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RESPOSTAS LISTA DE ECONOMIA 
 
1) Com relação ao processo de industrialização que se iniciou na segunda 
metade do século XIX, responda as seguintes questões: 
a) Descreva as principais causas para o surgimento da industrialização a 
partir de 1840. 
 A industrialização no Brasil a partir de 1840 foi impulsionada por vários 
fatores, entre eles, a expansão da cultura do café, que gerou capital suficiente 
para investimentos em outras áreas da economia. O aumento da demanda 
interna por produtos manufaturados e a pressão da concorrência internacional 
também estimularam a industrialização. Além disso, as mudanças no cenário 
internacional, com o fim da escravidão e a crescente urbanização, criaram 
condições mais favoráveis para a instalação de fábricas e a diversificação 
econômica. 
 
b) Com base na tabela dos indicadores de formação de capital, mais 
especificamente, observando-se os dados do índice de quantidade de 
importação de bens de capital (1939 = 100), explique a razão pela qual 
houve elevação desse índice do período de 1904 a 1913. 
 O aumento do índice de importação de bens de capital entre 1904 e 1913 
reflete o crescimento econômico do período, marcado por um aumento 
significativo dos investimentos em infraestrutura e na modernização da indústria 
brasileira. O país estava se industrializando e precisando de mais máquinas e 
equipamentos para acompanhar esse processo. Esse período também foi 
favorecido pelo crescimento das exportações de café. 
3) Tomando-se por base o período da Primeira Guerra Mundial e a década 
de 1920, responda às questões a seguir: 
a) Com base nos dados da tabela 1 (questão 1), compare o índice de 
quantidade de importação de bens de capital do período de 1901-1913 e 
1914-1918 (Primeira Guerra Mundial) e explique o motivo do 
comportamento desse índice ao longo do período de guerra. 
Durante o período de 1901 a 1913, o índice de importação de bens de 
capital estava em crescimento, refletindo a expansão industrial e econômica do 
Brasil. No entanto, com o início da Primeira Guerra Mundial (1914-1918), o índice 
caiu drasticamente. Isso ocorreu porque os países industrializados que 
normalmente exportavam esses bens para o Brasil estavam focados no esforço 
de guerra, redirecionando sua produção para atender às necessidades militares. 
Com isso, houve uma redução na disponibilidade de bens de capital para 
exportação. 
 
b) Como foi o desempenho da indústria ao longo da guerra? Nesse período, 
qual foi o destino da produção industrial brasileira? 
Durante a Primeira Guerra Mundial, a indústria brasileira teve um 
crescimento moderado, já que o país não estava diretamente envolvido no 
conflito. A produção industrial brasileira se concentrou principalmente no 
abastecimento do mercado interno, uma vez que a importação de produtos 
manufaturados caiu devido à guerra. Esse cenário abriu espaço para que a 
indústria local suprisse a demanda que antes era atendida por importações. 
 
c) Associe o saldo positivo do balanço de pagamentos com o desempenho 
da indústria do Brasil na década de 1920. 
O saldo positivo do balanço de pagamentos na década de 1920 foi 
resultado do aumento das exportações, especialmente de café, e da diminuição 
das importações durante a Primeira Guerra Mundial. Esse cenário permitiu que 
o Brasil acumulasse reservas financeiras, que foram investidas no setor 
industrial. Como resultado, a indústria brasileira se expandiu e se modernizou, 
fortalecendo-se ao longo da década de 1920. 
 
d) Com base nos dados da tabela 1, compare o índice de quantidade de 
importação de bens de capital no período da Primeira Guerra Mundial 
(1914-1918) e no decorrer da década de 1920. Qual a relação entre esse 
nível de importação de bens de capital e o desempenho da indústria ao 
longo da década de 1920? 
Durante a Primeira Guerra Mundial, o índice de importação de bens de 
capital caiu drasticamente devido à falta de disponibilidade desses produtos no 
mercado internacional. No entanto, na década de 1920, esse índice voltou a 
subir, acompanhando o aumento da demanda por maquinário e equipamentos, 
já que a indústria brasileira estava se expandindo rapidamente. Esse aumento 
nas importações de bens de capital foi fundamental para o desempenho 
industrial ao longo da década de 1920, permitindo que as fábricas se 
modernizassem e aumentassem a produção. 
 
e) Explique quais foram os fatores que contribuíram para a diversificação 
industrial na década de 1920. 
A diversificação industrial na década de 1920 foi impulsionada por vários 
fatores, incluindo o crescimento da economia brasileira, que permitiu maiores 
investimentos no setor industrial. Além disso, a redução das importações durante 
a Primeira Guerra Mundial forçou o Brasil a produzir internamente muitos bens 
que antes eram importados. Esse período também foi marcado por políticas de 
incentivo à industrialização e pela modernização da infraestrutura, 
especialmente em setores como transporte e energia, que facilitaram o 
crescimento e a diversificação da indústria. 
 
4) Com relação à crise mundial de 1929 (a grande depressão), responda os 
seguintes itens: 
a) Quais os impactos que a crise exerceu sobre a economia brasileira? 
A crise de 1929 teve um impacto devastador sobre a economia brasileira, 
especialmente no setor de exportações de café, que era a principal fonte de 
receita do país. Com a queda drástica dos preços do café no mercado 
internacional, o Brasil enfrentou uma grave crise econômica, com queda nas 
receitas de exportação, aumento do desemprego e redução dos investimentos. 
Além disso, o país passou por uma forte desvalorização da moeda e instabilidade 
financeira. 
 
b) Explique como o impacto dessa crise acarretou o processo de 
industrialização do Brasil a partir de 1930. 
A crise de 1929 forçou o Brasil a buscar alternativas para reduzir sua 
dependência das exportações de café. O governo, sob Getúlio Vargas, adotou 
políticas de incentivo à industrialização, promovendo a substituição de 
importações e investindo no desenvolvimento de setores como o têxtil, 
alimentício e metalúrgico. Assim, a crise serviu como um catalisador para o 
processo de industrialização, uma vez que o país precisava desenvolver sua 
produção interna para reduzir sua vulnerabilidade externa. 
 
5) Com relação à industrialização entre os anos de 1930 a 1945, responda 
os itens a seguir: 
a) Na primeira metade da década de 1930 (1930-1935), observa-se uma 
diminuição do índice de quantidade de importação de bens de capital, se 
comparado com a década de 1920, segundo as informações da tabela 1. 
Isso impactou negativamente o desempenho da indústria? 
Sim, a diminuição da importação de bens de capital impactou 
negativamente o desempenho da indústria brasileira no início dos anos 1930. 
Com menos máquinas e equipamentos sendo importados, a capacidade de 
modernização das fábricas ficou limitada, o que desacelerou o crescimento 
industrial. Entretanto, o governo adotou políticas de incentivo à produção interna 
e de substituição de importações, o que permitiu uma recuperação gradual ao 
longo da década. 
 
b) Em 1939, quais os setores industriais que tiveram crescimento? 
Em 1939, setores como o têxtil, alimentício e de bens de consumo tiveram 
um crescimento significativo. A expansão desses setores foi impulsionada pela 
substituição de importações e pelo aumento da demanda interna, uma vez que 
o Brasil, durante a Segunda Guerra Mundial, teve dificuldades em importar 
produtos estrangeiros. 
 
c) Descreva o desempenho da produção industrial e capacidade produtiva 
na Segunda Guerra Mundial (1939-1945). Nesse período, as exportações de 
produtos têxteis ficaram restritas ao mercado interno? 
Durante a Segunda Guerra Mundial, a produção industrial brasileira 
cresceu de forma notável, especialmente nos setores de bens de consumo e 
materiais necessários aoesforço de guerra, como têxteis e alimentos. As 
exportações de produtos têxteis ficaram, em grande parte, restritas ao mercado 
interno devido à dificuldade de comércio internacional durante o conflito. No 
entanto, essa situação favoreceu o desenvolvimento do mercado doméstico e 
incentivou a expansão da capacidade produtiva nacional. 
 
 6) Com relação ao governo Dutra (1946-1951), responda as seguintes 
questões: 
a) Qual era a situação do balanço comercial no ano de 1945? Como foi a 
política de comércio exterior no primeiro Governo Dutra? 
Em 1945, o Brasil tinha um saldo comercial positivo, resultado do acúmulo 
de reservas durante a Segunda Guerra Mundial, quando as exportações 
superaram as importações. No primeiro governo de Dutra, a política de comércio 
exterior foi marcada por uma abertura econômica, com a liberação de 
importações, o que rapidamente esgotou as reservas acumuladas durante a 
guerra, contribuindo para o desequilíbrio no balanço de pagamentos. 
 
b) Discuta sobre a taxa de câmbio no primeiro ano de governo (1946). 
 
Em 1946, o governo Dutra adotou uma política de câmbio 
sobrevalorizado, o que barateava as importações e encarecia as exportações. 
Essa política teve como objetivo facilitar a importação de bens de capital e bens 
de consumo, mas acabou prejudicando a competitividade das exportações 
brasileiras, contribuindo para o desequilíbrio na balança comercial. 
 
c) Explique o sistema de licenciamento e quais foram os objetivos que 
foram almejados pelo governo por meio deste sistema? 
O sistema de licenciamento foi uma medida adotada pelo governo Dutra 
para controlar as importações. O objetivo principal era evitar a fuga de divisas e 
proteger a indústria nacional, limitando a importação de produtos considerados 
não essenciais e incentivando o desenvolvimento da produção interna. 
 
d) Qual o tipo de inflação diagnosticada pelo governo a partir de 1946? 
A inflação diagnosticada pelo governo a partir de 1946 foi de demanda. 
Esse tipo de inflação ocorreu devido ao aumento do consumo, impulsionado pela 
abertura às importações e pelo crescimento econômico do pós-guerra, sem um 
correspondente aumento da oferta de bens e serviços no mercado interno. 
 
e) Discuta as políticas monetárias e fiscais e os seus resultados no período 
de 1946 a 1951. 
As políticas monetárias e fiscais de Dutra no período de 1946 a 1951 
foram marcadas por um certo descontrole. O aumento dos gastos públicos, 
combinado com a política de câmbio sobrevalorizado e a abertura para as 
importações, gerou desequilíbrios fiscais e pressões inflacionárias. O governo 
tentou combater esses problemas com medidas de austeridade, mas a falta de 
consistência nas políticas aplicadas resultou em crescimento moderado e 
inflação elevada. 
 
7) Tomando-se por base o segundo governo Vargas (1951-1954) e o 
Interregno Café Filho (1954-1955), responda as seguintes questões: 
a) Como foi caracterizada a situação externa do Brasil no início do segundo 
governo Getúlio Vargas? 
No início do segundo governo Vargas, a situação externa do Brasil era 
marcada por um desequilíbrio no balanço de pagamentos, com um déficit 
crescente nas contas externas. Isso foi resultado de um aumento nas 
importações e uma queda nas receitas de exportação, o que gerou pressão 
sobre as reservas internacionais do país. 
 
b) Discorra sobre os objetivos do CMBEU (Comissão Mista Brasil-Estados 
Unidos). 
O CMBEU foi criado para promover a cooperação econômica entre Brasil 
e Estados Unidos, com o objetivo de atrair investimentos americanos e auxiliar 
no desenvolvimento industrial brasileiro. O plano buscava financiar projetos de 
infraestrutura, como energia e transportes, que eram essenciais para o 
crescimento econômico do Brasil. 
 
c) O projeto do governo Vargas, em 1951, tinha por premissa estabilizar a 
economia por intermédio do equilíbrio do déficit público do governo, com 
o intuito de combater a inflação. Qual foi a política governamental adotada 
para atingir esse fim? É correto afirmar que a política fiscal do governo foi 
ortodoxa entre os anos de 1951 a 1954? 
A política fiscal adotada por Vargas incluía medidas de contenção de 
gastos públicos e aumento da arrecadação tributária para reduzir o déficit fiscal. 
No entanto, não se pode afirmar que a política foi totalmente ortodoxa, pois o 
governo também incentivou o investimento estatal em setores estratégicos, 
como energia e siderurgia, por meio da criação de empresas como a Petrobras. 
 
d) Como foi o desempenho do PIB? Explique. 
O desempenho do PIB durante o governo Vargas foi relativamente 
positivo, com crescimento econômico sustentado pelos investimentos estatais 
em infraestrutura e pela industrialização. No entanto, esse crescimento foi 
acompanhado por pressões inflacionárias e desequilíbrios externos. 
 
e) Com relação à política de comércio externo, explique o que é leilão de 
câmbio, instituído por intermédio da Instrução 70 da SUMOC em 1953 e 
explique por que esse leilão foi empregado. 
O leilão de câmbio foi uma medida adotada para regular a venda de 
divisas estrangeiras. Através da Instrução 70 da SUMOC, o governo Vargas 
implementou o leilão para controlar a oferta de dólares no mercado e combater 
a escassez de moeda estrangeira. O objetivo era racionalizar o uso das divisas, 
priorizando setores estratégicos. 
 
 8) Descreva o Plano de Metas de Juscelino Kubitschek (1956-1960), 
destacando-se os agentes envolvidos e as fontes de financiamento. 
O Plano de Metas de Juscelino Kubitschek tinha como slogan “50 anos 
em 5” e visava modernizar e diversificar a economia brasileira em áreas-chave 
como energia, transportes, indústria de base, educação e alimentação. O plano 
envolveu a participação de capital público e privado, nacional e estrangeiro. Para 
financiá-lo, o governo buscou empréstimos internacionais, parcerias com 
empresas estrangeiras e o uso de recursos públicos, especialmente através de 
bancos estatais como o BNDES. 
 
9) Explique quais foram os impactos econômicos positivos e negativos do 
Plano de Metas de Juscelino Kubitschek (1956-1960) e os motivos desses 
impactos. 
Os impactos positivos do Plano de Metas incluem a modernização da 
infraestrutura, o aumento da capacidade produtiva e a diversificação industrial, 
que ajudaram a transformar o Brasil em um país mais industrializado. No entanto, 
o plano também teve efeitos negativos, como o aumento da dívida externa e da 
inflação, devido ao elevado volume de empréstimos e aos grandes gastos 
públicos necessários para financiar os projetos.

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