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<p>FARMACOLOGIA</p><p>Ciência que estuda o mecanismo de ação, o emprego e os efeitos dos fármacos no organismo</p><p>FARMACOTERAPIA</p><p>→ CONCEITO: Emprego de fármacos para o tratamento de doenças.</p><p>→ OBJETIVOS:</p><p>• Alterar sintomas e sinais.</p><p>Exemplo: dor e febre</p><p>• Destruir parasitas.</p><p>Exemplo: bactérias</p><p>• Substituir substâncias endógenas ausentes ou presentes em quantidades</p><p>insuficientes → manutenção da homeostasia no organismo.</p><p>Exemplo: Reposição de hormônios sexuais, uso de insulina.</p><p>FÁRMACO</p><p>→ Substância de estrutura química bem definida e registrada, utilizada para fins terapêuticos.</p><p>→ Componente principal do medicamento, responsável por ações terapêuticas e/ou efeitos</p><p>adversos.</p><p>→ Fármaco e medicamento NÃO são sinônimos → O medicamento contém o fármaco e o</p><p>fármaco é o responsável pela ações (tanto os efeitos adversos, quanto os efeitos desejáveis).</p><p>NOMENCLATURA DOS MEDICAMENTOS</p><p>Medicamento é a forma como se administra o fámaco → é a preparação. O medicamento</p><p>contém o fármaco e aditivos. Ex:comprimidos.</p><p>**Medicamento sólido = excipiente.</p><p>**Medicamento líquido = veículo.</p><p>→ NOME GENÉRICO: Piroxicam (antiinflamatório não esteroidal).</p><p>→ NOME COMERCIAL: Feldene</p><p>→ NOME QUÍMICO:[4-hidroxi-2-metil-N-2-piridinil-2H,1,2-benzotiazina-3-carboxamida 1,1-</p><p>dioxido)</p><p>✓ Medicamento referência:</p><p>Medicamentos inovadores, cuja eficácia, segurança, qualidade e reações adversas foram</p><p>comprovadas cientificamente, por ocasião do registro junto ao Ministério da Saúde, através</p><p>da ANVISA.</p><p>✓ Medicamento genérico:</p><p>o Contém o mesmo fármaco (princípio ativo), em concentração, forma farmacêutica, via de</p><p>administração e indicação terapêutica iguais às do medicamento referência (também</p><p>chamado de original ou inovador).→ é a cópia fiel do medicamento referência depois que</p><p>este perde a patente.</p><p>o Precisam ser bioequivalentes ao referência → agem de forma semelhante no organismo →</p><p>é permitida uma variação de 20%</p><p>o Podem ser intercambiável com o referência → a legislação permite a compra de piroxicam</p><p>no lugar de feldene, por exemplo.</p><p>o Nem todos os países da América Latina têm medicamento genérico.</p><p>o Medicamentos genéricos não possuem nome comercial. O que se lê na embalagem é o</p><p>princípio ativo dele.</p><p>✓ Medicamento similar:</p><p>o Quimicamente equivalente ao medicamento referência.</p><p>o Segundo a lei atual todos os similares têm que fazer o teste de bioequivalência quanto ao</p><p>referência → mas a grande maioria dos similares ainda não fizeram os testes de</p><p>bioequivalência.</p><p>o Possui idêntico princípio ativo, concentração, forma farmacêutica, via de administração,</p><p>posologia e indicação terapêutica aos do medicamento referência, sendo sempre</p><p>comercializado com nome fantasia (comercial ou da marca) → o que muda são os aditivos.</p><p>**Só existe intercambialidade entre similar e referência para aquele similar que foi</p><p>testado como referência.</p><p>FORMULA FARMACÊUTICA</p><p>Descrição do produto farmacêutico, ou seja, a discriminação dos princípios ativos que o</p><p>compõem e de suas respectivas dosagens.</p><p>➔ Exemplo 01: solução de permanganato de potássio 1%:</p><p>Permanganato de potássio...............1 g</p><p>Água qsp..........................................100 ml</p><p>➔ Exemplo 02: Novalgina (dipirona sódica)</p><p>Cada mL de solução oral (gotas) contém:</p><p>Dipirona sódica............................................500 mg</p><p>Veículo qsp........................................................1 mL</p><p>(fosfato de sódio monobásico diidratado, fosfato de sódio dibásico dodecaidratado, sacarina</p><p>sódica, essência, corante amarelo tartrazina, água purificada).</p><p>FORMA FARMACÊUTICA</p><p>Forma na qual o medicamento pode ser apresentado ou administrado.</p><p>Cada forma é específica para determinada atividade terapêutica e para determinada via de</p><p>administração → então a forma de apresentação depende do medicamento (se há</p><p>possibilidade de produzi-lo naquela forma) e da via que vai ser usado.</p><p>Podem ser:</p><p>→ SÓLIDA: comprimidos, cápsulas, drágeas pós, supositórios, óvulos...</p><p>→ LÍQUIDA: soluções, suspensões, xaropes, emulsões, soluções injetáveis...</p><p>→ SEMI-SÓLIDA OU PASTOSA: cremes, pomadas, géis, pastas...</p><p>Formas especiais de uso veterinário:</p><p>→ ELETUÁRIO:</p><p>▪ administrado à forma → vem na forma de pasta ou líquido.</p><p>▪ geralmente colocado na língua → passa na língua do animal → deglutição.</p><p>→ SOPA E BARBOTAGE:</p><p>▪ cozimento de vegetais ou farináceos e quando frias se agrega o medicamento;</p><p>▪ Pode vir pronto na forma de ração quando é feito industrialmente.</p><p>→ BEBIDA E BEBERAGEM: medicamento na forma líquida misturada em grandes volumes;</p><p>ATENÇÃO: Medicamento é diferente de remédio</p><p>→ MEDICAMENTO é a preparação destinada à cura, alívio, prevenção e/ou diagnóstico das</p><p>moléstias de todos os seres vivos, em formas e doses determinadas. É composto de</p><p>fármaco(s) + adjuvantes (aditivos) (aglutinantes, desintegrantes, lubrificantes,</p><p>conservantes, corantes, aromatizantes, etc).</p><p>Exemplo: Allegra (antialérgico)</p><p>→ REMÉDIO é qualquer coisa que seja feita com finalidade terapêutica, como: chás,</p><p>massagens, repouso, água.</p><p>→ POÇÃO: líquida ou pastosa misturada com alimento;</p><p>→ PROVENDA (MASH): medicamento escondido no alimento.</p><p>Classificação de formas farmacêuticas líquidas</p><p>• Soluções</p><p>• Suspensões</p><p>• Emulsões</p><p>• Xaropes</p><p>• Elixires</p><p>• Tinturas</p><p>• Injetáveis (soluções, suspensões,</p><p>emulsões)</p><p>Classificação de formas farmacêuticas sólidas</p><p>• Pós e granulados</p><p>• Cápsulas gelatinosas duras</p><p>• Cápsulas gelatinosas moles</p><p>• Comprimidos</p><p>• Drágeas</p><p>• Supositórios</p><p>**Diferença entre comprimido e drágea:</p><p>Drágea tem tem revestimento, o comprimido é um monte de pó que passou por</p><p>pressão e ficou comprimido.</p><p>A Drágea tem um comprimido de sacarose e goma para geralmente mascarar o odor</p><p>ruim ou sabor desagradável do fármaco → TOMAR CUIDADO COM DIABÉTICOS</p><p>Forma farmacêutica sólida: Comprimido</p><p>→ NÃO REVESTIDOS:</p><p>▪ Liberação no estômago</p><p>▪ Podem ser partidos</p><p>→ EFERVESCENTES:</p><p>▪ devem ser dissolvidos em água antes da administração</p><p>→ REVESTIDOS:</p><p>▪ contêm uma ou mais camadas de substâncias destinadas a mascarar o odor ou o sabor</p><p>dos PAs e/ou proteger do ar, da luz e da umidade e/ou para retardar a absorção e/ou</p><p>proteger do ácido clorídrico.</p><p>▪ Ter sulcos não quer dizer que podem ser partidos → para saber se pode ou não ser</p><p>partido precisa ver qual tipo de revestimento é.</p><p>Exemplo: Se o revestimento é gastro-resistente (protege do HCl), no momento</p><p>em que o comprimido for partido, se perde tal propriedade e o efeito terapêutico</p><p>pode não ser o esperado.</p><p>▪ Geralmente os comprimidos revestidos vêm com</p><p>uma sigla no nome comercial.</p><p>Exemplo:Tegretol CR e Tegretol normal</p><p>↪ O “Cr” significa liberação</p><p>controlada → camadas que vão</p><p>controlando a liberação do fámaco.</p><p>→ GASTRORRESISTENTES:</p><p>▪ recobertos com uma ou mais camadas de</p><p>substâncias que resistem ao suco gástrico: a liberação só ocorre no intestino.</p><p>Exemplo: Omeprazol → em contato com o HCl é destruído → precisa de proteção</p><p>→LIBERAÇÃO MODIFICADA:</p><p>▪ preparados com adjuvantes especiais e/ou processos destinados a modificar de</p><p>maneira desejada a velocidade ou o local de liberação.</p><p>→COMPRIMIDOS SUBLINGUAIS:</p><p>▪ Permitem a liberação e a absorção de Pas sob a língua.</p><p>→PASTILHAS: destinam-se a ser dissolvidas na boca, geralmente contèm grande proporção</p><p>de sacarose.</p><p>FARMACOCINÉTICA</p><p>O movimento do fármaco no nosso organismo→ o que o corpo faz ao fármaco</p><p>SISTEMA LADME</p><p>LIBERAÇÃO</p><p>ABSORÇÃO</p><p>DISTRIBUIÇÃO</p><p>METABOLIZAÇÃO</p><p>EXCREÇÃO</p><p>LIBERAÇÃO</p><p>→ Liberar o fármaco do medicamento/forma como foi administrado e deixá-lo pronto para a</p><p>absorção.</p><p>→Comprimidos/cápsulas precisam ser dissolvidos, formando uma suspensão → solução para</p><p>ir pro sangue e poder ser absorvido.</p><p>ABSORÇÃO</p><p>→ Movimento das moléculas através das membranas até alcançar o sangue para que, assim,</p><p>o fármaco consiga chegar no local</p><p>de ação.</p><p>→ Medicamentos administrados via endovenosa não possuem a fase de absorção, uma vez</p><p>que são “colocados” direto no sangue.</p><p>→ Relembrando: membranas celulares são lipoproteicas, possuem canais de vazamentos e</p><p>transportes de substâncias específicas através da membrana. São estes transportes que</p><p>caracterizam a velocidade de chegada do fármaco ao sangue.</p><p>→ O ritmo de chegada (velocidade) da droga ao seu sítio de ação depende:</p><p>• do ritmo de absorção</p><p>• do ritmo de distribuição</p><p>OBSERVAÇÕES IMPORTANTES:</p><p>1) Quanto mais rápido é absorvido (e quanto maior a quantidade) → mais rápido é</p><p>distribuído → mais rápido chega no local de ação</p><p>2) A velocidade de absorção determina o tempo de ação, mas também determina a ação</p><p>farmacológica.</p><p>Exemplo: Vasodilatador coronário para regular pressão → medicamento administrado via</p><p>sublingual → absorção e ação super rápidas → paciente se queixa de tontura e dor de cabeça</p><p>→ Muda-se a administração → medicamento administrado via oral → absorção vai ser mais</p><p>lenta → fármaco vai chegar aos poucos no local de ação → não se tem efeito tão potente.</p><p>Métodos de transporte através da membrana:</p><p>➔ PASSIVOS (não gastam energia)</p><p>▪ Difusão Simples: substância lipossolúvel se difunde/dissolve através da</p><p>membrana → Processo predominante na absorção de fármacos (pq não gasta</p><p>energia).</p><p>▪ Osmose/filtração: passagem da molécula através dos poros da membrana</p><p>juntamente com água → não importa se é hidrossolúvel ou lipossolúvel.</p><p>▪ Difusão Facilitada: passam pela membrana por carreadores → processo</p><p>pouco utilizado por fármacos. Exemplo: Aminoácidos (por exemplo) que</p><p>precisam de reposição no organismo.</p><p>➔ ATIVOS (gastam energia) → não utilizados por fármacos.</p><p>Fatores que podem modificar a absorção:</p><p>o Solubilidade – fármacos lipossolúveis são absorvidos mais rapidamente.</p><p>↳ Importante: o mesmo fármaco vai ser absorvido mais rápido se estiver em</p><p>veículo aquoso ou oleoso? Aquoso!!! → vai se difundir pela membrana sem</p><p>a competição do veículo e, além disso, ainda vai atravessar a membrana</p><p>através de canais e poros juntamente com a água.</p><p>o Grau de desintegração</p><p>o Coeficiente de partição o/a → é o que dá o grau de lipossolubilidade de uma</p><p>molécula.</p><p>o Concentração da droga → quanto maior a concentração, maior a absorção.</p><p>o Circulação para o ponto de absorção → vasodilatação e vasoconstrição.</p><p>o Área da superfície de absorção → quanto maior a área → maior a absorção.</p><p>o Ph do meio de exposição da droga → importante pelo grau de ionização.</p><p>↳ Fármacos são sempre ácidos ou bases (geralmente bases).</p><p>↳ Forma polar é sempre hidrossolúvel e ionizada e forma apolar da molécula é</p><p>sempre lipossolúvel e, portanto, não ionizada.</p><p>↪ Para o fármaco ser absorvido, têm que estar na forma não ionizada e,</p><p>portanto, o pH do meio deve ser igual ao pH da substância.</p><p>↪ Fármacos ácidos vão ser melhor absorvidos no estômago e duodeno</p><p>(porque o pH é ácido e no caso do duodeno também tem maior</p><p>superfície de absorção).</p><p>↪ Fármacos básicos → absorvidos no jejuno e íleo (o fármaco será</p><p>ionizado nos tecidos com pH ácido e, ao encontrar pH básico volta pra</p><p>forma não ionizada).</p><p>Recursos usados para retardar a absorção: Vias de administração, veículos,</p><p>concentração, etc..</p><p>DISTRIBUIÇÃO</p><p>→ CONCEITO: Movimento das moléculas do fármaco da circulação sanguínea para as diversas</p><p>zonas do organismo.</p><p>→ A distribuição dos fármacos pelo corpo não é homogênea.</p><p>Modelos Compartimentais: modelos matemáticos que calculam a quantidade e</p><p>velocidade de chegada do fármaco aos diferentes “compartimentos” do corpo.</p><p>✓ Principais compartimentos:</p><p>Líquidos por onde o fármaco se distribui</p><p>• PLASMA: 5% do peso corporal</p><p>• LIQUIDO INTERSTICIAL: 16%</p><p>• LÍQUIDO INTRACELULAR: 35%</p><p>• LÍQUIDO TRANSCELULAR: 2%</p><p>• GORDURA 20%</p><p>Volume aparente de distribuição – vd:</p><p>1) Quantidade de líquido necessária para que o fármaco se distribua</p><p>homogeneamente pelo corpo → definição para um compartimento.</p><p>2) Quantidade de líquido necessário para que a concentração do fármaco no</p><p>sangue seja igual à concentração dele no restante do organismo → definição</p><p>para dois compartimentos.</p><p>→Tais definições são irreais e servem apenas para fazer os cálculos (se ter uma idéia</p><p>de como se distribui o fármaco), visto que a distribuição de fármacos pelo corpo NÃO</p><p>é homogênea.</p><p>→ Vd = Parâmetro importante da farmacocinética.</p><p>→ Vd é indiretamente proporcional à concentração plasmática → saber se o Vd é alto</p><p>ou baixo é importante para saber se o fármaco vai estar mais concentrado no sangue</p><p>ou no resto do corpo.</p><p>Reservatórios Medicamentosos</p><p>→ PROTEÍNAS PLASMÁTICAS</p><p>↪ Fármaco pode estar livre no sangue ou ligado a proteínas.</p><p>↪ Principalmente albumina.</p><p>↪ Ligação protéica é outro parâmetro farmacocinético importante → existem</p><p>fármacos com alta ligação protéica (>80%) e com baixa ligação protéica</p><p>↪ Fármaco ligado a albumina está na forma inativa → conforme a porção livre</p><p>vai sendo utilizada, vai se liberando o fármaco da proteína.</p><p>↪ Fármaco livre é aquele que vai ser utilizado pelo organismo ou metabolizado.</p><p>↪ A ligação protéica é importante porque da a porcentagem de fármaco livre →</p><p>não se pode associar dois fármacos de ligação protéica muito alta porque</p><p>não vai ter proteína suficiente pra fazer a ligação → vai ficar mais fármaco</p><p>livre/ativo → ação vai ser mais intensa/mais ação farmacológica.</p><p>Exemplo: um anticoagulante administrado com outro fármaco de alta ligação</p><p>protéica → vai ter seu efeito potencializado → pode causar hemorragia.</p><p>→ TECIDO ADIPOSO</p><p>↪ Importante para fármacos lipossolúveis (tec. Adiposo funciona como um</p><p>“imã” para tais substâncias).</p><p>↪ Propofol (anestésico geral muito utilizado) → extremamente lipossolúvel →</p><p>em menos de 1min chega ao cérebro</p><p>↪ Redistribuição → fármaco sai do local de ação para outros tecidos.</p><p>→ RESERVATÓRIOS TRANSCELULARES</p><p>→ OSSO</p><p>→ RESERVATÓRIOS CELULARES</p><p>METABOLIZAÇÃO OU BIOTRANSFORMAÇÃO</p><p>Funções do Metabolismo:</p><p>→ A BIOTRANSFORMAÇÃO OU CONVERSÃO DE COMPOSTOS ESTRANHOS/EXÓGENOS AO</p><p>ORGANISMO A DERIVADOS QUE PODEM SER FACILMENTE ELIMINADOS.</p><p>→ Fornecer energia para as funções do corpo e sobrevivência;</p><p>→ Degradar os compostos ingeridos até estruturas mais simples (CATABOLISMO) e</p><p>biossíntese de moléculas mais complexas (ANABOLISMO);</p><p>→ A biotransformação ocorre mais em lipossolúveis, transformando-os em compostos</p><p>hidrossolúveis → facilitando a eliminação destes pelo rim.</p><p>→ O metabólito pode ser inativo ou ainda mais ativo. Exemplo: Diazepam (tem longa duração</p><p>porque seu metabólito é mais ativo) .</p><p>OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:</p><p>Pró-droga ou Pró-fármaco: são inativos na forma em que são administrados → metabolização</p><p>no fígado → forma ativa.</p><p>Exemplo: Enalapril.</p><p>**A 1ª fase da metabolização acontece por enzimas (isoenzimas do citocromo P450) que</p><p>regulam as reações.</p><p>MEIA-VIDA – Importância Clínica</p><p>→ Meia-vida=tempo em que a concentração plasmática do fármaco é reduzida a metade.</p><p>→ Todo fármaco tem seu tempo de meia-vida.</p><p>→ Existem dois tipos de meia-vida:</p><p>o Meia-vida α: meia-vida de absorção.</p><p>o Meia-vida β: meia-vida de eliminação.</p><p>→ Fármaco com meia-vida de 2h e com concentração plasmática de 100.</p><p>Exemplo: Em 2h vai cair pra 50 → depois de 2h cai pra 25, etc...</p><p>→ Importância:</p><p>o Para determinar de quanto em quanto tempo tem que se administrar o fármaco.</p><p>o O que determina o platô de ação de um fármaco é a meia-vida → o tempo para chegar</p><p>ao platô é de 4 a 6 meias-vidas (independente do tempo de meia-vida).</p><p>o Enquanto não chegar no platô não tem-se concentração máxima, nem efeito máximo</p><p>do fármaco → importante para conseguir controlar o tempo de efeito de um</p><p>medicamento.</p><p>Biodisponibilidade</p><p>Disponibilidade biológica do fármaco no organismo (outro parâmetro farmacocinético</p><p>importante) → É difícil de medir, então se usa como parâmetro a disponibilidade plasmática,</p><p>ou seja, quanto de fármaco fica no sangue.</p><p>Importante para determinar:</p><p>→ Quantidade ou proporção de fármaco absorvido.</p><p>→ Velocidade na qual o fármaco foi absorvido.</p><p>→ Duração da presença do fármaco nos líquidos e tecidos.</p><p>→ Relação entre concentração plasmática e eficácia terapêutica.</p><p>→ BIOEQUIVALÊNCIA: para poder comparar duas preparações farmacêuticas com o mesmo</p><p>P.A – na mesma dose → os fármacos fazem os mesmos testes de biodisponibilidade e, para</p><p>serem bioequivalentes, precisam ter resultados bem parecidos → precisa ter 80% de</p><p>bioequivalência.</p><p>→ Biodisponibilidade pode ser calculada pelo valor da área sob a curva de concentração</p><p>plasmática de fármaco em gráfico.</p><p>**Não se faz testes de biodisponibilidade em fármacos administrados via intravenosa porque</p><p>vai direto para o sangue.</p><p>EXCREÇÃO OU ELIMINAÇÃO</p><p>Principal via de eliminação de fármacos: RENAL!</p><p>...Mas não é a única, elimina-se também por:</p><p>o Fezes</p><p>o Respiração</p><p>o Saliva</p><p>o Leite</p><p>**Em termos quantitativos, é importante o que é eliminado na urina e fezes. Porém, em</p><p>termos quantitativos, é mais importante o que eliminado no leite quando se tem</p><p>amamentação.</p><p>Processos de formação/eliminação de fármacos na urina:</p><p>1) A maioria dos fármacos não são filtrados na Capsula de Bowman e passam para os</p><p>túbulos</p><p>2) TCP e TCD – mecanismos de reabsorção se secreção tubular (processo ativo – bombas</p><p>– de ácidos e bases orgânicas) → fármacos ácidos e/ou básicos são secretados para a</p><p>luz tubular por esses mecanismos → competem entre si e com ácidos e bases</p><p>orgânicas.</p><p>Exemplo: fármacos ácidos competem com ácido úrico pela secreção → por isso</p><p>alguns fármacos aumentam a quantidade de ácido úrico no organismo.</p><p>Como é a eliminação?</p><p>→ O fármaco pode ser eliminado inalterado (na mesma forma como foi administrado) e</p><p>hidrossolúvel.</p><p>→Quanto maior o nível de lipossolubilidade do fármaco, maior o número de</p><p>transformações/reações que o fármaco tem que sofrer para conseguir ser eliminado.</p><p>→ Existem duas situações quanto a fármacos lipossolúveis:</p><p>1) Se não tiver sofrido nenhum tipo de reação → ao chegar no rim, será reabsorvido.</p><p>2) Se passou pelo fígado e foi metabolizado → uma parte lipo e outra hidrossolúvel → a</p><p>parte hidro é eliminada e a parte lipossolúvel é reabsorvida → passa pelo fígado</p><p>novamente → é metabolizada e transformada em hidrossolúvel → eliminada pelo rim.</p><p>→ Quanto mais hidrossolúvel ou quanto mais metabolizado for o fármaco, mais rápida será</p><p>sua eliminação.</p><p>→ Urina é ácida (pH em torno de 5,5) → elimina mais ácido → fármacos têm que estar na</p><p>forma hidrossolúvel, polar e ionizada (contrário da absorção).</p><p>→ Se a urina é ácida e se tem um fármaco ácido → pode-se alcalinizar a urina para eliminar</p><p>mais rápido.</p><p>Exemplo: intoxicação por antiinflamatório não esteroidal → administrar bicarbonato de</p><p>sódio para alcalinizar a urina e eliminar o fármaco mais rápido.</p><p>OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:</p><p>Fármacos ácidos:</p><p>o Antiinflamatórios não esteroidais</p><p>o Antimicrobianos do grupo das</p><p>penicilinas</p><p>o Diuréticos tiazídicos</p><p>o Metabólitos conjugados com ác</p><p>glicurônico e ác sulfúrico</p><p>Fármacos básicos:</p><p>o Dopamina</p><p>o Morfina</p><p>o Antialérgicos/anti-histamínicos</p><p>Velocidade de eliminação</p><p>→ A grande maioria dos fármacos obedece à cinética de primeira ordem → fármaco é</p><p>eliminado de forma proporcional à sua concentração plasmática.</p><p>↪ Quanto mais fármaco tem no sangue → maior a sua eliminação.</p><p>Alguns fármacos não tem essa eliminação de primeira ordem sempre.</p><p>Exemplo: Aspirina → até uma determinada dose sofre eliminação de primeira ordem.</p><p>Em caso de aumento da dose de aspirina → aumenta concentração plasmática de forma</p><p>desproporcional → há saturação nos processos de metabolização e excreção → aspirina é</p><p>eliminada de forma constante, independente de quanto tem no organismo</p><p>TIPOS DE CINÉTICA</p><p>✓ Cinética de ordem zero: sempre há eliminação constante, independente da dose de</p><p>fármaco administrada.</p><p>✓ Cinética de primeira ordem: fármaco é eliminado de forma proporcional à sua</p><p>concentração plasmática.</p><p>✓ Cinética de saturação ou de michaelis-menten: em caso de saturação nos</p><p>processos de metabolização e excreção o fármaco é eliminado de forma constante,</p><p>independente de quanto tem no organismo</p><p>IMPORTÂNCIA DA FARMACOCINÉTICA</p><p>→ Determinação adequada da posologia (dose, de quanto em quanto tempo, por quantos</p><p>dias, por qual via o medicamento será administrado);</p><p>→ Reajuste de dose (em caso de paciente com insuficiência renal/hepática, distúrbio</p><p>metabólico e/ou de acordo com o peso);</p><p>→ Interpretação de resposta inesperada ao medicamento (resposta exacerbada, resposta</p><p>abaixo do esperado, não ter resposta) → explicado pelos processos de LADME;</p><p>→ Compreensão da ação dos fármacos;</p><p>→ Estudo de novos fármacos.</p><p>PERFIL FARMACOCINÉTICO</p><p>É estabelecido através do estudo de:</p><p>• modelos farmacocinéticos</p><p>• tipos de cinética</p><p>• absorção</p><p>• Biodisponibilidade</p><p>• Área sob a curva (concentração</p><p>plasmática/tempo)</p><p>• meia-vida</p><p>• concentração plasmática</p><p>• Distribuição</p><p>• Vd</p><p>• biotransformações</p><p>• Excreção</p><p>• Clearance</p><p>VIAS DE ADMINISTRAÇÃO DE</p><p>MEDICAMENTOS</p><p>→ A escolha depende de:</p><p>• Fatores clínicos;</p><p>• Fatores farmacológicos;</p><p>• Fatores farmacocinéticos;</p><p>• Fatores tecnológicos.</p><p>CLASSIFICAÇÃO</p><p>→ PASSAGEM ATRAVÉS DAS MEMBRANAS:</p><p>✓ Mediatas ou Indiretas: Fármaco tem que passar por várias membranas para atingir</p><p>o efeito → Levam mais tempo.</p><p>Exempo: Via oral, retal, intramuscular, subcutânea.</p><p>✓ Imediatas ou Diretas: não tem nenhuma membrana, ou tem no máximo uma</p><p>membrana.</p><p>Exemplos: via intravenosa, via sublingual.</p><p>→ PONTO DE VISTA ANATÔMICO:</p><p>✓ Enterais: fármacos que passam pelo tubo digestório.</p><p>Exemplo: via oral</p><p>✓ Parentais: não passam pelo tubo digestório.</p><p>Exemplo: Via intramuscular, subcutânea, endovenosa, intratecal,</p><p>→ VIAS PROPRIAMENTE DITAS:</p><p>✓ Parentais: IM, SC, EV, INTRAPERITONEAL, INTRAPULMONAR INTRATECAL, INTRA-</p><p>ARTERIAL;</p><p>✓ Enterais:VO, RETAL, SUB-LINGUAL</p><p>✓ Locais: Uso tópico → Pele e mucosas nasal, conjuntiva, vaginal, etc.</p><p>VIAS ENTERAIS</p><p>Via oral, sublingual, retal, ruminal.</p><p>→ Mais usada;</p><p>→ Vantagens:</p><p>• Inocuidade</p><p>• Conforto</p><p>• Aceitação fácil</p><p>• Não necessita pessoal especializado</p><p>• FF de mais fácil conservação e</p><p>produção</p><p>→ Locais de absorção:</p><p>• Boca</p><p>• TGI</p><p>Administração de fármacos por via oral, sublingual e retal</p><p>(considerações de acordo com a espécie)</p><p>→ Em aves há uma dilatação chamada inglúvio (papo) o que pode retardar a absorção por</p><p>várias horas principalmente se misturado no alimento muito seco (pó) porque o medicamento</p><p>pode ficar armazenado ali.</p><p>→ Em poligástricos o rúmen impede a absorção por ser de grande volumen (compartimento</p><p>diluidor).</p><p>→ Efeito de primeira passagem ou perda de primeira passagem: primeiro processo de</p><p>metabolização antes de o fármaco ser absorvido → antes da substância cair na circulação</p><p>sistêmica passa pelo fígado e lá é metabolizado pela primeira vez.</p><p>↪ O tamanho da perda/metabolização na primeira passagem depende do fármaco.</p><p>OBSERVAÇÕES:</p><p>¹Efeito de primeira passagem maior em herbívoros (por causa de enzimas específicas) que onívoros ou</p><p>carnívoros.</p><p>²Em ruminantes também tem efeito de primeira passagem no rúmen, aves no papo.</p><p>Via sublingual</p><p>→ Grande absorção:</p><p>• Mucosa muito delgada;</p><p>• Alta vascularização;</p><p>• Não passa pelo fígado → não tem perda de 1 passagem hepática.</p><p>→ Absorção rápida: Útil quando se deseja efeito rápido.</p><p>Via retal</p><p>→ Pode ser útil:</p><p>• Em casos de vômitos;</p><p>• Em pacientes inconscientes;</p><p>• Quando fármaco é destruído por enzimas digestivas;</p><p>• Para efeito local (exemplo: antiinflamatórios na retocolite ulcerativa);</p><p>• Uma parte não passa pelo fígado → pode ou não ter perda de primeira passagem → o</p><p>medicamento pode ter contra fluxo e passar pelo fígado.</p><p>• Absorção muito errática → não se sabe quanto de fármaco realmente é absorvido.</p><p>VIAS PARENTERAIS</p><p>Intravenosa, intramuscular, subcutânea, intraperitoneal,</p><p>intra-tecal.</p><p>OBSERVAÇÕES:</p><p>₁.Intra-tecal é igual a anestesia raqui → medicamento administrado no espaço araquinóide espinhal. É</p><p>diferente da peridural (entre a dura mater e o ligamento amarelo). São todas anestesias locais.</p><p>₂.Intraperitoneal é mais utilizada em caso de pesquisas.</p><p>→ VANTAGENS:</p><p>• Permite obtenção de efeito imediato;</p><p>• Evita inativação por enzimas digestivas</p><p>• Pacientes inconscientes;</p><p>• Pacientes que não aderem ao tratamento.</p><p>→ DESVANTAGENS:</p><p>• Erros → toxicidade local e sistêmica;</p><p>• Dor;</p><p>• Aumenta os requisitos de pureza do medicamento;</p><p>• Custo elevado;</p><p>• Necessidade de pessoa habilitada para realizar a administração do medicamento.</p><p>Via intravenosa ou endovenosa:</p><p>✓ Rápida → maior riscos de efeitos colateriais, choque e infecção;</p><p>✓ Precisa;</p><p>✓ Pequenos e grandes volumes – a injeção de grandes volumes é conhecida como</p><p>perfusão endovenosa ou infusão contínua.</p><p>➔ Tipos de administração endovenosa</p><p>1. DIRETA</p><p>↪ Bolus – menor que 1min</p><p>↪ IV Lenta – 3 a 10 min</p><p>2. PERFUSÃO INTERMITENTE</p><p>↪ Volumes de 50 a 100 mL</p><p>↪ Velocidades de 12 a 210 ml/hora</p><p>3. PERFUSÃO CONTÍNUA</p><p>↪ Regulados por bombas perfusoras;</p><p>↪ Volumes grandes – maiores que 500 mL</p><p>Via intramuscular:</p><p>→ Injeção no tecido muscular;</p><p>→ Pequenos volumes (depende do tamanho do músculo);</p><p>↪ Alguns medicamentos precisam de músculos maiores – injeção profunda.</p><p>Exemplo: antiinflamatórios</p><p>→ Elevada irrigação e pequena inervação por fibras sensitivas;</p><p>→ Em caso de injeção dolorosa: anestésicos locais com ação conservante (álcool benzílico e</p><p>clorobutanol);</p><p>→ Pode-se retardar a absorção.</p><p>Via subcutânea ou hipodérmica:</p><p>→ Injeção abaixo da pele (tecido subcutâneo);</p><p>→ Volumes reduzidos;</p><p>→ Muito usada para imunizações;</p><p>→ Locais de aplicação: é importante fazer rodízio (porque tem risco de necrose local).</p><p>Outras vias parenterais:</p><p>→Intradérmica;</p><p>→Intraraquídea;</p><p>→Intraperitoneal;</p><p>→Intraarterial;</p><p>→Intramamária (muito usada em caso de</p><p>mastite);</p><p>→Inalatória (muito usada em caso de efeito</p><p>analgésico rápido ou pulmonar).</p><p>OUTRAS VIAS</p><p>Pele e mucosas</p><p>→Transdérmica (adesivos anticoncepcionais, por exemplo);</p><p>→Nasal;</p><p>→Ocular;</p><p>→Vaginal.</p><p>OBERVAÇÕES IMPORTANTES:</p><p>o Dependendo da espécie, não vale a pena uso de medicamentos via transdérmica → se</p><p>a pele for muito grossa, muito queratinizada.</p><p>o Mucosas são muito vascularizadas.</p><p>o Técnicas Pour-os (dorso) e Spot-on (cernelha) são utilizadas principalmente para matar</p><p>ectoparasitas Exemplo: antipulga.</p><p>➔ Ordem crescente de absorção na pele:</p><p>Coelho > rato > cobaia > gato > cão > suíno > homem.</p><p>FARMACODINÂMICA</p><p>É o estudo das ações e efeitos dos fármacos no organismo e seus mecanismos de ação</p><p>Ação farmacológica é DIFERENTE de efeito farmacológico</p><p>→ Ação – são alterações bioquímicas ou fisiológicas que modificam funções celulares.</p><p>→ Efeito – resposta à ação (conseqüência).</p><p>Exemplo: se algum medicamento promove efeito analgésico isso é conseqüência da</p><p>ação do fármaco no organismo como inibidor da terminação nervosa.</p><p>IMPORTANTE: Fármacos NÃO criam funções novas.</p><p>**Palavra chave da farmacodinâmica = ATIVIDADE.</p><p>↪ O que o fármaco faz ao corpo → aumento da produção de leite, inibe o</p><p>crescimento microbiano, etc...</p><p>➔ O efeito farmacológico se traduz no efeito terapêutico?</p><p>Não, o efeito farmacológico é uma soma de efeitos, entre eles o efeito terapêutico que pode</p><p>acabar sendo (ou não) maléfico.</p><p>Exemplo: ASPIRINA (AAS) – efeitos farmacológicos:</p><p>Analgésico → em casos de dor de cabeça.</p><p>Anticoagulante plaquetário → comumente utilizado em casos de infartos como cardio protetor</p><p>para evitar trombose.</p><p>Antipirético.</p><p>Antiinflamatório.</p><p>**Sendo assim: Uma pessoa usa AAS para dor de cabeça, não sabendo que tem uma úlcera</p><p>→ vai ter hemorragia (efeito anticoagulante) → o efeito que era pra ser terapêutico acaba</p><p>sendo efeito indesejável.</p><p>TIPOS DE AÇÃO FARMACOLÓGICA</p><p>→ Eficácia</p><p>→ Ação inespecífica: Quando só aliviam manifestações clínicas → atuam de forma a ativar</p><p>vários mecanismos.</p><p>Exemplo: analgésicos ou AINES (antiinflamatórios não esteroidais)→inibem a síntese</p><p>de prostaglandinas. Porém, estas se distribuem por todo o organismo→ação</p><p>inespecífica.</p><p>→ Ação especifica: Quando combate diretamente a causa da doença</p><p>Exemplos: antibiótico, antifúngico...</p><p>OBSERVAÇÕES:</p><p>1) Fármacos específicos devem sua ação à ligação a alvos específicos</p><p>2) Reações adversas: Quanto mais especifico menor a possibilidade de reações adversas</p><p>CLASSIFICAÇÃO DAS AÇÕES</p><p>Segundo Krants e Carr</p><p>→Estimulação: Viagra (vasodilatador), adrenalina (estimulante central ou cardíaco),</p><p>diuréticos, etc.</p><p>→ Depressão: Diazepam (depressor central), anestésicos gerais, etc.</p><p>→ Irritação: Laxantes (irritação intestinal)</p><p>→ Reposição: Hormônios (insulina, etc.)</p><p>→ Anti-infecção: antibióticos.</p><p>Lembrando: os fármacos apenas modificam as funções dos órgãos ou sistemas sobre o qual</p><p>atuam.</p><p>Locais de ação:</p><p>→ Ação local ou tópica: Quando exercida no ponto de aplicação</p><p>Exemplo: anestésico local – inibe a transmissão do impulso nervoso numa determinada</p><p>área.</p><p>→ Ação geral ou sistêmica: Quando se distribui por todo o organismo e age em diversos</p><p>órgãos → quando o medicamento tem que ser absorvida para ter sua ação.</p><p>→ Ação primária, secundária, reversível, irreversível, eletiva e seletiva: Apesar de distribuída</p><p>por todo o organismo, age predominantemente em determinado órgão.</p><p>EFEITOS DOS FÁRMACOS</p><p>→ Efeitos benéficos ou terapêuticos</p><p>→ Adversos, colaterais ou tóxicos</p><p>o Intolerância: devido a deficiências enzimáticas ou outras patologias.</p><p>o Reação idiossincrásica: Não se sabe porque aconteceu, não tem causa nem mecanismo</p><p>→ ocorreu no paciente mas nunca ocorreu, nem durante os testes.</p><p>o Reação alérgica e pseudo-alérgicas (hipersensibilidade): quando o fármaco estimula a</p><p>produção de anticorpos</p><p>→ Fracos e ausentes</p><p>o Tolerância: Quando o organismo passa a tolerar aquele medicamento com mecanismos</p><p>bioquímicos e fisiológicos, portanto, para manter o efeito farmacológico é necessário</p><p>aumentar a dose</p><p>Exemplo: anticonvulsivantes, fármacos do SNC → É comum em anticonvulsivantes</p><p>porque induzem enzimas do citocromo P450 aumentar sua atividade → aumenta o</p><p>metabolismo do anticonvulsivante.</p><p>o Taquifilaxia: Quando a tolerância ocorre logo nas primeiras doses, principalmente em</p><p>fármacos atuantes em SNC.</p><p>o Atenuação: Diminuição do efeito, mas sem chegar a ser caracterizado como tolerância.</p><p>o Escape: Quando há uma falha no efeito farmacológico.</p><p>Exemplo: anticoncepcionais (sangramento no meio do ciclo).</p><p>o Resistência adquirida:Acontece quando, pelo uso do antibacteriano, se consegue</p><p>destruir só as bactérias sensíveis, enquanto as resistentes sobrevivem e se replicam.</p><p>Exemplo: antimicrobianos (antibacterianos, antivirais e antifúngicos).</p><p>o Refratariedade: Ocorre geralmente quando se reduz dose, ou quando acaba o</p><p>tratamento. Significa também não haver mais resposta, mesmo com a continuação do</p><p>tratamento.</p><p>Exemplo: Paciente é refratário a todos os anti-hipertensivos → não responde ao</p><p>tratamento.</p><p>o Tolerância cruzada: Quando o paciente é tolerando a um tipo de fármaco e não adianta</p><p>trocar por outro do mesmo grupo → pode ser tolerante também → tem que trocar o</p><p>grupo de fármacos. Ou seja, a tolerância cruzada depende do fármaco.</p><p>Exemplo: Anticonvulsivante → se o paciente é tolerado, se altera o grupo do</p><p>fármaco pois pode haver tolerância cruzada dentro daquele do mesmo grupo.</p><p>**OBSERVAÇÃO: pode haver resistência cruzada também → quando se tem que trocar o</p><p>grupo de antimicrobianos. Exemplo: trocar ampicilina por penicilina pode não adiantar em</p><p>caso de resistência cruzada → precisa trocar o grupo.</p><p>Causas de dessensibilização</p><p>→ Alteração nos receptores</p><p>→ Perda de receptores</p><p>→ Exaustão dos mediadores (NT)</p><p>→ Aumento da degradação metabólica</p><p>→ Adaptação fisiológica</p><p>Exemplo: Benzeozepínico</p><p>(Diazepam) – pode causar dependência física (porque o</p><p>organismo vai responder) e psíquica → após 2 meses de uso não tem mais efeito</p><p>farmacológico e se tirar tem efeito rebote.</p><p>Relação efeito(resposta) x dose</p><p>FATORES QUE INFLUENCIAM A AÇÃO FARMACOLÓGICA</p><p>Causas responsáveis pelas variáveis</p><p>→ Fatores mecanicistas – dependem mais do fármaco, não do indivíduo</p><p>o Farmacocinéticos</p><p>o Farmacodinâmicos</p><p>o Clínicos</p><p>▪ Variáveis ambientais</p><p>▪ Efeitos psicológicos</p><p>▪ Falta de precisão no diagnóstico</p><p>▪ Doenças simultâneas</p><p>▪ Interações entre drogas</p><p>▪ Erros nos ensaios clínicos</p><p>→ Fatores fisiológicos: dependem do indivíduo.</p><p>▪ Raça (mecanismos de hipertensão são diferentes entre raça branca e raça</p><p>negra)</p><p>▪ Sexo</p><p>▪ Idade → importante para todos os</p><p>tipos de fármacos → levar em</p><p>consideração neonatos e idosos.</p><p>▪ Peso</p><p>▪ pH urinário</p><p>▪ Farmacogenética</p><p>▪ Gravidez, menopausa</p><p>▪ Estado de nutrição</p><p>▪ Estados patológicos</p><p>▪ Temperatura</p><p>▪ Velocidade do fluxo sanguíneo</p><p>▪ Efeitos placebos</p><p>▪ Efeitos inesperados</p><p>▪ Cronofarmacologia: Melhor horário/dia para aplicar o fármaco (glicocorticoide,</p><p>por exemplo → melhor horário é de manhã)</p><p>▪ Posição do corpo</p><p>▪ Atividade relativa</p><p>▪ Taxa de fluxo urinário</p><p>POR QUE ESTUDAR FARMACODINÂMICA?</p><p>→ Compreender os efeitos dos fármacos, o mecanismo de ação (como agem).</p><p>→ Quantificar os efeitos dos fármacos através da curva dose x resposta.</p><p>→ Entender algumas interações medicamentosas (que podem ser benéficas ou maléficas).</p><p>Curva dose x resposta/concentração x efeito:</p><p>A medida que a concentração vai aumentando,</p><p>o efeito também aumenta até chegar no efeito</p><p>máximo (platô). Sendo assim, tem-se:</p><p>• Qual a dose necessária para chegar no</p><p>efeito máximo do fármaco.</p><p>• A inclinação da curva demonstra a</p><p>potência do medicamento → curva mais</p><p>inclinada pra esquerda → fármaco mais</p><p>potente.</p><p>• Há variabilidade de acordo com espécies</p><p>e indivíduos → a curva do fármaco é traçada</p><p>com a média dos pontos da variabilidade.</p><p>→ A partir desta curva dose x resposta pode-se:</p><p>o Calcular o índice terapêutico, que é a margem de segurança do fármaco.</p><p>o Saber a eficácia do medicamento.</p><p>ATENÇÃO: Utilidade prática do gráfico: Glicocorticóides são fármacos que, dentro do mesmo</p><p>grupo tem-se o mesmo efeito, desde que se de a dose adequada de cada um → para chegar</p><p>na mesma dose e tornar dois fármacos do mesmo grupo eqüipotentes (de acordo com a</p><p>dose).</p><p>Índice Terapêutico (margem de segurança)</p><p>Se faz testes de dose mínima e dose máxima → qual dose começa a ter efeito → vai</p><p>aumentando até ter o efeito máximo até ter a curva de resposta terapêutica.</p><p>Exemplo: tiopental tem efeito</p><p>hipnótico, sedativo e</p><p>anestésico → tem uma curva</p><p>para cada efeito terapêutico e</p><p>uma curva de toxicidade ou</p><p>letalidade → faz-se outra</p><p>curva de dose que começa a</p><p>matar os animais até a dose</p><p>que matou todos os animais</p><p>(dose máxima).</p><p>IMPORTANTE: Índice terapêutico: dose letal para 50% / dose eficaz para 50%</p><p>**Quando IT é, pelo menos, 10 o fármaco é considerado seguro.</p><p>**Quanto maior o IT, mais seguro o fármaco.</p><p>MECANISMOS DE AÇÃO</p><p>→ Consiste na descrição de processos moleculares que permitem a atuação do fármaco.</p><p>→Fármacos geralmente apresentam múltiplos efeitos que podem originar-se de mecanismos</p><p>de ação único exercido em diferentes sítios ou de múltiplos mecanismos de ação.</p><p>ATENÇÃO: Para modificar a função, os fármacos precisam combinar-se com</p><p>receptores? Não!!! As moléculas de um fármaco devem exercer alguma influência química</p><p>em um ou mais constituintes das células para produzir resposta farmacológica.</p><p>SÍTIOS DE AÇÃO</p><p>→ É o local onde o fármaco atua, desde que aí chegue em concentrações adequadas,</p><p>ocorrendo para isto processos de absorção e distribuição.</p><p>→ Para modificar a função, os fármacos precisam combinar-se com receptores?</p><p>→ As moléculas de um fármaco devem exercer alguma influência química em um ou mais</p><p>constituintes das células para produzir resposta farmacológica.</p><p>Mecanismos não celulares → minoria dos fármacos.</p><p>➔ Efeitos físicos – não precisam se ligar a nada → ação local, física, simples.</p><p>→Protetores (nitrato de prata – pomada que usa para queimadura → proteção física para que</p><p>a ferida não sofra contaminação).</p><p>→ Adsorventes (Carvão ativado adsorve substâncias tóxicas que estão no tubo digestivo)</p><p>→ Lubrificante (óleo mineral para lubrificar o conteúdo gastrintestinal e amolecer as fezes).</p><p>➔ Efeitos químicos – duas substâncias interagindo entre si</p><p>→ Inativação: Hemorragia pelo uso excessivo de Heparina → usa-se Protamina que se liga a</p><p>heparina e inibe seu efeito. (protamina sozinha também me anticoagulante).</p><p>→ Quelação: EDTA usado para retirar chumbo do sangue ou quando se quer impedir a</p><p>coagulação sanguínia→ EDTA quebra cálcio → não tem cascata de cálcio → não tem</p><p>coagulação.</p><p>→ Neutralização: Antiácido (básico) reage quimicamente com o HCl do estômago → base</p><p>reagindo com ácido → neutraliza.</p><p>→ Tratamento de intoxicação com ácidos com bicarbonato</p><p>→ Precipitação de proteínas no TGI ou na pele pelos adstringentes</p><p>Exemplo: taninos</p><p>➔ Mecanismos físico-químicos</p><p>→ Surfactantes: Alteram as características da membrana, permitindo desequilíbrio iônico,</p><p>impedindo homeostasia e levando à morte celular</p><p>Exemplo: Detergentes, emulsionantes, desinfetantes, antissépticos. Etc</p><p>➔ Modificadores da composição dos líquidos corporais</p><p>→ Osmóticos</p><p>o Diuréticos: Manitol (ingetado via endovenosa)</p><p>o Purgantes: Sais de magnésio</p><p>o Expansores plasmáticos: Dextrano</p><p>ATENÇÃO: Por que a presença de fármaco em determinados sítios produz efeitos</p><p>biológicos esperados e em outras células, tecidos ou órgãos nada acontece?</p><p>Por que nenhum fármaco atua com total especificidade, isto está frequentemente associado</p><p>ao aparecimento dos efeitos adversos não desejados, dos quais nenhum fármaco está livre.</p><p>Mecanismos celulares → grande maioria dos fármacos.</p><p>Alvos para ação dos fármacos → podem atuar em enzima, molecs transportadoras, canais</p><p>iônicos, receptores.</p><p>→ enzimas: fármacos podem atuar sobre enzimas, inibindo-as, sendo falso substrato. Ex:</p><p>antiinflamatório não esteroidal inibe a síntese de prostaglandinas através da inibição da</p><p>enzima cicloxigenase.</p><p>→ moléculas transportadoras: inibidores de bomba. Exemplo: omeprazol inibe a bomba de</p><p>prótons → aumenta o pH do estômago.</p><p>→ canais iônicos: fármaco bloqueia ou reduz o canal (anestésico local bloqueia canal de</p><p>sódio).</p><p>→ receptores: “local” com configuração específica (agonista) para receber o fármaco →</p><p>acontece a ligação → ação acontece → esquema chave/fechadura.</p><p>OBSERVAÇÃO IMPORTANTE:</p><p>➔ Fármaco com receptor pode ser:</p><p>→ Agonista → se liga ao receptor e desencadeia a ação farmacológica, levando ao efeito</p><p>farmacológico</p><p>→ Antagonista → se liga ao receptor, mas não desencadeia ação nenhuma → usado para</p><p>impedir que o agonista (substância endógena) se ligue.</p><p>FAMÍLIAS DE RECEPTORES</p><p>✓ TIPO 1</p><p>→ Ligado a canal iônico</p><p>↪ Quando o fármaco se liga ao receptor pode provocar abertura ou fechamento do canal.</p><p>Exemplo: Diazepínicos – receptor tipo 1 aclopado em canal de cloreto → quando ligado ao</p><p>fármaco abre o canal → o efeito depressor central é devido a hiperpolarização provocada</p><p>pelo aumento da liberação de cloreto.</p><p>→ Local: membrana</p><p>→ Exemplo: receptor nicotínico ACh e GABA (estimuladores).</p><p>→ Receptores de ação rápida → Neurotransmissores rápidos</p><p>✓ TIPO 2</p><p>→ Acoplados à proteína G</p><p>↪ Fármaco se liga à proteína G e desencadeia a liberação ou inibição do segundo</p><p>mensageiro (adenilciclase, AMPcíclico) levando à ação.</p><p>→ Local: membrana</p><p>→ Exemplo: mACh e adrenérgicos.</p><p>→ Receptores de ação lenta → Neurotransmissores lentos</p><p>✓ TIPO 3</p><p>→ Ligados à quinase</p><p>→ Local: membrana</p><p>→ Exemplo: Insulina, fator do crescimento</p><p>→ Resposta ainda mais lenta.</p><p>✓ TIPO 4</p><p>→ Controlam a transcrição</p><p>de genes</p><p>→ Local: intracelular (citoplasma ou núcleo)</p><p>→ Exemplos: Hormônios lipossolúveis (esteroidais, tireóide)</p><p>→ Tem ação bem mais demorada → fármaco tem que atravessar a membrana da célula e</p><p>chegar ao citoplasma ou núcleo → leva horas ou até dias.</p><p>Conceitos importantes:</p><p>➔ AGONISTA</p><p>↪ fármaco que tem afinidade pelo alvo e desencadeia um efeito farmacológico</p><p>(atividade).</p><p>↪ Associação e dissociação rápida (liga e desliga rapidamente)</p><p>➔ AGONISTA PARCIAL</p><p>↪ fármaco que tem afinidade pelo alvo, tem atividade, mas a atividade é menos</p><p>(não chega a ação máxima).</p><p>➔ ANTAGONISTA</p><p>↪ fármaco que tem afinidade, mas não tem atividade → serve para impedir</p><p>atividade de agonistas.</p><p>↪ Associação e dissociação lenta → efeito mais demorado → mais difícil de</p><p>reverter.</p><p>Exemplo: anti-histamínicos são fármacos antagonistas (loratadina, polaramine, fenergan) não são</p><p>bons para tratar processo alérgico já estabelecido → histamina já está ligada ao receptor → anti-</p><p>histamínico indicado como preventivo/profilático → quando o fármaco se ligar, dificilmente vai se</p><p>desligar, impedindo que a histamina se ligue ao receptor e promova o processo alérgico.</p><p>INTERAÇÕES MEDICAMENTOSAS</p><p>O que acontece quando se administra dois ou mais fármacos</p><p>Indiferentismo farmacológico:</p><p>→ Nada acontece → um fármaco não interfere no efeito do outro</p><p>Interação farmacológica</p><p>→ Um fármaco interfere no efeito de outro fármaco</p><p>→ A interação pode ser:</p><p>o Qualitativa: quando muda o efeito</p><p>o Quantitativa: quando aumenta ou diminui o efeito</p><p>Tipos de interação:</p><p>→ Sinergismo (quando aumenta o efeito)</p><p>→ Antagonismo (quando diminui o efeito)</p><p>→ Farmacêutica</p><p>→ Farmacocinética</p><p>→ Farmacodinâmica</p><p>→ De efeito ou fisiológica</p><p>➔ Antagonismo</p><p>o Químico ou farmacêutico: quando duas substâncias, dentro ou fora do nosso</p><p>organismo, se unem e formam um composto inativo (incompatibilidade química) →</p><p>fármacos que não podem ser misturados na mesma seringa, por exemplo.</p><p>o Farmacocinético: interferência de um composto em alguma fase LADME do outro.</p><p>o Por bloqueio de receptor (ou competitivo): os fármacos competem entre si para se</p><p>ligarem ao receptor. É reversível, pois o que estiver em maior quantidade vai “fazer</p><p>força” pra tirar o outro e se ligar no lugar. Pode ser irreversível, quando se tem uma</p><p>dose muito alta de antagonista que desloque o agonista.</p><p>o Não competitivo (ou alotópico): quando o sítio de ligação do agonista é diferente do</p><p>antagonista → sítio alostérico → alvo pode estar ocupado pelo agonista e antagonista</p><p>ao mesmo tempo, porém como o antagonista também está ligado impede o efeito</p><p>farmacológico do agonista.</p><p>o Fisiológico</p><p>➔ Sinergismo</p><p>→ Existem dois tipos:</p><p>o Adição ou somação: efeito de um fármaco somado ao efeito do outro fármaco.</p><p>o Potenciação: um fármaco aumenta muito/potencializa o efeito do outro fármaco.</p><p>VANTAGENS E DESVANTAGENS DAS INTERAÇÕES</p><p>MEDICAMENTOSAS</p><p>VANTAGENS DO SINERGISMO</p><p>→ Aumento da eficácia terapêutica (sulfametoxazol+trimetoprima) → tratamento anti-</p><p>hipertensivos com diuréticos → dois fármacos diferentes com o mesmo efeito regulador de</p><p>pressão.</p><p>→ Redução de efeitos tóxicos → impede o aparecimento de reações adversas, visto que se</p><p>usa doses menores de cada fármaco, mas se tem o mesmo efeito esperado de uma dose</p><p>elevada se usasse apenas um fármaco. (sulfas)</p><p>→ Maior duração de efeito (insulina nph)</p><p>→ Combinação de latência curta com duração maior de efeito (penicilina g procaína e</p><p>criatalina) → anestésicos rápidos, mas que duram pouco + anestésicos que demoram pra</p><p>fazer efeito, mas duram bastante.</p><p>→ Impedimento ou retardo de aparecimento de resistência bacteriana (esquema tríplice da</p><p>tuberculose) → o uso de vários fármacos dificulta a resistência bacteriana → se a bactéria se</p><p>torna resistente a um fármaco, os outros protegem o efeito/eficácia do tratamento.</p><p>→ Impedimento ou retardo de emergência de células malignas (antineoplásicos).</p><p>→ Aumento de adesão ao tratamento (rifampicina na tuberculose) → tomar 2 comprimidos ao</p><p>invés de 5 melhora a adesão → a indústria farmacêutica associa os fármacos em um mesmo</p><p>comprimido.</p><p>VANTAGENS DO ANTAGONISMO</p><p>→ Anular efeito indesejável → diminuir reação adversa</p><p>Exemplo: diurético de alça aumenta a perda de potássio → paciente tem câimbra,</p><p>cansaço → associa-se com outro diurético poupador de potássio.</p><p>→ Inativar composto causador de intoxicação</p><p>Exemplo: carvão ativado adsorve o composto causador da intoxicação e vai ser</p><p>eliminado → antagonismo químico e farmacocinético.</p><p>DESVANTAGENS (para ambos)</p><p>→ Somação de efeitos indesejados (aminog+ cf)</p><p>→ Associações comerciais fixas (1comprimido com 3 fármacos) → não se consegue identificar</p><p>a qual composto do medicamento o paciente teve reação adversa.</p><p>→ Uso para contrabalançar falta de diagnóstico acurado → “preguiça” do profissional → não</p><p>se sabe o diagnostico e enche o paciente de medicamento → algum vai fazer efeito.</p><p>EXEMPLOS DE INTERAÇÕES:</p><p>1. Antagonista beta diminuem a eficácia dos agonista beta 2 usados na asma</p><p>2. Muitos diuréticos reduzem a excreção de K potencializando o efeito dos digitálicos</p><p>3. Os IMAO aumentam a quantidade de noradrenalina armazenada nas terminações</p><p>nervosas, e por conseguinte interagem perigosamente com tiramina ( queijos fermentados</p><p>como camembert), efedrina, que atuam através da liberação de nor armazenada.</p><p>4. Varfarina, compete com a vitamina K, impedindo a síntese de vários fatores da</p><p>coagulação, se a produção intestinal de vit K estiver diminuída por, por exemplo</p><p>antibióticos, terá sua ação aumentada, também se usado concomitantemente AAS, que</p><p>além de ter efeito antiagregante plaquetária é deslocador de proteínas.</p><p>5. As sulfonamidas impedem a síntese de ácido fólico, a trimetoprima inibe sua redução a</p><p>tetrahidrofolato, quando administradas juntas temos potenciação.</p><p>6. Os AINES inibem a síntese de PG, incluindo as prostagladinas natriuréticas vasodilatadoras</p><p>PGI2 e PGE2, quando administradas a pacientes que recebem tratamento anti-</p><p>hipertensivo, poderão diminuir o efeito do tratamento, esta diminuição depende de cada</p><p>paciente, quando usados em pacientes que tem insuficiência cardíaca crônica (ICC )podem</p><p>reter sal e água e portanto causar descompensação</p><p>7. Os anti-H1 causam sonolência, este efeito pode estar aumentado quando o medicamento</p><p>for ingerido com álcool ou outros depressores centrais.</p><p>8. O uso de 50g, 10 colheres de sopa cheias, de carvão ativado, dissolvidos em um copo de</p><p>água, é usado para tratar intoxicação por fenobarbital. Muito usado também para teofilina</p><p>e outros medicamentos.</p><p>9. Medicamentos como diuréticos ou dieta pobre em sal, aumentam os efeitos colaterais do</p><p>lítio.</p>

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