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<p>Planejamento da nossa aula</p><p>Origem, Evolução e Princípios do Direito do Trabalho</p><p>Evolução do Trabalho</p><p>1º Momento</p><p>A primeira forma de trabalho foi a ESCRAVIDÃO, onde o escravo era tratado como uma coisa, uma propriedade e não tinha qualquer direito, muito menos os trabalhistas. O único direito do escravo era trabalhar.</p><p>Na Grécia para Platão e Aristóteles o trabalho compreenda apenas a força física, sendo que a dignidade do homem era restrita em particular dos negócios da cidade por meio de palavras.</p><p>Enquanto os escravos faziam o trabalho pesado e outros poderiam ser livres.</p><p>Já em Roma, o trabalho também era feito por escravos. Nessa época o trabalho era desonroso.</p><p>2º Momento – Castigo</p><p>Neste momento, nos deparamos com a SERVIDÃO. É a época do feudalismo, onde os senhores feudais davam a proteção política e militar aos servos. Aqui os servos não eram livres, muito pelo contrário, eles tinham que prestar serviços aos senhores feudais.</p><p>Os servos tinham que desempenhar seus trabalhos e, em troca, os senhores feudais davam e eles o direito de uso das terras, bem como a proteção supracitada.</p><p>3º Momento – Castigo mais severos</p><p>Começa nesse momento, um pouco de liberdade ao trabalhador.</p><p>Inicia-se nesse momento as cooperações de ofício. Aqui existiam três figuras</p><p>a) Os mestres (eram os proprietários de oficinas, pois já tinham passado pela prova “obra-mestra)</p><p>b) Os companheiros (recebiam salários dos mestres) e</p><p>c) Os aprendizes (ficaram sob responsabilidade dos mestres, que inclusive, poderiam lhe propor castigos corporais).</p><p>Revolução Francesa</p><p>O fim dessas corporações veio com a Revolução Francesa, por serem consideradas incompatíveis com o ideal de liberdade do homem.</p><p>Com a Revolução Francesa, veio a liberdade contratual. Em 1789 na Constituição Francesa, foi reconhecido o primeiro direito econômico social: o direito do trabalho.</p><p>Foi com a Revolução industrial que houve a transformação do trabalho em emprego, onde os trabalhadores em geral passaram a trabalhar por SALÁRIOS.</p><p>Revolução Industrial</p><p>O Direito do Trabalho, como conhecemos hoje, surgiu com a Revolução Industrial na Inglaterra. Esta por sua vez foi financiada pelos burgueses no Século XVIII.</p><p>Ou seja, com a figura do proletariado assalariado (empregado, com vínculo empregatício de subordinação) e a sociedade industrial. Por razões econômicas, políticas e jurídicas.</p><p>A razão econômica dessa mudança é a Revolução Industrial do século XVIII, ocorrida na Inglaterra. Graças ao uso do vapor como fonte de energia surgiram as primeiras máquinas e indústrias, e para operá-las foram contratos trabalhadores assalariados: os proletariados.</p><p>O direito e o contrato de trabalho passaram a desenvolver com o surgimento da revolução industrial (porém, foi com ela que veio o muito desemprego, pelos maquinários inventados que substituíram muita a mão-de-obra humana). 3</p><p>O proprietário das máquinas era o patrão, o qual detinha o poder de direção em relação ao trabalhador. Inicia aí a diferença entre patrão e empregado, pois o empregador tinha o maquinário, e o empregado nada tinha.</p><p>Por essa desigualdade, surgiu ainda mais a necessidade de proteção ao trabalhador. Então passa a ter intervencionismo do Estado, para que pudesse criar o bem-estar social e as condições de trabalho.</p><p>No plano político o que nos levou ao surgimento do Direito do Trabalho foi a mudança do Estado Liberal para o Neoliberalismo. O primeiro pregava uma ordem econômica autorreguladora, na qual o capitalista podia impor livremente suas obrigações sem a interferência estatal, quando uma “mão-invisível” controlaria a economia e a sociedade. Em contrapartida, o segundo prega a interferência do Estado nas questões econômico-sociais, porém com certas limitações.</p><p>No âmbito jurídico surgem as primeiras pressões em busca da união dos trabalhadores, culminando no sindicalismo. Porém, no início essas reivindicações organizadas eram malvistas pelo Estado, uma vez que eram consideradas como crime.</p><p>Em 1819 aprovou-se lei a qual proibia o trabalho de menor de 9 anos e ainda especificava que a jornada de trabalho dos menores de 16 anos, era de 12 horas diárias, nas prensas de algodão.</p><p>Outro marco importante é o Código de Napoleão, que distingui o Direito Civil e o Direito do Trabalho.</p><p>Em uma perspectiva geral, proibiam os menores de trabalhar, delimitavam a jornada de trabalho, assim como, começaram a escrever o rascunho do que viria a ser a seguridade e a previdência social.</p><p>Algumas Constituições representam um marco na discussão dos direitos humanos, sociais e trabalhistas. Essas constituições são: A Constituição Política dos Estados Unidos Mexicanos, A Constituição de Weimar (Alemanha), e a Carta Del Lavoro (Itália).</p><p>Evolução do Direito do Trabalho no Brasil</p><p>No Brasil as primeiras Constituições constavam apenas as formas de Estado e sistemas de Governos e, só posteriormente que passaram a atuar em todos os ramos do direito, inclusive os trabalhistas.</p><p>· Em 1871 foi aceita a Lei do Ventre Livre (os filhos dos escravos nasciam livres – até os 8 anos, ficavam com o senhor ou sua mãe e, após isso, poderiam optar em receber uma indenização do Estado ou usufruir de seus serviços até os 21 anos).</p><p>· Em 1885 foi aprovada a Lei do Sexagenário (libertava os escravos com mais de 60 anos)</p><p>· Em 1888 foi assinada Lei Áurea, pela Princesa Isabel, onde aboliu a escravidão. (13 de maio de 1988).</p><p>Na Constituição de 1891 fica reconhecido o direito à liberdade de associação, estando disposto no art. 72, § 8º, “A todos é lícito associarem se e reunirem se livremente e sem armas; não podendo intervir a polícia senão para manter a ordem pública.”, dando assim o direito de manifestação ao povo brasileiro.</p><p>Apenas em 1934 a Constituição passou a prever os direitos trabalhistas. Na Constituição de 1937, foi a quarta constituição brasileira, inspirada na Carta Del Lavoro, de 1927, e na constituição Polonesa, que visavam o controle das organizações de trabalhadores. Para isso, instituiu um sindicato único, vinculado ao estado e que deveriam acatar a funções delegadas do poder público. Também foi criado um imposto sindical “[...] como uma forma de submissão das entidades de classe ao Estado, pois este participava do produto de sua arrecadação.” (MARTINS, 2013, p.11)</p><p>Com as revoluções da Europa e com as migrações, começaram diversos movimentos operários reivindicando melhores condições de trabalho e salário.</p><p>Surgiram diversas normas esparsas sobre as regras trabalhistas. Assim veio a necessidade de uni-las e, então a CLT, (Consolidação das Leis do Trabalho) foi criada pelo presidente Getúlio Vargas, em 1 de maio de 1943 durante o Estado Novo e surgiu pelo Decreto-Lei nº 5.452. A CLT, é o documento que regulamenta o trabalho formal no país e define regras sobre como devem funcionar as relações de trabalho. Sendo um dos marcos mais importantes da história brasileira e da luta pelos direitos trabalhistas. Além disso é importante ressaltar que esse documento serviu para unificar os diversos decretos no âmbito do direito do trabalho que existem no Brasil desde a década.</p><p>A CLT é tão importante, ela ajuda a impor limites na relação entre empresas e funcionários.</p><p>A CLT ao longo dos anos sofreu diversas reformas e, a mais recente é a Lei 13.467/2017.</p><p>Princípios do Direito do Trabalho</p><p>Conceito: O direito do trabalho é um ramo jurídico especializado que regula uma relação contratual laborativa específica. Esse ramo se subdivide em direito individual e direito coletivo. Note-se que ambas as subdivisões, quais sejam, direito individual e coletivo, possuem regramentos, regras e princípios próprios. Os princípios são bases norteadoras do direito.</p><p>Diferenças entre o direito individual e coletivo no direito individual tem-se regras e princípios específicos a uma relação individual. Ex.: empregado e empregador. O direito coletivo, por seu turno, irá envolver regras e princípios específicos que regularão relações sociais em grupo. Ex.: grupo de empregados e empregadores que podem ser capitaneados pelos sindicatos. Vê-se que</p><p>tanto o direito individual e coletivo são ciências autônomas que partem de um conceito comum, qual seja, o direito do trabalho.</p><p>Estudo de Caso</p><p>Joaquim é gerente de uma Empresa de roupas Loja Modelitos, lidera uma equipe com 6 funcionários. Uma funcionária entrou em contato com o Escritório Advogados Consultoria alegando que estava sofrendo assédio moral, o advogado por sua vez perguntou tudo a respeito. Ela alegou que o gerente a humilha na frente dos demais funcionários, chama atenção em tudo o que ela faz, alega que ela não sabe fazer nada direito, tudo o que solicita que a funcionária faça, o gerente altera tudo.</p><p>Entregar em 15/03/2023. (em dupla)</p><p>Conceito de princípios:</p><p>Princípios são proposições que auxiliam na compreensão sobre o direito do trabalho. Uma vez compreendido os princípios, a ideia basilar do direito do trabalho estará compreendida.</p><p>Funções dos princípios: Basicamente, os princípios têm as funções informativa, supletiva e normativa.</p><p>· Função informativa: Os princípios direcionam a intepretação das regras de direito, quaisquer que elas sejam.</p><p>· Função supletiva: Os princípios suprem lacunas na lei, sendo forma de integração das normas jurídicas.</p><p>· Função normativa: Os princípios estão descritos na norma jurídica. Ex.: Princípio da inalterabilidade contratual lesiva previsto no artigo 468 da Consolidação das Leis Trabalhistas.</p><p>Podemos separar em 5 princípios norteadores do direito do trabalho:</p><p>01) Princípio de proteção, que se desdobra em:</p><p>a) Indúbio pró-operário;</p><p>b) Da aplicação da norma mais favorável;</p><p>c) Da condição mais benéfica.</p><p>02) Princípio da primazia da realidade;</p><p>03) Princípio da continuidade;</p><p>04) Princípio da inalterabilidade contratual lesiva;</p><p>05) Princípio da irrenunciabilidade de direitos.</p><p>1) Princípio de proteção: Esse princípio preza pela tentativa de igualdade na relação empregado-empregador. No direito do trabalho, a preocupação é proteger uma das partes (o hipossuficiente – empregado), na busca de uma igualdade substancial.</p><p>Este princípio busca a igualdade do empregado e do empregador para que nenhum deles tenham vantagens sobre o outro, tendo em vista que o empregado é subordinado ao empregador em seus direitos trabalhistas.</p><p>a) Indúbio pró-operário;</p><p>Esse subprincípio diz, que na dúvida entre as normas, aplica-se aquilo que mais favorece o empregado, pois deve resguardar os direitos daquele que está em grau de inferioridade na relação trabalhista.</p><p>b) Da aplicação da norma mais favorável</p><p>O operador do direito deve optar pela norma mais favorável em 3 situações distintas.</p><p>1) No instante da elaboração da regra;</p><p>2) No confronto entre as regras confrontantes;</p><p>3) Na interpretação das regras jurídicas.</p><p>C) Condição mais benéfica</p><p>É a garantia dada ao empregado, ao longo do contrato de trabalho, da aplicação da condição que mais o beneficia.</p><p>Aplicado o Artigo 468 da CLT.</p><p>“Art. 468 - Nos contratos individuais de trabalho só é lícita a alteração das respectivas condições por mútuo consentimento, e ainda assim desde que não resultem, direta ou indiretamente, prejuízos ao empregado, sob pena de nulidade da cláusula infringente desta garantia”.</p><p>02) Princípio da Primazia</p><p>O direito do trabalho não observa apenas DOCUMENTOS. Olha também a REALIDADE DOS FATOS. Podemos notar aqui, uma ideia básica de informalidade.</p><p>O juiz, caso observe que a realidade dos fatos está em desacordo com o contrato de trabalho, poderá considerá-lo NULO.</p><p>Exemplo: Cartão de ponto britânico (chega sempre em horário corretos, é praticamente impossível).</p><p>03) Princípio da Continuidade</p><p>A regra é que o contrato de trabalho seja por prazo indeterminado e, caso haja necessidade do desligamento de empregado, o empregador é quem deve provar o motivo do término do contrato, quando negados a prestação de serviços.</p><p>Súmula 212 – TST</p><p>O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado.</p><p>Exceção: Contrato de experiencia (não deve exceder NUNCA 90 dias).</p><p>e contrato por prazo determinado.</p><p>04) Princípio da inalterabilidade contratual lesiva</p><p>Não é permitida a alteração do contrato de trabalho quando causar prejuízo ou lesividade ao empregado.</p><p>Exceção 01: Poderá haver diminuição no salário do empregado nos termos do artigo 7º da Constituição Federal (essa decisão deve estar muito bem regulada, na maioria das vezes isso se dá por conta de um momento complicado da empresa e, assim pensando em manter o contrato de trabalho, até a situação de crise passar).</p><p>Exceção 02): Em caso de rebaixamento de trabalhador do patamar de cargo de confiança para cargo efetivo, o salário também poderá retroagir.</p><p>05) Princípio da irrenunciabilidade de direitos</p><p>Esse princípio torna os direitos dos trabalhadores irrenunciáveis, indisponíveis e inderrogáveis. Dessa forma, confere um importante mecanismo de proteção ao empregado em face da pressão exercida pelo empregador, o qual, muitas vezes, utilizando-se de mecanismos de coação, induz e obriga o trabalhador a dispor contra a vontade de direitos conquistados a suor e trabalho.</p><p>Filme – DAENS, UM GRITO DE JUSTIÇA - Direção – Stijn Coninx, Bélgica</p><p>Fazer uma resenha</p><p>A resenha é um texto que consiste em uma descrição, opinativa ou neutra, de determinado objeto, seja ele um evento ou uma obra cultural.</p><p>image1.png</p><p>image2.png</p>