de</p><p>forma verbal, escrita e teleológica), refletem uma deficiente integração</p><p>das noções espaço e tempo que são fundamentais para a organização</p><p>do sistema sensório-motor da criança.</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>27</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p> Qualquer aprendizagem escolar, quer se trate de leitura, escrita ou de</p><p>cálculo (lógico-matématica) é, fundamentalmente, um processo de</p><p>relação perceptivo-motora.</p><p> A garantia de um pleno desenvolvimento preceptivo motor por parte da</p><p>criança, oferecerá condições para favorecer o amadurecimento e</p><p>depuramento de suas estruturas cognitivas. É pelo comportamento</p><p>perceptivo-motor que a criança aprende o mundo do qual faz parte.</p><p> O desenvolvimento global da criança depende (apoia-se) no</p><p>comportamento perceptivo-motor, o qual exige como condição variadas</p><p>oportunidades de aplicação: a exploração lúdica, o controle motor, a</p><p>percepção figura-fundo, integração intersensorial (sentidos), noção de</p><p>corpo, espaço e tempo, etc. (PALAFOX, 2003).</p><p>Ao relacionar desenvolvimento mental infantil com desenvolvimento</p><p>motor queremos pontuar que isto significa que a criança tem que ser capaz de</p><p>controlar seu próprio corpo. Disso também depende sua saúde física e mental,</p><p>afinal é através do corpo que a criança brinca e ganha recursos adequados</p><p>para sua sociabilidade, garantindo sua independência e ainda contribuindo</p><p>para que tenha um bom conceito de si mesma.</p><p>Na mobilidade corporal atuam um conjunto de músculos que fazem parte</p><p>da ação coordenada do tipo voluntário, nesta ação observa-se o</p><p>amadurecimento das estruturas neurais, dos ossos, tendões e alguns tecidos</p><p>corpóreos que juntos desencadeiam a coordenação motora. Porém isso não</p><p>significa que devamos pressionar a criança para que realize movimentos</p><p>prematuros; porque isso poderia desencadear uma série de efeitos</p><p>desfavoráveis que poderiam acabar por deixar a criança retraída, cheia de</p><p>temores e tensões.</p><p>O papel da família, escola e de todos os adultos que cuidam da criança</p><p>do decorrer de seu desenvolvimento é de suma importância, pois, a</p><p>estimulação precoce incentiva essa cadeia muscular a adquirir destreza e</p><p>reflexos (LEITE, 2007).</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>28</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>O desenvolvimento motor é observado desde o terceiro mês de</p><p>gestação, quando o feto começa a movimentar membros inferiores e</p><p>superiores, depois no quarto mês observamos os famosos “pontapés” dos</p><p>quais as mamães se referem.</p><p>A coordenação dinâmica global e o equilíbrio são resultados de uma</p><p>sintonia perfeita entre ações musculares em repouso e em movimento.</p><p>A tomada de consciência do corpo requer a atuação de habilidades</p><p>cognitivas específicas, por esse motivo o desenvolvimento motor no decorrer</p><p>dos primeiros anos de vida da criança, está em estreita relação com a</p><p>inteligência, pois geralmente a criança que apresenta uma dificuldade motora,</p><p>pode sofrer um atraso no seu desenvolvimento intelectual (LEITE, 2007).</p><p>O equilíbrio efetua-se através de exercícios para o equilíbrio dinâmico e</p><p>estático. A postura constitui o padrão motor básico que garante a posição do</p><p>corpo em seu equilíbrio energético respeitando o centro de gravidade. Existem</p><p>conexões correspondentes a mecanismos de autorregulação entre cerebelo e</p><p>os centros superiores do córtex cerebral onde se encontram os esquemas de</p><p>conduta motora mais diferenciados. Por esse motivo a postura básica deve ser</p><p>respeitada em qualquer movimento.</p><p>De acordo com indicações de Condemarin (1989 apud Leite, 2007), os</p><p>exercícios para o desenvolvimento da coordenação dinâmica global são</p><p>realizados com a finalidade de aperfeiçoar o automatismo corporal. Entre estes</p><p>exercícios a autora cita: a marcha, engatinhar, arrastar-se, marcha sobre uma</p><p>barra de madeira, exercícios que promovam o equilíbrio estático e dinâmico, o</p><p>balancin, a cama elástica, pular corda, jogar bola, relaxamento, flexões entre</p><p>outros.</p><p>A falta de habilidades na criança é resultado de uma variedade de</p><p>fatores, como: estado físico, constituição somática, grau de inteligência,</p><p>oportunidade para desenvolver controle muscular e incentivo para conseguir</p><p>esse desenvolvimento.</p><p>Algumas causas podem ser as responsáveis pela deficiência do</p><p>desenvolvimento motor, podemos citar: as de origem neurológica, deficiência</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>29</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>no controle dos esfíncteres, problemas de parto, meio ambiente, atraso na</p><p>educação de hábitos de higiene, todas essas variáveis resultam em problemas</p><p>de ordem emocional podendo variar desde a timidez até alterações de conduta</p><p>e formação de personalidade.</p><p>Com o acompanhamento de profissionais ligados às áreas de</p><p>movimentação corporal, a habilidade pode melhorar muito em termos de</p><p>velocidade, firmeza e força (LEITE, 2007).</p><p>3 PRÁTICAS EDUCACIONAIS E CORPORAIS NA EDUCAÇÃO INFANTIL</p><p>3.1 Trabalhando o corpo na educação infantil</p><p>São inúmeras as atividades que podem ser desenvolvidas com crianças</p><p>para prevenir ou reeducá-la.</p><p>Iremos aprofundar este assunto na apostila de jogos e brincadeiras, mas</p><p>aqui cabem algumas propostas.</p><p>As atividades de mímica e dramatização podem ser utilizadas para um</p><p>maior autoconhecimento, seja do próprio corpo como de suas emoções. O</p><p>trabalho realizado com crianças com dificuldades de aprendizagem tem</p><p>enfatizado a necessidade de deixá-las vivenciar sensações de rigidez e de total</p><p>relaxamento, principalmente no caso de crianças que possuem instabilidade</p><p>motora em diversos níveis (SANTOS et al, 2007).</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>30</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>Para trabalhar a coordenação motora ampla global temos o movimentar-</p><p>se livremente, sentir-se à vontade, como por exemplo, arrastar-se no chão,</p><p>passar por baixo de cadeiras, rolar de lado como se a criança descesse uma</p><p>ladeira. Andar: normal por cima de objetos colocados no chão; engatinhar; e</p><p>pular. Corridas: livres; revezamento de obstáculos; amarelinha; jogos de bola</p><p>(lançar e apanhar).</p><p>Para a coordenação motora fina, os movimentos exigem dissociação</p><p>digital fina. As atividades podem ser: misturar vários canudos coloridos</p><p>cortados em pedaços, pedindo que os separe pela cor; enfiar objetos finos e</p><p>furados em um barbante; recortar figuras e fazer colagens; cópia de um trecho</p><p>escolhido.</p><p>Para a coordenação motora digital, que são os movimentos puros em</p><p>que prevalece a atividade digital, com escassa participação de deslocamento</p><p>manual, temos as atividades de separar fichas conforme a cor; jogo de varetas;</p><p>dobradura de papel.</p><p>3.2 Os ambientes e aprendizagem e o caráter preventivo</p><p>Todo ambiente, sem exceção, é um espaço organizado segundo certa</p><p>concepção educacional, que espera determinados resultados. Há sempre um</p><p>arranjo ambiental, mesmo que isso se traduza na existência de uma sala com</p><p>pouco mobiliário e poucos objetos e brinquedos ou uma sala atulhada de</p><p>berços dispostos lado a lado.</p><p>No caso das creches ou escolas de educação infantil, o ambiente</p><p>deveria ser considerado como um campo amplo de vivências e explorações,</p><p>zona de múltiplos recursos e possibilidades para a criança reconhecer objetos,</p><p>experiências, significados de palavras e expressões, além de ampliar o mundo</p><p>de sensações e percepções (OLIVEIRA, 2010).</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>31</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>Esse ambiente funciona como um recurso de desenvolvimento e, para</p><p>isso, ele deve ser planejado pelo educador, parceiro privilegiado de que a</p><p>criança dispõe.</p><p>A criança, desde cedo, reconhece o espaço físico ou atribui-lhe</p><p>significações, avaliando intenções e valores que pensam ser-lhe próprios. Daí a</p><p>importância de organizar os múltiplos espaços de modo que estimulem a</p><p>exploração de interesses, rompendo com a mesmice e o imobilismo de certas</p><p>propostas de trabalho de muitas instituições de educação infantil.</p><p>O que importa verificar não são as qualidades ou os aspectos do</p><p>ambiente, mas como eles são refratados pelo prisma da experiência emocional</p><p>da criança e atuam como recursos que ela emprega para agir, explorar,</p><p>significar e desenvolver-se (OLIVEIRA, 2010).</p><p>Fonseca (1996) destaca o caráter preventivo da psicomotricidade,</p><p>afirmando ser a exploração do corpo, em termos de seus potenciais uma</p><p>“propedêutica das aprendizagens escolares”, especialmente, a alfabetização.</p><p>Para o autor as atividades desenvolvidas na escola como a escrita, a</p><p>leitura, o ditado, a redação, a cópia, o cálculo, o grafismo, e enfim, os</p><p>movimentos estão ligados à evolução das possibilidades motoras e as</p><p>dificuldades escolares estão, portanto, diretamente relacionadas aos aspectos</p><p>psicomotores. Todavia, a Psicomotricidade, não pode ser analisada fora do</p><p>comportamento e da aprendizagem, e este, para além de ser uma relação</p><p>inteligível entre estímulos e respostas, é antes do mais, uma sequencia de</p><p>ações, ou seja, uma sequencia espaço-temporal intencional.</p><p>Se tomarmos a definição de Hutardo2 (1991, p. 91) para</p><p>Psicomotricidade, temos como justificar a ação do professor que, ao apropriar-</p><p>se dos recursos psicomotores, poderá promover práticas psicomotoras com</p><p>caráter preventivo.</p><p>2</p><p>Ciência da educação que enfoca a unidade indivisível do homem (constituída pelo soma e</p><p>psique), educando o movimento ao mesmo tempo em que põe em jogo as funções intelectuais.</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>32</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>Essa ação difere da reeducação, prática que normalmente ocorre no</p><p>campo da clínica psicomotora. A intervenção preventiva acontece na medida</p><p>em que dá condições à criança de se desenvolver melhor em seu ambiente.</p><p>As práticas psicomotoras realizadas como atividades regulares no</p><p>cotidiano da instituição de educação infantil favorecem o desenvolvimento</p><p>psicomotor da criança, tendo nesse caso um caráter preventivo (IMAI, 2005).</p><p>Um</p><p>exemplo de prática psicomotora preventiva pode ser visto quando</p><p>oferecemos as condições favoráveis para o desenvolvimento psicomotor de</p><p>uma criança ameaçada pela vida sedentária que leva em seu lar. Esse fato tem</p><p>se tornado cada vez mais comum nos grandes centros. Essa situação pode ser</p><p>justificada pelos avanços tecnológicos em nossa sociedade que oferecem</p><p>muitas vezes diversão e recreação com o mínimo de esforço físico.</p><p>Para muitas crianças, o espaço escolar é, talvez, o único lugar no qual</p><p>irão passar várias horas de seu dia brincando, com segurança, em grandes</p><p>áreas, tendo contato com areia, parque e interagindo com outras crianças.</p><p>Nesses contextos educativos, elas terão, muitas vezes, as condições</p><p>favoráveis para o seu desenvolvimento afetivo, social, cognitivo, psicológico,</p><p>motor e, em especial, no campo psicomotor (IMAI, 2005).</p><p>A educação infantil necessita de professores com uma formação ampla</p><p>em diversas áreas do conhecimento: cognitiva, psicológica, motora,</p><p>neurológica e psicomotora, para atender às necessidades de sua clientela.</p><p>Esse profissional tem hoje um grande desafio, superar as barreiras impostas</p><p>pelo despreparo em lidar com situações que exigem conhecimentos em áreas</p><p>específicas, que outrora não se acreditava serem de seu domínio. A ação</p><p>educativa preventiva pode contribuir para diminuir ou mesmo solucionar</p><p>possíveis dificuldades durante o processo de desenvolvimento psicomotor,</p><p>impedindo que essas dificuldades possam comprometer as futuras</p><p>aprendizagens escolares (IMAI, 2005).</p><p>Enfim, o conhecimento aliado à prática e experiência do profissional,</p><p>certamente conduzirá a mudanças significativas em sua prática psicomotora</p><p>com caráter preventivo.</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>33</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>REFERÊNCIAS CONSULTADAS E UTILIZADAS</p><p>ALMEIDA, Geraldo Peçanha de. Teoria e Prática em Psicomotricidade:</p><p>jogos, atividades lúdicas, expressão corporal e brincadeiras infantis. Rio de</p><p>Janeiro: Wak, 2006.</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>34</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>ALVES, Fátima. Psicomotricidade na Educação Infantil. Disponível em:</p><p>Acesso em: 22 jul.</p><p>2010.</p><p>BARRETO, Sidirley de Jesus. Psicomotricidade, educação e reeducação. 2</p><p>ed. Blumenau: Livraria Acadêmica, 2000.</p><p>BONAMIGO et al. Como ajudar a criança no seu desenvolvimento. Porto</p><p>Alegre - RS, Editora da Universidade UFGRS, 1982.</p><p>BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação</p><p>Fundamental. Referencial curricular nacional para a educação infantil /</p><p>Ministério da Educação e do Desporto, Secretaria de Educação Fundamental.</p><p>Brasília: MEC/SEF, 1998. Volume 1: Introdução; volume 2: Formação pessoal e</p><p>social; volume 3: Conhecimento de mundo.</p><p>BUENO, Jocian Machado. Psicomotricidade teoria e prática – estimulação,</p><p>educação e reeducação psicomotora com atividades aquáticas. [S.l.:S.n.],</p><p>1998.</p><p>BURNS, Y.R, MACDONALD, J. Fisioterapia e crescimento na infância. São</p><p>Paulo: Santos Livraria e Editora, 1999, 516 p.</p><p>CAUDURO, Maria Teresa. Motor... Motricidade... Psicomotricidade... Como</p><p>entender? Novo Hamburgo; Feevale, 2002.</p><p>CHAZAUD, Jacques. Introdução a psicomotricidade. São Paulo: Manole,</p><p>1976.</p><p>CHICON, José Francisco. Prática psicopedagógica integrada em crianças</p><p>com necessidades educativas especiais: abordagem psicomotora. Vitória:</p><p>CEFD/UFES, 1999.</p><p>http://www.conexaeventos.com.br/download/1Fatima.ppt</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>35</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>CURTISS, Sandra. A alegria do movimento na pré-escola. Porto Alegre:</p><p>Artes Médicas, 1988.</p><p>DE MEUR, A de. Psicomotricidade: educação e reeducação. São Paulo:</p><p>Manole, 1989.</p><p>DE MEUR, A; STAES, L. Psicomotricidade. São Paulo: Manole, 1991.</p><p>ECKERT, Hellen M. Desenvolvimento Motor. São Paulo: Manole,1993.</p><p>EICKMANN S. H, DE LIRA P.I.C, LIMA M.C. Desenvolvimento mental e motor</p><p>aos 24 meses de crianças nascidas a termo com baixo peso. Arq</p><p>Neuropsiquiatr 2002;60(3-B):748-54.</p><p>FONSECA, Vitor da. Da filogênese à ontogênese da motricidade. Porto</p><p>Alegre: Artes Médicas, 1988.</p><p>FONSECA, Vitor da. Psicomotricidade. 4 ed. São Paulo: Martins Fontes,</p><p>1996.</p><p>FRANCO, Berenice da Silva. A psicomotricidade relacional na educação</p><p>infantil: o prazer de ser criança. São Leopoldo: Universidade do Vale dos</p><p>Sinos, 1997 (Dissertação de Mestrado em Educação).</p><p>GALLARDO, Jorge Sérggio Pérez. Educação Física escolar: do berço ao</p><p>ensino médio. Rio de Janeiro: Lucerna, 2004.</p><p>HAYWOOD, K. M., GETCHELL, N. Desenvolvimento motor ao longo da</p><p>vida. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2004.</p><p>HUTARDO, J. G. G. M. Dicionário de Psicomotricidade. Porto Alegre: Prodil,</p><p>1991.</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>36</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>IMAI, Viviam Hatisuka. O caráter preventivo das práticas psicomotoras na</p><p>Educação Infantil. In: GUIMARÃES, Célia Maria. Perspectivas para educação</p><p>infantil. Araraquara: Junqueira e Marin, 2005.</p><p>JOSÉ, Elisabete da Assunção; COELHO, Maria Teresa. Problemas de</p><p>Aprendizagem. São Paulo: Ática,1996.</p><p>LE BOULCH, Jean. Educação psicomotora na idade escolar. Porto Alegre:</p><p>Artes Médicas, 1987.</p><p>LEITE, Eliane Pisani. Desenvolvimento motor infantil (2007). Disponível em:</p><p>Acesso em: 21 jul. 2010.</p><p>LIMA, Aline Souza; BARBOSA, Silvia Bastos. Psicomotricidade na Educação</p><p>Infantil. Desenvolvendo capacidades (2007). São João do Meriti (RJ): Colégio</p><p>Santa Maria. Disponível em:</p><p>Acesso em: 22 jul. 2010.</p><p>MIRANDA, L.C, RESEGUE, R, FIGUEIRAS, A.C.M. A criança e o adolescente</p><p>com problemas do desenvolvimento no ambulatório de pediatria. J Pediatr</p><p>2003;79(Supl1):S33-42.</p><p>MONTEIRO, Vanessa Ascenção. Psicomotricidade nas aulas de Educação</p><p>Física escolar: uma ferramenta de auxilio na aprendizagem. Revista Digital -</p><p>Buenos Aires - Año 12 - N° 114 - Noviembre de 2007. Disponível em:</p><p>Acesso em: 23 jul. 2010.</p><p>NEGRINE, Airton. O corpo na educação infantil. Caxias do sul: UCS, 2002.</p><p>NICOLA, Mônica. Psicomotricidade- Manual Básico. Rio de Janeiro: Revinter,</p><p>2004.</p><p>http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos_Psicologia/Desenvolvimento_motor_Infantil.htm</p><p>http://www.portaldomarketing.com.br/Artigos_Psicologia/Desenvolvimento_motor_Infantil.htm</p><p>http://www.efdeportes.com/</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>37</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>OLIVEIRA, Gislene de Campos. Psicomotricidade: educação e reeducação</p><p>num enfoque pedagógico. Petrópolis, RS: Vozes, 1997.</p><p>OLIVEIRA, Zilma de Moraes Ramos de. Educação Infantil: fundamentos e</p><p>métodos. São Paulo: Cortez, 2010.</p><p>PALAFOX, Gabriel Humberto Munhoz. Aprendizagem e desenvolvimento</p><p>motor: conceitos básicos. Uberlândia: Universidade Federal de Uberlândia –</p><p>Núcleo de Estudos em Planejamento e metodologias do Ensino da Cultura</p><p>Corporal (NEPECC), 2003.</p><p>PAPALIA, Diane E.; OLDS, Sally Wendkos. Desenvolvimento humano. São</p><p>Paulo: ArtMéd, 2000.</p><p>PERES, L. M. R. Conductas Motrices em la infância y adolescencia. Madrid:</p><p>Gymnos editoria, 1994.</p><p>RATLIFFE, K.T. Fisioterapia na clínica pediátrica: guia para a equipe de</p><p>fisioterapeutas. São Paulo: Santos Livraria e Editora, 2000, 451 p.</p><p>SANTOS, Cristiane Szymanski dos et al. A criança e seu desenvolvimento</p><p>psicomotor. Disponível em:</p><p>Acesso</p><p>em: 21 jul. 2010.</p><p>SOCIEDADE BRASILEIRA DE PSICOMOTRICIDADE. Psicomotricidade</p><p>(1999). Disponível em:</p><p>Acesso em: 223</p><p>jul. 2010.</p><p>TECKLIN, J. S. Fisioterapia pediátrica. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2002.</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>38</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>WILLRICH, Aline; AZEVEDO, Camila Cavalcanti Fatturi de; FERNANDES,</p><p>Juliana Oppitz. Desenvolvimento motor na infância: influência dos fatores de</p><p>risco e programas de intervenção. Revista Neurociências, 2008: in press.</p><p>Disponível em:</p><p>Acesso em: 22 jul. 2010.</p><p>ZEVALLOS, Pablo. A Psicomotricidade infantil. Disponível em:</p><p>Acesso em: 22 jul. 2010.</p><p>WALLON, Henri. L 'enfant turbulent. Paris; Alcan, 1925.</p><p>ANEXO</p><p>Quadro Resumo das Habilidades Motoras da Criança</p><p>INE EAD – INSTITUTO NACIONAL DE ENSINO</p><p>DESENVOLVIMENTOS E APRENDIZAGEM MOTORAS</p><p>39</p><p>WWW.INEEAD.COM.BR – (31) 3272-9521</p><p>Fonte: ECKERT (1993, p.230-231).</p>

Mais conteúdos dessa disciplina