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Professor Wagner Damazio 
1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo (Resolvidas e Comentadas) 
 
 
 
 
1000 Questões Gratuitas de Direito Administrativo 
www.estrategiaconcursos.com.br 
505 
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e) Demonstrada a existência de vagas e a necessidade de serviço, não pode a Administração 
deixar transcorrer o prazo de validade a seu bel prazer para nomear outras pessoas que não 
aquelas já aprovadas em concurso válido. 
Comentários 
A) INCORRETA. Porque, de acordo com o STF (RE 837311), o cadastro de reserva se trata de legítimo 
instrumento de planejamento da Administração que atende o melhor interesse público e que 
privilegia, sobretudo, a gestão eficiente, afastando, a priori, a denominada proteção da confiança 
legitima. 
B) INCORRETA. Porque, de acordo com o STF (RE 837.311), o candidato classificado no cadastro de 
reserva possui expectativa de direito e, a depender da situação concreta demonstrar arbítrio ou 
preterição, a expectativa pode ser convolada em direito subjetivo. 
C) INCORRETA. Porque, de acordo com o STF (RE 837.311), “o Estado Democrático de Direito 
republicano impõe à Administração Pública que exerça sua discricionariedade entrincheirada não, 
apenas, pela sua avaliação unilateral a respeito da conveniência e oportunidade de um ato, mas, 
sobretudo, pelos direitos fundamentais e demais normas constitucionais em um ambiente de perene 
diálogo com a sociedade”. Portanto, a discricionariedade não é livre (nas palavras do STF ela é 
reduzida a zero). 
D) INCORRETA. Porque para o surgimento do direito subjetivo à nomeação deve ocorrer, dentre 
outras hipóteses, o surgimento de novas vagas ou a abertura de novo concurso durante a validade 
do certame anterior, com a preterição de candidatos de forma injustificada e imotivada por parte 
da Administração. A publicação de novo edital de concurso público ou o surgimento de novas vagas 
durante a validade de outro anteriormente realizado não caracteriza, por si só, a necessidade de 
provimento imediato dos cargos. Em resumo: “a discricionariedade da Administração quanto à 
convocação de aprovados em concurso público fica reduzida ao patamar zero 
(ErmessensreduzierungaufNull), fazendo exsurgir o direito subjetivo à nomeação, verbi gratia, nas 
seguintes hipóteses excepcionais: i) Quando a aprovação ocorrer dentro do número de vagas dentro 
do edital (RE 598.099); ii) Quando houver preterição na nomeação por não observância da ordem de 
classificação (Súmula 15 do STF); iii) Quando surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso 
durante a validade do certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos aprovados fora das 
vagas de forma arbitrária e imotivada por parte da administração nos termos acima.” 
E) CORRETA. Se demonstrada a existência de vagas e a necessidade de serviço, de fato a 
Administração não pode deixar transcorrer o prazo de validade de forma discricionário e até 
arbitrária para nomear outras pessoas que não aquelas já aprovadas em concurso válido (STF RE 
837311).

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