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Professor Wagner Damazio 
1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo (Resolvidas e Comentadas) 
 
 
 
 
1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo 
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Há de se atentar, no entanto, que o titular de uso privativo pode propor ação possessória contra 
terceiros; não cabe contra a Administração quando esta usa legitimamente seu poder de extinguir 
o uso privativo por razões de interesse público. (grifos não constantes do original) 
 
c) Incorreta. A autorização de uso admite a estipulação de prazo, nos termos dos ensinamentos 
Maria Sylvia de Pietro (p.868, 2018), 
 
A autorização pode ser simples (sem prazo) e qualificada (com prazo). 
O legislador brasileiro tem previsto a possibilidade de fixação de prazo, como ocorre com a 
derivação de águas, no interesse do particular, com fundamento no artigo 43 do Código de Águas, 
devendo a autorização ser dada por tempo não inferior a 30 anos. 
No Município de São Paulo, a Lei Orgânica de 4-4-1990, no artigo 114, § 5º, apesar de imprimir 
natureza transitória à autorização, permite a fixação de prazo, até o máximo de 90 dias. 
A fixação de prazo tira à autorização o caráter de precariedade, conferindo ao uso privativo certo 
grau de estabilidade; vincula a Administração à obediência do prazo e cria, para o particular, direito 
público subjetivo ao exercício da utilização até o termo final previamente fixado; em conseqüência, 
se razões de interesse público obrigarem à revogação extemporânea, ficará o poder público na 
contingência de ter de pagar indenização ao particular, para compensar o sacrifício de seu direito. 
Manifesta é a inconveniência de estipulação de prazo nas autorizações. (grifos não constantes do 
original) 
 
d) Incorreta. Não é para fins comerciais e sim para fins de moradia, nos termos do seu art. 1º, in 
verbis: 
 
Art. 1o Aquele que, até 22 de dezembro de 2016, possuiu como seu, por cinco anos, 
ininterruptamente e sem oposição, até duzentos e cinquenta metros quadrados de imóvel público 
situado em área com características e finalidade urbanas, e que o utilize para sua moradia ou 
de sua família, tem o direito à concessão de uso especial para fins de moradia em relação ao bem 
objeto da posse, desde que não seja proprietário ou concessionário, a qualquer título, de outro 
imóvel urbano ou rural. (Redação dada pela lei nº 13.465, de 2017) (grifos não constantes do 
original) 
e) Incorreto. Em algumas hipóteses, a licitação para a permissão de uso é obrigatória. 
Para Maria Sylvia de Pietro (p. 870, 2018): 
Quanto à licitação, não é, em regra, necessária, a não ser que leis específicas sobre determinadas 
matérias o exijam, como ocorre no caso da permissão para instalação de bancas nas feiras livres. 
É verdade que a Lei nº 8.666, no artigo 2º, inclui a permissão entre os ajustes que, quando 
contratados com terceiros, serão necessariamente precedidos de licitação. Tem-se, no entanto, que 
entender a norma em seus devidos termos. Em primeiro lugar, deve-se atentar para o fato de que 
a Constituição Federal, no artigo 175, parágrafo único, I, refere-se a permissão de serviço público 
como contrato; talvez por isso se justifique a norma do artigo 2º da Lei nº 8.666. Em segundo 
lugar, deve-se considerar também que este dispositivo, ao mencionar os vários tipos de ajustes em 
que a licitação é obrigatória, acrescenta a expressão “quando contratados com terceiros”, o que 
faz supor a existência de um contrato. Além disso, a permissão de uso, embora seja ato unilateral, 
portanto excluído da abrangência do artigo 2º, às vezes assume a forma contratual, com 
características iguais ou semelhantes à concessão de uso; é o que ocorre na permissão qualificada, 
com prazo estabelecido. Neste caso, a licitação torna-se obrigatória. A Lei nº 8.666 parece ter em 
vista precisamente essa situação quando, no artigo 2º, parágrafo único, define o contrato como 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2015-2018/2017/Lei/L13465.htm#art77

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