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APOSTILA MORFOSSINTAXE DA LÍNGUA INGLESA I, II E III

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1 
 
 
MORFOSSINTAXE DA LÍNGUA INGLESA I, II E III 
1 
 
 
Sumário 
ANÁLISE MORFOSSINTÁTICA ............................................................................................ 4 
ALGUNS TÓPICOS EM MORFOLOGIA DA LÍNGUA INGLESA ....................................... 5 
WORD FORMATION ......................................................................................................... 8 
Derivation .................................................................................................................................................................................................... 8 
Prefixes ........................................................................................................................................................................................................... 10 
Suffixes .......................................................................................................................................................................................................... 12 
Compound words .................................................................................................................................................................................. 16 
INFLECTION ................................................................................................................. 17 
ANÁLISE MORFOLÓGICA EM LÍNGUA INGLESA ................................................................ 21 
SINTAXE DA LÍNGUA INGLESA ................................................................................................ 25 
PHRASES ........................................................................................................................... 27 
CLAUSES ........................................................................................................................... 31 
SENTENCES ..................................................................................................................... 32 
RESUMO ............................................................................................................................. 33 
NORMA CULTA, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E PRECONCEITO LINGUÍSTICO ................ 36 
INGLÊS PADRÃO E INGLÊS NÃO PADRÃO (STANDARD ENGLISH AND NON-
STANDARD ENGLISH) ................................................................................................................. 36 
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: A HETEROGENEIDADE DA LÍNGUA .............................................. 40 
VARIAÇÃO E PRECONCEITO LINGUÍSTICO NA LÍNGUA INGLESA .................................... 42 
RESUMO ............................................................................................................................. 46 
FATORES DE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA ........................................................................... 47 
VARIAÇÕES DIACRÔNICAS .............................................................................................. 48 
VARIAÇÕES SINCRÔNICAS .............................................................................................. 49 
VARIAÇÕES DIATÓPICAS ......................................................................................... 50 
VARIAÇÕES DIASTRÁTICAS ........................................................................................ 58 
VARIAÇÕES DIAFÁSICAS .......................................................................................... 60 
ANÁLISE SEMÂNTICA ............................................................................................................. 62 
SINONÍMIA E ANTONÍMIA .............................................................................................. 63 
HOMÔNIMOS E PARÔNIMOS ....................................................................................... 70 
REFERÊNCIAS ..................................................................................................................... 71 
2 
 
 
NOSSA HISTÓRIA 
 
 
A nossa história inicia com a realização do sonho de um grupo de empresários, em atender 
à crescente demanda de alunos para cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado 
a nossa instituição, como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A instituição tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas de conhecimento, 
aptos para a inserção em setores profissionais e para a participação no desenvolvimento da 
sociedade brasileira, e colaborar na sua formação contínua. Além de promover a divulgação de 
conhecimentos culturais, científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e 
comunicar o saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma confiável e 
eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base profissional e ética. Dessa 
forma, conquistando o espaço de uma das instituições modelo no país na oferta de cursos, 
primando sempre pela inovação tecnológica, excelência no atendimento e valor do serviço 
oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
ANÁLISE MORFOSSINTÁTICA 
 
A morfologia e a sintaxe são as áreas de estudo que se relacionam, por isso optamos por 
abordá-las no mesmo tópico. A seguir, vejamos as contribuições de cada um desses campos do 
conhecimento e como a análise nesse nível linguístico auxilia o usuário da língua a desenvolver 
habilidades comunicativas e refletir sobre os usos e funções dos termos nas sentenças. 
ALGUNS TÓPICOS EM MORFOLOGIA DA LÍNGUA INGLESA 
Para se fazer uma análise linguística no nível morfológico, primeiramente é preciso 
compreender o que é morfologia e qual seu objeto de análise. Vejamos uma definição para 
morfologia encontrada no Dicionário Caldas Aulete: 
QUADRO 9 – MORFOLOGIA (AULETE) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Aulete Digital. Disponível em: <http://www.aulete.com.br/morfologia>. Acesso em: 30 jun. 2017. 
Veja agora o verbete morphology no dicionário Merriam-Webster: 
 
 
 
 
 
 
 morfologia (mor.fo.lo. gi. 
a) sf. 
1. Estudo da forma, estrutura, aparência etc. da matéria. 
2. Biol. Estudo das formas e estruturas dos seres vivos. 
3. Gram. Parte da gramática que descreve os processos de formação e de flexão 
das palavras [F.: morf(o)- + -logia. Ver tb. sintaxe.] 
Morfologia derivacional 
1 Ling. Parte da morfologia (3) que trata da formação de palavras por derivação. 
Morfologia flexional 
1 Ling. Parte da morfologia (3) que trata dos paradigmas de formação de flexões das 
palavras. 
Morfologia social 
1 Soc. Estudo comparativo das estruturas e funcionamento de diferentes 
sistemas sociais. 
Morfologia vegetal 
1 Bot. O estudo das formas e estruturas dos organismos vegetais. 
4 
 
 
QUADRO 10 – MORPHOLOGY (MERRIAM-WEBSTER) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Merriam Webster. Disponível em: <https://www.merriam-webster.com/dictionary/ morphology>. Acesso em: 
30 jun. 2017. 
 
Em comum nas definições encontradas nos dois dicionários está o fato de que a morfologia, 
em diversos campos do conhecimento, se refere ao estudo da forma e estrutura do objeto de 
estudo. No caso da morfologia nos estudos linguísticos, trata-se, portanto, do estudo da forma 
e da estrutura das palavras, ou seja, como as palavras são formadas e quais as estruturas que 
as compõem. A morfologia estuda a palavra isoladamente, sem se atentar para sua participação 
na frase. 
Quando você procura no dicionário uma palavra, por exemplo, o verbo walk, você encontrará 
apenas essa forma do verbo, no infinitivo. Você não encontrará walks, walked, walking, por exemplo. 
Em alguns dicionários você até encontra essas formas, mas dentro do verbete walk. Em outros, elas 
não aparecerão, pois subentende-se que o usuário da língua já conheça essas formas, visto que 
outras palavras seguem o mesmo padrão de flexões (inflections). Assim, temos o lexema (lexeme), 
que é anoção de palavra em um sentido abstrato, e as palavras concretas, como usadas nas 
 
 morphology 
noun mor·phol·o·gy \mo-r-fä-lə-jē\ 
 
Definition of MORPHOLOGY 
1 a : a branch of biology that deals with the form and structure of animals and plants 
b : the form and structure of an organism or any of its parts * amphibian 
morphology * external and internal eye morphology 
 
2 a : a study and description of word formation (such as inflection, derivation, 
and compounding) in language 
b : the system of word-forming elements and processes in a language * According to 
English morphology, the third person singular present tense of a verb is formed by 
adding -s. 
 
3 a : a study of structure or form 
b : STRUCTURE, FORM 
* the unique morphology of the city — H. J. Nelson 
 
 
4 the external structure of rocks in relation to the development of erosional 
forms or topographic features 
5 
 
 
sentenças – walk, walks, walking, walked – do lexema walk. Essas palavras concretas são 
chamadas word forms (BOOIJ, 2005). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Booij (2005) descreve a relação entre as palavras, ou seja, as word forms walk, walks, 
walking e walked seguem um padrão de flexões que pode ser observado em outras palavras dessa 
categoria. Assim, esse padrão de flexões que as palavras seguem tem natureza sistemática e 
relaciona as palavras em suas formas e significados. A subdisciplina da linguística que estuda esses 
padrões, como denomina Booij (2005), é a morfologia. A morfologia também lida com os 
constituintes internos das palavras, ou seja, as partes em que uma palavra pode ser segmentada. 
Por exemplo: walked – walk (lexema) + -ed (partícula que indica que o verbo está no passado). 
Uma palavra pode ser segmentada em partículas menores, que chamamos de morfemas 
(morphemes). Morfemas são as unidades mínimas linguísticas que contenham algum significado 
semântico ou gramatical (BOOIJ, 2005). Por exemplo, consideremos a palavra painter. Temos 
o lexema paint (que será representado por V, por ser um verbo) + o morfema -er (um sufixo que 
indica “a pessoa que V”, ou seja, a pessoa que pratica a ação expressa pelo V – verbo – neste caso, 
paint, ou pintar). 
Na seção a seguir trataremos dos processos de formação das palavras na língua inglesa 
(word formation). 
 
 
 
 
 
 
No decorrer da unidade, termos como inflections, word forms, Standard English 
podem ser utilizados ora em inglês, ora em português. No entanto, ao citarmos um termo pela 
primeira vez, as duas formas serão apresentadas. 
 
Veja esta apresentação no Prezi, de Sara Montoya e Catalina Franco, sobre 
Morfologia. É um conteúdo sucinto, ilustrado e muito útil para você fazer anotações sobre essa 
área de estudos. Acesse: <https://prezi.com/6lki9sdvfcxq/morphology/>. 
6 
 
 
WORD FORMATION 
As palavras em inglês, assim como em português, são formadas por um lexema e por 
partículas mínimas de significados, as quais chamamos de morfemas. Os processos de formação 
das palavras podem ser por derivação (derivation) ou composição (compounding) (BOOIJ, 2005). 
Nos processos de composição, as palavras são formadas pela junção de dois lexemas (por exemplo: 
girlfriend – girl + friend), que pode resultar ou não em alterações na grafia da palavra. Já nos 
processos de derivação, são acrescentados afixos às palavras (prefixos e/ou sufixos). 
 
 Derivation 
 
Nos processos de derivação, acrescentam-se afixos no início da palavra (prefixes, ou 
prefixos) ou no final (sufixes, ou sufixos). Conhecer os afixos auxilia o usuário da língua a 
compreender com mais facilidade palavras que ele esteja ouvindo ou lendo pela primeira vez, ou 
seja, melhora sua performance como leitor ou ouvinte. Uma vez que você conhece o significado da 
raiz da palavra (root), você consegue compreender a palavra derivada conforme o uso de afixos e 
seus significados e funções. 
 
 
 
7 
 
 
 Prefixes 
Os prefixos são afixos acrescidos no início de alguma palavra e que 
modificam ou complementam seu significado. Este processo normalmente não 
altera a classe gramatical da palavra (como acontece em muitos casos com os 
sufixos, conforme veremos adiante). Os prefixos podem expressar diversos 
sentidos, conforme o quadro a seguir: 
 
QUADRO 11 – PREFIXOS MAIS COMUNS DA LÍNGUA INGLESA 
 
PREFIX MEANING EXAMPLES 
anti- against/opposed to anti-government, anti-racist, anti-war 
auto- self autobiography, automobile 
de- reverse or change de-classify, decontaminate, demotivate 
dis- reverse or remove disagree, displeasure, disqualify 
down- reduce or lower downgrade, downhearted 
extra- beyond extraordinary, extraterrestrial 
hyper- extreme hyperactive, hypertension 
il-, im-, in-, ir- not illegal, impossible, insecure, irregular 
 
PREFIX MEANING EXAMPLES 
inter- between interactive, international 
mega- very big, important megabyte, mega-deal, megaton 
mid- middle midday, midnight, mid-October 
mis- incorrectly, badly misaligned, mislead, misspelt 
non- not non-payment, non-smoking 
over- too much overcook, overcharge, overrate 
out- go beyond outdoor, out-perform, outrun 
post- after post-election, post-war 
pre- before prehistoric, pre-war 
pro- in favour of pro-communist, pro-democracy 
re- again reconsider, redo, rewrite 
semi- half semicircle, semi-retired 
sub- under, below submarine, sub-Saharan 
super- above, beyond super-hero, supermodel 
8 
 
 
tele- at a distance television, telepathic 
trans- across transatlantic, transfer 
ultra- extremely ultra-compact, ultrasound 
un- remove, reverse, not undo, unpack, unhappy 
under- less than, beneath undercook, underestimate 
PREFIX MEANING EXAMPLES 
up- make or move higher upgrade, uphill 
FONTE: Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/word- 
formation/prefixes>. Acesso em: 14 jun. 2017. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quanto ao uso de prefixos, veja a 
tirinha a seguir: 
 
FIGURA 12 – USO DE 
PREFIXOS 
FONTE: Disponível em: 
<https://image.slidesharecdn.com/morphologypresentation-122548067 1855909-
8/95/morphology-presentation-3-728.jpg?cb=1225455811>. Acesso em: 13 jun. 2017. 
 
 
Como você pôde perceber, nem sempre é tão simples utilizar os prefixos, 
visto que, por exemplo, para indicar negação, temos mais de uma possibilidade 
 
9 
 
 
de prefixos. Quando você tiver dúvidas sobre qual prefixo utilizar com alguma 
palavra, pesquise em um dicionário, para garantir que você não está utilizando 
uma palavra que ainda não existe, ou seja, criando um neologismo. Em alguns 
casos, outra solução é procurar uma palavra sinônima, pois nem todas as 
palavras admitem afixos. 
 Suffixes 
 
Os afixos acrescidos no final das palavras são chamados de sufixos e 
formam novas palavras. Em inglês, os sufixos, geralmente, alteram a classe 
gramatical da palavra original. Em muitos casos, há alterações na grafia das 
palavras. Por exemplo, analisemos a palavra ability. Esta palavra é formada pelo 
adjetivo able + o sufixo -ity. Na junção dos dois, a terminação -le altera para -ity. 
Além disso, houve alteração na classe gramatical, que passou de um adjetivo 
(able) para um substantivo (ability). 
Vejamos alguns exemplos de sufixos na língua inglesa, organizados 
conforme a classe gramatical que determinam. O Quadro 12 apresenta sufixos 
que originam substantivos, ou noun sufixes: 
 
QUADRO 12 – SUFIXOS QUE ORIGINAM SUBSTANTIVOS (NOUN SUFFIXES) 
 
SUFFIX EXAMPLES OF NOUNS 
-age baggage, village, postage 
-al arrival, burial, deferral 
-ance/-ence reliance, defence, insistence 
-dom boredom, freedom, kingdom 
-ee employee, payee, trainee 
-er/-or driver, writer, director 
-hood brotherhood, childhood, neighbourhood 
-ism capitalism, Marxism, socialism (philosophies) 
-ist capitalist, Marxist, socialist (followers of 
10 
 
 
philosophies) 
-ity/-ty brutality, equality, cruelty 
SUFFIX EXAMPLES OF NOUNS-ment amazement, disappointment, parliament 
-ness happiness, kindness, usefulness 
-ry entry, ministry, robbery 
-ship friendship, membership, workmanship 
-sion/-tion/-
xion 
expression, population, complexion 
FONTE: Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-britanica/word- 
formation/suffixes>. Acesso em: 14 jun. 2017. 
No Quadro 13 podemos encontrar sufixos que originam adjetivos: 
 
QUADRO 13 – SUFIXOS QUE ORIGINAM ADJETIVOS (ADJECTIVE SUFFIXES) 
 
SUFFIX EXAMPLES OF ADJECTIVES 
-able/-ible drinkable, portable, flexible 
-al brutal, formal, postal 
-en broken, golden, wooden 
-ese Chinese, Japanese, Vietnamese 
-ful forgetful, helpful, useful 
-i Iraqi, Pakistani, Yemeni 
-ic classic, Islamic, poetic 
SUFFIX EXAMPLES OF ADJECTIVES 
-ish British, childish, Spanish 
-ive active, passive, productive 
-ian Canadian, Malaysian, Peruvian 
-less homeless, hopeless, useless 
-ly daily, monthly, yearly 
-ous cautious, famous, nervous 
-y cloudy, rainy, windy 
FONTE: Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-
britanica/word- 
11 
 
 
formation/suffixes>. Acesso em: 14 jun. 2017. 
 
 
 
 
 
 
Os sufixos que originam verbos são apresentados no Quadro 14: 
 
QUADRO 14 – SUFIXOS QUE ORIGINAM VERBOS 
 
SUFFIX EXAMPLES OF VERBS 
-ate complicate, dominate, irritate 
-en harden, soften, shorten 
-ify beautify, clarify, identify 
-ise/-ize economise, realise, industrialize (-ise is most common in British 
English; -ize is most common in American English). 
FONTE: Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-
britanica/word- formation/suffixes>. Acesso em: 14 jun. 2017. 
 
 
Por fim, os sufixos que originam alguns advérbios são os seguintes: 
 
 
QUADRO 15 – SUFIXOS QUE ORIGINAM ADVÉRBIOS 
 
SUFFIX EXAMPLES OF ADVERBS 
-ly calmly, easily, quickly 
-ward(s) downwards, homeward(s), upwards 
-wise anti-clockwise, clockwise, edgewise 
FONTE: Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-
britanica/word- formation/suffixes>. Acesso em: 14 jun. 2017. 
 
 
12 
 
 
Os sufixos, portanto, nos dão pistas da classe gramatical da palavra e nos 
auxiliam, assim, a compreender com mais eficiência seu sentido. 
 
Na seção a seguir trataremos de outro processo: a formação das palavras 
compostas (compound words). 
 
 
 Compound words 
 
Compound words referem-se a combinações de dois ou mais lexemas. 
Em várias línguas, esse processo de formação de palavras é utilizado por causa 
de sua clareza de significado e versatilidade (BOOIJ, 2005). Essa composição 
resulta em uma nova palavra, com um novo significado. Na língua inglesa, 
algumas dessas palavras são grafadas ligadas, como toothbrush, outras são 
separadas, como car park. 
 
Podemos encontrar palavras compostas em várias classes gramaticais, 
conforme apresenta o Cambridge Dictionary: 
 
QUADRO 16 – COMPOUND WORDS 
 
nouns: car park, soap opera pronouns: anyone, everything, nobody 
adjectives: environmentally-friendly, fat-free numerals: twenty-seven, three-quarters 
verbs: daydream, dry-clean prepositions: into, onto 
adverbs: nevertheless, nowadays conjunctions: although, however 
FONTE: Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/pt/gramatica/gramatica-
britanica/word- formation/compounds>. Acesso em: 15 jun. 2017. 
 
 
Na seção a seguir estudaremos as flexões das palavras (inflections), 
abrangendo, entre outras, as flexões de número dos substantivos e as flexões 
verbais. 
13 
 
 
 
 INFLECTION 
 
São as variações das palavras, ou as flexões delas de acordo com o 
contexto gramatical (CARSTAIRS-MCCARTHY, 2002). Por exemplo, as flexões 
de número (singular e plural, no caso dos substantivos – book/books) e as 
flexões dos verbos (passado, terceira pessoa do singular, gerúndio – 
love/loved/loves/loving). Carstairs- McCarthy (2002) postula, no entanto, que o 
número de flexões possíveis no inglês não é demasiado grande, conforme 
podemos observar no quadro a seguir: 
 
QUADRO 17 – INFLECTION 
 
Part of speech Number of inflections Examples 
Nouns 2 Cat, cats 
Verbs 5 Gives, gave, giving, 
given, give 
Adjectives 3 Green, greener, greenest 
Adverbs 3 Soon, sooner, soonest 
FONTE: Adaptado de Carstairs-McCarthy (2002, p. 42) 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com as informações obtidas pelo quadro, podemos inferir que 
os substantivos (nouns) possuem apenas duas flexões quanto ao número (como 
ocorre no português): singular (cat) e plural (cats). Alguns substantivos, no 
entanto, apresentam plural irregular, como nos exemplos a seguir: 
 
14 
 
 
 
• Child – children 
• Man – men 
• Person – people 
• Foot – feet 
• Tooth – teeth 
• Mouse – mice 
 
Já os verbos (verbs), quanto aos tempos verbais, possuem menos flexões 
do que as possíveis no português. Carstairs-McCarthy (2002) apresenta cinco: 
terceira pessoa do singular (gives), passado simples (gave), gerúndio (giving), 
passado particípio (given) e infinitivo (give). Lembramos que cada uma dessas 
formas participa na formação de outros tempos verbais, como a forma give, que 
é usada no presente (I give), no futuro (I will give), no infinitivo (to give) etc. Veja 
alguns exemplos de verbos com formas irregulares no passado: 
 
• Break – broke – broken 
• Lie – lay – lain 
• Lose – lost – lost 
• Ride – rode – ridden 
• Tell – told – told 
 
O verbo to give também é irregular no passado. As formas no passado de 
um verbo regular fariam a terminação com -ed, como é o caso do verbo to love: 
love – loved – loved. 
 
Os adjetivos, quanto ao grau, podem apresentar três formas: grau normal 
(green), comparativo de superioridade (greener) e superlativo (greenest). Estas 
flexões dos adjetivos em inglês somente serão possíveis quando o adjetivo 
possuir uma sílaba, ou quando for dissílabo terminado em -le, -ow e -er. Nos 
demais casos, o grau é indicado como nos exemplos a seguir: 
15 
 
 
 
John is more intelligent than Richard. (comparativo de superioridade) 
This is the most beautiful picture I've ever seen. (superlativo) 
 
Por fim, os advérbios também possuem três formas: grau normal (soon), 
comparativo de superioridade (sooner) e superlativo (soonest). Veja outros 
casos em que o advérbio é flexionado: 
 
QUADRO 18 – FLEXÃO DOS ADVÉRBIOS 
 
Adverb Comparative Superlative 
well better best 
badly worse worst 
far farther / further farthest / furthest 
little less least 
much more most 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.solinguainglesa.com.br/conteudo/adverbio12.php>. Acesso em: 30 jun. 2017 
 
 
O grau de grande parte dos advérbios pode ser indicado utilizando as 
expressões more than e the most , como exemplificamos com os 
adjetivos. 
 
Agora que estudamos as partes que compõem uma palavra, vamos 
conferir, na próxima seção, como fazer uma análise morfológica em língua inglesa. 
 
 
 
 
16 
 
 
ANÁLISE MORFOLÓGICA EM LÍNGUA INGLESA 
 
Como estudamos na seção anterior, a morfologia é o estudo da formação 
das palavras – como as palavras são formadas a partir de pedaços menores, os 
morfemas. Para fazer uma análise morfológica, precisamos responder a 
perguntas como: quais morfemas formam essa palavra? O que eles significam? 
Como são combinados? É possível encontrar padrões nessas combinações? 
Assim, fazer uma análise morfológica em linguística significa analisar a 
estrutura das palavras, considerando os processos de formação das palavras e/ 
ou a classe gramatical a que pertencem. Na análise morfológica, diferentemente 
da análise sintática, que veremos na seção a seguir, a palavra é considerada 
isoladamente, sem considerar sua função na sentença. 
Veja este roteiro para se fazer uma árvore morfológica, uma maneira de se 
representar a análise morfológica de uma palavra: 
 
FIGURA 13 – MORPHOLOGY TREE - REPRIVATISE 
 
 
 
1 2 3 
Re privat ( e ) iseBreak word down 
into morphemes 
 
 
 
 
 
Private 
(Root) 
Identify the root and 
label it 
17 
 
 
V 
 
Privat ( e ) ise 
 
Root s 
Base 
Join the suffix to the 
root to form the base 
V 
 
Re V 
 
Privat ( e ) ise 
 
P Root s 
Join the prefix to 
the base 
FONTE: Disponível em: <http://all-about-linguistics.group.shef.ac.uk/wp-content/ 
uploads/2016/03/outline.png>. Acesso em: 15 jun. 2017. 
 
Seguindo este roteiro, inicialmente precisamos segmentar a palavra em 
morfemas. A palavra utilizada no exemplo foi reprivatise, portanto, teríamos re/ 
privat(e)/ise. O próximo passo é identificar a raiz (root), que neste caso é privat(e). 
Em seguida, é preciso juntar o sufixo à raiz para formar a base (veja na figura: o 
“s” abaixo de “ise” significa suffixe; o “V” acima da árvore indica que esta base 
formou um verbo). Por fim, junta-se o prefixo à base, e temos a palavra analisada 
por completo. Assim, as informações que representamos foram: 
 
Reprivatise - Verb Re – preffixe (P) Privat(e) – root (R) Ise – suffixe (S) 
 
Cada um desses morfemas nos auxilia a compreender o significado da 
palavra e sua classe gramatical. Privat(e), a raiz da palavra, é um substantivo 
(noun), que significa privado. No entanto, ao utilizarmos o sufixo -ise a 
transformamos em um verbo, privatise, que em português significa privatizar. 
Além do sufixo, foi acrescentado também um prefixo: re-, que indica repetição, 
portanto, a palavra passa a significar privatizar novamente, ou reprivatizar. 
 
 
18 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vamos analisar mais um exemplo? A palavra a ser analisada agora 
é denationalisation. 
Nesta palavra, temos uma raiz, três sufixos e um prefixo. Portanto, temos 
vários morfemas a analisar para compreender o processo de formação desta 
palavra. Lembremos que os sufixos geralmente alteram a classe gramatical da 
palavra (verbo, substantivo, adjetivo etc.) e os prefixos alteram o significado. 
Vejamos detalhadamente como ocorreu esse processo: 
 
1) Raiz da palavra: nation (substantivo). 
2) Acréscimo do sufixo -al: national (adjetivo). 
3) Acréscimo do sufixo -is(e): nationalise (verbo). 
4) Acréscimo do prefixo de-: denationalise (verbo). Alteração no 
significado da palavra, este prefixo tem o significado de “reverter” ou 
“mudar”. Portanto, denationalise significa desnacionalizar, ou seja, 
reverter a ação de nacionalizar. 
5) Acréscimo do sufixo -ation: denationalisation (substantivo). 
 
Esta é uma palavra com muitos afixos e não tão comum de se ouvir na 
língua inglesa, não é mesmo? No entanto, escolhemos essa palavra justamente 
para ilustrar que, ao conhecer os processos de formação das palavras e as 
funções e significados dos afixos, aprimoramos nossa capacidade de 
compreender palavras que nunca havíamos ouvido ou lido antes. Desta forma, 
desenvolvemos nossa performance no uso da língua. 
Algumas palavras são formadas por afixos e também por morfemas 
flexionais (morfemas que indicam a flexão de verbos, por exemplo). Nestes 
A letra (e), na raiz da palavra analisada foi representada entre parênteses, pois 
com o acréscimo do sufixo ela foi suprimida. 
19 
 
 
casos, existe uma hierarquia para a formação de palavras. Os afixos 
derivacionais atacam antes dos morfemas flexionais, portanto, na análise, os 
afixos devem ser identificados antes. Vejamos, como exemplo, o verbo 
misunderstands. Nesta palavra, temos a raiz understand, que significa 
compreender, entender. A ela foi acrescido inicialmente o prefixo mis-, que 
significa incorretamente, de maneira errada. Assim, formou-se o verbo 
misunderstand, que significa compreender de maneira equivocada, ou não 
compreender. Somente depois de se ter formado esse verbo é que ele pôde ser 
conjugado, no caso do nosso exemplo, acrescentando o morfema flexional -s, 
que indica que o verbo está na terceira pessoa do singular do presente, 
misunderstands. 
A invenção de novas palavras acontece muitas vezes para preenchimento 
lexical, ou seja, às vezes não existe palavra para a ideia que o usuário da língua 
quer expressar, ou não corresponde tão precisamente a ela. Assim, ele combina 
palavras, acrescenta morfemas para se expressar com mais precisão. Algumas 
dessas palavras, com o tempo, passam a ser tão utilizadas que podem até ser 
incluídas nos dicionários. Outras, no entanto, têm o papel apenas de cumprir 
alguma lacuna na comunicação em determinado momento, não sendo o seu uso 
disseminado entre a comunidade de falantes. 
Nesta seção estudamos a morfologia, considerando as palavras 
isoladamente. Agora, vamos analisar, a partir da sintaxe, o papel que as palavras 
desempenham em uma frase e como se relacionam. 
 
SINTAXE DA LÍNGUA INGLESA 
 
 
Huddleston (1984) diferencia morfologia e sintaxe da seguinte maneira: 
morfologia estuda a forma das palavras, enquanto a sintaxe estuda a maneira 
como as palavras se combinam para formar sentenças. Na seção anterior 
tratamos da morfologia, estudando a estrutura e a forma das palavras, os 
processos de formação que as originam, além de estudarmos a análise 
morfológica. Na seção que iniciamos aqui trataremos da sintaxe, ou seja, de 
20 
 
 
acordo com a definição de Huddleston (1984) apresentada anteriormente, 
estudaremos a relação que as palavras estabelecem entre si e as funções dos 
termos na sentença. 
Morfologia e sintaxe são áreas de conhecimento linguístico que têm uma 
estreita relação e podem servir de base para uma análise única, que chamamos 
de análise morfossintática. Vejamos um exemplo apresentado por Huddleston 
(1984). O fato de que teeth é a forma plural de tooth é de interesse da morfologia. 
Já para a sintaxe, se tooth vier acompanhado do pronome this, deve haver 
concordância de número, ou seja, ou ambos devem estar no singular (this tooth) 
ou ambos no plural (these teeth). 
Burton-Roberts (2011) postula que para compreender sintaxe é 
fundamental compreender o termo estrutura. De acordo com o autor, estrutura é 
um conceito muito amplo e que pode ser aplicado a vários itens complexos, como 
uma bicicleta, uma empresa, ou uma molécula de carbono. Aqui compreende- 
se complexo, de acordo com Burton-Roberts (2011), como algo que pode ser 
dividido em partes, denominadas constituintes. Essas partes possuem diversos 
tipos ou categorias. Os constituintes dessas partes são organizados de maneiras 
específicas e cada constituinte tem uma função na estrutura como um todo. 
Algo que apresente essas características pode ser descrito como algo que 
tenha estrutura. Nesse caso, cada constituinte também é complexo e também pode 
ser dividido em partes menores, o que significa ainda que a estrutura obedece a uma 
hierarquia. Ainda é necessário analisar as funções dos constituintes na sentença. 
Mas o que é uma sentença? Em inglês existem os termos phrase, 
sentence e clause. Antes de continuarmos a discutir a estrutura das sentenças, 
vamos esclarecer esses termos nas seções a seguir. 
 
 
 
 
21 
 
 
PHRASES 
 
Phrases são um pequeno grupo de palavras que formam uma unidade 
significativa em uma oração (OXFORD DICTIONARY, 2017a). Poderíamos 
chamá-las, em português, de locuções. Há várias categorias de phrases, que 
são descritas por Carter et al. (2011): 
Noun phrases: são formadas em torno de um substantivo (noun) ou 
pronome (pronoun), que se constituem em núcleos (head). Podem exercer a 
função de sujeito ou objeto. Alguns termos podem ser ligados a eles para dar 
uma descrição mais detalhada (determiners), como artigos, pronomes 
demonstrativos ou possessivos etc. 
 
Exemplo: The telephone is 
ringing. Noun phrase: The 
telephone Determiner: The 
(article) 
Head: telephone (noun) 
 
Verb phrases: são formadas por um verbo, ou um verbo principal mais 
verbos auxiliares ou modais. O verbo principal sempre é o último a aparecer. As 
verb phrases, por conterem verbos, exercem a funçãode predicado (predicate). 
Veja, no quadro a seguir, a ordem em que os verbos devem aparecer: 
 
QUADRO 19 – VERB PHRASES 
 
 1 2 3 4 5 
SUBJECT MODAL 
VERB 
PERFECT 
HAVE 
CONTINUOUS BE PASSIVE BE MAIN VERB 
 must be 
followed 
must be 
followed 
 
must be followed 
by - ing form 
must be 
followed by - 
 
22 
 
 
by base 
form 
by -ed form ed form 
Prices rose. 
 1 2 3 4 5 
SUBJECT MODAL 
VERB 
PERFECT 
HAVE 
CONTINUOUS BE PASSIVE BE MAIN VERB 
 must be 
followed 
by base 
form 
must be 
followed 
by -ed form 
 
must be followed 
by - ing form 
must be 
followed by - 
ed form 
 
She will understand. 
The builders had arrived. 
The show is starting. 
Four people were arrested. 
Seats cannot be reserved. 
The printer should be working. 
He must Have forgotten. 
Temperatures 
 Have 
been 
 
rising. 
William has been promoted. 
You could have been killed! 
FONTE: Disponível em: <http://dictionary.cambridge.org/grammar/british-grammar/about-verbs/ 
verb-phrases>. Acesso em: 2 jul. 2017. 
 
 
Adjective phrases: são phrases em que obrigatoriamente o adjetivo 
(adjective) será o núcleo (head). Podem ou não ser acompanhados de palavras 
que o modificam. Veja o exemplo: 
 
That’s a lovely cake. 
Adjective phrase: lovely (head) 
That soup is pretty cold. 
Adjective phrase: pretty cold. Pretty: 
modifier 
23 
 
 
Cold: head 
 
Adverb phrases: o núcleo das adverb phrases é um advérbio (adverb), 
que pode estar sozinho ou acompanhado por um modifier. Veja os exemplos a 
seguir: 
 
We usually have dinner 
together. Adverb phrase: 
usually 
 
Time goes very 
quickly. Adverb 
phrase: very quickly 
 Head: quickly Modifier: very 
 
Prepositional phrases: de acordo com Cartel et al. (2011), são phrases 
compostas por uma preposição (preposition) mais um complemento. Assim, as 
prepositional phrases podem ser compostas da seguinte maneira, de acordo 
com o autor: 
 
Preposition + noun phrase: Mary and Samantha first 
met at a party. 
at: preposition 
noun phrase: a party 
 
Preposition + pronoun: Would you like to come with me? 
with: preposition 
me: pronoun 
24 
 
 
 
Preposition + adverb: From here you can almost see 
the sea. 
From: preposition 
here: adverb 
 
Preposition + adverb phrase: Until quite recently, no one 
knew about his paintings. 
Until: preposition 
Quite recently: adverb phrase 
 
 
Preposition + -ing clause: It´s a machine for making ice-
cream. 
for: preposition 
making ice-cream: -ing clause 
 
Preposition + wh-clause: They were surprised at what we 
said. 
at: preposition 
what we said: wh-clause 
 
 
 
 
 
 
25 
 
 
CLAUSES 
Clause é a unidade básica da gramática. Geralmente, a clause 
possui um subject (noun phrase) e uma verb phrase, que pode ou não 
ser seguida por complementos. Podemos dizer que a clause é o 
equivalente à oração, em português. 
 
Exemplo: I missed the bus yesterday. (clause) 
 
Subject: I 
Verb phrase: missed the buss 
Complement: yesterday 
 
SENTENCES 
 
Uma sentença não é apenas uma sequência de palavras soltas. Ela é 
constituída por palavras, mas que são ordenadas de uma determinada maneira 
e que desempenham funções específicas. Sentence, de acordo com o Oxford 
Dictionary (2017b), é um grupo de palavras que tem sentido completo, contém 
um verbo principal e começam com letra maiúscula. É uma unidade gramatical, 
que pode ser de três tipos: simple, compound ou complex. Vejamos a descrição 
e exemplos de cada uma delas de acordo com Carter et al. (2011): 
 
Simple: sentences que têm apenas uma main clause (oração principal). 
Exemplo: They are going to the party this Saturday. 
Compound: são sentences compostas por duas ou mais clauses e são 
unidas por uma conjunção coordenativa. 
 
Exemplo: I invited them for the party, but they didn’t come. 
26 
 
 
 
Clause 1: I invited them for 
the party onjunção 
coordenativa: but Clause 2: 
they didn’t come. 
 
Complex: são sentences que têm uma main clause e também uma ou 
mais subordinate clause (oração subordinada). As subordinate clauses iniciam 
com uma conjunção subordinativa. 
 
Exemplo: You can call me if you have any problems. 
 
Main clause: You can call me 
Subordinate clause: if you have any problems. 
 
Agora que discutimos os termos phrase, clause e sentence, estudaremos 
o que são os constituents (constituintes) nas sentenças em inglês. 
 
RESUMO 
Neste tópico, você viu que: 
 
A morfologia, em diversos campos do conhecimento, se refere ao estudo 
da forma e estrutura do objeto de estudo. No caso da morfologia nos estudos 
linguísticos, trata-se, portanto, do estudo da forma e da estrutura das palavras, 
ou seja, como as palavras são formadas e quais as estruturas que as compõem. 
Uma palavra pode ser segmentada em partículas menores, que 
chamamos de morfemas (morphemes). Morfemas são as unidades mínimas 
linguísticas que contenham algum significado semântico ou gramatical (BOOIJ, 
2005). 
27 
 
 
Os prefixos são afixos acrescidos no início de alguma palavra e que 
modificam ou complementam seu significado. 
Os sufixos são afixos acrescidos no final das palavras, formando novas 
palavras. Em inglês, os sufixos, geralmente, alteram a classe gramatical da 
palavra original. Em muitos casos, há alterações na grafia das palavras. 
Inflections são as variações das palavras, ou as flexões delas de acordo 
com o contexto gramatical (CARSTAIRS-MCCARTHY, 2002). 
Compounds referem-se a combinações de dois ou mais lexemas. Em 
várias línguas, esse processo de formação de palavras é utilizado por sua 
clareza de significado e versatilidade (BOOIJ, 2005). Essa composição resulta 
em uma nova palavra, com um novo significado. 
Fazer uma análise morfológica em linguística significa analisar a estrutura 
das palavras, considerando os processos de formação das palavras e/ou a 
classe gramatical a que pertencem. Na análise morfológica, diferentemente da 
análise sintática, a palavra é considerada isoladamente, sem considerar sua 
função na sentença. 
Huddleston (1984) diferencia morfologia e sintaxe da seguinte maneira: 
morfologia estuda a forma das palavras, enquanto a sintaxe estuda a maneira 
como as palavras se combinam para formar sentenças. 
 
Morfologia e sintaxe são áreas de conhecimento linguístico que têm uma 
estreita relação e podem servir de base para uma análise única, que chamamos 
de análise morfossintática. 
Phrases são um pequeno grupo de palavras que formam uma unidade 
significativa em uma clause (OXFORD DICTIONARY, 2017a). 
Há vários tipos de phrases em língua inglesa: noun phrase, verb phrase, 
adjective phrase, adverb phrase, prepositional phrase. 
Clause é a unidade básica da gramática. Geralmente, a clause possui um 
subject (noun phrase) e uma verb phrase, que pode ou não ser seguida por 
28 
 
 
complementos. Podemos dizer que a clause é o equivalente à oração, em 
português. 
Sentence, de acordo com o Oxford Dictionary (2017b), é um grupo de 
palavras que tem sentido completo, contém um verbo principal e começa com 
letra maiúscula. Sentence é uma unidade gramatical, que pode ser de três tipos: 
simple, compound e complex. 
Constituent structure: para analisar a sentença, existem partes que a 
compõem que são maiores que a palavra e menores que a sentença num todo. 
Isso quer dizer que não partimos da sentença diretamente para a palavra, mas 
há unidades intermediárias em que a sentença pode ser segmentada. Essas 
unidades são as constituent structures. 
29 
 
 
 
NORMA CULTA, VARIAÇÃO LINGUÍSTICA E PRECONCEITO 
LINGUÍSTICO 
 
No tópico anterior estudamos a estrutura da língua, conforme as normas gramaticais 
(morfológicas e sintáticas) determinam. No entanto, nos usos efetivos da língua em situações 
reais de interação, nem sempre esses padrões são seguidos. Existem diferentes formas dese 
utilizar uma mesma língua, que variam de acordo com o contexto em que os interlocutores se 
encontram e também de acordo com a identidade social e cultural dos falantes. A essas 
diferentes formas que uma língua pode assumir chamamos variedades linguísticas. 
A linguagem culta e a linguagem coloquial são expressões de uma mesma língua que 
servem a necessidades e situações próprias de comunicação. Compreender essas diferenças 
e as situações em que cada uma é requerida é o que pretendemos neste tópico. Ademais, vamos 
refletir também sobre o preconceito linguístico a que são sujeitos os falantes de algumas 
variedades da língua. 
 
INGLÊS PADRÃO E INGLÊS NÃO PADRÃO (STANDARD ENGLISH 
AND NON-STANDARD ENGLISH) 
 
Imagine que você está na sua casa, preparando uma refeição e sentiu falta de um 
ingrediente. Você precisa deste item, portanto, vai ao supermercado mais próximo para adquiri-
lo. Agora, imagine outra situação: você recebeu um convite para assistir à premiação do Oscar 
ao vivo no local do evento. Como você se vestiria para cada um destes eventos? Provavelmente, 
de maneira bem diferente em cada um deles, não é mesmo? Isso porque escolhemos a maneira 
de nos vestir de acordo com o ambiente em que estaremos, com as pessoas que encontraremos 
neste lugar e com o grau de formalidade que a situação compreenda. 
Esta adequação e transição de estilo também perpassa o uso da linguagem. Modulamos 
a maneira de nos comunicarmos levando em consideração determinados fatores, com maior ou 
menor monitoramento da língua. 
30 
 
 
As línguas são dinâmicas, moldadas conforme a situação em que necessitamos utilizá-
las, conforme nossos interlocutores e ainda conforme quem somos e de onde viemos. Assim 
como na língua portuguesa, na língua inglesa também existem diferenças entre a língua padrão 
(Standard English) e a língua não padrão (Non-Standard English). O contexto de interação e 
fatores sociais, como nível de escolarização e classe social, são fatores que determinam o uso 
de uma variedade ou outra. Apesar de denominarmos cada uma de “língua”, ambas são 
variedades de uma mesma língua: o inglês. 
A língua padrão segue os preceitos da gramática normativa, é uma língua “modelo”. 
Trata-se de uma língua utilizada em certo momento da história e em determinada sociedade, 
tida como a língua que deve servir de referência para os usuários. Tendo em vista a 
dinamicidade da língua, algumas formas de se utilizar a linguagem que não eram aceitas podem 
passar a sê-las, e outras caem em desuso (SANTOMAURO, 2009). 
Oliveira (2003, s. p.) atenta para uma necessária distinção entre língua padrão e língua 
culta: 
 
A língua padrão, que na sociolinguística anglófona se denomina 
standard language, é a variedade culta formal do idioma. Há quem tome o 
termo norma culta, indevidamente, como sinônimo de língua padrão. Ocorre 
que a língua culta, isto é, a das pessoas com nível elevado de instrução, pode 
ser formal ou informal. A língua padrão é a culta, sim, mas limitada à sua 
vertente formal. É, pois, necessário distinguir os dois conceitos. 
Língua culta é um termo mais amplo que língua padrão, uma vez 
que abrange não só o padrão, que é suprarregional, mas também as 
variedades cultas informais de cada região. Entendam-se como cultos os 
dialetos sociais das pessoas acima de determinado grau de escolaridade. 
Desse modo o termo adquire objetividade e nos desvencilhamos do ranço de 
preconceito de que está impregnado. 
A língua culta informal, portanto, não é padrão. A variedade padrão 
da língua “lidera” um conjunto de códigos que se influenciam mutuamente, a 
saber: (a) as variedades orais cultas informais das diversas áreas geográficas; 
(b) a língua escrita culta informal; (c) as variedades literárias do idioma, que 
se baseiam no padrão, mas, no caso do Brasil, nem sempre correspondem 
fielmente a ele. 
 
31 
 
 
 
 
A linguagem culta formal é utilizada nas situações formais de comunicação, especialmente 
na modalidade escrita. No entanto, também é requerida em situações da oralidade, como 
discursos, apresentações acadêmicas, entrevistas de emprego etc. Ao utilizar esta variedade, o 
falante segue as normas gramaticais da língua (a língua padrão) e utiliza um léxico 
característico desta modalidade. Os documentos oficiais e institucionais são redigidos 
utilizando-se essa variedade. 
É a linguagem utilizada por grupos de prestígio da sociedade, como governantes, 
comunidade acadêmica e científica em produções orais ou escritas inerentes a suas funções. 
O Standard English é a variedade da língua ensinada nas escolas de países em que se fala 
inglês e também a variedade ensinada aos estudantes de inglês como língua estrangeira. 
 
 
 
 
 
 
 
 
De acordo com Carter et al. (2011), existem várias formas do Standard English no mundo, 
como inglês norte-americano, inglês australiano, inglês britânico etc. Cada uma dessas 
diferentes formas de inglês representa a linguagem culta utilizada oficial e institucionalmente 
em determinado país. Variam em alguns aspectos na pronúncia, mas não há muita variação 
nos aspectos gramaticais. 
A linguagem culta informal, ou coloquial, é espontânea, utilizada por muitos falantes, 
especialmente nas comunicações orais. É a linguagem do dia a dia, que utilizamos para 
conversas informais em nosso cotidiano, seja na modalidade oral, ou ainda na escrita, em 
mensagens de celular, por exemplo, ou outras formas de comunicação em que a norma culta 
não seja requerida. Tanto a linguagem culta formal quanto a informal são formas legítimas de 
comunicação, uma vez que ambas são reconhecidas pelos usuários e possibilitam a interação 
dos interlocutores. 
Assista a esse vídeo, com o professor David Crystal, sobre Standard 
English e 
Non-Standard English. 
32 
 
 
Os falantes, em geral, podem transitar entre a linguagem formal e a informal de acordo 
com o que é esperado em determinados contextos. No entanto, alguns falantes, por diversos 
motivos, entre eles, nível de escolaridade, classe social, ou outros, não têm acesso à língua 
culta formal. Além disso, não existem somente duas variedades da língua, a formal e a informal. 
Cada uma delas pode apresentar diversas outras variações, conforme veremos na seção a 
seguir.
 
 
33 
 
 
 
VARIAÇÃO LINGUÍSTICA: A HETEROGENEIDADE DA LÍNGUA 
 
Como vimos na seção anterior, a língua apresenta variações que podem ser determinadas 
por diversos fatores. A língua está relacionada com a identidade dos povos, portanto, as 
variações da língua também representam traços identitários de comunidades de fala, que são 
observados em grupos que partilham uma mesma cultura, seja um grupo social, um grupo 
regional ou diversas outras segmentações possíveis. 
A Sociolinguística é uma área de estudos da Linguística que se ocupa da língua em uso, 
em situações reais de fala e que considera o contexto social de produção. Variação linguística, 
bilinguismo, políticas linguísticas são algumas das questões de estudo da Sociolinguística. É a 
partir desta área de conhecimento que estudamos as variedades linguísticas. 
Bagno (2007, p. 36) assim descreve a concepção de língua na Sociolinguística: 
 
Ao contrário da norma-padrão, que é tradicionalmente como um produto 
homogêneo, [...] a língua, na concepção dos sociolinguistas, é intrinsecamente 
heterogênea, múltipla, variável, instável e está sempre em desconstrução e em 
reconstrução. Ao contrário de um produto pronto e acabado, de um monumento 
histórico feito de pedra e cimento, a língua é um processo, um fazer-se permanente e 
nunca concluído. A língua é uma atividade social, um trabalho coletivo, empreendido 
por todos os seus falantes, cada vez que eles se põem a interagir por meio da fala ou 
da escrita (grifos do autor). 
 
As línguas são dinâmicas, evoluem, modificam-se, todas elas, no mundo todo. Essas 
mudanças são impulsionadaspor diversos fatores: sociais, regionais, históricos, culturais, e 
podem afetar diferentes níveis linguísticos: fonológicos, semânticos, sintáticos ou outros. Veja 
o caso do /r/ em posição de coda, descrito por Alves e Battisti (2014, p. 294-295): 
 
[...] a não realização preponderante de /r/ em coda silábica é um dos traços 
de variedades do inglês britânico, a realização preponderante de /r/ é um dos traços de 
variedades do inglês americano. [...] no inglês americano, o /r/ tende a ser realizado em 
comunidades de fala cujos membros pertencem a estratos socioeconômicos mais altos, 
e a não ser realizado na fala de grupos pertencentes a classes sociais mais baixas. No 
34 
 
 
primeiro caso, a variação na realização do /r/ é um dos traços que distinguem 
variedades geográficas ou regionais. No segundo caso, o processo distingue 
variedades ou dialetos sociais. 
 
Neste caso apresentado pelos autores, a mesma variação na produção do fonema foi 
motivada por fatores diversos e denota traços que diferenciam, no primeiro caso (de falantes 
do inglês britânico e de falantes do inglês americano) grupos de usuários da língua separados 
geograficamente, ou seja, neste caso a evolução da língua ocorreu de forma diversa em regiões 
diversas. Já no segundo caso (variação presente em grupos sociais diversos), o traço de 
variação diferencia os usuários de acordo com o grupo social ao qual pertencem. Ora, se a 
língua é parte da identidade de um povo, como afirmamos na Unidade 1, nada mais natural de 
que cada grupo social, geográfico, histórico, produza e utilize sua própria variedade, moldada 
de acordo com suas necessidades e características. Ter consciência de que essas variedades 
existem e saber lidar com elas é importante para o falante se comunicar em diferentes 
situações e contextos. Para tanto, Rajagopalan (2009, p. 45-46) postula que, como professores 
de língua inglesa, 
[...] é nosso dever preparar nossos alunos para serem cidadãos do mundo 
novo que se descortina diante dos nossos olhos. [...] Para atuar nesse admirável mundo 
novo, os nossos alunos têm de aprender a lidar com todas as formas de falar inglês. 
Isso requer um bom “jogo de cintura”, ou seja, uma habilidade de se adaptar às 
maneiras mais diferentes de falar inglês. [...] Cabe ao professor do World English expor 
a seus alunos a um grande número de variedades de ritmos e sotaques, pouco 
importando se eles são “nativos” ou não. 
 
Alguns denominam essas variedades de dialeto, mas optamos por não utilizar 
esse termo, tendo em vista as representações que o acompanham. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Utilizamos o termo variedades e não o termo dialeto, pois esse último, conforme 
pontua Calvet (2002), carrega uma visão pejorativa, que qualifica de forma inferior algum modo 
de falar. Já o termo variedades refere-se a um “sistema de expressão linguística que pode ser 
identificado pelo cruzamento de variáveis linguísticas (fonéticas, morfológicas, sintáticas etc.) e 
de variáveis sociais (idade, sexo, região de origem, grau de escolarização etc.)” (CALVET, 2002, 
p. 157). Acreditamos que nenhuma variedade é inferior a outra, todas têm igual valor. 
Sabemos, no entanto, que algumas são variedades de prestígio e outras são variedades 
utilizadas por minorias (não no sentido numérico da palavra minoria, mas no sentido social). 
35 
 
 
 
Precisamos lembrar que as variedades não são línguas diferentes, mas formas 
diferentes de se utilizar uma mesma língua. As variedades, em geral, não impossibilitam a 
comunicação entre os falantes de uma língua, seja qual for a variedade que utilizam no seu 
cotidiano. No entanto, socialmente, é atribuída uma carga valorativa diferente a cada variedade, 
e assim como a roupa que usamos, a variedade linguística da qual fazemos uso está sujeita a 
avaliações positivas ou negativas. Assim, o falante que utiliza uma variedade de menor 
prestígio sofre o que chamamos em sociolinguística de preconceito linguístico, termo do qual 
trataremos na seção a seguir. 
VARIAÇÃO E PRECONCEITO LINGUÍSTICO NA LÍNGUA INGLESA 
Todas as variedades de uma língua são sistemas complexos e completos que permitem 
a comunicação eficiente entre seus falantes. Essas variedades caracterizam a identidade de seus 
falantes e atendem às suas necessidades de comunicação. Assim, todas são legítimas e têm igual 
valor. Para Bagno (2005, p. 124): 
 
Todo falante nativo de uma língua é um falante plenamente competente dessa 
língua, capaz de discernir intuitivamente a gramaticalidade ou agramaticalidade de um 
enunciado, isto é, se um enunciado obedece ou não às normas de funcionamento da 
língua. Ninguém comete erros ao falar sua própria língua materna, assim como 
ninguém comete erros ao andar ou respirar. 
 
 
Nesse sentido, não existe correto ou incorreto quando se descreve a língua materna de 
um falante. A variedade utilizada por um falante em sua comunidade cumpre suas funções de 
comunicação e apresenta uma organização gramatical e lógica, ainda que difira em alguns 
aspectos da língua padrão, seja em aspectos fonológicos, morfológicos, sintáticos, lexicais ou 
outros ainda. Essa diferença pode ser vista por alguns como errada, como variedade incorreta. 
Quanto ao aprendiz de uma língua estrangeira, como o aprendiz de língua inglesa, é 
comum que, por interferência de sua língua materna, produza alguns desvios na sua fala ou 
escrita. Sua produção, assim como qualquer variedade da língua, está sujeita a avaliações, que 
podem ser negativas ou positivas. 
36 
 
 
Como acontece com a Língua Portuguesa, as variedades na Língua Inglesa também sofrem 
preconceito, são discriminadas. É preciso considerar o contexto social de produção pelos falantes 
de cada variedade. Como qualquer tipo de preconceito, o linguístico é decorrente de um pré-
julgamento e de um desejo de unificar algo que sempre será diverso, por acreditar que uma 
variedade é superior às demais e mais importante que elas. Nos Estados Unidos existe um grupo 
de pessoas conhecido como language mavens (ou especialistas da linguagem), que apontam um 
declínio do “bom inglês” no linguajar de jornais e outras publicações que não utilizam o inglês que 
denominam de “real”. 
Diante disso, podemos nos perguntar: o que é o “inglês real” para estas pessoas? E o que 
é um “bom inglês”? Para este grupo, apenas a variedade padrão da língua é a correta, sendo as 
demais variedades formas ilegítimas de se utilizar a língua inglesa. Esta concepção, porém, não 
considera a diversidade decorrente de fatores geográficos, sociais, culturais, identitários e tantos 
outros que influenciam no surgimento e utilização de uma variedade linguística. 
Mediante os pontos apresentados, qual o papel da escola com relação ao preconceito 
linguístico? Como devemos lidar com essas diferenças na sala de aula e buscar sensibilizar os 
alunos para combater este preconceito? De acordo com Cagliari (1996, p. 83), é preciso 
explorar as variedades linguísticas na sala de aula, seu funcionamento e os valores sociais que 
são atribuídos a elas: 
A escola deve respeitar os dialetos, entendê-los e até mesmo ensinar como essas 
variedades da língua funcionam, comparando-as entre si; entre eles deve estar incluído o 
próprio dialeto de prestígio, em condições de igualdade linguística. A escola também deve 
mostrar aos alunos que a sociedade atribui valores sociais diferentes aos diferentes modos de 
falar a língua e que esses valores, embora se baseiem em preconceitos e falsas interpretações 
do certo e do errado linguísticos, têm consequências econômicas, políticas e sociais muito 
sérias para as pessoas. 
O preconceito linguístico está associado ao preconceito social. As variedades 
consideradas “bonitas”, “corretas” são justamente aquelas utilizadas pelas elites de um país. 
As demais são consideradas “menores”, “incorretas”. O preconceito não é somente contra as 
variedades que as pessoasfalam, mas contra as pessoas em si, que geralmente são pessoas 
que vivem à margem da sociedade de elite. As variedades utilizadas pelas camadas mais 
pobres da população geralmente são alvo de preconceito, assim como as pessoas que as 
37 
 
 
utilizam. Conhecer as variedades, compreender por que elas existem e qual função 
desempenham na sociedade auxilia a combater o preconceito linguístico. 
 
38 
 
 
Assista ao filme “My Fair Lady”, de George Cukor, que aborda, entre outros 
aspectos, a questão da variação linguística, especialmente a variação decorrente de classes 
sociais diferentes. O filme, de 1964, é um clássico dos cinemas e nos faz pensar sobre 
preconceito linguístico e outras questões, abordadas já na década de 1960. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
39 
 
 
 
RESUMO 
 
A linguagem culta e a linguagem coloquial são expressões de uma mesma língua que 
servem a necessidades e situações próprias de comunicação. 
As línguas são dinâmicas, moldadas conforme a situação em que necessitamos utilizá-las, 
conforme nossos interlocutores e ainda conforme quem somos e de onde viemos. Assim como 
na língua portuguesa, na língua inglesa também existem diferenças entre a língua padrão 
(Standard English) e a língua não padrão (Non-Standard English). 
A língua padrão segue os preceitos da gramática normativa, é uma língua “modelo”. 
Trata-se de uma língua utilizada em certo momento da história e em determinada sociedade, 
tida como a língua que deve servir de referência para os usuários. 
A linguagem culta informal, ou coloquial, é espontânea, utilizada por muitos falantes, 
especialmente nas comunicações orais. É a linguagem do dia a dia, que utilizamos para 
conversas informais em nosso cotidiano, seja na modalidade oral, ou ainda na escrita, em 
mensagens de celular, por exemplo, ou outras formas de comunicação em que a norma culta 
não seja requerida. 
As línguas são dinâmicas, evoluem, modificam-se, todas elas, no mundo todo. Essas 
mudanças são impulsionadas por diversos fatores: sociais, regionais, históricos, culturais, e 
podem afetar diferentes níveis linguísticos: fonológicos, semânticos, sintáticos ou outros. 
Ter consciência de que as variedades linguísticas existem e saber lidar com elas é 
importante para o falante se comunicar em diferentes situações e contextos. 
As variedades não são línguas diferentes, mas formas diferentes de se utilizar uma 
mesma língua. As variedades, em geral, não impossibilitam a comunicação entre os falantes de 
uma língua, seja qual for a variedade que utilizam no seu cotidiano. 
Todas as variedades de uma língua são sistemas complexos e completos que permitem 
a comunicação eficiente entre seus falantes. Essas variedades caracterizam a identidade de 
seus falantes e atendem às suas necessidades de comunicação. Como acontece com a Língua 
Portuguesa, as variedades na Língua Inglesa também sofrem preconceito, são discriminadas. É 
preciso considerar o contexto social de produção pelos falantes de cada variedade. Como 
40 
 
 
qualquer tipo de preconceito, o linguístico é decorrente de um pré-julgamento e de um desejo 
de unificar algo que sempre será diverso, por acreditar que uma variedade é superior às demais 
e mais importante que elas. 
O preconceito linguístico está associado ao preconceito social. As variedades consideradas 
“bonitas”, “corretas” são justamente aquelas utilizadas pelas elites de um país. As demais são 
consideradas “menores”, “incorretas”. O preconceito não é somente contra as variedades que as 
pessoas falam, mas contra as pessoas em si, que geralmente são pessoas que vivem à margem 
da sociedade de elite. As variedades utilizadas pelas camadas mais pobres da população 
geralmente são alvo de preconceito, assim como as pessoas que as utilizam. 
FATORES DE VARIAÇÃO LINGUÍSTICA 
 
 
No tópico anterior estudamos que a língua é dinâmica, está em movimento e apresenta 
variações que estão relacionadas a fatores diversos. Estes fatores serão nosso objeto de estudo 
neste tópico. 
Para Saussure (2006), a língua poderia ser analisada a partir de suas variações 
diacrônicas (a evolução através do tempo) e sincrônicas (as variações linguísticas em 
determinada época). A variação diacrônica se refere às mudanças pelas quais a língua passa 
ao longo do tempo, a evolução histórica da língua. A variação sincrônica diz respeito às 
mudanças na língua dentro de um recorte de tempo, que podem ser originadas por fatores 
regionais ou geográficos (variação diatópica), fatores sociais, como idade, gênero, classe social 
(diastrática) e a variação estilística, que é decorrente de adequação a um determinado contexto 
(variação diafásica). 
A seguir, vejamos os fatores que podem impulsionar variações linguísticas diacrônicas e 
sincrônicas. 
 
 
 
 
41 
 
 
VARIAÇÕES DIACRÔNICAS 
A variação diacrônica da língua é a evolução que essa língua sofreu ao longo do tempo. 
Conforme o passar do tempo, as relações sociais, de trabalho, o lazer, as comunicações, as 
necessidades das pessoas mudam, e todas essas mudanças se refletem também na língua. 
Assim, novas palavras surgem, outras deixam de ser utilizadas, pronúncias são modificadas, 
conforme o uso efetivo de certa pronúncia pelos falantes, enfim, a língua, um mecanismo vivo e 
dinâmico, acompanha e se adéqua às mudanças da sociedade
42 
 
 
A língua inglesa, desde seu surgimento até os dias atuais, passou por vários processos de 
variação linguística. Alves e Battisti (2014, p. 296) assim descrevem essa evolução: 
 
A língua inglesa tal qual hoje a conhecemos tem pelo menos quinze séculos de 
existência, ao longo dos quais passou por processos de variação e mudança linguística. 
Foi introduzida na Bretanha há aproximadamente 1500 anos por invasores do Mar do 
Norte. Inicialmente analfabetos, esses invasores adquiriram a escrita em alguns séculos, 
com o que começaram a escrever crônicas históricas, textos religiosos, registros 
administrativos, textos literários. Reconhecendo-se pelo menos quatro grandes períodos 
evolutivos – Old English (Inglês Antigo), Middle English (Inglês [do final] da Idade Média), 
Early Modern English (Inglês Moderno Inicial), e Modern English (Inglês Moderno) – e 
comparando registros escritos disponíveis, pôde-se constatar que a língua inglesa sofreu 
transformações substanciais de natureza fonético-fonológica (em sua sonoridade), 
morfológica (no formato das palavras) e sintática (na ordem dos elementos nas orações). 
 
As transformações da língua continuarão ocorrendo com o passar dos tempos. 
Assim, formas de se utilizar a língua que não são aceitas hoje podem vir a se consolidar 
no futuro, de acordo com o uso efetivo pelos falantes. Da mesma forma, outras palavras, 
expressões, pronúncias ou construções sintáticas poderão cair em desuso. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VARIAÇÕES SINCRÔNICAS 
As variações sincrônicas são as mudanças que ocorrem na língua em um determinado 
recorte de tempo, impulsionadas por fatores como região geográfica, fatores sociais, culturais e 
de estilo. Vejamos como ocorrem as variações impulsionadas por cada um desses fatores. 
 
 
 
 
 
Assista a esse interessante vídeo sobre a origem da língua inglesa! 
Acesse: 
<https://www.youtube.com/watch?v=YEaSxhcns7Y>. 
43 
 
 
VARIAÇÕES DIATÓPICAS 
 
As variações linguísticas diatópicas ocorrem de acordo com a região dos falantes. Assim, 
podemos observar diferenças entre o inglês britânico, o inglês americano, o inglês canadense, 
o inglês australiano e outros “ingleses” que são utilizados no mundo todo. No entanto, não é 
preciso distanciar-se tanto para observar variações. Dentro de um mesmo país há diversas 
variações, conforme a região do falante. Veja, por exemplo, no Brasil. Os falares da Região Sul e 
da Região Norte são muito diferentes, e não somente no acento, ou sotaque, mas também em 
aspectos fonológicos, lexicais e sintáticos. Diminuindo a distância,dentro de um mesmo estado 
também temos variações, reconhecemos a origem de uma pessoa, muitas vezes, apenas por ouvi-
la falar, não é mesmo? Essas variações linguísticas dentro de um mesmo país também ocorrem 
nos países de língua inglesa. Inicialmente, discutiremos algumas diferenças entre o inglês 
britânico e o americano, que talvez sejam aquelas com as quais mais temos contato em nossas 
aulas de língua inglesa. O Standard English, ou inglês padrão, é dividido em dois principais 
subsistemas: a vertente britânica (que se subdivide em vários: escocês, irlandês, galês, inglês 
– da Inglaterra) e a vertente americana (que ainda é subdividido em inglês estadunidense e 
canadense). Ambos representam um padrão nacional de inglês e possuem diferenças 
gramaticais, lexicais e na pronúncia (além de ortográficas, como veremos adiante). 
 
A maior parte das diferenças entre o inglês americano (American English, ou AmE) e o 
inglês britânico (British English, ou BrE) é relacionada ao vocabulário, à pronúncia e à ortografia, 
e algumas diferenças também podem ser observadas no uso da gramática. Carter et al. (2011) 
afirmam que há menos diferenças na escrita do que na fala. 
Veja as seis principais diferenças ortográficas entre o BrE e o AmE, de acordo com 
Crispino (2015): 
 
 
 
 
Algumas palavras que terminam em -ter no AmE são escritas com -tre no BrE: Exemplos:
 AmE: center, fiber, theater. 
Você sabia que os Estados Unidos não têm uma língua oficial 
em sua constituição? Cada estado americano pode definir a língua (ou as 
línguas) que será oficial em seu território. Para saber mais, leia o artigo no 
link a seguir: 
44 
 
 
BrE: centre, fibre, theatre. 
Algumas palavras que terminam em -or no AmE são escritas com -our no BrE: Exemplos:
 AmE: neighbor, honor, color. 
BrE: neighbour, honour, colour. 
Alguns verbos terminados em -ize no AmE são escritos com -ise no BrE: Exemplos:
 AmE: apologize, realize, organize. 
BrE: apologise, realise, organise. 
a) A letra L pode ser duplicada em uma variedade ou outra: 
Exemplos: AmE: counselor, enroll, traveling. 
BrE: counsellor, enrol, travelling. 
b) Algumas palavras que terminam em -og no AmE são escritas com -ogue no BrE: 
Exemplo: AmE: analog, catalog, dialog. 
BrE: analogue, catalogue, dialogue. 
c) Algumas palavras que terminam em -ense no AmE são escritas com -ence no BrE: 
Exemplo: AmE: defense, license, offense. 
BrE: defence, licence, ofence. 
 
Diferenças lexicais entre inglês britânico e americano: alguns vocábulos diferem entre 
uma variedade e outra. Diferentes palavras podem indicar o mesmo significado, bem como uma 
palavra pode ter um significado diferente em cada variedade. Veja a ilustração a seguir: 
45 
 
 
 
FIGURA 18 – DIFERENÇAS LEXICAIS 
 
TE: Disponível em: <http://www.sk.com.br/USvsUK2.jpg>. Acesso em: 15 jul. 2017. 
 
 
Chips, em AmE, refere-se às batatas fritas em fatias finas, enquanto no BrE refere-se às 
tradicionais batatas fritas em formato de palito. First floor, em AmE, equivale ao nível térreo, 
enquanto no BrE refere-se ao segundo piso de uma edificação. Football, em AmE é o que 
chamamos em português de futebol americano, e em BrE refere-se ao futebol jogado com os 
pés. Esses são alguns exemplos das diferenças nos significados de um mesmo vocábulo. 
 
Veja agora alguns exemplos de palavras diferentes com o mesmo significado: 
 
 
QUADRO 20 – DIFERENÇAS LEXICAIS PARA O MESMO SIGNIFICADO 
 
Português Inglês Americano Inglês Britânico 
apartamento apartment flat 
armário closet wardrobe 
avião airplane aeroplane 
balas candy sweets 
banheiro lavatory/bathroom toilet 
46 
 
 
biscoito, doce cookie biscuit 
borracha de apagar eraser rubber 
calçada sidewalk pavement, footpath 
calças pants trousers 
centro (de uma cidade) downtown city centre, town centre 
cinema movie theater cinema 
currículo resume curriculum vitae 
curso de graduação undergraduate school degree 
diretor (de escola) principal head teacher, headmaster 
elevador elevator lift 
estacionamento parking lot car park 
farmácia drugstore chemist's 
metrô subway underground, tube 
outono fall autumn 
ponto (final de frase) period full stop 
refrigerante pop, soda soft drink, pop, fizzy drink 
telefone celular cell phone mobile phone 
térreo 
first floor 
US: 1st, 2nd, 3rd, ... 
ground floor 
UK: ground, 1st, 2nd, ... 
FONTE: Disponível em: <http://www.sk.com.br/sk-usxuk.html>. Acesso em: 15 jul. 2017. 
 
 
Quanto à pronúncia nas duas variedades, eis algumas diferenças que podemos observar: 
 
Vogais tônicas – no AmE são mais longas. Exemplo: packet. 
/a/ - em palavras como can’t, class e fast, no AmE o a é pronunciado na parte da frente da 
boca, e no BrE, na parte de trás. 
/r/ - no BrE é pronunciado somente quando estiver antes de uma vogal, como em bedroom, 
red. Nos demais casos, não é pronunciado, como em car, over. 
/t/ - no AmE o t entre vogais é pronunciado de forma bem suave, quase como um 
d. Assim, writer e rider têm pronúncia bem parecida. No BrE o t é pronunciado como o 
fazemos na língua portuguesa. 
 
 
 
 
 
47 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Carter et al. (2011) apresentam as diferenças gramaticais entre o inglês americano e o 
britânico: 
 
Verbos: 
Be going to: para dar orientações, no AmE normalmente se utiliza be going to, ou gonna. 
No BrE, para este fim se utiliza imperativo, com ou sem you, e o presente simples ou futuro 
simples com will. 
Exemplos: AmE: You’re gonna go three blocks and then you’re gonna see an 
apartment building. 
BrE: Take this street here on the right, then go about two hundred yards. 
BrE: You turn left at the lights, go about another hundred yards and you’ll see the station. 
 
Burn, learn, dream: no BrE pode-se usar a forma no passado simples ou particípio de 
verbos como estes com -ed ou -t. No AmE utiliza-se preferencialmente a forma com -ed. 
Exemplos: BrE: burned, learned, dreamed 
ou 
BrE: burnt, learnt, dreamt 
AmE: burned, learned, dreamed 
 
Have/ have got: falantes de BrE utilizam have got para indicar posse, em qualquer tipo 
de frase. No AmE é mais comum utilizar somente o have. Em frases interrogativas e negativas 
não é possível utilizar o have got no AmE. 
Exemplos: They have/have got two cars. (BrE e AmE) Have you got a car? Yes, I have. 
(BrE) Dou you have a car? Yes, I do. (AmE) 
 
 
 
48 
 
 
Have got to/ have to: o primeiro é mais comum no BrE e o segundo no AmE. Exemplos:
 We’ve got to be back in San Francisco next Sunday. (BrE) 
We have to be back in San Francisco next Sunday. (AmE) 
 
• Shall: no BrE pode-se usar o modal shall para indicar futuro com I e we, 
especialmente em situações mais formais. No AmE usa-se o will, como nas outras 
pessoas. 
 
Exemplos: I shall be back in a minute. (BrE) 
I will be back in a minute. (AmE) 
 
a) Verb Tenses: 
 
• Present perfect: é mais comum no BrE. No AmE utilizam mais o simple past, mesmo 
em situações em que falantes de BrE usariam present perfect, como com os advérbios 
already, just e yet. Veja o quadro a seguir como exemplo: 
 
QUADRO 21 – PRESENT PERFECT 
 
(BrE) (AmE) 
I have already given her the present. I already gave her the present. 
I've just seen her. I just saw her. 
Have you heard the news yet? Did you heard the news yet? 
FONTE: Disponível em: <http://www.solinguainglesa.com.br/conteudo/brit_amer5.php>. Acesso em: 15 jul. 
 
 
• Past perfect: é mais comum no AmE, principalmente em situações que descrevem 
um evento que aconteceu antes de outro no passado. 
 
Exemplos: We had watched the news, then we watched a documentary. 
(AmE) 
We watched the news, then we watched a documentary. (BrE) 
b) Prepositions: 
 
Algumas preposições costumam ser usadas de maneiras diferentes no BrE e no AmE. 
Veja alguns casos: 
 
QUADRO 22 – PREPOSIÇÕES 
 
BrE AmE 
At the weekend 
What are you doing at the weekend? 
On the weekend 
So we’ll get together and barbecue on the 
weekend.49 
 
 
For + período de tempo depois de sentença 
negativa 
I haven’t talked to my brother for three years. 
In + período de tempo depois de sentença 
negativa 
I haven’t talked to my brother in three years. 
In + nome de rua 
They lived in Walton Street. 
On + nome de rua 
I used to live on Perot Street. 
FONTE: Adaptado de Carter et al. (2011) 
Assim como as diferenças entre o inglês britânico e o americano, também existem outras 
variedades do inglês, como o inglês australiano, o inglês canadense, o inglês sul-africano e outros. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quanto aos regionalismos dentro do país, iniciemos tratando do caso dos 
Estados Unidos. Godinho (2001) descreve a pluralidade de culturas que colonizaram os 
Estados Unidos (africanos, escoceses, ingleses, irlandeses, entre outros). No entanto, 
apesar de ter sido formado por grupos tão diversos, e de haver locais no país em que 
se falava outro idioma (alemães em Wisconsin e Indiana, noruegueses em Minnesota e 
nas Dakotas, suecos em Nebraska, entre outros), o inglês americano falado em todo o 
país é relativamente uniforme, com poucas variações, considerando a extensão do país 
(GODINHO, 2001). 
Há algumas variações fonológicas e lexicais entre as regiões do país (que fazem 
com que os americanos reconheçam o estado de origem do falante), mas pouco 
significativas se comparadas com os muitos dialetos britânicos. 
 Esta relativa uniformidade, ainda de acordo com Godinho (2001), deve- se ao 
fato de os americanos transitarem constantemente de uma região a outra no país, 
convivendo com muitas nacionalidades, o que evitou a formação de variedades. O fator 
identidade também foi determinante. As pessoas buscavam fazer parte de uma 
identidade nacional, o que reforçava o uso de uma forma padrão da língua. Apesar de 
relatada por Godinho essa relativa uniformidade, existem sotaques que caracterizam as 
regiões americanas, bem como algumas variações lexicais
 
Leia este artigo sobre diferenças entre inglês britânico e inglês americano para 
conhecer mais sobre o assunto tratado nesta seção: 
A sua forma de falar inglês se parece com a variedade de alguma região 
americana? Responda a este quiz do The New York Times e descubra! 
50 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
VARIAÇÕES DIASTRÁTICAS 
São variações utilizadas por determinados grupos que partilham de conhecimento em 
comum, atividade laboral ou grupos sociais de amigos, por exemplo. Ocorrem em razão da 
convivência entre os grupos sociais. Assim, este tipo de variação pode indicar tanto as gírias 
utilizadas por um grupo de amigos como os jargões técnicos utilizados por profissionais de 
algumas áreas, como médico, profissionais de informática, advogados etc. Conforme Camacho 
(1988, p. 32), “a variação social é o resultado da tendência para maior semelhança entre os atos 
verbais dos membros de um mesmo setor sociocultural da comunidade”. 
 
 
Além do inglês americano e do inglês britânico, como já dissemos, cada país que 
fala a língua inglesa possui características próprias nessa língua, constrói sua variedade do 
inglês. Veja o seguinte artigo sobre o inglês sul-africano: 
<http://www.inglesnapontadalingua.com.br/2010/06/ingles-no-
O inglês britânico teve algumas influências do inglês americano, devido à 
influência cultural dos Estados Unidos sobre a Inglaterra (por meio da cultura popular, como 
filmes, músicas e outros). Veja no link a seguir os principais sotaques da Inglaterra, que 
representam algumas das variedades utilizadas no país. Acesse: <http://molhoingles.com/ 
sotaques-da-inglaterra/>. 
51 
 
 
As gírias são parte do vocabulário de alguns grupos, e cada grupo possui e utiliza suas 
próprias gírias. Como exemplo, podemos citar os surfistas, um grupo de estudantes, cantores 
de rap etc. Em inglês, as gírias são denominadas slangs. Um tipo de gíria que vem se tornando 
muito utilizado são as internet slangs, ou seja, a linguagem utilizada em mensagens de texto e 
em redes sociais, como Whatsapp e Facebook. Veja a figura a seguir que ilustra A conversa entre 
uma mãe e seu filho em uma rede social: 
 
FIGURA 19 – INTERNET SLANGS 
FONTE: Disponível em: <http://www.cy8cy.com/wp-content/uploads/2012/09/ Dont-let-Internet-slang-stump-
you.jpg>. Acesso em: 29 jul. 2017. 
 
 
Nesta conversa, a mãe tem dúvidas a respeito das abreviações IDK (I don´t know), LY (love 
you) e TTYL (talk to you later). O filho responde ao que a mãe está solicitando, mas a mãe não 
compreende, criando humor ao diálogo. 
 
As variações diastráticas também são motivadas por fatores relacionados à faixa etária, ao 
estrato social dos falantes, ou a grupos que partilham uma mesma identidade cultural. Neste 
último caso podemos mencionar, como exemplo, o uso por grupos de negros americanos, da 
variedade conhecida como Black English. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Assista a este episódio da série Everybody Hates Chris (Todo mundo odeia o 
Chris), em que a variedade Black English é utilizada pelos personagens. 
52 
 
 
 
 
VARIAÇÕES DIAFÁSICAS 
 
Neste tipo de variação, o mesmo falante pode alterar a variedade que está utilizando de 
acordo com a situação comunicacional da qual está fazendo parte. Assim, transita de uma 
linguagem formal para informal, por exemplo, de acordo com suas necessidades. Para Camacho 
(1988, p. 33), “numa comunidade linguística em que todos os membros tenham nascido e vivido 
no mesmo local e no mesmo âmbito social, a simples observação de sua atividade verbal revela 
diferenças notáveis de estilo, de acordo com a variação das circunstâncias em que o ato se 
produz”. A variação diafásica, portanto, indica uma variação de estilo. 
Nas situações de comunicação das quais participamos, é importante que nossa 
linguagem seja adequada ao contexto e aos interlocutores. É como vestir uma roupa adequada 
para determinado evento. Não seria adequado vestir roupas de banho em um tribunal, bem 
como não seria adequado vestir trajes formais em um momento de descontração na praia, certo? 
Assim também acontece com a linguagem que utilizamos: algumas expressões e construções 
frasais são mais adequadas em contextos informais, outras em contextos formais. Conhecer a 
diferença entre esses dois tipos de linguagem é muito importante para comunicar-se 
adequadamente e eficientemente em inglês. Veja este vídeo do ex-presidente dos Estados 
Unidos, Barack Obama, em um discurso: <https:// www.youtube.com/watch?v=2hOp408Ib5w>. 
E agora, veja este, também de Obama, concedendo uma entrevista ao programa 
televisivo The Ellen Show: <https://www.youtube.com/watch?v=rZnX bPZ6R3w>. 
Você percebe diferenças entre a linguagem utilizada por Obama nas duas situações? 
Podemos notar diferenças nas construções das frases, escolha de vocabulário e no grau de 
formalidade em cada situação. 
 
 
 
 
 
53 
 
 
Agora, veja a figura a seguir: 
FIGURA 20 – HOW TO BE POLITE 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://i1290.photobucket.com/albums/b523/thebestking2012/24-03-2 01318-48-
11_zpsa9e1febb.jpg>. Acesso em: 15 jul. 2017. 
 
A figura, evidentemente, representa um exagero na necessidade de ser polido, de ser 
formal. Em uma situação de emergência, é claro que você não precisa utilizar tanta formalidade 
para pedir socorro, mas é justamente aí que reside o humor da figura. É uma questão de 
adequação da linguagem ao contexto comunicativo, como já dissemos anteriormente. 
Já que estamos tratando de adequação da linguagem, aproveitamos para finalizar esta 
unidade reforçando que a língua é um mecanismo dinâmico. Apesar de serem estabelecidos 
preceitos que determinam como a língua deve ser utilizada, de haver uma estrutura relativamente 
estável que a descreva, os falantes, nos processos de comunicação oral ou escrita, moldam a 
linguagem de acordo com suas necessidades, com a característica de seu estilo, com a afirmação 
de sua identidade. Esses movimentos

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