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46 bom tal perfeição. Por sua vez, a perfeição compreende a "harmoniosa união" de "diversidade e unidade" (L p.547). Na explanação crítica de beleza elaborada em CJ, Kant abandona a posição perfec- cionista herdada dos wolffianos. Sua análise dos juízos do belo na "Analítica do belo" mostra que eles não se coadunam com as explicações subjetivas ou objetivas de beleza. Os juízos do belo são definidos negativamente em CJ, de acordo com a tábua de catego- rias como: (qualidade) aquilo que "apraz sem interesse algum" (§5); (quantidade) aquilo que "apraz universalmente" sem um conceito (§9); (relação) a "forma de finalidade mun objeto ... percebida nele independentemente da representação de um fim"; e (modalida- de) aquilo que, sem conceito, é o objeto de uma "satisfação necessária" (§22). Em cada caso, Kant distingue o belo das explicações dominantes de beleza que se apoiavam numa base de perfeição ou de um sentido. Ele apresenta a natureza da beleza ou em termos da negação da sensibilidade e do conceito, ou em termos de formulações paradoxais, como a de conformidade a um fim sem um fim (Zweckmãssigkeit ohne Zweck). Essa abordagem levou Kant a enfrentar algumas novas dificuldades com o concei- J -I I I
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