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<p>FUNDAMENTOS</p><p>DA LÍNGUA</p><p>PORTUGUESA</p><p>Asafe Cortina</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>Estrangeirismos e</p><p>empréstimos</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>� Diferenciar estrangeirismo de empréstimo linguístico.</p><p>� Relacionar os empréstimos linguísticos aos processos de formação</p><p>de palavra.</p><p>� Analisar a presença dos estrangeirismos na evolução da língua</p><p>portuguesa.</p><p>Introdução</p><p>Neste capítulo, você vai estudar os processos de empréstimo linguístico</p><p>e de estrangeirismos, além das diferenças entre esses processos.</p><p>Você vai aprender que esses dois movimentos são provenientes da</p><p>necessidade de nomear novos conceitos e que acontecem por meio do</p><p>contato cultural e linguístico entre idiomas diferentes, de forma que uma</p><p>língua adote uma palavra, termo ou expressão de outra língua e, diante</p><p>de diferentes fatores, aceite adaptar a unidade morfologicamente ou</p><p>utilizá-la em sua forma original.</p><p>Diferença entre estrangeirismo e</p><p>empréstimo linguístico</p><p>Existe uma frequente confusão entre dois fenômenos linguísticos: o estran-</p><p>geirismo e o empréstimo linguístico. Isso se dá, muitas vezes, pela complexa</p><p>abordagem da literatura que trate a respeito desses temas, de forma que,</p><p>comumente, os textos a respeito do assunto apresentem definições complexas</p><p>e acabem, por fim, confundindo os leitores.</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>iPad</p><p>Portanto, esses assuntos serão tratados sem rodeios e seus conceitos apre-</p><p>sentados da forma mais clara possível:</p><p>1. Estrangeirismo: quando uma língua adota uma palavra, um termo ou</p><p>uma expressão (que neste capítulo chamaremos de “unidade linguística”) de</p><p>uma língua estrangeira sem adaptá-la e a utiliza da forma como é na língua</p><p>original, tanto na escrita, quanto na pronúncia. Na forma escrita, essas palavras</p><p>devem ser destacadas em itálico.</p><p>Exemplos de estrangeirismo: internet, fashion, shopping, show, hall, pizza,</p><p>delivery, e-mail, etc.</p><p>2. Empréstimo linguístico: quando uma língua adota uma palavra, um</p><p>termo ou uma expressão de uma língua estrangeira, incorporando-a ao seu</p><p>léxico e adaptando a grafia para que a unidade adotada se insira às regras</p><p>morfológicas/ortográficas da língua que a adotou. Quanto à pronúncia, a</p><p>unidade pode ou não sofrer alterações.</p><p>Exemplos de empréstimo: abajur, futebol, bife, blecaute, deletar, basquete,</p><p>etc.</p><p>Neste capítulo, usaremos frequentemente o termo “unidade” com o significado de</p><p>palavra, expressão ou termo que foi adotado (seja por empréstimo ou por estrangei-</p><p>rismo) de uma língua para outra.</p><p>Existem alguns motivos que justificam ambos os fenômenos, mas todos</p><p>são provenientes do processo natural linguístico que defende que para cada</p><p>novo conceito haverá a necessidade de existir um nome para acompanhá-lo.</p><p>Ou seja, à medida que o mundo evolui e novas ideias, objetos, tecnologias,</p><p>ações, etc. são criados, novos nomes surgem para acompanhá-los.</p><p>Logo, quando uma língua adota uma unidade de outro idioma, esse mo-</p><p>vimento surge da ausência de um termo/palavra/expressão que possa nomear</p><p>algo na língua adotante e, portanto, pega-se a unidade de outro idioma.</p><p>Estrangeirismos e empréstimos2</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>iPad</p><p>iPad</p><p>iPad</p><p>Você sabe a diferença entre morfologia e ortografia?</p><p>A morfologia é o estudo da formação de palavras. Ou seja, é o campo que lida com</p><p>os processos pelos quais as palavras são construídas com base nos seus componentes</p><p>— que denominamos de morfemas.</p><p>A ortografia é o conjunto de regras estipuladas pela gramática normativa de uma</p><p>língua que define como as palavras devem ser escritas.</p><p>Por isso, neste capítulo utilizaremos morfologia/ortografia, porque algumas unidades</p><p>lexicais adotadas por meio do empréstimo linguístico sofrem adaptações morfológicas</p><p>e outras, ortográficas.</p><p>Os empréstimos e estrangeirismos estão muito relacionados a dois movi-</p><p>mentos específicos: o primeiro diz respeito às proximidades regionais e/ou</p><p>culturais entre duas línguas e o segundo é relacionado à adoção de alguma</p><p>nova tecnologia, algum novo objeto ou algum aspecto cultural e, a partir de</p><p>então, o nome acompanha a “invenção”.</p><p>Por exemplo: a internet foi desenvolvida e, primeiro, aplicada em países</p><p>falantes da língua inglesa. Por consequência, o nome que foi criado para</p><p>intitular essa nova tecnologia foi, obviamente, em língua inglesa.</p><p>Com o passar do tempo, diferentes países começaram a adotar e a utilizar</p><p>a internet e, em consequência, o nome. Logo, línguas como português, es-</p><p>panhol, italiano, etc. adotaram não só a tecnologia, mas também o nome. A</p><p>grande maioria dessas línguas não alterou a nomenclatura dada à tecnologia e,</p><p>portanto, a palavra “internet” pode ser compreendida como um estrangeirismo</p><p>nessas línguas.</p><p>É interessante observar que o empréstimo linguístico e os estrangeirismos</p><p>são movimentos provenientes de “trocas de informações” entre línguas, que</p><p>podem ser culturais, tecnológicas, religiosas, etc. Desse modo, com o constante</p><p>crescimento das tecnologias, com o frequente surgimento de novas descobertas</p><p>e com o maior contato cultural entre diferentes línguas, é natural que esses</p><p>fenômenos sejam mais frequentes. Ou seja, quanto maiores oportunidades</p><p>de contato cultural e linguístico entre línguas, maiores são as chances desses</p><p>fenômenos ocorrerem. Da mesma forma, quanto mais invenções forem criadas,</p><p>maiores as oportunidades de adoção não só das descobertas, mas também de</p><p>suas nomenclaturas. Com a internet e as mídias digitais, o estrangeirismo e</p><p>o empréstimo parecem ser ainda mais frequentes no século XXI.</p><p>3Estrangeirismos e empréstimos</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>No que diz respeito à adoção das palavras como empréstimo ou estran-</p><p>geirismo, geralmente uma palavra entra em uma língua como estrangeirismo</p><p>e, com o passar do tempo, pode (ou não) ser alterada morfologicamente/</p><p>ortograficamente e, em consequência, ser considerada como um empréstimo.</p><p>A decisão de alterar — ou não — a morfologia/ortografia de uma palavra e</p><p>adaptá-la da língua original para que ela seja adequada às regras de formação</p><p>morfológica/ortográfica das palavras da língua adotante depende de diversos</p><p>fatores, como o tempo, o uso, a adaptação dos falantes com a unidade adotada,</p><p>a dificuldade ortográfica, etc.</p><p>Os empréstimos e estrangeirismos são tópicos que geram certas resistências.</p><p>A primeira delas diz respeito aos movimentos de purismo linguístico. Alguns</p><p>linguistas mais tradicionais defendem que as línguas devem ser puras e, por</p><p>consequência, não devem permitir movimentos de estrangeirismo.</p><p>Esse purismo linguístico pode ser dividido de duas formas: os puristas</p><p>extremos, que não aceitam movimentos de empréstimos e nem de estrangei-</p><p>rismos, e os puristas não extremos, que, embora não aceitem estrangeirismos,</p><p>acreditam que o empréstimo pode ser aceitável porque a unidade adotada sofre</p><p>transformações morfológicas/ortográficas para que sejam coerentes ao idioma.</p><p>No caso do purismo extremo, defensores dessa ideia acreditam que, diante</p><p>de um novo conceito, é preferível criar um nome coerente às normas linguísticas</p><p>de cada uma das línguas do que adotar a unidade de outro idioma. O termo</p><p>que nomeia a internet — por exemplo — deveria receber um novo nome que</p><p>fosse facilmente detectado como pertencente à língua portuguesa, como</p><p>“rede interconectada” (ou algo parecido) que pudesse nomear essa tecnologia.</p><p>Por outro lado, há outro tipo de resistência relacionado aos empréstimos</p><p>e estrangeirismos: alguns linguistas não puristas acreditam que as línguas e</p><p>as culturas se enriquecem quando “trocam figurinhas” e utilizam elementos</p><p>lexicais umas das outras. Dessa forma, defendem que estrangeirismos são</p><p>mais válidos do que empréstimos e que não existe a necessidade de adaptação</p><p>morfológica/ortográfica das unidades adotadas; a menos que, obviamente,</p><p>sua forma seja altamente complexa (seja em grafia ou em pronúncia) de ser</p><p>utilizada da forma natural pelos falantes daquela língua, como, por exemplo,</p><p>uma palavra carregada do</p><p>som fonético da letra R da língua portuguesa por</p><p>povos orientais (cujas línguas não incorporam o som do R como o nosso e os</p><p>impossibilita de falarem palavras com R com naturalidade).</p><p>Existe, também, certa resistência dos falantes da língua em aceitar as alte-</p><p>rações morfológicas/ortográficas de palavras provenientes de estrangeirismos</p><p>que se tornaram comuns naquela língua. Um exemplo bem claro é a palavra</p><p>“shampoo” que, embora já tenha sofrido as alterações morfológicas/ortográficas</p><p>Estrangeirismos e empréstimos4</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>e já tenha um referencial “puro” para a língua portuguesa (xampu), ainda é</p><p>altamente utilizada na forma estrangeira.</p><p>É interessante observar que cada língua (de acordo com seus falantes e com</p><p>o tempo) decide o que serve como empréstimo e como estrangeirismo para</p><p>o seu léxico. Um exemplo é o componente do computador chamado “mouse”</p><p>que em língua portuguesa é utilizado da forma original, com a palavra em</p><p>inglês, mas que para o espanhol sofreu um tipo de alteração proveniente do</p><p>estrangeirismo.</p><p>Enquanto em português continuamos utilizando “mouse”, a língua es-</p><p>panhola utiliza a tradução de mouse (em português: rato) para nomear esse</p><p>componente informático: ratón.</p><p>Por fim, podemos concluir que empréstimos são unidades que partem do</p><p>estrangeirismo e que são adaptadas para condizerem com as regras da língua</p><p>adotante. Algumas unidades adotadas não sofrem alterações e permanecem</p><p>como estrangeirismo, outras sofrem alterações e são consideradas empréstimos</p><p>e outras são alteradas, mas o uso da palavra na forma estrangeira permanece</p><p>ainda constante, de forma que a língua tem certas unidades que são usadas</p><p>pelo estrangeirismo (shampoo) e também a forma emprestada (xampu).</p><p>Relação entre empréstimo linguístico e</p><p>processos de formação de palavra</p><p>Como sabemos, um empréstimo linguístico ocorre quando uma unidade lin-</p><p>guística é adotada de um idioma estrangeiro e modificada morfologicamente/</p><p>ortograficamente para que seja coerente com as demais unidades lexicais</p><p>daquele idioma e com suas regras de formação, acentuação, etc.</p><p>Também é do nosso conhecimento que cada língua tem uma série de</p><p>regras morfológicas e ortográficas que orientam e delimitam a formação de</p><p>uma palavra. Ou seja, existe um conjunto de normas que definem o que é</p><p>aceito e o que não é aceito em uma determinada língua no que diz respeito à</p><p>construção de uma palavra.</p><p>Na língua portuguesa, por exemplo, sabemos que a formação de palavras</p><p>não permite que uma palavra inicie com as letras SH, como na palavra inglesa</p><p>“shampoo”; bem como não é possível a repetição de letra ‘Z’ no meio de uma</p><p>palavra (como em pizza) ou duas letras ‘O’ para grafar o som /u/ como em</p><p>football ou shampoo.</p><p>5Estrangeirismos e empréstimos</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>Por razões como essas que existem os empréstimos linguísticos. Quando</p><p>uma palavra tomada de um idioma estrangeiro é bastante estranha e não</p><p>segue as regras de formação das palavras do idioma adotante, ela costuma</p><p>sofrer alterações para que se adapte e possa ser inserida corretamente nas</p><p>regras gramaticais daquela língua. Por esse motivo, a palavra “shampoo” foi</p><p>modificada para “xampu” e “football” para “futebol”.</p><p>Por sua vez, as palavras que não são modificadas morfologicamente/or-</p><p>tograficamente, como é o caso de “pizza”, ainda podem ser utilizadas na</p><p>língua adotante, mas são consideradas como casos de estrangeirismo e não</p><p>de empréstimos linguísticos.</p><p>Quando existe uma modificação morfológica/ortográfica na palavra es-</p><p>trangeira adotada e esta passa a integrar o léxico da língua adotante, consi-</p><p>deramos esse movimento como um empréstimo linguístico que difere do</p><p>estrangeirismo (quando um idioma utiliza uma palavra de outro sem qualquer</p><p>alteração nas palavras).</p><p>O empréstimo linguístico surge, na maioria das vezes, do estrangeirismo.</p><p>Ou seja, uma língua adota uma unidade lexical de outra e, por diferentes</p><p>razões, decide adaptar as palavras para que ela possa ser coerente com as</p><p>regras morfológicas/ortográficas do idioma.</p><p>A decisão de utilizar as palavras adotadas como estrangeirismo ou adaptá-</p><p>-las para as regras da língua adotante são provenientes de diferentes razões: a</p><p>modificação pode ocorrer diante da “estranheza” ou da dificuldade da unidade</p><p>(na fala e/ou — principalmente — na escrita), por convenções e definições de</p><p>tratados ortográficos (como a reforma ortográfica da língua portuguesa que</p><p>entrou em vigor em 2009), etc.</p><p>Quando tratamos de empréstimos linguísticos, as palavras estrangeiras</p><p>podem sofrer processos induzidos por:</p><p>� motivos fonéticos: quando uma palavra estrangeira é adotada e precisa</p><p>sofrer alguma alteração para a preservação fonética de forma que se</p><p>enquadre nas regras da língua adotante, como é o caso da inserção do</p><p>acento agudo na palavra “táxi” proveniente da palavra inglesa “taxi”.</p><p>� motivos morfológicos/ortográficos: quando a palavra adotada apre-</p><p>senta algum padrão que não é aceito pela língua adotante e é necessário</p><p>adaptá-la para que ela seja condizente às formas escritas no novo idioma,</p><p>como é o caso da palavra “algodão”, proveniente do árabe “al-qutun” que</p><p>manteve o som bastante similar, mas adaptando a formação da palavra</p><p>para que ela se tornasse coerente às regras do português.</p><p>Estrangeirismos e empréstimos6</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>As adaptações morfológicas/ortográficas ocorrem de duas formas:</p><p>� por uma relação fonética entre união de letras que formam um deter-</p><p>minado som em duas línguas distintas, como a junção de “OU” em</p><p>palavras francesas (como bonjour) que equivale ao som do “U” na língua</p><p>portuguesa; de forma que uma palavra tomada emprestada de outro</p><p>idioma possa sofrer uma alteração gráfica para que cumpra as regras</p><p>de formação da língua adotante e que, ao mesmo tempo, mantenha o</p><p>som mais próximo possível, como em “abajur”, do francês “abat-jour”;</p><p>� por relações de padrões de determinados sufixos, prefixos ou combi-</p><p>nações de letras que têm referenciais em outras línguas.</p><p>Por exemplo, na língua inglesa, os advérbios terminados em pelo sufixo</p><p>“-ly” são equivalentes aos advérbios em língua portuguesa terminados em</p><p>“-mente”, como em: extremely — extremamente, interestingly — interessan-</p><p>temente, etc.</p><p>Outro exemplo é o caso das terminações “-on” ou “-one” em italiano,</p><p>que são correspondentes, fonética e morfologicamente, a “-ão” ou “-om” em</p><p>português, como em: non para não, con para com, leone para leão, etc.</p><p>Mais um exemplo é a relação entre as combinações “-ue-” de línguas como</p><p>o espanhol e o italiano que equivalem, muitas vezes, a “-o-” em português,</p><p>como em: nuevo para novo, fuego para fogo, etc.</p><p>Dessa forma, quando palavras estrangeiras são adotadas como empréstimos</p><p>por uma língua, elas sofrem adaptações (que não são aleatórias) para que se</p><p>tornem condizentes às regras de formação de palavras da língua que as adotou.</p><p>Exemplos de empréstimos linguísticos na</p><p>evolução do português</p><p>Historicamente, é comum que as línguas troquem unidades lexicais entre si</p><p>e que, depois de um tempo, algumas dessas palavras “emprestadas” sofram</p><p>modificações morfológicas/ortográficas para que estejam de acordo com as</p><p>regras de formação de palavras do idioma nas quais serão inseridas.</p><p>Algumas vezes, podemos presenciar a modificação dessas palavras clara-</p><p>mente. Alguma convenção ou reforma ortográfica nos conscientiza de que uma</p><p>palavra estrangeira passou a ser “aportuguesada” e que, a partir de então, temos</p><p>um referencial em nossa língua para utilizarmos no lugar do estrangeirismo.</p><p>7Estrangeirismos e empréstimos</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>Outras vezes, entretanto, não presenciamos da adaptação da palavra para</p><p>que esteja de acordo com as regras do nosso idioma. É por esse motivo que,</p><p>muitas vezes, não temos ideia de que algumas palavras não são puramente do</p><p>nosso idioma, como é o caso com as palavras “abajur” e “batom”, por exemplo –</p><p>que embora comuns na língua portuguesa são, de fato, empréstimos do francês.</p><p>Especificamente para a língua portuguesa, acredita-se</p><p>que muitas pessoas</p><p>lembram de quando “shampoo” passou a ser “xampu” (embora ainda exista</p><p>uma grande resistência e a maior parte dos falantes do português ainda utilize</p><p>“shampoo” no lugar da palavra aportuguesada) e quando “diskette” (que no</p><p>inglês já é um empréstimo de outro idioma, originalmente “disket”) passou a</p><p>ser utilizado como “disquete”.</p><p>Contudo, muitas das palavras emprestadas de outros idiomas e que são</p><p>utilizadas com frequência em língua portuguesa só apresentam o registro de</p><p>que é um empréstimo se for consultada alguma fonte, como um dicionário</p><p>etimológico, por exemplo.</p><p>Isso acontece porque as regras de formação de palavras foram aplicadas</p><p>às palavras estrangeiras adotadas para que elas não parecessem ou soassem</p><p>estranhas ao português, de forma que, com o passar do tempo, as origens e</p><p>formas naturais das palavras emprestadas fossem esquecidas e que elas se</p><p>tornassem partes comuns e naturais do léxico da língua portuguesa.</p><p>Como já mencionamos nesse capítulo, existem movimentos linguistas</p><p>puristas que afirmam que estrangeirismos devem ser evitados. Logo, de acordo</p><p>com essas visões, é primordial que palavras emprestadas de outros idiomas</p><p>sofram as adaptações necessárias antes de serem devidamente inseridas ao</p><p>léxico de um idioma.</p><p>Para os defensores dessas ideias, devemos evitar o uso de estrangeirismos</p><p>quando existem palavras em na nossa língua que possam cumprir o mesmo</p><p>propósito da língua estrangeira. Portanto, não deveríamos usar “shopping”</p><p>se podemos utilizar “centro de compras”, por exemplo.</p><p>Obviamente, ainda que exista o movimento linguístico purista, outros</p><p>movimentos defendem que a troca lexical entre línguas é comum e que o</p><p>estrangeirismo não deve ser, necessariamente, evitado.</p><p>De uma forma ou de outra, podemos observar que o uso de palavras es-</p><p>trangeiras segue certo fluxo de costume e de adaptação pelos falantes da</p><p>língua que adotou a unidade lexical. Quando a palavra se torna usual, mesmo</p><p>que seja estrangeira, é bastante difícil que seja trocada por outra, mesmo que</p><p>exista uma equivalência já adaptada. Em português, por exemplo, mesmo já</p><p>existindo a forma “xampu”, ainda vemos com bastante frequência a escrita</p><p>Estrangeirismos e empréstimos8</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>original: “shampoo”. O mesmo acontece com “shopping” que é comumente</p><p>utilizado no lugar de “centro de compras”, “layout” (no lugar de “leiaute”), etc.</p><p>Vamos observar alguns exemplos de empréstimos linguísticos e de adapta-</p><p>ções morfológicas/ortográficas para que as palavras pudessem ser integradas</p><p>à língua portuguesa:</p><p>1. Xampu: essa palavra é um exemplo de empréstimo linguístico do inglês</p><p>“shampoo”.</p><p>Ela sofreu duas alterações principais: a substituição do “SH” por “X”, uma</p><p>vez que a língua portuguesa não aceita palavras que iniciem com “SH”. E a</p><p>substituição da dupla letra “O” no final da palavra pela letra “U” cumprindo</p><p>o mesmo propósito fonético.</p><p>Via de regra, as palavras de língua inglesa que iniciem com “SH” são</p><p>modificadas para “X” quando adotadas como empréstimos em português.</p><p>Outro exemplo: sheriff – xerife.</p><p>No que diz respeito à letra “O” repetida do final da palavra, a adaptação</p><p>para o empréstimo teve como base a fonética da palavra. A repetição do “O”</p><p>na palavra em inglês tem o som de “U”, no português, justificando a troca.</p><p>2. Bife: outro exemplo de palavra proveniente do inglês (beef ).</p><p>Existe uma correspondência fonética entre o som criado por duas letras</p><p>“E” juntas em inglês e o som da letra “I” em português. Ou seja, a maior parte</p><p>das palavras que tenham “EE” em inglês, terão uma correspondência sonora</p><p>similar ao “I”, geralmente mais alongado do que breve. Logo, ao adotar a</p><p>palavra “beef” para o português, a convenção fonética substituiu “EE” por “I”.</p><p>Ademais, é incomum um substantivo terminar com um “F” mudo em língua</p><p>portuguesa. Quando uma palavra é proveniente de outra língua e termina</p><p>com uma consoante muda, o mais usual é a inserção da vogal “E” para que a</p><p>palavra se estruture corretamente em português.</p><p>3. Chá: esse é um dos exemplos de palavras que raramente imaginaríamos</p><p>que fossem empréstimos, mas que na verdade são. “Chá” é proveniente do</p><p>cantonês “cha”, que embora muito parecido, recebeu o acento agudo em língua</p><p>portuguesa para que pudesse seguir a regra que diz que oxítonas terminadas</p><p>em vogais tônicas devem ser acentuadas. Portanto, com base no som da palavra</p><p>original, que determinou que o “A” seria pronunciado como uma vogal tônica,</p><p>o português adotou a palavra e acentuou a vogal.</p><p>4. Catamarã: outra ilustração de empréstimo, “catamarã” é proveniente</p><p>da língua tâmil, cujo original é “kattu-maram”.</p><p>Para ser aceita como empréstimo e adaptada corretamente à língua portu-</p><p>guesa, essa unidade linguística sofreu cinco principais alterações:</p><p>9Estrangeirismos e empréstimos</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>A primeira diz respeito ao “K” inicial da palavra. Em português, palavras</p><p>não podem começar com a letra K, exceto nomes próprios. Essa letra, até</p><p>pouco tempo, nem era considerada como pertencente ao alfabeto da língua</p><p>portuguesa. Logo, pelas regras de formação de palavras em português e porque</p><p>a vogal posterior à letra “K” era “A”, foi possível substituir “K” por “C” para</p><p>que a palavra pudesse ter uma primeira letra válida em português.</p><p>Logo após, como é inaceitável na língua portuguesa a repetição da letra</p><p>“T” juntas no meio da palavra, uma das letras foi cortada.</p><p>Em seguida, por não haver necessidade do hífen em uma palavra em língua</p><p>portuguesa (uma vez que ela não se enquadraria nas regras do hífen), o símbolo</p><p>também foi eliminado e as duas partes da palavra se juntaram.</p><p>Por razões fonéticas e ortográficas, a letra “U” entre “T” e “M” foi subs-</p><p>tituída por “A” para que a sonoridade fosse mais condizente com a língua</p><p>portuguesa.</p><p>Por fim, o som produzido por “AM” na língua original é equivalente à</p><p>grafia “ÃO” da língua portuguesa e, juntamente às regras de formação de</p><p>substantivos que orientam pelo uso de “ÃO” em vez de “AM”, como nas</p><p>palavras “tubarão”, “coração”, “pulmão”, etc., o sufixo foi alterado.</p><p>5. Turismo: esse é um exemplo de empréstimo do francês, cuja palavra</p><p>original é “tourisme”.</p><p>Por motivos fonéticos, existe uma equivalência entre o som formado pela</p><p>junção de “OU” do francês e o som feito pela letra “U” do português. Por</p><p>esse motivo, o empréstimo da palavra francesa eliminou o “OU” da palavra</p><p>e substituiu por “U”.</p><p>Ademais, para a marcação de gênero em substantivos da língua portuguesa,</p><p>considerando que “turismo” é uma palavra masculina, foi necessário substituir</p><p>o “E” final por “O”. Dessa forma, “tourisme” foi modificada para “turismo”.</p><p>6. Basquetebol: outro exemplo de empréstimo proveniente do inglês (baske-</p><p>tball), a palavra emprestada sofreu alterações para que se enquadrasse nas</p><p>normas de formação do português.</p><p>A primeira modificação ocorreu com a letra “K”, que não é naturalmente</p><p>aceita em palavras do português. Devido à relação fonética, foi necessário</p><p>substituir “K” por “Q”, que em português exige a adição da letra “U” para a</p><p>formação do som.</p><p>A última alteração foi conduzida foneticamente, uma vez o som da palavra</p><p>“ball” em língua inglesa pode ser transcrito para português por meio das</p><p>letras “bol”.</p><p>Logo, a primeira modificação foi motivada pela morfologia e a segunda,</p><p>pela fonética.</p><p>Estrangeirismos e empréstimos10</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>7. Deletar: deletar é proveniente do verbo inglês “delete”. Por ser um</p><p>verbo, a língua portuguesa aceita somente alguns prefixos para a formação</p><p>do infinitivo, que são: -ar, -er, -ir, como em “falar”, “comer” e “dormir”.</p><p>Dessa forma, como a palavra foi considerada pela língua inglesa em de-</p><p>terminado ponto como um neologismo, uma vez que surgiu com os adventos</p><p>da informática, a língua portuguesa manteve a mesma raiz “delet-”, mas</p><p>alterou o sufixo para que o verbo ficasse compatível com um infinitivo em</p><p>português: deletar.</p><p>O mesmo se aplica ao verbo “postar”, bastante frequente a partir da in-</p><p>serção de mídias sociais na sociedade</p><p>brasileira. A palavra, por ser um verbo</p><p>proveniente de “post”, recebeu o sufixo brasileiro “-ar” para que pudesse</p><p>seguir as regras da língua portuguesa.</p><p>8. Gincana: proveniente da palavra hindi “gymkhana”, o empréstimo</p><p>sofreu três modificações morfológicas/ortográficas, de forma que mantivesse</p><p>o som bastante semelhante. Primeiro, a substituição da letra “Y” (não aceito</p><p>em língua portuguesa) por “I”. Em seguida, a troca de “KH” por “C”, uma</p><p>vez que a vogal posterior ao “KH” é “A”; as regras do português optaram pela</p><p>letra “C” em vez da outra possibilidade, que seria “QU”.</p><p>Em detrimento à substituição anterior, a letra “M” precisou ser alterada</p><p>pela letra “N”, porque em português a letra M só precede consoantes se elas</p><p>forem “P” ou “B”.</p><p>9. Caiaque: é uma palavra emprestada da língua inuit, cujo original é</p><p>“qajaq”.</p><p>De acordo com as regras do português, a letra “Q” precisa ser sucedida</p><p>por “U”. Contudo, como a vogal posterior à letra “Q” na palavra original é</p><p>“A”, a língua portuguesa optou por substituir o “Q” por “C”, de forma que o</p><p>som “/ca/” fosse mantido.</p><p>Na língua inuit (assim como em algumas outras) a letra “J” equivale,</p><p>foneticamente, ao som da vogal “I” da forma como utilizamos em língua</p><p>portuguesa, justificando sua substituição.</p><p>Por fim, as regras de formação do português determinam que uma palavra</p><p>não pode terminar com um “Q” mudo e, portanto, para manter o som da palavra</p><p>original, foi necessário adicionar “UE” ao “Q”.</p><p>10. Esquadrão: palavra emprestada do italiano (squadron) que necessitou</p><p>de duas modificações morfológicas para que fosse coerente com a língua</p><p>portuguesa.</p><p>Primeiramente, o português não aceita palavras iniciando com um “S”</p><p>mudo. Ou seja: as palavras em português que iniciem com a letra “S” são</p><p>imediatamente seguidas por uma vogal: sapo, sacola, serenata, sinusite, sinô-</p><p>11Estrangeirismos e empréstimos</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>nimo, sinuca, sopa, surdo, etc. Logo, com o objetivo de manter a sonoridade,</p><p>a letra “E” foi adicionada ao início da palavra.</p><p>Em seguida, é incomum na língua portuguesa as palavras terminarem</p><p>com “ON”. O som proveniente do encontro dessas duas letras em italiano é</p><p>correspondente ao “ÃO” do português, motivo pelo qual ocorreu a alteração.</p><p>As palavras ilustradas acima são exemplos de modificações comuns que</p><p>ocorrem quando a língua portuguesa toma emprestada uma unidade lexical</p><p>de um idioma estrangeiro.</p><p>As regras de formação de palavras são aplicadas de acordo com cada</p><p>palavra adotada, de forma que podemos apenas trazer exemplos que sirvam</p><p>como protótipos para outras palavras tomadas por empréstimo linguístico e</p><p>não possamos exaurir e apresentar todas as regras de morfologia e ortografia</p><p>aplicadas às palavras estrangeiras para o aportuguesamento.</p><p>Entretanto, ao conhecer as regras de formação de palavras (sejam morfo-</p><p>lógicas ou ortográficas) da língua portuguesa, é bastante fácil deduzir quais</p><p>normas orientaram as modificações nas palavras emprestadas, principalmente</p><p>se for possível contrastar a palavra original e a palavra modificada.</p><p>1. Qual alternativa melhor</p><p>define “estrangeirismo”?</p><p>a) Processo linguístico que</p><p>ocorre quando uma língua</p><p>adota uma unidade lexical de</p><p>outra e a adapta para que ela</p><p>siga as regras morfológicas e</p><p>ortográficas da língua adotante,</p><p>por exemplo: xampu e sutiã.</p><p>b) Processo linguístico que ocorre</p><p>quando uma língua adota</p><p>uma unidade lexical de outra</p><p>e a utiliza de forma original</p><p>sem nenhuma alteração, por</p><p>exemplo: fashion e abajur.</p><p>c) Processo linguístico que ocorre</p><p>quando um texto ou um</p><p>falante utiliza partes na língua</p><p>original e algumas frases em</p><p>línguas estrangeiras. Esse fato é</p><p>bastante comum entre falantes</p><p>bilíngues, por exemplo: Bom</p><p>dia, everyone! Vamos começar</p><p>com o exercício 5. Let’s go!</p><p>d) Processo linguístico que ocorre</p><p>somente quando uma língua</p><p>adota uma unidade lexical de</p><p>outra e não tem condições</p><p>de criar um novo termo</p><p>que se relacione ao mesmo</p><p>significado na língua original,</p><p>por exemplo: shampoo e pizza.</p><p>e) Processo linguístico que ocorre</p><p>quando uma língua adota</p><p>uma unidade lexical de outra</p><p>e a utiliza de forma original</p><p>Estrangeirismos e empréstimos12</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>sem nenhuma alteração, por</p><p>exemplo: internet e shopping.</p><p>2. Qual alternativa melhor define</p><p>“empréstimo linguístico”?</p><p>a) Processo linguístico que</p><p>ocorre quando uma língua</p><p>adota uma unidade lexical de</p><p>outra e a adapta para que ela</p><p>siga as regras morfológicas e</p><p>ortográficas da língua adotante,</p><p>poe exemplo: xampu e sutiã.</p><p>b) Processo linguístico que ocorre</p><p>quando uma língua adota</p><p>uma unidade lexical de outra</p><p>e a utiliza de forma original</p><p>sem nenhuma alteração, por</p><p>exemplo: internet e shopping.</p><p>c) Processo linguístico que ocorre</p><p>quando um texto ou falante</p><p>utiliza partes na língua original</p><p>e algumas frases em línguas</p><p>estrangeiras. Esse processo é</p><p>bastante comum entre falantes</p><p>bilíngues, por exemplo: Bom</p><p>dia, everyone! Vamos começar</p><p>com o exercício 5. Let’s go!</p><p>d) Processo linguístico caraterístico</p><p>da escrita que ocorre quando</p><p>um autor utiliza um termo</p><p>na língua original por não</p><p>encontrar uma tradução e insere</p><p>uma explicação, por exemplo:</p><p>Para instalar o programa,</p><p>basta adicionar o CD-ROM</p><p>(disco magnético que contém</p><p>informações de computador).</p><p>e) Processo linguístico que ocorre</p><p>quando uma determinada</p><p>cultura é responsável por cunhar</p><p>um novo termo a respeito</p><p>de uma invenção e obriga os</p><p>demais idiomas a utilizarem a</p><p>nomenclatura ao adotarem o</p><p>objeto ou a prática descoberta.</p><p>3. Qual alternativa apresenta um</p><p>exemplo de estrangeirismo e</p><p>um exemplo de um empréstimo</p><p>linguístico respectivamente?</p><p>a) Estresse – Futebol.</p><p>b) Internet – Shopping.</p><p>c) Gol – App.</p><p>d) Pizza – Chá.</p><p>e) Banana – Batata.</p><p>4. A palavra “táxi” pode ser</p><p>considerada:</p><p>a) um estrangeirismo, porque é</p><p>utilizada da forma original na</p><p>língua inglesa sem modificação</p><p>alguma pela língua portuguesa.</p><p>b) um empréstimo linguístico,</p><p>porque embora muito similar à</p><p>forma original na língua inglesa,</p><p>a língua portuguesa adicionou</p><p>o acento agudo à palavra.</p><p>c) um estrangeirismo, porque</p><p>embora muito similar à forma</p><p>original na língua inglesa, a</p><p>língua portuguesa adicionou</p><p>o acento agudo à palavra.</p><p>d) um empréstimo linguístico,</p><p>porque embora muito similar à</p><p>forma original na língua inglesa,</p><p>a língua portuguesa adicionou</p><p>o acento agudo à palavra.</p><p>e) um caso híbrido (estrangeirismo</p><p>e empréstimo), porque a</p><p>palavra foi adotada de um</p><p>idioma estrangeiro, mas foi</p><p>adaptada ao português.</p><p>5. Qual a relação entre empréstimo</p><p>linguístico e formação de</p><p>palavras?</p><p>a) O empréstimo linguístico é o</p><p>processo que ocorre quando</p><p>uma língua adota uma unidade</p><p>13Estrangeirismos e empréstimos</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>lexical de outra e adapta essas</p><p>palavras às regras morfológicas</p><p>e/ou ortográficas da língua</p><p>adotante. Por consequência,</p><p>a relação entre empréstimo</p><p>linguístico e formação de</p><p>palavras é que as palavras</p><p>estrangeiras adotadas sofrem</p><p>modificações de acordo</p><p>com as regras de formação</p><p>morfológicas/ortográficas da</p><p>língua na qual são inseridas para</p><p>que sejam coerentes às demais</p><p>unidades lexicais da língua.</p><p>b) O empréstimo linguístico é o</p><p>processo que ocorre quando</p><p>uma língua adota uma unidade</p><p>lexical de outra e utiliza</p><p>essa unidade sem nenhuma</p><p>modificação. Por consequência,</p><p>a relação entre empréstimo</p><p>linguístico e formação de</p><p>palavras é que as palavras</p><p>estrangeiras adotadas servem</p><p>como indicativo para que a</p><p>gramática da língua adotante</p><p>se adapte e insira uma nova</p><p>regra de formação de palavras</p><p>que pode ser usada a partir de</p><p>um empréstimo linguístico.</p><p>c) O empréstimo linguístico</p><p>é o processo que ocorre</p><p>quando uma língua adota</p><p>uma unidade lexical de outra</p><p>e adapta essas palavras às</p><p>regras morfológicas e/ou</p><p>ortográficas da língua adotante.</p><p>Por consequência, a relação</p><p>entre empréstimo linguístico</p><p>e formação de palavras é que</p><p>as regras de formações de</p><p>palavras da língua adotante</p><p>são obrigatórias para toda e</p><p>qualquer palavra estrangeira</p><p>que a língua decida usar.</p><p>d) O empréstimo linguístico é o</p><p>processo que ocorre quando</p><p>uma língua adota uma unidade</p><p>lexical de outra e adapta essas</p><p>palavras às regras morfológicas</p><p>e/ou ortográficas da língua</p><p>adotante. Já a formação de</p><p>palavras são as regras que</p><p>estipulam como palavras</p><p>podem ser formadas em uma</p><p>língua. Logo, a relação entre</p><p>as duas é que as unidades</p><p>lexicais só podem ser adotadas</p><p>de um idioma estrangeiro se</p><p>elas seguirem estritamente</p><p>as regras de formação de</p><p>palavras na língua adotante.</p><p>e) As regras de formação de</p><p>palavras, que são iguais em todas</p><p>as línguas, formam o conjunto</p><p>de normas que instruem a</p><p>construção de palavras com o</p><p>objetivo de universalizar todo</p><p>o léxico no que diz respeito</p><p>à formação. Por esse motivo,</p><p>essas regras morfológicas e</p><p>ortográficas são os motivos que</p><p>garantem que empréstimos</p><p>linguísticos possam ocorrer</p><p>entre línguas diferentes; caso</p><p>contrário, uma palavra seria</p><p>estranha em outro idioma.</p><p>Estrangeirismos e empréstimos14</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>ALVES, I. Integração de estrangeirismo à língua portuguesa. São Paulo: USP, 2016.</p><p>CAMARA JUNIOR, M. Princípios de Linguística Geral. Rio de Janeiro: Padrão, 1989.</p><p>CARVALHO, N. Empréstimos Linguísticos. São Paulo: Ática, 1989.</p><p>Leituras recomendadas</p><p>15Estrangeirismos e empréstimos</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para</p><p>esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual</p><p>da Instituição, você encontra a obra na íntegra.</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p>

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