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Farmácia Hospitalar, Gestão e Administração Farmacêutica - Unifatecie

Ferramentas de estudo

Questões resolvidas

Qual é a competência principal da Comissão de Terapia Nutricional em relação ao farmacêutico hospitalar?

a) Participar da elaboração de materiais educativos sobre nutrição parenteral.
b) Monitorar as prescrições e verificar a ocorrência de queixas técnicas.
c) Auxiliar no controle de custos e elaborar relatórios de consumo.

Qual é o objetivo da Comissão de Gerenciamento de Riscos Hospitalares em relação ao farmacêutico hospitalar?

a) Desenvolver ações de gerenciamento de riscos hospitalares, como detecção de reações adversas a medicamentos.
b) Zelar pelo adequado gerenciamento dos resíduos resultantes das atividades técnicas desenvolvidas nos serviços de atendimento pré-hospitalares.
c) Promover a segurança dos pacientes no ambiente hospitalar, identificando e prevenindo eventos adversos e erros relacionados à assistência à saúde.

Atualmente, os cânceres já rivalizam com as doenças cardíacas como patologias que mais produzem óbitos e diminuem a qualidade de vida da sociedade. O câncer é uma doença caracterizada pelo crescimento descontrolado e anormal de células no corpo. Essas células anômalas podem se acumular para formar massas de tecido chamadas tumores. O câncer é uma doença complexa e desafiadora, mas avanços na pesquisa e no tratamento têm melhorado as perspectivas de muitos pacientes. O preparo, a administração e a eliminação dos dejetos de agentes quimioterápicos requerem uma prática altamente especializada e conhecimentos técnicos de profissionais farmacêuticos. Existem várias modalidades de tratamento antineoplásico, e a escolha do tratamento depende do tipo de câncer, do estágio da doença, da saúde geral do paciente e de outros fatores individuais. Podendo ser as intervenções cirúrgicas, radioterapia, imunoterapia e quimioterapia, podem ser usadas de forma isolada ou associadas entre elas. Atualmente o recurso mais utilizado é a quimioterapia, a qual utiliza os medicamentos antineoplásicos, através de protocolos de um ou mais medicamentos, dependendo do tipo e estágio do tumor. Medicamentos Antineoplásicos São agentes químicos utilizados no tratamento do câncer para inibir o crescimento celular, atuando sobre as moléculas que controlam a divisão e o desenvolvimento das células. O grupo farmacológico dos antineoplásicos inclui vários agentes que atuam por mecanismos complexos, através de interações deste com DNA, RNA e proteínas. Os pacientes expostos a esses medicamentos podem apresentar reações adversas como náuseas, vômitos, alopecia, hiperpigmentação, reações cutâneas e efeitos tóxicos em diversos órgãos: coração, rins e pulmão. (GOMES; REIS, 2000). A classificação dos antineoplásicos é forma empírica, levando-se em conta o mecanismo de ação sobre o ciclo de reprodução celular. São os grupos: alquilantes, antimetabólicos, antibióticos, agentes naturais e agentes diversos. A eficácia dos fármacos antineoplásicos é alcançada mediante seu potencial citotóxico. Isto indica que pequenas variações de doses podem gerar graves danos ao paciente. Muito frequentemente, as dosagens de quimioterapia são calculadas em relação à área de superfície corporal, expressas em miligramas por metro quadrado, com base no peso e na altura do paciente. Devemos lembrar que os pacientes portadores de câncer, são imunossuprimidos, quer pela doença de base ou pelo fármaco que lhe é administrado. Dessa forma, a utilização de uma técnica rigorosamente asséptica para o preparo das soluções parenterais é de extrema importância para evitar quadros de infecção e sepse. O farmacêutico é responsável pela preparação segura e precisa de medicamentos antineoplásicos. Isso envolve a mistura de medicamentos, que podem ser prescritos simultaneamente, cálculos de dosagens, possíveis interações medicamentosas e garantia de que os medicamentos sejam administrados de acordo com os protocolos de tratamento. A quimioterapia pode ser administrada de forma sistêmica ou através de métodos regionais de liberação. A abordagem sistêmica envolve a administração da quimioterapia por via oral, intravenosa, subcutânea, intramuscular ou intraóssea.

Todo medicamento quimioterápico deve ser manipulado somente por profissionais treinados e em área individualizada e centralizada, para minimizar interrupções e riscos de contaminação. As drogas devem ser manipuladas em cabines de fluxo laminar de segurança biológica classe II (vertical), com exaustão para o exterior se possível. O fluxo deve ficar ligado sete dias por semana e 24 horas por dia, devendo sofrer manutenções periódicas conforme orientação do fabricante. Todas as conexões e desconexões dos infusores (seringas e equipos) com as misturas devem ser realizadas dentro do fluxo laminar.

Outro aspecto fundamental da Gestão e Administração Farmacêutica é o gerenciamento de estoques e abastecimento. Isso envolve a gestão eficiente dos medicamentos disponíveis, a previsão de demanda, o controle de estoque e a aquisição de medicamentos. Essa gestão se concentra em garantir que os medicamentos estejam disponíveis quando necessário, evitando ao mesmo tempo desperdícios e prazos de validade expirados. Além disso, o gerenciamento de estoque é crucial para prevenir a escassez de medicamentos essenciais. A otimização desses processos não apenas garante a continuidade do tratamento para os pacientes, mas também ajuda a minimizar desperdícios e reduzir custos, o que é essencial em sistemas de saúde com recursos limitados.

Distribuição e logística são fundamentais para gerenciar a cadeia de suprimentos e a distribuição de medicamentos, garantindo que cheguem aos pacientes de forma segura e eficaz. Isso inclui o armazenamento adequado, a gestão de estoques e a logística de transporte. Vendas e marketing representam outra área importante na administração farmacêutica. Isso pode envolver a criação de estratégias de marketing, vendas diretas a profissionais de saúde, bem como publicidade ao consumidor, quando permitida. Compliance e ética são aspectos críticos devido à sensibilidade e importância dos produtos farmacêuticos para a saúde pública. A administração farmacêutica concentra-se, portanto, em questões de ética, conformidade e responsabilidade social corporativa. Inovação é essencial para permanecer competitivo no setor farmacêutico. Isso inclui a pesquisa constante, a busca por novas tecnologias, parcerias estratégicas e o desenvolvimento de medicamentos inovadores. Por último, o gerenciamento de riscos é uma preocupação crucial na administração farmacêutica. Deve-se abordar cuidadosamente questões de segurança e gerenciamento de riscos, incluindo a identificação e resposta a eventos adversos e recalls de medicamentos, quando necessário.

Do Latim: “gestione”; refere-se à ação e ao efeito de gerir ou de administrar. Gerir consiste em realizar diligências que conduzem à realização de um negócio ou de um desejo qualquer. A gestão é um processo amplo e abrangente que envolve o planejamento, organização, direção e controle de recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos para alcançar os objetivos de uma organização. É um processo contínuo e envolve tomar decisões estratégicas para atingir metas de longo prazo. A gestão concentra-se mais na visão estratégica e de longo prazo da organização. Os gestores são responsáveis por definir metas, criar políticas e estratégias, e tomar decisões que afetam toda a organização. Os gestores precisam ter habilidades de planejamento estratégico, tomada de decisão, liderança e comunicação. Eles frequentemente ocupam cargos de alta administração, como diretores, presidentes e CEOs. A gestão farmacêutica refere-se ao processo amplo de planejar, organizar, liderar e controlar os recursos e as atividades relacionadas à farmácia e aos serviços farmacêuticos em uma organização de saúde. A gestão farmacêutica abrange uma visão estratégica e de alto nível das atividades relacionadas a medicamentos em uma organização. Isso inclui a definição de políticas e diretrizes, a alocação de recursos, a supervisão de áreas como a farmácia hospitalar e a gestão de questões de regulamentação. Os gestores farmacêuticos de nível superior, como diretores de farmácia hospitalar ou diretores farmacêuticos em empresas farmacêuticas, desempenham um papel importante na gestão farmacêutica. Eles são responsáveis por liderar a estratégia farmacêutica da organização e tomar decisões que afetam a farmácia como um todo. A gestão farmacêutica se concentra na definição de políticas de medicamentos, regulamentações, controle de custos, gestão de riscos relacionados a medicamentos e na garantia da qualidade dos serviços farmacêuticos. Os gestores farmacêuticos são responsáveis

A atuação da farmácia hospitalar preocupa-se com os resultados da assistência prestada ao paciente e não apenas com a provisão de produtos e serviços. Como unidade clínica, o foco de sua atenção deve estar no paciente, em suas necessidades e no medicamento, como instrumento.

a) Automatização e informatização são práticas que contribuíram para melhorar a eficiência operacional da farmácia hospitalar.
b) O professor José Sylvio Cimino definiu a Farmácia Hospitalar como uma unidade tecnicamente aparelhada para prover as clínicas e demais serviços dos medicamentos necessários para o normal funcionamento.
c) A farmácia hospitalar deve atuar em todas as fases da terapia medicamentosa, cuidando de sua adequada utilização nos planos assistenciais, econômicos, de ensino e de pesquisa.
d) Um dos principais objetivos da farmácia hospitalar é participar da Comissão de Farmácia e Terapêutica, garantindo a correta seleção de medicamentos necessários ao perfil assistencial do hospital.

O perfil do farmacêutico hospitalar é caracterizado por uma formação acadêmica sólida, habilidades clínicas, conhecimentos técnicos em farmacologia e farmácia hospitalar, além de um compromisso com a segurança do paciente e a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde.

a) O farmacêutico hospitalar não precisa ter conhecimento sobre medicamentos, suas propriedades farmacológicas, interações e posologia.
b) O farmacêutico hospitalar não precisa possuir habilidades de comunicação para interagir com pacientes, familiares e outros membros da equipe multidisciplinar de saúde.
c) O farmacêutico hospitalar deve aderir a altos padrões éticos e priorizar a segurança do paciente em todas as atividades relacionadas à farmácia hospitalar.
d) O farmacêutico hospitalar não é responsável por gerenciar o estoque de medicamentos e insumos no ambiente hospitalar.

Para viabilizar uma farmácia hospitalar, é essencial atender a requisitos e diretrizes específicas que garantam a segurança, eficácia e qualidade dos serviços farmacêuticos prestados no ambiente hospitalar.

a) A área física e localização da farmácia hospitalar não são aspectos relevantes para sua viabilização.
b) A farmácia hospitalar não precisa estar vinculada à diretoria clínica ou geral da instituição.
c) A infraestrutura física da farmácia hospitalar deve incluir espaço suficiente para a manipulação, armazenamento e controle de medicamentos, além de equipamentos e sistemas de segurança adequados.
d) A farmácia hospitalar não precisa seguir diretrizes específicas para garantir a segurança e qualidade dos serviços farmacêuticos.

A participação do farmacêutico em comissões hospitalares é de extrema importância, pois esse profissional desempenha um papel fundamental na garantia da segurança e qualidade dos serviços de saúde prestados no ambiente hospitalar. Através de sua formação especializada em medicamentos, o farmacêutico pode contribuir com sua expertise técnica e científica em diversas áreas, participando de comissões e grupos de trabalho que abordam questões relacionadas à saúde, terapia medicamentosa e uso racional de medicamentos. Algumas das principais comissões em que o farmacêutico pode participar incluem:

01) Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH): a CCIH é responsável por coordenar e implementar medidas para prevenir e controlar infecções hospitalares. Dentre as atribuições do farmacêutico na CCIH destacam-se aquelas relacionadas diretamente ao uso racional de antimicrobianos, germicidas e produtos para a saúde.
02) Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT): a CFT é responsável pela análise e seleção de medicamentos que serão utilizados no hospital, considerando sua eficácia, segurança e custo-benefício.
03) Comissão de Segurança do Paciente: essa comissão tem como objetivo promover a segurança dos pacientes no ambiente hospitalar, identificando e prevenindo eventos adversos e erros relacionados à assistência à saúde.
04) Comissão de Ética em Pesquisa (CEP): em hospitais que conduzem pesquisas clínicas, o farmacêutico pode fazer parte da CEP, que avalia a ética e a segurança de projetos de pesquisa envolvendo seres humanos.
05) Comissão de Educação Permanente: o farmacêutico também pode participar da comissão de educação permanente, contribuindo para o desenvolvimento de programas de capacitação e atualização profissional para a equipe de saúde, incluindo médicos, enfermeiros e outros profissionais.
06) Comissão de Terapia Nutricional: suas competências principais são de participar da elaboração de materiais educativos sobre nutrição parenteral.

Qual é o sistema de dispensação de medicamentos que se caracteriza pelo fato de os medicamentos serem distribuídos por unidade de internação a partir de uma solicitação da enfermagem, implicando a formação de um estoque nas unidades assistenciais?
O sistema coletivo se caracteriza pelo fato de os medicamentos serem distribuídos por unidade de internação a partir de uma solicitação da enfermagem, implicando a formação de um estoque nas unidades assistenciais.
a) Sistema Coletivo
b) Sistema Individualizado
c) Sistema de Dose Unitária

Quais são as vantagens do Sistema Coletivo de Dispensação de Medicamentos?
Enfermeiros economizam tempo ao administrar doses, pois há facilidade de acesso aos medicamentos para uso imediato.
Pouco volume de requisições e prescrições na farmácia.
Recursos humanos e infraestrutura da farmácia reduzidos.
O sistema de dose coletiva é eficiente para grupos de pacientes com horários de medicação semelhantes, reduzindo o tempo gasto na preparação individual de doses. Facilita a coordenação das medicações em um ambiente hospitalar, especialmente quando há muitos pacientes e horários a serem gerenciados.
a) I, II e III estão corretas.
b) II, III e IV estão corretas.
c) I, III e IV estão corretas.

Quais são as desvantagens do Sistema Individualizado de Dispensação de Medicamentos?
O potencial de erros com medicamentos ainda é alto.
A preparação individualizada pode requerer mais tempo e recursos do que sistemas de dose coletiva.
Em ambientes com muitos pacientes, a preparação individual pode se tornar complexa e desafiadora.
a) I e II estão corretas.
b) II e III estão corretas.
c) I, II e III estão corretas.

Quais são as vantagens do Sistema de Dispensação de Medicamentos por Dose Unitária?
Ausência de estoques periféricos.
Reduz significativamente o potencial risco de erros de dosagem e de administração, melhorando a segurança do médico, enfermagem e, sobretudo, do paciente.
Atuação efetiva e dinâmica do profissional farmacêutico.
a) I e II estão corretas.
b) II e III estão corretas.
c) I, II e III estão corretas.

O sistema combinado ou misto de dispensação de medicamentos é uma abordagem que combina elementos de diferentes métodos de distribuição de medicamentos para atender às necessidades específicas do hospital. Esse sistema é projetado para maximizar a eficiência, a segurança e a flexibilidade na administração de medicamentos, aproveitando as vantagens de diferentes abordagens. Pode envolver a combinação de sistemas, como dose individual, dose coletiva ou outros, de acordo com a complexidade da situação. Nesse sistema, a farmácia distribui medicamentos através de solicitações e outros por cópia da prescrição médica; portanto, parte do sistema é coletivo e parte é individualizada.

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Questões resolvidas

Qual é a competência principal da Comissão de Terapia Nutricional em relação ao farmacêutico hospitalar?

a) Participar da elaboração de materiais educativos sobre nutrição parenteral.
b) Monitorar as prescrições e verificar a ocorrência de queixas técnicas.
c) Auxiliar no controle de custos e elaborar relatórios de consumo.

Qual é o objetivo da Comissão de Gerenciamento de Riscos Hospitalares em relação ao farmacêutico hospitalar?

a) Desenvolver ações de gerenciamento de riscos hospitalares, como detecção de reações adversas a medicamentos.
b) Zelar pelo adequado gerenciamento dos resíduos resultantes das atividades técnicas desenvolvidas nos serviços de atendimento pré-hospitalares.
c) Promover a segurança dos pacientes no ambiente hospitalar, identificando e prevenindo eventos adversos e erros relacionados à assistência à saúde.

Atualmente, os cânceres já rivalizam com as doenças cardíacas como patologias que mais produzem óbitos e diminuem a qualidade de vida da sociedade. O câncer é uma doença caracterizada pelo crescimento descontrolado e anormal de células no corpo. Essas células anômalas podem se acumular para formar massas de tecido chamadas tumores. O câncer é uma doença complexa e desafiadora, mas avanços na pesquisa e no tratamento têm melhorado as perspectivas de muitos pacientes. O preparo, a administração e a eliminação dos dejetos de agentes quimioterápicos requerem uma prática altamente especializada e conhecimentos técnicos de profissionais farmacêuticos. Existem várias modalidades de tratamento antineoplásico, e a escolha do tratamento depende do tipo de câncer, do estágio da doença, da saúde geral do paciente e de outros fatores individuais. Podendo ser as intervenções cirúrgicas, radioterapia, imunoterapia e quimioterapia, podem ser usadas de forma isolada ou associadas entre elas. Atualmente o recurso mais utilizado é a quimioterapia, a qual utiliza os medicamentos antineoplásicos, através de protocolos de um ou mais medicamentos, dependendo do tipo e estágio do tumor. Medicamentos Antineoplásicos São agentes químicos utilizados no tratamento do câncer para inibir o crescimento celular, atuando sobre as moléculas que controlam a divisão e o desenvolvimento das células. O grupo farmacológico dos antineoplásicos inclui vários agentes que atuam por mecanismos complexos, através de interações deste com DNA, RNA e proteínas. Os pacientes expostos a esses medicamentos podem apresentar reações adversas como náuseas, vômitos, alopecia, hiperpigmentação, reações cutâneas e efeitos tóxicos em diversos órgãos: coração, rins e pulmão. (GOMES; REIS, 2000). A classificação dos antineoplásicos é forma empírica, levando-se em conta o mecanismo de ação sobre o ciclo de reprodução celular. São os grupos: alquilantes, antimetabólicos, antibióticos, agentes naturais e agentes diversos. A eficácia dos fármacos antineoplásicos é alcançada mediante seu potencial citotóxico. Isto indica que pequenas variações de doses podem gerar graves danos ao paciente. Muito frequentemente, as dosagens de quimioterapia são calculadas em relação à área de superfície corporal, expressas em miligramas por metro quadrado, com base no peso e na altura do paciente. Devemos lembrar que os pacientes portadores de câncer, são imunossuprimidos, quer pela doença de base ou pelo fármaco que lhe é administrado. Dessa forma, a utilização de uma técnica rigorosamente asséptica para o preparo das soluções parenterais é de extrema importância para evitar quadros de infecção e sepse. O farmacêutico é responsável pela preparação segura e precisa de medicamentos antineoplásicos. Isso envolve a mistura de medicamentos, que podem ser prescritos simultaneamente, cálculos de dosagens, possíveis interações medicamentosas e garantia de que os medicamentos sejam administrados de acordo com os protocolos de tratamento. A quimioterapia pode ser administrada de forma sistêmica ou através de métodos regionais de liberação. A abordagem sistêmica envolve a administração da quimioterapia por via oral, intravenosa, subcutânea, intramuscular ou intraóssea.

Todo medicamento quimioterápico deve ser manipulado somente por profissionais treinados e em área individualizada e centralizada, para minimizar interrupções e riscos de contaminação. As drogas devem ser manipuladas em cabines de fluxo laminar de segurança biológica classe II (vertical), com exaustão para o exterior se possível. O fluxo deve ficar ligado sete dias por semana e 24 horas por dia, devendo sofrer manutenções periódicas conforme orientação do fabricante. Todas as conexões e desconexões dos infusores (seringas e equipos) com as misturas devem ser realizadas dentro do fluxo laminar.

Outro aspecto fundamental da Gestão e Administração Farmacêutica é o gerenciamento de estoques e abastecimento. Isso envolve a gestão eficiente dos medicamentos disponíveis, a previsão de demanda, o controle de estoque e a aquisição de medicamentos. Essa gestão se concentra em garantir que os medicamentos estejam disponíveis quando necessário, evitando ao mesmo tempo desperdícios e prazos de validade expirados. Além disso, o gerenciamento de estoque é crucial para prevenir a escassez de medicamentos essenciais. A otimização desses processos não apenas garante a continuidade do tratamento para os pacientes, mas também ajuda a minimizar desperdícios e reduzir custos, o que é essencial em sistemas de saúde com recursos limitados.

Distribuição e logística são fundamentais para gerenciar a cadeia de suprimentos e a distribuição de medicamentos, garantindo que cheguem aos pacientes de forma segura e eficaz. Isso inclui o armazenamento adequado, a gestão de estoques e a logística de transporte. Vendas e marketing representam outra área importante na administração farmacêutica. Isso pode envolver a criação de estratégias de marketing, vendas diretas a profissionais de saúde, bem como publicidade ao consumidor, quando permitida. Compliance e ética são aspectos críticos devido à sensibilidade e importância dos produtos farmacêuticos para a saúde pública. A administração farmacêutica concentra-se, portanto, em questões de ética, conformidade e responsabilidade social corporativa. Inovação é essencial para permanecer competitivo no setor farmacêutico. Isso inclui a pesquisa constante, a busca por novas tecnologias, parcerias estratégicas e o desenvolvimento de medicamentos inovadores. Por último, o gerenciamento de riscos é uma preocupação crucial na administração farmacêutica. Deve-se abordar cuidadosamente questões de segurança e gerenciamento de riscos, incluindo a identificação e resposta a eventos adversos e recalls de medicamentos, quando necessário.

Do Latim: “gestione”; refere-se à ação e ao efeito de gerir ou de administrar. Gerir consiste em realizar diligências que conduzem à realização de um negócio ou de um desejo qualquer. A gestão é um processo amplo e abrangente que envolve o planejamento, organização, direção e controle de recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos para alcançar os objetivos de uma organização. É um processo contínuo e envolve tomar decisões estratégicas para atingir metas de longo prazo. A gestão concentra-se mais na visão estratégica e de longo prazo da organização. Os gestores são responsáveis por definir metas, criar políticas e estratégias, e tomar decisões que afetam toda a organização. Os gestores precisam ter habilidades de planejamento estratégico, tomada de decisão, liderança e comunicação. Eles frequentemente ocupam cargos de alta administração, como diretores, presidentes e CEOs. A gestão farmacêutica refere-se ao processo amplo de planejar, organizar, liderar e controlar os recursos e as atividades relacionadas à farmácia e aos serviços farmacêuticos em uma organização de saúde. A gestão farmacêutica abrange uma visão estratégica e de alto nível das atividades relacionadas a medicamentos em uma organização. Isso inclui a definição de políticas e diretrizes, a alocação de recursos, a supervisão de áreas como a farmácia hospitalar e a gestão de questões de regulamentação. Os gestores farmacêuticos de nível superior, como diretores de farmácia hospitalar ou diretores farmacêuticos em empresas farmacêuticas, desempenham um papel importante na gestão farmacêutica. Eles são responsáveis por liderar a estratégia farmacêutica da organização e tomar decisões que afetam a farmácia como um todo. A gestão farmacêutica se concentra na definição de políticas de medicamentos, regulamentações, controle de custos, gestão de riscos relacionados a medicamentos e na garantia da qualidade dos serviços farmacêuticos. Os gestores farmacêuticos são responsáveis

A atuação da farmácia hospitalar preocupa-se com os resultados da assistência prestada ao paciente e não apenas com a provisão de produtos e serviços. Como unidade clínica, o foco de sua atenção deve estar no paciente, em suas necessidades e no medicamento, como instrumento.

a) Automatização e informatização são práticas que contribuíram para melhorar a eficiência operacional da farmácia hospitalar.
b) O professor José Sylvio Cimino definiu a Farmácia Hospitalar como uma unidade tecnicamente aparelhada para prover as clínicas e demais serviços dos medicamentos necessários para o normal funcionamento.
c) A farmácia hospitalar deve atuar em todas as fases da terapia medicamentosa, cuidando de sua adequada utilização nos planos assistenciais, econômicos, de ensino e de pesquisa.
d) Um dos principais objetivos da farmácia hospitalar é participar da Comissão de Farmácia e Terapêutica, garantindo a correta seleção de medicamentos necessários ao perfil assistencial do hospital.

O perfil do farmacêutico hospitalar é caracterizado por uma formação acadêmica sólida, habilidades clínicas, conhecimentos técnicos em farmacologia e farmácia hospitalar, além de um compromisso com a segurança do paciente e a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde.

a) O farmacêutico hospitalar não precisa ter conhecimento sobre medicamentos, suas propriedades farmacológicas, interações e posologia.
b) O farmacêutico hospitalar não precisa possuir habilidades de comunicação para interagir com pacientes, familiares e outros membros da equipe multidisciplinar de saúde.
c) O farmacêutico hospitalar deve aderir a altos padrões éticos e priorizar a segurança do paciente em todas as atividades relacionadas à farmácia hospitalar.
d) O farmacêutico hospitalar não é responsável por gerenciar o estoque de medicamentos e insumos no ambiente hospitalar.

Para viabilizar uma farmácia hospitalar, é essencial atender a requisitos e diretrizes específicas que garantam a segurança, eficácia e qualidade dos serviços farmacêuticos prestados no ambiente hospitalar.

a) A área física e localização da farmácia hospitalar não são aspectos relevantes para sua viabilização.
b) A farmácia hospitalar não precisa estar vinculada à diretoria clínica ou geral da instituição.
c) A infraestrutura física da farmácia hospitalar deve incluir espaço suficiente para a manipulação, armazenamento e controle de medicamentos, além de equipamentos e sistemas de segurança adequados.
d) A farmácia hospitalar não precisa seguir diretrizes específicas para garantir a segurança e qualidade dos serviços farmacêuticos.

A participação do farmacêutico em comissões hospitalares é de extrema importância, pois esse profissional desempenha um papel fundamental na garantia da segurança e qualidade dos serviços de saúde prestados no ambiente hospitalar. Através de sua formação especializada em medicamentos, o farmacêutico pode contribuir com sua expertise técnica e científica em diversas áreas, participando de comissões e grupos de trabalho que abordam questões relacionadas à saúde, terapia medicamentosa e uso racional de medicamentos. Algumas das principais comissões em que o farmacêutico pode participar incluem:

01) Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH): a CCIH é responsável por coordenar e implementar medidas para prevenir e controlar infecções hospitalares. Dentre as atribuições do farmacêutico na CCIH destacam-se aquelas relacionadas diretamente ao uso racional de antimicrobianos, germicidas e produtos para a saúde.
02) Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT): a CFT é responsável pela análise e seleção de medicamentos que serão utilizados no hospital, considerando sua eficácia, segurança e custo-benefício.
03) Comissão de Segurança do Paciente: essa comissão tem como objetivo promover a segurança dos pacientes no ambiente hospitalar, identificando e prevenindo eventos adversos e erros relacionados à assistência à saúde.
04) Comissão de Ética em Pesquisa (CEP): em hospitais que conduzem pesquisas clínicas, o farmacêutico pode fazer parte da CEP, que avalia a ética e a segurança de projetos de pesquisa envolvendo seres humanos.
05) Comissão de Educação Permanente: o farmacêutico também pode participar da comissão de educação permanente, contribuindo para o desenvolvimento de programas de capacitação e atualização profissional para a equipe de saúde, incluindo médicos, enfermeiros e outros profissionais.
06) Comissão de Terapia Nutricional: suas competências principais são de participar da elaboração de materiais educativos sobre nutrição parenteral.

Qual é o sistema de dispensação de medicamentos que se caracteriza pelo fato de os medicamentos serem distribuídos por unidade de internação a partir de uma solicitação da enfermagem, implicando a formação de um estoque nas unidades assistenciais?
O sistema coletivo se caracteriza pelo fato de os medicamentos serem distribuídos por unidade de internação a partir de uma solicitação da enfermagem, implicando a formação de um estoque nas unidades assistenciais.
a) Sistema Coletivo
b) Sistema Individualizado
c) Sistema de Dose Unitária

Quais são as vantagens do Sistema Coletivo de Dispensação de Medicamentos?
Enfermeiros economizam tempo ao administrar doses, pois há facilidade de acesso aos medicamentos para uso imediato.
Pouco volume de requisições e prescrições na farmácia.
Recursos humanos e infraestrutura da farmácia reduzidos.
O sistema de dose coletiva é eficiente para grupos de pacientes com horários de medicação semelhantes, reduzindo o tempo gasto na preparação individual de doses. Facilita a coordenação das medicações em um ambiente hospitalar, especialmente quando há muitos pacientes e horários a serem gerenciados.
a) I, II e III estão corretas.
b) II, III e IV estão corretas.
c) I, III e IV estão corretas.

Quais são as desvantagens do Sistema Individualizado de Dispensação de Medicamentos?
O potencial de erros com medicamentos ainda é alto.
A preparação individualizada pode requerer mais tempo e recursos do que sistemas de dose coletiva.
Em ambientes com muitos pacientes, a preparação individual pode se tornar complexa e desafiadora.
a) I e II estão corretas.
b) II e III estão corretas.
c) I, II e III estão corretas.

Quais são as vantagens do Sistema de Dispensação de Medicamentos por Dose Unitária?
Ausência de estoques periféricos.
Reduz significativamente o potencial risco de erros de dosagem e de administração, melhorando a segurança do médico, enfermagem e, sobretudo, do paciente.
Atuação efetiva e dinâmica do profissional farmacêutico.
a) I e II estão corretas.
b) II e III estão corretas.
c) I, II e III estão corretas.

O sistema combinado ou misto de dispensação de medicamentos é uma abordagem que combina elementos de diferentes métodos de distribuição de medicamentos para atender às necessidades específicas do hospital. Esse sistema é projetado para maximizar a eficiência, a segurança e a flexibilidade na administração de medicamentos, aproveitando as vantagens de diferentes abordagens. Pode envolver a combinação de sistemas, como dose individual, dose coletiva ou outros, de acordo com a complexidade da situação. Nesse sistema, a farmácia distribui medicamentos através de solicitações e outros por cópia da prescrição médica; portanto, parte do sistema é coletivo e parte é individualizada.

Prévia do material em texto

Professor(a) Esp. Simone do Carmo Ropelatto Abreu
FARMÁCIA HOSPITALAR, 
GESTÃO E ADMINISTRAÇÃO 
FARMACÊUTICA
REITORIA Prof. Me. Gilmar de Oliveira
DIREÇÃO ADMINISTRATIVA Prof. Me. Renato Valença 
DIREÇÃO DE ENSINO PRESENCIAL Prof. Me. Daniel de Lima
DIREÇÃO DE ENSINO EAD Profa. Dra. Giani Andrea Linde Colauto 
DIREÇÃO FINANCEIRA Eduardo Luiz Campano Santini
DIREÇÃO FINANCEIRA EAD Guilherme Esquivel
COORDENAÇÃO DE ENSINO, PESQUISA E EXTENSÃO Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE ENSINO Profa. Dra. Nelma Sgarbosa Roman de Araújo
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE PESQUISA Profa. Ma. Luciana Moraes
COORDENAÇÃO ADJUNTA DE EXTENSÃO Prof. Me. Jeferson de Souza Sá
COORDENAÇÃO DO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO A DISTÂNCIA Prof. Me. Jorge Luiz Garcia Van Dal
COORDENAÇÃO DE PLANEJAMENTO E PROCESSOS Prof. Me. Arthur Rosinski do Nascimento
COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA EAD Profa. Ma. Sônia Maria Crivelli Mataruco
COORDENAÇÃO DO DEPTO. DE PRODUÇÃO DE MATERIAIS DIDÁTICOS Luiz Fernando Freitas
REVISÃO ORTOGRÁFICA E NORMATIVA Beatriz Longen Rohling 
 Carolayne Beatriz da Silva Cavalcante
 Caroline da Silva Marques 
 Eduardo Alves de Oliveira
 Jéssica Eugênio Azevedo
 Marcelino Fernando Rodrigues Santos
PROJETO GRÁFICO E DIAGRAMAÇÃO Bruna de Lima Ramos
 Hugo Batalhoti Morangueira
 Vitor Amaral Poltronieri
ESTÚDIO, PRODUÇÃO E EDIÇÃO André Oliveira Vaz 
DE VÍDEO Carlos Firmino de Oliveira 
 Carlos Henrique Moraes dos Anjos
 Kauê Berto
 Pedro Vinícius de Lima Machado
 Thassiane da Silva Jacinto 
 
FICHA CATALOGRÁFICA
 Dados Internacionais de Catalogação na Publicação - CIP
A162f Abreu, Simone do Carmo Ropelatto
 Farmácia hospitalar, gestão e administração farmacêutica / 
 Simone do Carmo Ropelatto Abreu. Paranavaí: EduFatecie, 2024.
 85 p.: il. Color.
 
 1. Farmácia hospitalar – Administração. 2. Medicamentos -
 Administração. 3. Serviços farmacêuticos
 I. Centro Universitário UniFatecie. II. Núcleo de Educação 
 a Distância. III. Título. 
 
 CDD: 23. ed. 615.1
 Catalogação na publicação: Zineide Pereira dos Santos – CRB 9/1577
As imagens utilizadas neste material didático 
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Professor(a) Esp. Simone do Carmo Ropelatto Abreu
• Possui graduação em farmácia pela Universidade Paranaense – UNIPAR 
(2009). 
• Especialista em Análises Clínicas em nível de Pós-graduação Lato sensu pela 
Universidade Paranaense – UNIPAR (2012). 
• Atuou como Responsável Técnica da Farmácia da Partilha da Universidade 
Paranaense – UNIPAR (2012-2014).
• Farmacêutica/Bioquímica do Laboratório de Análises Clínicas Santa Casa de 
Paranavaí (2014-2015) e Farmacêutica – Assistente Técnico junto a Farmácia 
Hospitalar da Santa Casa de Paranavaí (2010-2022).
• Exerceu suas funções farmacêuticas junto à Universidade Paranaense – 
UNIPAR como Coordenadora dos estágios de Assistência Farmacêutica e 
Farmácia Hospitalar (2021-2022) e na empresa Puma Gases, como Diretora 
Técnica (2021-2022).
Atualmente desenvolve suas atividades de farmacêutica como Coordenadora 
dos estágios de Atenção e Assistência Farmacêutica, Análise de Alimentos e Farmácia 
Comunitária, além de pertencer ao colegiado dos cursos de Farmácia e Biomedicina do 
Centro Universitário UnifaFatecie, desde agosto 2022.
Recentemente assumiu como professora do curso de farmácia do EAD da 
UniFatecie, além de ser preceptora de estágios e ministrar aulas práticas.
Curriculo Lates: http://lattes.cnpq.br/5975018789149148
AUTOR
http://lattes.cnpq.br/5975018789149148
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Seja muito bem-vindo (a)!
Este material foi cuidadosamente elaborado para oferecer uma visão abrangente 
e aprofundada sobre os princípios, práticas e desafios enfrentados na gestão farmacêutica 
em ambientes hospitalares. A Farmácia Hospitalar desempenha um papel importante 
na promoção da segurança dos pacientes, na garantia da eficácia dos tratamentos 
medicamentosos e na otimização dos recursos disponíveis.
Ao longo deste material, exploraremos temas que abrangem desde os fundamentos 
da farmacoterapia até questões mais avançadas, como gestão de estoque, distribuição de 
medicamentos, legislação aplicável e a integração da farmácia no contexto multidisciplinar do 
ambiente hospitalar. Nosso objetivo é proporcionar a você uma base sólida de conhecimento 
que o capacitará a compreender e contribuir efetivamente para a prática da Farmácia Hospitalar.
Na Unidade I será mostrado como esse campo evoluiu ao longo dos anos, 
desde as práticas antigas de remédios em templos religiosos, até uma ciência altamente 
especializada, focada na segurança, eficácia e uso racional de medicamentos no ambiente 
hospitalar. Além disso, vamos ser convidados a conhecer algumas das principais comissões 
hospitalares existentes e a atuação do farmacêutico em cada uma delas. 
Já na Unidade II veremos a aplicabilidade das funções farmacêuticas propriamente 
ditas dentro do ambiente hospitalar, através da seleção, aquisição, armazenamento que 
nomeamos de logística e principalmente conhecer um pouco mais dos tipos de sistemas de 
distribuição de materiais e medicamentos presentes no hospital.
Na sequência, na Unidade III, falaremos a respeito da relevância do papel que 
o profissional farmacêutico desempenha durante o abastecimento e gerenciamento de 
materiais e medicamentos. Além de adquirir conhecimento acerca da responsabilidade do 
farmacêutico em lidar com medicamentos quimioterápicos, de origem parenteral e enteral., 
proporcionando medicamentos com segurança e qualidade, adaptados à necessidade da 
população atendida. 
 Em nossa Unidade IV, vamos finalizar o conteúdo dessa disciplina com o objetivo 
de entender o papel de um administrador dentro da área farmacêutica. Após adentrarmos 
no exercício da profissão farmacêutico como gestor de pessoas, focado na qualidade de 
atendimento e trabalho em equipe.
APRESENTAÇÃO DO MATERIAL
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Esperamos que estas apostilas sejam uma ótima ferramenta para sua aprendizagem, 
fornecendo exemplos práticos, estudos de caso e dados atualizados que ajudarão sua 
compreensão sobre o papel vital desempenhado pela farmácia no ambiente hospitalar. 
Ao longo do curso, encorajamos sua participação ativa, questionamentos e reflexões, pois 
acreditamos que a construção do conhecimento é um processo colaborativo.
Desejamos a você uma jornada educacional enriquecedora nesta disciplina, e 
esperamos que os conhecimentos adquiridos contribuam para o seu desenvolvimento 
profissional e para a promoção de uma prática farmacêutica segura, eficaz e centrada no 
paciente no contexto hospitalar. Boa leitura e excelente aprendizado!
Muito obrigado e bom estudo!
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UNIDADE 4
Administração Farmacêutica e Gestão em Saúde: Fundamentos,Qualidade de Atendimento e Trabalho em Equipe
Gestão Integral de Materiais e Medicamentos 
Hospitalares: Enfoque em Terapias Específicas e 
Atendimento Farmacêutico Avançado
UNIDADE 3
Gestão de Medicamentos e Materiais Médico-
Hospitalares: Seleção, Logística e Distribuição Eficiente
UNIDADE 2
Desenvolvimento Histórico da Farmácia Hospitalar (FH): 
Legislação, Comissões Hospitalares e o Papel do Farmacêutico
UNIDADE 1
SUMÁRIO
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
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Plano de Estudos
• Farmácia Hospitalar (FH);
• Legislação 
• Comissões hospitalares e a atuação do farmacêutico 
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar e contextualizar os conceitos e objetivos de Farmácia 
Hospitalar.
• Compreender e estabelecer a importância do bom desempenho 
das funções farmacêuticas no ambiente hospitalar, visando 
garantir a segurança e qualidade do cuidado prestado ao 
paciente.
Professor(a)Esp. Simone do Carmo Ropelatto Abreu
DESENVOLVIMENTO DESENVOLVIMENTO 
HISTÓRICO DA HISTÓRICO DA 
FARMÁCIA HOSPITALAR FARMÁCIA HOSPITALAR 
(FH): LEGISLAÇÃO, (FH): LEGISLAÇÃO, 
COMISSÕES COMISSÕES 
HOSPITALARES HOSPITALARES 
E O PAPEL DO E O PAPEL DO 
FARMACÊUTICOFARMACÊUTICO
1UNIDADEUNIDADE
INTRODUÇÃO
8DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
Olá, tudo bem?
Preparo esta primeira unidade com o objetivo de demonstrar a você como, ao longo 
dos anos, essa disciplina evoluiu desde o seu contexto histórico, com práticas antigas de 
remédios em templos religiosos, para uma ciência altamente especializada, focada na 
segurança, eficácia e uso racional de medicamentos no ambiente hospitalar. Ao longo deste 
diálogo, exploraremos diversos aspectos da farmácia hospitalar, desde seus conceitos 
fundamentais até os objetivos, funções e desafios enfrentados por essa área. É de suma 
importância o profissional farmacêutico hospitalar. Seu perfil engloba conhecimentos 
técnicos, habilidades clínicas e competências de comunicação, tornando-o parte essencial 
do sistema de saúde, garantindo que os medicamentos sejam usados de forma segura, 
eficaz e econômica no tratamento dos pacientes internados e ambulatoriais. 
Você, futuro (a) farmacêutico (a), pode desempenhar um papel vital no hospital, 
na equipe de saúde, trabalhando em estreita colaboração com médicos, enfermeiros e 
outros profissionais para promover a saúde e bem-estar dos pacientes. Isso chamamos de 
equipe multidisciplinar. Por fim, seremos convidados a imergir nas comissões hospitalares 
e a refletir sobre como o farmacêutico hospitalar é um profissional altamente capacitado e 
dedicado, responsável por garantir o uso seguro, eficaz e racional dos medicamentos no 
ambiente hospitalar. Sua atuação é essencial para a segurança e a qualidade do cuidado 
aos pacientes, contribuindo para a promoção da saúde e o sucesso do tratamento médico.
Desejo-te um excelente estudo!
FARMÁCIA HOSPITALAR (FH) 1
TÓPICO
9DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
Ao longo deste texto, exploraremos o contexto histórico da farmácia hospitalar, 
desde suas origens antigas até seu desenvolvimento moderno.
1.1 Contexto histórico
A farmácia hospitalar tem suas raízes históricas nas práticas antigas de preparação 
e administração de medicamentos nos templos religiosos, onde os sacerdotes também 
exerciam funções de curandeiros e farmacêuticos, preparando e administrando-os. A 
utilização de plantas medicinais e compostos naturais era comum para tratar enfermidades. 
Durante a Idade Média, a farmácia hospitalar nasceu na forma de boticas, nas quais eram 
“processadas” plantas medicinais que serviam de base para a terapia da época. Muitos 
mosteiros e hospitais monásticos surgiram e desempenharam um papel importante no 
cuidado e tratamento dos doentes. Os monges eram responsáveis por preparar e fornecer 
medicamentos a partir de suas ervas medicinais cultivadas. Com o Renascimento e o avanço 
do conhecimento científico, a farmácia começou a se desenvolver como uma disciplina 
separada. Farmacologistas e alquimistas começaram a estudar os efeitos das substâncias 
e a desenvolver técnicas de extração de compostos medicinais.
No entanto, foi durante os séculos XVIII e XIX que a farmácia hospitalar começou 
a se desenvolver como uma disciplina mais estruturada e regulamentada. Farmacopeias 
foram publicadas, estabelecendo padrões para a preparação e qualidade dos medicamentos. 
Hospitais maiores e mais modernos foram construídos, e farmacêuticos foram nomeados 
para gerenciar a dispensação de medicamentos nessas instituições. Com o avanço da 
10DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
ciência e da medicina, a farmacologia se tornou uma ciência mais reconhecida, e as farmácias 
hospitalares passaram a desempenhar um papel crucial no cuidado aos pacientes.
FIGURA 01: FARMÁCIA ANTIGAMENTE
Fonte: VEJA como era as farmácias antigamente. Drogarias Online, 2010. 
Em 1752, surge em um hospital da Pensilvânia (EUA) a primeira farmácia hospitalar, 
nos moldes próximos aos atuais, que se tem registro. No Brasil, as farmácias hospitalares 
mais antigas foram instaladas nas Santas Casas de Misericórdia e no Hospital das Clínicas 
da Universidade de São Paulo, além de hospitais militares (ervanários). No século XX, a 
partir de 1920, com a expansão da indústria farmacêutica, ocorreu uma descaracterização 
das funções do farmacêutico e as farmácias hospitalares converteram-se num canal de 
distribuição de medicamentos produzidos pelas indústrias. 
Nos Estados Unidos, o período entre 1920 e 1940 foi marcado por um início de 
reorganização, em que ocorreu, principalmente, o estabelecimento de padrões para a 
prática farmacêutica. Neste contexto, surgiu nos EUA a farmácia clínica, ramo da farmácia 
hospitalar que tem como meta principal o uso racional dos medicamentos. O farmacêutico, 
além de suas atribuições relacionadas aos medicamentos, passa a ter atividades clínicas 
voltadas para o paciente (ANTUNES, 2008).
Em 1950, com os avanços tecnológicos e a descoberta de novos medicamentos, 
a farmácia hospitalar tornou-se uma área ainda mais especializada, em vista disso, 
o farmacêutico Dr. José Sylvio Cimino, diretor do Serviço de Farmácia do Hospital das 
Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, destacou-se muito 
nesta fase. Em 1975, as faculdades brasileiras, como a Universidade Federal de Minas 
Gerais (UFMG), começaram a incluir em seus currículos a disciplina de farmácia hospitalar, 
11DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
tornando-se mais tarde uma realidade em diversas universidades. Além disso, em 1980, foi 
implantado o curso de pós-graduação em Farmácia Hospitalar na Universidade Federal do 
Rio de Janeiro (UFRJ) e na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). 
Já em 1995, foi criada a Sociedade Brasileira de Farmácia Hospitalar (SBRAFH),contribuindo intensamente para a dinamização da profissão e para o desenvolvimento da 
produção técnico-científica nas áreas de assistência farmacêutica hospitalar. Na década de 
2000, ocorreu o reconhecimento profissional do farmacêutico hospitalar pela equipe de saúde 
e pelos gestores hospitalares, contribuindo ainda mais para o crescimento notório da profissão. 
A atuação da farmácia hospitalar preocupa-se com os resultados da assistência 
prestada ao paciente e não apenas com a provisão de produtos e serviços. Como unidade 
clínica, o foco de sua atenção deve estar no paciente, em suas necessidades e no 
medicamento, como instrumento.
1.2 Conceitos
Observando as definições de alguns autores, podemos notar a evolução dos 
conceitos da farmácia hospitalar. Em 1973, o professor e farmacêutico José Sylvio Cimino, 
diretor do Serviço de Farmácia do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da 
A automação e a informatização referem-se à implementação de tecnologias e sistemas avançados para 
otimizar e agilizar processos relacionados à gestão de medicamentos e produtos farmacêuticos no ambiente 
hospitalar, contribuíram para melhorar a eficiência operacional, na gestão eficiente de medicamentos, 
reduzir erros humanos, melhorar a qualidade dos serviços prestados e os farmacêuticos hospitalares 
assumiram um papel mais ativo na otimização do uso de medicamentos e na segurança dos pacientes.
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=h_feotsczMY
https://www.youtube.com/watch?v=h_feotsczMY
12DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
Universidade de São Paulo, autor da primeira publicação a respeito da Farmácia Hospitalar 
no país, com seu prestígio e autoridade, definiu Farmácia Hospitalar como “unidade 
tecnicamente aparelhada para prover as clínicas e demais serviços dos medicamentos e 
produtos afins de que necessitam para o normal funcionamento”.
Mais adiante, verificamos a seguinte definição: “Farmácia hospitalar: é a unidade 
clínico-assistencial, técnica e administrativa, onde se processam as atividades relacionadas 
à assistência farmacêutica, dirigida exclusivamente por farmacêutico, compondo a 
estrutura organizacional do hospital e integrada funcionalmente com as demais unidades 
administrativas e de assistência ao paciente” (BRASIL, 2010).
Neste milênio, o enfoque da farmácia hospitalar passa a ser clínico-assistencial, 
devendo atuar em todas as fases da terapia medicamentosa, cuidando, em cada momento, 
de sua adequada utilização nos planos assistenciais, econômicos, de ensino e de pesquisa 
(GOMES; REIS, 2000).
1.3 Objetivo
Os objetivos da farmácia hospitalar são variados e englobam diversas áreas 
relacionadas à gestão e ao cuidado farmacêutico hospitalar. Estes devem ser definidos 
para alcançar maior eficácia e eficiência na assistência ao paciente e integração às demais 
atividades desenvolvidas no ambiente hospitalar. Um dos principais objetivos da farmácia 
hospitalar é participar da Comissão de Farmácia e Terapêutica, garantindo a correta seleção 
de medicamentos necessários ao perfil assistencial do hospital. Adequando-se à realidade 
política, social, econômica, financeira e cultural da instituição, observando os preceitos éticos 
e morais da profissão farmacêutica. Dessa forma, o farmacêutico conseguirá gerenciar e 
planejar a aquisição, armazenamento, distribuição e controle dos medicamentos e produtos 
para saúde, otimizando a gestão de custos relacionados a medicamentos e buscando 
alternativas terapêuticas eficazes e economicamente viáveis.
Além disso, é importante estabelecer um sistema eficaz, eficiente e seguro de 
distribuição de medicamentos e produtos de saúde dentro do ambiente hospitalar. Isso 
auxiliará em ações para o uso seguro e racional de medicamentos, garantindo que sejam 
utilizados na dose adequada, pelo tempo necessário e para as indicações corretas. Essa 
prática contribui para maximizar a eficácia do tratamento e minimizar os riscos associados 
ao uso inadequado de medicamentos, contribuindo para a segurança do paciente. A 
farmacovigilância é uma dessas práticas, onde se identificam e relatam eventos adversos 
relacionados ao uso de medicamentos, garantindo a segurança dos pacientes e auxiliando 
na prevenção de problemas futuros.
13DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
Outro objetivo é integrar a Farmácia Clínica, na qual os farmacêuticos clínicos têm 
como objetivo acompanhar diretamente o tratamento dos pacientes, rever prescrições, 
fornecer dados sobre medicamentos e propor ajustes de terapia em conjunto com a equipe 
de saúde, para que os medicamentos sejam prescritos, dispensados e administrados de 
maneira segura aos pacientes. Isso inclui verificar a compatibilidade entre os medicamentos 
prescritos, evitar interações medicamentosas prejudiciais, reduzir erros de medicação e 
garantir que a dose correta seja administrada.
Um objetivo interessante é desenvolver atividades de ensino e educação 
permanente. A farmácia hospitalar busca fornecer informações e orientações adequadas 
sobre o uso correto dos medicamentos aos pacientes, seus familiares e aos profissionais de 
saúde envolvidos no tratamento, contribuindo para pesquisas clínicas, ensaios terapêuticos 
e estudos farmacológicos, colaborando para o avanço da ciência e a melhoria das práticas 
farmacêuticas.
Esses objetivos refletem a importância da farmácia hospitalar na garantia de um 
cuidado farmacêutico seguro, eficaz e de qualidade aos pacientes internados e ambulatoriais. 
O trabalho do farmacêutico nesta área é fundamental para a melhoria da qualidade do 
atendimento de saúde, bem como para a promoção da segurança e do uso adequado dos 
medicamentos no ambiente hospitalar.
1.4 Perfil Profissional
O perfil do farmacêutico hospitalar é caracterizado por uma formação acadêmica 
sólida, habilidades clínicas, conhecimentos técnicos em farmacologia e farmácia hospitalar, 
além de um compromisso com a segurança do paciente e a melhoria da qualidade dos 
cuidados de saúde. O farmacêutico hospitalar deve ter um amplo conhecimento sobre 
medicamentos, suas propriedades farmacológicas, interações, efeitos colaterais e 
posologia. Além disso, ele deve estar atualizado sobre as últimas pesquisas e avanços na 
área farmacêutica.
O profissional deve ter habilidades clínicas, possuir excelentes habilidades 
de comunicação para interagir com pacientes, familiares e outros membros da equipe 
multidisciplinar de saúde, como médicos, enfermeiros e outros profissionais de saúde. 
Ele deve ser capaz de revisar prescrições médicas, monitorar a resposta ao tratamento, 
identificar possíveis problemas relacionados a medicamentos e propor ajustes terapêuticos 
quando necessário. O profissional deve aderir a altos padrões éticos e priorizar a segurança 
do paciente em todas as atividades relacionadas à farmácia hospitalar.
14DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
A farmácia clínica é uma área essencial do perfil do farmacêutico hospitalar. Esse 
profissional deve ser capaz de realizar avaliações farmacêuticas, identificar interações 
medicamentosas, verificar possíveis alergias medicamentosas e fornecer informações e 
orientações aos pacientes sobre os medicamentos prescritos. O farmacêutico hospitalar é 
responsável por gerenciar o estoque de medicamentos e insumos, garantindo a disponibilidade 
adequada dos produtos e evitando desperdícios. Em resumo, o farmacêutico hospitalar é 
um profissional altamente qualificado e comprometido com o cuidado farmacêutico seguro 
e eficaz no ambiente hospitalar. Sua atuação é essencial para garantir a qualidade do 
tratamento dos pacientes, a segurança no uso de medicamentos e a integração das práticas 
farmacêuticas coma equipe de saúde.
FIGURA 02: ATIVIDADES DO FARMACÊUTICO HOSPITALAR
Fonte: Brasil (2019).
1.5 Requisitos e Diretrizes para viabilizar uma Farmácia Hospitalar
Para viabilizar uma farmácia hospitalar, é essencial atender a requisitos e diretrizes 
específicas que garantam a segurança, eficácia e qualidade dos serviços farmacêuticos prestados 
no ambiente hospitalar. Alguns dos principais requisitos e diretrizes a serem considerados: 
• Área física e localização adequada: A farmácia hospitalar deve possuir uma 
infraestrutura física adequada para a realização das atividades farmacêuticas. 
Isso inclui espaço suficiente para a manipulação, armazenamento e controle de 
medicamentos, além de equipamentos e sistemas de segurança adequados.
• Posição adequada na estrutura organizacional: A farmácia, devido ao fato de 
ser uma unidade de abrangência assistencial, técnico, científica e administrativa, 
tem recomendação de ser vinculada à diretoria clínica ou geral. Devido a suas 
15DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
peculiaridades e independentemente da diretoria a que esteja vinculada, a 
farmácia deve possuir um relacionamento integrado com as divisões clínicas e 
administrativas (GOMES; REIS, 2000).
• Planejamento e controle: O planejamento e controle da farmácia hospitalar são 
aspectos cruciais para garantir a eficiência, segurança e qualidade dos serviços 
farmacêuticos prestados no ambiente hospitalar. Esses processos envolvem a 
elaboração de estratégias, estabelecimento de metas e a implementação de 
medidas para o bom funcionamento da farmácia hospitalar.
• Gerenciamento de materiais: É uma atividade importante para garantir a 
disponibilidade adequada de medicamentos e insumos farmacêuticos, bem como 
para evitar desperdícios, reduzir custos e melhorar a eficiência operacional. Esse 
gerenciamento abrange todas as etapas, desde a aquisição de materiais até o 
controle de estoque e o uso racional dos recursos disponíveis.
• Recursos humanos adequados: A farmácia hospitalar demanda uma equipe 
de recursos humanos adequada e bem preparada para garantir o funcionamento 
eficiente e seguro do serviço, sendo o farmacêutico o profissional-chave da 
farmácia hospitalar e os técnicos ou atendentes de farmácia que atuam como 
auxiliares do farmacêutico, ajudando nas atividades diárias da farmácia, 
desempenhando um papel fundamental na organização e funcionamento 
adequado da farmácia hospitalar. É fundamental que todos os profissionais da 
equipe estejam devidamente capacitados e atualizados em suas respectivas 
áreas de atuação.
• Horário de funcionamento: O ideal para um atendimento de excelência é o 
horário integral de funcionamento da farmácia. 
• Sistema de distribuição de medicamento: O sistema de distribuição de 
medicamentos na farmácia hospitalar é um processo organizado e estruturado 
para garantir que os medicamentos certos sejam entregues aos pacientes corretos, 
na dose e no momento adequados, com máxima segurança e eficiência. Existem 
diferentes modelos de sistemas de distribuição, e a escolha do mais adequado 
depende das características e necessidades específicas de cada hospital. Podemos 
citar: distribuição coletiva, individual, semi-individual e dose unitária. 
• Informações sobre medicamentos: A farmácia é responsável pelo 
fornecimento de informações adequadas sobre medicamentos para a equipe de 
saúde. Dessa forma, os farmacêuticos devem se capacitar de forma contínua 
e eficiente, através de treinamentos e atualizações com as melhores práticas e 
tecnologias disponíveis na área.
• Otimização da terapia medicamentosa: A otimização da terapia 
medicamentosa na farmácia hospitalar é um processo essencial para garantir o 
uso racional de medicamentos, maximizar os benefícios terapêuticos e minimizar 
os riscos relacionados à farmacoterapia. Essa otimização envolve várias 
estratégias e ações que visam proporcionar um cuidado farmacêutico seguro, 
eficaz e individualizado aos pacientes hospitalizados.
LEGISLAÇÃO2
TÓPICO
16DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
A legislação hospitalar é o conjunto de leis, regulamentos, normas e diretrizes que 
regem o funcionamento e a prestação de serviços de saúde em hospitais e instituições 
de saúde. Essas normas são estabelecidas pelos governos federal, estadual e municipal, 
e têm como objetivo garantir a qualidade, segurança e eficiência dos serviços de saúde 
oferecidos à população.
2.1 Leis
• Lei nº 5.991/1973 – Dispõe sobre o controle sanitário do comércio de drogas, 
medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, e dá outras providências; 
• Lei nº 8.666/1993 – Regulamenta o art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, 
institui normas para licitações e contratos da Administração Pública e dá outras 
providências; 
• Lei nº 13.021/2014 – Dispõe sobre o exercício e a fiscalização das atividades 
farmacêuticas. 
2.2 Portarias
• Portaria MS/GM nº 721/1989 – Aprova Normas Técnicas em Hemoterapia para 
a Coleta, Processamento e Transfusão de Sangue, Componentes e Derivados; 
• Portaria MS/SVS nº 272/1998 – Aprova o Regulamento Técnico para fixar os 
requisitos mínimos exigidos para a Terapia de Nutrição Parenteral; 
• Portaria MS/SVS nº 344/1998 – Aprova o Regulamento Técnico sobre 
substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial; 
17DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
• Portaria MS/GM nº 2.616/1998 – Expede, na forma dos anexos I, II, III, IV e 
V, diretrizes e normas para a prevenção e o controle das infecções hospitalares; 
• Portaria MS/SAS nº 1.017/2002 – Estabelece que as farmácias hospitalares 
e/ou dispensários de medicamentos existentes nos hospitais integrantes do 
SUS deverão funcionar, obrigatoriamente, sob a responsabilidade técnica de 
profissional farmacêutico devidamente inscrito no respectivo Conselho Regional 
de Farmácia;
• Portaria MS/GM nº 2.048/2002 – Aprova o regulamento técnico dos sistemas 
Estaduais de Urgência e Emergência; 
• Portaria MS/MTE nº 485/2005 – Aprova a Norma Regulamentadora (NR) nº 32 
(Segurança e Saúde no Trabalho em Estabelecimentos de Saúde); 
• Portaria MS/GM nº 687/2006 – Aprova a Política de Promoção à Saúde; 
• Portaria MS/GM nº 2.095/2013 – Aprova os protocolos básicos de segurança 
do paciente; 
• Portaria de Consolidação MS/GM nº 02/2017 – Consolidação das normas 
sobre as políticas nacionais de saúde do Sistema Único de Saúde; 
• Portaria de Consolidação MS/GM nº 05/2017 – Consolidação das normas 
sobre as ações e os serviços de saúde do Sistema Único de Saúde. 
2.3 Resoluções
• RDC Anvisa nº 48/2000 - Aprova o roteiro de inspeção do programa de controle 
de infecção hospitalar; 
• RDC Anvisa nº 184/2001 – Alteração da Resolução 336, de 30 de julho de 
1999; 
• RDC Anvisa nº 50/2002 – Dispõe sobre o Regulamento Técnico para 
planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de 
estabelecimentos assistenciais de saúde; 
• RDC Anvisa nº 45/2003 – Dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas 
Práticas de Utilização das Soluções Parenterais (SP) em Serviços de Saúde; 
• RDC Anvisa nº 220/2004 – Aprova o Regulamento Técnico de funcionamento 
dos Serviços de Terapia Antineoplásica;
• RDC Anvisa nº 11/2006 – Dispõe sobre o Regulamento Técnico de 
Funcionamento de Serviços que prestam atenção domiciliar; 
• RDC Anvisa nº 80/2006 – Dispõe sobre o fracionamento de medicamentos em 
farmácias e drogarias; 
• RDC Anvisa nº 67/2007 – Dispõe sobre Boas Práticas de Manipulação de 
Preparações Magistrais e Oficinais para Uso Humano em farmácias; 
18DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
• RDC Anvisa nº 14/2008 – Altera as disposições transitórias da RDC nº 45, de12 de março de 2003, que dispõe sobre o Regulamento Técnico de Boas Práticas 
de Utilização das Soluções Parenterais (SP) em Serviços de Saúde; 
• RDC Anvisa nº 38/2008 – Dispõe sobre a instalação e o funcionamento de 
Serviços de Medicina Nuclear “in vivo”; 
• RDC Anvisa nº 09/2009 – Altera o anexo VI da Resolução RDC nº 45/03, que 
dispõe sobre o regulamento técnico de Boas Práticas de Utilização de Soluções 
Parenterais em Serviço de Saúde; 
• RDC Anvisa nº 63/2009 – Dispõe sobre as Boas Práticas de Fabricação de 
Radiofármacos; 
• RDC Anvisa nº 20/2011 – Dispõe sobre o controle de medicamentos à base de 
substâncias classificadas como antimicrobianos, de uso sob prescrição, isoladas 
ou em associação; 
• RDC Anvisa nº 222/2018 – Regulamenta as Boas Práticas de Gerenciamento 
dos Resíduos de Serviços de Saúde e dá outras providências; 
• Resolução Conama nº 358/2005 – Dispõe sobre o tratamento e a disposição 
final dos resíduos dos serviços de saúde e dá outras providências
• Resolução CFF nº 279/1996 – Ratifica a competência legal do farmacêutico para 
atuar profissionalmente e exercer chefias técnicas e direção de estabelecimentos 
hemoterápicos; 
• Resolução CFF nº 292/1996 – Ratifica competência legal para o exercício da 
atividade de Nutrição Parenteral e Enteral e revoga a Resolução 247/93; 
• Resolução CFF nº 354/2000 – Dispõe sobre a assistência farmacêutica em 
atendimento pré-hospitalar e as urgências/emergências; 
• Resolução CFF nº 386/2002 – Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no 
âmbito da assistência domiciliar em equipes multidisciplinares; 
• Resolução CFF nº 449/2006 – Dispõe sobre as atribuições do Farmacêutico na 
Comissão de Farmácia e Terapêutica; 
• Resolução CFF nº 470/2008 – Regula as atividades do farmacêutico em gases 
e misturas de uso terapêutico e para fins de diagnóstico; 
• Resolução CFF nº 486/2008 – Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico na 
área de radiofarmácia e dá outras providências; 
• Resolução CFF nº 549/2011 - Dispõe sobre as atribuições do farmacêutico no 
exercício da gestão de produtos para a saúde, e dá outras providências; 
• Resolução CFF nº 555/2011 - Regulamenta o registro, a guarda e o manuseio 
de informações resultantes da prática da assistência farmacêutica nos serviços 
de saúde; 
19DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
• Resolução CFF nº 565/2012 – Dá nova redação aos artigos 1º, 2º e 3º da 
Resolução CFF nº 288, de 21 de março de 1996. Dispõe sobre a competência legal 
para o exercício da manipulação de drogas antineoplásicas pelos farmacêuticos;
• Resolução CFF nº 568/2012 – Dá nova redação aos artigos 1º ao 6º da 
Resolução CFF nº 492, de 26 de novembro de 2008, que regulamenta o exercício 
profissional nos serviços de atendimento pré-hospitalar, na farmácia hospitalar e 
em outros serviços de saúde, de natureza pública ou privada; 
• Resolução CFF nº 585/2013 – Regulamenta as atribuições clínicas do 
farmacêutico e dá outras providências; 
• Resolução CFF nº 586/2013 – Regula a prescrição farmacêutica e dá outras 
providências; 
• Resolução CFF nº 619/2015 – Dá nova redação aos artigos 1º e 2º da Resolução 
CFF nº 449/2006, que dispõe sobre as atribuições do Farmacêutico na Comissão 
de Farmácia e Terapêutica; 
• Resolução CFF nº 640/2017 – Dá nova redação ao artigo 1º da Resolução/ 
CFF nº 623/16, estabelecendo titulação mínima para a atuação do farmacêutico 
em oncologia; 
• Resolução CFF nº 656/2018 – Dá nova redação aos artigos 1º, 2º e 3º da 
Resolução/CFF nº 486/08, estabelecendo critérios para a atuação do farmacêutico 
em radiofarmácia; 
• Resolução CFF nº 666/2018 – Dá nova redação ao inciso I do artigo 2º da 
Resolução nº 624/16 do Conselho Federal de Farmácia; 
• Resolução MS/CNS nº 338/2004 – Aprovar a Política Nacional de Assistência 
Farmacêutica; 
• Resolução CNS nº 466/2012 – Aprovar as seguintes diretrizes e normas 
regulamentadoras de pesquisas envolvendo seres humanos.
COMISSÕES HOSPITALARES E A 
ATUAÇÃO DO FARMACÊUTICO3
TÓPICO
20DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
A participação do farmacêutico em comissões hospitalares é de extrema importância, 
pois esse profissional desempenha um papel fundamental na garantia da segurança e 
qualidade dos serviços de saúde prestados no ambiente hospitalar. Através de sua formação 
especializada em medicamentos, o farmacêutico pode contribuir com sua expertise técnica 
e científica em diversas áreas, participando de comissões e grupos de trabalho que abordam 
questões relacionadas à saúde, terapia medicamentosa e uso racional de medicamentos. 
Algumas das principais comissões em que o farmacêutico pode participar incluem:
01) Comissão de Controle de Infecção Hospitalar (CCIH): a CCIH é responsável 
por coordenar e implementar medidas para prevenir e controlar infecções 
hospitalares. Dentre as atribuições do farmacêutico na CCIH destacam-se 
aquelas relacionadas diretamente ao uso racional de antimicrobianos, germicidas 
e produtos para a saúde. A participação do farmacêutico, é altamente relevante e 
benéfica para a prevenção e controle de infecções hospitalares. O farmacêutico 
possui conhecimentos específicos sobre medicamentos e antimicrobianos, o que 
é essencial para garantir uma abordagem abrangente e eficaz no controle das 
infecções associadas à assistência à saúde, juntamente com os demais membros 
da CCIH, na definição de uma política de seleção e utilização de antimicrobianos 
realizada em conjunto com a Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) 
resulta no aprofundamento da participação da CCIH nos processos decisórios, 
auxiliando a administração a dimensionar as prioridades de investimento para 
o aprimoramento da qualidade da assistência prestada e consequentemente 
corrobora para o uso racional dos antimicrobianos. Pelos programas de farmácia 
clínica, o farmacêutico pode também participar da elaboração de protocolos clínicos 
para a profilaxia antibiótica e para o uso terapêutico em infecções bacterianas, 
21DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
sempre considerando os dados fármacos econômicos disponíveis. O farmacêutico 
é responsável pelo gerenciamento adequado dos antimicrobianos no hospital, 
o que inclui a implementação de programas de uso racional de antibióticos, 
monitoramento da resistência microbiana e ações para promover a prescrição 
adequada e a prevenção da resistência bacteriana. Deve trabalhar também, em 
parceria com a equipe multiprofissional, na orientação e prevenção da infecção 
hospitalar, por meio de treinamento com as diferentes equipes hospitalares. O uso 
inapropriado dos antimicrobianos, nos hospitais, é preocupante, pois ocasiona 
consequências graves, como a resistência bacteriana. As tendências atuais para 
um programa de racionalização de antimicrobianos incluem a elaboração de 
guias com usos profiláticos e terapêuticos mais racionais, visando à maioria das 
situações clínicas previstas na prática, com a participação mais ativa dos serviços. 
É importante, além do planejamento e laboração dos guias, que a monitorização 
seja realizada. Com a participação efetiva do farmacêutico nos programas de 
controle de infecção hospitalar estaremos caminhando para fortalecer o trabalho 
em equipe multiprofissional e também para diminuir a disseminação de resistência 
bacteriana e promover o uso adequado de antimicrobianos, visando à melhor 
assistência ao paciente internado.
02) Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT): a CFT é responsável 
pela análise e seleção de medicamentos que serão utilizados no hospital, 
considerando sua eficácia, segurança e custo-benefício. O farmacêutico pode 
participar ativamente dessa comissão, contribuindo com informações atualizadas 
sobre os medicamentos disponíveis no mercado esuas indicações terapêuticas, 
além de estipular critérios para obtenção de medicamentos que não constem 
na padronização. Ele também participa na elaboração de protocolos de 
tratamento elaborados por diferentes serviços clínicos, investiga a utilização de 
medicamentos na instituição, avalia interações de medicamentos dos pontos de 
vista farmacodinâmico e farmacocinético, e participa ativamente da educação 
permanente dirigida à equipe de saúde, assessorando todas as atividades 
relacionadas à promoção do uso racional.
03) Comissão de Segurança do Paciente: essa comissão tem como objetivo 
promover a segurança dos pacientes no ambiente hospitalar, identificando e 
prevenindo eventos adversos e erros relacionados à assistência à saúde. O 
farmacêutico pode contribuir com sua expertise em segurança de medicamentos, 
ajudando a identificar e mitigar riscos associados ao uso de medicamentos.
04) Comissão de Ética em Pesquisa (CEP): em hospitais que conduzem 
pesquisas clínicas, o farmacêutico pode fazer parte da CEP, que avalia a ética e a 
segurança de projetos de pesquisa envolvendo seres humanos. Nesse contexto, 
o farmacêutico pode contribuir com sua experiência em ensaios clínicos e 
protocolos de pesquisa relacionados a medicamentos.
22DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
05) Comissão de Educação Permanente: o farmacêutico também pode participar 
da comissão de educação permanente, contribuindo para o desenvolvimento 
de programas de capacitação e atualização profissional para a equipe de 
saúde, incluindo médicos, enfermeiros e outros profissionais. Articular parcerias 
interinstitucionais, acadêmicas e comunitárias. 
06) Comissão de Terapia Nutricional: suas competências principais são de 
participar da elaboração de materiais educativos sobre nutrição parenteral; 
observar os indicadores de controle; monitorar as prescrições; verificar a 
ocorrência de queixas técnicas e auxiliar no controle de custos e elaborar 
relatórios de consumo.
07) Comissão de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde: seu 
objetivo é zelar pelo adequado gerenciamento dos resíduos resultantes das 
atividades técnicas desenvolvidas nos serviços de atendimento pré-hospitalares, 
na farmácia hospitalar e em outros serviços da saúde, atendendo às normas 
sanitárias e de saúde ocupacional. 
08) Comissão de Gerenciamento de Riscos Hospitalares: tem como objetivo 
desenvolver ações de gerenciamento de riscos hospitalares, como detecção de 
reações adversas a medicamentos; queixas técnicas; problemas com produtos 
para saúde, domissanitários, kits diagnósticos e equipamentos.
“O farmacêutico é o profissional que melhores condições reúne para orientar o paciente sobre o uso correto 
dos medicamentos, esclarecendo dúvidas e favorecendo a adesão e sucesso do tratamento prescrito”. 
RECH, 1996; CARLINI, 1996.
Os farmacêuticos hospitalares são atores essenciais no funcionamento da complexa estrutura hospitalar, 
sendo a Farmácia Hospitalar o serviço/departamento do hospital que é responsável por um amplo conjunto 
de atividades, designadamente a seleção, aquisição, gestão de stocks, armazenamento e conservação, 
reembalagem, preparação/produção e distribuição de medicamentos, atividades enquadradas no que se 
designa por área de Suporte. A Farmácia Hospitalar envolve, ainda, uma componente clínica, que compreende 
um conjunto de atividades relacionadas com a farmácia clínica/seguimento farmacoterapêutico (revisão 
da medicação e sua reconciliação, aconselhamento dos doentes e dos profissionais de saúde quanto ao 
medicamento e respectiva utilização, farmacocinética clínica, suporte nutricional, farmacovigilância), 
sendo que a informação sobre medicamentos é transversal a ambas as áreas.
O farmacêutico hospitalar passa a ser encarado como um membro da equipa de saúde, com 
responsabilidades sobre os resultados da terapêutica medicamentosa, sendo dada maior ênfase aos 
cuidados multidisciplinares e à interação direta com o doente, nomeadamente através da dispensa de 
medicamentos em regime de ambulatório, onde se pede que o farmacêutico desenvolva programas de 
informação ao doente. 
Fonte: GOMES, João Marques et al. Valorização do desempenho do Farmacêutico Hospitalar, 2021. 
23DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
Ao chegarmos ao final desta primeira unidade, pudemos perceber o quão importante 
e fundamental é o papel desempenhado pelo farmacêutico na prestação de cuidados de 
saúde seguros e eficazes dentro de um ambiente hospitalar. Ele é responsável por garantir 
o acesso, a disponibilidade e o uso adequado de medicamentos, dispositivos médicos e 
produtos farmacêuticos necessários para o tratamento dos pacientes. Sua presença e 
atuação são essenciais em diversos aspectos do cuidado ao paciente e da gestão dos 
medicamentos no ambiente hospitalar, pois garantem a segurança do paciente, redução e 
prevenção dos erros de medicação, gerenciamento adequado do estoque de materiais e 
medicamentos, evitando faltas e desperdícios.
A gestão adequada dos recursos humanos, a participação em comissões hospitalares, 
a integração com a equipe de saúde e a utilização de tecnologias e automação são fatores 
cruciais para a eficiência e eficácia da farmácia hospitalar. O farmacêutico é um membro 
indispensável da equipe de saúde, contribuindo para a prevenção de infecções hospitalares, 
a promoção do uso racional de medicamentos, a segurança do paciente e a qualidade da 
assistência farmacêutica prestada, além de contribuir para a melhoria dos resultados dos 
tratamentos e a prestação de cuidados de saúde de excelência aos pacientes.
Certamente você já se sente mais confiante para discutir e, até mesmo, agregar 
conhecimentos aos seus pares. Ressalto que esta unidade foi estrategicamente preparada 
para fundamentar os seus conhecimentos, e para que você se apaixone cada vez mais pela 
profissão escolhida!
Agora que você está mais confiante, certamente irá desfrutar dos conteúdos 
previstos em nossas próximas unidades, nas quais focaremos nas funções e atividades 
realizadas pelo farmacêutico no hospital.
Estou certa de que você está pronto (a) e ansioso (a) para iniciar seus estudos da 
próxima unidade; e, por não ter a pretensão de esgotar o assunto, você certamente poderá 
enriquecer ainda mais seus conhecimentos por meio da continuidade de seus estudos e 
pesquisas sobre o tema.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
MATERIAL COMPLEMENTAR
24DESENVOLVIMENTO HISTÓRICO DA FARMÁCIA HOSPITALAR (FH): LEGISLAÇÃO, COMISSÕES 
HOSPITALARES E O PAPEL DO FARMACÊUTICO
UNIDADE 1
FILME/VÍDEO
• Título: Sicko - S.O.S. Saúde
• Ano: 2007.
• Sinopse: um painel do deficiente sistema de saúde americano. 
A partir do perfil de cidadãos comuns, somos levados a entender 
como milhões de vidas são destruídas por um sistema que, no fim 
das contas, só beneficia a poucos endinheirados. Ali vale a lógica 
de que, se você quer permanecer saudável nos Estados Unidos, é 
bom não ficar doente. E, depois de examinar como o país chegou 
a esse estado, o filme visita uma série de países com sistema de 
saúde público e eficiente, como Cuba e Canadá.
LIVRO
• Título: A Fabulosa História do Hospital
• Autor: Jean-Noël Fabiani. 
• Editora: L&PM.
• Sinopse: “Uma obra tão prazerosa de se ler quanto instrutiva.” 
- Le Point “Fabiani não se contenta em ser um de nossos 
melhores cirurgiões. O homem é também um contador de histórias 
maravilhoso, cuja erudição anda de mãos dadas com o humor.” 
- Philippe Labro, escritor e cineasta Neste delicioso livro, Jean-
Noël Fabiani – renomado cirur gião francês e um dos maiores 
especialistas em história da medicina – descortina um dos mais 
incríveis legados da humanidade: a evolução dos hospitais e 
da medicina, num relato repleto de humor e erudição. Veremos 
que as primei ras cirurgias eram realizadas por barbeiros!;como 
se deu a invenção do estetoscópio; a importância da decisão da 
rai nha Vitória de dar à luz sem dor sob efeito do clorofórmio e, 
segundo alguns, contrariando a Bíblia; o nascimento da medicina 
humanitária com a Cruz Vermelha e os Médicos Sem Fronteiras; o 
fortuito papel do acaso na invenção do Viagra, e muito mais. Todo 
o gênio e toda a ingenuidade humana são aqui pos tos ao nu, na 
incansável busca pelo viver mais e melhor.”
https://www.amazon.com.br/Jean-No%C3%ABl-Fabiani/e/B004N6PRLE/ref=dp_byline_cont_book_1
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
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Plano de Estudos
• Seleção de medicamentos e materiais médico hospitalar; 
• Logística da aquisição, armazenamento, transporte e controle de 
estoque de medicamentos e materiais médico hospitalar; 
• Sistemas de distribuição de medicamentos. 
Objetivos da Aprendizagem
• Compreender de que forma é feita a seleção e logística dos 
materiais e medicamentos dentro do ambiente hospitalar.
• Conceituar os tipos de sistemas de dispensação dos 
medicamentos e materiais médico hospitalar, pela farmácia 
hospitalar.
Professor(a) Esp. Simone do Carmo Ropelatto Abreu
GESTÃO DE GESTÃO DE 
MEDICAMENTOS E MEDICAMENTOS E 
MATERIAIS MÉDICO-MATERIAIS MÉDICO-
HOSPITALARES: HOSPITALARES: 
SELEÇÃO, LOGÍSTICA SELEÇÃO, LOGÍSTICA 
E DISTRIBUIÇÃO E DISTRIBUIÇÃO 
EFICIENTEEFICIENTE
UNIDADEUNIDADE2
INTRODUÇÃO
26GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
Olá, prezado (a) aluno (a)!
Vimos na unidade anterior a história e evolução da farmácia hospitalar, bem como 
compreender e estabelecer a importância do bom desempenho das funções farmacêuticas no 
ambiente hospitalar, visando garantir a segurança e qualidade do cuidado prestado ao paciente. 
Nossos estudos iniciais serão justificados a partir de agora, pois nesta unidade você 
irá aprofundar seus conhecimentos já adquiridos, e verificar a aplicabilidade das funções 
farmacêuticas propriamente ditas dentro do ambiente hospitalar, através da seleção, aquisição, 
armazenamento que nomeamos de logística e principalmente conhecer um pouco mais dos 
tipos de sistemas de distribuição de materiais e medicamentos presentes no hospital.
Um excelente estudo!
27GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
SELEÇÃO DE MEDICAMENTOS E 
MATERIAIS MÉDICO HOSPITALAR1
TÓPICO
A seleção de medicamentos e materiais médico-hospitalares é um processo 
importante na gestão eficaz de serviços de saúde. Essa escolha influencia diretamente a 
qualidade dos cuidados prestados aos pacientes, a eficiência operacional e o gerenciamento 
de recursos financeiros.
1.1 Seleção e Padronização de Medicamentos: objetivos 
Entende-se por padronização de medicamentos a constituição de uma relação 
básica de produtos que atendam aos critérios propostos pelo Ministério da Saúde. 
Constituindo os estoques das farmácias hospitalares, esse tipo de relação objetiva o 
atendimento médico-hospitalar de acordo com as necessidades e peculiaridades de cada 
instituição. Assim, os itens selecionados devem ser de amplo aproveitamento, desde que 
seja de forma equilibrada e qualitativa. Tal medida acarreta a utilização racional do arsenal 
terapêutico, proporcionando como vantagens precípuas, entre outras, as seguintes:
• Reduzir o custo de terapêutica sem prejuízos para a segurança e a eficácia dos 
medicamentos;
• Racionalizar o número de medicamentos, com consequente redução dos custos 
de aquisição do arsenal terapêutica;
• Facilitar as atividades de planejamento, aquisição, armazenamento, distribuição 
e controle dos medicamentos;
• Disciplinar o receituário médico-hospitalar e uniformizar a terapêutica;
• Aumentar a qualidade da farmacoterapia e facilitar a vigilância farmacológica;
28GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
• Disciplinar a inclusão e/ou exclusão de medicamentos quando necessário;
• Possibilitar o uso de uma mesma linguagem (nome genérico) por todos os 
membros da equipe de saúde;
• Propiciar a sistematização de informações sobre o arsenal terapêutico (REIS et 
al., 2003). 
Assim, é indispensável ao gestor da instituição hospitalar utilizar ferramentas que 
possam orientá-lo para a tomada de decisão dos medicamentos que farão parte do elenco 
padronizado em sua instituição. Desta forma, a criação de uma Comissão de Farmácia e 
Terapêutica (CFT) é uma excelente estratégia, adotada em diversos países desenvolvidos, 
estabelecendo-se como importante instrumento, para que o gestor possa tomar melhores 
decisões baseado em diretrizes estabelecidas. 
1.2 Critérios e estratégia para seleção de medicamentos
A seleção de medicamentos depende vários fatores, destacando-se o perfil das 
patologias prevalentes, a infraestrutura para o tratamento, o treinamento e a experiência da 
equipe disponível (GOMES; REIS, 2000).
Comentaremos alguns critérios importantes e estratégias que podem ser utilizados 
para a seleção de medicamentos:
01) Os medicamentos selecionados devem ser comprovadamente eficazes no 
tratamento das condições médicas para as quais são prescritos. Isso envolve 
revisar ensaios clínicos, estudos comparativos e revisões sistemáticas para 
avaliar a eficácia.
02) A segurança do paciente é uma prioridade. Medicamentos com um perfil de 
segurança bem estabelecido e baixo risco de efeitos colaterais graves devem ser 
os preferidos.
03) Avaliar o custo-benefício dos medicamentos é essencial para otimizar os 
recursos financeiros. Isso envolve considerar não apenas o custo direto do 
medicamento, mas também os custos relacionados a internações hospitalares 
evitáveis, complicações e monitoramento adicional.
04) Escolher, sempre que possível, entre os medicamentos de mesma ação 
farmacológica, um representante de cada categoria química ou com característica 
farmacocinética diferente, ou que possua característica farmacológica que 
represente vantagem no uso terapêutico. Podemos considerar aqui a forma de 
administração do medicamento (oral, injetável, tópica, etc.) que pode influenciar 
a adesão do paciente ao tratamento, a conveniência e a eficácia geral.
29GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
05) É importante considerar as interações potenciais com outros medicamentos 
que o paciente possa estar tomando. Medicamentos que têm menor probabilidade 
de interações significativas são preferíveis.
06) Avaliar se o medicamento é adequado para pacientes com certas condições 
médicas subjacentes e se existem contraindicações ou precauções específicas 
que devem ser consideradas.
07) Levar em consideração a experiência e o conhecimento da equipe médica e 
de enfermagem em relação ao uso do medicamento. Medicamentos familiares à 
equipe podem facilitar o manuseio e a administração correta.
08) Realizar a seleção de antimicrobianos em conjunto com a Comissão de 
Controle de Infecção Hospitalar, verificando a ecologia hospitalar quanto a 
microrganismos prevalentes, padrões de sensibilidade e selecionandoaqueles 
antimicrobianos que permitam suprir as necessidades terapêuticas (GOMES; 
REIS, 2000).
A seleção de medicamentos envolve uma abordagem cuidadosa e bem informada, 
considerando uma variedade de fatores para garantir a qualidade dos cuidados de saúde e 
a segurança dos pacientes.
1.3 Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT)
A Comissão de Farmácia e Terapêutica (CFT) é uma instância colegiada, 
multiprofissional, de natureza consultiva, deliberativa e educativa, de caráter permanente 
e de assessoria à Gerência de Atenção à Saúde. Ela é responsável pela condução do 
processo de seleção, padronização, utilização, acompanhamento e avaliação do uso dos 
medicamentos e produtos para saúde, bem como pelo desenvolvimento de ações para 
garantir o seu uso seguro, racional, eficaz e eficiente nos pacientes em ambiente hospitalar.
Para auxiliar na criação de uma CFT, é fundamental a elaboração de um regimento 
interno, onde conste a composição, atribuições e responsabilidades, duração de mandato 
dos membros, critérios e controle na participação, avaliação e funcionamento geral. 
Recomenda-se que a CFT se reúna pelo menos seis vezes ao ano.
A composição da Comissão de Farmácia e Terapêutica possui características 
multiprofissionais e depende da disponibilidade dos recursos humanos existentes na 
instituição. É importante contar com representantes que tenham autonomia de decisão. 
A comissão deve ser composta por um médico presidente, médicos representantes 
de acordo com as especialidades do hospital, um farmacêutico, um representante da 
enfermagem, um membro da comissão de controle de infecção hospitalar e um do 
30GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
setor administrativo. O farmacêutico deve assumir a função de secretário da comissão. 
Quando necessário, a comissão poderá convidar assessores eventuais da comunidade 
intra-hospitalar ou externa. Compete à Comissão de Farmácia e Terapêutica as ações de 
assessoramento farmacoterapêutico, investigação científica e educação permanente.
01) Avaliação crítica das opções terapêuticas disponíveis para condições 
específicas, com base em evidências científicas de eficácia e segurança.
02) Estabelecimento de protocolos e diretrizes para o uso padronizado de 
medicamentos, ajudando a minimizar erros de medicação e melhorar a 
consistência na prática clínica.
03) Avaliação de novos medicamentos que chegam ao mercado, determinando 
sua inclusão no formulário terapêutico com base em critérios de eficácia, 
segurança e custo-benefício.
04) Acompanhamento do uso de medicamentos e avaliação de seu desempenho 
na prática clínica. Isso pode incluir a revisão de relatórios de eventos adversos, 
dados de monitoramento e revisões periódicas de eficácia.
05) Fornecimento de informações e treinamento para a equipe médica, de 
enfermagem e outros profissionais de saúde sobre o uso correto e seguro dos 
medicamentos.
06) Avaliação dos custos diretos e indiretos dos medicamentos, considerando o 
custo-benefício e a relação entre o valor clínico e os recursos financeiros.
07) Ações para promover o uso racional de medicamentos, incluindo a redução de 
prescrições desnecessárias e a conscientização sobre a importância da adesão 
do paciente ao tratamento.
08) Revisão de casos clínicos complexos para orientar a escolha de terapias 
apropriadas e fornecer uma abordagem colaborativa para o tratamento.
09) Manutenção de um formulário terapêutico atualizado, que lista os 
medicamentos aprovados para uso na instituição, juntamente com informações 
detalhadas sobre dosagens, vias de administração, interações medicamentosas, 
contraindicações e precauções. O formulário deve ser conciso, completo e de 
fácil consulta (GOMES; REIS, 2000).
Outro ponto consiste na atualização a cada dois anos do Guia Farmacoterapêutico, 
seguindo as recomendações da OMS e do Decreto nº 7.508, de 28 de junho de 2011.
Ao implantar o sistema de formulário, o objetivo primário da CFT é garantir o uso 
racional de medicamentos e reduzir os custos sociais e institucionais. Estes dois objetivos, 
aparentemente conflitantes, representam um desafio para o sucesso da implementação 
do sistema do formulário. A difusão e o cumprimento da padronização de medicamentos 
31GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
são atividades que devem ser incentivadas pelos serviços de farmácia. Uma ampla 
divulgação da revisão do formulário é importante para permitir que os profissionais do 
hospital enviem sugestões. 
Essas sugestões devem ser encaminhadas através do formulário de inclusão ou 
exclusão de medicamentos à secretaria da CFT (GOMES; REIS, 2000). O processo de seleção 
de medicamentos visa facilitar a escolha crítica de fármacos, promover a utilização racional de 
medicamentos e reduzir o custo da assistência farmacêutica (GOMES; REIS, 2000).
1.4 Centro de Informação de Medicamentos (CIM) 
O Centro de Informação de Medicamentos é o local onde se realiza a seleção, 
a análise e a avaliação das fontes de informação sobre medicamentos, permitindo a 
elaboração e a comunicação de informações corretas para os profissionais da saúde.
Esses centros são geralmente administrados por profissionais de saúde, como 
farmacêuticos, e têm como objetivo fornecer informações confiáveis, baseadas em 
evidências e imparciais sobre medicamentos e terapias relacionadas para o uso racional 
de medicamentos. Suas mais relevantes funções são:
• Promover a assistência terapêutica (farmacovigilância, análise 
farmacoeconômica, etc.);
• Promover educação continuada (treinamento); 
• Informar aos profissionais da área da saúde dados importantes sobre os 
medicamentos.
Os Centros de Informação de Medicamentos desempenham um papel vital na 
promoção da saúde e segurança dos pacientes, ajudando a reduzir erros de medicação, 
melhorar a adesão ao tratamento e fornecer informações confiáveis para tomada de 
decisões informadas.
LOGÍSTICA DA AQUISIÇÃO, 
ARMAZENAMENTO, TRANSPORTE 
E CONTROLE DE ESTOQUE DE 
MEDICAMENTOS E MATERIAIS 
MÉDICO HOSPITALAR 
2
TÓPICO
32GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
A logística da aquisição, armazenamento, transporte e controle de estoque de 
medicamentos e materiais médico-hospitalares é uma área crítica na gestão de serviços 
de saúde. Cada etapa desse processo desempenha um papel fundamental na garantia da 
disponibilidade oportuna de insumos essenciais, contribuindo para a eficácia e eficiência 
dos cuidados prestados aos pacientes.
2.1 Aquisição, processos de compra e atribuição do farmacêutico 
A aquisição refere-se ao processo de obtenção de produtos farmacêuticos para 
atender às necessidades do hospital. Isso inclui medicamentos, dispositivos médicos, 
produtos de saúde e outros itens relacionados. 
A aquisição de produtos farmacêuticos, os processos de compra podem ser 
atribuições do farmacêutico. Eles envolvem a seleção adequada de produtos, a negociação 
com fornecedores, a compra de produtos necessários e a supervisão da qualidade e 
distribuição desses produtos. Aqui estão os detalhes sobre esses aspectos:
• Identificar quais produtos são necessários, levando em consideração as 
demandas dos pacientes, o formulário terapêutico e as condições médicas 
tratadas. 
O controle de estoques é um dos componentes da gestão de materiais caracterizado 
por um subsistema incumbido de determinar “Quando” e “Quanto” comprar para uma 
aquisição adequada (GOMES; REIS, 2000).
33GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
Para que não haja falta ou sobra de medicamentos é recomendada a utilização 
dos conceitos de estoque mínimo e estoque máximo, evitando assim desabastecimentos, 
vencimentos ou compras emergenciais. O estoque mínimo oude segurança é uma 
quantidade de material reservada para suprir eventuais necessidades do sistema. O estoque 
máximo corresponde a soma do estoque mínimo e do lote de compra.
• Identificar fornecedores confiáveis que possam fornecer os produtos necessários. 
Isso pode envolver pesquisas, análise de mercado e avaliação da reputação dos 
fornecedores.
• Solicitar cotações ou propostas de fornecedores para os produtos necessários, 
detalhando as especificações e quantidades desejadas.
• Analisar as propostas recebidas, considerando não apenas o preço, mas 
também a qualidade, os prazos de entrega e outros fatores relevantes.
• Negociar os termos e condições com os fornecedores selecionados para obter 
as melhores ofertas possíveis.
• Com base na análise das propostas e nas negociações, tomar a decisão de 
comprar os produtos de um fornecedor específico.
 
O farmacêutico desempenha um papel fundamental em todo o processo de 
aquisição e compra, através da seleção de medicamentos, considerando as melhores 
opções terapêuticas com base nas evidências científicas, garantindo que os produtos 
atendam aos padrões de qualidade e segurança necessários. 
2.2 Armazenamento
O armazenamento adequado dos medicamentos é fundamental para manter a 
qualidade, a eficácia e a segurança dos produtos farmacêuticos. O mau armazenamento 
pode levar à deterioração dos medicamentos, reduzindo sua eficácia e potencialmente 
causando riscos à saúde dos pacientes.
De acordo com o manual de Boas Práticas para Estocagem de Medicamentos (BRASIL, 
1990), com o Guia Básico para a Farmácia Hospitalar (BRASIL, 1994) e com as Diretrizes para 
estruturação de farmácias no âmbito do Sistema Único de Saúde (BRASIL, 2009), todos os 
produtos devem ser armazenados obedecendo às condições técnicas ideais de luminosidade, 
temperatura e umidade, com o objetivo de garantir a manutenção das características e da 
qualidade necessárias à correta utilização. Os medicamentos devem ser organizados para 
garantir as características físico-químicas e a observação do prazo de validade.
34GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
A guarda e estocagem de medicamentos devem ser realizadas de forma organizada 
e em condições que garantam a preservação de sua estabilidade e qualidade, protegendo-
os contra possíveis alterações físico-químicas e microbiológicas. (GOMES; REIS, 2000).
2.3 Central de Abastecimento Farmacêutica (CAF)
A Central de Abastecimento Farmacêutico (CAF) é a unidade de assistência 
farmacêutica responsável pela guarda de medicamentos e correlatos, onde são realizadas 
atividades relacionadas à sua correta recepção, estocagem e distribuição. Além da 
armazenagem, a CAF também é responsável pela distribuição de medicamentos, ou seja, 
abastece as unidades de saúde com medicamentos em quantidade, qualidade e tempo 
oportuno para posterior dispensação à população usuária.
A CAF exerce as seguintes atividades operacionais e de planejamento: receber os 
produtos comprados acompanhados das notas fiscais e conferi-los, realizar o lançamento de 
entrada no sistema próprio do hospital e garantir a correta guarda de cada produto. Receber os 
pedidos de reposição da Farmácia central, promovendo a separação, distribuição e registro 
de saída. Conservar os medicamentos em condições seguras, preservando a qualidade e 
permitindo o uso do sistema PEPS (primeiro a entrar, primeiro a sair, considerando a data 
de validade) para movimentação.
SISTEMAS DE DISTRIBUIÇÃO 
DE MEDICAMENTOS3
TÓPICO
35GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
Os sistemas de distribuição de medicamentos são estratégias e processos 
organizados que garantem que os medicamentos sejam entregues de forma eficiente, 
segura e oportuna aos pacientes ou unidades de internação que precisam deles. Esses 
sistemas são projetados para otimizar a logística e minimizar erros, garantindo que os 
medicamentos corretos sejam entregues às pessoas certas no momento certo.
Um sistema de distribuição de medicamentos deve ser racional, eficiente, 
econômico, seguro e deve estar de acordo com o esquema terapêutico prescrito. Quanto 
maior a eficácia do sistema de distribuição, mais garantido será o sucesso da terapêutica e 
da profilaxia instituídas no hospital.
Podemos classificar os sistemas de dispensação de medicamentos nos seguintes 
tipos:
• Coletivo; 
• Individualizado; 
• Dose unitária; 
• Misto (quando, no mesmo hospital, adota-se mais de um tipo de sistema).
Em qualquer um dos sistemas, se houver farmácia satélite, o mesmo será considerado 
como descentralizado e quando não houver centralizado (GOMES; REIS, 2000).
Para selecionar o sistema que mais se adapta às condições do hospital, é essencial 
conhecer o fundamento de cada um deles. O importante é ter em mente que o sistema a 
ser implantado dependerá do setor e do tipo de paciente aos quais se destina a medicação. 
36GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
3.1 Sistema de Dispensação de Medicamentos por Dose Coletiva - SDMDC
O sistema coletivo se caracteriza, principalmente, pelo fato de os medicamentos 
serem distribuídos por unidade de internação a partir de uma solicitação da enfermagem, 
implicando a formação de um estoque nas unidades assistenciais. Nesse sistema, a 
farmácia não tem conhecimento para quem o medicamento está sendo dispensado, por 
qual motivo está sendo solicitado e o tempo de tratamento.
Nesse contexto, a assistência ao paciente fica prejudicada, pois não ocorre a 
avaliação das prescrições pelo farmacêutico, tornando a farmácia um mero repassador de 
medicamentos.
FIGURA 01: SISTEMA COLETIVO
Fonte: Adaptado de REIS (2003).
3.1.1 Vantagens do Sistema Coletivo:
• Enfermeiros economizam tempo ao administrar doses, pois há facilidade de 
acesso aos medicamentos para uso imediato; 
• Pouco volume de requisições e prescrições na farmácia; 
• Recursos humanos e infraestrutura da farmácia reduzidos; 
• O sistema de dose coletiva é eficiente para grupos de pacientes com horários 
de medicação semelhantes, reduzindo o tempo gasto na preparação individual 
de doses. Facilita a coordenação das medicações em um ambiente hospitalar, 
especialmente quando há muitos pacientes e horários a serem gerenciados.
3.1.2 Desvantagens do Sistema Coletivo:
• Ausência do farmacêutico na equipe de saúde, acarretando a falta de revisão 
das prescrições pelo mesmo.
37GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
• Aumento do potencial de erros de medicação (doses, formas farmacêuticas, 
horários de administração etc.).
• Perdas econômicas decorrentes da falta de controle: estoques espalhados pelo 
hospital e sem controle; perda do medicamento por validade; acondicionamento 
não adequado dos medicamentos; facilidade de desvio e/ou troca de medicamento 
de um paciente para outro; possibilidade de contaminação; tempo excessivo 
gasto pela enfermagem para separar a medicação, em vez de dar assistência 
aos pacientes.
• Impossibilidade de um real faturamento dos gastos do paciente;
• Alto custo institucional.
As muitas falhas do sistema coletivo de dispensação resultam do fato de a assistência 
farmacêutica ser praticamente nula e de o serviço de enfermagem acabar assumindo o 
papel da farmácia.
3.2 Sistema de Dispensação de Medicamentos por dose Individual-SDMI 
O sistema de dispensação de medicamentos por dose individual é um método em 
que cada paciente recebe suas doses de medicamentos de forma separada e individualizada, 
geralmente por um período de 24 horas, com base nas prescrições médicas específicas 
para cada pessoa. 
Esse sistema já apresenta mais vantagens que o anterior, desde que o farmacêutico 
participe do processo. No entanto, ainda há falhas a serem sanadas.As prescrições chegam à farmácia de diversas formas tais como: cópia carbonada da 
prescrição, prescrição por fotocópia, prescrição informatizada e sistema de radiofrequência 
interligando computadores e leitores ópticos. 
FIGURA 02: SISTEMA INDIVIDUALIZADO
Fonte: Adaptado de REIS (2003).
38GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
3.2.1 Vantagens do Sistema Individualizado:
• Redução de estoques periféricos nos setores;
• Diminuição do número de erros quanto à medicação; a personalização reduz 
significativamente o risco de erros de dosagem e de administração;
• Possibilidade de devolução à farmácia do que não foi utilizado;
• Redução do tempo gasto pela enfermagem na separação dos medicamentos 
por paciente (apesar de ter que separar as doses);
• Atuação do profissional farmacêutico;
• Cada paciente recebe a dose exata de medicamentos prescrita pelo médico, 
adaptada às suas necessidades individuais;
• Proporciona um controle mais rigoroso sobre os medicamentos administrados a 
cada paciente. Auxiliando no real faturamento dos gastos do paciente.
3.2.2 Desvantagens do Sistema Individualizado:
• O potencial de erros com medicamentos ainda é alto; 
• A preparação individualizada pode requerer mais tempo e recursos do que 
sistemas de dose coletiva; 
• Em ambientes com muitos pacientes, a preparação individual pode se tornar 
complexa e desafiadora;
• Existem alguns aspectos que, embora possam ser considerados desvantagens 
pela administração do hospital, são, do ponto de vista técnico, essenciais à 
melhoria de todo o sistema de dispensação. São eles:
 ◦ aumento de recursos humanos e de infraestrutura da farmácia;
 ◦ investimento inicial (com maquinário, como computadores, máquina de código 
de barras, seladoras, etc.);
 ◦ aumento das atividades da farmácia; 
 ◦ funcionamento ininterrupto (24 horas) da farmácia.
O que foi descrito até aqui evidencia que o sistema individualizado representa 
um avanço na conquista de garantia e segurança quanto à prescrição. Por isso, muitos 
farmacêuticos optam por esse sistema antes de implantar a dose unitária, sistema descrito 
a seguir. Atualmente, o sistema de dose unitária é o que mais responde aos objetivos da 
dispensação: racionalidade, eficiência, economia e segurança.
39GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
3.3 Sistema de Dispensação de Medicamentos por Dose Unitária- SDMDU 
No sistema de dispensação de dose unitária, os medicamentos são dispensados 
individualmente, de acordo com as prescrições médicas, nas doses corretas, e são 
acondicionados em tiras plásticas lacradas com o nome e o leito do paciente, contendo o 
horário de administração. Dessa forma, a medicação é entregue ao paciente correto, na 
dose adequada e no horário determinado. 
FIGURA 03: EXEMPLO DE TIRA DE DOSE UNITÁRIA JÁ CONFECCIONADA
Fonte: Uma abordagem em Farmácia Hospitalar (2003)
Esse sistema é projetado para garantir a precisão, a segurança e a eficácia na 
administração de medicamentos, além de racionalizar a terapêutica, diminuindo custos sem 
reduzir a qualidade da dispensação.
Um serviço que adote o sistema de dose unitária propriamente dito deve distribuir 
todos os medicamentos, em todas as formas farmacêuticas, prontos para uso sem 
necessidade de transferência ou cálculos por parte da enfermagem. Para isso, é necessário 
um alto investimento inicial para aquisição de materiais e equipamentos específicos para 
implantação de uma central de preparações estéreis, o que muitas vezes não é viável.
40GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
FIGURA 04: DOSE UNITÁRIA
Fonte: Adaptado de REIS (2003).
3.3.1 Vantagens do Sistema Unitário:
• Ausência de estoques periféricos; 
• Reduz significativamente o potencial risco de erros de dosagem e de 
administração, melhorando a segurança do médico, enfermagem e, sobretudo, 
do paciente; 
• Atuação efetiva e dinâmica do profissional farmacêutico;
Conheça como é realizado o sistema de Distribuição de medicamentos por dose unitária, na prática: 
Para saber mais acesse: https://www.youtube.com/watch?v=XS6iY9DJyDA
https://www.youtube.com/watch?v=XS6iY9DJyDA
41GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
• Maior devolução dos medicamentos não administrados à farmácia;
• Redução do tempo gasto pela enfermagem para separar medicação;
• Redução de custos com medicamentos pelo maior controle de estoque e 
faturamento.
3.3.2 Desvantagens do Sistema Unitário:
• Aumento de recursos humanos, infraestrutura da farmácia e das atividades na 
farmácia;
• Investimento necessário ao início do sistema; 
• Exige comunicação eficaz entre médicos, farmacêuticos e profissionais de 
saúde para garantir a precisão das prescrições e das embalagens;
• Aquisição de materiais e equipamentos especializados.
Do ponto de vista técnico, as aparentes desvantagens seriam, na realidade, condições 
necessárias à adequação e melhoria do sistema, ou seja, as ditas “desvantagens” acabam 
compensadas pela amplitude de resultados positivos. Finalizando, é importante entender 
o sistema de dose unitária como uma linha de produção, na qual todos os passos são 
minuciosamente acompanhados, controlados e conferidos pelo farmacêutico, garantindo 
a eficiência operativa e a segurança do paciente. A implementação desse sistema requer 
uma organização cuidadosa e uma colaboração eficaz entre todas as partes envolvidas.
3.4 Sistema Combinado ou misto 
O sistema combinado ou misto de dispensação de medicamentos é uma abordagem 
que combina elementos de diferentes métodos de distribuição de medicamentos para 
atender às necessidades específicas do hospital. Esse sistema é projetado para maximizar 
a eficiência, a segurança e a flexibilidade na administração de medicamentos, aproveitando 
as vantagens de diferentes abordagens. Pode envolver a combinação de sistemas, como 
dose individual, dose coletiva ou outros, de acordo com a complexidade da situação. 
Nesse sistema, a farmácia distribui medicamentos através de solicitações e outros 
por cópia da prescrição médica; portanto, parte do sistema é coletivo e parte é individualizada.
3.5 Sistema de distribuição centralizado e descentralizado 
No sistema centralizado, a distribuição está concentrada em uma única área física 
e atende a todas as unidades assistenciais do hospital. Já no sistema descentralizado, 
existem mais de uma unidade de distribuição situada em locais estratégicos, como blocos 
cirúrgicos e unidades de terapia intensiva, que possuem uma demanda diferenciada de 
medicamentos. Essas unidades são denominadas farmácias satélites e estão vinculadas à 
farmácia central por normas, rotinas operacionais e técnicas.
42GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
Resumo: “A implantação de procedimentos racionalizados, como é o caso do SDMDU, vem trazendo 
benefícios consideráveis, seja na administração de medicamentos, na planilha de custos dos remédios e a 
própria prevenção das infecções hospitalares.” (CONTROLE DE INFECÇÃO, 1996, p. 01).
O texto aborda a implementação do Sistema de Dispensação de Medicamentos em Dose Unitária (SDMDU) 
nos hospitais, destacando seus potenciais benefícios e desafios. O SDMDU visa otimizar a administração de 
medicamentos, reduzir custos e prevenir infecções hospitalares. No entanto, para que essa implementação 
seja eficaz, é essencial que os profissionais envolvidos estejam preparados para as mudanças.
Uma questão importante levantada é a responsabilidade no preparo de medicamentos, que tradicionalmente 
é atribuída aos auxiliares de enfermagem. Com a adoção do SDMDU, essa responsabilidade é transferida 
para os auxiliares de farmácia, levantando preocupações sobre sua formação eregulamentação 
profissional. O texto ressalta que a implementação do SDMDU não garante necessariamente a redução de 
erros de medicação, especialmente devido à disparidade no preparo de medicamentos entre enfermeiros 
e farmacêuticos. É necessário investir em recursos físicos, humanos e infraestrutura, além do envolvimento 
conjunto de enfermeiros e farmacêuticos na implementação do sistema para garantir a qualidade da 
assistência aos pacientes. Além disso, são discutidos os custos associados à adoção do SDMDU, considerados 
desvantagens pelo Ministério da Saúde devido aos investimentos significativos necessários. No entanto,
argumenta-se que esses custos são justificados pela melhoria da qualidade da assistência e pela redução 
de desperdícios e perdas de medicamentos. Por fim, destaca-se a importância da integração do profissional 
farmacêutico à equipe de saúde no contexto do SDMDU, enfatizando a necessidade de uma abordagem 
multidisciplinar para garantir o benefício ao paciente, sem comprometer a visão holística do cuidado.
Fonte: COIMBRA, Jorséli Angela Henriques et al. Sistema de Distribuição de Medicamentos por Dose 
Unitária: Reflexões para a Prática da Enfermagem. Revista Brasileira de Enfermagem, [Revista Latino-
Americana de Enfermagem], v. 68, n. 2, p. 309-317, Mar/Abr 2015. Disponível em: <https://www.scielo.
br/j/rlae/a/H4y3bp6gYPnkxzQQHQwTQSf/>. Acesso em: [25 de janeiro 2024].
https://www.scielo.br/j/rlae/a/H4y3bp6gYPnkxzQQHQwTQSf/
https://www.scielo.br/j/rlae/a/H4y3bp6gYPnkxzQQHQwTQSf/
43GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
Vencemos mais uma etapa de nossa disciplina de Farmácia Hospitalar. Aqui, foi 
possível perceber a importância da presença do profissional farmacêutico não apenas à frente 
da farmácia hospitalar, mas também como membro das comissões existentes no hospital.
Observamos, ainda, que é necessário demonstrar, por meio de atitudes como a 
seleção cuidadosa, aquisição correta e armazenamento adequado de medicamentos, a 
verdadeira função e a importância essencial da assistência farmacêutica dentro de um 
estabelecimento hospitalar.
Por fim, concluímos nesta etapa que, dependendo do sistema de distribuição de 
materiais e medicamentos escolhido dentro de um hospital para atender suas unidades 
assistenciais e/ou pacientes, isso implicará diretamente nas funções desenvolvidas pelo 
farmacêutico e no setor administrativo e financeiro do hospital. No entanto, nunca podemos 
esquecer nossa responsabilidade de entregar um trabalho de qualidade, sempre prezando 
pela promoção da segurança, saúde e bem-estar do paciente.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
44GESTÃO DE MEDICAMENTOS E MATERIAIS MÉDICO-HOSPITALARES: SELEÇÃO, LOGÍSTICA E 
DISTRIBUIÇÃO EFICIENTE
UNIDADE 2
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
• Título: A Indústria da AIDS
• Ano: 2012.
• Sinopse: Por muitos anos, a indústria farmacêutica e os governos 
ocidentais bloquearam o acesso a baixo custo de medicamentos contra 
a AIDS. Este documentário lança um olhar sobre a geopolítica da 
medicina com um foco particular nos direitos humanos, do acesso aos 
medicamentos nos países em desenvolvimento e da luta para garantir o 
tratamento do HIV, sobretudo na África.
LIVRO
• Título: Medicina Dos Horrores: A História De Joseph Lister, O Homem 
Que Revolucionou O Apavorante Mundo Das Cirurgias Do Século XIX
• Autor: Lindsey Fitzharris (Autor), Vera Ribeiro (Tradutor).
• Editora: Intrínseca.
• Sinopse: Em Medicina dos horrores, a historiadora Lindsey Fitzharris 
narra como era o chocante mundo da cirurgia do século XIX, que estava 
às vésperas de uma profunda transformação. A autora evoca os primeiros 
anfiteatros de operações ― lugares abafados onde os procedimentos eram 
feitos diante de plateias lotadas ― e cirurgiões pioneiros, cujo ofício era 
saudado não pela precisão, mas pela velocidade e pela força bruta, uma 
vez que não havia anestesia. Não à toa, os mais célebres cirurgiões da 
época eram capazes de amputar uma perna em menos de trinta segundos. 
Trabalhando sem luvas e sem qualquer cuidado com a higiene básica, esses 
profissionais, alheios à existência de micro-organismos, ficavam perplexos 
com as infecções pós-operatórias, o que mantinha as taxas de mortalidade 
implacavelmente elevadas. É nesse cenário, em que se considerava mais 
provável um homem sobreviver à guerra do que ao hospital, que emerge 
a figura de Joseph Lister, um jovem médico que desvendaria esse enigma 
mortal e mudaria o curso da história. Concentrando-se no tumultuado período 
entre 1850 e 1875, a autora nos apresenta Lister e seus contemporâneos 
e nos conduz por imundas escolas de medicina, os sórdidos hospitais onde 
eles aprimoravam sua arte, as “casas da morte” onde estudavam anatomia 
e os cemitérios, que eles, volta e meia, invadiam para roubar cadáveres. 
Chocante e revelador, Medicina dos horrores celebra o triunfo de um 
visionário, cuja busca para atribuir um caráter científico à medicina terminou 
por salvar milhões de vidas.
https://www.amazon.com.br/Lindsey-Fitzharris/e/B06VWMDL4M/ref=dp_byline_cont_book_1
https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_2?ie=UTF8&field-author=Vera+Ribeiro&text=Vera+Ribeiro&sort=relevancerank&search-alias=stripbooks
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
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Plano de Estudos
• Abastecimento e gerenciamento de materiais e medicamentos;
• Terapia Antineoplásica: Quimioterapia;
• Terapia Nutricional Parenteral;
• Terapia Nutricional Enteral;
• Atenção Farmacêutica e Farmácia Clínica. 
Objetivos da Aprendizagem
• Compreender de que forma é realizada o abastecimento e 
gerenciamento de materiais e medicamentos dentro do ambiente 
hospitalar.
• Conceituar os tipos de terapias que podemos realizar dentro da 
farmácia hospitalar.
• Conhecer a farmácia clínica, onde o farmacêutico é o profissional 
que está inserido no cuidado ao paciente em prol da melhoria da 
qualidade de vida, através do acompanhamento no uso correto de 
seus medicamentos, visando, assim, promoção a saúde.
Professor(a) Esp. Simone do Carmo Ropelatto Abreu
GESTÃO INTEGRAL GESTÃO INTEGRAL 
DE MATERIAIS E DE MATERIAIS E 
MEDICAMENTOS MEDICAMENTOS 
HOSPITALARES: HOSPITALARES: 
ENFOQUE EM ENFOQUE EM 
TERAPIAS ESPECÍFICAS TERAPIAS ESPECÍFICAS 
E ATENDIMENTO E ATENDIMENTO 
FARMACÊUTICO FARMACÊUTICO 
AVANÇADOAVANÇADO
UNIDADEUNIDADE
3
46GESTÃO INTEGRAL DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS HOSPITALARES: ENFOQUE EM TERAPIAS 
ESPECÍFICAS E ATENDIMENTO FARMACÊUTICO AVANÇADO
UNIDADE 3
INTRODUÇÃO
Olá, prezado (a) aluno (a)!
Estamos nos aproximando do final desta maravilhosa jornada pelo mundo da 
farmácia hospitalar, e esta é a nossa última unidade. Tendo em vista que, neste momento, 
você já está familiarizado (a) com o conceito e a importância de ser um excelente 
farmacêutico(a) hospitalar, tenho certeza de que está cada vez mais apaixonado (a) por 
essa área da farmácia. Agora, vamos aprofundar nossos conhecimentos sobre a atuação 
do farmacêutico no hospital.
Na unidade anterior, discutimos as atribuições do farmacêutico nos processos de 
seleção, aquisição, armazenamento, distribuição e dispensação de medicamentos, com o 
objetivode garantir que os produtos sejam utilizados com qualidade, visando assegurar a 
segurança e a qualidade do cuidado prestado ao paciente.
Nesta unidade, você verá a relevância do papel que o profissional farmacêutico 
desempenha durante o abastecimento e o gerenciamento de materiais e medicamentos. 
Além disso, observará que cabe ao farmacêutico hospitalar a manipulação de fórmulas 
quimioterápicas, parenterais e enterais, proporcionando medicamentos com segurança e 
qualidade, adaptados às necessidades da população atendida.
Para concluir, serão apresentadas mais duas atividades que o farmacêutico 
realiza dentro do ambiente hospitalar: a atenção farmacêutica e a farmácia clínica. Essas 
abordagens são fundamentais e interrelacionadas na prática farmacêutica. Através de um 
trabalho de cuidado personalizado, centrado no paciente e adaptado às suas necessidades, 
visam melhorar a qualidade da assistência farmacêutica e promover o uso seguro e eficaz 
dos medicamentos pelos pacientes.
Bons Estudos
ABASTECIMENTO E GERENCIAMENTO 
DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS1
TÓPICO
47GESTÃO INTEGRAL DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS HOSPITALARES: ENFOQUE EM TERAPIAS 
ESPECÍFICAS E ATENDIMENTO FARMACÊUTICO AVANÇADO
UNIDADE 3
Os medicamentos comprometem de 5% a 20% do orçamento do hospital. Além 
do aspecto econômico, a preocupação com a qualidade é essencial, pois o paciente tem 
direito a uma assistência de qualidade independente da situação financeira do hospital.
No que se refere às atividades de logística, o farmacêutico é o responsável legal 
por todo o fluxo do medicamento dentro da unidade hospitalar e realiza suas ações com 
base no planejamento, implementação e controle eficiente, correto custo, armazenagem de 
materiais médico-hospitalares, medicamentos e outros materiais, e a elaboração de normas 
e controles que garantam a sistemática da distribuição e a qualificação de fornecedores. A 
logística farmacêutica é fundamental para o funcionamento da unidade hospitalar, de modo 
a poder preservar a vida e/ou restaurar a saúde dos pacientes com qualidade desejável, 
baixo custo e retorno satisfatório para a instituição (MANZO et al., 2012, p. 46).
1.1 Segmentos do Gerenciamento de estoques de materiais
O gerenciamento visa satisfazer as necessidades assistenciais do hospital, sendo 
responsável pela coordenação e conciliação dos interesses dos profissionais de saúde, 
da área econômica e financeira do hospital, além dos fornecedores. Dentro do segmento 
temos dois pontos importantes, a normalização e o controle de estoque.
1.1.1 Normalização
A normalização refere-se à padronização de processos e práticas para garantir 
a qualidade, segurança e eficiência dos serviços de saúde. Compreende as funções de 
padronização, especificação, classificação e codificação.
48GESTÃO INTEGRAL DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS HOSPITALARES: ENFOQUE EM TERAPIAS 
ESPECÍFICAS E ATENDIMENTO FARMACÊUTICO AVANÇADO
UNIDADE 3
• A padronização de materiais e medicamentos, como já vimos na unidade anterior, 
é um processo essencial em ambientes hospitalares, onde há a necessidade de 
administrar e gerenciar uma variedade de medicamentos de maneira consistente, 
segura e eficaz. Ela envolve a seleção de medicamentos específicos para 
tratamentos comuns e a criação de protocolos ou diretrizes para o uso desses. Isso 
ajuda a minimizar erros, garantir a segurança dos pacientes e facilitar o treinamento 
de profissionais de saúde, lembrando que é um processo dinâmico, contínuo, 
multidisciplinar e participativo. A padronização facilita o processo de aquisição, 
armazenamento, distribuição e controle de estoque, pois reduz a quantidade de itens.
• A especificação é feita após a seleção, devemos elaborar uma correta 
especificação do item, através de uma descrição objetiva. Nessa especificação 
devemos incluir: dosagem, forma farmacêutica, volume e/ou peso e nomenclatura 
do fármaco, levando em conta a DCB (Denominação Comum Brasileira).
• A classificação visa eleger critérios para agrupamentos e posterior codificação. 
Vale lembrar que demos usar uma classificação simples e atinja todos os itens.
• A codificação refere-se à atribuição de códigos únicos, que são usados para 
identificar, rastrear e gerenciar medicamentos ao longo de todo o ciclo, desde o 
armazenamento até a administração aos pacientes. A codificação de medicamentos 
é uma parte fundamental da gestão de medicamentos em hospitais, uma vez que 
ajuda a evitar erros, rastrear estoques e garantir a segurança dos pacientes. É 
importante que os sistemas de codificação de medicamentos sejam integrados aos 
processos hospitalares e que os profissionais de saúde sejam devidamente treinados 
para utilizar esses sistemas de forma eficaz. A codificação de medicamentos é uma 
medida essencial para melhorar a eficiência e a segurança nos cuidados de saúde.
1.1.2 Controle de Estoque
O controle de estoque se caracteriza por dois questionamentos “Quando” e “Quanto” 
comprar para uma aquisição adequada.
A quantidade correta e necessária a ser comprada é obtida através da média 
aritmética móvel aliada ao estoque de segurança e análise ABC de valor.
• A média aritmética móvel, também conhecida como média móvel simples, é uma 
técnica estatística usada para suavizar séries temporais e reduzir o impacto de 
flutuações de curto prazo. É o método mais utilizado para previsão de estoques 
no meio hospitalar. A ideia por trás da média móvel aritmética é calcular uma 
média dos valores de uma série, considerando um intervalo de tempo definido.
49GESTÃO INTEGRAL DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS HOSPITALARES: ENFOQUE EM TERAPIAS 
ESPECÍFICAS E ATENDIMENTO FARMACÊUTICO AVANÇADO
UNIDADE 3
A fórmula da média móvel aritmética é simples:
• CMM = consumo médio mensal;
• n = número de meses
Fonte: Gomes; Reis (2000, p. 50).
Nessa fórmula, “n” representa o n*úmero de períodos (meses) que estão sendo 
considerados para calcular a média. Os valores mais antigos são substituídos pelos mais 
recentes à medida que novo*s dados estão disponíveis, daí o termo “móvel”.
• Estoque de Segurança, também conhecido como estoque de reserva ou 
estoque mínimo, é uma quantidade adicional de produtos ou materiais que 
devemos manter em estoque para enfrentar incertezas na demanda, flutuações 
na produção ou atrasos nas entregas. Ele serve para evitar que a empresa fique 
sem produtos quando ocorrem eventos imprevistos.
O estoque de segurança depende do consumo, do tempo de abastecimento e da 
classificação ABC do produto. O consumo utilizado para esta determinação é geralmente 
representado pela média móvel.
O tempo de abastecimento, levamos em conta o intervalo de tempo que vai desde 
o início do interno de compra, incluindo a emissão do pedido, até a chegada do material no 
local de armazenamento.
• Curva ABC, também conhecida como Curva ABC de Pareto, é uma técnica de 
gerenciamento de estoque, compras e gestão de recursos que classifica itens em 
categorias com base em seu valor ou importância relativa. 
Vilfredro Pareto nascido em Paris, dedicou-se a estudos sobre a distribuição de 
renda, percebendo que a riqueza não acontecia de maneira uniforme, mas que 80% dela 
se concentrava nas mãos de uma população de 20%. Após a Segunda Guerra Mundial, 
a General Electric veio a comprovar a aplicabilidade do método de Pareto, utilizando-se 
da sua famosa teoria 80-20. Desde então a curva de Pareto tornou-se uma ferramenta 
assediada quanto ao controle e gerenciamento, posto que possibilita a divisão de itens 
em categorias “A, B e C em função da representatividade de cada um em relação aos 
investimentos feitos em estoque”, segundo Maia Neto (2005).
50GESTÃO INTEGRAL DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS HOSPITALARES: ENFOQUE EM TERAPIAS 
ESPECÍFICAS E ATENDIMENTO FARMACÊUTICO AVANÇADO
UNIDADE 3
Curva ABC de Pareto, a qual está dividida em três distintas classes assim distribuídas: 
na Classe A constam os itens de alto valor de consumo ou alta importância; embora essesitens geralmente correspondam a uma pequena porcentagem do número total de itens em 
estoque, eles podem representar uma grande parte do valor monetário total. Na Classe 
B estão os itens que possuem um valor de consumo intermediário ou média importância e 
na Classe C estão, evidentemente, os itens cujo valor é baixo, ou menor. Eles geralmente 
representam uma grande porcentagem do número total de itens em estoque, mas seu valor 
monetário é relativamente baixo.
FIGURA 01: CURVA ABC
Fonte: GOMES (2023)
A Curva de Pareto, portanto, funciona sob os critérios por ele traçados, nos quais os 
20% dos itens da Classe A não devem ultrapassar 50% dos custos totais de investimento. 
Já na Classe B, 30% dos itens não devem transpor 30% dos custos totais e na Classe C, 
50% dos itens, não devem ser superior a 20% dos custos totais.
TERAPIA ANTINEOPLÁSICA: 
QUIMIOTERAPIA2
TÓPICO
51GESTÃO INTEGRAL DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS HOSPITALARES: ENFOQUE EM TERAPIAS 
ESPECÍFICAS E ATENDIMENTO FARMACÊUTICO AVANÇADO
UNIDADE 3
Atualmente, os cânceres já rivalizam com as doenças cardíacas como patologias 
que mais produzem óbitos e diminuem a qualidade de vida da sociedade. 
O câncer é uma doença caracterizada pelo crescimento descontrolado e anormal 
de células no corpo. Essas células anômalas podem se acumular para formar massas de 
tecido chamadas tumores. O câncer é uma doença complexa e desafiadora, mas avanços 
na pesquisa e no tratamento têm melhorado as perspectivas de muitos pacientes.
O preparo, a administração e a eliminação dos dejetos de agentes quimioterápicos 
requerem uma prática altamente especializada e conhecimentos técnicos de profissionais 
farmacêuticos.
Existem várias modalidades de tratamento antineoplásico, e a escolha do tratamento 
depende do tipo de câncer, do estágio da doença, da saúde geral do paciente e de outros 
fatores individuais. Podendo ser as intervenções cirúrgicas, radioterapia, imunoterapia e 
quimioterapia, podem ser usadas de forma isolada ou associadas entre elas. Atualmente 
o recurso mais utilizado é a quimioterapia, a qual utiliza os medicamentos antineoplásicos, 
através de protocolos de um ou mais medicamentos, dependendo do tipo e estágio do tumor.
2.1 Medicamentos Antineoplásicos
São agentes químicos utilizados no tratamento do câncer para inibir o crescimento 
celular, atuando sobre as moléculas que controlam a divisão e o desenvolvimento das 
células. O grupo farmacológico dos antineoplásicos inclui vários agentes que atuam por 
52GESTÃO INTEGRAL DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS HOSPITALARES: ENFOQUE EM TERAPIAS 
ESPECÍFICAS E ATENDIMENTO FARMACÊUTICO AVANÇADO
UNIDADE 3
mecanismos complexos, através de interações deste com DNA, RNA e proteínas. Os 
pacientes expostos a esses medicamentos podem apresentar reações adversas como 
náuseas, vômitos, alopecia, hiperpigmentação, reações cutâneas e efeitos tóxicos em 
diversos órgãos: coração, rins e pulmão. (GOMES; REIS, 2000).
A classificação dos antineoplásicos é forma empírica, levando-se em conta 
o mecanismo de ação sobre o ciclo de reprodução celular. São os grupos: alquilantes, 
antimetabólicos, antibióticos, agentes naturais e agentes diversos.
A eficácia dos fármacos antineoplásicos é alcançada mediante seu potencial citotóxico. 
Isto indica que pequenas variações de doses podem gerar graves danos ao paciente.
Muito frequentemente, as dosagens de quimioterapia são calculadas em relação 
à área de superfície corporal, expressas em miligramas por metro quadrado, com base no 
peso e na altura do paciente. 
Devemos lembrar que os pacientes portadores de câncer, são imunossuprimidos, 
quer pela doença de base ou pelo fármaco que lhe é administrado. Dessa forma, a utilização 
de uma técnica rigorosamente asséptica para o preparo das soluções parenterais é de 
extrema importância para evitar quadros de infecção e sepse.
O farmacêutico é responsável pela preparação segura e precisa de medicamentos 
antineoplásicos. Isso envolve a mistura de medicamentos, que podem ser prescritos 
simultaneamente, cálculos de dosagens, possíveis interações medicamentosas e garantia 
de que os medicamentos sejam administrados de acordo com os protocolos de tratamento.
A quimioterapia pode ser administrada de forma sistêmica ou através de métodos 
regionais de liberação. A abordagem sistêmica envolve a administração da quimioterapia 
por via oral, intravenosa, subcutânea, intramuscular ou intraóssea. Já a quimioterapia 
regional é realizada pela liberação direta da droga nos vasos sanguíneos que irrigam o 
tumor ou na cavidade onde o tumor está localizado.
Todo medicamento quimioterápico deve ser manipulado somente por profissionais 
treinados e em área individualizada e centralizada, para minimizar interrupções e riscos de 
contaminação. As drogas devem ser manipuladas em cabines de fluxo laminar de segurança 
biológica classe II (vertical), com exaustão para o exterior se possível. O fluxo deve ficar 
ligado sete dias por semana e 24 horas por dia, devendo sofrer manutenções periódicas 
conforme orientação do fabricante. Todas as conexões e desconexões dos infusores 
(seringas e equipos) com as misturas devem ser realizadas dentro do fluxo laminar. 
53GESTÃO INTEGRAL DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS HOSPITALARES: ENFOQUE EM TERAPIAS 
ESPECÍFICAS E ATENDIMENTO FARMACÊUTICO AVANÇADO
UNIDADE 3
Devem-se utilizar filtros de aerossolização durante a reconstituição e a 
manipulação dos agentes quimioterápicos. Uma vez manipulada, a mistura deve ser 
rotulada imediatamente, com as recomendações de segurança, informações sobre a droga, 
estabilidade e condições de armazenamento.
Conheça como é realizado o processo de manipulação de uma bolsa antineoplásica:
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=q4fmplpxlgo
https://www.youtube.com/watch?v=q4fmplpxlgo
TERAPIA NUTRICIONAL 
PARENTERAL3
TÓPICO
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ESPECÍFICAS E ATENDIMENTO FARMACÊUTICO AVANÇADO
UNIDADE 3
A terapia nutricional parenteral (TNP) é uma forma de fornecer nutrientes diretamente 
na corrente sanguínea quando o trato gastrointestinal não pode ser utilizado adequadamente 
para a absorção de nutrientes. Essa forma de nutrição é utilizada em pacientes que não 
conseguem comer ou absorver adequadamente os nutrientes pelos métodos normais, 
devido a condições médicas graves.
A terapia nutricional parenteral é administrada através de via central ou periférica. 
A TNP Central é de alta osmolaridade, portanto requer, para infusão, uma veia de grande 
diâmetro, com grande fluxo sanguíneo, que chega diretamente ao coração, para evitar dor, 
tromboflebite e hemólise. Não é muito preocupante a toxicidade cardíaca resultante da veia 
cava superior de soluções contendo altas concentrações de glicose e eletrólitos, pois estas 
soluções são rapidamente diluídas pelo alto fluxo sanguíneo.
A TNP Periférica é administrada através de uma veia menor, geralmente na mão ou 
antebraço. Pelo acesso venoso periférico, podem ser administradas apenas soluções hipotônicas 
e hiposmolares, a fim de evitar flebites e outras complicações mecânicas e metabólicas.
A solução nutricional parenteral é formulada especificamente para atender às 
necessidades nutricionais do paciente e pode incluir oligoelementos, carboidratos, gorduras, 
eletrólitos, vitaminas, aminoácidos e minerais. A prescrição inicial é baseada nas necessidades 
calórico-proteicas do paciente e nas metas do suporte nutricional. Existem indicações especiais 
para a nutrição parenteral, cabendo sua avaliação ao médico e à equipe de suporte nutricional; 
exemplos incluem: fístulas, insuficiência renal aguda (IRA), insuficiência cardíaca, insuficiência 
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ESPECÍFICAS E ATENDIMENTO FARMACÊUTICO AVANÇADO
UNIDADE 3
hepática, situações especiais de pré e pós-operatório. Vale salientar que para cada caso deve 
seravaliada a prescrição de cada componente nutricional.
A administração de TNP requer supervisão médica e monitoramento constante, 
uma vez que a administração inadequada pode resultar em complicações sérias, como 
infecções, desequilíbrios eletrolíticos e glicêmicos ou problemas hepáticos.
É muito importante que o farmacêutico hospitalar saiba avaliar a viabilidade da 
manipulação de misturas parenterais no hospital onde atua. Para isso, deve realizar um 
estudo da demanda de prescrições de nutrições parenterais, paralelamente às prioridades 
de melhorias na administração. Portanto, deve levar em conta o custo/benefício, tanto 
para o hospital como para o paciente. Se a opção for pela terceirização do serviço, a 
equipe de suporte nutricional deve escolher um fornecedor que manipule as misturas de 
modo idôneo e correto. Para escolher um laboratório terceirizado de qualidade, devem-
se empreender visitas a diferentes locais, realizar uma cotação de preços, analisar como 
serão transportadas as nutrições parenterais, verificar se o manipulador é um farmacêutico, 
entre outros aspectos. No entanto, se o hospital optar pela implantação da manipulação das 
nutrições parenterais, deve ser feita uma adequação da área, além do investimento inicial 
de recursos humanos, que deverão ser treinados para esse fim.
Um dos itens essenciais ao processo de implantação é a capela de fluxo laminar com 
o filtro HEPA (High Efficiency Particulate Air), um filtro de alta eficiência que retém bactérias, 
além de conter um pré-filtro para partículas maiores, como poeiras. Basicamente, há três 
funções da cabine: manter o ar da sala limpo, manter um fluxo constante de ar e manter o 
ar da sala de preparo livre dos contaminantes liberados pelos produtos manipulados.
As cabines devem estar continuamente ligadas, mas, caso sejam desligadas, 
devem ser postas em funcionamento pelo menos 30 minutos antes de as preparações 
serem iniciadas. Devem ser inspecionadas a cada período de seis meses para garantir a 
integridade do filtro HEPA. Os pré-filtros devem ser trocados mensalmente. É fundamental 
que o preparo e a manipulação das nutrições parenterais sejam executados por profissionais 
devidamente treinados, habilitados e com conhecimentos de assepsia, antissepsia e das 
múltiplas possibilidades de incompatibilidades e instabilidades físico-químicas. Ao entrar na 
área limpa, o manipulador deve estar paramentado com gorro, máscara e avental que não 
liberem partículas ao ambiente.
No período de armazenamento, a integridade das soluções de NP pode ser 
comprometida se o tipo de solução, as condições de envasamento, as características dos 
aditivos e o local de armazenamento não forem observadas com atenção.
56GESTÃO INTEGRAL DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS HOSPITALARES: ENFOQUE EM TERAPIAS 
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UNIDADE 3
As soluções completas de NPT podem ser rotineiramente armazenadas em 
temperatura de 2 a 4oC, por um período de 24 horas ou, quando não houver adição de 
vitaminas, por até 72 horas.
Deve-se estar sempre atento à cor da solução, à presença de corpos estranhos e 
à transparência das soluções parenterais, pois podem ocorrer, durante o armazenamento, 
reações de incompatibilidade, com formação de cristais, precipitação e alteração na coloração.
Conheça como é realizado o processo de manipulação nutrição parenteral:
Fonte: https://www.youtube.com/watch?v=nqpMvoViMOM
https://www.youtube.com/watch?v=nqpMvoViMOM
TERAPIA NUTRICIONAL 
ENTERAL4
TÓPICO
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UNIDADE 3
A terapia nutricional enteral é um método de fornecer nutrientes diretamente no trato 
gastrointestinal quando um paciente não pode obter nutrição adequada por via oral, mas 
o trato gastrointestinal ainda é funcional o suficiente para absorver os nutrientes. Este tipo 
de terapia envolve a administração de uma fórmula líquida balanceada contendo proteínas, 
carboidratos, gorduras, vitaminas, minerais e outros nutrientes essenciais.
Utilizamos alguns critérios para a seleção da nutrição enteral: doença de base 
do paciente, idade, requerimento calórico imposto pela situação metabólica do momento, 
necessidades específicas de nutrientes, capacidade digestiva e absortiva, apresentação 
de nutrientes, conteúdo de lactose, osmolaridade, consistência, viscosidade, diluição, 
disponibilidade financeira do hospital, custo e relação custo-benefício.
Sempre que se opta pela nutrição enteral, deve-se definir cuidadosamente a melhor 
via de acesso: sonda nasoenteral, que é uma sonda passada pelo nariz e na direção do trato 
gastrointestinal, onde a fórmula nutricional é administrada. Gastrostomia, onde uma sonda é 
inserida diretamente no estômago através da parede abdominal, permitindo a administração 
da fórmula nutricional diretamente no estômago. Jejunostomia, similar à gastrostomia, mas a 
sonda é inserida no jejuno (parte do intestino delgado) em vez do estômago.
Por fim, a entubação orogastrintestinal é utilizada em pacientes que podem engolir, 
onde uma sonda é inserida pela boca e direcionada ao estômago ou intestino delgado.
ATENÇÃO FARMACÊUTICA E 
FARMÁCIA CLÍNICA5
TÓPICO
58GESTÃO INTEGRAL DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS HOSPITALARES: ENFOQUE EM TERAPIAS 
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UNIDADE 3
A atenção farmacêutica é um conceito amplamente adotado na prática farmacêutica 
moderna, concentrando-se no cuidado centrado no paciente em relação ao uso de 
medicamentos. Envolve uma série de atividades e interações farmacêuticas destinadas 
a otimizar o uso de medicamentos pelo paciente. O farmacêutico realiza um trabalho de 
cuidado personalizado, por meio da atenção farmacêutica centrada no paciente e adaptada 
às suas necessidades. Acompanha a evolução do tratamento, monitorando a eficácia, 
identificando e gerenciando possíveis efeitos colaterais e ajustando a terapia conforme 
necessário. Além disso, oferece informações detalhadas sobre os medicamentos em uso, 
incluindo modo de uso e armazenamento.
A farmácia clínica é uma área específica da farmácia que se concentra na prestação 
direta de cuidados clínicos relacionados ao uso de medicamentos. Baseia-se nos princípios da 
atenção farmacêutica, mas é frequentemente associada a ambientes hospitalares. De acordo 
com o Conselho Federal de Farmácia, através da Resolução nº 585/2013, são regulamentadas 
as atribuições clínicas do Farmacêutico. Essas atribuições visam à promoção, proteção e 
recuperação da saúde, além da prevenção de doenças e de outros problemas de saúde.
Sobre as atividades focadas no paciente, destaca-se a farmácia clínica, que pode 
ser definida como a ciência da saúde cuja responsabilidade é assegurar, mediante aplicação 
de conhecimentos e funções, que o uso do medicamento seja seguro e apropriado. Isso 
requer, portanto, educação especializada, interpretação de dados, motivação do paciente 
e interação multiprofissional. O farmacêutico clínico é o profissional inserido no cuidado ao 
paciente em prol da melhoria da qualidade de vida, através do acompanhamento no uso 
correto de seus medicamentos, visando, assim, a promoção da saúde.
Os farmacêuticos clínicos são membros ativos da equipe de saúde e estão 
envolvidos na tomada de decisões clínicas relacionadas ao uso de medicamentos. Eles 
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UNIDADE 3
revisam os regimes medicamentosos dos pacientes, identificam problemas potenciais 
e fazem recomendações para otimizar a terapia. Monitoram de perto os pacientes para 
efeitos colaterais, interações medicamentosas e eficácia do tratamento, intervindo quando 
necessário. Além disso, promovem conhecimentos aos pacientes sobre seus medicamentos, 
promovendo a compreensão e aderência ao tratamento.
A farmácia clínica também está envolvidaem pesquisas clínicas e no desenvolvimento 
de protocolos de tratamento baseados em evidências. É importante destacar que, embora 
a farmácia clínica esteja frequentemente associada a ambientes hospitalares, o conceito 
de atenção farmacêutica é relevante em uma variedade de cenários de cuidados de saúde, 
incluindo farmácias comunitárias, clínicas ambulatoriais e até mesmo cuidados domiciliares. 
Em todos esses contextos, o objetivo é garantir que os pacientes obtenham o máximo 
benefício de seus medicamentos, minimizando os riscos associados ao seu uso. Ambas as 
abordagens, atenção farmacêutica e farmácia clínica, desempenham um papel fundamental 
na promoção de resultados de saúde positivos.
O Programa de Terapia Celular, liderado pelo Butantan, pela Faculdade de Medicina da Universidade 
de São Paulo (FMUSP), pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP-USP) e pela Fundação 
Hemocentro de Ribeirão Preto, tem como objetivo disponibilizar uma terapia inovadora para o câncer no 
Brasil. Essa terapia, chamada de CAR-T, tem demonstrado eficácia na remissão da doença em pacientes e 
será produzida em escala nacional pelos centros Nutera em São Paulo e Ribeirão Preto.
O CAR-T é uma tecnologia que reprograma as células de defesa do próprio paciente para atacar o câncer, 
especialmente neoplasias hematológicas. O Centro de Terapia Celular de Ribeirão Preto, após testes 
compassivos, avança para a fase 1 do estudo clínico, submetendo-se à aprovação da Agência Nacional de 
Vigilância Sanitária (Anvisa).
A parceria entre as instituições visa ampliar o acesso à terapia CAR-T para a população brasileira, especialmente 
pelo Sistema Único de Saúde (SUS), visando reduzir custos e facilitar a inclusão do tratamento. A produção 
nacional, sem fins lucrativos, promete diminuir os custos do tratamento, tornando-o mais acessível.
Apesar da aprovação da primeira terapia celular para câncer no Brasil, a Kymriah, poucos pacientes 
conseguem acesso devido ao alto custo, aproximadamente US$ 500 mil por paciente. A CAR-T, surgida nos 
Estados Unidos, tem sido amplamente utilizada experimentalmente desde 2010 e tem mostrado resultados 
promissores, levando à sua aprovação pela FDA em 2017.
Fonte: https://butantan.gov.br/noticias/tratamento-de-us-500-mil-para-cancer-podera-ser-oferecido-no-
sus-com-novo-nucleo-de-terapia-celular-do-estado-de-sao-paulo. Acesso em: 25/01/2024
 https://butantan.gov.br/noticias/tratamento-de-us-500-mil-para-cancer-podera-ser-oferecido-no-sus-com-novo-nucleo-de-terapia-celular-do-estado-de-sao-paulo
https://butantan.gov.br/noticias/tratamento-de-us-500-mil-para-cancer-podera-ser-oferecido-no-sus-com-novo-nucleo-de-terapia-celular-do-estado-de-sao-paulo
https://butantan.gov.br/noticias/tratamento-de-us-500-mil-para-cancer-podera-ser-oferecido-no-sus-com-novo-nucleo-de-terapia-celular-do-estado-de-sao-paulo
60GESTÃO INTEGRAL DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS HOSPITALARES: ENFOQUE EM TERAPIAS 
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UNIDADE 3
Vencemos a penúltima unidade de nossa disciplina de Farmácia Hospitalar. Espero 
que tenham se apaixonado ainda mais pela atuação do profissional farmacêutico à frente da 
farmácia hospitalar. Comprovamos mais uma vez a real função e a importância essencial da 
presença do farmacêutico para se obter um bom abastecimento e excelente gerenciamento 
de materiais e medicamentos dentro do ambiente hospitalar. Um exemplo disso é a 
utilização do método da Curva ABC de Pareto, que, se aplicado corretamente, pode evitar o 
desperdício de uma grande quantidade de medicamentos e correlatos, consequentemente, 
reduzindo os gastos públicos destinados a tal finalidade. Conhecemos mais sobre os tipos 
de terapias que podemos realizar dentro da farmácia hospitalar, além de suas indicações e 
cuidados para dispensá-las ao paciente.
Por fim, concluímos que ser um farmacêutico hospitalar nos torna um profissional 
completo, pois nos proporciona participar de todo o processo da cadeia de cuidados ao 
paciente, desde a aquisição até a dispensação do medicamento, sempre em prol da melhoria 
da qualidade de vida do paciente. Isso corrobora a importância do papel do farmacêutico na 
farmácia hospitalar, uma vez que é o profissional que possui as ferramentas necessárias 
para desenvolver todas as atividades da unidade, tornando-se corresponsável pelos 
resultados da terapêutica realizada com os pacientes e pelo trabalho desenvolvido com os 
demais membros da equipe de saúde.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
61GESTÃO INTEGRAL DE MATERIAIS E MEDICAMENTOS HOSPITALARES: ENFOQUE EM TERAPIAS 
ESPECÍFICAS E ATENDIMENTO FARMACÊUTICO AVANÇADO
UNIDADE 3
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
• Título: O Óleo de Lorenzo
• Ano: 1992.
• Sinopse: um garoto levava uma vida normal até que, quando 
tinha seis anos, estranhas coisas aconteceram, pois ele passou a ter 
diversos problemas de ordem mental que foram diagnosticados como 
ALD, uma doença extremamente rara que provoca uma incurável 
degeneração no cérebro, levando o paciente à morte em no máximo 
dois anos. Os pais do menino ficam frustrados com o fracasso dos 
médicos e a falta de medicamento para uma doença desta natureza. 
Assim, começam a estudar e a pesquisar sozinhos, na esperança de 
descobrir algo que possa deter o avanço da doença.
LIVRO
• Título: 30 histórias insólitas que fizeram a medicina: O impensável, o 
acaso e a genialidade por trás dos maiores avanços médicos desde a 
Antiguidade
• Autor: Jean-Noël Fabiani (Autor), Mauro Pinheiro (Tradutor).
• Editora: Vestígio.
• Sinopse: os cirurgiões muitas vezes se esquecem de que devem 
sua profissão a um certo Félix de Tassy, um barbeiro que, em 1686, 
conseguiu curar finalmente a fístula anal do rei Luís XIV. A seu pedido, o 
soberano instituiu a cirurgia como profissão de direito. Quem não sabe 
hoje que lavar as mãos é a maneira mais fácil de evitar contaminações? 
No entanto, em 1850, Inácio Semmelweis sofreu críticas duríssimas por 
ter implorado a seus colegas que observassem essa regra (hoje) básica 
de higiene, a fim de salvar jovens gestantes que morriam, uma após a 
outra, de infecções durante o puerpério. São histórias como essa que o 
professor Jean-Noël Fabiani nos traz em 30 histórias insólitas que fizeram 
a medicina. Desde os tempos antigos até o primeiro transplante de 
coração, são apresentados figuras e acontecimentos que estão muitas 
vezes na origem das maiores descobertas médicas: Horace Wells, 
descobridor da anestesia; Barão Larrey, que amputou os feridos na 
noite da sangrenta Batalha de Eylau; e mesmo o velho Hipócrates, cujo 
juramento os médicos repetem até os dias de hoje. É a esta grande 
jornada pela história da medicina que este livro nos convida.
https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_1?ie=UTF8&field-author=Jean-No%C3%ABl+Fabiani&text=Jean-No%C3%ABl+Fabiani&sort=relevancerank&search-alias=stripbooks
https://www.amazon.com.br/s/ref=dp_byline_sr_book_2?ie=UTF8&field-author=Mauro+Pinheiro&text=Mauro+Pinheiro&sort=relevancerank&search-alias=stripbooks
. . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . 
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Plano de Estudos
• Administração Farmacêutica;
• Conceitos fundamentais para o desenvolvimento da gestão na 
áreada saúde; 
• Gestão de pessoas, qualidade de atendimento e trabalho em equipe.
Objetivos da Aprendizagem
• Conceituar administração farmacêutica;
• Definir e diferenciar os conceitos de gestão e gerência;
• Aprofundar o conhecimento em gestão de pessoas, qualidade de 
atendimento e trabalho em equipe.
Professor(a) Esp. Simone do Carmo Ropelatto Abreu
ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO 
FARMACÊUTICA E FARMACÊUTICA E 
GESTÃO EM SAÚDE: GESTÃO EM SAÚDE: 
FUNDAMENTOS, FUNDAMENTOS, 
QUALIDADE DE QUALIDADE DE 
ATENDIMENTO E ATENDIMENTO E 
TRABALHO EM EQUIPETRABALHO EM EQUIPE
UNIDADEUNIDADE4
63ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA E GESTÃO EM SAÚDE: FUNDAMENTOS, QUALIDADE DE 
ATENDIMENTO E TRABALHO EM EQUIPE
UNIDADE 4
INTRODUÇÃO
Olá e seja muito bem-vindo(a) à quarta e última unidade da disciplina de 
Administração e Gestão Farmacêutica.
Durante nossa jornada, desde a primeira unidade, pôde-se perceber o quão 
interessante tem sido explorar o mundo da farmácia hospitalar e a área da gestão 
farmacêutica.
Nesta última etapa, nosso objetivo primordial é compreender o papel do 
administrador dentro do contexto farmacêutico. Em seguida, vamos adentrar no exercício 
da profissão farmacêutica, enfocando a gestão de pessoas, a qualidade no atendimento 
e o trabalho em equipe.
Nesta apostila, embarcaremos em uma jornada de aprendizado sobre Administração 
Farmacêutica e Gestão na Área da Saúde. Abordaremos conceitos fundamentais essenciais 
para o desenvolvimento de uma gestão eficaz em ambientes farmacêuticos e de saúde. 
Desde a administração dos serviços farmacêuticos até a gestão de pessoas, qualidade de 
atendimento e trabalho em equipe, cada tópico explorado desempenha um papel crucial na 
garantia de serviços de saúde de alta qualidade e acessíveis.
Iniciaremos nossa jornada explorando os conceitos-chave da Administração 
Farmacêutica, abrangendo desde a gestão de estoques e dispensação de medicamentos 
até a gestão financeira e regulatória.
Além disso, reservaremos um tempo para compreender a importância da gestão de 
pessoas, visando o aprimoramento de habilidades de liderança, comunicação e resolução 
de conflitos, para promover um ambiente de trabalho saudável e produtivo. Também 
discutiremos a qualidade no atendimento ao paciente, explorando estratégias para aprimorar 
a experiência do paciente e garantir a segurança e eficácia dos serviços prestados.
Por fim, abordaremos o trabalho em equipe como um elemento fundamental para o 
sucesso na área da saúde, destacando a importância da colaboração interdisciplinar e da 
comunicação eficaz entre os profissionais de saúde.
Esperamos que esta apostila seja uma fonte valiosa de conhecimento e inspiração 
para o desenvolvimento profissional de cada um de vocês, capacitando-os a enfrentar os 
desafios e oportunidades da administração farmacêutica e da gestão na área da saúde com 
confiança e excelência. Vamos começar esta jornada juntos!
Bons Estudos!
ADMINISTRAÇÃO 
FARMACÊUTICA1
TÓPICO
64ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA E GESTÃO EM SAÚDE: FUNDAMENTOS, QUALIDADE DE 
ATENDIMENTO E TRABALHO EM EQUIPE
UNIDADE 4
A palavra “administração” vem do latim “ad” (junto de) e “ministratio” (prestação 
de serviço) e significa “ação de prestar serviço ou ajuda”. Em outras palavras, aquele 
que presta um serviço a outro ou uma atividade que se recebe por delegação de outrem. 
Modernamente, administração representa o governo e a condução de uma organização por 
meio de atividades relacionadas com o planejamento, a organização, a direção/liderança e 
o controle da ação empresarial (Chiavenato, 2023).
Administração é o processo de planejamento que envolve a definição de metas e 
objetivos, bem como o desenvolvimento de estratégias para alcançá-los. O planejamento 
estabelece o rumo da organização e define como os recursos serão alocados. Organizar 
consiste em estruturar a organização de maneira eficiente, designando responsabilidades e 
tarefas apropriadas às pessoas, criando departamentos ou unidades funcionais e estabelecendo 
uma hierarquia de autoridade. Dirigir refere-se à liderança e motivação das pessoas para que 
elas trabalhem em direção aos objetivos estabelecidos. Isso envolve a comunicação eficaz, a 
delegação de tarefas, a solução de conflitos e a orientação dos funcionários.
Por fim, o controle de recursos (como pessoas, dinheiro, tempo e materiais) 
para atingir objetivos organizacionais de forma eficaz e eficiente implica em monitorar 
e avaliar o desempenho da organização em relação às metas e objetivos estabelecidos 
no planejamento. O controle envolve a identificação de desvios e a tomada de medidas 
corretivas quando necessário. A administração é uma disciplina ampla que se aplica a uma 
variedade de contextos, incluindo empresas, organizações sem fins lucrativos, governos e 
até mesmo à gestão pessoal.
65ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA E GESTÃO EM SAÚDE: FUNDAMENTOS, QUALIDADE DE 
ATENDIMENTO E TRABALHO EM EQUIPE
UNIDADE 4
A Gestão e Administração Farmacêutica representam elementos vitais na 
garantia da qualidade, segurança e eficiência dos serviços relacionados à saúde e ao 
uso de medicamentos. Este campo de atuação desafia os profissionais farmacêuticos a 
desempenharem um papel estratégico e multifacetado na cadeia de cuidados de saúde.
A gestão e administração farmacêutica desempenham um papel fundamental no setor 
de saúde, assegurando que os medicamentos sejam produzidos, distribuídos e utilizados 
de forma segura, eficaz e eficiente. Essa área envolve a aplicação de princípios de gestão e 
administração específicos no contexto da indústria farmacêutica e dos serviços de saúde.
A gestão farmacêutica abrange diversas dimensões, desde a gestão de estoque de 
medicamentos em farmácias e hospitais até o gerenciamento de cadeias de suprimentos 
farmacêuticos. A administração farmacêutica é uma área da administração de empresas e 
organizações focada especificamente na gestão de empresas do setor farmacêutico, que 
envolve a produção, distribuição, venda e regulamentação de produtos farmacêuticos e 
de saúde. Esta área é altamente especializada devido às complexidades envolvidas na 
fabricação, regulamentação e comercialização de produtos farmacêuticos, que precisam 
atender a rigorosos padrões de segurança e eficácia.Neste texto, exploraremos a importância 
e os principais aspectos da Gestão e Administração Farmacêutica.
Qual é o papel da Administração?
Você já imaginou uma nação sem governo? Um time de futebol sem técnico ou um exército sem general? Ou 
um navio sem o almirante? Tudo isso conduz à anarquia. E como uma nação poderia viver em total anarquia? 
Ou um time de futebol ganhar os jogos ou o exército vencer os inimigos? E o navio chegar ao seu destino? Não 
dá. Da mesma forma, a organização jamais poderia ser bem-sucedida sem um administrador à sua frente. 
De fato, toda organização precisa ser administrada. E precisa de mais do que um único administrador. 
Aliás, toda organização ou empresa precisa de um aparato administrativo, isto é, um conjunto integrado 
de administradores, cada qual em seu nível e em sua área de atividades. Assim, presidente, diretores, 
gerentes e supervisores constituem o chamado nível administrativo das empresas. Empresas necessitam 
de administração para a criação de riqueza e a geração de valor.
Por sua vez, o administrador, para fazer uma boa administração, não pode atuar somente por intuição 
ou “achismo”. Deve ser instrumentalizado com técnicas, indicadores e uma equipe engajada, com 
competências técnicas e comportamentais para executarem as atividades das quais forem responsáveis.
Fonte: A autora (2023).
66ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA E GESTÃO EM SAÚDE: FUNDAMENTOS, QUALIDADE DE 
ATENDIMENTO E TRABALHO EM EQUIPE
UNIDADE 4
1.1 Garantia da Qualidade e Segurança
Um dos principais pilares da Gestão e Administração Farmacêutica é a garantia da 
qualidade e segurança dos medicamentos. Os profissionais farmacêuticos desempenham 
um papel importantena verificação da qualidade dos produtos farmacêuticos, assegurando 
que os medicamentos sejam produzidos, armazenados e distribuídos de acordo com os 
mais altos padrões. Além disso, eles também desempenham um papel vital na prevenção 
de erros de medicação, garantindo que os medicamentos sejam prescritos, dispensados 
e administrados de forma correta e segura. A gestão de sistemas de informação, como a 
revisão de interações medicamentosas, também faz parte desse processo. A importância 
da qualidade na fabricação de medicamentos envolve a implementação de boas práticas de 
fabricação (BPF) para garantir a segurança, pureza e eficácia dos produtos farmacêuticos. 
O setor farmacêutico é altamente regulamentado em muitos países. 
Os administradores farmacêuticos devem garantir que suas operações estejam 
em conformidade com as regulamentações locais e internacionais. Isso inclui a obtenção 
de aprovações regulatórias para novos medicamentos e o cumprimento das normas de 
rotulagem e embalagem.
1.2 Gerenciamento de Estoques e Abastecimento
Outro aspecto fundamental da Gestão e Administração Farmacêutica é o 
gerenciamento de estoques e abastecimento. Isso envolve a gestão eficiente dos 
medicamentos disponíveis, a previsão de demanda, o controle de estoque e a aquisição 
de medicamentos. Essa gestão se concentra em garantir que os medicamentos estejam 
disponíveis quando necessário, evitando ao mesmo tempo desperdícios e prazos de validade 
expirados. Além disso, o gerenciamento de estoque é crucial para prevenir a escassez 
de medicamentos essenciais. A otimização desses processos não apenas garante a 
continuidade do tratamento para os pacientes, mas também ajuda a minimizar desperdícios 
e reduzir custos, o que é essencial em sistemas de saúde com recursos limitados.
1.3 Farmacovigilância e Monitoramento de Efeitos Adversos
A segurança dos medicamentos não termina com a sua aprovação e comercialização. 
A farmacovigilância é uma parte crítica da Gestão e Administração Farmacêutica que envolve 
o monitoramento contínuo dos medicamentos após sua introdução no mercado. Isso inclui a 
detecção e avaliação de possíveis efeitos adversos, bem como a tomada de medidas adequadas 
para mitigar riscos, o que implica no monitoramento contínuo dos efeitos colaterais e reações 
adversas aos medicamentos após sua comercialização. Isso permite que medidas corretivas 
sejam tomadas caso surjam preocupações com a segurança de um medicamento.
67ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA E GESTÃO EM SAÚDE: FUNDAMENTOS, QUALIDADE DE 
ATENDIMENTO E TRABALHO EM EQUIPE
UNIDADE 4
1.4 Gerenciamento de Recursos Humanos
Além de lidar com questões técnicas, a Gestão e Administração Farmacêutica 
também envolve o gerenciamento de recursos humanos. Isso inclui a seleção, treinamento 
e supervisão de profissionais farmacêuticos e outros membros da equipe de saúde, 
garantindo que todos cumpram seus papéis de forma eficaz e estejam atualizados com as 
melhores práticas.
1.5 Inovação e Pesquisa em Farmácia Clínica
A pesquisa e a inovação desempenham um papel fundamental na melhoria da 
prestação de serviços farmacêuticos. A Gestão e Administração Farmacêutica também 
incluem a busca por novas abordagens terapêuticas, o desenvolvimento de protocolos 
de atendimento ao paciente e a incorporação de tecnologias avançadas para aprimorar o 
atendimento ao paciente. Isso envolve rigorosos testes clínicos e processos regulatórios 
que asseguram a qualidade e a segurança dos produtos farmacêuticos. 
Além disso, a administração farmacêutica muitas vezes inclui a gestão de atividades 
de pesquisa e desenvolvimento para criar novos medicamentos, melhorar os existentes e 
acompanhar as tendências científicas e tecnológicas.
1.6 Distribuição e logística
Distribuição e logística são fundamentais para gerenciar a cadeia de suprimentos e 
a distribuição de medicamentos, garantindo que cheguem aos pacientes de forma segura 
e eficaz. Isso inclui o armazenamento adequado, a gestão de estoques e a logística de 
transporte. Vendas e marketing representam outra área importante na administração 
farmacêutica. Isso pode envolver a criação de estratégias de marketing, vendas diretas a 
profissionais de saúde, bem como publicidade ao consumidor, quando permitida.
Compliance e ética são aspectos críticos devido à sensibilidade e importância dos 
produtos farmacêuticos para a saúde pública. A administração farmacêutica concentra-se, 
portanto, em questões de ética, conformidade e responsabilidade social corporativa.
Inovação é essencial para permanecer competitivo no setor farmacêutico. Isso 
inclui a pesquisa constante, a busca por novas tecnologias, parcerias estratégicas e o 
desenvolvimento de medicamentos inovadores.
Por último, o gerenciamento de riscos é uma preocupação crucial na administração 
farmacêutica. Deve-se abordar cuidadosamente questões de segurança e gerenciamento 
de riscos, incluindo a identificação e resposta a eventos adversos e recalls de medicamentos, 
quando necessário.
CONCEITOS FUNDAMENTAIS 
PARA O DESENVOLVIMENTO DA 
GESTÃO NA ÁREA DA SAÚDE 2
TÓPICO
68ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA E GESTÃO EM SAÚDE: FUNDAMENTOS, QUALIDADE DE 
ATENDIMENTO E TRABALHO EM EQUIPE
UNIDADE 4
A gestão na área da saúde desempenha um papel crucial na garantia da qualidade, 
eficiência e acesso aos serviços de saúde. Para compreender e desenvolver estratégias 
eficazes nesse contexto, é fundamental ter uma base sólida em conceitos essenciais. 
Estes conceitos abrangem uma variedade de áreas, desde a administração e organização 
dos serviços de saúde até aspectos específicos relacionados à assistência ao paciente, 
economia da saúde e políticas públicas.
2.1 Conceitos de gestão e gerência
Do Latim: “gestione”; refere-se à ação e ao efeito de gerir ou de administrar. Gerir 
consiste em realizar diligências que conduzem à realização de um negócio ou de um 
desejo qualquer. A gestão é um processo amplo e abrangente que envolve o planejamento, 
organização, direção e controle de recursos humanos, financeiros, materiais e tecnológicos 
para alcançar os objetivos de uma organização. É um processo contínuo e envolve tomar 
decisões estratégicas para atingir metas de longo prazo.
A gestão concentra-se mais na visão estratégica e de longo prazo da organização. Os 
gestores são responsáveis por definir metas, criar políticas e estratégias, e tomar decisões 
que afetam toda a organização. Os gestores precisam ter habilidades de planejamento 
estratégico, tomada de decisão, liderança e comunicação. Eles frequentemente ocupam 
cargos de alta administração, como diretores, presidentes e CEOs.
A gestão farmacêutica refere-se ao processo amplo de planejar, organizar, liderar e 
controlar os recursos e as atividades relacionadas à farmácia e aos serviços farmacêuticos 
69ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA E GESTÃO EM SAÚDE: FUNDAMENTOS, QUALIDADE DE 
ATENDIMENTO E TRABALHO EM EQUIPE
UNIDADE 4
em uma organização de saúde. A gestão farmacêutica abrange uma visão estratégica e de 
alto nível das atividades relacionadas a medicamentos em uma organização. Isso inclui a 
definição de políticas e diretrizes, a alocação de recursos, a supervisão de áreas como a 
farmácia hospitalar e a gestão de questões de regulamentação.
Os gestores farmacêuticos de nível superior, como diretores de farmácia hospitalar 
ou diretores farmacêuticos em empresas farmacêuticas, desempenham um papel importante 
na gestão farmacêutica. Eles são responsáveis por liderar a estratégia farmacêutica da 
organização e tomar decisões que afetam a farmácia como um todo.
A gestão farmacêutica se concentra na definição de políticas de medicamentos, 
regulamentações, controle de custos, gestão de riscos relacionados a medicamentos 
e na garantia da qualidade dos serviços farmacêuticos. Os gestores farmacêuticos são 
responsáveis por definir a estratégia de gestão de medicamentos, estabelecer diretrizes 
e protocolos, monitorar o cumprimentodas regulamentações de saúde, supervisionar a 
gestão de recursos e tomar decisões de alto nível relacionadas a medicamentos.
A gerência é uma parte específica da gestão que lida com a implementação das 
políticas, planos e estratégias definidos pela alta administração, que envolve supervisionar 
as operações diárias, coordenar as atividades dos funcionários e garantir que as tarefas 
sejam concluídas de acordo com as diretrizes estabelecidas. 
A gerência concentra-se mais na execução prática e no acompanhamento das 
atividades do dia a dia, são responsáveis por garantir que as metas de curto prazo sejam 
alcançadas e que os recursos sejam utilizados eficazmente. Os gerentes precisam ter 
habilidades de liderança, organização, resolução de problemas e comunicação interpessoal. 
Geralmente ocupam cargos de supervisão intermediária ou de linha de frente, como gerentes 
de departamento, supervisores e líderes de equipe.
A gerência farmacêutica refere-se às atividades operacionais e táticas relacionadas 
à farmácia e aos serviços farmacêuticos, com foco na supervisão das operações diárias e 
na implementação de políticas e procedimentos. Ela lida com a execução das políticas e 
diretrizes estabelecidas pelos gestores farmacêuticos, concentrando-se em atividades de 
rotina, como a dispensação de medicamentos, o gerenciamento de estoque, a supervisão 
de equipes farmacêuticas e o cumprimento de regulamentos.
Os gerentes farmacêuticos, como os gerentes de farmácia hospitalar ou 
supervisores de equipe farmacêutica em uma farmácia de varejo, estão envolvidos na 
gerência farmacêutica. Eles supervisionam equipes e garantem a execução eficiente das 
tarefas diárias. A gerência farmacêutica está voltada para o presente e o curto prazo, 
70ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA E GESTÃO EM SAÚDE: FUNDAMENTOS, QUALIDADE DE 
ATENDIMENTO E TRABALHO EM EQUIPE
UNIDADE 4
concentrando-se na dispensação segura e eficaz de medicamentos, no controle de custos 
operacionais e na solução de problemas operacionais.
Os gerentes farmacêuticos são responsáveis por supervisionar a equipe de 
farmacêuticos e técnicos de farmácia, garantir a adesão às políticas e procedimentos, 
gerenciar o estoque de medicamentos, resolver problemas operacionais e manter a 
eficiência das operações farmacêuticas. Tanto a gestão quanto a gerência farmacêutica 
desempenham papéis complementares para garantir a qualidade e a eficiência dos 
serviços farmacêuticos em organizações de saúde. Enquanto a gestão estabelece a 
direção estratégica e define políticas, a gerência implementa essas políticas e garante que 
as operações do dia a dia sejam executadas de maneira adequada e segura. Ambas são 
essenciais para o funcionamento bem-sucedido de uma farmácia ou serviço farmacêutico.
Em resumo, a gestão é o processo global de planejamento estratégico e tomada 
de decisão em uma organização, enquanto a gerência se concentra na implementação 
e execução das estratégias e políticas estabelecidas pela gestão. Ambos os papéis 
desempenham um papel crucial na eficácia de uma organização, trabalhando em conjunto 
para alcançar seus objetivos.
GESTÃO DE PESSOAS, 
QUALIDADE DE ATENDIMENTO 
E TRABALHO EM EQUIPE3
TÓPICO
71ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA E GESTÃO EM SAÚDE: FUNDAMENTOS, QUALIDADE DE 
ATENDIMENTO E TRABALHO EM EQUIPE
UNIDADE 4
A gestão de pessoas desempenha um papel crítico na qualidade do atendimento 
ao cliente. Quando se trata de serviços, a qualidade do atendimento é frequentemente 
determinada pela interação entre os funcionários e os clientes. Falaremos de algumas 
diretrizes e considerações importantes para integrar a gestão de pessoas à busca pela 
qualidade no atendimento:
• Seleção e treinamento de funcionários: realizar uma seleção criteriosa de 
funcionários, buscando candidatos que tenham habilidades interpessoais, empatia 
e atitudes positivas em relação ao atendimento ao cliente. Proporcionar treinamento 
inicial e contínuo para garantir que os funcionários compreendam os padrões de 
qualidade de atendimento e saibam como lidar com diferentes situações.
• Cultura organizacional: estabelecer uma cultura que valorize a satisfação do 
cliente. Isso deve começar no topo da organização e ser disseminado por todos 
os níveis. Encoraje a empatia e o respeito entre os funcionários, para que eles 
possam tratar os clientes da mesma maneira.
• Comunicação interna: sempre manter uma comunicação aberta e transparente 
entre a gerência e os funcionários. Eles devem estar cientes das expectativas de 
desempenho e das metas de atendimento ao cliente.
• Empoderamento dos funcionários: delegue autoridade aos funcionários para 
tomar decisões que beneficiem o cliente, dentro de limites pré-definidos. Isso 
pode acelerar a resolução de problemas e aumentar a satisfação do cliente.
• Feedback e avaliação de desempenho: estabelecer processos de feedback 
regulares para os funcionários saberem como estão se saindo em relação ao 
72ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA E GESTÃO EM SAÚDE: FUNDAMENTOS, QUALIDADE DE 
ATENDIMENTO E TRABALHO EM EQUIPE
UNIDADE 4
atendimento ao cliente. Realizar avaliações de desempenho que incluam métricas 
de qualidade no atendimento.
• Recompensas e reconhecimento: ter o hábito de reconhecer e recompensar 
os funcionários que se destacam no atendimento ao cliente. Isso pode ser feito 
por meio de prêmios, elogios públicos ou promoções.
• Mapeamento de jornada do cliente: compreenda a jornada do cliente e 
identifique os pontos de contato críticos onde a qualidade do atendimento pode 
fazer a diferença. Concentre-se nessas áreas.
• Melhoria contínua: esteja sempre em busca da melhoria contínua. Solicite 
feedback dos clientes e dos próprios funcionários para identificar áreas que 
precisam ser aprimoradas.
• Resolução de conflitos: forneça aos funcionários ferramentas e treinamento 
para lidar com reclamações e conflitos de maneira eficaz e construtiva.
• Tecnologia e ferramentas: utilize tecnologia e ferramentas que possam ajudar 
os funcionários a oferecer um melhor atendimento, como sistemas de suporte ao 
cliente.
A qualidade do atendimento ao cliente não é apenas responsabilidade de uma equipe 
específica, mas de toda a organização. Todos os funcionários desempenham um papel na 
criação de uma experiência positiva para o cliente, e a gestão de pessoas desempenha um 
papel crítico ao criar um ambiente propício para isso.
O trabalho em equipe na farmácia desempenha um papel importante na prestação 
de serviços de saúde de qualidade e na garantia da segurança dos pacientes. Considerações 
importantes para promover o trabalho em equipe eficiente e seguro em um ambiente 
farmacêutico incluem a comunicação eficaz e clara, essencial para evitar erros de medicação 
e garantir que as informações importantes sejam compartilhadas entre os membros da 
equipe. Cada membro da equipe deve entender seu papel e responsabilidades, incluindo 
farmacêuticos, técnicos de farmácia, atendentes e outros funcionários.
O treinamento contínuo é muito importante para todos os membros da equipe, para 
mantê-los atualizados sobre os desenvolvimentos na farmacologia, regulamentações e 
práticas recomendadas. Estabelecer padrões e procedimentos claros para a dispensação de 
medicamentos, armazenamento de medicamentos, manuseio de prescrições e prevenção 
de erros de medicação resultará em segurança do paciente.
Outra consideração a ser detalhada são os conflitos de relacionamento, que 
são situações em que há desacordos, tensões ou disputas entre duas ou mais pessoas 
em um relacionamento pessoal ou profissional. Esses conflitos podem surgir devido a 
73ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA E GESTÃO EM SAÚDE: FUNDAMENTOS, QUALIDADE DE 
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UNIDADE 4
diferenças de opinião, valores, interesses, comunicação inadequada ou mal-entendidos. 
Lida adequadamente, a resolução de conflitos pode fortalecer relacionamentos e promover 
a compreensão mútua.
A resolução rápida de conflitosé essencial para manter um ambiente de trabalho 
saudável, mas algumas vezes requer tempo, paciência e comprometimento de todas as 
partes envolvidas. É importante criar um ambiente onde os funcionários se sintam à vontade 
para expressar suas preocupações e onde a resolução de conflitos seja vista como uma 
oportunidade de melhoria. Quando os conflitos são abordados de forma eficaz, eles podem 
levar a um ambiente de trabalho mais saudável e a relacionamentos profissionais mais sólidos.
O gerenciamento eficaz do tempo é fundamental em uma farmácia movimentada. 
Garanta que as tarefas sejam priorizadas e concluídas de maneira eficiente. Os funcionários 
da farmácia devem ser treinados em atendimento ao cliente, pois muitas vezes são a 
primeira interação que os pacientes têm com o sistema de saúde.
É interessante o gestor ter um bom relacionamento com a equipe, encorajando-os 
a fornecer feedback sobre processos e procedimentos, e esteja disposto a fazer melhorias 
com base nas sugestões. Além disso, é importante estar aberto a realizar negociações. A 
negociação, ao contrário do que se pensa, não é “regatear”; é “acordo”; não é “troca de 
favores”; é “diálogo”; não é “compra”; é “compartilhamento”; não é “definitivo”; é “temporário”. 
O ápice de uma negociação é o acordo, ainda que temporário.
Negociação “é um processo que permite aos atores sociais analisar e compatibilizar 
seus interesses e sua participação na resolução de situações complexas, através de 
acordos que sejam respeitados ao longo do tempo e que tenham como base a cooperação 
mútua” (SANTANA, 1993, p. 189). Ou seja, nós só negociamos quando temos divergência, 
mas temos, ao mesmo tempo, algum tipo de dependência do outro, ainda que seja uma 
dependência circunstancial e temporária. Se divirjo de algum colega, mas não dependo 
dele para executar minha tarefa ou para alcançar algum objetivo, não preciso negociar 
nada com ele. Pensamos diferente e pronto.
Dominar habilidades de comunicação é essencial na negociação. Isso inclui ouvir 
ativamente, fazer perguntas abertas, evitar interrupções e usar a comunicação não verbal 
de forma eficaz.
Concentrar-se nos interesses subjacentes das partes envolvidas, em vez de se 
prender a posições fixas, facilita a criação de soluções criativas e mutuamente benéficas. Ter 
criatividade para explorar diferentes opções e soluções durante a negociação é essencial. 
Como gestor, é importante sempre definir limites claros durante a negociação para evitar 
concessões excessivas. Lembre-se de adotar uma abordagem de negociação baseada 
74ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA E GESTÃO EM SAÚDE: FUNDAMENTOS, QUALIDADE DE 
ATENDIMENTO E TRABALHO EM EQUIPE
UNIDADE 4
em princípios, onde os valores e princípios éticos são fundamentais para a tomada de 
decisões. Ser um mediador na resolução de conflitos de maneira construtiva, através de 
uma boa conversa e um diálogo constante com a equipe.
O trabalho em equipe é fundamental para o sucesso de organizações, empresas e 
projetos. Ele envolve a colaboração de indivíduos com diferentes habilidades, conhecimentos 
e experiências para alcançar objetivos comuns. Trabalhar em equipe pode ser desafiador, 
mas quando feito de forma eficaz, pode levar a resultados excepcionais. É importante lembrar 
que o sucesso da equipe depende não apenas do desempenho individual, mas também da 
capacidade de colaborar e alinhar esforços em direção a metas comuns. Portanto, cultive um 
ambiente de trabalho que valorize a colaboração e promova o trabalho em equipe eficaz.
Através de uma comunicação clara e aberta, atribuição e definição de papéis e 
responsabilidades específicas a cada membro da equipe para evitar conflitos e garantir que 
todos saibam o que se espera deles. Promoção da colaboração dos membros da equipe 
para compartilhar ideias, trabalhar juntos e contribuir com seus pontos fortes individuais.
Para um bom desenvolvimento do trabalho em equipe, é necessária a presença de 
um líder farmacêutico e administrativo que desenvolverá a gestão eficaz de uma farmácia, 
clínica ou departamento farmacêutico em um ambiente de saúde. Combinando habilidades 
técnicas, conhecimento farmacêutico, competências de gestão e capacidade de liderança. 
Além disso, a capacidade de adaptar-se às mudanças na indústria farmacêutica e de saúde 
é fundamental para enfrentar os desafios em constante evolução desse campo.
Esses líderes desempenham um papel fundamental na garantia da segurança dos 
pacientes, na qualidade dos serviços farmacêuticos, no cumprimento de regulamentações 
rigorosas e na gestão de pessoas, sendo flexíveis, adaptando-se a mudanças e ajustando 
os planos conforme necessário. Promovendo, construindo e mantendo um ambiente de 
confiança entre todos os funcionários, além de exercer influência sobre a equipe.
A ética profissional é fundamental na farmácia, pois lida com a saúde e o bem-
estar dos pacientes. É crucial garantir que todos os membros da equipe sigam padrões 
éticos rigorosos. Reconhecer e celebrar os marcos e conquistas da equipe é essencial para 
manter a moral alta. Trabalhar em uma farmácia pode ser estressante devido à pressão do 
tempo e à responsabilidade pela saúde dos pacientes. Por isso, é importante promover a 
resiliência entre os membros da equipe e incentivar a busca de apoio quando necessário.
O trabalho em equipe eficaz em uma farmácia é fundamental para garantir a 
segurança e a qualidade dos cuidados aos pacientes. A colaboração e a comunicação são 
elementos-chave para alcançar esses objetivos.
75ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA E GESTÃO EM SAÚDE: FUNDAMENTOS, QUALIDADE DE 
ATENDIMENTO E TRABALHO EM EQUIPE
UNIDADE 4
Conforme Lefèfre (2001) observa, as políticas de gestão de pessoas no setor de saúde apresentam ca-
racterísticas singulares que as distinguem de outros setores da administração. Os recursos humanos são 
reconhecidos, na perspectiva moderna de gestão, como a riqueza e o patrimônio da administração. Espe-
cificamente no contexto da saúde, as interações entre os clientes e a equipe de trabalho desempenham 
um papel crucial na consecução dos objetivos organizacionais, uma vez que os profissionais precisam estar 
motivados, capacitados e aptos a desempenhar suas funções, dada a natureza vital de seu trabalho. Nesse 
contexto, os recursos humanos são considerados meios para alcançar melhores resultados, não fins em si 
mesmos. Portanto, é imperativo que os trabalhadores estejam cientes de sua responsabilidade e possuam 
uma formação sólida para atender às diversas necessidades da comunidade a que servem. Diante das 
mudanças nas relações sociais ao longo do tempo, a população passou a adotar uma postura mais crítica 
em relação aos serviços oferecidos, tornando essencial que os profissionais da saúde estejam preparados 
para enfrentar esses desafios.
Fonte: Brand, A. F., Tolfo, S. da R., Pereira, M. F., & Ribeiro de Almeida, M. I. (2009). ATUAÇÃO ESTRATÉ-
GICA DA ÁREA DE GESTÃO DE PESSOAS EM ORGANIZAÇÕES DE SAÚDE: UM ESTUDO À LUZ DA PERCEPÇÃO 
DOS PROFISSIONAIS DA ÁREA. Gestão & Regionalidade, 24(71). https://seer.uscs.edu.br/index.php/revis-
ta_gestao/article/download/94/57/282
https://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_gestao/article/download/94/57/282
https://seer.uscs.edu.br/index.php/revista_gestao/article/download/94/57/282
76ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA E GESTÃO EM SAÚDE: FUNDAMENTOS, QUALIDADE DE 
ATENDIMENTO E TRABALHO EM EQUIPE
UNIDADE 4
Assim chegamos ao final da nossa quarta e última unidade da disciplina de Farmácia 
Hospitalar, Gestão e Administração Farmacêutica. Nesta unidade, entendemos o papel de 
um administrador dentro da área farmacêutica.
Na sequência, adentramos o exercício da profissão farmacêutica como gestor 
de pessoas, que recruta, treina, avalia e desenvolve membros da equipe, garantindo que 
todos estejam alinhados com os objetivos organizacionais, sempre focado na qualidade de 
atendimento e no trabalho em equipe.
Observamos que o farmacêuticogestor é um profissional da área farmacêutica que 
ocupa uma posição de liderança em organizações relacionadas à saúde, como farmácias, 
hospitais, clínicas, indústrias farmacêuticas, distribuidoras de medicamentos, entre outros. 
O papel do farmacêutico gestor é fundamental na gestão de operações farmacêuticas, 
assegurando que os serviços sejam prestados com eficácia, segurança e conformidade 
com as regulamentações.
Concluímos que o papel do farmacêutico gestor é amplo e varia de acordo com o 
contexto da organização. Podemos desempenhar uma função importante na garantia de 
que os serviços e produtos farmacêuticos atendam aos mais altos padrões de qualidade, 
eficácia e segurança. Além disso, o farmacêutico gestor desempenha um papel essencial 
na gestão de equipes e na conformidade com regulamentações governamentais.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
77ADMINISTRAÇÃO FARMACÊUTICA E GESTÃO EM SAÚDE: FUNDAMENTOS, QUALIDADE DE 
ATENDIMENTO E TRABALHO EM EQUIPE
UNIDADE 4
MATERIAL COMPLEMENTAR
FILME/VÍDEO
• Título: A grande aposta
• Ano: 2015.
• Sinopse: em 2008, o guru de Wall Street Michael Burry percebe 
que uma série de empréstimos feitos para o mercado imobiliário 
está em risco de inadimplência. Ele decide então apostar contra 
o mercado investindo mais de um bilhão de dólares dos seus 
investidores. Suas ações atraem a atenção do corretor Jared 
Vennet que percebe a oportunidade e passa a oferecê-la a seus 
clientes. Juntos, esses homens fazem uma fortuna tirando proveito 
do colapso econômico americano.
LIVRO
• Título: O Monge E O Executivo
• Autor: James C. Hunter (Autor).
• Editora: Gmt.
• Sinopse: o livro é um manual de como se relacionar melhor com 
as pessoas à sua volta, principalmente se você ocupa uma posição 
de destaque ou liderança. Com os personagens tendo perfis 
diferentes, o autor ensina a saber ouvir, tratar as pessoas com 
respeito e oferecer um ambiente de trabalho seguro e agradável.
https://www.amazon.com.br/James-C-Hunter/e/B001K8RWMA/ref=dp_byline_cont_book_1
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Prezado (a) aluno (a),
Chegamos ao final desta jornada da disciplina de Farmácia Hospitalar. Ao longo 
deste material, exploramos os princípios fundamentais, as práticas especializadas e os 
desafios inerentes à gestão farmacêutica em ambientes hospitalares. A Farmácia Hospitalar, 
como disciplina, desempenha um papel essencial na promoção da segurança e eficácia 
dos tratamentos medicamentosos, contribuindo diretamente para a qualidade dos cuidados 
de saúde prestados aos pacientes.
Ao adentrar nas diversas questões que envolvem a gestão de medicamentos, a 
integração com equipes multidisciplinares e as regulamentações, buscamos oferecer uma 
base sólida e abrangente que possibilite aos profissionais farmacêuticos atuar de maneira 
informada e eficaz neste contexto complexo.
É fundamental ressaltar a importância da Farmácia Hospitalar na otimização dos 
processos, na prevenção de erros medicamentosos, no gerenciamento eficiente de estoques 
e na promoção da segurança do paciente. Esta formação não apenas buscou transmitir 
conhecimentos teóricos, mas também provocar reflexões sobre a prática farmacêutica no 
ambiente hospitalar, incentivando a busca constante pela excelência e pelo aprimoramento 
contínuo.
Esperamos que estas apostilas tenham sido uma ferramenta valiosa para sua 
formação, estimulando o pensamento crítico e preparando-o para enfrentar os desafios e 
oportunidades que a Farmácia Hospitalar apresenta. Que as informações aqui compartilhadas 
sirvam como base sólida para uma atuação profissional ética, segura e comprometida com 
a qualidade dos cuidados de saúde.
Agradecemos sua dedicação e participação ao longo desta disciplina. Que este 
conhecimento adquirido se traduza em práticas farmacêuticas ainda mais eficazes e na 
promoção da saúde e bem-estar daqueles que confiam em nossos cuidados. Sucesso em 
sua jornada na Farmácia Hospitalar!
 
Até uma próxima oportunidade. Muito Obrigado!
CONCLUSÃO GERAL
79
ANTUNES, M. O. A evolução farmacêutica hospitalar: o papel atual do farmacêutico 
no universo hospitalar. Tese de Conclusão de Curso, apresentada à Escola de Saúde do 
Exército (Formação de Oficiais do Serviço de Saúde do Exército), Rio de Janeiro, 2008. 
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domissanitários e afins, de uso domiciliar, institucional e profissional, e dá outras providências. 
Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, DF, 22 out. 2001. Disponível em: 
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planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos 
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atualização, publicação e disponibilização de bulas de medicamentos para pacientes e 
para profissionais de saúde. Diário Oficial [da] República Federativa do Brasil, Brasília, 
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