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MICHELE MARCELINO DIAS
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO
Licenciatura em PedagogiaRelatório desenvolvido como requisito para aprovação no componente curricular Estágio Curricular Obrigatório no curso de Licenciatura em Pedagogia no Centro Universitário FMU
São Paulo
2022
RELATÓRIO FINAL DE ESTÁGIO CURRICULAR OBRIGATÓRIO
APRESENTAÇÃO
Nome: Michele Marcelino Dias
RA: 2018208393
Curso: Licenciatura em Pedagogia
ESTÁGIO DE : 
[ ] Estágio I: Educação Infantil - 100 horas. 
X Estágio II: Ensino Fundamental I e EJA - 100 horas.
☐ Estágio III: Espaços não formais - 100 horas.
☐ Estágio IV: Gestão Escolar - 100 horas.
Nome da professora orientadora: VERA LUCIA CIRINO
Nome da instituição em que o estágio foi realizado:
Período de Estágio: de 15/08/2022 a 09/09/2022
Quantidade total de horas cumpridas: 100 h
São Paulo, ____ de ___________ de 2022.
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(assinatura do da professora orientadora)
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(Nome e assinatura do estagiário)
RELATÓRIO DO ESTÁGIO OBRIGATÓRIO
 
Introdução 
O estágio nos anos iniciais do Ensino Fundamental e o respectivo relatório referente ao período que compartilhei junto as sala dos 4º e 5º anos foram obtidos durante minha permanência na EPG Nelson de Andrade, escola municipal de Guarulhos (SP).
Nas 100 horas que cumpri contemplam a exigência da Lei e das disciplinas para a conclusão do curso em Pedagogia, mas foi graças a isso que adquiri consciência do que é ser professora, porque pude acompanhar e participar de atividades pedagógicas em sala de aula, fiz algumas interferências quando me era permitido, realizei regências, fui avaliada e orientada pelos professores titulares que supervisionaram meu trabalho como estagiaria. 
Portanto, graças à experiência de estar inserida no dia a dia da escola, observei as práticas adotadas pelos professores que, certamente, irão influenciar minha futura carreia docente por muito tempo. 
No entanto, o que considero o mais importante foi à interação com os alunos, pois com eles me senti realmente como professora e nessa condição percebi as necessidades reais da Educação e os obstáculos que terei que superar em termos de ensino. 
Apresentação do contexto escolar
A Escola de Primeiro Grau Nelson de Andrade, pertencente à Rede Pública da cidade de Guarulhos (SP), fica no Jardim Silvestre, em Bonsucesso, bairro urbano em franca expansão que congrega famílias de classe média baixa, cuja maioria participa da vida escolar dos filhos. 
Já a escola em si é bem satisfatória em termos físicos para atender os alunos, inclusive com deficiências físicas, provenientes do próprio bairro ou do arredor dele. Em 2021, havia 800 alunos matriculados na unidade escolar. Entre eles, 416 frequentavam Educação Infantil, em 13 turmas, cada qual com uma média de 32 alunos. Por sua vez, o Ensino Fundamental tinha 384 alunos matriculados e por sala de aula, havia a média de 33 deles.
Esse montante se distribuía em dois turnos e todos os alunos, inclusive os atuais, desfrutam de uma boa infraestrutura, que conta com 8 salas de aulas, sala de diretoria, sala de professores, secretaria, quadra de esportes descoberta, cozinha, refeitório, alimentação escolar, parque infantil, banheiros adequados à educação infantil e para alunos com deficiência ou mobilidade reduzida, além de acesso a internet que, por sua vez, é banda larga. 
Em termos de distorção idade-série, a EPG Nelson de Andrade, tem um índice de apenas 05%. Já à taxa de aprovação é de quase 100% e a de evasão não chega a 1%. 
	
QUADRO INFORMATIVO COM DEMAIS INFORMAÇÕES SOBRE A
EPG NELSON DE ANDRADE
	
· Código do INEP: 35211916
· Razão social: Conselho Escolar E.P.G. Nelson de Andrade
· Natureza Jurídica: Associação Privada
· CNPJ: 02.457.181/0001-05
· End.: Tai Berilo, 190, Bonsucesso, Guarulhos (SP)
· CEP: 07243-100
· Tel.: 2484-7993
· Etapas educacionais: Ensino Infantil e Fundamental I
· Turnos: Manhã e Tarde
· Localização: Urbana
· Dependência administrativa: Secretária de Educação da cidade de Guarulhos
Reflexão sobre as atividades desenvolvidas 
As vivências que tive nas salas de aula do 4º e 5º anos, realmente ampliaram meus conhecimentos, pois pude observar e analisar a rotina dos alunos, a forma como adquiriam conhecimento, as dúvidas que expressavam e como interagiam entre eles mesmos, com o professor titular e comigo, o que foi muito gratificante em termos pessoais e profissionais. 
Nesse âmbito, acompanhei e fiz registros de várias práticas empregadas pelos professores, no intento de estimular os alunos a aprender e buscar mais conhecimentos, em um processo que aliava a teoria que havia aprendido no meio virtual, com a sensibilidade de captar as necessidades dos alunos e usar a criatividade para ensiná-los de fato, por meio de atividades eficientes voltadas, principalmente, para a leitura e a alfabetização, inclusive em Matemática. Note que ambas são essenciais tanto para o desenvolvimento acadêmico quanto para a progressão escolar dos alunos. 
Apesar do diferencial que cada professor apresentava para ensinar, todas as práticas pedagógicas se faziam alinhadas ao planejamento pedagógico da escola e, dessa forma, visavam desenvolver as habilidades e competências exigidas pela Base Nacional Comum Curricular. 
Além disso, vi que os professores se mantinham em formação continuada, com o objetivo de proporcionar aos alunos o desenvolvimento integral e cada discente a seu modo sabia corresponder às expectativas dos docentes, ao demonstrar tanto iniciativa pessoal em termos escolares quanto noções de cidadania. De um modo geral, todos os alunos exerciam naturalmente o protagonismo, a empatia e alteridade na escola e, por extensão, na comunidade deles. 
Conclusão 
Durante a realização do estágio, além das observações e participações, também fez algumas regências, momento em que eu assumi a responsabilidade integral das atividades, a partir do planejamento e desenvolvimento da proposta. 
Para tanto, além da teoria aprendida no curso de Pedagogia, buscava inserir tanto a interdisciplinaridade em minhas ações quanto os recursos tecnológicos aos quais as crianças tinham acesso, para diversificar a rotina escolar e estimular a vontade de aprender de cada uma delas. 
Graças a essa oportunidade de estar em sala de aula e de ter certa autonomia, ainda fiz uma reflexão crítica acerca do meu próprio desempenho como docente, que também me levou a compreensão da importância do Estágio de Regência. Ele realmente é essencial aos alunos dos cursos de Licenciatura, mas não só para cumprir a legislação, pois essa chance realmente é única, por provocar e proporcionar situações fundamentais e reais para a minha formação docente. 
A par de tudo, ainda notei a importância tanto das relações interpessoais quanto das ações da equipe gestora na escola. Logo, o bom relacionamento também faz parte do processo de ensino e aprendizagem, porque ele é essencial para estabelecer contato com todos os professores, alunos e até com as famílias, que precisam ser sentir acolhidas na escola para participar do desenvolvimento dos filhos, entender as dificuldades deles, alinhar-se aos professores para alcançar algumas metas e, quando necessário, tanto apoiar quanto cobrar dos profissionais da escola, com todo o respeito possível que somente a amizade e o entrosamento alavancam. 
Em meio a tudo isso, também senti que as críticas, quando construtivas e fundamentadas na realidade do dia a dia, sempre proporcionam reflexão e refletem no bom funcionamento da escola. 
Portanto, ao fim do estágio, só posso dizer que período foi extremamente importante para a minha preparação e formação docente, enquanto aluna de Pedagogia. Aprendi, por exemplo, como ter uma postura docente capaz de influenciar o bom andamento das aulas e impor respeito aos alunos, para fazê-los entender o que deve e o que não deve ser feito em sala de aula, mas sem o ranço da postura autoritária. Mas, ao mesmo tempo, também entendi que ter senso de flexibilidadeé essencial tanto para trabalhar com as situações conflituosas que surgem durante o período das aulas quanto intervir para equilibrar a sala de aula. 
Houve situações, em que bastava só a afetividade para transformar a postura da turma. Teoricamente aprendemos isso, mas vivenciar a situação é totalmente diferente, porque são nesses momentos que também descobrimos o quanto estamos preparados ou não para estar à frente de uma sala de aula repleta de crianças que naturalmente são diferentes, inclusive em termos de necessidades educacionais. 
Em decorrência de tudo que foi explanado até aqui em relação às vivências na escola e que ocorreram em diferentes momentos do processo de ensino e aprendizagem, com o fechamento desse relatório, declaro que as reflexões e contribuições descritas foram e são fundamentais para a formação docente e apropriação das teorias discutidas virtualmente nas disciplinas do curso, afinal foi e é a vivência na escola que me fez ter o verdadeiro contato com a profissão, bem como com as alegrias e frustrações de ser professor. 
Para finalizar, gostaria de deixar registrado toda a minha gratidão aos docentes, gestores e demais funcionários da EPG Nelson de Andrade que me acolheram como estagiária, deram-me dicas e me ajudam nas dúvidas, mas principalmente aos alunos que me respeitaram como já fosse uma professora experiente, durante o período que pude compartilhar com eles. De um modo geral, forma eles que me ensinaram direta e indiretamente muito e todos serão referências em minha futura carreira docente. 
Referências 
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia, Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1997.
 _________. Pedagogia do Oprimido, São Paulo, Paz e Terra, 1998.
LIBÂNEO José Carlos: Democratização da escola pública- A pedagogia crítica - social dos conteúdos, São Paulo, Loyola, 1985.
RICETTI, M. Aparecida; MAYER, Rosana. Estágio. São Paulo. Editora IBEP, 2012.