Prévia do material em texto
Sobral 2023 FACULDADE ANHANGUERA FRANCISCO EDUARDO DE OLIVEIRA BEZERRA CURSO DE FARMÁCIA RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FARMÁCIA HOSPITALAR. Sobral 2023 RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM FARMÁCIA HOSPITALAR. Relatório do Estágio Supervisionado em Farmácia Hospitalar apresentado como requisito obrigatório para a obtenção da pontuação necessária na disciplina de Estágio Supervisionado em Farmácia Hospitalar. Orientador: Prof. Ms. Flávia Soares Lassie FRANCISCO EDUARDO DE OLIVEIRA BEZERRA SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO........................................................................................ 03 2 INTRODUÇÃO.............................................................................................. 04 3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO................................................................... 06 4 ESTUDOS DE CASO................................................................................... 10 5 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO................................................ 18 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS......................................................................... 19 7 REFERÊNCIAS............................................................................................ 21 3 1 APRESENTAÇÃO Foi realizada no período de 18/09/2023 a 29/09/2023, no Hospital e Maternidade Rita do Vale Rêgo, o estágio supervisionado em Farmácia Hospitalar, esse relatório visa descrever de forma clara e sucinta todas as atividades que tive contato durante o estágio na farmácia hospitalar, realizado no hospital que promoveu o contato com a realidade profissional, onde vivenciei a rotina de trabalho no setor da farmácia central, almoxarifado e CAF, e através dos estudos científicos pude adaptar a teoria a pratica, onde atuei junto a equipe para adquirir conhecimento. Foram realizadas atividades relacionadas ao atendimento ao público e funcionamento do sistema de medicamento na unidade de saúde local, tais como dispensação de medicamento atendimento ao público, entre eles homens e mulheres e crianças com classificação de risco, os pacientes poderão seguir 3 fluxos conforme a sua condição: 1 paciente grave; 2 pacientes com potencial de gravidade; 3 pacientes sem potencial de gravidade entre outros. O estágio teve como objetivo e princípio promover as atividades que permitisse o desenvolvimento de competências, capacidades e habilidades que são necessárias com a realização da profissão e com a prática aliadas a teoria de possível ter experiência com a realidade socioeconômica vida cultural e compreender que as reais necessidades da população. Assim foi possível vivenciar a rotina do profissional de saúde no ambiente de atendimento, analisar as demandas locais e observar a importância da presença de um profissional farmacêutico no acesso legal de suas atividades tanto em seu observar as técnicas de dispensação de medicamento bem como os cuidados e a necessidade devido ao paciente durante o atendimento farmacêutico. 4 2 INTRODUÇÃO O estágio realizado em farmácia hospitalar promoveu contato direto com a realidade profissional, proporcionando uma oportunidade de consolidação dos conhecimentos teóricos adquiridos ao longo do curso para que novas experiencias técnicas possam ser adquiridas através do ambiente de estagio, e ainda, oportunidade de conhecer o ambiente hospitalar, vivenciar como um farmacêutico pode atuar, desenvolver a capacidade de trabalhar em equipe e a conscientização da importância de um conhecimento atual e cientifico, capacitando farmacêutico de ferramentas técnicas/cientificas para promover a saúde pública. O profissional farmacêutico tem a profissão e função reconhecida no âmbito hospitalar no Brasil, desde 2008 por meio da resolução n° 492 de 26 de novembro de 2008 emitidas pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF). Esta resolução regulamentada o exercício profissional da categoria nos serviços de atendimento e gestão da farmácia hospitalar nas unidades de saúde, de 3 natureza pública ou privada no Brasil. O CFF por meio da resolução n° 300, de 03 de janeiro de 1997, aperfeiçoou e atualizou o conceito de farmácia hospitalar e estabeleceu relações entre o profissional farmacêutico e sua atuação frente as unidades de farmácias hospitalares. A farmácia hospitalar tem como objetivo principal garantir o uso seguro e racional dos medicamentos prescritos, evitando erros de medicação, respondem à demanda de medicamentos prescritos aos pacientes que necessitam ou que estão internadas, as ações do farmacêutico hospitalar devem ser registradas de modo a contribuírem para a avaliação do impacto dessas ações, na promoção do uso seguro e racional de medicamentos e de outros produtos para a saúde. O profissional farmacêutico dentro da farmácia hospitalar tem papel importante, pois é responsável pela aquisição e seleção dos medicamentos, controle de qualidade, armazenamento, dispensação, até chegar à enfermagem onde será administrado ao paciente, é responsável pela orientação a paciente internados, atua em campanhas incentivando colaboradores, através da educação continuada do uso seguro e racional dos medicamentos, atua em conjunto na gestão hospitalar para garantir a segurança e a saúde dos pacientes, através da aquisição de medicamentos de qualidade, visando sempre à saúde do paciente. 5 O farmacêutico é o único profissional da área da saúde com competência e formação para prestara devida atenção farmacêutica, que neste caso consiste basicamente em acompanhar o tratamento farmacológico dos pacientes, garantindo uma terapia efetiva e segura através do desenvolvimento de ações voltadas para promoção da saúde do paciente. A farmácia hospitalar necessita de um gestor devidamente regulamentado que possua capacidades pertinentes à função que ocupa. Desenvolvendo atividades clínicas e relacionadas a esta gestão, que precisam ser orientadas de acordo com as necessidades da unidade de saúde onde se presta tal serviço. A intervenção farmacêutica, segundo o consenso Brasileiro de Atenção Farmacêutica, “é um ato planejado, documentado e realizado junto ao usuário e aos profissionais de saúde, que visa resolver ou prevenir problemas que interferem ou, porém interferir na farmacoterapia, sendo parte integrante do processo do acompanhamento/seguimento farmacoterapêutico”. A busca pela qualidade faz parte da rotina diária dos profissionais da área hospitalar, e por isso, se faz necessário monitorar os processos com a avaliação de indicadores de saúde validados. A validação de indicadores de saúde é de suma importância, visto que ajuda construir ferramentas adequadas para avaliar os processos e atendem os critérios de acreditação hospitalar, que visa garantir em melhoria contínua da qualidade e da assistência à saúde através de patrões previamente aceitos, estimulando todos os serviços da saúde a atingirem esse objetivo. De acordo com o Conselho Federal de Farmácia (CFF), pela resolução nº300, de 30 de janeiro de 1997, regulamenta o exercício profissional em farmácia de unidade hospitalar, de natureza pública ou privada. Segundo essa resolução, a farmácia de unidade hospitalar é um órgão de abrangência assistencial, técnico cientifica e administrativa, onde se desenvolvem atividades ligadas à produção armazenamento, controle, dispensação e distribuição de medicamentos e correlatos nas unidades hospitalares. Portanto a presença do farmacêutico é indispensável no âmbito hospitalares, seja na farmácia hospitalar ou na clínica, garantindo o uso racional de medicamentos, realizando a atenção farmacêutica e contribuindona segurança dos pacientes, além de participar efetivamente de uma equipe multiprofissional. 6 3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO O ambiente é dividido por setores, consultórios, área de medicação, farmácia, locais de exames, sala de internação provisória. No setor farmacêutico temos a farmácia central, onde ocorrem a dispensação dos medicamentos e produtos farmacêuticos, almoxarifado e (Central de Abastecimento Farmacêutico), facilitando a logística do sistema de abastecimento, tendo o farmacêutico como supervisor atuante nas compras e administrações dos medicamentos, esses locais são armazenados e organizados por ordem alfabética de acordo com o princípio ativo dos fármacos e insumos. Todos os ambientes são limpos, climatizados, possuiu geladeira para armazenamento de termolábeis, seguindo as normas da vigilância sanitária (SIVISA) e ANISA. Todos os processos são desenvolvidos ou supervisionados por farmacêuticos que ficam 24 horas presentes no local, através da gerencia e fiscalização das operações, gerencia de compras para abastecimento do hospital, farmacêutico responsável técnico que coordena a equipe, auxiliar de farmácia que operacionaliza e dispensam os medicamentos e insumos, almoxarifado que recebe e acondicionamento de insumos e a CAF (Central de Abastecimento Farmacêutico) que acondiciona medicamentos, são necessários relatórios diários de todos os processos realizados, onde tudo é documentado para melhor controle e gerenciamento dos processos. Sua missão é atender a população que precisa de assistência médica, urência e emergência, cuidar da saúde das pessoas por meio de uma assistência médica hospitalar segura, humana e eficiente. Proporcionando sempre cuidado humanizado e de excelência em saúde, com foco na vida e no acolhimento com qualidade, na construção de conhecimento e na sustentabilidade. No meu primeiro dia de estágio em campo, conheci a equipe de trabalho, o ambiente da farmácia central, onde são armazenados os medicamentos e insumos a serem dispensados para enfermaria administrar nos pacientes, depois conheci o almoxarifado e a CAF onde são armazenados os insumos como: seringas, luvas, medicamentos, entre outros, nos quais seguem por ordem alfabética, validade e lote, facilitando a dispensação e controle de entrada e saída, com sistema informatizado e documentação a documentação a disposição da Vigilância Sanitária e AVISA. 7 Na verificação de termolábeis e temperatura do local, acompanhei o técnico responsável, duas vezes ao dia na anotação da temperatura ambiente para relatório controle, foi verificado que se encontrava tudo dentre das leis vigentes seguindo normas resolução CFF n° 357, de 20 de abril de 2001. No fracionamento de medicamentos, acompanhei o farmacêutico na etiquetação dos medicamentos e insumos para tornar mais pratica a dispensação, de forma unitária, de acordo com a prescrita médica evitando assim o desperdício e perdas. Todo o material é organizado, separado e identificado nas prateleiras conforme sua classificação, os medicamentos da portaria n°344 são todos identificados e armazenados separadamente em gavetas com chave, os termolábeis são identificados, separados e conservados em geladeira com temperatura controlada. Acompanhei como é realizada a dispensação de medicamentos pela equipe de auxiliares de farmácia para os técnicos de enfermagem. O preceptor explicou todo processo burocrático e atividades desenvolvidas pelos farmacêuticos diariamente no ambiente hospitalar, que vão desde a parte de controlados, controle de estoque e compras, armazenamento dos insumos e medicamentos. Durante as trocas de plantões, os auxiliares de farmácia e farmacêuticos realizavam a conferência do estoque físico dos medicamentos controlados. Procedimento de dispensação dos medicamentos e matérias hospitalares eram todos feitos através de forma digitalizada no sistema onde cada funcionário tem seu login e senha, com isso há um controle de estoque de tudo que sai e entra na farmácia. Como cada funcionário tem seu login, era possível identificar quem liberou- as medicação caso ocorresse algum erro na dispensação os farmacêuticos fiscalizavam a dispensação de medicamentos feitos pelos auxiliares. Na CAF (Central de Abastecimento), realizei o fracionamento dos medicamentos, onde é dividida em etiquetas de cores diferentes para diferenciar a classe dos medicamentos, a cor da etiqueta azul são medicamentos antibióticos, o amarelo são medicamentos psicotrópicos e os de etiquetas vermelhas são medicamentos considerados como alto alerta. Realizei conferência dos medicamentos que o almoxarifado mandou para repor conforme a demanda de saída na farmácia central. Todos os medicamentos e correlatos são recebidos, conferidos as quantidades, lotes e validades, são observados se o pedido está de acordo com o que foi solicitado, depois são 8 registados a entrada para um controle de estoque, os medicamentos são armazenados em sala climatizada para manter a organização e a integridade dos fármacos. As insulinas ficam em geladeira específica e são emprestadas aos técnicos de enfermagem de forma que retirem a dose adequada do paciente no ambiente da farmácia, assim que retirada a dose, o auxiliar volta à insulina para a geladeira, mantendo a temperatura correta. A caixa de emergência após utilização é conferida pelo farmacêutico e auxiliar, todo medicamento utilizado precisa de um receituário para reabastecer a mesma. Todos esses procedimentos de dispensação eram feitos através de uma ficha chamada F.A ( Ficha de Atendimento), o auxiliar de farmácia faz a leitura dessa ficha, identificando a idade do paciente, pois os matérias eram separados de acordo com o setor e idade de pacientes, tendo cesta transparente para crianças, laranja setor respiratório e ala covid, vermelho urgência e emergência e verde atendimentos ambulatoriais, não pode haver rasuras nas fichas, os medicamentos, que são feitos via endovenosa precisam no receituário o diluente, após a leitura completa é feito a separação de todas medicações e os matérias hospitalares solicitadas, depois de separadas são baixados no sistema, o receituário é carimbado e assinado pelo conferente, todos os medicamentos e matérias são colocados em uma cestinha de acordo com a idade e setor a ser administrado na porta para os técnicos de enfermagem retirarem. Pude acompanhar todos esses procedimentos realizados, e fiquei na parte operacional no decorrer do estágio, fiz a leitura das fichas de atendimento dos pacientes, com essa leitura conseguia identificar as patologias e medicações prescritas, depois ia separando as medicações solicitadas, após minha separação a auxiliar ou a farmacêutica conferia e baixava no sistema antes de liberar para os técnicos de enfermagem. O estágio na farmácia hospitalar nos dá a oportunidade de desenvolver atividades comuns do dia-a-dia do profissional farmacêutico hospitalar como: a padronização e seleção de medicamentos, o controle e psicotrópicos e entorpecentes; controle de estoque; aquisição e armazenamento de medicamentos, dispensação de medicamentos aos pacientes; analise de informações sobre medicamentos; atenção farmacêutica; assuntos administrativos o que denota uma visão do meio e das condições de trabalho em uma farmácia hospitalar. 9 A participação do farmacêutico na equipe multidisciplinar de um hospital ainda não é uma realidade difundida no Brasil. Em muitos hospitais, ele participa somente de atividades gerenciais e administrativas, distanciando-se da equipe de saúde e do paciente. Na equipe multidisciplinar, o profissional de farmácia e outras da área de saúde devem acompanhar e avaliar a resposta do paciente à terapêutica, de forma a melhorar a qualidade de vida desses pacientes. Esse estágio despertou novo olhar da nossa profissão, ele foi gratificantee proveitoso, aprendi a parte gerencial e administrativa da área hospitalar, interpretação de prescrições médicas, como me relacionar com outros setores e vivenciar os ambientes de atuação do profissional farmacêutico na área hospitalar. Portanto, o farmacêutico deve atuar frente à farmácia hospitalar promovendo uma organização para que se tenha uma distribuição de medicamentos com qualidade e segurança para a saúde do paciente sendo então necessária à escolha correta do sistema de distribuição, que são classificados em sistema coletivo, individualizado direto e indireto, sistema misto e dose unitária. O estágio em farmácia hospitalar tem como objetivo a formação e qualificação dos novos profissionais farmacêuticos e através de estudos, pesquisas, podem promover o uso racional de medicamentos e a recuperação da saúde, durante o estágio presencial podemos colocar em prática tarefas e atividades aprendidas na teoria e junto à equipe de trabalho agregar novos conhecimentos. 10 4 TEORIA EM PRÁTICA- ESTUDOS DE CASOS A evolução histórica da farmácia hospitalar no Brasil está vinculada à estruturação do complexo médico industrial. No século XX, o farmacêutico era o profissional de referência para a sociedade nos aspectos do medicamento. Além de dispensar o medicamento, o farmacêutico hospitalar era responsável também, pela manipulação. A sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH) foi criada em 1995 e têm contribuído para o desenvolvimento da assistência farmacêutica hospitalar. Segundo a SBRAFH (1997), farmácia hospitalar é uma unidade clínica, administrativa e econômica, dirigida por farmacêutico, ligada hierarquicamente à direção de hospitais e integrada funcionalmente com as demais unidades administrativas e de assistência ao paciente. Para auxiliar na resolução desta atividade você poderá acessar os livros que estão disponíveis em nossa biblioteca virtual, a seguir temos algumas sugestões de livros que estão disponíveis em: Minha Biblioteca, e algumas resoluções e portarias que regulamentam as atividades no ambiente hospitalar. • JULIANI, R.GM. Organização e Funcionamento de Farmácia Hospitalar. 1.ed. São Paulo: Érica: Saraiva, 2016. • FARIA, C.O. et al. Farmácia Hospitalar. Porto alegre: SGAH, 2019. • Portaria Nº 4.283, de 30 de dezembro de 2010. Aprova as diretrizes e estratégias para organização, fortalecimento e aprimoramento das ações e serviços de farmácia no âmbito dos hospitais. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4283_30_12_201 0.html. • RDC nº 220, de 21 de setembro de 2004. Regulamento técnico de funcionamento para os serviços de terapia antineoplásica. Disponível em: https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/rdc0220_21_09_ 2004.html. https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4283_30_12_2010.html https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/gm/2010/prt4283_30_12_2010.html https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/rdc0220_21_09_2004.html https://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2004/rdc0220_21_09_2004.html 11 • Portaria nº 272, de 8 de abril de 1998. Regulamento técnico para a terapia de nutrição parenteral. Analise o estudo de caso a seguir: Estudo de Caso 1 - Estrutura da Farmácia Hospitalar A direção clínica do hospital solicitou ao farmacêutico hospitalar que readequasse o sistema de distribuição de medicamentos do hospital visando diminuir os gastos com os medicamentos, diminuir os erros de medicação, melhorar o controle e a gestão do estoque da farmácia, diminuir os estoques de medicamentos nos postos de enfermagem, além de favorecer a integração do farmacêutico com a equipe de saúde. O farmacêutico analisou os recursos humanos e a infraestrutura disponível e avaliou que em um primeiro momento, só seria possível a implantação de um sistema que dispensasse medicamentos necessários para um dia de tratamento para cada paciente. Responda: a) Quais são os objetivos principais da gestão da farmácia hospitalar? R: garantir o abastecimento, dispensação, acesso, controle, rastreabilidade e uso racional de medicamentos; assegurar o desenvolvimento de práticas clínico- assistenciais que permita monitorar o uso de medicamentos; otimizar a relação entre custo, benefício e risco das tecnologias e processos assistenciais; desenvolver ações de assistência farmacêutica; participar ativamente do aperfeiçoamento continuo das práticas das equipes de saúde. b) A farmácia hospitalar deve estar localizada em área de livre acesso e circulação, tanto para atender à distribuição de medicamentos de pacientes internados e ambulatoriais, como para receber visitas de técnicos e de fornecedores o que justifica a sua localização em ponto estratégica que facilite a troca de informações. O dimensionamento da área física de uma farmácia hospitalar tem relação direta com as atividades a serem desenvolvidas, que são, por sua vez, determinadas pelo perfil assistencial e pela complexidade do cuidado prestado no hospital. Quais são os principais ambientes da Farmácia Hospitalar? Esquematize através de um desenho qual é a estrutura física necessária para o funcionamento de uma farmácia hospitalar, identificando cada área e relacionando quais são as atividades que são desempenhadas no local. 12 Área Recepção e inspeção – Para atendimento das requisições da equipe de enfermagem e prescrições médicas. Manipulação de NPT – A NPT deve ser manipulada em sala limpa classe ISO 7, em cabines de fluxo laminar classe ISO 5, com pressão positiva com o uso de produtos com registrono Ministério da Saúde e por profissional capacitado. CAF – é a unidade responsável pela distribuição de medicamentos e materiais entre setores do hospital. Manipulação de Citotóxicos – é um processo fundamental para o tratamento de câncer. Área de distribuição – um sistema de distribuição envolve compras, controle de estoque, armazenamento e controle de qualidade, pessoal e uma serie de qualidade do mesmo. Para Garrison aput Maia Neto (1990, p. Fl5), existem quatro tipos de distribuição de medicamentos; Área de unitarização de doses – A dose unitária é considerada o melhor sistema de distribuição de medicamentos aos pacientes internados, pois garante todos os objetivos de acordo com o esquema terapeutico prescrito. A medicação é dispensada unitariamente, nas doses certas, acondicionados em tiras plasticas lacradas com o nome e o leito do paciente. Desse modo, a medicação é encaminhada ao paciente certo, na dose certa, no horario certo. Sala de Chefia – Destinada aos farmacêuticos do setor para supervisão dos processos de trabalho e orientações técnicas e análise de prescrições. Sala de diluição de germicidas – dispõe sobre os procedimentos e requisitos técnicos para a notificação e o registro de produtos saneantes e dá outras providências. Área administrativa – Para realizar atividades de gestão, como controle de estoque, compras e Manipulação Magistral e Oficinal – estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e 13 registros. oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica. Sala de reunião – regulamenta as atribuições clinicas do farmacêutico que, por definição, constituem os direitos e responsabilidades desse proficional no que concerne a sua área de atuação. Depósito de Material de Limpeza (DML) - é um local destinado ao armazenamento de equipamento, utensílios e material de limpeza, dotado de tanquede lavagem, abrigando detergentes, desinfetantes, ceras, limpadores, multiuso, mops, rodos, panos, baldes e luvas. Área de medicamentos sujeitos a controle especial(Portaria nº344/1998) – pelo estabelecimento, a mesma não pode permitir o acesso aos produtos/insumos por pessoas não autorizadas. Fracionamento – consiste na subdivisão da embalagem primária do medicamento em frações menores, a partir da sua embalagem original, mantendo os seus dados de identificação e qualidade. c) Pensando na temática proposta pelo estudo de caso, explique qual será o sistema de distribuição de medicamentos que poderá ser implantado no hospital? Quais são as vantagens e desvantagens desse sistema de distribuição? Justifique. R: Poderá ser implantado o sistema individual de distribuição de medicamentos, sistema no qual os pedidos de medicamentos são feitos especificamente para cada paciente (24 horas), de acordo com a segunda via da prescrição médica. Suas vantagens são: evita descentralização desordenada dos estoques; otimização do estoque; garantia de controle do armazenamento dos medicamentos; inserção da farmácia na equipe multiprofissional (enfermagem e 14 corpo clínico); menor quantidade de desvios e perdas; menor número de erros de transcrição e de administração de medicamentos. Com relação às desvantagens, temos: custos de implantação do projeto, incluindo equipamentos e funcionários; as atividades da enfermagem permanecem desviadas para a dispensação; funcionamento ininterrupto da farmácia (24 horas). d) O sistema de distribuição de medicamentos deve se basear nas características do hospital e deve ser um sistema racional, eficiente, econômico e seguro. Descreva quais são os tipos de sistemas de distribuição de medicamentos que podem ser utilizados nos hospitais, relacionando as vantagens e desvantagens de cada um. R: SISTEMA DE DISTRIBUIÇÃO VANTAGENS DESVANTAGEN S Coletivo - Registro das movimentações de saída fácil e rápido; números de funcionários reduzidos; horário de funcionamento (não necessita funcionar 24 horas); - aviamento rápido; - facilidade para uso imediato; - pouco volume. - Descentralização desordenada dos estoques; - controle deficiente dos estoques; - perdas por desvios, validade e armazenamento incorreto; - não há garantia de qualidade; - ocasiona desvio das atividades dos profissionais de enfermagem. - a farmácia não participa diretamente da dispensação ao paciente; - aumento do potencial de erros de medicação. 15 Individualizado - Menor número de devolução para a farmácia; - otimização dos recursos humanos da farmácia; - possibilita que cada plantão da enfermagem confira os medicamentos do seu turno; - permite maior contato da farmácia com o corpo clínico e a enfermagem; - redução dos erros de administração de medicamentos; - maior disponibilidade de tempo para a enfermagem. Custo de implantação do projeto, incluindo equipamentos e funcionários; - as atividades da enfermagem permanecem desviadas para a dispensação; - funcionamento ininterrupto da farmácia (24 Horas). e) Quais são as atividades farmacêuticas que podem ser realizadas nos hospitais? R: o farmacêutico é o responsável legal por todo o processo dentro da unidade hospitalar (medicamentos e produtos para a saúde). Podem ser realizadas as seguintes atividades: ter um controle eficiente de medicamentos, matérias e insumos padronizados na farmácia hospitalar; reabastecer todo material; reduzir/conter o desperdício; determinar a compra de quais os materiais e suas respectivas quantidades; identificar quais os materiais está próximo da data de vencimento ou danificados; descartar os materiais próximos da data de vencimento ou danificados; realizar inventários; atender a demanda de medicamentos e materiais diretamente para serem utilizados em procedimentos e cirurgias; registrar a saída de produtos, com atenção especial aos medicamentos controlados. 16 Estudo de Caso 2 - Atividades realizadas na Farmácia Hospitalar O farmacêutico hospitalar é o profissional responsável por atividades clínicas, administrativas e consultivas com o objetivo de promover a racionalização de custos, o uso racional de medicamentos e a orientação aos pacientes, além de atuar na gestão da logística farmacêutica e participar das comissões hospitalares, sendo referência na promoção da saúde por meio da assistência farmacoterapêutica. Esse profissional tem uma conduta interdisciplinar, integrando a farmácia hospitalar com os demais serviços e unidades clínicas. De acordo com a Resolução nos 492, de 26 de novembro de 2008, que regulamenta o exercício profissional no setor público e privado, as principais atribuições do farmacêutico foram agrupadas em cinco grandes áreas: atividades logísticas, controle de qualidade, atividades intersetoriais, atividades focadas no paciente, atividades de manipulação/ produção. a) Em oncologia, o farmacêutico é o principal instrumento para a qualidade da farmacoterapia. Suas atribuições excedem a simples dispensação da prescrição médica, ou ainda a manipulação propriamente dita. Sua atuação é importante em várias etapas da terapia antineoplásica. Pensando na manipulação de antineoplásicos, descreva quais são as condições mínimas necessárias que são exigidas para a manipulação de antineoplásicos. R: Nesse contexto, o farmacêutico integra a equipe multidisciplinar de terapia antineoplásica e se destaca por suas atribuições técnicas, clínicas e gerenciais, que contribuem para uma assistência segura e humanizada. A partir da definição do planejamento terapêutico, o farmacêutico garante o fornecimento adequado do medicamento, que se inicia pela escolha de fornecedores qualificados. Outra etapa importante é o recebimento e armazenamento dos medicamentos, que ocorre dentro dos parâmetros recomendados por cada fabricante. Somente depois dessas fases e da conferência da prescrição, os medicamentos estarão disponíveis para serem preparados para cada paciente, na dose adequada que cada um necessita. b) A nutrição parenteral compreende uma solução ou uma emulsão composta, basicamente, por aminoácidos, lipídios, carboidratos e eletrólitos. É uma formulação estéril e epirogênica, acondicionada em bolsa plástica, destinada à 17 administração intravenosa em pacientes desnutridos ou não, em regime hospitalar, ambulatorial ou domiciliar, visando a síntese ou à manutenção de tecidos, órgãos e sistemas. O Setor de Nutrição Parenteral do Serviço de Farmácia do hospital é o setor responsável pela seleção, pela aquisição, pelo armazenamento, pela manipulação e dispensação das formulações de nutrição parenteral. Pensando na manipulação da nutrição parenteral, descreva quais são as condições mínimas necessárias que são exigidas para a manipulação de nutrição parenteral. R: Apesar de não apresentar riscos ocupacionais e ambientais, a manipulação de nutrição parenteral exige condições especificas e controladas, principalmente pela necessidade de esterilidade, apirogeniceidade e ausência de partículas. Para isso, devem ser observados os aspectos destacados pela portaria MS/SNVS n° 272/1998, que determina o regulamento técnico para a terapia de nutrição parenteral. Para a manipulação da nutrição parenteral, são necessárias condições mínimas de higiene e esterilidade. O ambiente de manipulação deve ser limpo e controlado, com fluxo laminar de ar para evitar a contaminação. Os profissionais envolvidos devem utilizar vestimentas adequadas, como luvas, máscaras e toucas, além de seguir protocolos rigorosos de limpeza e desinfecção. Os equipamentos e materiais utilizados também devem ser esterilizados e devidamente armazenados. Tudo isso é feito para garantir a segurança e a qualidade da nutrição parenteral administrada aos pacientes. Trata-se daadministração de nutrientes pela via endovenosa. Dessa forma, busca garantir a homeostase e a nutrição adequada, em situações extremas, nas quais, além da desnutrição, o paciente não pode receber a forma enteral (por tubo ligado ao sistema digestivo). Entendido os princípios básicos da nutrição parenteral, agora é hora de entender a sua composição. A solução administrada é composta por glicose, aminoácidos, glutamina, lipídeos, eletrólitos e vitaminas. Todos eles nas proporções correspondentes às necessidades basais do paciente. 18 5 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO 19 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS O estágio é uma forma de aperfeiçoamento, nos proporciona agregar mais conhecimento e condições de desenvolver novas habilidades, analisar situações sobre a terapêutica medicamentosa dentro dos critérios éticos profissionais, onde podemos prestar atenção farmacêutica com qualidade, atendendo as necessidades dos pacientes e participando da vivência diária de um hospital. A proposta inicial do estágio é nos proporcionar uma visão das atividades no âmbito hospitalar. Durante a execução desses, podemos desenvolver práticas relacionadas à administração farmacêutica, ao gerenciamento de estoque e à logística hospitalar, a farmacotécnica, a farmacovigilância, a participação em comissões de farmácia, terapêutica medicamentosa e monitorização do tratamento prestado ao paciente que é considerado o principal objetivo da farmácia hospitalar. O estágio em farmácia hospitalar nos possibilita o contato com a rotina praticada, solidificando os conhecimentos teóricos e nos mostrando o quão vasta é a atuação do profissional farmacêutico. A farmácia hospitalar é responsável pelo manejo seguro e eficaz dos medicamentos no hospital. Atuando de forma decisiva na integração das práticas de gestão de prescrição de dispensação e administração de medicação. Desta forma erros poderão ser prevenidos e consequentemente um aumento dos indicadores de qualidade irá aparecer. Fica evidente a importância do farmacêutico gerindo a farmácia hospitalar. Então nada mais correto que se investir em uma renovação estrutural e conceitual sobre gestão de farmácia hospitalar. Sendo assim, políticas voltadas para implantação de farmácias hospitalares e gestão farmacêutica precisam ser discutidas junto aos grandes centros de referência em saúde no Brasil, onde possa ser discutida a atual situação do farmacêutico frente à farmácia hospitalar, objetivando e consolidando a atividade farmacêutica frente à farmácia hospitalar. Conclui-se que diante da situação enfrentada pelas unidades de saúde, onde constantes erros e imperícias relacionadas ao uso de medicamento vêm acorrendo, o farmacêutico é o profissional de maior importância e mais qualificado para gerir uma farmácia hospitalar, por isso existe uma necessidade enorme de que as unidades hospitalares venham adotar um sistema seguro e eficiente de gestão de 20 suas farmácias hospitalares que dependerá das necessidades logísticas, bem como dos recursos financeiros disponíveis e o mais importante não deixar o farmacêutico fora deste processo. 21 REFERÊNCIAS AAKER, David Austin. Criando e administrando marcas de sucesso. São Paulo: futura, 1996. ALVES, Maria Leila. O papel equalizador do regime de colaboração estado- município na política de alfabetização. 1990. 283 f. dissertação (Mestrado em Educação) – Universidade de Campinas, campinas, 1990. Disponível em: http://www.inep.gov.br/cibec/bbe-online/. Acesso em: 28 set. 2001. BRASIL. Consolidação das Leis do Trabalho. Texto do Decreto-Lei n° 5.452, de 1 de maio de 1943, atualizado até a Lei n° 9.756, de 17 de dezembro de 1998. 25 ed. Atual. Aum. São Paulo: Saraiva 1999. CARVALHO, Maria Cecilia Maringoni de (Org.). Construindo o saber. Metodologia cientifica, fundamentos e técnicas. 5 ed. São Paulo: Papirus, 1995. 175p. CURITIBA. Secretaria da Justiça. Relatório de atividades. Curitiba, 2004. DEMO, Pedro. Metodologia do conhecimento científico. São Paulo: atlas, 1999. Pesquisa: princípio científico e educativo. 6. Ed. São Paulo: Corte 2000. MAINGUENEAU, DOMINIQUE. Elementos de linguística para o texto literário. São Paulo: Martins Fontes, 1996. RAMPAZZO, Lino. Metodologia cientifica: para alunos dos cursos de graduação e pós-graduação. São Paulo: Stiliano, 1998. http://www.inep.gov.br/cibec/bbe-online/ SUMÁRIO 1 APRESENTAÇÃO 2 INTRODUÇÃO 3 ATIVIDADES DO ESTAGIÁRIO 4 Teoria em prática- estudos de casos 5 TERMO DE VALIDAÇÃO DO RELATÓRIO 6 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS