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5
CELINE ISABELLI SOUSA SERIBELLI
U1
CÂNCER DE MAMA
SOROCABA-SP
2023
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO..............................................................................................................3
2 DESENVOLVIMENTO...................................................................................................6
2.1 PRINCIPAIS FATORES DE RISCO..........................................................................8
2.1.1 PRINCIPAIS SINTOMAS......................................................................................10
2.1.2 DIAGNÓSTICO.....................................................................................................12
2.1.3 EXAMES DE DETECÇÃO....................................................................................15
2.2 QUAIS SÃO OS TIPOS DE CÂNCER DE MAMA.............................................................................................................................17
2.3 QUANTO TEMPO A DOENÇA DEMORA PARA SE DESENVOLVER.............................................................................................................18
2.4 CÂNCER DE MAMA TEM CURA? QUAL O TRATAMENTO?............................................................................................................19
2.5 COMO PREVENIR O CÂNCER DE MAMA.............................................................................................................................21
2.6 CÂNCER DE MAMA EM HOMENS.........................................................................22
2.7 O CÂNCER DE MAMA PODE SER CURADO........................................................................................................................23
2.8 QUANDO UM CÂNCER ESTÁ CURADO........................................................................................................................24
2.9 EVITANDO A RECIDIVA.........................................................................................26
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................................27
4 REFERÊNCIAS...........................................................................................................28
1 INTRODUÇÃO
Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), a incidência de câncer de mama vem aumentando tanto nos países desenvolvidos quanto nos em desenvolvimento. No Brasil, dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA) apontam que o câncer de mama é o tipo mais comum entre as mulheres depois do câncer de pele não melanoma, com uma estimativa de 57.960 novos casos da doença em 2016.
Os sinais do câncer podem variar, porém uma das principais manifestações da doença é a presença de nódulos nos seios, que se apresentam palpáveis, endurecidos e indolores. Outros sinais são: vermelhidão ou inchaço da pele, pele retraída e secreção mamilar serosa ou sanguinolenta, entre outros.
Também são importantes as ações para a educação em saúde, explicando a importância do cuidado da mulher com seu corpo. É vital fornecer ainda informações sobre como e quando o autoexame deve ser realizado. Finalmente, é essencial que a mulher conheça suas mamas e esteja atenta para poder identificar eventuais alterações, alertar seu médico ou procurar o serviço de saúde.
No Brasil, o Ministério da Saúde recomenda que mulheres entre 50 e 69 anos de idade façam uma mamografia a cada dois anos. 
A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM), por outro lado, preconiza que todas as mulheres com idade de 40 a 69 anos façam anualmente a mamografia. 
Para mulheres acima de 70 anos, a indicação de rastreamento com a mamografia deverá ser avaliada pelo médico de forma individualizada. Para mulheres entre 35 e 40 anos de idade, a realização da mamografia poderá ser indicada em casos específicos, após avaliação médica.
Mulheres que tenham histórico de casos de câncer de mama na família (parentes de 1º grau com idade abaixo de 40 anos), câncer de ovário ou câncer de mama em homens da família, podem ter predisposição genética e risco elevado para a doença.
Quando são detectadas lesões suspeitas ao exame de mamografia, torna-se necessária a realização da biópsia dessas lesões, uma ferramenta que vai definir tanto o diagnóstico final quanto o tratamento adequado. Os fragmentos de tecido coletados ou peças cirúrgicas serão avaliados pelo patologista, que elaborará um laudo anatomopatológico.
 Uma vez concluída esta etapa, todos os casos de câncer de mama deverão ser submetidos ao exame imuno-histoquímico e, em casos selecionados, a testes moleculares, para definir terapias complementares específicas (hormonoterapia, imunoterapia e etc.), individualizadas para cada paciente, ou até mesmo para determinar a necessidade de quimioterapia. A análise dos resultados destes exames e testes também é feita pelo médico patologista
O câncer de mama ocorre quando as células da mama passam a se dividir e se reproduzir muito rápido e de forma desordenada. A maioria dos cânceres de mama acomete as células dos ductos das mamas.
 Por isso, o câncer de mama mais comum se chama Carcinoma Ductal. Ele pode ser in situ, quando não passa das primeiras camadas de célula destes ductos, ou invasor, quando invade os tecidos em volta.
 Os cânceres que começam nos lóbulos da mama são chamados de Carcinoma Lobular e são menos comuns que o primeiro. Este tipo de câncer muito frequentemente acomete as duas mamas. 
O Carcinoma Inflamatório de mama é um câncer mais raro e normalmente se apresenta de forma agressiva, comprometendo toda a mama, deixando-a vermelha, inchada e quente. 
O espectro de anormalidades proliferativas nos lóbulos e ductos da mama inclui hiperplasia, hiperplasia atípica, carcinoma in situ e carcinoma invasivo. Dentre esses últimos, o carcinoma ductal infiltrante é o tipo histológico mais comum e compreende entre 80 e 90% do total de casos. 
O câncer de mama, como muitos dos cânceres, tem fatores de risco conhecidos. Alguns destes fatores são modificáveis, ou seja, pode-se alterar a exposição que uma pessoa tem a este determinado fator, diminuindo a sua chance de desenvolver este câncer, Existem também os fatores de proteção 
Estes são fatores que, se a pessoa está exposta, a sua chance de desenvolver este câncer é menor. São esses fatores: Idade; Exposição excessiva a hormônios; Radiação; Dieta; Exercício Física; História Ginecológica; História Familiar; Alterações nas mamas. Relativamente raro antes dos 35 anos, acima desta faixa etária sua incidência cresce rápida e progressivamente.
 O sintoma mais comum de câncer de mama é o aparecimento de nódulo, geralmente indolor, duro e irregular, mas há tumores que são de consistência branda, globosos e bem definidos. 
Outros sinais de câncer de mama são edema cutâneo semelhante à casca de laranja; retração cutânea; dor, inversão do mamilo, hiperemia, descamação ou ulceração do mamilo; e secreção papilar, especialmente quando é unilateral e espontânea. A secreção associada ao câncer geralmente é transparente, podendo ser rosada ou avermelhada devido à presença de glóbulos vermelhos. 
Podem também surgir linfonodos palpáveis na axila, o câncer de mama quando identificado em estágios iniciais apresentam prognóstico favorável. Para isso é necessário implantar ações para a detecção precoce desses casos. 
As manifestações clínicas são nódulo(s) palpável(eis), endurecimento da mama, secreção mamilar, eritema mamário, edema mamário, retração ou abaulamento, inversão, descamação ou ulceração do mamilo, linfonodos axilares palpáveis.
Essas manifestações clínicas podem ser identificadas pela própria mulher através de uma boa orientação do profissional de saúde de como realizar o autoexame das mamas e/ou pelo profissional da saúde médico ou enfermeiro no momento da consulta clínica. 
O rastreamento do câncer de mama pode ser realizado através de aparecimento ou não de manifestações clínicas, de modo a vir prevenir o câncer ou buscar o tratamento adequado caso seja diagnosticado alguma manifestação clínica e de imagem. Este rastreamento podeser feito inicialmente através do exame clínico realizado pelo profissional de saúde seguido de encaminhamento para realização do exame de mamografia computadorizada capaz de detectar lesões não palpáveis. 
Em geral a sensibilidade do rastreamento mamográfico é de 77% a 95% e depende de fatore s como tamanho e localização da lesão, densidade do tecido mamário, qualidade dos recursos técnicos e habilidade de interpretação do radiologista. É recomendado para mulheres acima de 40 anos, anualmente
2 DESENVOLVIMENTO
O câncer de mama é um problema de âmbito mundial, e no Brasil, é uma enfermidade de alta incidência de mortalidade às mulheres acometidas, observa-se também o aspecto mutilador que a doença traz consigo gerando desconforto e instabilidades emocionais nestas mulheres. 
O índice de mulheres vítimas fatais do câncer de mama é alarmante, visto ser o mais comum, respondendo por 22% dos casos novos a cada ano, porém se diagnosticado e tratado oportunamente, o prognóstico é relativamente bom. Diante desta realidade
O câncer de mama ainda não pode ser prevenido totalmente, porém existem algumas recomendações básicas que ajudam a reduzir o risco para o aparecimento da doença. Além do autoexame e da mamografia, é aconselhável levar uma vida saudável, com uma dieta equilibrada, praticando exercícios físicos, controlando o peso corporal e evitando o consumo de bebidas alcóolicas. Além disso, a amamentação também é considerada um fator protetor.
Câncer que se forma nas células das mamas, o câncer de mama pode ocorrer em mulheres e, raramente, em homens.
Os sintomas do câncer de mama incluem um nódulo na mama, secreção com sangue pelo mamilo e mudanças na forma ou textura do mamilo ou da mama.
O tratamento depende da fase do câncer. Pode envolver quimioterapia, radioterapia e cirurgia.
Os benefícios no rastreamento na redução da mortalidade e em tratamentos menos agressivos devem ser sempre ponderados em relação aos malefícios e riscos também presentes n adoção dessa estratégia.
 Na medida em que as ações de rastreamento do câncer de mama forem expandidas na população-alvo, espera-se que a apresentação da doença seja cada vez mais por imagem e menos por sintoma, ampliando-se as possibilidades de intervenção conservadora e prognóstico favorável. 
Destaca-se, no entanto, que mesmo nos países com rastreamento bem organizado e boa cobertura, aproximadamente metade dos casos são detectados em fase sintomática, o que aponta a necessidade de valorização do diagnóstico precoce.
De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Brasil) o prognóstico do câncer de mama depende da extensão da doença (estadiamento). Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. 
Quando há evidências de metástases (doença a distância), o tratamento tem por objetivos principais prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.
 As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em: 
 Estágios I e II: A conduta habitual consiste de cirurgia, que pode ser conservadora, com retirada apenas do tumor; ou mastectomia, com retirada da mama. A avaliação dos linfonodos axilares tem função prognóstica e terapêutica. 
Após a cirurgia, o tratamento complementar com radioterapia pode ser indicado em algumas situações. Já a reconstrução mamária deve ser sempre considerada nos casos de mastectomia. 
O tratamento sistêmico será determinado de acordo com o risco de recorrência (idade da paciente, comprometimento linfonodal, tamanho tumoral, grau de diferenciação), assim como das características tumorais que irão ditar a terapia mais apropriada. 
 Estádio III: Pacientes com tumores maiores, porém ainda localizados, enquadram-se no estádio III. Nessa situação, o tratamento sistêmico (na maioria das vezes, com quimioterapia) é a modalidade terapêutica inicial. 
Após resposta adequada, segue-se com o tratamento local. Atenção à qualidade de vida da paciente com câncer de mama deve ser preocupação dos profissionais de saúde ao longo de todo o processo terapêutico.
O câncer de mama é uma patologia que ocorre devido a multiplicação descontrolada de células anormais que estão na mama. Estas células formam um tumor que possui um potencial de invadir outros órgãos (BRASIL, 2021).
 Existem diferentes tipos de câncer de mama; onde alguns possuem um desenvolvimento rápido e outros lento. 
Quando descoberto e tratado de forma adequada em um tempo propicio; faz com que a maioria dos casos tenha um bom prognóstico. Este câncer também acomete homens, porém é cerca de 1% dos casos totais, ou seja, é um ocorrência mais rara. 
Além que, o Sistema Único de 6 Saúde (SUS) disponibiliza tratamento para os indivíduos que tiveram diagnóstico do câncer de mama, em suas Unidades Hospitalares Especializadas (BRASIL, 2021). 
Este câncer tem uma grande ocorrência dentro da população feminina, tanto brasileira quanto mundial; com exceção dos casos de câncer de pele não melanoma. 
Desde os anos 80 há um desenvolvimento de políticas públicas aqui no Brasil nesta área. Mas estas foram impulsionadas, no ano de 1998, pelo Programa Viva Mulher (BRASIL, 2021).
No cenário atual do nosso país, entre os anos de 2011 a 2022; o controle deste câncer vem sendo uma prioridade na agenda de saúde, além de integrar o Plano de Ações Estratégicas para o Enfrentamento das Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNT) (BRASIL, 2021).
 Para este ano de 2021, o Instituto Nacional de Câncer (INCA) estimou que o número de novos casos pelo câncer de mama seria de 66.280. 
Já no ano de 2019 tivemos um número de mortes, também por este câncer, de 18.295; deste número total 277 foram homens e 18.068 foram mulheres (BRASIL, 2021). 
A mortalidade pelo câncer de mama vem decrescendo, mesmo tendo uma alta incidência. Isto se dá graças aos recursos de imagem disponíveis, correlacionados com a detecção precoce. 
Esta incidência deste câncer tem um crescimento alinhado com o número de anos vividos de uma população. No nosso país, desde a década de 60, o câncer de mama demonstra uma mortalidade e incidência ascendentes.
2.1 PRINCIPAIS FATORES DE RISCO
Não existe apenas um fator de risco para o câncer de mama, e é normal que a doença seja resultado da combinação de vários fatores. O principal é a idade, porque a maioria dos casos acomete mulheres com mais de 50 anos.
Além disso, outros fatores podem ser separados nos seguintes grupos:
· Genéticos: histórico familiar de câncer de mama e nos ovários é um sinal de alerta, assim como a alteração genética nos genes BRCA1 e BRCA2
· Reprodutores: não ter tido filhos ou ter a primeira gravidez após os 30 anos
· Hormonais: menstruação antes dos 12 anos, menopausa após os 55 anos e reposição hormonal após a menopausa
· Comportamentais: sedentarismo, obesidade e sobrepeso, exposição a raios-X com frequência e alcoolismo
É importante dizer que ter um desses fatores não significa que a mulher irá desenvolver o câncer. Entretanto, um fator combinado a outros eleva os riscos e torna ainda mais essencial consultas frequentes com um ginecologista ou mastologista.
 Há idade é um grande fator de risco para este câncer; porém não é o único. Os outros fatores são divididos em fatores endócrinos e/ou história reprodutiva; comportamentais e/ou ambientais; genéticos e/ou hereditários (BRASIL, 2021).
 Os fatores endócrinos e/ou história reprodutiva tem correlação com os estímulos do estrogênio; porém podem ser endócrinos ou não. Pode-se citar a menarca precoce (primeira menstruação) quando ocorre antes dos 12 anos de idade; menopausa após os 55 anos, considerada uma menopausa tardia. 
Casos de mulheres que nunca engravidaram, também aquelas que tiveram a primeira gestação após os 30 anos 7 (gestação tardia). O uso da reposição hormonal pós menopausa; também o uso de contraceptivos orais que contenham progesterona e estrogênio. 
Com relação a esses fatores é levado em consideração a exposição; onde quanto maior for, maiores serão os riscos. Já os fatores ambientais e/ou comportamentais, são o consumo de bebidas alcoólicas; casos de sobrepesoe/ou obesidade, juntamente com à não realização de exercícios físicos; e a exposição as radiações ionizantes.
 O tabagismo tem pouca evidência nos casos de câncer de mama, mesmo sendo um agente carcinogênico (BRASIL, 2021).
 Já os hereditários e/ou genéticos, destacam-se as mutações em genes como o BRCA1 e BRCA2, estes são os mais frequentes. Porém também pode ocorrer nos genes PALB2, CHEK2, BARD1, ATM, RAD51C, RAD51D e TP53. 
Também pode ser um indicativo da pré disposição, quando há casos de câncer de ovários e câncer de mama por parte de parentes consanguíneos (principalmente em idade joevem); também relacionado casos de câncer de mama em parentes consanguíneos homens (BRASIL, 2021).
 A prevenção do câncer de mama é um correlação entre os fatores de risco que podem ser modificados e os fatores de proteção. 
Estes riscos podem ser reduzidos com a prática de exercícios físicos; mantendo o peso adequado seu peso corporal, junto com uma alimentação saudável; reduzir o consumo de álcool; além de não fumar e evitar o tabagismo passivo. 
É importante destacar a prática da amamentação, esta é um grande fator de proteção; sendo indicado a sua realização o maior tempo possível (BRASIL, 2021).
2.1.1 PRINCIPAIS SINTOMAS 
O sintoma do câncer de mama mais fácil de ser percebido pela mulher é um caroço no seio, acompanhado ou não de dor. 
A pele da mama pode ficar parecida com uma casca de laranja; também podem aparecer pequenos caroços embaixo do braço. Deve-se lembrar que nem todo caroço é um câncer de mama, por isso é importante consultar um profissional de saúde.
Alguns deles são :
· Surgimento de um nódulo, geralmente duro, indolor e irregular na mama, próximo a ela ou na região da axila
· Alteração no tamanho ou na forma da mama
· Alteração na auréola e/ou no mamilo
· Edema cutâneo, que faz com que a pele da mama crie um aspecto semelhante à casca de laranja
· Inversão do mamilo
· Dores na região da mama
· Descamação ou ulceração do mamilo
· Secreção no mamilo, geralmente transparente
· Em alguns tipos de câncer, pode haver inchaço, vermelhidão e calor na região da mama
Porém, quando a mulher encontrar alguma alteração em suas mamas; esta deve procurar o atendimento médico especializado em uma unidade de saúde o quanto antes. Somente o médico especialista saberá relatar o diagnóstico preciso desse achado.
 Lembrando que, as mulheres devem sempre estar atentas a sua saúde, para que o primeiro sinal de mudança já seja detectado (BRASIL, 2021).
 Há os sinais e sintomas deste câncer que permite que o mesmo seja identificado na sua fase inicial.
Destacam-se como sinais e sintomas do câncer de mama os nódulos, popularmente chamados de caroços, estes são geralmente fixos e indolores, além de estarem presentes em 90% dos casos. 
É possível observar alterações sugestivas nas mamas como a pele mais avermelhada, retraída e com um aspecto de casca de laranja. 
Possíveis alterações no mamilos, como mudança em seu formato ou saída espontânea de líquido anormal. E há também, a presença de pequenos nódulos nas axilas e na região do pescoço (BRASIL, 2021).
2.1.2 DIAGNÓSTICO 
Há como estratégica de diagnóstico do câncer de mama a detecção precoce. 
Onde são abordadas mulheres que possuem os sinais e sintomas iniciais desta patologia, nada mais é que um diagnóstico precoce. 
Além de um segundo método chamado de rastreamento. Neste casos as mulheres abordadas são aquelas que não possuem sinais e sintomas que insinuam a presença do câncer. 
O rastreamento tem como objetivo identificar possíveis alterações; caso seja detectado algum resultado anormal a paciente é encaminhada para um especialista onde é realizada uma investigação diagnóstica (BRASIL, 2021). 
Com relação à detecção precoce é importante que a paciente e o profissional da saúde tenham uma educação para que ambos consigam identificar os sinais e sintomas iniciais do câncer de mama.
 A paciente também deve ter um acesso rápido e fácil ao serviço de saúde, onde deverá ocorrer atenção primária. 
Neste caso temos alguns sinais e sintomas que são referência de urgência para a confirmação do diagnóstico. 
São a presença de qualquer nódulo mamário presente nas mulheres com mais de 50 anos de idade; as mulheres que têm mais de 30 anos de idade e possuem nódulos que persistem por mais de um ciclo menstrual; casos de nódulos endurecidos e fixos que veem aumentado de tamanho em qualquer mulher adulta. 
Mulheres que apresentam descarga papilar sanguinolenta e unilateral; lesões eczematosas na pele que não respondem ao tratamento tópico; presença de linfo adenopatia axilar. 
Aquela mama que está com aspecto de casca de laranja e possui um aumento progressivo de tamanho, junto com sinais de edema.
 Mudanças no formato do mamilo e a pele da mama retraída. Já no caso dos homens, são aqueles que possuem mais de 50 anos e estão com uma tumor ação palpável e unilateral (BRASIL, 2021).
 Quando se realiza uma estratégia de conscientização é destacado o quão importante é o diagnóstico precoce para o câncer de mama. 
Junto com a busca de orientação da população feminina sobre as mudanças habituais das mamas que ocorrem em diferentes momentos da vida e os sinais e sintomas (BRASIL, 2021).
 Com relação ao rastreamento do câncer de mama, este é indicado para as mulheres que estão na faixa etária e na periodicidade que consta a redução da mortalidade por esse câncer.
 Os benefícios do rastreamento bienal são feitos através da mamografia nas mulheres com idade entre 50 e 29 anos. 
Além de constar um balanço favorável entre os danos à saúde e essa prática de rastreamento. Esse ainda é o melhor prognóstico para esta patologia, junto com um tratamento mais efetivo e associada a uma morbidade baixa.
 Há riscos ou malefícios, que são os possíveis resultados falso positivos; que geram uma ansiedade na paciente e um excesso de exames pela parte do profissional da saúde. 
E os possíveis casos de resultados falso negativos; que geram um falso alívio. Há também o sobre diagnóstico e o sobre tratamento, que serão relacionados com a identificação dos tumores que possuem um comportamento indolente (tratamento e diagnóstico sem ameaça a vida). 
Em um pequeno grau pode ocorrer um risco relacionado a exposição à radiação ionizante em pequenas doses; principalmente nos casos onde à frequência é superior a recomendada e também quando não há controle de qualidade (BRASIL, 2021).
 O rastreamento pode ser oportuno onde o exame de rastreio é ofertado para as mulheres que oportunamente se encontram nas unidades de saúde.
 E pode ocorrer de forma organizada, onde há um convite formal para as mulheres que estão na faixa etária alvo para a realização dos exames periódicos; também garante um controle de qualidade, um seguimento oportuno e um monitoramento de todas as etapas e de todos os processos. 
O modelo de rastreamento organizado possui melhores resultados e menores custos (BRASIL, 2021).
 No nosso país há diretrizes para a detecção precoce desse câncer. E de acordo com estas, a mamografia é o único exame que quando aplicado nos programas de rastreamento, possui uma eficácia bem comprovada para a redução da mortalidade. Cerca de 05% dos casos são os casos com mulheres que possuem um alto risco de desenvolver essa neoplasia. 
Lembrando que é sempre recomendado o acompanhamento clínico de forma individual para cada paciente (BRASIL, 2021).
 Para que o resultado do rastreamento seja positivo deve-se ter uma informação e mobilização para com a população e sociedade civil.
Importante que leve-se estas informações até o público alvo com o melhor alcance possível. 
Garantir que as mulheres possuem acesso ao diagnóstico e ao tratamento oportuno. Como também, ao monitoramento e ao gerenciamento que devem continuar. 
A detecção precoce e o rastreamento são estratégias que se complementam (BRASIL, 2021). Os diagnósticos falso-negativos quase sempre servem para as ações ajuizadas em face dos serviços de radiologia e os médicos radiologistas. 
No final da década de 80, os erros falso-negativos de tumores malignos,principalmente os de câncer de pulmão e do cólon se transformaram em uma base mais significativa. 
Estes resultados falso-positivos podem levar a problemas derivados do uso de medicações de forma excessiva; biópsias desnecessárias; exposições excessivas e frequentes a radiação. Isso pode servir de base para análise de ações por pacientes, onde o sucesso ou insucesso seria imprevisível.
 A especificidade tem uma ligação direta com os números de resultados falso-positivos; pois se tem um risco acumulado de 50% para os exames com resultados falso-positivos após a realização de 10 exames mamográficos.
 Importante salientar que o diagnóstico do câncer de mama deve ter relação com o exame clínico; o exame de imagem e a análise histopatológica (BRASIL, 2021).
2.1.3 EXAMES DE DETECÇÃO
Não há um único método para detecção do Câncer de mama. O diagnóstico envolve diferentes profissionais da área da saúde, que agem em diferentes papéis; como o mastologista que atua no exame clínico, o radiologista que realiza os exames de imagem e o patologista que irá fazer a análise; ele analisa se há a necessidade de uma biópsia ou de uma punção aspirativa da lesão. 
A determinação da realização ou não de uma biópsia se faz através dos exames de imagem e exames clínicos. 
A biópsia é um procedimento invasivo onde se faz um pequeno fragmento da lesão para ser analisado. 
O patologista realizará um exame anatomopatológico que determina se a lesão em questão é de caráter maligno ou benigno. 
Após se ter todos os resultado, uma equipe multidisciplinar irá definir qual é o melhor tratamento para a paciente. 
Um dos exames, se não o mais utilizado, é o exame de mamografia. Isso porque ele é capaz de detectar lesões precoces que são os carcinomas “in situ”; este carcinoma refere-se a um grau grave da doença.
A mamografia possibilita uma boa resolução e capacidade de identificar as lesões nas mamas que são menos densas.
 As mulheres que possuem idade entre 35 e 40 anos tem uma mama menos densa, nesses casos a resolução da mamografia é melhor. 
Outra modalidade é a ressonância nuclear magnética, que tem indicações mais precisas, em especial no contexto de câncer de mama familiar e neoplasia lobular.
O exame de ultrassonografia identifica lesões nos tecidos mais densos. Além ressaltar que, casos de Câncer de mama em pacientes com idade inferior a 30 anos é um evento raro; caso ocorra, possuem características que podem ser identificadas com a mamografia. 
É indispensável uma comunicação eficiente dos resultados encontrados pelo exame de mamografia, para que se tenha o correto uso das informações que se teve com esse exame. 
Quando há uma analise de anormalidade, esta deve ser sucedida do tratamento adequado e em tempo propício, para que não acarrete em malefícios para a paciente.
 Um dos deveres do radiologista é comunicar de uma forma efetiva quais foram os resultados encontrados no exame de mamografia, dentro do tempo correto.
 Há uma responsabilidade civil por parte dos médicos e dos serviços de radiologia. 
É recomendado que não realize a interpretação de exames que não estão com uma boa qualidade, além de obter o máximo de informações da paciente; através de um formulário que classifica os fatores de risco do câncer de mama. 
É importante que com o laudo seja transmitido ao médico da paciente as informações que são necessárias para se ter um bom diagnóstico. 
Sempre expresso da forma mais detalhada possível, onde informe os achados encontrados no exame físico da mama.
Relatar, quando houver, presença de assimetria das mamas. As possíveis alterações na pele da mama e no seu tecido subcutâneo. 
Os achados de imagem, que podem ser as microcalcificações, os nódulos, a distorção arquitetural; além do tipo do parênquima mamário.
 É importantíssimo que seja descrito o local exato do achado e sua classificação de acordo com o BI-RADS, todos esses pontos servem para minimizar possíveis erros médicos.
Outras vantagens da RM mamária são a localização anatômica precisa da lesão tumoral e a detecção de lesões multifocais que podem passar despercebidas na mamografia.
2.2 QUAIS SÃO OS TIPOS DE CÂNCER DE MAMA
O crescimento e a multiplicação desorganizada das células fazem com que os tumores gerados apresentem características variadas. Isso resulta em diferentes tipos de câncer de mama. 
Os mais comuns são: Carcinoma ductal in situ
Também conhecido como câncer não invasivo, é o responsável por 20% dos diagnósticos. Trata-se de um tumor maligno que não faz metástase, ou seja, que as células cancerígenas não se espalham para outras regiões do corpo.
Por isso, as pacientes costumam responder bem aos tratamentos e, dependendo do estágio do câncer, a mama pode ser preservada. Mas é preciso ter atenção, porque se não for devidamente tratado a tempo, pode se tornar invasivo e irradiar para outras áreas após alguns anos.
Invasivo
O câncer de mama invasivo é o oposto do não invasivo. Nesse caso, ele faz metástase e se espalha pelo corpo. Existem dois tipos: o carcinoma ductal invasivo e o carcinoma lobular invasivo.
O carcinoma ductal invasivo acontece quando o tumor cresce dentro do ducto mamário e, após um tempo, o rompe, indo para o tecido adiposo dos seios. 
Nesse estágio, também há o risco do câncer se disseminar por todo o corpo por meio da circulação sanguínea ou do sistema linfático.
O mesmo processo acontece com o carcinoma lobular invasivo. A diferença é que, nesse caso,** o câncer cresce nos lóbulos das glândulas mamárias**. É mais raro que o carcinoma ductal invasivo e também é mais difícil de ser detectado nos exames de rotina.
Invasivos diferenciados e os tipos mais graves de câncer de mama
Existem alguns tipos de cânceres de mama invasivos que têm características especiais. Embora sejam menos comuns, podem ser mais graves:
· Triplo negativo: representa cerca de 15% dos casos. É bastante agressivo, mais difícil de ser tratado e é responsável por 25% das mortes. 
· Também é mais comum em mulheres com menos de 40 anos e se diferencia dos outros tipos por se disseminar rapidamente.
· Inflamatório: é o tipo mais raro de câncer de mama invasivo e representa cerca de 1 a 5% dos casos. É diferente porque não desenvolve nódulos, mas apresenta sinais de inflamação, como inchaço e vermelhidão nas mamas. Isso acontece porque as células cancerígenas entopem os vasos linfáticos na pele.
2.3 QUANTO TEMPO A DOENÇA DEMORA PARA SE DESENVOLVER
Os tipos mais comuns de câncer de mama podem levar entre 7 e 10 anos para formar um nódulo palpável (nódulos com menos de 1 cm não são perceptíveis no autoexame). Em todo esse período, é incomum que a paciente tenha qualquer sinal de que está com a doença.
Antes do surgimento dos nódulos, a mulher pode apresentar sinais como:
· Cansaço e fadiga
· Sangue nas fezes
· Secreções nas mamas
· Mamas inchadas
· Pele enrugada na região das mamas
Como citado acima, o câncer de mama inflamatório não apresenta nódulos, mas a mulher sentirá sintomas de inflamação.
2.4 CÂNCER DE MAMA TEM CURA? QUAL O TRATAMENTO?
Embora os tumores do câncer de mama sejam malignos, a doença tem um grande índice de cura (que chega a 95%), desde que seja diagnosticada no início e antes do processo de metástase.
O tratamento vai depender do tipo de câncer desenvolvido e do estágio em que a doença está, condições que são analisadas pelo oncologista e pelo mastologista. 
Os mais indicados são:
· Quimioterapia, em que é feito o uso de medicamentos para matar as células cancerígenas
· Radioterapia, em que é feito o uso de radiação para matar o câncer
· Hormonioterapia, em que são utilizadas medicações que inibem a ação dos hormônios femininos
· Cirurgia, que pode retirar o tumor ou a mama completa (mastectomia).
Importantes avanços na abordagem do câncer de mama aconteceram nos últimos anos, principalmente no que diz respeito a cirurgias menos mutilantes, assim como a busca da individualização do tratamento.
 O tratamento varia de acordo com o estado da doença, suas características biológicas, bem como das condições da paciente (idade, status menopausa,comorbidades e preferências).
O prognóstico do câncer de mama depende da extensão da doença, assim como das características do tumor. Quando a doença é diagnosticada no início, o tratamento tem maior potencial curativo. 
Quando há evidências de metástases (doença a distância), o tratamento tem por objetivos principais prolongar a sobrevida e melhorar a qualidade de vida.
As modalidades de tratamento do câncer de mama podem ser divididas em:
· Tratamento local: cirurgia e radioterapia (além de reconstrução mamária)
· Tratamento sistêmico: quimioterapia, hormonioterapia e terapia biológica
Estádios I e II
A conduta habitual consiste de cirurgia, que pode ser conservadora, com retirada apenas do tumor ou mastectomia, com retirada da mama e reconstrução mamária, a avaliação dos linfonodos axilares tem função predominantemente prognóstica.
Após a cirurgia, o tratamento complementar com radioterapia pode ser indicado em algumas situações. Já a reconstrução mamária deve ser sempre considerada nos casos de mastectomia.
O tratamento sistêmico será determinado de acordo com o risco de recorrência (idade da paciente, comprometimento linfo nodal, tamanho tumoral, grau de diferenciação), assim como das características tumorais que ditarão a terapia mais apropriada. 
Esta última baseia-se principalmente na mensuração dos receptores hormonais (receptor de estrogênio e progesterona) quando a hormonioterapia pode ser indicada; e também de HER-2 (fator de crescimento epidérmico 2) com possível indicação de terapia biológica anti-HER-2.
Estádio III
Pacientes com tumores maiores, porém ainda localizados, enquadram-se no estádio III. Nessa situação, o tratamento sistêmico (na maioria das vezes, com quimioterapia) é a modalidade terapêutica inicial.
Após resposta adequada, segue-se com o tratamento local (cirurgia e radioterapia).
Estádio IV
Nesse estádio, é fundamental que a decisão terapêutica busque o equilíbrio entre a resposta tumoral e o possível prolongamento da sobrevida, levando-se em consideração os potenciais efeitos colaterais decorrentes do tratamento.
 A modalidade principal nesse estádio é sistêmica, sendo o tratamento local reservado para indicações restritas.
Atenção à qualidade de vida da paciente com câncer de mama deve ser preocupação dos profissionais de saúde ao longo de todo o processo terapêutico.
O tratamento do câncer de mama, conforme prevê a Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (abre em nova janela), deve ser feito por meio das Unidades de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Unacon) e dos Centros de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (Cacon), que fazem parte de hospitais de nível terciário.
 
Esse nível de atenção deve estar capacitado para realizar o diagnóstico diferencial e definitivo do câncer, determinar sua extensão (estadiamento), tratar (cirurgia, radioterapia, oncologia clínica e cuidados paliativos), acompanhar e assegurar a qualidade da assistência oncológica.
2.5 COMO PREVENIR O CÂNCER DE MAMA
O autoexame é peça-chave na prevenção da doença. Como o próprio nome indica, o exame é realizado pela própria mulher a partir dos 20 anos de idade e é recomendado que seja feito mensalmente entre o quarto e o sexto dia após o fim da menstruação.
 Mulheres que não menstruam devem escolher um dia no mês para realizar a avaliação.
Durante o autoexame, os seguintes sinais devem ser procurados:
· Nódulos na mama ou na região da axila
· Secreções no mamilo
· Alterações na pele da mama
· Pele com aspecto de casca de laranja
Além disso, mulheres com mais de 50 anos devem fazer a mamografia preventiva anualmente, o único exame que permite descobrir o tumor ainda em sua fase inicial, com cerca de 5 milímetros.
Se a mulher apresentar fatores de risco, a mamografia deve ser feita a partir dos 40 anos, no máximo a cada dois anos.
O ultrassom das mamas também é uma solução para mulheres mais novas, já que o tecido da mama é mais denso durante a juventude, tornando a mamografia imprecisa.
Ter uma vida saudável, com alimentação balanceada e pelo menos meia hora de exercícios diários também são métodos de prevenção ao câncer de mama.
Ainda é recomendado evitar o consumo de bebidas alcóolicas e utilizar hormônios sintéticos apenas com prescrição e acompanhamento de um ginecologista.
2.6 CÂNCER DE MAMA EM HOMENS
Embora seja muito raro – apenas 1% dos casos de câncer de mama acontecem em homens – eles também podem desenvolver a doença, já que possuem glândulas mamárias e hormônios femininos, mesmo que em pequena quantidade.
Os fatores de risco englobam homens acima de 60 anos, que têm casos de câncer de mama e de ovário na família.
Por ser incomum, não há a recomendação para que homens façam exames nas mamas por rotina.
 Por isso, é essencial que eles estejam atentos ao próprio corpo e procurem ajuda médica nos seguintes casos:
· Se notarem surgimento de nódulos na região do mamilo
· Se houver secreção no mamilo
· Se houver retração no mamilo
· Se sentir dor na região mamária
Diferente das mulheres, os homens apresentam os nódulos bem atrás do mamilo. Dessa forma, em necessidade de cirurgia, geralmente os médicos optam pela mastectomia total, em que são retirados a mama, o mamilo e a auréola.
Também fazem parte do tratamento a quimioterapia e a radioterapia e o bloqueio dos hormônios femininos.
2.7 O CÂNCER DE MAMA PODE SER CURADO
Quanto mais cedo ele for detectado, mais fácil será curá-lo. Se no momento do diagnóstico o tumor tiver menos de 1 centímetro (estágio inicial), as chances de cura chegam a 95%.
 Os sinais e os sintomas do câncer podem variar, e muitas mulheres podem não apresentar nenhum deles.
Todo o câncer de mama é tratável, mas nem todos são curáveis. 
A depender da fase em que o tumor foi diagnosticado (o que chamamos de estadia mento) o médico ou médica utilizará estratégias diferentes para melhor tratar o paciente.
 A depender do estadia mento, o foco do tratamento oncológico poderá ser com intuito curativo ou paliativo.
O tratamento com intuito curativo: se aplica quando os tumores estão localizados na mama e até mesmo com metástase axilar (metástase regional), mas que não atingiram outros órgãos (metástase sistêmica).
Nesta circunstância o foco é curar o paciente, e o médico utilizará o tratamento oncológico máximo. 
Cirurgia é o tratamento principal, no entanto, quimioterapia, hormonioterapia e radioterapia são os tratamentos utilizados a depender do grau de necessidade e da indicação médica (nem todos os pacientes vão precisar de todas as modalidades acima mencionadas de tratamento).
Já o tratamento com intuito paliativo: é a estratégia utilizada para os pacientes que apresentam doença metastática sistêmica (espalhamento pelo sangue das células tumorais originadas da mama para outros órgãos com: ossos, pulmão, pleura, fígado, etc.).
Nesta fase dificilmente a doença poderá ser curada efetivamente, mas poderá ser muito bem controlada. 
Fator muito importante neste tópico é o volume de doença que o paciente tem, ou seja, o grau de contaminação dos órgãos envolvidos (o que chamamos de carga tumoral). 
Como exemplo citamos: o número de nódulos metastáticos presentes, o tamanho destes nódulos, o número de locais acometidos (fígado isolado; fígado + pulmão; fígado + pulmão + osso) e a condição clínica do paciente.
Quanto menor a carga tumoral melhor será o controle deste paciente. Nestes casos, o foco primordial do tratamento é aumentar a sobrevida, reduzir os sintomas (dor, falta de ar, perda de apetite, perda de peso) e melhora/preservar a qualidade de vida dos pacientes.
Ou seja, mesmo para os pacientes com doença em fase metastática sistêmica temos tratamento a oferecer. O foco aqui é cronificar a doença permitindo que a paciente viva o maior tempo e da melhor forma possível
2.8 QUANDO UM CÂNCER ESTÁ CURADO
Este assunto é bastante controverso. Antes havia a ideia do "número mágico" de 5 anos após o tratamento, o que, muitas vezes, esta relacionado com término da hormonioterapia (que em geral dura 5 anos). 
É verdade que a maioria das recidivasocorre nos cinco primeiros anos após o tratamento, mas nos dias de hoje entendemos que o tumor de mama pode apresentar recidivas tardias (após cinco ou mesmo 10 anos do tratamento inicial) na dependência do tipo biológico do tumor.
Logo, este número de cinco anos já não pode ser aplicado nos dias de hoje de forma rigorosa, necessitando sim um controle médico periódico por toda a vida, ao menos uma vez ao ano após este período de cinco anos. 
Reforçamos que este controle médico anual já é o mínimo que uma mulher após os 40 anos de idade necessita realizar com o mastologista/cirurgião oncologista (mesmo sem diagnóstico prévio de câncer) conforme recomendação da Sociedade Brasileira de Mastologia e Sociedade Brasileira de Cirurgia Oncológica.
Bem, mas as pacientes não precisam viver com o fantasma da possibilidade de recidiva pela vida toda, uma vez que esse medo impedirá o pleno objetivo do tratamento médico que é que os pacientes vivam bem. 
O nosso entendimento atual é que o paciente deve se sentir curado logo após o término do tratamento cirúrgico e término da quimioterapia/radioterapia, uma vez que não mais exista evidência de doença. 
Ou seja, o paciente deve tão logo quanto possível aproveitar toda a plenitude de sua vida já na fase pós-tratamento, e não esperar os 5 anos para começar a aproveitar a vida novamente. Mas deve sempre manter um estreito controle médico.
Caso o tumor retorne algum dia (recidiva), a depender se esta recidiva ocorreu na mama, na axila ou em algum outro órgão, o tratamento seria reiniciado valendo as estratégias de tratamento comentadas no inicio do texto.
O câncer de mama, assim como todos os demais tumores, terá sua maior chance de cura quanto mais precocemente for diagnosticado, ou seja, quanto menor for o tamanho do nódulo mamário no momento do diagnóstico, associado a ausência de metástase nos gânglios da axila e ausência de metástase nos demais órgãos.
Outro critério cada mais vez em destaque é o subtipo do câncer de mama. Nem todos os tumores de mama são iguais. 
Existem tumorais mais agressivos e tumores menos agressivos, é o que chamamos de comportamento biológico do tumor. 
Para tumores de comportamento biológico menos agressivo as chances de cura serão maiores, e para aqueles de comportamento biológico mais agressivo as chances de cura serão menores.
2.9 EVITANDO A RECIDIVA
Os principais cuidados para o tumor não voltar (recidiva) consistem em, primordialmente, realizar o tratamento médico correto e adequado (cirurgia, quimioterapia e/ou hormonioterapia, radioterapia, etc) na dependência da indicação médica. 
Ou seja, é o grau de adesão do paciente ao tratamento oncológico. A paciente não deve abandonar o tratamento no meio, deve se envolver com o tratamento e seguir as recomendações médicas.
Os principais fatores relacionados à redução do risco de recorrência tumoral, associado a realização do tratamento oncológico acima mencionados são:
· Controle adequado de peso, uma vez que pacientes com obesidade apresentam mais recidivas que pacientes magras;
· Prática de atividade física regular;
· Alimentação adequada;
· Hábitos saudáveis de vida;
· Não utilização de anticoncepcional oral ou de terapia de reposição hormonal;
· Redução ou parada do consumo de bebida alcoólica;
· Redução ou parada do tabagismo.
Chamamos aqui a atenção para a gravidez. A gravidez já foi tida anteriormente como um fator que piorava a sobrevida das pacientes que tiveram câncer de mama, mas hoje em dia já é vista como algo possível e sem piora na sobrevida das pacientes. 
Para aquelas pacientes que desejam fortemente engravidar após o tratamento do câncer de mama, será necessária uma conversa muito específica com seu médico ou médica para entender o risco primário da doença voltar (baseado no estadia mento inicial) e a suspensão da hormonioterapia para aquelas que estão utilizando esta modalidade de tratamento.
Para isso, será necessária uma avaliação multidisciplinar envolvendo mastologia/cirurgião oncologista, oncologista clínico e ginecologista/obstetra.
Em resumo, todas as pacientes são tratáveis e este tratamento irá depender da fase em que o tumor foi diagnosticado. 
O tratamento sempre terá o objetivo de cuidar bem do ser humano e ofertar a ele o melhor método disponível para que possa ser efetivamente curado, ou para aqueles casos em que a cura não seja possível, que ele possa viver com dignidade e com qualidade de vida pelo maior tempo possível.
3 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como visto no decorrer deste trabalho, é de grande importância os serviços de radiologia, além das campanhas realizadas pelos sistemas públicos e/ou privados de saúde.
 Uma grande parcela da população ainda não possui informação suficiente sobre o câncer de mama e seus meios de prevenção. Não somente os médicos radiologias, mas a comunidade dos profissionais da saúde, podem desempenhar um papel importante na prevenção e no tratamento deste câncer, que atinge um grande número de mulher em nosso país.
 É de suma importância que os exames sejam realizados mediante prescrição médica e efetuados de maneira correta. É recomendado que não ocorra a interpretação de exames que não possuem boa qualidade.
No momento da triagem deve-se obter o máximo de informações da paciente, pois, como mencionado no presente trabalho, há pacientes que possam ter fatores de riscos genéticos e/ou hereditários, fatores endócrinos e/ou história reprodutiva, além de fatores comportamentais e/ou ambientais. A idade avançada não é o único fator para levar-se em consideração.
As mulheres devem observar suas mamas, nos momentos que se sentirem confortáveis. Por isso, a importância de disseminar informações sobre o câncer de mama; seus sinais e sintomas. 
Para que, quando encontrado algum possível sinal e/ou sintoma, está mulher busque um acompanhamento médico adequado.
Esta busca precoce está ligada diretamente ao diagnóstico precoce de câncer de mama. Porém, é importante ressaltar que também se tem o método de rastreamento, onde engloba pacientes que não estão no público-alvo de suspeita de câncer de mama. 
Os exames de imagem são um somatório positivo na detecção do câncer. Nos casos onde são pedidos o exame de radiografia do tórax é possível identificar se houve uma disseminação para os pulmões.
O exame de tomografia é utilizado para observação do tórax e abdome para verificar se houve alastramento para outros órgãos. 
A ressonância abrange regiões mais mais profundas do tecido mamário; assim como o exame de ultrassonografia também observa as regiões desse tecido. 
O exame mais conhecido é a mamografia que pode ser de rastreamento, sendo realizada para procurar possíveis sinais e/ou sintomas do câncer nas mulheres que são assintomáticas. 
E há a mamografia de diagnóstico, que é feita nas pacientes que já possuem sinais e/ou sintomas; mas também são realizadas nas mulheres que já descobriram o câncer, para que seja feito o acompanhamento do tratamento. 
É interessante que os profissionais da saúde, juntamente com os órgãos públicos e privados, façam a disseminação das informações sobre o câncer de mama. 
Principalmente para as populações que são carentes de educação e informação; para que no primeiro sinal de alteração nas mamas, estas mulheres possam procurar um acompanhamento médico e realizar da melhor maneira possível o tratamento.
4 REFERÊNCIAS
Tipos de Câncer; Câncer de mama - versão para Profissionais de Saúde. INCA – Instituto Nacional de Câncer. 20 de ago. de 2021. Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-decancer/cancer-de-mama/profissional-de-saude
Tipos de Câncer; Câncer de mama. INCA – Instituto Nacional de Câncer. 02 de set. 2021.Disponível em: https://www.inca.gov.br/tipos-de-cancer/cancer-de-mama
BI-RADS: uma sigla que revela a classificação do câncer de mama. IUCR – Instituto de
Urologia, Oncologia e Cirurgia Robótica. 21 de out. de 2020. Disponível em:
htts://www.iucr.com.br/post/bi-rads-e-a-classificacao-do-cancer-de-mama
CALVOSO, Beatriz De S.; GARCEZ, Anna E. L.; LIMA, Gabriela T.; SOUTO, Gabriele G. Diagnósticoe Conduta Acerca De Nódulos Benignos De Mama: Uma Revisão Sistemática. Revista de Medicina da Faculdade Atenas, [S. l.], p. 2236-9252, 2019.
Esclareça cinco dúvidas sobre diagnóstico do câncer de mama. SBP – Sociedade Brasileira de Patologia. 19 de julh. de 2016. Disponível em: http://www.sbp.org.br/esclareca-cincoduvidas-sobre-diagnostico-do-cancer-de-mama
https:/.oncofisio.com.br/cancer-de-mama-tem-cura
https://vidav.com.br/doencas-e-sintomas/cancer-de-mama/
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