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<p>TEORIA</p><p>DA IMAGEM</p><p>Rafaela Queiroz</p><p>Ferreira Cordeiro</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>Revisão técnica:</p><p>Deivison Campos</p><p>Bacharel em Filosofia</p><p>Mestre em Sociologia da Educação</p><p>Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin – CRB 10/2147</p><p>T314 Teoria da imagem / Rafaela Queiroz Ferreira Cordeiro... [et al.] ;</p><p>[revisão técnica: Deivison Campos]. – Porto Alegre :</p><p>SAGAH, 2018.</p><p>240 p. : il. ; 22,5 cm</p><p>ISBN 978-85-9502-320-8</p><p>1. Jornalismo. I. Cordeiro, Rafaela Queiroz Ferreira.</p><p>CDU 070</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>Relação compreensiva</p><p>e a relação com o real</p><p>Objetivos de aprendizagem</p><p>Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:</p><p>� Apresentar os registros do imaginário, do simbólico e do real do campo</p><p>da psicanálise.</p><p>� Relacionar os três paradigmas da imagem com os registros da</p><p>psicanálise.</p><p>� Interpretar a imagem como representação ou aproximação do real.</p><p>Introdução</p><p>A imagem é uma forma de expressão humana cuja percepção e inter-</p><p>pretação está para além dos sentidos. Ela constitui também um olhar</p><p>sobre o sujeito, o mundo e o real. Esse olhar, como você deve imaginar,</p><p>é variável ao longo do tempo e também muda de acordo com espaço,</p><p>sociedade, contexto, etc. Além disso, a imagem é ainda marcada pelo</p><p>olhar do sujeito que a observa e a contempla, pois esse mesmo olhar</p><p>é produtor de sentidos sobre ela e sobre o real que ela representa.</p><p>A esse respeito, a caracterização da imagem ao longo do tempo, por</p><p>meio dos três paradigmas da fotografia – pré-fotográfico, fotográfico e</p><p>pós-fotográfico –, permite refletir sobre como as relações entre o sujeito e</p><p>a imagem foram se estabelecendo. Para essa reflexão, é fundamental</p><p>ainda evocar o campo da psicanálise e os três registros que elabora,</p><p>os quais você vai ver neste texto.</p><p>Neste capítulo, você vai conhecer um pouco sobre o imaginário, o</p><p>simbólico e o real, que são os três registros da psicanálise. Também vai</p><p>refletir sobre a relação entre os paradigmas da fotografia e os seus três</p><p>registros. Além disso, vai compreender a interpretação da imagem como</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>um processo contextual, cuja relação com o real é variável conforme o</p><p>social e o cultural, por exemplo.</p><p>O imaginário, o simbólico e o real da imagem</p><p>O cenário do final do século XIX e início do século XX é comumente ca-</p><p>racterizado por eventos sociais, políticos e históricos de magnitude global.</p><p>A Grande Depressão (anos 1930), a I e a II Guerras Mundiais (1914–1918 e</p><p>1939–1945, respectivamente), o aparecimento da primeira bomba nuclear (o</p><p>cientista alemão Otto Hahn foi quem descobriu a fissão nuclear em 1938), a</p><p>Guerra Fria (1947–1991) entre a ex-URSS e os países vencedores da II Guerra</p><p>Mundial e a viagem do homem à Lua (a missão Apollo 8 foi a primeira a alcan-</p><p>çar a órbita lunar), entre muitos outros eventos, fazem parte da sua memória,</p><p>não é? Ora, os meios de comunicação de massa tiveram papel fundamental na</p><p>constituição dessas lembranças na sua mente, mesmo que você estivesse em</p><p>estados temporais e físicos bem distantes. A entrada nessa nova era, contudo,</p><p>é também associada à revolução científica trazida pelo físico alemão Albert</p><p>Einstein (1879–1955). A respeito desse último acontecimento, é importante</p><p>enfatizar o seguinte: com a Teoria da Relatividade proposta pelo físico,</p><p>passou-se a perceber o tempo e o espaço de forma diversa. Desse modo, o</p><p>universo deixa de ser concebido como propunha o matemático e físico inglês</p><p>Isaac Newton (1643–1727).</p><p>Publicada no mês de junho de 1905, a Teoria Especial da Relatividade,</p><p>a qual buscava reconciliar as leis da mecânica com as do eletromagnetismo,</p><p>substituiu a antiga concepção linear sobre o tempo. Ora, o modelo temporal</p><p>era bem mais complexo do que o que havia se proposto no século XVII.</p><p>Conforme Furtado (2009), Einstein afirmava que, se a velocidade da luz</p><p>era a mesma para os observadores, isso significava que as dimensões de</p><p>tempo e espaço não poderiam ser absolutas, mas variáveis, porque mudavam</p><p>conforme o movimento do observador e dos objetos observados. Apesar das</p><p>várias implicações trazidas pelo desenvolvimento teórico de Einstein – tais</p><p>como a de que matéria e energia são intercambiáveis –, a reflexão elaborada</p><p>pelo físico sobre as dimensões do tempo e do espaço trouxe um impacto</p><p>significativo para a forma de se conceber o real. Essa noção passa a ganhar</p><p>outra dimensão, ainda mais fundamental, para a vida na sociedade ocidental.</p><p>É por essa razão que a breve contextualização apresentada (fins do século</p><p>XIX e início do século XX) é importante: ela permite que você compreenda</p><p>a sua relação com o real – e, por conseguinte, a forma de você se expressar e</p><p>Relação compreensiva. Relação com o real2</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>construir a imagem, que é um tipo de expressão – a partir de um outro olhar</p><p>sobre a temporalidade e a espacialidade.</p><p>A famosa Teoria da Relatividade, de Albert Einstein, proposta antes da I Guerra Mundial,</p><p>foi desenvolvida enquanto o físico trabalhava no Escritório de Patentes da Suíça. Ele</p><p>só passou a ganhar fama a partir de 1916, quando tomou posse de cargos em Praga e</p><p>Berlim. Essa teoria ficou pouco conhecida até o astrofísico e astrônomo inglês Arthur</p><p>Stanley Eddington (1882–1944) tê-la comprovado, em 1919, por meio de fotografias</p><p>tiradas das estrelas ao redor do Sol. Durante um eclipse desse astro, o astrofísico</p><p>conseguiu comprovar que as estrelas em torno do Sol modificavam-se sutilmente</p><p>enquanto a luz desse astro era curvada pelo seu campo gravitacional – o que só</p><p>poderia ser notado durante um eclipse, momento em que o brilho do Sol deixa de</p><p>ofuscar as estrelas ao seu redor.</p><p>Fonte: Furtado (2009).</p><p>Para compreender a noção do real – e suas articulações com as noções</p><p>de imaginário e simbólico – é importante fazer referência, primeiramente,</p><p>ao campo da psicanálise, o qual influenciou a caracterização de paradigmas</p><p>sobre a imagem. É importante você saber, de antemão, que Jacques Marie</p><p>Émile Lacan (1901–1981) foi um psiquiatra e psicanalista francês que trouxe</p><p>contribuições significativas para a psicanálise. Além das numerosas reflexões</p><p>que trouxe para temas de âmbito comum, como o amor e a política, Lacan</p><p>reforçou a necessidade de retornar ao fundador desse campo, isto é, ao neu-</p><p>rologista e psicanalista austríaco Sigmund Freud (1856–1939), preconizando a</p><p>importância da (re)leitura da sua obra. Aliás, foi a partir do legado freudiano</p><p>que o francês elaborou os seguintes registros: imaginário, simbólico e real.</p><p>Os três registros da psicanálise: o imaginário, o</p><p>simbólico e o real</p><p>Segundo Roudinesco e Plon (1998a, 1998b, 1998c), a palavra imaginário</p><p>deriva do termo latino imago. Ela é comumente empregada nos campos da</p><p>filosofia e da psicologia em referência à imaginação, isto é, “[...] à faculdade</p><p>de representar coisas em pensamento, independentemente da realidade. ”</p><p>(ROUDINESCO; PLON, 1998a, p. 371). Já a expressão simbólico vem da</p><p>3Relação compreensiva. Relação com o real</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>antropologia, a qual atribui um valor e uma função simbólica aos elementos</p><p>da cultura. Destacam-se nesse campo de estudo os trabalhos do sociólogo</p><p>francês Marcel Mauss (1872–1950) e do antropólogo francês Claude Lévi-</p><p>-Strauss (1908–2009). Este último, inclusive, desenvolve noções trazidas por</p><p>aquele, como a de função simbólica. Faz isso a partir da articulação com o</p><p>estruturalismo trazido pela contribuição da linguística, em especial pela obra</p><p>do linguista suíço Ferdinand de Saussure (1857–1913). Ainda, o termo real</p><p>surge do vocabulário da filosofia.</p><p>Embora seja bem difícil sintetizar essas três noções e as relações esta-</p><p>belecidas entre elas sem comprometer a complexidade e a densidade dessa</p><p>elaboração teórica – elaboração esta que apresenta diferentes “fases” ou de-</p><p>senvolvimentos –, você pode considerar, de forma bem geral, o seguinte: o</p><p>imaginário, que passou a ser usado por Lacan a partir de 1936, diz respeito a</p><p>uma relação dual com a imagem do semelhante.</p><p>Essa noção está relacionada</p><p>ao estádio do espelho (como você vai ver mais adiante), que é uma reflexão</p><p>importantíssima para a psicanálise no tocante à construção do eu, da relação</p><p>entre o eu e o outro e da imagem e (in)completude dos homens. Empregado</p><p>em associação com as categorias do real e do simbólico, a partir do ano de</p><p>1953, o imaginário passa a ser definido, na reflexão trazida por Lacan, “[...]</p><p>como o lugar do eu por excelência [...]”, o espaço dos “[...] fenômenos de ilusão,</p><p>captação e engodo [...]” (ROUDINESCO; PLON, 1998a, p. 371).</p><p>Conforme Roudinesco e Plon (1998c), também a partir de 1936, Lacan faz</p><p>uso do termo simbólico para se referir a um sistema de representação que se</p><p>baseia na linguagem. A partir de 1953, essa noção torna-se inseparável das do</p><p>imaginário e do real, constituindo uma estrutura. Na categoria do simbólico,</p><p>Lacan fez uso da teorização de Lévi-Strauss. Desse modo, o inconsciente</p><p>elaborado por Freud passa a ser retomado como o “[...] lugar de uma mediação</p><p>comparável à do significante no registro da língua [...]” (ROUDINESCO;</p><p>PLON, 1998c, p. 714-715). Além da referência ao conceito de significante –</p><p>que é o motor da função simbólica –, o simbólico também inclui a foraclusão</p><p>– processo psicótico pelo qual o simbólico some – e o Nome-do-Pai, o qual</p><p>se liga à função paterna – tal função pode ser observada na sua integração a</p><p>uma lei que proíbe o incesto.</p><p>Quanto ao termo real, este passou a ser introduzido a partir de 1953, sendo</p><p>comumente associado ao que é impossível de ser simbolizado e representado.</p><p>É importante não confundir o real da psicanálise com a noção de uso comum</p><p>de realidade. Para a elaboração dessa categoria, Lacan recorreu tanto ao campo</p><p>da filosofia como ao conceito de Freud de realidade psíquica (ROUDINESCO;</p><p>PLON, 1998b). Ainda se valeu das reflexões elaboradas pelo cientista social</p><p>Relação compreensiva. Relação com o real4</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>francês-polonês Émile Meyerson (1859–1933) sobre a ciência do real e das</p><p>considerações do pensador francês Georges Bataille (1897–1962) sobre a</p><p>ciência do irrecuperável (heterologia). Essas três conceituações foram funda-</p><p>mentais para a elaboração do real por Lacan, noção esta que é associada a um</p><p>“resto” que escapa ao discurso (matema) e que é impossível de ser transmitido</p><p>(ROUDINESCO; PLON, 1998b).</p><p>A propósito, a primeira “teoria” do imaginário de Lacan sofreu influência</p><p>dos trabalhos do filósofo e psicólogo francês Henri Wallon (1879–1962), do</p><p>filósofo e matemático inglês Bertrand Russel (1872–1970), do biólogo alemão</p><p>Jakob von Uexküll (1864–1944), entre outros. Em 1938, o psicanalista constrói</p><p>o imaginário não mais como um fato psíquico “simples”, mas como uma</p><p>imago, ou seja, como um “[...] conjunto de representações inconscientes [...]”</p><p>(ROUDINESCO; PLON, 1998a, p. 371). Em 1953, Lacan define essa noção</p><p>como uma espécie de engano que se relaciona à experiência de uma cliva-</p><p>gem do sujeito, da alienação e das “[...] ilusões do eu [...]” (ROUDINESCO;</p><p>PLON, 1998a, p. 371). Nesse momento, o simbólico surge como o espaço</p><p>do significante, e o real como o impossível, que não pode ser simbolizado</p><p>(ROUDINESCO; PLON, 1998a).</p><p>Os três paradigmas da imagem</p><p>Os registros do imaginário, do simbólico e do real, sistematizados por Lacan</p><p>a partir das reflexões freudianas para caracterizar o funcionamento estrutural</p><p>psíquico, são retomados na construção dos três paradigmas da imagem. Estes</p><p>podem ser resumidos, de maneira bem geral, da seguinte forma (SANTAELLA;</p><p>NÖTH, 1998):</p><p>� Paradigma pré-fotográfico: abarca as imagens artesanais, tais como</p><p>o desenho, a pintura e a gravura.</p><p>� Paradigma fotográfico: refere-se às imagens que têm uma relação</p><p>dinâmica com o objeto que retomam, trazendo de alguma forma um</p><p>rastro ou uma pista do objeto indicado.</p><p>� Paradigma pós-fotográfico: engloba as imagens sintéticas ou infográ-</p><p>ficas, as quais são realizadas por meio da computação.</p><p>Conforme Santaella e Nöth (1998), há quatro níveis de que depende o</p><p>processo de signos/linguagem. São eles: (1) meios de produção, (2) meios</p><p>de conservação, (3) meios de exposição e difusão e (4) meios de recepção.</p><p>No caso da linguagem imagística, esses níveis se referem à percepção, à</p><p>5Relação compreensiva. Relação com o real</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>contemplação, à observação e à fruição, respectivamente. Pensar sobre</p><p>esses “níveis” é importante porque, ao observar como eles se manifestam em</p><p>cada paradigma apontado, você pode compreender as mudanças que foram</p><p>ocorrendo de um paradigma a outro até se chegar a uma ruptura e, assim, ao</p><p>surgimento do paradigma subsequente. Dentro desse panorama, esses autores</p><p>apontam que há semelhanças entre os três registros psicanalíticos e os três</p><p>paradigmas da imagem. Observe:</p><p>� Pré-fotográfico: está para o imaginário.</p><p>� Fotográfico: está para o real.</p><p>� Pós-fotográfico: está para o simbólico.</p><p>Após essa explanação, você está pronto para aprender sobre a relação</p><p>entre os três registros trazidos pelo campo da psicanálise e os paradigmas</p><p>de imagem. Conforme explicam Santaella e Nöth (1998), há semelhanças tão</p><p>significativas entre os registros e os paradigmas que uma correlação entre</p><p>eles já parece se impor, isto é, se colocar “por si mesma”, sem a necessidade</p><p>de algum “esforço”.</p><p>Os (três) paradigmas da imagem e os três</p><p>registros da psicanálise</p><p>É importante você saber, de antemão, que deve ter cuidado ao se referir a</p><p>distintos campos de estudo, como o da psicanálise, o qual trata de um sujeito</p><p>de outra ordem, que é a do inconsciente, do desejo. No processo de retomadas</p><p>teóricas, o estudioso/pesquisador pode “escorregar” na tendência à “pasteu-</p><p>rização” ou homogeneização de diferentes perspectivas teóricas em torno da</p><p>tentativa de se definir um objeto teórico específico (CORDEIRO, 2017). Você</p><p>precisa, portanto, estar atento à generalização que realiza dos discursos teó-</p><p>ricos para além dos seus campos iniciais de atuação. Isso também é discutido</p><p>por Santaella e Nöth (1998, p. 188). Para eles, como o discurso psicanalítico</p><p>adquiriu uma espécie de “especificidade própria”, frequentemente transpõe-se</p><p>suas questões teóricas para outros campos. No entanto, a ressalva que esses</p><p>dois autores supracitados fazem a respeito da relação entre os três registros</p><p>com os três paradigmas da imagem é fundamental para você compreender</p><p>tal reflexão numa perspectiva dialogal e relacional, e não de uma “adaptação”</p><p>sem sentido de uma disciplina sobre outra: ao fazer uma apresentação dos três</p><p>registros, Lacan literalmente afirmou que esses três registros bem distintos do</p><p>Relação compreensiva. Relação com o real6</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>Imaginário, Real e Simbólico são os registros essenciais da realidade humana,</p><p>chamando-os também de categorias conceituais (SANTAELLA; NÖTH, 1998).</p><p>Desse modo, esses três registros, também nomeados de categorias conceituais,</p><p>são caracterizados como universais. Além disso, Santaella também aponta uma</p><p>analogia entre os três registros e o modelo lógico triádico do filósofo norte-</p><p>-americano Charles Sanders Peirce (1839–1914), constituído pelas categorias</p><p>primeiridade, secundidade e terceiridade.</p><p>Nos estudos empreendidos sobre o signo, Peirce (2005 apud MELO; MELO, 2014)</p><p>propôs a classificação de todo fenômeno – entendido como qualquer coisa que surge</p><p>na mente – a partir de três categorias, chamadas de primeiridade, secundidade e</p><p>terceiridade. Essas noções referem-se ainda a três fases do processo de percepção</p><p>de qualquer signo. De maneira geral, elas se caracterizam como (MELO; MELO, 2014):</p><p>� Na primeira, ou primeiridade, destaca-se o sentir, isto é, o sentimento. Como per-</p><p>cepção primeira, o signo é percebido por elementos referentes à qualidade. Esses</p><p>elementos suscitam uma sensação ou um sentimento, tais como cor, forma, volume,</p><p>textura, som, etc. (é o quali-signo, o qual faz parte do input visual). O universo dessa</p><p>categoria é o do sonho, o da imaginação (GHIZZI, 2009 apud MELO; MELO, 2014) e o</p><p>de quando</p><p>você experiencia algo pela primeira vez, como um cheiro ou um sabor.</p><p>� Na segunda, ou secundidade, destaca-se o reagir, isto é, a reação. Como percepção</p><p>secundária, o signo é decomposto em relações/associações e é notado como “men-</p><p>sagem” (é o sin-signo, o qual faz parte do insight representacional). Essa categoria se</p><p>dá no conflito entre a consciência e o signo que busca ser entendido, como quando</p><p>você percebe uma qualidade de alguma coisa como propriedade de um signo.</p><p>� Na terceira, ou terceiridade, destaca-se o pensar, isto é, o pensamento. Como</p><p>percepção última, o signo é compreendido num contexto geral de significações</p><p>(é o legi-signo, o qual faz parte do output comunicacional). Nessa categoria se dá</p><p>o próprio processo de mediação entre a primeiridade e a secundidade; e ainda o</p><p>de representação e interpretação do mundo.</p><p>De acordo com Santaella e Nöth (1998), o imaginário é o registro que mais</p><p>se relaciona aos problemas da imagem. Tal registro corresponde ao ego, ao</p><p>eu do sujeito. É aqui que se encontra o narcisismo como um investimento</p><p>libidinal. A definição freudiana sobre o narcisismo remete ao mito grego de</p><p>Narciso. Ovídio (43 a.C–18 d.C.) conta que esse personagem mitológico grego</p><p>era conhecido pela sua beleza. Filho do deus do rio Cefiso e da ninfa Liríope,</p><p>Narciso é punido com uma maldição imputada por Afrodite porque ele havia</p><p>7Relação compreensiva. Relação com o real</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>desprezado o amor da bela ninfa Eco, a qual seleciona uma montanha como</p><p>“seu leito de morte”. Assim, Narciso é punido da seguinte forma: ele poderia</p><p>amar, mas não lhe seria possível ter o objeto amado. Um dia, observa o seu</p><p>reflexo em um lago e admira a forma bela que contempla. Uma das questões</p><p>que essa história coloca diz respeito à constituição dos seres humanos como</p><p>sujeitos, que passa inevitavelmente pelo outro, pelo olhar do outro, pelo crivo</p><p>de outrem, porém esse outro aparece como reduzido a uma imagem de si</p><p>mesmo. Em Narciso, sujeito e objeto são colocados em confluência, sendo</p><p>um reflexo do outro (AZEVEDO, 2004).</p><p>Essa história auxilia Freud na teorização que elabora sobre o narcisismo, a</p><p>qual é retomada por Lacan posteriormente no famoso estádio do espelho: aqui</p><p>se coloca, além da constituição do eu, da completude, a relação especular com</p><p>o outro (SANTAELLA; NÖTH, 1998). A “identidade” é construída – a partir</p><p>da analogia que o psicanalista francês faz entre o bebê (dos seis aos 18 meses)</p><p>e a sua imagem projetada no espelho – por meio de um jogo que se dá entre o</p><p>eu e o outro; jogo esse, é importante você perceber, que ocorre ao longo de toda</p><p>a vida, nas relações sociais. “Senhor e servo do imaginário, o eu se projeta nas</p><p>imagens em que se espelha: imaginário da natureza, imaginário do corpo, da</p><p>mente, e das relações sociais” (SANTAELLA; NÖTH, 1998, p. 190). As relações</p><p>passam, desse modo, a se dar conforme essa imagem que é constantemente</p><p>repetida porque é por meio dessa imago que a subjetividade é fundada.</p><p>A relação que o paradigma pré-fotográfico mantém com o registro do</p><p>imaginário é ora idílica, ora conflituosa, da mesma forma que a relação que</p><p>o desenho e/ou a pintura, isto é, a imagem artesanal, mantém com o corpo,</p><p>o objeto, a natureza, etc. Como essa produção implica a presença do corpo –</p><p>seja da mão, seja do olhar – e do objeto representado, a imaginação do artista</p><p>é a responsável por expressar essa imagem. Esta é, assim, ilusória, porque</p><p>incompleta, mesmo que pretenda uma completude, e mítica, porque suspensa</p><p>na temporalidade após realizada (SANTAELLA; NÖTH, 1998). Ademais, ela</p><p>é uma imagem singular, um olhar específico, um ponto de vista que é levado</p><p>para o espectador com ela se identificar.</p><p>A respeito do real, Santaella e Nöth (1998) retomam que ele, sendo o</p><p>impossível, o impossível de ser simbolizado, ou seja, o que não é possível de</p><p>ser capturado pelo simbólico, está para o paradigma fotográfico. Ora, entre o</p><p>objeto e a sua imagem, há a falta. Dito de outro modo, não há uma adequação</p><p>entre as partes do seu corpo e a “matriz imaginária” que você pode ter dele.</p><p>Assim, como se articula o mundo do imaginário com o mundo do real em cada</p><p>um? O paradigma fotográfico se deu nesse choque entre o imaginário e o real.</p><p>Foi nesse encontro conflituoso que a fotografia e os seguintes desdobramentos</p><p>Relação compreensiva. Relação com o real8</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>surgiram. Há nesses gêneros um corte, um recorte, um fragmento apenas que é</p><p>capturado no tempo-espaço. Com o modelo fotográfico, a utopia da completude</p><p>entre o mundo e a imagem cai por terra. Sobre essa relação, veja o enunciado</p><p>de Santaella (1996, p. 180 apud SANTAELLA; NÖTH, 1998, p. 192):</p><p>Quanto mais um aparelho ou máquina se aperfeiçoa no registro mimético dos</p><p>objetos e situações, mais evidente se torna sua impossibilidade de ser igual</p><p>àquilo que registra. Há um descompasso entre o ritmo do mundo, matéria</p><p>vertente do vivido, e a capacidade do registro. A febre da vida não cabe em</p><p>imagens. Sob as vestes da imagem, algo cai. Esse algo é o real, que insiste</p><p>na sua irredutibilidade.</p><p>Santaella e Nöth (1998) discorrem sobre o simbólico, que é o espaço da</p><p>linguagem, da estrutura, da lei e da cultura, do grande Outro – o qual inclui</p><p>a lei paterna, a mediação, o significante que falta, entre outros. Conforme</p><p>expõem os autores, o simbólico e a sua relação com a imagem, o paradigma</p><p>pós-fotográfico, são marcados pela dimensão externa desse olhar do grande</p><p>Outro. Esse paradigma inclui as imagens numéricas, computadorizadas, as</p><p>quais são criadas por meio de um cálculo aritmético. Não é mais necessária a</p><p>presença no tempo e no espaço do sujeito espectador e do objeto que representa.</p><p>O olhar do sujeito se reduz “[...] a um ponto geométrico [...]” (MARTINHOL,</p><p>1993, p. 99 apud SANTAELLA; NÖTH, 1998, p. 193).</p><p>É importante você notar que, embora seja “redutor” dividir a história da imagem e os</p><p>seus desdobramentos em três grandes momentos, os paradigmas citados e discutidos</p><p>pelos autores devem ser observados como pontos de partida. Eles podem levar você</p><p>a refletir sobre como a relação dos seres humanos com a imagem tem se modificado</p><p>ao longo da história.</p><p>A interpretação da imagem como mais ou</p><p>menos real</p><p>Nas sociedades ocidentais de maneira geral, as imagens se apresentam como</p><p>formas de expressão típicas. Aliás, elas vêm constituindo novamente – nova-</p><p>mente porque o uso das imagens é anterior ao das letras – um protótipo básico</p><p>9Relação compreensiva. Relação com o real</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>da comunicação. O uso excessivo das redes sociais pelas pessoas tem trazido</p><p>uma questão antiga, mas muito cara aos estudos que envolvem campos como</p><p>os da filosofia, da linguagem e do discurso, que é a seguinte: o que torna uma</p><p>imagem “real” ou mais ou menos “real”? É importante destacar que esse</p><p>real está entre aspas porque é empregado aqui no sentido de “realidade”, e</p><p>não no da psicanálise discutido anteriormente. Logo, por que uma imagem</p><p>de um corpo excessivamente magro parece real para muitos, enquanto uma</p><p>dissimulação para outros? Por que há tanta controvérsia a respeito das imagens</p><p>fake veiculadas pela mídia? Ora, a imagem é, como você sabe, experimentada</p><p>por meio dos sentidos. No entanto, alguns a percebem como parte constitutiva</p><p>que é socialmente representada pelas pessoas a respeito do mundo; outros,</p><p>como o próprio mundo, como se este existisse, já de antemão, “pronto” para</p><p>ser observado.</p><p>Naturalmente, você não precisa responder a essas questões. Elas servem</p><p>para que você possa pensar o seguinte: a imagem é uma das formas utilizadas</p><p>para expressar a realidade e a sua relação com ela. Conforme explicam Bec-</p><p>cari e Portugal (2013), “[...] há muitas formas de olhar para o mundo [...]”. E</p><p>isso não diz respeito apenas a uma categorização social, herdada a partir das</p><p>experiências com os pares, desde a infância, e dos contatos com as numerosas</p><p>instituições sociais e políticas ao longo da vida; mas também pela própria</p><p>forma como o olhar</p><p>se projeta. O ato de ver é, portanto, fundamental nesse</p><p>processo e dialoga com os filtros, os julgamentos coletivamente construídos,</p><p>aos quais poucas vezes as pessoas têm acesso e compreensão consciente. Sem</p><p>querer entrar numa discussão de cunho tautológico, essa reflexão pontua que</p><p>a forma de olhar, isto é, de projetar a visão, interfere também na constituição</p><p>das pessoas como seres humanos. Além disso, ela permite dizer que o como</p><p>“se habita” já é parte de um olhar que não só observa e contempla, mas que,</p><p>ao ver, produz sentido. Isso é, inclusive, parte crucial do debate levantado na</p><p>obra cinematográfica de produção nacional e internacional chamada A janela</p><p>da alma (MIRÁ FILMES, 2014).</p><p>Relação compreensiva. Relação com o real10</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>A imagem como construção do real</p><p>É importante que você pense de forma “mais concreta” essa relação entre a</p><p>imagem e o suposto real, dentro de uma concepção social da realidade. Isto</p><p>é, você deve considerar a realidade como um processo em construção pelos</p><p>sujeitos – e não como algo já dado, como geralmente é tomada pelas ciências</p><p>naturais, embora esse movimento tenha se modificado ao longo dos anos. Isso</p><p>leva à reflexão levantada por Mota-Ribeiro e Coelho (2011) sobre a modalidade</p><p>da imagem. Segundo esses autores, a modalidade da imagem é um aspecto da</p><p>dimensão interacional, o qual se relaciona com a credibilidade das imagens,</p><p>no sentido de como a mensagem é construída. Baseando-se em Kress e van</p><p>Leeuwen (2006 apud MOTA-RIBEIRO; COELHO, 2011), os marcadores</p><p>11Relação compreensiva. Relação com o real</p><p>visuais das imagens permitem que elas sejam interpretadas como mais ou</p><p>menos reais, ou seja, como mais ou menos “credíveis”. É interessante você</p><p>notar que, na perspectiva desses autores, uma modalidade elevada remete</p><p>para o real e uma baixa, para a possibilidade. No entanto, isso não diz respeito</p><p>necessariamente ao fato de a cena ser representada de forma fantasiosa, pois</p><p>uma imagem com fantasmas, por exemplo, pode ter uma modalidade elevada</p><p>caso seja representada como “real”. Para isso, o autor/produtor da imagem</p><p>deve usar elementos visuais que possam atribuir credibilidade a ela.</p><p>A credibilidade faz parte de uma construção social, coletiva. Dito de outro</p><p>modo, os elementos usados para construir uma mensagem visual como real</p><p>podem ser interpretados de forma diferente por outro grupo social. Assim,</p><p>enquanto um confere uma modalidade alta àquela mensagem, outros podem</p><p>atribuir uma baixa. Nesse sentido, “[...] a credibilidade varia de sociedade</p><p>para sociedade, uma vez que é culturalmente marcada [...]” (KRESS; VAN</p><p>LEEUWEN, 1996 apud MOTA-RIBEIRO; COELHO, 2011). Além disso,</p><p>dentro de uma mesma cultura, o próprio padrão de credibilidade pode variar.</p><p>Essa variação também é histórica, pois se dá ao longo do tempo. Logo, é</p><p>importante você ter como ponto de partida essa reflexão sobre a relação entre</p><p>a imagem e o real como uma dinâmica de representação, e não como uma</p><p>correspondência objetiva.</p><p>Portanto, dentro de cada cultura, é possível encontrar diferentes formas</p><p>de observar uma mesma imagem. Assim, os padrões que caracterizam uma</p><p>imagem mais “real” são contextuais, relacionais e variam conforme o tempo, o</p><p>espaço, o sujeito que a vê, a situação de interação entre os sujeitos, entre outros</p><p>elementos. Por fim, refletir sobre a relação entre imagem e real é importante</p><p>para evitar prévios julgamentos e atitudes, bem como o uso da violência pela</p><p>violência. Essa reflexão também é essencial para trabalhar a relação entre o</p><p>eu e o outro – o meu olhar e o outro olhar – de forma mais ética e democrática</p><p>diante do que está sendo veiculado na mídia.</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>iPad</p><p>iPad</p><p>Figura 1. Dependendo do contexto em que é usada esta imagem, ela pode apresentar</p><p>uma modalidade alta ou baixa quanto ao real.</p><p>Fonte: Daniel de Castro Ribeiro/Shutterstock.com.</p><p>12Relação compreensiva. Relação com o real</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>AZEVEDO, A. V. Mito e psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004. (Psicanálise Passo-</p><p>-a-Passo, v. 36).</p><p>BECCARI, M.; PORTUGAL, D. B. Da imagem do real para o real da imagem: por um</p><p>elogio das aparências. In: CONGRESSO INTERNACIONAL EM COMUNICAÇÃO E CON-</p><p>SUMO, 3., 2013, São Paulo. Anais... São Paulo: ESPM, 2013. Disponível em: . Acesso em: 01 dez. 2017.</p><p>CORDEIRO, R. Q. F. Nominações, vozes e pontos de vista sobre a loucura na e pela mídia:</p><p>da reforma psiquiátrica ao boom das doenças mentais. 2017. 474 f. Tese (Doutorado</p><p>em Linguística) – Programa de Pós-Graduação em Letras, Universidade Federal de</p><p>Pernambuco, Recife, 2017.</p><p>FURTADO, P. (Ed.). 1001 dias que abalaram o mundo. Rio de Janeiro: Sextante, 2009.</p><p>MELO, D. P.; MELO, V. P. O modo como os fenômenos se apresentam à mente. In:</p><p>MELO, D. P.; MELO, V. P. Uma introdução à semiótica peirceana. Guarapuava: Unicentro,</p><p>2014. p. 25-29.</p><p>MIRÁ FILMES. Janela da alma documentário 2001 - direção de João Jardim e Wal-</p><p>ter Carvalho. [S.l.]: YouTube, 2014. Disponível em: . Acesso em: 24 nov. 2017.</p><p>MOTA-RIBEIRO, S.; COELHO, Z. P. Para além da superfície visual: os anúncios publicitários</p><p>vistos à luz da semiótica social. Representações e discursos da heterossexualidade</p><p>e de género. Comunicação e Sociedade, Braga, v. 19, p. 227-246, 2011. Disponível em:</p><p>. Acesso em: 01 dez. 2017.</p><p>ROUDINESCO, E.; PLON, M. Imaginário. In: ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário de</p><p>psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1998a. p. 371.</p><p>ROUDINESCO, E.; PLON, M. Real. In: ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário de psicanálise.</p><p>Rio de Janeiro: Zahar, 1998b. p. 644-646.</p><p>ROUDINESCO, E.; PLON, M. Simbólico. In: ROUDINESCO, E.; PLON, M. Dicionário de</p><p>psicanálise. Rio de Janeiro: Zahar, 1998c. p. 714-715.</p><p>SANTAELLA, L; NÖTH, W. O imaginário, o real e o simbólico da imagem. In: SANTAELLA,</p><p>L.; NÖTH, W. Imagem: cognição, semiótica, mídia. São Paulo: Iluminuras, 1998. p. 188-193.</p><p>Leitura recomendada</p><p>RIVERA, T. Cinema, imagem e psicanálise. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2008.</p><p>Relação compreensiva. Relação com o real13</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p><p>Conteúdo:</p><p>Wondershare</p><p>PDFelement</p>

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