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Teoria da Imagem e suas Noções

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TEORIA
DA IMAGEM
Rafaela Queiroz 
Ferreira Cordeiro
As diversas noções 
de representação, 
imagem e realidade
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Discutir o conceito de representação.
 � Analisar a crise da representação.
 � Identificar a noção de imagem como ideia e cópia da realidade. 
Introdução
A palavra representação é comumente empregada como sinônimo 
de signo. Tal definição é, inclusive, bastante comum nos estudos relativos 
à semiótica da imagem. Contudo, nem sempre essa definição foi atribuída 
à representação. Na verdade, tanto o uso dessa palavra como a discussão 
sobre ela têm sido alvo de estudos desde a Idade Média. Assim, enquanto 
para alguns a representação se caracteriza como uma relação sígnica com 
alguma coisa, para outros ela é o próprio signo (o seu veículo). Também 
é possível definir a representação como um ato referencial que une um 
signo a uma coisa ou, ainda, como um signo icônico.
Neste texto, você vai conhecer as diversas noções de representação e 
estudar a crise da representação refletida por Michel Foucault. Além disso, 
vai identificar as associações de imagem como ideia e cópia da realidade.
A representação da imagem
No âmbito de estudo da imagem, tanto a semiótica como a ciência cognitiva se 
preocupam com o tema da representação imagística (SANTAELLA; NÖTH, 
1998). Antes de você explorar essa discussão, é relevante entender que a 
linguagem é a atividade central do seu pensamento. Dito de outra forma, não 
é possível conceber a noção de linguagem e pensamento de forma dissociada; 
pois o pensamento é constituído pela linguagem, que é, por sua vez, a “matéria” 
do pensamento. Seja a linguagem verbal, seja a linguagem visual, ambas cons-
troem sentido, ou seja, elas fazem parte do ato criador da significação. Isso é 
relevante para você compreender que a palavra e a imagem não são expressões 
necessariamente “distintas” e/ou “complementares”, como muitos as definem. 
O verbal e o visual são formas de as pessoas expressarem a sua capacidade de 
pensar e representar a vida, a si mesmas, os objetos e o mundo à sua volta. 
Desse modo, quando você caracteriza um objeto com palavras ou imagens, 
está o representando para si e para o outro (CORDEIRO, 2017). Nesse sentido, 
a representação é uma atividade fundamentalmente humana de significação, 
de elaboração de sentidos. Por isso, quando se fala em representar, a noção 
de signo aparece inevitavelmente relacionada à representação.
Para estudar as imagens, é importante você ficar atento à existência de dois 
domínios imagísticos que, embora sejam inicialmente apontados de forma se-
parada, como dois domínios, estão inter-relacionados: há o das imagens como 
representações visuais, de caráter material, e o das imagens como represen-
tações mentais, de caráter imaterial. Ao primeiro, concernem os desenhos, as 
pinturas, as gravuras, as fotografias e as imagens televisivas, cinematográficas, 
holográficas e infográficas. Ao segundo, pertencem aquelas imagens que povoam 
a mente, isto é, as visões, fantasias e imaginações. Essa didática explanação 
sobre cada domínio individualmente, apresentada por Santaella e Nöth (1998), 
pode levar você a refletir sobre a íntima ligação entre eles. Ora, não é possível 
pensar num desenho, por exemplo, que não tenha sido, nem mesmo por meio 
de um simples esboço, concebido pela mente. Também não há fantasia que não 
tenha tido, de alguma forma, origem no mundo concreto dos signos visuais, não 
é mesmo? Conforme explicam Santaella e Nöth (1998), a associação que existe 
entre a dimensão mental e a visual da imagem se dá por meio de noções como 
signo e representação, as quais unificam o mental e o perceptível. 
A noção de representação
Na concepção filosófica clássica, a atividade de representar se relaciona 
àquilo que as pessoas representam para si mesmas. Assim, a representação 
é entendida como a tentativa de tornar visível e sensível um objeto que está 
ausente ou um conceito por meio de um signo, como um desenho, um esquema, 
uma figura (ANDRÈS, 1996). É como se o pensamento e a imagem andassem 
juntos, aparecessem ligados, pois a representação imagética carregaria a 
ideia do objeto que representa. Desse modo, a imagem solicita um olhar, um 
As diversas noções de representação, imagem e realidade2
terceiro. Esse olhar, mesmo diante das associações, dos pensamentos e das 
projeções que a imagem desperta, fará uma leitura singular dela. Isso significa 
dizer que cada representação é um recorte particular e assim será interpretada 
pelo espectador. Apesar disso, a imagem carrega toda uma multiplicidade e 
inúmeras possibilidades de representação do objeto.
Ainda na direção de uma discussão de cunho mais filosófico e psicológico, 
a representação tem a propriedade de marcar a incidência do presente, mesmo 
que este já esteja perdido, pois o objeto foi representado no presente que já 
passou. Dito de outro modo, a representação recupera essa temporalidade, 
apesar de trazer com ela a perda desse mesmo tempo. A presença do objeto 
ou conceito trazida pela representação implica, assim, a ausência dele. No 
término do ato representativo, o que se tem é o conhecimento e a apreensão 
desse mesmo objeto ou conceito, isto é, se dá algo a conhecer (ANDRÈS, 1996). 
O conceito de representação tem sido, assim, historicamente relevante desde 
a escolástica da Idade Média. É importante você saber que, já nesse período, 
essa noção estava relacionada de maneira ampla a signos, símbolos, imagens 
e outras formas variadas de substituição (SANTAELLA; NÖTH, 1998).
Atualmente, essa noção, que também é muito cara aos estudos desenvol-
vidos pela ciência cognitiva, é conceituada pela semiótica geral por meio de 
definições diversas. Assim, fica mais difícil e impreciso o trabalho de delimitar 
o que é a representação. Contudo, você pode considerar que o significado 
dessa noção pode se estender a certos conceitos fundamentais a esse campo, 
tais como signo, relação sígnica e referência.
A ciência cognitiva é um campo interdisciplinar de estudo que se dedica a investigar a 
mente e a inteligência. Essa disciplina envolve ideias e métodos de psicologia, linguística, 
filosofia, ciência da computação, inteligência artificial, neurociência e antropologia. 
A palavra cognição, empregada pelos cientistas, se refere a diversos tipos de pensa-
mentos. Esses pensamentos podem envolver a percepção, a resolução de problemas, 
o aprendizado, a tomada de decisão, o uso da linguagem e a experiência emocional 
(THAGARD, c2017).
Assim, a ciência cognitiva agrega diversos campos e várias tradições de pesquisa 
que diferem umas das outras principalmente em relação às perspectivas da natureza 
de representações mentais e dos procedimentos pelos quais as representações são 
manipuladas (THAGARD, c2017). Entre os temas relacionados ao conceito de repre-
sentação, você vai encontrar, por exemplo, a representação analógica, a digital, a 
proposicional e a cognitiva ou mental (SANTAELLA; NÖTH, 1998).
3As diversas noções de representação, imagem e realidade
A representação como signo
No uso de representação feito pela língua inglesa, essa palavra é comumente 
empregada como sinônimo de signo. Tanto em John Locke (1632–1704) 
como em Charles Sanders Peirce (1839–1914), a representação é definida 
como signo. Em Sperber (1985, p. 77 apud SANTAELLA; NÖTH, 1998, 
p. 16), o conceito de representação é associado ao de signo. Para isso, o 
autor supracitado distingue dois tipos de representação: de um lado, há as 
representações mentais, que são caracterizadas como processos intrassub-
jetivos de pensamento; e, de outro, as representações públicas, tidas como 
processos intersubjetivos por meio dos quais as representações de um sujeito 
afetam as de outros sujeitos. Essa classificação feita por Dan Sperber (1942 
apud SANTAELLA; NÖTH, 1998–) se assemelha bastante aos domínios 
das imagens como representações visuais e mentais citadas anteriormente(cf. primeira página). Essa semelhança pode se explicar porque o que o 
autor chama de representações públicas é exatamente o que a semiótica 
assinala como signo ou veículo do signo. Em Peirce (apud SANTAELLA; 
NÖTH, 1998), os aspectos que caracterizam o signo são tidos como modos 
de representação: a representação pública está para o representamen (ou 
significante) enquanto a representação mental está para o interpretante (ou 
significado), como você pode ver na Figura 1.
Figura 1. Representação pública e representação mental.
Fonte: Adaptada de Joly (2007, p. 36), Santaella e Nöth (1998).
As diversas noções de representação, imagem e realidade4
A representação como relação sígnica
A palavra representação pode caracterizar também uma função ou um pro-
cesso sígnico, isto é, uma relação sígnica. Já no período medieval, a esco-
lástica definia a representação como a apresentação de algo ou alguma coisa 
por meio de signos. O próprio Tomás de Aquino (1225–1274) definia que a 
representação ocorre por meio de signos (SANTAELLA; NÖTH, 1998). Na 
tradição dessa escola, se fazia referência a quatro tipos de representação: (1) 
por uma imagem, (2) por um vestígio, (3) por um espelho e (4) por um livro. 
A conceituação da representação a partir da sua utilização e da sua relação 
sígnica tem sido importante desde aquela era, pois ainda é retomada por 
outros estudiosos. De maneira geral, você pode considerar que o homem 
atua no mundo por meio da representação, isto é, da produção e do uso de 
representações (SANTAELLA; NÖTH, 1998).
Nos últimos estudos feitos por Peirce (apud SANTAELLA; NÖTH, 1998, 
p. 17), a representação é vista como um “[...] processo da apresentação de um 
objeto a um intérprete de um signo.”; ou, ainda, como a relação entre o signo 
e o objeto. Essa conceituação é importante para você entender como o filósofo 
norte-americano chegou à noção de representamen: quando distingue entre 
aquilo que representa e o ato/a relação de representar, o primeiro se chama 
representamen e o segundo, representação. Desse modo, a representação 
surge como o ato, a atividade ou a relação de representar que é feita pelo 
representamen (pelo significante).
A representação como referência e função de 
apresentação
A noção de representação como relação de objeto, isto é, como relação síg-
nica, apontada anteriormente, está perto da definição de representação como 
referência e função de apresentação. Primeiramente, quando se fala em re-
presentação como referência, está se tomando em consideração a ideia de 
designação ou representação linguística das coisas. Contudo, a esse respeito, 
é importante você saber que é possível encontrar uma distinção entre o ato 
de referenciar e o de representar: enquanto a referência une um signo a uma 
coisa, a representação relaciona a construção de um conceito a um aspecto 
de uma coisa. Nessa perspectiva, tais relações também podem ser vistas de 
formas distintas (SANTAELLA; NÖTH, 1998).
5As diversas noções de representação, imagem e realidade
Quando alguém diz o enunciado “não existem pessoas de quatro pernas e cinco 
braços”, o enunciador está se referindo a pessoas de maneira geral. Nessa declaração há, 
assim, uma relação de referência à constituição física humana, mas não uma necessária 
atividade de representação. Nesse sentido, se concebe a atividade de se referir como 
um ato de remissão ao mundo e não como um ato de representação. No entanto, se 
pode também afirmar que nesse processo referencial há uma representação possível, 
a partir da negativa do enunciado, do que constitui (ou não) o ser humano.
Além disso, você pode conceber a representação enquanto apresentação, 
isto é, como o ato de expressar características do que é representado. Tal 
definição foi elaborada por Aristóteles. Na ideia da representação tomada 
como uma função da apresentação, se destacam alguns elementos do objeto 
referenciado e se suprimem ou mitigam outros.
A representação como signo icônico
Por último, mas não menos importante, existe a conceituação da represen-
tação como um signo icônico, isto é, como um signo baseado na relação de 
analogia e/ou similitude com o seu objeto. Tal definição existe também desde 
a tradição escolástica e foi muito importante para os estudos medievais. Nessa 
perspectiva, o ato de representação pode ser observado como a cópia de tudo 
o que o objeto representa. Além disso, pode ser visto a partir de uma relação 
de simulação do objeto que toma, uma vez que a representação pode espelhar, 
modelar, desenhar, simbolizar, etc. o seu objeto (SANTAELLA; NÖTH, 1998).
A crise da representação
O tema da crise da representação tem sido muito discutido pelos teóricos culturais 
e filósofos pós-modernos (SANTAELLA; NÖTH, 1998). Dentro dessa discussão, 
há um pensador que se destaca: Michel Foucault (1926–1984). O especial interesse 
sobre esse tema é discutido por Foucault na obra As palavras e as coisas, datada 
de 1966. Nessa obra, é possível observar a construção da história da teoria do 
signo e da cultura semiótica a partir do ponto de vista da semiologia estruturalista 
(SANTAELLA; NÖTH, 1998). Em especial, Foucault (1999) se vale da reflexão 
As diversas noções de representação, imagem e realidade6
sobre o signo elaborada pelo linguista e semiólogo suíço Ferdinand de Saussure 
(1857–1913). Ainda é relevante que você saiba que Foucault (1999) tematiza nesse 
livro as condições que permitiram o surgimento das ciências humanas, isto é, as 
que possibilitaram o aparecimento de um campo cujo objeto de estudo é o próprio 
homem. Também visto como um sujeito do saber, o homem é objetivado por 
diversos modos de estudo que buscam se tornar campos científicos.
Para Foucault (1999; SANTAELLA; NÖTH, 1998), a trajetória histórica 
da teoria do signo se dá desde o século XVII, com os estoicos. É, contudo, 
a partir da reflexão proposta por Saussure (2006) que a teorização sobre o 
signo ganha o seu destaque. Nesse sentido, é importante você lembrar que 
o signo saussureano é constituído por duas faces indissociáveis: um signifi-
cante (imagem acústica) e um significado (conceito) (SAUSSURE, 2006). 
Na perspectiva desse semiólogo, a relação estabelecida entre essas duas faces 
é arbitrária e convencional, pois quando se pensa em um objeto qualquer, 
como uma xícara, vem logo à mente o significante xícara e o seu significado, 
o qual foi aprendido coletiva e socialmente, isto é, por meio das relações e 
experiências em sociedade com os falantes da língua. Durante o desenvolvi-
mento teórico dessa reflexão, paralelamente se perde o valor do signo como 
cópia, herança da Idade Clássica. Até o período renascentista, era atribuída 
aos signos uma relação de afinidade com os objetos representados. Ou seja, a 
lei de representação era estabelecida por uma relação de semelhança mais ou 
menos evidente. A partir da falência dessa relação analógica estabelecida pela 
similaridade entre signo e objeto, a lei da representação passa a ser guiada pela 
relação de arbitrariedade entre signo e objeto (SANTAELLA; NÖTH, 1998).
Michel Foucault foi um filósofo e historiador francês que influenciou teóricos e 
estudiosos de diversos campos após a II Guerra Mundial. Filho de uma sólida família 
burguesa, aos 20 anos ingressou na École Normale Supérieure (ENS), em Paris. Lá, ele 
estudou psicologia e filosofia, entrou em contato com o comunismo e deu início a 
uma importante reputação acadêmica. Sua carreira foi marcada por uma intensa vida 
profissional e intelectual, em especial pelas ideias que propunha acerca de temas 
bastante originais e controversos, além de não marginalizados pela discussão na 
própria academia, tais como a doença mental, a sexualidade e a prisão.
Desse modo, uma das questões levantadas por Foucault (1999; SANTAELLA; 
NÖTH, 1998) é quanto à naturalidade da relação do signo com o objeto tomada 
7As diversas noções de representação, imagem e realidade
pelo período clássico. Com o deslocamento das “[...] relações sígnicas do mundo 
das coisasa um mundo dos signos das coisas, ou seja, das representações no 
sentido de Foucault.” (SANTAELLA; NÖTH, 1998, p. 23), o sistema de signos 
passa a ser visto por meio das relações entre esses signos. Dito de outro modo, 
o sistema de representação de signos ocupa o espaço do conhecimento.
A partir do século XIX, se estabelece uma nova ruptura no modelo outrora 
clássico de representar. A ordem das coisas deixa de ser elaborada pela razão 
da lógica e passa a ser fundamentada pela evolução e pela historicidade das 
coisas. Em outras palavras, a ordem das coisas, durante o paradigma classi-
cista, era pensada como uma verdade atemporal, isto é, sem a intervenção do 
tempo. Por meio do historicismo e do empirismo que caracterizam esse novo 
período, a verdade deixa de ser concebida como fora da atividade histórica e 
passa a ser constituída por essa atividade. Então, o tempo passa a interferir na 
representação, nas maneiras como as coisas eram vistas. Assim, se abre outra 
perspectiva, na qual os pontos de referência dos signos não estão mais nos 
próprios signos, mas no exterior da representação. Há um universo muito além 
e anterior ao das coisas representadas. Linguagem e representação passam a 
ser vistas de forma dissociada (SANTAELLA; NÖTH, 1998). 
O período do historicismo começa no final do século XIX e início do século XX. Essa 
perspectiva insistia na diferença entre o homem e a natureza, e entre as ciências naturais 
e humanas. Nessa corrente, os fatos humanos eram tomados como históricos. Eles 
carregavam valores, significações e finalidades, portanto deveriam ser estudados por 
meio desses aspectos que os diferenciavam dos fatos da natureza. Uma das consequ-
ências do historicismo era o relativismo – as leis científicas eram válidas somente para 
certa época e cultura, isto é, não poderiam ser universalizadas. Outra consequência 
era a subordinação das ciências humanas a uma filosofia da história – os indivíduos 
e as instituições só poderiam ser entendidos se o seu estudo se subordinasse a uma 
teoria geral da história, a qual toma cada formação sociocultural como uma visão de 
mundo específica.
Quanto ao empirismo, nessa perspectiva se afirma que a racionalidade, a verdade 
e as ideias são adquiridas pela experiência. Embora essa tese tenha sido defendida 
por muitos filósofos, os ingleses dos séculos XVI ao XVIII, tais como Francis Bacon, 
Thomas Hobbes e John Locke, são importantes expressionistas dessa vertente. Eles 
acreditavam que a razão, bem antes da experiência, se caracterizava como uma “folha 
em branco”. Isso significava dizer que era por meio das experiências sensoriais que 
as pessoas adquiriam conhecimento sobre o mundo e, assim, passariam a ter razão.
Fonte: Chaui (2013).
As diversas noções de representação, imagem e realidade8
Em resumo, você pode considerar, a partir da reflexão de Foucault (1999), três 
relações entre as palavras e as coisas que fizeram parte da história e a dominaram 
por certos períodos: no Renascimento (por volta de meados do século XIV até 
o século XVI), a relação entre o signo e o objeto era de semelhança, ou seja, os 
signos eram tomados como as próprias coisas. Na Era Clássica (por volta do 
século XVII ao XVIII), a relação era de representação. Nesse período, os signos 
e as coisas se afastam; aqueles parecem não conseguir mais alcançar as coisas e, 
assim, os sentidos não são essenciais, pois os signos representam as coisas que 
estão afastadas, distantes deles. Na Era Moderna (a partir do século XIX), a 
representação em crise cede lugar à relação de interpretação entre o signo e o 
objeto. Tal período é influenciado pela reflexão histórica atribuída ao homem.
A imagem como ideia e cópia da realidade
Para compreender a noção de imagem como ideia e cópia do real, é importante, 
inicialmente, você relembrar a noção sobre a imagem como representação 
mental, pois aqui vai explorá-la mais um pouco. A associação da imagem 
como representação da mente é um tema que circula da semiótica à ciência 
cognitiva. Esta, contudo, trabalha especialmente com modelos de conheci-
mento, isto é, com representações e processos mentais. Assim, enquanto a 
semiótica trabalha com a ideia de que as representações cognitivas são 
signos e as operações realizadas pela mente são processos sígnicos, a ciência 
cognitiva trabalha com modelos de processos cognitivos. De certo modo, as 
questões que cada uma coloca se cruzam no estudo do signo e do processo 
mental dissociadas (SANTAELLA; NÖTH, 1998).
Entre os estudos realizados pela ciência cognitiva, alguns se destacam. Entre 
eles, você pode considerar a investigação sobre o processo de armazenamento 
do conhecimento geral (como você guarda o conhecimento na sua mente?) e, em 
especial para o seu estudo aqui, a investigação que procura compreender como 
a informação visual é guardada na mente (será que ela é estocada na forma de 
imagens mentais?). Conforme explica Cummins (1989 apud SANTAELLA; 
NÖTH, 1998), os estudos cognitivos trabalham basicamente com a descrição 
de quatro modelos de representação mental do conhecimento/da informação: 
como (1) ideias, (2) imagens, (3) símbolos e (4) estados neurofisiológicos. Em 
(1), há o modelo de representação mental influenciado pela divisão proposta 
por Aristóteles (384 a.C.–322 d.C.) entre matéria e forma e pela tradição da 
escolástica. Esta, se baseando no filósofo grego, afirmava que as próprias 
ideias existiam como entidades na mente, compostas de matéria e forma. Nesse 
9As diversas noções de representação, imagem e realidade
modo de representação mental, se estabelecia uma relação icônica entre as 
coisas e ideias que as representam. Em (2), você encontra desde os epicuristas 
aos estudiosos cognitivos. Destaca-se nas suas investigações o modelo de 
representação analógica entre as coisas e ideias que as representam. Em (3), 
estão os teóricos da imagem que pensam a linguagem como representada 
mentalmente por meio de símbolos, principalmente no que diz respeito aos 
conceitos abstratos. Por último, em (4), existe a defesa de que as representações 
mentais funcionam como processos neurofisiológicos. Tal tese é assumida 
pelo conexionismo, cujo conhecimento é percebido na forma de processos 
de ativação ou inibição fisiológica das sinapses.
O epicurismo é um sistema filosófico ensinado por Epicurus (341–270 a.C.). De maneira 
geral, é um sistema de valores éticos que abarca todas as concepções ou formas de vida 
que podem ser traçadas desde os princípios da filosofia. Entre os conceitos fundamentais 
que caracterizam esse sistema, você pode encontrar o atomismo, que é uma noção 
mecânica limitada de causalidade; a infinitude do universo e o equilíbrio de todas as 
forças que nele circulam; a existência de deuses concebidos como forças imortais que 
estão à parte dos acontecimentos que ocorrem no mundo; a identificação do bom com 
o prazer; a redução das relações humanas ao princípio da utilidade, o qual encontra a 
mais alta expressão na amizade; a limitação de todo o desejo; e a prática das virtudes.
Fonte: Duignan e Diano (c2017).
A imagem como ideia e/ou a ideia como imagem
A imagem é um tema crucial de reflexão desde o período da Antiguidade 
(por volta de 4.000 a.C. até meados de 476 d.C.). Entre os primeiros que a 
estudaram, se destacam Platão (427/428 a.C.–347 a.C.) e Aristóteles (384 
a.C.–322 a.C.). Para o primeiro, a imagem era sinônimo de imitação, engano 
e desviava o sujeito do conhecimento (JOLY, 2007). O segundo via a imagem 
como condução do conhecimento, o meio de educação (JOLY, 2007). Para 
Platão (apud SANTAELLA; NÖTH, 1998), as ideias se constituíam de palavras 
e, posteriormente, de imagens – estas se originavam para o filósofo na própria 
alma. Já em Aristóteles (apud SANTAELLA; NÖTH, 1998), as imagens 
apareciam com um significado bem maior na construção do pensamento, pois 
não havia como pensar sem imagens. 
As diversas noções de representação, imagem e realidade10
Segundo Joly (2007), uma das primeiras definiçõesdadas à imagem é 
encontrada em Platão. Em sua famosa obra A República (PLATÃO, 2007, p. 
292), as imagens surgem como um objeto segundo, uma sombra, um reflexo 
de uma superfície ou corpo opaco: “Denomino imagens primeiramente às 
sombras, depois aos reflexos que se veem nas águas ou na superfície dos 
corpos opacos, polidos e brilhantes, e a todas as representações semelhantes.”. 
Isso permite inferir que o filósofo grego atribuía às palavras o lugar primeiro 
de importância para a construção das ideias. O segundo lugar, ele dava às 
imagens. No Mito da Caverna, que se encontra no Volume 7 de A República, 
Platão (2007) elabora o mundo visível, a imagem desse mundo, por meio 
de sombras que constituem os véus do mundo ideal e inteligível. É preciso 
compreender que a imagem desse mundo é de sombra, de escuridão e, para 
alcançar a iluminação, é preciso enxergar verdadeiramente as coisas. O mundo 
da caverna é o da verossimilhança, mas não é o verdadeiro. Ele é a imagem do 
mundo das ideias, do mundo ideal. No entanto, ao mesmo tempo, era a partir 
do reflexo ou da sombra, da imagem, que o sujeito poderia se fazer, tornando 
esse reflexo um instrumento de filosofia, de conhecimento.
De todo modo, nos estudos da semântica você também vai encontrar a ideia 
de que os significados das palavras são interpretados como imagens mentais. 
Dito de outro modo, as palavras evocam imagens mentais, ou ainda, de forma 
mais metafórica, ideias “invisíveis”. A tese das ideias como imagens e/ou das 
imagens como ideias foi também retomada e estudada por outros estudiosos, 
como pelo filósofo e físico inglês John Locke (1632–1704). Apesar disso, 
essa tese foi criticada mais adiante por não ser possível descrever todas as 
ideias por imagens. 
11As diversas noções de representação, imagem e realidade
Figura 2. No Mito da Caverna, escrito por Platão, as sombras ou os reflexos constituiriam as 
imagens a que os habitantes da caverna teriam acesso, imagens essas que seriam tomadas 
por eles como a verdade e a realidade.
Fonte: Nadiia Kotliar/Shutterstock.com. 
A imagem como cópia da realidade
A caracterização da imagem como cópia do real continua a influenciar con-
sideravelmente a construção do conhecimento ocidental. Quantas vezes você 
se deparou com a definição, que já tomou conta do lugar-comum, da imagem 
como cópia, decalque, “véu”, coisa segunda? Nessa caracterização, a imagem 
é colocada numa posição “menor”, inferior (MOURÃO, 2011), porque se 
pressupõe que, ao defini-la como cópia, há outro “maior” que ela projetaria 
e retomaria. 
Segundo Santaella e Nöth (1998, p. 28-29), os estudos da imagem mais 
radicais tomam as imagens mentais como cópias da realidade. Inicialmente 
encontrada entre os epicuristas, a reflexão sobre esse modelo de represen-
tação da imagem toma os objetos encontrados no mundo como refletores e 
irradiadores de cópias icônicas e materiais no cérebro do homem. Nessa visão, 
a “[...] imagem mental é um ícone da realidade.” (SANTAELLA; NÖTH, 
1998). Nesse sentido, é importante você saber que o ícone é, para a semiótica 
peirceana, um tipo de signo que apresenta uma relação analógica, geralmente 
de similitude, com o objeto (ou referente) que representa.
No empirismo, principalmente representado pelo filósofo e historiador 
escocês David Hume (1711–1776), as ideias são tomadas como imagens men-
As diversas noções de representação, imagem e realidade12
tais. Estas possuem sua origem nas experiências e percepções pelos sentidos. 
Na Teoria da Percepção ou Teoria Representativa da Percepção, John Locke 
e René Descartes (1596–1650) defendiam que o objeto percebido, notado ou 
experimentado pelos sentidos produz representações internas que têm uma 
relação de semelhança com os objetos que foram percebidos, notados ou 
experimentados. Isso ocorreria mesmo se os objetos percebidos não fossem 
reais (SANTAELLA; NÖTH, 1998).
Algumas considerações finais
Durante a história, se pensou a imagem a partir de diferentes perspectivas 
– como ideia e como cópia, por exemplo. Como você viu, é por meio dessas 
distintas reflexões que os estudos semióticos sobre a imagem têm se desenvol-
vido. Assim, apesar de haver críticas à noção da imagem como representação 
da ideia ou como cópia icônica da realidade, é preciso que você compreenda os 
espaços de teorizações que permitiram significar a imagem ao longo da história.
1. Qual das alternativas a seguir define 
corretamente a representação tomada 
por Peirce (SANTAELLA; NÖTH, 1998)?
a) A representação é um 
ato referencial.
b) A representação é uma 
forma de apresentação.
c) A representação é uma sombra, 
um reflexo de um objeto.
d) A representação é uma 
cópia da realidade.
e) A representação se dá pela 
relação entre signo e objeto.
2. A respeito da crise da representação 
elaborada por Foucault (1999), marque 
a alternativa que retoma corretamente 
o que o pensador francês debate.
a) As relações dos signos com 
eles mesmos marcaram 
a Idade Clássica.
b) O modelo clássico de 
representação permanece 
até a atualidade.
c) No Renascimento, a relação 
entre o signo e o objeto era 
vista como convencional.
d) A partir do século XIX, a 
história passa a interferir no 
processo de representação.
e) A partir da Era Moderna, 
a relação entre os signos 
e as coisas se afasta.
3. Como se caracterizam os domínios 
imagísticos tratados nos estudos das 
imagens como inter-relacionados? 
Marque a alternativa correta. 
a) Como o domínio das 
representações mentais e o 
das representações visuais. 
O primeiro é material. Fazem 
13As diversas noções de representação, imagem e realidade
parte dele as visões, fantasias 
e imaginações. O segundo 
é imaterial. Pertencem a ele 
os desenhos, as pinturas, as 
gravuras, as fotografias, as 
imagens televisivas, etc.
b) Como o domínio das 
representações mentais e o 
das representações visuais. 
Ambos são caracterizados 
como imateriais. Fazem parte do 
primeiro os desenhos, as pinturas, 
as gravuras, as fotografias, as 
imagens televisivas, etc. Quanto 
ao segundo, inclui as visões, 
fantasias e imaginações.
c) Como o domínio das 
representações mentais e o 
das representações visuais. O 
primeiro é imaterial. Fazem 
parte dele os desenhos, 
as pinturas, as gravuras, 
as fotografias, as imagens 
televisivas, etc. O segundo é 
material. Pertencem a ele as 
visões, fantasias e imaginações.
d) Como o domínio das 
representações mentais e o das 
representações visuais. O primeiro 
é imaterial. Fazem parte dele as 
visões, fantasias e imaginações. O 
segundo é material. Pertencem 
a ele os desenhos, as pinturas, 
as gravuras, as fotografias, as 
imagens televisivas, etc.
e) Como o domínio das 
representações mentais e o 
das representações visuais. 
Ambos são caracterizados 
como materiais. Fazem parte do 
primeiro as visões, fantasias e 
imaginações. Quanto ao segundo, 
inclui os desenhos, as pinturas, 
as gravuras, as fotografias, as 
imagens televisivas, etc.
4. Marque a alternativa correta a 
respeito da imagem como ideia.
a) Para Aristóteles, a imagem 
era tomada como 
sinônimo de imitação.
b) Para Platão, as imagens surgem 
como um objeto primeiro.
c) Para Aristóteles, o pensamento 
se operava por imagens.
d) Para Platão, a imagem 
era vista como condução 
do conhecimento.
e) Para Aristóteles, as imagens 
surgem como um objeto segundo.
5. Complete corretamente o 
seguinte enunciado: 
A associação da imagem como 
representação da mente é um 
tema que circula da semiótica à 
ciência cognitiva. Assim, cabe à 
semiótica e à ciência cognitiva 
estudar principalmente...
a) as representações cognitivas, 
vistas como signos, e os 
modelos de processos 
cognitivos, respectivamente.
b) os modelos de processos 
cognitivos e as representações 
cognitivas, vistas como 
signos, respectivamente.
c) as representações cognitivas e os 
modelos de processos cognitivos, 
vistos como signos, conjuntamente.
d) as representações cognitivas 
e os modelos de processos 
cognitivos, ambos vistos como 
signos,respectivamente.
e) os modelos de processos 
cognitivos e as representações 
cognitivas, vistas como 
signos, conjuntamente.
As diversas noções de representação, imagem e realidade14
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nível em: <https://www.britannica.com/topic/Epicureanism>. Acesso em: 13 nov. 2017. 
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Acesso em: 13 nov. 2017. 
Leitura recomendada
PLATÃO. A alegoria da caverna. Brasília, DF: LGE, 2006.
15As diversas noções de representação, imagem e realidade
https://www.britannica.com/topic/Epicureanism
http://www.eniopadilha.com.br/documentos/Platao_A_
https://www.britannica.com/science/cognitive-science#toc124505main
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