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FARMACOLOGIA Ciência que estuda o mecanismo de ação, o emprego e os efeitos dos fármacos no organismo Doenças genéticas não tem cura Função importante do médico geneticista aconselhamento genético Coadjuvante Líquido: veículo Coadjuvante Sólido (comprimido/cápsula): Excipiente Nem todo medicamento tem nome comercial (alguns são comercializados com o próprio nome genérico) MEDICAMENTO: Preparação destinada à cura, alívio, prevenção e/ou diagnóstico das moléstias de todos os seres vivos, em formas e doses determinadas É composto de fármaco(s) + adjuvantes (aditivos) Aglutinantes, desintegrantes, lubrificantes, conservantes, corantes, aromatizantes, et Medicamento genérico: ter o mesmo fármaco (princípio ativo), mesma concentração, mesma forma de apresentação, utilizado para a mesma indicação terapêutica, mesma via de administração, indicação terapêutica igual ao medicamento de referência intercambiável com o medicamento referência ex: se prescreve Piroxican (nome farmacológico/genérico) pode-se vender na farmácia qualquer genérico Piroxican na mesma formulação prescrita ou Feldene (referência) E VICE VERSA - se receitou Feldene pode vender genérico Piroxican · Escrever a mão na receita se não aceita intercambialidade Genérico é considerado bioequivalente ao medicamento referência (no estudo farmacocinético os padrões e perfil é pelo menos 80% igual) · Lei do genérico no brasil permite uma variação de 20% Medicamento Similar: mesmo fármaco (princípio ativo), mesma concentração, mesma finalidade terapêutica, mesma forma de apresentação, mesma via de administração, posologia e indicação terapêutica Tem nome comercial, nome fantasia (é preciso procurar nas listas oficiais) Não há garantia de bioequivalência com o medicamento referência · Se for bioequivalente é intercambiável FORMA FARMACÊUTICA: Forma na qual o medicamento pode ser administrado · Sólida: comprimidos, cápsulas, drágeas, pós, supositórios, óvulos, pastilhas... · Líquida: soluções, suspensões, xaropes, emulsões, soluções injetáveis... · Semissólida ou pastosa: cremes, pomadas, géis, pastas Comprimido e drágea não tem a mesma forma de apresentação COMPRIMIDO Um monte de pó comprimido (comprimido esfarela mais rápido do que drágea) · Não revestidos: liberação no estômago · Efervescentes: devem ser dissolvidos em água antes da administração · Revestidos: contêm uma ou mais camadas de substâncias destinadas a mascarar o odor ou o sabor dos PAs e/ou proteger do ar, da luz e da umidade. Não pode ser partido. Revestimentos tem função de controlar o momento da absorção. Normalmente contém uma sigla após o nome (ex: Metformina XR - XR, BD, DI, CR, LC, SR) · Gastrorresistentes: recobertos com uma ou mais camadas de substâncias que resistem ao suco gástrico: a liberação só ocorre no intestino · Liberação Modificada: preparados com adjuvantes especiais e/ou processos destinados a modificar de maneira desejada a velocidade ou o local de liberação · Comprimidos Sublinguais: permitem a liberação e a absorção de PAs sob a língua · Pastilhas: destinam-se a ser dissolvidas na boca, geralmente contêm grande proporção de sacarose · Drágea: brilhosa e docinha (aspecto brilhoso e o açúcar serve para mascarar gostos/cheiros ruins) · Comprimidos Matrix: cronoliberação, programados para liberar a cada x tempo uma determinada quantidade de fármaco (ex: Levodopa) O formato do comprimido (redondo, quadrado, hexagonal) não interfere em nada o que interfere é a forma farmacêutica · Adesivos também são uma forma de retardar a ação do fármaco FARMACOCINÉTICA: O que o corpo faz ao fármaco (LADME). É o que o meu corpo faz com o fármaco (fígado metaboliza, rins excretam, líquidos corporais distribui pelo corpo) - CONCENTRAÇÃO · Liberação · Absorção · Distribuição · Metabolização · Excreção Importante para a determinação adequada da posologia, reajuste de doses, interpretação de resposta inesperada ao medicamento, compreensão da ação dos fármacos, estudo de novos fármacos FARMACODINÂMICA: O que o fármaco faz ao corpo (ATIVIDADE). É o efeito que o fármaco faz no corpo - EFEITO, ONDE AGE, MECANISMO DE AÇÃO IMPORTÂNCIA DA FARMACOCINÉTICA 1. Determinação adequada da posologia (quanto eu vou dar a cada quantidade, por quanto tempo, por quanto tempo, qual via de administração) 2. Reajuste de dose 3. Interpretação de resposta inesperada ao medicamento 4. Compreensão da ação dos fármacos 5. Estudo de novos fármacos O perfil farmacocinético é estabelecido através do estudo de: · Modelos farmacocinéticos · Tipos de cinética · Absorção · Biodisponibilidade · Área sob a curva (concentração plasmática/tempo) · Meia-vida · Concentração plasmática · Distribuição · Volume aparente de distribuição (VD) · Biotransformações · Excreção · Clearance de excreção ABSORÇÃO: é o movimento das moléculas através das membranas até alcançar o sangue · Soluções são absorvidas mais rápido do que comprimidos, pois já estão dissolvidas Absorção do mais lento para o mais rápido: Comprimido cápsula suspensão solução O transporte pode ser passivo (difusão passiva e filtração) ou transporte especializado (transporte ativo e difusão facilitada) O ritmo de chegada da droga ao seu sítio de ação depende: · Do ritmo de absorção · Do ritmo de distribuição Fatores que podem modificar a absorção: · Solubilidade (meio aquoso absorve mais rápido, pois o próprio óleo compete com o fármaco para passar pelo meio, a passagem em meio oleoso é mais lenta. Mecanismo usado para retardar a absorção injeção anticoncepcional mensal é oleosa, injeção anticoncepcional trimestral é uma suspensão) · Grau de desintegração (tamanho das partículas, quanto menor mais fácil de passar) · Coeficiente de partição o/a (lipossolubidade) · Concentração da droga no local de absorção · Circulação para o ponto de absorção · Área da superfície de absorção · pH do meio de exposição da droga (absorvido no pH do estômago, do intestino) - Forma ionizada é polar e mais hidrossolúvel · Ácido absorve em meio ácido · Bases absorvem em meio básico Aspirina (ácido) é absorvida onde o pH for ácido (estômago e duodeno) duodeno é + Fatores que modificam a absorção de fármacos administrados por via parenteral: Calor: aumenta a absorção Massagens: aumenta a absorção Adição de vasoconstritores (ex: lidocaína com adrenalina = Xilocaína com vaso): diminui a absorção Diminuição da solubilidade em água (ex: penicilina G benzatina - Benzetacil): diminui a absorção VIAS DE ADMINISTRAÇÃO Depende de fatores clínicos, farmacológicos, farmacocinéticos e fatores tecnológicos Classificação quanto a passagem através das membranas: · Mediatas/Indiretas · Imediatas/Diretas Classificação quanto ao ponto de vista anatômico: · Enterais · Parenterais VIAS PARENTERAIS: IM, SC, EV, intraperitoneal, intrapulmonar, intratecal, intra-arterial VIAS ENTERAIS: Via Oral, Via Retal, Via Sublingual VIAS LOCAIS: Uso tópico (pele, mucosas), nasal, conjuntival, vaginal · Via Oral Mais usada Vantagens: inocuidade, conforto, aceitação fácil, não necessita de profissionais especializados, FF de mais fácil conservação e produção Locais de Absorção: boca e trato gastrointestinal · Via Sublingual Grande absorção (e rápida) Mucosa muito delgada, alta vascularização, não passa pelo fígado Vantagens: utilizada quando se deseja efeito rápido · Via Retal Vantagens: útil em casos de vômitos, em pacientes inconscientes, efeito local (retocolite) O fármaco é destruído por enzimas digestivas e uma parte não passa pelo fígado Não se sabe exatamente o quanto vai ser absorvido ali VIAS PARENTERAIS Vantagens: efeito imediato, evita a inativação por enzimas digestivas, pacientes inconscientes, paciente que não aderem ao tratamento Desvantagens: erros toxicidade local e sistêmica, dor, ↑ requisitos de pureza do medicamento, custo elevado, necessidade de pessoa habilitada para administrar o medicamento · Intravenosa (rápida, ↑ risco, precisa, pequenas a grandes volumes) Injeção de grandes volumes é conhecida como perfusão endovenosaou infusão contínua Pode ser na forma de Bolus (30s-1min) ou IV lenta (3min-10min) Perfusão Intermitente: volumes 50-100mL, velocidade 12-210mL/h Perfusão Contínua: regulados por bombas perfusoras, volumes grandes (>500mL), velocidade 100-125mL/h · Intramuscular (pequenos volumes, elevada irrigação e pequena inervação por fibras sensitivas) Em caso de injeção dolorosa: anestésicos locais com ação conservante: álcool benzílico e clorobutanol um exemplo que se usa em Via Intramuscular é injeção de Penicilina Pode-se retardar a absorção (viscosidade influencia) absorção lenta e ação prolongada Pode provocar necrose · Subcutânea/Hipodérmica (injeção abaixo da pele) Volumes reduzidos, muito usada para imunizações, rodízio em locais de aplicação (ex: insulina, heparina). A pessoa pode ser ensinada a aplicar em si mesma · Intraperitoneal (via direta, mais utilizada em animais substituindo a via endovenosa) · Intratecal (região da coluna no liquor, ≠ da peridural, que é antes de chegar no liquor, no espaço peridural. A Intratecal costuma extravasar liquor e gerar dor de cabeça) · Intradérmica (usava para testagem de alergênicos) · Intraraquídea · Intra-arterial (mais utilizada para fins diagnósticos gasometria) OUTRAS VIAS (Pele e Mucosas) · Transdérmica · Nasal · Ocular · Vaginal · Pulmonar (uso de fármacos broncodilatadores inalatórios. Efeito direto nos pulmões) Nenhum fármaco ou composto se distribui de forma homogênea no nosso corpo Volume Aparente de Distribuição (VD): volume aparente que o fármaco se distribuir Quanto de líquido corporal necessita para que o líquido se distribua homogeneamente pelo corpo VD dá uma ideia da distribuição do fármaco Inversamente proporcional a concentração plasmática MODELOS COMPARTIMENTAIS Nosso corpo é como uma garrafa VD da digoxina = em torno de 650L Ou seja, para distribuir de forma homogênea no corpo, precisa pesar 1 tonelada VD então se acumula no miocárdio (VD alto sempre se acumula em algum lugar) Digoxina não é um fármaco seguro, alta toxicidade, usa-se doses pequenas, é bom que se acumule no miocárdio, pois aí não fica circulando no sangue Heparina precisa agir no próprio sangue, possui um VD em torno de 3L e fica a nível circulante VD baixo = heparina no sangue (onde deve estar) DISTRIBUIÇÃO Movimento das moléculas do fármaco da circulação sanguínea para as diversas zonas do organismo Principais Compartimentos: · Plasma: 5% do peso corporal · Líquido Intersticial: 16% · Líquido Intracelular: 35% · Líquido Transcelular: 2% · Gordura: 20% Reservatórios Medicamentosos: tecido adiposo, proteínas plasmáticas, reservatórios transcelulares, reservatórios celulares, ossos Redistribuição: saída do fármaco do local de ação para outros tecidos. Processo responsável, em parte, pela perda do efeito do fármaco Todos os fármacos lipossolúveis possuem redistribuição Tecido adiposo é um reservatório medicamentoso · Obesos, idosos (↑ massa gorda) tecido adiposo atrai o fármaco (são lipossolúveis) Cuidado com anestesias (ex: lipo que remove gordura) remover tecido adiposo faz com que, consequentemente, remova-se parte do fármaco redistribuído junto perigoso Captopril e Enalapril são do mesmo grupo inibidores da ECA Paciente vem até a UBS com a pressão alta e se dá captopril sublingual é o fármaco ativo já, não precisa passar pelo fígado, processo irreversível Enalapril nunca se dá, pois ele é via oral e não sublingual. Ele precisa passar pelo fígado para agir Ligado à albumina ou a proteínas plasmáticas = inativo (não consegue ir até os tecidos) Fármaco não ligado a proteínas plasmáticas ou albumina = ativo Proteínas plasmáticas são importantes reservatórios medicamentosos locais onde o fármaco pode ficar armazenado Fármaco ligado a proteínas plasmáticas está no sangue na forma inativa Varfarina: anticoagulante oral que se liga 99% a proteínas plasmáticas e somente 1% fica livre Ligação acima de 80% forte e até 20% fraca Importante a termo de interação medicamentosa quando se usa mais de um fármaco AAS se liga 90% a proteína plasmática Todos os fármacos ácidos tem forte ligação com albumina (quanto mais ácido, mais forte) Hormônio T4 pede-se a quantidade livre e ligada no sangue FUNÇÕES DO METABOLISMO: 1. Fornece energia para as funções do corpo e sobrevivência 2. Degrada os compostos ingeridos até estruturas mais simples (catabolismo) e biossíntese de moléculas mais complexas (anabolismo) 3. A biotransformação ou conversão de compostos estranhos ao organismo a derivados que podem ser facilmente eliminados Tem fármacos que sofrem só a biotransformação 1, tem fármacos que só fase 2 e tem fármacos que sofrem biotransformação nas 2 fases Fase 1: mediadas por enzimas hepáticas da família das isoenzimas do citocromo P-540 (todas as reações enzimáticas podem ser aceleradas ou inibidas) Fase 2: MEIA VIDA Encontrado como: t ⅟₂ Ao longo do tempo, menos fármaco e mais liberado e absorvido e mais fármaco sendo distribuído, biotransformado e excreção Meia vida antes e depois do LABME anotar Meia vida: tempo em que a concentração do fármaco é reduzida à metade O fármaco leva de 4 a 6 meias vidas para chegar no platô concentração no estado de equilíbrio (concentração plasmática média máxima constante) Efeito do fármaco é diferente de meia vida Meia vida: termos de concentração plasmática Efeito do fármaco: quanto tempo dura o efeito do medicamento no organismo da pessoa BIODISPONIBILIDADE Pode ser afetada pelo consumo de alimentos Objetivos e importância determinar: - Quantidade ou proporção de fármaco absorvido a partir da F.F - Velocidade na qual o fármaco foi absorvido - Duração da presença do fármaco nos líquidos e tecidos - Relação entre concentração plasmática e eficácia terapêutica BIOEQUIVALÊNCIA: Importância poder comparar duas preparações farmacêuticas com o mesmo P.A na mesma dose Fármacos que sofrem secreção tubular: ÁCIDOS BASES Acetazolamida Amilorida AAS Dopamina Penicilinas Morfina Probenecida Anti-histamínicos Diuréticos tiazídicos e de alça Metabólitos conjugados Eliminação pode ser · Via urinária · Fezes · Suor · Saliva · Lágrimas · Leite materno (importante em termos de qualidade e não quantidade, se vai ter efeito prejudicial na criança ou efeito na produção do leite) Ou pode ser metabolizado por enzimas plasmáticas e degradado por elas A principal via de eliminação é a via renal e em 2º lugar as fezes (principalmente fármacos via oral) se ainda for lipossolúvel vai ser reabsorvido túbulo contorcido distal secreção tubular ativa (absorção), processo com gasto de energia ácidos são secretados pelas bombas de ácidos, ácidos competem entre si bases são secretadas pelas bombas de base, bases competem entre si Diuréticos tiazídicos (HCTZ) podem causas crises de gota competem pela eliminação junto com o ácido úrico faz com que mais ácido úrico fique retido no organismo, pois é eliminado mais lentamente pode gerar uma crise de gota TIPOS DE CINÉTICA · Cinética de Ordem Zero · Cinética de Primeira Ordem · Cinética de Ordem Zero ou de Michaelis-Mentes Cinética de Primeira Ordem Eliminação do fármaco proporcional a concentração plasmática Cinética de Ordem Zero Não existe proporção, existe uma constante de eliminação. O fármaco sempre é eliminado de forma constante. Maior chance de intoxicação e toxicidade, pois vai acumulando a concentração plasmática. São poucos fármacos que tem eliminação de ordem zero pura Cinética de Ordem Zero ou de Michaelis-Mentes Combinação de 1º ordem com a de ordem zero. Até determinada concentração plasmática, o fármaco é eliminado conforme sua concentração (1 º ordem), com a saturação dos processos de transporte o fármaco passa a ser eliminado de forma constante (ordem zero) Ex: ácido acetilsalicílico (aspirina), fenitoína (anticonvulsivo) Bulas Relacionada a efeitos no corpo farmacodinâmica Concentração, via de administração farmacocinética Medicamento deve levar em conta Eficácia Segurança Custo ConveniênciaAcessibilidade REMUME: relação municipal de medicamentos essenciais RENAME: relação nacional de medicamentos essenciais Maior propensão de apresentarem reações adversas a medicamentos: Idosos, insuficientes renais, problemas cardíacos e respiratórios INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS FÍSICO QUÍMICAS Duas ou mais substâncias reagem entre si: mecanismos puramente físicos ou químicos Podem ocorrer várias incompatibilidades, que levam a reações quando os medicamentos são colocados em infusão intravenosa, frascos ou seringas, podendo ocasionar a inativação dos fármacos em questão · Ex: precipitação da anfotericina B em solução fisiológica Reações de óxido redução · Vitamina C + ferro Reações de precipitação (quelação) · Tetraciclinas + cálcio (leite) · Quinolonas + antiácidos Os efeitos finais são resultantes das ações farmacodinâmicas próprias dos agentes concorrentes Podem resultar em: sinergismo ou antagonismo Exemplos: 1. Canamicina (aminoglicosídeo) com ácido etacrínico (diurético de alça) aumento de otoxicidade com possibilidade de surdez irreversível 2. Benzodiazepínicos com Etanol (potencialização do efeito depressor do SNC) Mecanismos Farmacodinâmicos Fármacos com efeitos farmacológicos semelhantes, mas mecanismo de ação diferente, promovem geralmente uma resposta sinérgica: · Insulina e hipoglicemiantes orais (sulfonilureias* aumentam a secreção de insulina) · AINEs e anticoagulantes orais Levotiroxina Interações Medicamentosas Farmacocinéticas Ocorre quando um fármaco modifica a cinética de outro fármaco administrado concomitantemente São as mais imprevisíveis e mais frequentes não tem como prever o metabolismo do indivíduo Absorção e suas interações Essas interações podem aumentar ou diminuir a biodisponibilidade de um fármaco na corrente sanguínea - Concentração máxima no plasma (Cmax) - Tempo decorrido para atingir essa concentração máxima (Tmax) Alteração do pH gástrico Antiácidos, inibidor da bomba de H+, antagonistas H₂ (ranitidina, cimetidina) ↑ pH gástrico: ↓ absorção de vários fármacos 1. Cetoconazol, itraconazol 2. Antibióticos quinolonas (ciprofloxacino, norfloxacino) 3. Tetraciclinas 4. Digoxina 5. Tiroxina 6. Ferro Antiácidos e absorção · Hidróxido de Alumínio Reduz a absorção: digoxina, propranolol, tetraciclinas, clorpromazina Administração de antiácidos nunca deve ser ao mesmo tempo e é preciso estar atento ao que o paciente está ingerindo Alteração da motilidade gastrointestinal Fármacos anticolinérgicos (atropina, escopolamina): - Retardam o esvaziamento gástrico e a motilidade intestinal e reduzem as secreções digestivas prejudicam a absorção de fármacos Fármacos que aceleram o esvaziamento gástrico: - Favorecem a absorção de muitos fármacos (metoclopramida, bromoprida antimiéticos) Enxaqueca estase gástrica diminui a sborção Ligação ou quelação de outros fármacos · Fármacos contendo Ca+2 (antiácidos, reposição de Ca+2) reduz a absorção de tetraciclinas, levotiroxina · Ferro: reduz a absorção de tiroxina, metildopa, ciprofloxacino e tetraciclinas ELIMINAÇÃO E SUAS INTERAÇÕES Urina ácida · Amitriptilina, Anfetamina, Imipramina, Cloroquina Melhor eliminados na urina com pH ácido Urina alcalina · Barbitúricos, Fenilbutazona, Ácido Nalidixico, Ácido Salicílico Melhor eliminados na urina alcalina Alterações do pH urinário: Acidificantes: dietas Competição Tubular Probenecida X Penicilina (prolonga meia vida) AAS x Espironolactona (reduz diurese por bloqueio de secreção) Eliminação da glicoproteína P: principal responsável pela excreção ativa de fármacos nos túbulos renais Exemplo: a Digoxina é secretada pelos rins alguns fármacos inibem a secreção renal da digoxina (quinidina, verapamil, espironolactona) DISTRIBUIÇÃO E SUAS INTERAÇÕES Fármacos podem interior na distribuição de outros quando: Competem pela ligação com as proteínas plasmáticas Fármacos que se ligam fortemente as proteínas plasmáticas (>90%): anticoagulantes orais, fenitoína, estrógenos, glicocorticoides, Diazepam, AINEs Se um fármaco se liga a 99% das proteínas plasmáticos, seu efeito se dá pelo 1% de fármaco livre. Caso um outro fármaco desloque apenas 1% desse fármaco, seu efeito aumentará 100% Intensificação da resposta farmacológica e/ou tóxica METABOLISMO E SUAS INTERAÇÕES Indução ou inibição enzimática Citocromo P-450, Monoaminoxidase, álcool desidrogenase Indutores: barbitúricos, fenitoína, carbamazepina, rifampicina, tabaco, etanol Inibidores: fluoxetina, cimetidina, ritonavir, cetoconazol, omeprazol (benzodiazepínico) PRECAUÇÕES EM RELAÇÃO AS INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS Observar os fármacos que possuem uma janela terapêutica estreita ou quando é necessário manter níveis sanguíneos adequados: anticoagulantes, anticonvulsivantes, antineoplásicos, digitálicos, hipoglicemiantes, imunossupressores, lítio