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Sumário 
1 AGENTES PÚBLICOS .................................................................................... 5 
1.1 Espécies de Agentes Públicos ................................................................. 6 
1.2 Classificação dos Agentes Públicos .......................................................... 6 
1.3 Concurso Público .................................................................................. 8 
1.4 Cargo público ...................................................................................... 10 
1.4.1 Principais Classificações dos Cargos Públicos ..................................... 11 
1.5 Empregado Público .............................................................................. 12 
1.6 Servidores Temporários ........................................................................ 12 
1.7 Remuneração ...................................................................................... 13 
1.8 Regime de Previdência dos Agentes Públicos ........................................... 16 
1.8.1 Teto remuneratório ........................................................................ 19 
1.9 Acumulação de cargos .......................................................................... 19 
1.10 Estágio Probatório .............................................................................. 21 
1.11 Efetividade ........................................................................................ 22 
1.12 Estabilidade....................................................................................... 22 
1.13 Provimento ....................................................................................... 24 
1.13.1 Classificações do Provimento ......................................................... 25 
1.13.2 Formas de Provimentos ................................................................ 26 
1.14 Responsabilidade dos Agentes Públicos ................................................. 29 
1.14.1 Responsabilidade Civil .................................................................. 29 
1.14.2 Responsabilidade Penal ................................................................. 30 
1.14.3 Responsabilidade Administrativa .................................................... 32 
2 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE ....................................................... 44 
2.1 Espécies de Inconstitucionalidade .......................................................... 45 
2.2 Espécies de Controle de Constitucionalidade ............................................ 47 
2.3 Controle Difuso ou Incidental de Constitucionalidade ................................ 49 
2.4 Controle Abstrato ou Concentrado de Constitucionalidade ......................... 50 
2.4.1 Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) ....................................... 51 
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2.4.2 Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) .................... 55 
2.4.2 Mandado de Injunção ..................................................................... 57 
2.4.4 Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) ........... 59 
2.4.3 Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) ................................ 62 
3 LEI PENAL ................................................................................................. 64 
3.1 Interpretação da Lei Penal .................................................................... 64 
3.2 Abolitio Criminis .................................................................................. 65 
3.3 Extratividade ....................................................................................... 66 
3.3.1 Lei Intermediária ou Intermédia ...................................................... 66 
3.3.2 Ultratividade Maléfica ..................................................................... 67 
3.4 Normas Penais em Branco .................................................................... 67 
3.5 Lei Penal no Tempo .............................................................................. 68 
3.6 Lugar do Crime .................................................................................... 69 
3.7 Lei Penal no Espaço ............................................................................. 69 
3.8 Conflitos de Normas no Direito Penal ...................................................... 71 
2.8.1 3rincípio da Subsidiariedade ........................................................ 71 
3.8.2 Princípio da Especialidade ............................................................... 72 
3.8.3 Princípio da Consunção ou Absorção................................................. 72 
3.8.4 Princípio da Alternatividade ............................................................. 73 
3.9 Contagem dos Prazos ........................................................................... 73 
4 INQUÉRITO POLICIAL ................................................................................. 74 
4.1 Características do Inquérito Policial ........................................................ 75 
4.2 Formas de Início do Inquérito Policial ..................................................... 77 
4.2.1 Providências Comuns no Inquérito Policial ......................................... 79 
4.3 Formas de Investigação Diversas do Inquérito: ....................................... 84 
4.3.1 Termo Circunstanciado ................................................................... 84 
4.3.2 Comissão parlamentar de inquérito (CPI) .......................................... 84 
4.4 Prazos de Encerramento do Inquérito Policial .......................................... 85 
4.4.1 Exceções ...................................................................................... 85 
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4.5 Fim do Inquérito Policial ....................................................................... 86 
4.6 Arquivamento do Inquérito ................................................................... 86 
4.7 Acordo de Não Persecução Penal ............................................................ 89 
 
 
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1 AGENTES PÚBLICOS 
Agente público é todo aquele que exerce ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer 
forma de investidura ou vinculo, mandato, cargo, emprego ou função pública. 
Lei n° 8.429/92, Art. 1º O sistema de responsabilização por atos de improbidade 
administrativa tutelará a probidade na organização do Estado e no exercício de suas 
funções, como forma de assegurar a integridade do patrimônio público e social, nos 
termos desta Lei. Parágrafo único. (Revogado); § 1º Consideram-se atos de improbidade 
administrativa as condutas dolosas tipificadas nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, ressalvados 
tipos previstos em leis especiais. § 2º Considera-se dolo a vontade livre e consciente de 
alcançar o resultado ilícito tipificado nos arts. 9º, 10 e 11 desta Lei, não bastando a 
voluntariedade do agente. § 3º O mero exercício da função ou desempenho de 
competências públicas, sem comprovação de ato doloso com fim ilícito, afasta a 
responsabilidade por ato de improbidade administrativa. § 4º Aplicam-se ao sistema da 
improbidade disciplinado nesta Lei os princípios constitucionais do direito administrativo 
sancionador. § 5º Osato unilateral, é direito subjetivo de criar vínculo com a 
Administração Pública. Trata-se da única forma de provimento originário, 
utilizada tanto para casos efetivos como os de comissão. 
Se concretiza, em casos de efetivos, com a posse, realizada 30 dias após a 
publicação do ato sob pena de ter a nomeação considerada sem feito e sujeito 
a novo concurso público. 
Lei nº 8.112/90, Art. 8º São formas de provimento de cargo público: I - nomeação; 
Lei nº 8.112/90, Art. 9º A nomeação far-se-á: I - em caráter efetivo, quando se tratar de 
cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira; II - em comissão, inclusive na 
condição de interino, para cargos de confiança vagos. Parágrafo único. O servidor 
ocupante de cargo em comissão ou de natureza especial poderá ser nomeado para ter 
exercício, interinamente, em outro cargo de confiança, sem prejuízo das atribuições do 
que atualmente ocupa, hipótese em que deverá optar pela remuneração de um deles 
durante o período da interinidade. 
Lei nº 8.112/90, Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de 
provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de 
provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade. 
Readaptação – ocorre quando o servidor sofre alguma limitação, física ou 
mental, assim, será alocado em um novo cargo respeitando sua escolaridade 
e seu vencimento anterior a limitação. 
Não havendo cargo à disposição o servidor exercerá suas funções como 
excedente. 
Exige inspeção médica. 
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Lei nº 8.112/90, Art. 8º São formas de provimento de cargo público: V - readaptação; 
Lei nº 8.112/90, Art. 24. Readaptação é a investidura do servidor em cargo de atribuições 
e responsabilidades compatíveis com a limitação que tenha sofrido em sua capacidade 
física ou mental verificada em inspeção médica. § 1º Se julgado incapaz para o serviço 
público, o readaptando será aposentado. § 2º A readaptação será efetivada em cargo de 
atribuições afins, respeitada a habilitação exigida, nível de escolaridade e equivalência 
de vencimentos e, na hipótese de inexistência de cargo vago, o servidor exercerá suas 
atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. 
CF, art. 37 (...) § 13. O servidor público titular de cargo efetivo poderá ser readaptado 
para exercício de cargo cujas atribuições e responsabilidades sejam compatíveis com a 
limitação que tenha sofrido em sua capacidade física ou mental, enquanto permanecer 
nesta condição, desde que possua a habilitação e o nível de escolaridade exigidos para 
o cargo de destino, mantida a remuneração do cargo de origem. 
Reintegração – é o retorno de um servidor ao seu cargo após anulação de 
uma demissão ilegal, com ressarcimento de todas as vantagens. 
Lei nº 8.112/90, Art. 8º São formas de provimento de cargo público: VIII - reintegração; 
Lei nº 8.112/90, Art. 28. A reintegração é a reinvestidura do servidor estável no cargo 
anteriormente ocupado, ou no cargo resultante de sua transformação, quando invalidada 
a sua demissão por decisão administrativa ou judicial, com ressarcimento de todas as 
vantagens. § 1º Na hipótese de o cargo ter sido extinto, o servidor ficará em 
disponibilidade, observado o disposto nos arts. 30 e 31. § 2º Encontrando-se provido o 
cargo, o seu eventual ocupante será reconduzido ao cargo de origem, sem direito à 
indenização ou aproveitado em outro cargo, ou, ainda, posto em disponibilidade. 
Recondução – ocorre com o retorno do servidor estável ao cargo 
anteriormente ocupado, nas hipóteses de inabilitação ou desistência em 
estágio probatório relativo a outro cargo ou reintegração do anterior 
ocupante. 
O substituto retorna ao cargo que tinha anteriormente e se o substituto não for 
estável será exonerado do cargo recém-ocupado. 
Lei nº 8.112/90, Art. 8º São formas de provimento de cargo público: IX - recondução. 
Lei nº 8.112/90, Art. 29. Recondução é o retorno do servidor estável ao cargo 
anteriormente ocupado e decorrerá de: I - inabilitação em estágio probatório relativo a 
outro cargo; II - reintegração do anterior ocupante. Parágrafo único. Encontrando-se 
provido o cargo de origem, o servidor será aproveitado em outro, observado o disposto 
no art. 30. 
Aproveitamento – é o retorno do servidor que está em disponibilidade para 
uma vaga em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis com o 
anteriormente ocupado. 
Lei nº 8.112/90, Art. 8º São formas de provimento de cargo público: VII – aproveitamento. 
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Lei nº 8.112/90, Art. 30. O retorno à atividade de servidor em disponibilidade far-se-á 
mediante aproveitamento obrigatório em cargo de atribuições e vencimentos compatíveis 
com o anteriormente ocupado. 
Lei nº 8.112/90, Art. 31. O órgão Central do Sistema de Pessoal Civil determinará o 
imediato aproveitamento de servidor em disponibilidade em vaga que vier a ocorrer nos 
órgãos ou entidades da Administração Pública Federal. Parágrafo único. Na hipótese 
prevista no § 3o do art. 37, o servidor posto em disponibilidade poderá ser mantido sob 
responsabilidade do órgão central do Sistema de Pessoal Civil da Administração Federal 
- SIPEC, até o seu adequado aproveitamento em outro órgão ou entidade. 
Lei nº 8.112/90, Art. 32. Será tornado sem efeito o aproveitamento e cassada a 
disponibilidade se o servidor não entrar em exercício no prazo legal, salvo doença 
comprovada por junta médica oficial. 
Promoção – trata-se da ascensão na carreira, não acontece em cargos 
isolados, ou seja, só ocorre em cargos de carreira. É motivada por 
merecimento ou tempo de serviço. 
Lei 8.112/90, Art. 8º São formas de provimento de cargo público: II – promoção. 
Lei nº 8.112/90, art. 10 (...) Parágrafo único. Os demais requisitos para o ingresso e o 
desenvolvimento do servidor na carreira, mediante promoção, serão estabelecidos pela 
lei que fixar as diretrizes do sistema de carreira na Administração Pública Federal e seus 
regulamentos. 
Reversão – é a volta do servidor aposentado que pode ocorrer: de ofício (por 
uma junta médica, alegando que não mais existe a condição para que o servidor 
permaneça aposentado; neste caso o retorno é obrigatório) ou a pedido (do 
servidor aposentado; 
São requisitos para que ocorra a reversão: 
• Deve ser de interesse da Administração Pública; 
• Aposentadoria deve ter sido voluntária e ocorrida cinco anos antes do 
pedido de reversão; 
• Deve existir cargo vago, não podendo ficar em disponibilidade. 
Lei nº 8.112/90, Art. 8º São formas de provimento de cargo público: VI – reversão. 
Lei nº 8.112/90, Art. 25. Reversão é o retorno à atividade de servidor aposentado: I - por 
invalidez, quando junta médica oficial declarar insubsistentes os motivos da 
aposentadoria; ou II - no interesse da administração, desde que: a) tenha solicitado a 
reversão; b) a aposentadoria tenha sido voluntária; c) estável quando na atividade; d) a 
aposentadoria tenha ocorrido nos cinco anos anteriores à solicitação; e) haja cargo vago. 
§ 1º A reversão far-se-á no mesmo cargo ou no cargo resultante de sua transformação. 
§ 2º O tempo em que o servidor estiver em exercício será considerado para concessão 
da aposentadoria. § 3º No caso do inciso I, encontrando-se provido o cargo, o servidor 
exercerá suas atribuições como excedente, até a ocorrência de vaga. § 4º O servidor 
que retornar à atividade por interesse da administração perceberá, em substituição aos 
proventos da aposentadoria, a remuneração do cargo que voltar a exercer, inclusive com 
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as vantagens de natureza pessoal quepercebia anteriormente à aposentadoria. § 5º O 
servidor de que trata o inciso II somente terá os proventos calculados com base nas 
regras atuais se permanecer pelo menos cinco anos no cargo. § 6º O Poder Executivo 
regulamentará o disposto neste artigo. 
Lei nº 8.112/90, Art. 27. Não poderá reverter o aposentado que já tiver completado 70 
(setenta) anos de idade. 
1.14 Responsabilidade dos Agentes Públicos 
Os agentes públicos podem responder por seus atos nas esferas civil, penal e 
administrativa. 
As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, pois são 
independentes entre si. 
Lei nº 8.112/90, Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-
se, sendo independentes entre si. 
Lei nº 8.112/90, Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada 
no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. 
1.14.1 Responsabilidade Civil 
Encontra fundamento no art. 186, do CC, onde determina que aquele que causar 
dano a outrem é obrigado a repará-lo. 
Decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em 
prejuízo ao erário ou a terceiros e poderá ser apurado administrativamente, 
mediante processo administrativo próprio. 
Alguns estatutos, com a permissão do agente, permitem o parcelamento do 
débito deduzindo da remuneração ou subsídio, respeitando sempre o limite 
máximo permitido (caráter alimentar). 
Tratando-se de empregado público, o desconto é autorizado somente com a 
permissão do agente ou em caso de dolo. 
A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será 
executada, até o limite do valor da herança recebida. 
CC, Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, 
violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 
CLT, Art. 462 - Ao empregador é vedado efetuar qualquer desconto nos salários do 
empregado, salvo quando este resultar de adiantamentos, de dispositivos de lei ou de 
contrato coletivo. § 1º - Em caso de dano causado pelo empregado, o desconto será 
lícito, desde de que esta possibilidade tenha sido acordada ou na ocorrência de dolo do 
empregado. 
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1.14.2 Responsabilidade Penal 
O agente público responde penalmente ao praticar um crime ou contravenção 
que se relacione direta ou indiretamente com suas funções. 
As infrações estão elencadas no Código Penal a partir do art. 312 (Crimes contra 
a Administração Pública) e são apuradas em processo judicial. 
CP, Peculato - Art. 312 - Apropriar-se o funcionário público de dinheiro, valor ou qualquer 
outro bem móvel, público ou particular, de que tem a posse em razão do cargo, ou desviá-
lo, em proveito próprio ou alheio: Pena - reclusão, de dois a doze anos, e multa. § 1º - 
Aplica-se a mesma pena, se o funcionário público, embora não tendo a posse do 
dinheiro, valor ou bem, o subtrai, ou concorre para que seja subtraído, em proveito 
próprio ou alheio, valendo-se de facilidade que lhe proporciona a qualidade de 
funcionário. Peculato culposo - § 2º - Se o funcionário concorre culposamente para o 
crime de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano. § 3º - No caso do parágrafo 
anterior, a reparação do dano, se precede à sentença irrecorrível, extingue a 
punibilidade; se lhe é posterior, reduz de metade a pena imposta. 
Peculato mediante erro de outrem - Art. 313 - Apropriar-se de dinheiro ou qualquer 
utilidade que, no exercício do cargo, recebeu por erro de outrem: Pena - reclusão, de um 
a quatro anos, e multa. 
Inserção de dados falsos em sistema de informações - Art. 313-A. Inserir ou facilitar, o 
funcionário autorizado, a inserção de dados falsos, alterar ou excluir indevidamente 
dados corretos nos sistemas informatizados ou bancos de dados da Administração 
Pública com o fim de obter vantagem indevida para si ou para outrem ou para causar 
dano: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 12 (doze) anos, e multa. 
Modificação ou alteração não autorizada de sistema de informações - Art. 313-B. 
Modificar ou alterar, o funcionário, sistema de informações ou programa de informática 
sem autorização ou solicitação de autoridade competente: Pena – detenção, de 3 (três) 
meses a 2 (dois) anos, e multa. Parágrafo único. As penas são aumentadas de um terço 
até a metade se da modificação ou alteração resulta dano para a Administração Pública 
ou para o administrado. 
Extravio, sonegação ou inutilização de livro ou documento - Art. 314 - Extraviar livro 
oficial ou qualquer documento, de que tem a guarda em razão do cargo; sonegá-lo ou 
inutilizá-lo, total ou parcialmente: Pena - reclusão, de um a quatro anos, se o fato não 
constitui crime mais grave. 
Emprego irregular de verbas ou rendas públicas - Art. 315 - Dar às verbas ou rendas 
públicas aplicação diversa da estabelecida em lei: Pena - detenção, de um a três meses, 
ou multa. 
Concussão - Art. 316 - Exigir, para si ou para outrem, direta ou indiretamente, ainda que 
fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, vantagem indevida: Pena - 
reclusão, de dois a oito anos, e multa. Excesso de exação§ 1º - Se o funcionário exige 
tributo ou contribuição social que sabe ou deveria saber indevido, ou, quando devido, 
emprega na cobrança meio vexatório ou gravoso, que a lei não autoriza: Pena - reclusão, 
de 3 (três) a 8 (oito) anos, e multa. § 2º - Se o funcionário desvia, em proveito próprio ou 
de outrem, o que recebeu indevidamente para recolher aos cofres públicos: Pena - 
reclusão, de dois a doze anos, e multa. 
Corrupção passiva - Art. 317 - Solicitar ou receber, para si ou para outrem, direta ou 
indiretamente, ainda que fora da função ou antes de assumi-la, mas em razão dela, 
vantagem indevida, ou aceitar promessa de tal vantagem: Pena – reclusão, de 2 (dois) 
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a 12 (doze) anos, e multa. § 1º - A pena é aumentada de um terço, se, em consequência 
da vantagem ou promessa, o funcionário retarda ou deixa de praticar qualquer ato de 
ofício ou o pratica infringindo dever funcional. § 2º - Se o funcionário pratica, deixa de 
praticar ou retarda ato de ofício, com infração de dever funcional, cedendo a pedido ou 
influência de outrem: Pena - detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
Facilitação de contrabando ou descaminho - Art. 318 - Facilitar, com infração de dever 
funcional, a prática de contrabando ou descaminho (art. 334): Pena - reclusão, de 3 (três) 
a 8 (oito) anos, e multa. 
Prevaricação - Art. 319 - Retardar ou deixar de praticar, indevidamente, ato de ofício, ou 
praticá-lo contra disposição expressa de lei, para satisfazer interesse ou sentimento 
pessoal: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. 
Art. 319-A. Deixar o Diretor de Penitenciária e/ou agente público, de cumprir seu dever 
de vedar ao preso o acesso a aparelho telefônico, de rádio ou similar, que permita a 
comunicação com outros presos ou com o ambiente externo: Pena: detenção, de 3 (três) 
meses a 1 (um) ano. 
Condescendência criminosa - Art. 320 - Deixar o funcionário, por indulgência, de 
responsabilizar subordinado que cometeu infração no exercício do cargo ou, quando lhe 
falte competência, não levar o fato ao conhecimento da autoridade competente: Pena - 
detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. 
Advocacia administrativa - Art. 321 - Patrocinar, direta ou indiretamente, interesse 
privado perante a administração pública, valendo-se da qualidade de funcionário: Pena 
- detenção, de um a três meses, ou multa. Parágrafo único - Se o interesse é ilegítimo: 
Pena - detenção, de três meses a um ano, além da multa. 
Violência arbitrária - Art. 322 - Praticar violência, no exercício de função ou a pretexto de 
exercê-la: Pena - detenção, de seismeses a três anos, além da pena correspondente à 
violência. 
Abandono de função - Art. 323 - Abandonar cargo público, fora dos casos permitidos em 
lei: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. § 1º - Se do fato resulta prejuízo 
público: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa. § 2º - Se o fato ocorre em 
lugar compreendido na faixa de fronteira: Pena - detenção, de um a três anos, e multa. 
Exercício funcional ilegalmente antecipado ou prolongado - Art. 324 - Entrar no exercício 
de função pública antes de satisfeitas as exigências legais, ou continuar a exercê-la, sem 
autorização, depois de saber oficialmente que foi exonerado, removido, substituído ou 
suspenso: Pena - detenção, de quinze dias a um mês, ou multa. 
Violação de sigilo funcional - Art. 325 - Revelar fato de que tem ciência em razão do 
cargo e que deva permanecer em segredo, ou facilitar-lhe a revelação: Pena - detenção, 
de seis meses a dois anos, ou multa, se o fato não constitui crime mais grave. § 1º Nas 
mesmas penas deste artigo incorre quem: I – permite ou facilita, mediante atribuição, 
fornecimento e empréstimo de senha ou qualquer outra forma, o acesso de pessoas não 
autorizadas a sistemas de informações ou banco de dados da Administração Pública; II 
– se utiliza, indevidamente, do acesso restrito. § 2º Se da ação ou omissão resulta dano 
à Administração Pública ou a outrem: Pena – reclusão, de 2 (dois) a 6 (seis) anos, e 
multa. (Incluído pela Lei nº 9.983, de 2000) 
Violação do sigilo de proposta de concorrência - Art. 326 - Devassar o sigilo de proposta 
de concorrência pública, ou proporcionar a terceiro o ensejo de devassá-lo: Pena - 
Detenção, de três meses a um ano, e multa. 
(Conceito de Funcionário Público para o Código Penal) Funcionário público - Art. 327 - 
Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente 
ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. § 1º - Equipara-se a 
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funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e 
quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a 
execução de atividade típica da Administração Pública. § 2º - A pena será aumentada da 
terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de 
cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da 
administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação 
instituída pelo poder público. 
1.14.3 Responsabilidade Administrativa 
Ficam a cargo dos os estatutos funcionais estabelecerem deveres e 
responsabilidades dos servidores que, quando violados, configuram infrações 
administrativas. 
A própria Administração ficará responsável pela apuração da infração cometida, 
assegurando o contraditório e a ampla defesa ao servidor. 
1.14.3.1 Espécies de Penalidades Administrativas 
Estão previstas na Lei nº 8.112/90. 
São espécies de penalidades: 
Advertência - Art. 129. A advertência será aplicada por escrito, nos casos de 
violação de proibição constante do art. 117, incisos I a VIII e XIX, e de 
inobservância de dever funcional previsto em lei, regulamentação ou norma 
interna, que não justifique imposição de penalidade mais grave; 
Art. 117. Ao servidor é proibido: I - ausentar-se do serviço durante o expediente, sem 
prévia autorização do chefe imediato; II - retirar, sem prévia anuência da autoridade 
competente, qualquer documento ou objeto da repartição; III - recusar fé a documentos 
públicos; IV - opor resistência injustificada ao andamento de documento e processo ou 
execução de serviço; V - promover manifestação de apreço ou desapreço no recinto da 
repartição; VI - cometer a pessoa estranha à repartição, fora dos casos previstos em lei, 
o desempenho de atribuição que seja de sua responsabilidade ou de seu subordinado; 
VII - coagir ou aliciar subordinados no sentido de filiarem-se a associação profissional ou 
sindical, ou a partido político; VIII - manter sob sua chefia imediata, em cargo ou função 
de confiança, cônjuge, companheiro ou parente até o segundo grau civil; XIX - recusar-
se a atualizar seus dados cadastrais quando solicitado. 
Suspensão - Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das 
faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não 
tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 
90 (noventa) dias. § 1º Será punido com suspensão de até 15 (quinze) dias o 
servidor que, injustificadamente, recusar-se a ser submetido a inspeção médica 
determinada pela autoridade competente, cessando os efeitos da penalidade 
uma vez cumprida a determinação. § 2º Quando houver conveniência para o 
serviço, a penalidade de suspensão poderá ser convertida em multa, na base de 
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50% (cinquenta por cento) por dia de vencimento ou remuneração, ficando o 
servidor obrigado a permanecer em serviço; 
Em relação as penalidades de advertência e suspensão: Art. 131. As 
penalidades de advertência e de suspensão terão seus registros cancelados, 
após o decurso de 3 (três) e 5 (cinco) anos de efetivo exercício, 
respectivamente, se o servidor não houver, nesse período, praticado nova 
infração disciplinar. 
Demissão - Art. 132. A demissão será aplicada nos seguintes casos: I - crime 
contra a administração pública; II - abandono de cargo (mais de 30 dias 
consecutivos); III - inassiduidade habitual (falta injustificada por 60 dias durante 
12 meses); IV - improbidade administrativa; V - incontinência pública e conduta 
escandalosa, na repartição; VI - insubordinação grave em serviço; VII - ofensa 
física, em serviço, a servidor ou a particular, salvo em legítima defesa própria ou 
de outrem; VIII - aplicação irregular de dinheiros públicos; IX - revelação de 
segredo do qual se apropriou em razão do cargo; X - lesão aos cofres públicos 
e dilapidação do patrimônio nacional; XI - corrupção; XII - acumulação ilegal de 
cargos, empregos ou funções públicas; XIII - transgressão dos incisos IX a XVI 
do art. 117; 
Cassação de aposentadoria ou disponibilidade - Art. 134. Será cassada a 
aposentadoria ou a disponibilidade do inativo que houver praticado, na 
atividade, falta punível com a demissão; 
Destituição de cargo em comissão - Art. 135. A destituição de cargo em 
comissão exercido por não ocupante de cargo efetivo será aplicada nos casos 
de infração sujeita às penalidades de suspensão e de demissão. Parágrafo 
único. Constatada a hipótese de que trata este artigo, a exoneração efetuada 
nos termos do art. 35 será convertida em destituição de cargo em comissão. 
Destituição de função comissionada – Decreto 1.713/39, Art. 236. A. 
destituição de função dar-se-á: I. Quando se verificar falta de exação no seu 
desempenho; II. Quando se verificar que, por negligência ou benevolência, o 
funcionário contribuiu para que se não apurasse, no devido tempo, a falta de 
outrem. Art. 242 (...) Parágrafo único. A aplicação da pena de destituição de 
função caberá à autoridade que houver feito a designação do funcionário. 
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Lei 8.112/90, Art. 127. São penalidades disciplinares: I - advertência; II - suspensão; III 
- demissão; IV - cassação de aposentadoria ou disponibilidade; V - destituição de cargo 
em comissão; VI - destituição de função comissionada. 
Atenção: Lei nº 8.112/90, Art. 142. A ação disciplinar prescreverá: I - em 5 
(cinco) anos, quanto às infrações puníveis com demissão, cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade e destituição de cargo em comissão;II - 
em 2 (dois) anos, quanto à suspensão; III - em 180 (cento e oitenta) dias, 
quanto à advertência. § 1º O prazo de prescrição começa a correr da data 
em que o fato se tornou conhecido. § 2º Os prazos de prescrição previstos 
na lei penal aplicam-se às infrações disciplinares capituladas também 
como crime. § 3º A abertura de sindicância ou a instauração de processo 
disciplinar interrompe a prescrição, até a decisão final proferida por 
autoridade competente. § 4º Interrompido o curso da prescrição, o prazo 
começará a correr a partir do dia em que cessar a interrupção. 
Bizu: quanto à penalidade aplicável ao servidor incide o princípio da 
incomunicabilidade ou independência entre as instâncias, podendo aquele 
ser punido ao mesmo tempo civil, criminal e administrativamente. Exceção 
(Lei 8.112/90) Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será 
afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou 
sua autoria. 
Obs.: a absolvição no Juízo Criminal por insuficiência de provas não 
afasta a possibilidade de responsabilização administrativa e cível do 
servidor. 
Atenção: no que se refere as autoridades que irão aplicar as penalidades: 
Lei 8.112/90, Art. 141. As penalidades disciplinares serão aplicadas: I - pelo 
Presidente da República, pelos Presidentes das Casas do Poder Legislativo e 
dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, quando se tratar 
de demissão e cassação de aposentadoria ou disponibilidade de servidor 
vinculado ao respectivo Poder, órgão, ou entidade; II - pelas autoridades 
administrativas de hierarquia imediatamente inferior àquelas mencionadas no 
inciso anterior quando se tratar de suspensão superior a 30 (trinta) dias; III - 
pelo chefe da repartição e outras autoridades na forma dos respectivos 
regimentos ou regulamentos, nos casos de advertência ou de suspensão de até 
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30 (trinta) dias; IV - pela autoridade que houver feito a nomeação, quando se 
tratar de destituição de cargo em comissão. 
As infrações administrativas serão apuradas através da realização de 
sindicância ou pelo processo administrativo disciplinas. 
Sindicância é um procedimento investigativo que poderá resultar em: 
• Arquivamento do processo; 
• Aplicação de advertência; 
• Suspensão de até 30 dias; 
• Em casos mais graves, quando a penalidade a ser aplicada for mais 
gravosa (superior a 30 dias), inicia-se o PAD; 
Obs.: a sindicância não é obrigatória para que se inicie um PAD. 
Representa apenas uma fase facultativa e preparatória, e, portanto, 
dispensável nos casos em que suficientes os elementos de prova 
levantados pela Administração Pública (nesse ponto é similar ao inquérito 
policial). 
Processo Administrativo Disciplinar (PAD) é o instrumento destinado a 
apurar responsabilidade de servidor por infração praticada no exercício de 
suas atribuições, ou que tenha relação com as atribuições do cargo em que se 
encontre investido, sendo sua instauração obrigatória sempre que o objeto 
da apuração ensejar a imposição de penalidade de: 
• Suspensão por mais de 30 (trinta) dias; 
• Demissão; 
• Cassação de aposentadoria ou disponibilidade; 
• Destituição de cargo em comissão. 
O processo disciplinar poderá ser alvo de revisão a qualquer tempo, a 
requerimento ou de ofício, desde que haja fatos novos ou circunstâncias 
suscetíveis de justificar a inocência do servidor punido ou a inadequação da 
penalidade aplicada, e cabe a este o ônus da prova. 
Artigos relacionados (Lei 8.112/90): 
Art. 81. Conceder-se-á ao servidor licença: I - por motivo de doença em pessoa da 
família; II - por motivo de afastamento do cônjuge ou companheiro; III - para o serviço 
militar; IV - para atividade política; V - para capacitação; VI - para tratar de interesses 
particulares; VII - para desempenho de mandato classista. § 1o A licença prevista no 
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inciso I do caput deste artigo bem como cada uma de suas prorrogações serão 
precedidas de exame por perícia médica oficial, observado o disposto no art. 204 desta 
Lei. § 3o É vedado o exercício de atividade remunerada durante o período da licença 
prevista no inciso I deste artigo. 
Art. 82. A licença concedida dentro de 60 (sessenta) dias do término de outra da mesma 
espécie será considerada como prorrogação. 
Da Licença por Motivo de Doença em Pessoa da Família - Art. 83. Poderá ser 
concedida licença ao servidor por motivo de doença do cônjuge ou companheiro, dos 
pais, dos filhos, do padrasto ou madrasta e enteado, ou dependente que viva a suas 
expensas e conste do seu assentamento funcional, mediante comprovação por perícia 
médica oficial. § 1o A licença somente será deferida se a assistência direta do servidor 
for indispensável e não puder ser prestada simultaneamente com o exercício do cargo 
ou mediante compensação de horário, na forma do disposto no inciso II do art. 44. § 2o 
A licença de que trata o caput, incluídas as prorrogações, poderá ser concedida a cada 
período de doze meses nas seguintes condições: I - por até 60 (sessenta) dias, 
consecutivos ou não, mantida a remuneração do servidor; e II - por até 90 (noventa) dias, 
consecutivos ou não, sem remuneração. § 3o O início do interstício de 12 (doze) meses 
será contado a partir da data do deferimento da primeira licença concedida. § 4o A soma 
das licenças remuneradas e das licenças não remuneradas, incluídas as respectivas 
prorrogações, concedidas em um mesmo período de 12 (doze) meses, observado o 
disposto no § 3o, não poderá ultrapassar os limites estabelecidos nos incisos I e II do § 
2o. 
Da Licença por Motivo de Afastamento do Cônjuge - Art. 84. Poderá ser concedida 
licença ao servidor para acompanhar cônjuge ou companheiro que foi deslocado para 
outro ponto do território nacional, para o exterior ou para o exercício de mandato eletivo 
dos Poderes Executivo e Legislativo. § 1o A licença será por prazo indeterminado e sem 
remuneração. § 2o No deslocamento de servidor cujo cônjuge ou companheiro também 
seja servidor público, civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do 
Distrito Federal e dos Municípios, poderá haver exercício provisório em órgão ou 
entidade da Administração Federal direta, autárquica ou fundacional, desde que para o 
exercício de atividade compatível com o seu cargo. 
Da Licença para o Serviço Militar - Art. 85. Ao servidor convocado para o serviço 
militar será concedida licença, na forma e condições previstas na legislação específica. 
Parágrafo único. Concluído o serviço militar, o servidor terá até 30 (trinta) dias sem 
remuneração para reassumir o exercício do cargo. 
Da Licença para Atividade Política - Art. 86. O servidor terá direito a licença, sem 
remuneração, durante o período que mediar entre a sua escolha em convenção 
partidária, como candidato a cargo eletivo, e a véspera do registro de sua candidatura 
perante a Justiça Eleitoral. § 1o O servidor candidato a cargo eletivo na localidade onde 
desempenha suas funções e que exerça cargo de direção, chefia, assessoramento, 
arrecadação ou fiscalização, dele será afastado, a partir do dia imediato ao do registro 
de sua candidatura perante a Justiça Eleitoral, até o décimo dia seguinte ao do pleito. § 
2o A partir do registro da candidatura e até o décimo dia seguinte ao da eleição, o 
servidor fará jus à licença, assegurados os vencimentos do cargo efetivo, somente pelo 
período de três meses. 
Da Licença para Capacitação - Art. 87. Após cada quinquênio de efetivo exercício, o 
servidor poderá, no interesse da Administração, afastar-se do exercício do cargo efetivo, 
com a respectiva remuneração, por até três meses, para participar de curso de 
capacitaçãoprofissional. Parágrafo único. Os períodos de licença de que trata o caput 
não são acumuláveis. 
Da Licença para Tratar de Interesses Particulares - Art. 91. A critério da 
Administração, poderão ser concedidas ao servidor ocupante de cargo efetivo, desde 
que não esteja em estágio probatório, licenças para o trato de assuntos particulares pelo 
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prazo de até três anos consecutivos, sem remuneração. Parágrafo único. A licença 
poderá ser interrompida, a qualquer tempo, a pedido do servidor ou no interesse do 
serviço. 
Da Licença para o Desempenho de Mandato Classista - Art. 92. É assegurado ao 
servidor o direito à licença sem remuneração para o desempenho de mandato em 
confederação, federação, associação de classe de âmbito nacional, sindicato 
representativo da categoria ou entidade fiscalizadora da profissão ou, ainda, para 
participar de gerência ou administração em sociedade cooperativa constituída por 
servidores públicos para prestar serviços a seus membros, observado o disposto na 
alínea c do inciso VIII do art. 102 desta Lei, conforme disposto em regulamento e 
observados os seguintes limites: I - para entidades com até 5.000 (cinco mil) associados, 
2 (dois) servidores; II - para entidades com 5.001 (cinco mil e um) a 30.000 (trinta mil) 
associados, 4 (quatro) servidores; III - para entidades com mais de 30.000 (trinta mil) 
associados, 8 (oito) servidores. § 1o Somente poderão ser licenciados os servidores 
eleitos para cargos de direção ou de representação nas referidas entidades, desde que 
cadastradas no órgão competente. § 2o A licença terá duração igual à do mandato, 
podendo ser renovada, no caso de reeleição. 
Do Afastamento para Servir a Outro Órgão ou Entidade - Art. 93. O servidor poderá 
ser cedido para ter exercício em outro órgão ou entidade dos Poderes da União, dos 
Estados, ou do Distrito Federal e dos Municípios, nas seguintes hipóteses: I - para 
exercício de cargo em comissão ou função de confiança: II - em casos previstos em leis 
específicas. § 1o Na hipótese do inciso I, sendo a cessão para órgãos ou entidades dos 
Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios, o ônus da remuneração será do órgão 
ou entidade cessionária, mantido o ônus para o cedente nos demais casos. § 2º Na 
hipótese de o servidor cedido a empresa pública ou sociedade de economia mista, nos 
termos das respectivas normas, optar pela remuneração do cargo efetivo ou pela 
remuneração do cargo efetivo acrescida de percentual da retribuição do cargo em 
comissão, a entidade cessionária efetuará o reembolso das despesas realizadas pelo 
órgão ou entidade de origem. § 3o A cessão far-se-á mediante Portaria publicada no 
Diário Oficial da União. § 4o Mediante autorização expressa do Presidente da República, 
o servidor do Poder Executivo poderá ter exercício em outro órgão da Administração 
Federal direta que não tenha quadro próprio de pessoal, para fim determinado e a prazo 
certo. § 5º Aplica-se à União, em se tratando de empregado ou servidor por ela 
requisitado, as disposições dos §§ 1º e 2º deste artigo. § 6º As cessões de empregados 
de empresa pública ou de sociedade de economia mista, que receba recursos de 
Tesouro Nacional para o custeio total ou parcial da sua folha de pagamento de pessoal, 
independem das disposições contidas nos incisos I e II e §§ 1º e 2º deste artigo, ficando 
o exercício do empregado cedido condicionado a autorização específica do Ministério do 
Planejamento, Orçamento e Gestão, exceto nos casos de ocupação de cargo em 
comissão ou função gratificada. § 7° O Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, 
com a finalidade de promover a composição da força de trabalho dos órgãos e entidades 
da Administração Pública Federal, poderá determinar a lotação ou o exercício de 
empregado ou servidor, independentemente da observância do constante no inciso I e 
nos §§ 1º e 2º deste artigo. 
Do Afastamento para Exercício de Mandato Eletivo - Art. 94. Ao servidor investido 
em mandato eletivo aplicam-se as seguintes disposições: I - tratando-se de mandato 
federal, estadual ou distrital, ficará afastado do cargo; II - investido no mandato de 
Prefeito, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III - 
investido no mandato de vereador: a) havendo compatibilidade de horário, perceberá as 
vantagens de seu cargo, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo; b) não havendo 
compatibilidade de horário, será afastado do cargo, sendo-lhe facultado optar pela sua 
remuneração. § 1o No caso de afastamento do cargo, o servidor contribuirá para a 
seguridade social como se em exercício estivesse. § 2o O servidor investido em 
mandato eletivo ou classista não poderá ser removido ou redistribuído de ofício para 
localidade diversa daquela onde exerce o mandato. 
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Do Afastamento para Estudo ou Missão no Exterior - Art. 95. O servidor não poderá 
ausentar-se do País para estudo ou missão oficial, sem autorização do Presidente da 
República, Presidente dos Órgãos do Poder Legislativo e Presidente do Supremo 
Tribunal Federal. § 1o A ausência não excederá a 4 (quatro) anos, e finda a missão ou 
estudo, somente decorrido igual período, será permitida nova ausência. § 2o Ao servidor 
beneficiado pelo disposto neste artigo não será concedida exoneração ou licença para 
tratar de interesse particular antes de decorrido período igual ao do afastamento, 
ressalvada a hipótese de ressarcimento da despesa havida com seu afastamento. § 3o 
O disposto neste artigo não se aplica aos servidores da carreira diplomática. § 4o As 
hipóteses, condições e formas para a autorização de que trata este artigo, inclusive no 
que se refere à remuneração do servidor, serão disciplinadas em regulamento. 
Art. 96. O afastamento de servidor para servir em organismo internacional de que o 
Brasil participe ou com o qual coopere dar-se-á com perda total da remuneração. 
Do Afastamento para Participação em Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu 
no País - Art. 96-A. O servidor poderá, no interesse da Administração, e desde que a 
participação não possa ocorrer simultaneamente com o exercício do cargo ou mediante 
compensação de horário, afastar-se do exercício do cargo efetivo, com a respectiva 
remuneração, para participar em programa de pós-graduação stricto sensu em 
instituição de ensino superior no País. § 1o Ato do dirigente máximo do órgão ou entidade 
definirá, em conformidade com a legislação vigente, os programas de capacitação e os 
critérios para participação em programas de pós-graduação no País, com ou sem 
afastamento do servidor, que serão avaliados por um comitê constituído para este fim. § 
2o Os afastamentos para realização de programas de mestrado e doutorado somente 
serão concedidos aos servidores titulares de cargos efetivos no respectivo órgão ou 
entidade há pelo menos 3 (três) anos para mestrado e 4 (quatro) anos para doutorado, 
incluído o período de estágio probatório, que não tenham se afastado por licença para 
tratar de assuntos particulares para gozo de licença capacitação ou com fundamento 
neste artigo nos 2 (dois) anos anteriores à data da solicitação de afastamento. § 3o Os 
afastamentos para realização de programas de pós-doutorado somente serão 
concedidos aos servidores titulares de cargos efetivo no respectivo órgão ou entidade 
há pelo menos quatro anos, incluído o período de estágio probatório, e que não tenham 
se afastado por licença para tratar de assuntos particulares ou com fundamento neste 
artigo, nos quatro anos anteriores à data da solicitação de afastamento. § 4o Os 
servidores beneficiados pelos afastamentos previstos nos §§ 1o, 2o e 3o deste artigo 
terão que permanecer no exercício de suas funções após o seu retornopor um período 
igual ao do afastamento concedido. § 5o Caso o servidor venha a solicitar exoneração 
do cargo ou aposentadoria, antes de cumprido o período de permanência previsto no § 
4o deste artigo, deverá ressarcir o órgão ou entidade, na forma do art. 47 da Lei no 8.112, 
de 11 de dezembro de 1990, dos gastos com seu aperfeiçoamento. § 6o Caso o servidor 
não obtenha o título ou grau que justificou seu afastamento no período previsto, aplica-
se o disposto no § 5o deste artigo, salvo na hipótese comprovada de força maior ou de 
caso fortuito, a critério do dirigente máximo do órgão ou entidade. § 7o Aplica-se à 
participação em programa de pós-graduação no Exterior, autorizado nos termos do art. 
95 desta Lei, o disposto nos §§ 1o a 6o deste artigo. 
Das Concessões - Art. 97. Sem qualquer prejuízo, poderá o servidor ausentar-se do 
serviço: I - por 1 (um) dia, para doação de sangue; II - pelo período comprovadamente 
necessário para alistamento ou recadastramento eleitoral, limitado, em qualquer caso, a 
2 (dois) dias; III - por 8 (oito) dias consecutivos em razão de: a) casamento; b) falecimento 
do cônjuge, companheiro, pais, madrasta ou padrasto, filhos, enteados, menor sob 
guarda ou tutela e irmãos. 
Art. 98. Será concedido horário especial ao servidor estudante, quando comprovada a 
incompatibilidade entre o horário escolar e o da repartição, sem prejuízo do exercício do 
cargo. § 1o Para efeito do disposto neste artigo, será exigida a compensação de horário 
no órgão ou entidade que tiver exercício, respeitada a duração semanal do trabalho. § 
2o Também será concedido horário especial ao servidor portador de deficiência, quando 
comprovada a necessidade por junta médica oficial, independentemente de 
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compensação de horário. § 3o As disposições constantes do § 2o são extensivas ao 
servidor que tenha cônjuge, filho ou dependente com deficiência. § 4o Será igualmente 
concedido horário especial, vinculado à compensação de horário a ser efetivada no prazo 
de até 1 (um) ano, ao servidor que desempenhe atividade prevista nos incisos I e II do 
caput do art. 76-A desta Lei. 
Art. 99. Ao servidor estudante que mudar de sede no interesse da administração é 
assegurada, na localidade da nova residência ou na mais próxima, matrícula em 
instituição de ensino congênere, em qualquer época, independentemente de vaga. 
Parágrafo único. O disposto neste artigo estende-se ao cônjuge ou companheiro, aos 
filhos, ou enteados do servidor que vivam na sua companhia, bem como aos menores 
sob sua guarda, com autorização judicial. 
Do Processo Administrativo Disciplinar - Capítulo I - Disposições Gerais 
Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada 
a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo 
disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa. § 3º A apuração de que trata o caput, 
por solicitação da autoridade a que se refere, poderá ser promovida por autoridade de 
órgão ou entidade diverso daquele em que tenha ocorrido a irregularidade, mediante 
competência específica para tal finalidade, delegada em caráter permanente ou 
temporário pelo Presidente da República, pelos presidentes das Casas do Poder 
Legislativo e dos Tribunais Federais e pelo Procurador-Geral da República, no âmbito 
do respectivo Poder, órgão ou entidade, preservadas as competências para o julgamento 
que se seguir à apuração. 
Art. 144. As denúncias sobre irregularidades serão objeto de apuração, desde que 
contenham a identificação e o endereço do denunciante e sejam formuladas por escrito, 
confirmada a autenticidade. Parágrafo único. Quando o fato narrado não configurar 
evidente infração disciplinar ou ilícito penal, a denúncia será arquivada, por falta de 
objeto. 
Art. 145. Da sindicância poderá resultar: I - arquivamento do processo; II - aplicação de 
penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; III - instauração de 
processo disciplinar. Parágrafo único. O prazo para conclusão da sindicância não 
excederá 30 (trinta) dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da 
autoridade superior. 
Art. 146. Sempre que o ilícito praticado pelo servidor ensejar a imposição de penalidade 
de suspensão por mais de 30 (trinta) dias, de demissão, cassação de aposentadoria ou 
disponibilidade, ou destituição de cargo em comissão, será obrigatória a instauração de 
processo disciplinar. 
Capítulo II - Do Afastamento Preventivo 
Art. 147. Como medida cautelar e a fim de que o servidor não venha a influir na apuração 
da irregularidade, a autoridade instauradora do processo disciplinar poderá 
determinar o seu afastamento do exercício do cargo, pelo prazo de até 60 (sessenta) 
dias, sem prejuízo da remuneração. Parágrafo único. O afastamento poderá ser 
prorrogado por igual prazo, findo o qual cessarão os seus efeitos, ainda que não 
concluído o processo. 
Capítulo III - Do Processo Disciplinar 
Art. 148. O processo disciplinar é o instrumento destinado a apurar responsabilidade de 
servidor por infração praticada no exercício de suas atribuições, ou que tenha relação 
com as atribuições do cargo em que se encontre investido. 
Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três 
servidores estáveis designados pela autoridade competente, observado o disposto no § 
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3o do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de 
cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior 
ao do indiciado. § 1º A Comissão terá como secretário servidor designado pelo seu 
presidente, podendo a indicação recair em um de seus membros. § 2º Não poderá 
participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente 
do acusado, consanguíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau. 
Art. 150. A Comissão exercerá suas atividades com independência e imparcialidade, 
assegurado o sigilo necessário à elucidação do fato ou exigido pelo interesse da 
administração. Parágrafo único. As reuniões e as audiências das comissões terão 
caráter reservado. 
Art. 151. O processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: I - instauração, com 
a publicação do ato que constituir a comissão; II - inquérito administrativo, que 
compreende instrução, defesa e relatório; III - julgamento. 
Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) 
dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua 
prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. § 1º Sempre que 
necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus 
membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final. § 2º As reuniões da 
comissão serão registradas em atas que deverão detalhar as deliberações adotadas. 
Seção I - Do Inquérito 
Art. 153. O inquérito administrativo obedecerá ao princípio do contraditório, assegurada 
ao acusado ampla defesa, com a utilização dos meios e recursos admitidos em direito. 
Art. 154. Os autos da sindicância integrarão o processo disciplinar, como peça 
informativa da instrução. Parágrafo único. Na hipótese de o relatório da sindicância 
concluir que a infração está capitulada como ilícito penal, a autoridade competente 
encaminhará cópia dos autos ao Ministério Público, independentemente da imediata 
instauração do processo disciplinar. 
Art. 155. Na fase do inquérito, a comissão promoverá a tomada de depoimentos, 
acareações, investigações e diligências cabíveis, objetivando a coleta de prova, 
recorrendo, quando necessário, a técnicos e peritos, de modo a permitir a completaelucidação dos fatos. 
Art. 156. É assegurado ao servidor o direito de acompanhar o processo pessoalmente 
ou por intermédio de procurador, arrolar e reinquirir testemunhas, produzir provas e 
contraprovas e formular quesitos, quando se tratar de prova pericial. § 1º O presidente 
da comissão poderá denegar pedidos considerados impertinentes, meramente 
protelatórios, ou de nenhum interesse para o esclarecimento dos fatos. § 2º Será 
indeferido o pedido de prova pericial, quando a comprovação do fato independer de 
conhecimento especial de perito. 
Art. 157. As testemunhas serão intimadas a depor mediante mandado expedido pelo 
presidente da comissão, devendo a segunda via, com o ciente do interessado, ser 
anexado aos autos. Parágrafo único. Se a testemunha for servidor público, a expedição 
do mandado será imediatamente comunicada ao chefe da repartição onde serve, com a 
indicação do dia e hora marcados para inquirição. 
Art. 158. O depoimento será prestado oralmente e reduzido a termo, não sendo lícito à 
testemunha trazê-lo por escrito. § 1º As testemunhas serão inquiridas separadamente. § 
2º Na hipótese de depoimentos contraditórios ou que se infirmem, proceder-se-á à 
acareação entre os depoentes. 
Art. 159. Concluída a inquirição das testemunhas, a comissão promoverá o interrogatório 
do acusado, observados os procedimentos previstos nos arts. 157 e 158. § 1º No caso 
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de mais de um acusado, cada um deles será ouvido separadamente, e sempre que 
divergirem em suas declarações sobre fatos ou circunstâncias, será promovida a 
acareação entre eles. § 2º O procurador do acusado poderá assistir ao interrogatório, 
bem como à inquirição das testemunhas, sendo-lhe vedado interferir nas perguntas e 
respostas, facultando-se-lhe, porém, reinquiri-las, por intermédio do presidente da 
comissão. 
Art. 160. Quando houver dúvida sobre a sanidade mental do acusado, a comissão 
proporá à autoridade competente que ele seja submetido a exame por junta médica 
oficial, da qual participe pelo menos um médico psiquiatra. Parágrafo único. O incidente 
de sanidade mental será processado em auto apartado e apenso ao processo principal, 
após a expedição do laudo pericial. 
Art. 161. Tipificada a infração disciplinar, será formulada a indiciação do servidor, com 
a especificação dos fatos a ele imputados e das respectivas provas. § 1º O indiciado será 
citado por mandado expedido pelo presidente da comissão para apresentar defesa 
escrita, no prazo de 10 (dez) dias, assegurando-se-lhe vista do processo na repartição. 
§ 2º Havendo dois ou mais indiciados, o prazo será comum e de 20 (vinte) dias. § 3º O 
prazo de defesa poderá ser prorrogado pelo dobro, para diligências reputadas 
indispensáveis. § 4º No caso de recusa do indiciado em apor o ciente na cópia da citação, 
o prazo para defesa contar-se-á da data declarada, em termo próprio, pelo membro da 
comissão que fez a citação, com a assinatura de (2) duas testemunhas. 
Art. 162. O indiciado que mudar de residência fica obrigado a comunicar à comissão o 
lugar onde poderá ser encontrado. 
Art. 163. Achando-se o indiciado em lugar incerto e não sabido, será citado por edital, 
publicado no Diário Oficial da União e em jornal de grande circulação na localidade do 
último domicílio conhecido, para apresentar defesa. Parágrafo único. Na hipótese deste 
artigo, o prazo para defesa será de 15 (quinze) dias a partir da última publicação do 
edital. 
Art. 164. Considerar-se-á revel o indiciado que, regularmente citado, não apresentar 
defesa no prazo legal. § 1º A revelia será declarada, por termo, nos autos do processo e 
devolverá o prazo para a defesa. § 2º Para defender o indiciado revel, a autoridade 
instauradora do processo designará um servidor como defensor dativo, que deverá ser 
ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual 
ou superior ao do indiciado. 
Art. 165. Apreciada a defesa, a comissão elaborará relatório minucioso, onde resumirá 
as peças principais dos autos e mencionará as provas em que se baseou para formar a 
sua convicção. § 1º O relatório será sempre conclusivo quanto à inocência ou à 
responsabilidade do servidor. § 2º Reconhecida a responsabilidade do servidor, a 
comissão indicará o dispositivo legal ou regulamentar transgredido, bem como as 
circunstâncias agravantes ou atenuantes. 
Art. 166. O processo disciplinar, com o relatório da comissão, será remetido à autoridade 
que determinou a sua instauração, para julgamento. 
Seção II - Do Julgamento 
Art. 167. No prazo de 20 (vinte) dias, contados do recebimento do processo, a autoridade 
julgadora proferirá a sua decisão. § 1º Se a penalidade a ser aplicada exceder a alçada 
da autoridade instauradora do processo, este será encaminhado à autoridade 
competente, que decidirá em igual prazo. § 2º Havendo mais de um indiciado e 
diversidade de sanções, o julgamento caberá à autoridade competente para a imposição 
da pena mais grave. § 3º Se a penalidade prevista for a demissão ou cassação de 
aposentadoria ou disponibilidade, o julgamento caberá às autoridades de que trata o 
inciso I do art. 141. § 4º Reconhecida pela comissão a inocência do servidor, a autoridade 
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instauradora do processo determinará o seu arquivamento, salvo se flagrantemente 
contrária à prova dos autos. 
Art. 168. O julgamento acatará o relatório da comissão, salvo quando contrário às provas 
dos autos. Parágrafo único. Quando o relatório da comissão contrariar as provas dos 
autos, a autoridade julgadora poderá, motivadamente, agravar a penalidade proposta, 
abrandá-la ou isentar o servidor de responsabilidade. 
Art. 169. Verificada a ocorrência de vício insanável, a autoridade que determinou a 
instauração do processo ou outra de hierarquia superior declarará a sua nulidade, total 
ou parcial, e ordenará, no mesmo ato, a constituição de outra comissão para instauração 
de novo processo. § 1º O julgamento fora do prazo legal não implica nulidade do 
processo. § 2º A autoridade julgadora que der causa à prescrição de que trata o art. 142, 
§ 2º, será responsabilizada na forma do Capítulo IV do Título IV. 
Art. 170. Extinta a punibilidade pela prescrição, a autoridade julgadora determinará o 
registro do fato nos assentamentos individuais do servidor. 
Art. 171. Quando a infração estiver capitulada como crime, o processo disciplinar será 
remetido ao Ministério Público para instauração da ação penal, ficando trasladado na 
repartição. 
Art. 172. O servidor que responder a processo disciplinar só poderá ser exonerado a 
pedido, ou aposentado voluntariamente, após a conclusão do processo e o cumprimento 
da penalidade, acaso aplicada. Parágrafo único. Ocorrida a exoneração de que trata o 
parágrafo único, inciso I do art. 34, o ato será convertido em demissão, se for o caso. 
Art. 173. Serão assegurados transporte e diárias: I - ao servidor convocado para prestar 
depoimento fora da sede de sua repartição, na condição de testemunha, denunciado ou 
indiciado; II - aos membros da comissão e ao secretário, quando obrigados a se 
deslocarem da sede dos trabalhos para a realização de missão essencial ao 
esclarecimento dos fatos. 
Seção III - Da Revisão do Processo 
Art. 174. O processo disciplinar poderá ser revisto, a qualquer tempo, a pedido ou de 
ofício, quando se aduzirem fatos novos ou circunstâncias suscetíveis de justificar a 
inocência do punido ou a inadequação da penalidade aplicada. § 1º Em caso de 
falecimento, ausência ou desaparecimento do servidor, qualquer pessoa da família 
poderá requerer a revisão do processo. § 2º No caso de incapacidade mental do servidor, 
a revisão será requerida pelo respectivo curador. 
Art.175. No processo revisional, o ônus da prova cabe ao requerente. 
Art. 176. A simples alegação de injustiça da penalidade não constitui fundamento para 
a revisão, que requer elementos novos, ainda não apreciados no processo originário. 
Art. 177. O requerimento de revisão do processo será dirigido ao Ministro de Estado ou 
autoridade equivalente, que, se autorizar a revisão, encaminhará o pedido ao dirigente 
do órgão ou entidade onde se originou o processo disciplinar. Parágrafo único. Deferida 
a petição, a autoridade competente providenciará a constituição de comissão, na forma 
do art. 149. 
Art. 178. A revisão correrá em apenso ao processo originário. Parágrafo único. Na 
petição inicial, o requerente pedirá dia e hora para a produção de provas e inquirição das 
testemunhas que arrolar. 
Art. 179. A comissão revisora terá 60 (sessenta) dias para a conclusão dos trabalhos. 
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Art. 180. Aplicam-se aos trabalhos da comissão revisora, no que couber, as normas e 
procedimentos próprios da comissão do processo disciplinar. 
Art. 181. O julgamento caberá à autoridade que aplicou a penalidade, nos termos do art. 
141. Parágrafo único. O prazo para julgamento será de 20 (vinte) dias, contados do 
recebimento do processo, no curso do qual a autoridade julgadora poderá determinar 
diligências. 
Art. 182. Julgada procedente a revisão, será declarada sem efeito a penalidade aplicada, 
restabelecendo-se todos os direitos do servidor, exceto em relação à destituição do cargo 
em comissão, que será convertida em exoneração. Parágrafo único. Da revisão do 
processo não poderá resultar agravamento de penalidade. 
 
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2 CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE 
O controle de constitucionalidade pressupõe: 
• Supremacia constitucional – a norma constitucional está no topo do 
nosso ordenamento; 
• Rigidez constitucional – o controle de constitucionalidade somente é 
compatível com Constituições rígidas. 
Significa fiscalizar se a norma inferior é ou não compatível com a norma 
superior. 
No Brasil, adotou-se, de forma temperada, a teoria da nulidade, para esta 
teoria, a decisão que reconhece a inconstitucionalidade de uma lei ou ato 
normativo tem natureza declaratória e seus efeitos são ex tunc (retroativos), 
sendo o ato impugnado (lei ou ato normativo) nulo. 
Obs.: teoria da anulabilidade - a decisão que reconhece a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo tem natureza constitutiva; 
seus efeitos são "ex nunc" e o ato impugnado produz efeitos até a 
publicação da sentença que o retira do sistema jurídico. 
Apesar de termos adotado a teoria da nulidade, nosso sistema jurídico 
contempla a modulação de efeitos (ex nunc) no controle abstrato; mitigação. 
O controle de constitucionalidade pode ser realizado por diversos órgãos 
integrantes do mesmo Poder ou até mesmo por Poderes distintos. 
Quanto à competência – o controle constitucional pode ser: 
• Político – não realizado pelo Poder judiciário; 
• Jurisdicional – realizado pelo poder judiciário; adotado pelo nosso 
ordenamento jurídico; 
• Misto – realizado por órgãos jurisdicionais e políticos. 
Obs.: os Poderes Legislativo e Executivo também realizam controle de 
constitucionalidade. 
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2.1 Espécies de Inconstitucionalidade 
Inconstitucionalidade por ação: é fruto de uma conduta positiva ou 
comissiva praticada por algum órgão estatal. 
Inconstitucionalidade por omissão – o legislador, ou o administrador público, 
não observa a Constituição ao deixar de produzir a norma regulamentadora 
de suas disposições; sanada através da ação direta de 
inconstitucionalidade por omissão (controle abstrato ou concentrado) e do 
mandado de injunção (controle difuso ou concreto). 
A incompatibilidade da norma inferior com a norma superior pode ser 
classificada como: 
• Formal (inconstitucionalidade formal, conhecida como orgânica ou 
nomodinâmica) – neste caso, a norma inferior é produzida em 
desconformidade com o devido processo legislativo constitucional. 
A inconstitucionalidade formal ainda pode ser subdividida em: 
o Inconstitucionalidade formal orgânica - inobservância da 
competência legislativa; 
o Inconstitucionalidade formal propriamente dita – 
descumprimento do devido processo legislativo; 
o Inconstitucionalidade formal por inobservância de 
pressupostos objetivos - o ato legislativo é aprovado sem 
observância de seus pressupostos constitucionais. 
• Material – conhecida como nomoestática, a norma inferior viola o 
conteúdo da Constituição. 
• Inconstitucionalidade por vício de decoro parlamentar - é 
incompatível com o decoro parlamentar, além dos casos definidos no 
regimento interno, o abuso das prerrogativas asseguradas a membro do 
Congresso Nacional ou a percepção de vantagens indevidas (LENZA, 
Pedro. 2009, p. 165). 
Quanto ao momento, a inconstitucionalidade pode ser: 
• Originária – desde sua criação a norma é incompatível, formal ou 
materialmente, com a Constituição. 
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• Superveniente – a norma inferior está em conformidade com a norma 
superior, porém, em razão de circunstância superveniente, aquela 
torna-se incompatível com a norma superior. 
Obs.: O termo superveniente deve ser entendido como nova interpretação 
dada ao dispositivo constitucional ou alteração formal da Constituição. 
O STF defende que as normas infraconstitucionais anteriores à Constituição 
Federal e com ela incompatíveis, são consideradas não recepcionadas. 
Quanto à extensão, a inconstitucionalidade pode ser: 
• Total – a declaração de inconstitucionalidade atinge a norma em toda a 
sua extensão. 
• Parcial – a declaração de inconstitucionalidade afeta apenas parte da 
norma (artigo, parágrafo, inciso, alínea ou palavra), pode ser: 
o Declaração parcial de nulidade sem redução de texto – 
afastando de um grupo de pessoas a aplicação de um dispositivo; 
o Interpretação conforme a Constituição – afasta-se certa 
interpretação ou determina-se que seja dado sentido à norma em 
conformidade com a Constituição. 
Obs.: segundo a jurisprudência do STF, a declaração parcial de 
inconstitucionalidade com redução de texto apenas é viável no controle 
abstrato (concentrado) quando for possível presumir que os dispositivos 
não impugnados são independentes daqueles declarados 
inconstitucionais. 
Emendas constitucionais, apesar de gozarem do caráter de normas 
constitucionais, são passíveis de serem controladas na sua 
constitucionalidade. 
Cláusulas pétreas não podem ser invocadas para sustentar a existência de 
normas constitucionais superiores em face de normas constitucionais 
inferiores, isto possibilitaria a existência de normas constitucionais 
inconstitucionais. 
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2.2 Espécies de Controle de Constitucionalidade 
Quanto ao momento, o controle de constitucionalidade pode ser: 
• Preventivo – tem por objetivo evitar que a norma inferior ingresse no 
sistema jurídico, violando a Constituição; pode ser realizado: 
o Pelo Poder Legislativo – é realizado através de suas Comissões; 
o Pelo Poder Executivo – através do veto do chefe do Poder 
Executivo; o veto pode ser jurídico (inconstitucionalidade da 
norma) ou político (norma contrária ao interesse público); 
Obs.: o veto pode ser derrubado pelo Congresso Nacional: CF, Art. 66, § 
4º Oveto será apreciado em sessão conjunta, dentro de trinta dias a 
contar de seu recebimento, só podendo ser rejeitado pelo voto da maioria 
absoluta dos Deputados e Senadores. 
o Pelo Poder Judiciário – segundo o STF, o parlamentar possui 
legitimidade para impetrar mandado segurança a fim de garantir 
o devido processo legislativo (formal); é o verdadeiro controle 
preventivo de constitucionalidade. 
• Repressivo – objetiva retirar da ordem jurídica a norma violadora da 
Constituição. O controle repressivo é, em regra, judicial ou jurisdicional 
(realizado pelo Poder Judiciário). 
o Pelo Poder Legislativo - sustar ato exorbitante do Presidente da 
República ou rejeitar Medida Provisória sob fundamento na 
inconstitucionalidade. 
o Pelo Poder Executivo – o chefe do Poder Executivo ordena que 
não seja aplicada uma lei inconstitucional; 
o Pelo Poder Judiciário – através do controle difuso ou 
concentrado. 
Obs.: duas situações merecem destaque: as leis delegadas e os atos 
normativos decorrentes do poder regulamentar e as medidas provisórias 
podem ser controlados pelo Poder Legislativo. 
Obs.²: Todos os três poderes exercem controle de constitucionalidade 
prévio ou repressivo. 
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CF, Art. 49. É da competência exclusiva do Congresso Nacional: (...)V - sustar os atos 
normativos do Poder Executivo que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de 
delegação legislativa; 
CF, Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar 
medidas provisórias, com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso 
Nacional. (...)§ 5º A deliberação de cada uma das Casas do Congresso Nacional sobre 
o mérito das medidas provisórias dependerá de juízo prévio sobre o atendimento de seus 
pressupostos constitucionais. 
CF, Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que 
deverá solicitar a delegação ao Congresso Nacional. (...)§ 2º A delegação ao Presidente 
da República terá a forma de resolução do Congresso Nacional, que especificará seu 
conteúdo e os termos de seu exercício. 
CF, Art. 84. Compete privativamente ao Presidente da República: (...)IV - sancionar, 
promulgar e fazer publicar as leis, bem como expedir decretos e regulamentos para sua 
fiel execução; 
O controle judicial ou jurisdicional de constitucionalidade pode ser: 
• Difuso – é também conhecido como aberto, inter partes, concreto, 
indireto ou incidental – é realizado incidentalmente porque o objeto da 
ação é a satisfação de um direito individual ou coletivo e a ofensa do ato 
legislativo ou normativo ao Texto Constitucional é alegada como matéria 
de defesa (ou via exceção); produz efeitos inter partes e ex tunc; A 
jurisprudência do STF tem admitido a modulação dos efeitos de 
declaração de inconstitucionalidade (efeitos ex nunc ou pro futuro); tem 
por finalidade precípua a preservação de direito subjetivo, sendo a 
arguição de inconstitucionalidade sempre incidental. 
• Concentrado – é também conhecido como "em tese", fechado, pela via 
da ação, direto ou abstrato – a demanda proposta tem por objeto a 
própria declaração de inconstitucionalidade do ato legislativo ou 
normativo; tem eficácia erga omnes e efeito vinculante, atingindo os 
demais órgãos do Judiciário e toda Administração Pública, em todas 
esferas da federação; visa à preservação da ordem constitucional 
objetiva, assegurando a supremacia da Constituição (finalidade 
principal); é possível a modulação dos efeitos por maioria de 2/3 do 
Tribunal, quando razões de segurança jurídica e de excepcional 
interesse social recomendarem a medida. 
Obs.: Efeito repristinatório - ocorre quando a declaração de 
inconstitucionalidade uma lei ou ato normativo conduzir à vigência de 
outra norma, anteriormente revogada por aquela; neste caso, a lei 
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anteriormente revogada, volta a ter vigência, já que a lei revogadora foi 
declarada inconstitucional. 
Obs.²: Informativo nº 808, STF - O STF não admite a “teoria da 
transcendência dos motivos determinantes”. Segundo a teoria restritiva, 
adotada pelo STF, somente o dispositivo da decisão produz efeito 
vinculante. Os motivos invocados na decisão (fundamentação) não são 
vinculantes. 
2.3 Controle Difuso ou Incidental de Constitucionalidade 
Qualquer juiz ou tribunal brasileiro tem competência para reconhecer a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo no controle difuso ou incidental. 
CF, Art. 97. Somente pelo voto da maioria absoluta de seus membros ou dos membros 
do respectivo órgão especial poderão os tribunais declarar a inconstitucionalidade de lei 
ou ato normativo do Poder Público (cláusula de reserva de plenário). 
Súmula Vinculante 10 - Viola a cláusula de reserva de plenário (CF, artigo 97) a decisão 
de órgão fracionário de tribunal que, embora não declare expressamente a 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo do Poder Público, afasta sua incidência, no 
todo ou em parte. 
O Tribunal de Contas também pode, no exercício de suas funções, apreciar a 
constitucionalidade de leis e atos do Poder Público. 
STF, Súmula 347 - O Tribunal de Contas, no exercício de suas atribuições, pode apreciar 
a constitucionalidade das leis e dos atos do Poder Público. 
Quanto à legitimidade é importante frisar que qualquer pessoa (física ou 
jurídica) e até entes despersonalizados possuem legitimidade para discutir a 
constitucionalidade de uma lei ou ato normativo do sistema difuso. 
É possível a manifestação do amicus curiae no controle difuso de 
constitucionalidade. 
Obs.: Amicus Curiae é a pessoa que tem interesse na causa. 
A inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, neste procedimento, pode, 
inclusive, ser declarada de ofício pelo magistrado. 
Inexiste ação específica para a declaração de inconstitucionalidade no controle 
difuso, podendo ser suscitada em processos de conhecimento, execução e 
cautelar. 
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Quanto ao objeto – qualquer lei ou ato normativo federal, estadual ou 
municipal está sujeito ao controle difuso de constitucionalidade, inclusive, 
leis e atos anteriores à Constituição. 
Quanto ao efeito – em regra, a decisão produz efeitos inter partes e ex tunc, 
mas sem vinculação dos demais órgãos do Poder Judiciário e da 
Administração Pública. O STF admite a modulação dos efeitos (razões de 
segurança jurídica e excepcional interesse público). 
O Senado Federal pode suspender a eficácia de lei ou ato normativo 
declarado inconstitucional pelo STF, mas sem alterar os efeitos da lei ou ato 
declarado inconstitucional; é atuação discricionária; a resolução do Senado 
Federal gera efeitos ex nunc: 
CF, Art. 52. Compete privativamente ao Senado Federal: (...) X - suspender a execução, 
no todo ou em parte, de lei declarada inconstitucional por decisão definitiva do Supremo 
Tribunal Federal; 
Obs.: O STF entende que a ação civil pública pode ser utilizada para o 
reconhecimento do controle de constitucionalidade, desde que não tenha 
por objeto principal a própria declaração de inconstitucionalidade, ou 
seja, desde que o controle seja incidental. 
2.4 Controle Abstrato ou Concentrado de Constitucionalidade 
Objetiva a manutenção da supremacia Constitucional. 
Tem causa de pedir aberta e não há vinculação aos motivos apresentados, ou 
seja, o reconhecimento de inconstitucionalidade pode ter motivos alheios 
ao da petição inicial. 
O STF, ao julgar as ações de controle abstrato de constitucionalidade, não está 
vinculado aos fundamentos jurídicos invocados pelo autor. Assim, pode-se dizer 
que na ADI, ADC e ADPF, a causade pedir (causa petendi) é aberta. Isso significa que 
todo e qualquer dispositivo da Constituição Federal ou do restante do bloco de 
constitucionalidade poderá ser utilizado pelo STF como fundamento jurídico para 
declarar uma lei ou ato normativo inconstitucional (Informativo nº 856, STF). 
Importante (Informativo nº 787, STF): A decisão do STF que declara a 
constitucionalidade ou a inconstitucionalidade de preceito normativo não 
produz a automática reforma ou rescisão das decisões proferidas em 
outros processos anteriores que tenham adotado entendimento diferente 
do que posteriormente decidiu o Supremo. 
Para que haja essa reforma ou rescisão, será indispensável a interposição 
do recurso próprio ou, se for o caso, a propositura da ação rescisória 
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própria, nos termos do art. 485, V, do CPC 1973 (art. 966, V do CPC 2015), 
observado o prazo decadencial de 2 anos (art. 495 do CPC 1973 / art. 975 
do CPC 2015). 
Segundo afirmou o STF, não se pode confundir a eficácia normativa de 
uma sentença que declara a inconstitucionalidade (que retira do plano 
jurídico a norma com efeito “ex tunc”) com a eficácia executiva, ou seja, o 
efeito vinculante dessa decisão. 
O controle concentrado ou abstrato é realizado através das seguintes ações: 
2.4.1 Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 
Regulada pela Lei n° 9.868/99 e tem por objeto lei ou ato normativo federal 
ou estadual, sendo passível de ação rescisória e podendo ter seu objeto 
ampliado pelo STF. 
A norma abstrata deve estar em desconformidade direta com a CF. 
Decretos autônomos podem ser impugnados por ADI perante o STF (desde 
que redigidos pelo Presidente da República, Governador Estadual ou Distrital). 
Atos normativos pré-constitucionais podem ter sua constitucionalidade discutida 
através do controle difuso. 
Obs.: O Supremo Tribunal Federal não admite a impugnação em ação 
direta de inconstitucionalidade de leis e atos normativos revogados, que 
não estejam mais em vigor no momento da apreciação da ação, tampouco 
de normas cuja eficácia já tenha se esgotado, tais como medidas 
provisórias já rejeitadas pelo Congresso Nacional. 
A competência para julgar a ADI que tenha por objeto lei ou ato normativo 
federal ou estadual é do STF e a decisão será tomada por, no mínimo, seis 
Ministros (no caso, maioria absoluta) 
CF, Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: I - processar e julgar, originariamente: a) a ação direta de 
inconstitucionalidade de lei ou ato normativo federal ou estadual e a ação declaratória 
de constitucionalidade de lei ou ato normativo federal. 
A ADI tem efeitos erga omnes, vinculante (em relação a toda a Administração 
Pública direta e indireta), e, em regra, ex tunc. 
A decisão proferida pelo STF não vincula o Poder Legislativo ou o plenário 
do próprio Tribunal; 
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É possível a modulação de efeitos na ADI em razões de segurança jurídica ou 
excepcional interesse público. 
Lei 9.868/99, Art. 27. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, e tendo 
em vista razões de segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o 
Supremo Tribunal Federal, por maioria de dois terços de seus membros, restringir os 
efeitos daquela declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito 
em julgado ou de outro momento que venha a ser fixado. 
São legitimados a propor a ADI: 
CF, Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação 
declaratória de constitucionalidade: I - o Presidente da República; II - a Mesa do 
Senado Federal; III - a Mesa da Câmara dos Deputados; IV a Mesa de Assembleia 
Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; V o Governador de Estado ou 
do Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da 
Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso 
Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
É uma proposta a ação direta, ou seja, não se admitirá desistência. 
As mesas das Assembleias e Câmara Legislativas, Governadores de Estados e 
do DF, confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional 
(profissional) são legitimados especiais e devem demonstrar interesse de 
agir. Os demais são legitimados universais. 
Obs.: não podem propor ADI ou ADC: Deputado Federal, Senador e 
Ministro de Estado. 
É viável a concessão de medida cautelar na ADI e essa concessão possui 
efeito repristinatório em relação à legislação anterior. Do descumprimento da 
medida cautelar cabe reclamação junto ao STF. 
O Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República deverão se 
manifestar na ADI, mas, no entendimento do STF, o Advogado-Geral da União 
não está obrigado a defender tese jurídica se o STF já houver se manifestado 
pela inconstitucionalidade. 
Não se admite intervenção de terceiros na ADI, mas poderá ser admitido o 
denominado amicus curiae. 
A ADI tem natureza dúplice, isto é, se a ação for procedente a lei ou ato é 
inconstitucional, mas se for improcedente é constitucional. 
Na ADI é possível o esclarecimento de matéria de fato. 
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Obs.: Os decretos regulamentares não podem ser objeto de ADI. As 
normas pré-constitucionais não podem ser impugnadas por ADI. 
Obs.: O STF não reconhece a inconstitucionalidade superveniente. 
Obs.: os Tribunais de Justiça realizam controle Concentrado de 
constitucionalidade no âmbito Estadual; é possível que haja controle 
concentrado de lei ou ato normativo municipal em face da Constituição 
Federal. 
Leitura recomendada: 
Lei nº 9.868/99 - DA AÇÃO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE 
Seção I - Da Admissibilidade e do Procedimento da 
Ação Direta de Inconstitucionalidade 
Art. 2º Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade: (Vide artigo 103 da 
Constituição Federal) I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III - 
a Mesa da Câmara dos Deputados; IV - a Mesa de Assembleia Legislativa ou a Mesa da 
Câmara Legislativa do Distrito Federal; V - o Governador de Estado ou o Governador do 
Distrito Federal; VI - o Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da 
Ordem dos Advogados do Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso 
Nacional; IX - confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional. 
Art. 3º A petição indicará: I - o dispositivo da lei ou do ato normativo impugnado e os 
fundamentos jurídicos do pedido em relação a cada uma das impugnações; II - o pedido, 
com suas especificações. Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada de 
instrumento de procuração, quando subscrita por advogado, será apresentada em duas 
vias, devendo conter cópias da lei ou do ato normativo impugnado e dos documentos 
necessários para comprovar a impugnação. 
Art. 4º A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente 
serão liminarmente indeferidas pelo relator. Parágrafo único. Cabe agravo da decisão 
que indeferir a petição inicial. 
Art. 5º Proposta a ação direta, não se admitirá desistência. 
Art. 6º O relator pedirá informações aos órgãos ou às autoridades das quais emanou a 
lei ou o ato normativo impugnado. Parágrafo único. As informações serão prestadas no 
prazo de trinta dias contado do recebimento do pedido. 
Art. 7º Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação direta de 
inconstitucionalidade. § 1º (VETADO) § 2º O relator, considerando a relevância da 
matéria e a representatividade dos postulantes, poderá, por despacho irrecorrível,atos de improbidade violam a probidade na organização do Estado 
e no exercício de suas funções e a integridade do patrimônio público e social dos 
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, bem como da administração direta e indireta, 
no âmbito da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. § 6º Estão 
sujeitos às sanções desta Lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de 
entidade privada que receba subvenção, benefício ou incentivo, fiscal ou creditício, de 
entes públicos ou governamentais, previstos no § 5º deste artigo. § 7º 
Independentemente de integrar a administração indireta, estão sujeitos às sanções desta 
Lei os atos de improbidade praticados contra o patrimônio de entidade privada para cuja 
criação ou custeio o erário haja concorrido ou concorra no seu patrimônio ou receita 
atual, limitado o ressarcimento de prejuízos, nesse caso, à repercussão do ilícito sobre 
a contribuição dos cofres públicos. § 8º Não configura improbidade a ação ou omissão 
decorrente de divergência interpretativa da lei, baseada em jurisprudência, ainda que 
não pacificada, mesmo que não venha a ser posteriormente prevalecente nas decisões 
dos órgãos de controle ou dos tribunais do Poder Judiciário. 
Lei n° 8.429/92, Art. 2º Para os efeitos desta Lei, consideram-se agente público o agente 
político, o servidor público e todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem 
remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma 
de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades referidas 
no art. 1º desta Lei. Parágrafo único. No que se refere a recursos de origem pública, 
sujeita-se às sanções previstas nesta Lei o particular, pessoa física ou jurídica, que 
celebra com a administração pública convênio, contrato de repasse, contrato de gestão, 
termo de parceria, termo de cooperação ou ajuste administrativo equivalente. 
Quando se fala em Agentes Públicos é interessante você saber que iremos 
abordar os arts. 37 a 41 e 169 da CF/88, a Lei nº 8.112/90, a Lei nº 8.745/93 e a 
Lei nº e 9.962/00. 
Obs.: vale lembrar também que cada ente pode estabelecer as normas 
relativas ao regime jurídico de seus servidores. 
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1.1 Espécies de Agentes Públicos 
• Servidores públicos – são pessoas físicas que prestam concurso 
público e ocupam cargos públicos, remunerados pelos cofres públicos, 
submetendo-se ao regime jurídico de direito público e possuem 
vínculo estatutário. 
• Empregados Públicos - são pessoas físicas, também concursadas, 
mas que se submetem ao Regime Jurídico de Direito Privado; vínculo 
celetista (CLT). 
Obs.: dentro de uma mesma entidade somente poderá existir uma das 
espécies de Agentes Públicos. 
1.2 Classificação dos Agentes Públicos 
Os agentes públicos se classificam em: 
Agentes políticos - são pessoas do mais alto grau de importância na 
Administração Pública, possuindo competência atribuída na CF (funções típicas 
de governo). 
Possuem uma relação jurídico-institucional transitória com o Estado e 
geralmente são investidos em seus cargos por meio de eleição, nomeação 
ou designação, por exemplo, Presidentes, Deputados, Senadores, Ministros, 
etc. 
Agentes Administrativos – exercem sua função de forma profissional, são eles: 
• Servidores estatutários – regidos por um regime estatutário, são 
titulares de cargos públicos; 
• Empregados públicos – a relação com a Administração é contratual e 
regida pela CLT, tendo natureza de emprego público; 
• Servidores temporários – estão submetidos a regime jurídico especial, 
desempenhando uma mera função por tempo determinado e visa 
atender necessidade temporária de excepcional interesse público. 
Cada ente federativo deverá editar leis para disciplinar as situações que 
ensejarão essa contratação. 
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CF, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
(...) IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado para atender 
a necessidade temporária de excepcional interesse público; 
Particulares em colaboração com o poder público – são pessoas físicas 
que prestam serviço ao Estado, sem vínculo empregatício, com ou sem 
remuneração. 
São divididos em: 
• Delegação do Poder Público – exercem função em nome próprio, sob 
fiscalização do Poder Público, e recebem remuneração de terceiros 
usuários do serviço público, por exemplo, leiloeiros, tradutores etc.; são 
também chamados de agentes delegados; 
• Requisição, nomeação ou designação – exercício de funções públicas 
relevantes, não tem vínculo empregatício e em geral não recebem 
remuneração, por exemplo, jurados, mesários, comissários de menores, 
etc.; são também chamados de agentes honoríficos; 
• Gestores de negócios – espontaneamente assumem função pública 
em momento de emergência, como epidemia, enchente, etc. 
• Agentes credenciados – representam a Administração em determinado 
ato ou praticam determinada atividade específica, por exemplo, a 
contratação da cantora Cláudia Leite para cantar a música oficial da Copa 
do Mundo de 2014; 
Militares – são pessoas físicas que prestam serviços às Forças Armadas e às 
Polícias Militares e Corpos de Bombeiros Militares dos Estados, Distrito Federal 
e dos Territórios. 
CF, Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela 
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base 
na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e 
destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa 
de qualquer destes, da lei e da ordem. (...) § 3º Os membros das Forças Armadas são 
denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as 
seguintes disposições: I - as patentes, com prerrogativas, direitos e deveres a elas 
inerentes, são conferidas pelo Presidente da República e asseguradas em plenitude aos 
oficiais da ativa, da reserva ou reformados, sendo-lhes privativos os títulos e postos 
militares e, juntamente com os demais membros, o uso dos uniformes das Forças 
Armadas; II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou emprego público civil 
permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, alínea "c", será 
transferido para a reserva, nos termos da lei: III - o militar da ativa que, de acordo com a 
lei, tomar posse em cargo, emprego ou função pública civil temporária, não eletiva, ainda 
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que da administração indireta, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, 
alínea "c", ficará agregado ao respectivo quadro e somente poderá, enquanto 
permanecer nessa situação, ser promovido por antiguidade, contando-se-lhe o tempo de 
serviço apenas para aquela promoção e transferência para a reserva, sendo depois de 
dois anos de afastamento, contínuos ou não, transferido para a reserva, nos termos da 
lei; IV - ao militar são proibidas a sindicalização e a greve; V - o militar, enquanto em 
serviço ativo, não pode estar filiado a partidos políticos; VI - o oficial só perderá o posto 
e a patente se for julgado indigno do oficialato ou com ele incompatível, por decisão de 
tribunal militar de caráter permanente, em tempo de paz, ou de tribunal especial, em 
tempo de guerra; VII - o oficial condenado na justiça comum ou militar a pena privativa 
de liberdade superioradmitir, observado o prazo fixado no parágrafo anterior, a manifestação de outros órgãos 
ou entidades. 
Art. 8º Decorrido o prazo das informações, serão ouvidos, sucessivamente, o Advogado-
Geral da União e o Procurador-Geral da República, que deverão manifestar-se, cada 
qual, no prazo de quinze dias. 
Art. 9º Vencidos os prazos do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a 
todos os Ministros, e pedirá dia para julgamento. § 1º Em caso de necessidade de 
esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das 
informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, 
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designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão, ou fixar 
data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e 
autoridade na matéria. § 2º O relator poderá, ainda, solicitar informações aos Tribunais 
Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da 
norma impugnada no âmbito de sua jurisdição. § 3º As informações, perícias e 
audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta 
dias, contado da solicitação do relator. 
Seção II - Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade 
Art. 10. Salvo no período de recesso, a medida cautelar na ação direta será concedida 
por decisão da maioria absoluta dos membros do Tribunal, observado o disposto no art. 
22, após a audiência dos órgãos ou autoridades dos quais emanou a lei ou ato normativo 
impugnado, que deverão pronunciar-se no prazo de cinco dias. § 1º O relator, julgando 
indispensável, ouvirá o Advogado-Geral da União e o Procurador-Geral da República, no 
prazo de três dias. § 2º No julgamento do pedido de medida cautelar, será facultada 
sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e das autoridades ou órgãos 
responsáveis pela expedição do ato, na forma estabelecida no Regimento do Tribunal. § 
3º Em caso de excepcional urgência, o Tribunal poderá deferir a medida cautelar sem a 
audiência dos órgãos ou das autoridades das quais emanou a lei ou o ato normativo 
impugnado. 
Art. 11. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar em 
seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União a parte 
dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo solicitar as informações à 
autoridade da qual tiver emanado o ato, observando-se, no que couber, o procedimento 
estabelecido na Seção I deste Capítulo. § 1º A medida cautelar, dotada de eficácia contra 
todos, será concedida com efeito ex nunc, salvo se o Tribunal entender que deva 
conceder-lhe eficácia retroativa. § 2º A concessão da medida cautelar torna aplicável a 
legislação anterior acaso existente, salvo expressa manifestação em sentido contrário. 
Art. 12. Havendo pedido de medida cautelar, o relator, em face da relevância da matéria 
e de seu especial significado para a ordem social e a segurança jurídica, poderá, após a 
prestação das informações, no prazo de dez dias, e a manifestação do Advogado-Geral 
da União e do Procurador-Geral da República, sucessivamente, no prazo de cinco dias, 
submeter o processo diretamente ao Tribunal, que terá a faculdade de julgar 
definitivamente a ação. 
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2.4.2 Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão (ADO) 
A ADO integra o sistema concentrado ou abstrato de controle de 
constitucionalidade e é proposta pelos mesmos legitimados da ADI genérica. 
O STF é competente para processar e julgar e a decisão de mérito na ADI por 
omissão tem caráter obrigatório e mandamental. 
Não cabe ao STF editar a norma, com caráter genérico e abstrato, cuja omissão 
foi declarada (separação dos Poderes). 
Leitura recomendada: 
Lei nº 9.868/99, Seção I - Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Direta de 
Inconstitucionalidade por Omissão 
Art. 12-A. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade por omissão os 
legitimados à propositura da ação direta de inconstitucionalidade e da ação declaratória 
de constitucionalidade. 
Art. 12-B. A petição indicará: I - a omissão inconstitucional total ou parcial quanto ao 
cumprimento de dever constitucional de legislar ou quanto à adoção de providência de 
índole administrativa; II - o pedido, com suas especificações. Parágrafo único. A petição 
inicial, acompanhada de instrumento de procuração, se for o caso, será apresentada em 
2 (duas) vias, devendo conter cópias dos documentos necessários para comprovar a 
alegação de omissão. 
Art. 12-C. A petição inicial inepta, não fundamentada, e a manifestamente improcedente 
serão liminarmente indeferidas pelo relator. Parágrafo único. Cabe agravo da decisão 
que indeferir a petição inicial. 
Art. 12-D. Proposta a ação direta de inconstitucionalidade por omissão, não se admitirá 
desistência. 
Art. 12-E. Aplicam-se ao procedimento da ação direta de inconstitucionalidade por 
omissão, no que couber, as disposições constantes da Seção I do Capítulo II desta Lei. 
§ 1º Os demais titulares referidos no art. 2o desta Lei poderão manifestar-se, por escrito, 
sobre o objeto da ação e pedir a juntada de documentos reputados úteis para o exame 
da matéria, no prazo das informações, bem como apresentar memoriais. § 2º O relator 
poderá solicitar a manifestação do Advogado-Geral da União, que deverá ser 
encaminhada no prazo de 15 (quinze) dias. § 3º O Procurador-Geral da República, nas 
ações em que não for autor, terá vista do processo, por 15 (quinze) dias, após o decurso 
do prazo para informações. 
Seção II - Da Medida Cautelar em Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 
Art. 12-F. Em caso de excepcional urgência e relevância da matéria, o Tribunal, por 
decisão da maioria absoluta de seus membros, observado o disposto no art. 22, poderá 
conceder medida cautelar, após a audiência dos órgãos ou autoridades responsáveis 
pela omissão inconstitucional, que deverão pronunciar-se no prazo de 5 (cinco) dias. § 
1º A medida cautelar poderá consistir na suspensão da aplicação da lei ou do ato 
normativo questionado, no caso de omissão parcial, bem como na suspensão de 
processos judiciais ou de procedimentos administrativos, ou ainda em outra providência 
a ser fixada pelo Tribunal. § 2º O relator, julgando indispensável, ouvirá o Procurador-
Geral da República, no prazo de 3 (três) dias. § 3º No julgamento do pedido de medida 
cautelar, será facultada sustentação oral aos representantes judiciais do requerente e 
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das autoridades ou órgãos responsáveis pela omissão inconstitucional, na forma 
estabelecida no Regimento do Tribunal. 
 Art.12-G. Concedida a medida cautelar, o Supremo Tribunal Federal fará publicar, em 
seção especial do Diário Oficial da União e do Diário da Justiça da União, a parte 
dispositiva da decisão no prazo de 10 (dez) dias, devendo solicitar as informações à 
autoridade ou ao órgão responsável pela omissão inconstitucional, observando-se, no 
que couber, o procedimento estabelecido na Seção I do Capítulo II desta Lei. 
Seção III - Da Decisão na Ação Direta de Inconstitucionalidade por Omissão 
Art. 12-H. Declarada a inconstitucionalidade por omissão, com observância do disposto 
no art. 22, será dada ciência ao Poder competente para a adoção das providências 
necessárias. § 1º Em caso de omissão imputável a órgão administrativo, as providências 
deverão ser adotadas no prazo de 30 (trinta) dias, ou em prazo razoável a ser estipulado 
excepcionalmente pelo Tribunal, tendo em vista as circunstâncias específicas do caso e 
o interessepúblico envolvido. § 2º Aplica-se à decisão da ação direta de 
inconstitucionalidade por omissão, no que couber, o disposto no Capítulo IV desta Lei. 
 
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2.4.2 Mandado de Injunção 
Serve à tutela do direito subjetivo em concreto, obstado em razão da falta de 
norma regulamentadora; 
É cabível diante de norma constitucional de eficácia limitada, prescrevendo 
direitos, liberdades constitucionais e prerrogativas inerentes à nacionalidade, à 
soberania e à cidadania; 
O Mandado de Injunção é regulado pela Lei nº 13.300/16, que disciplina o 
processo e o julgamento dos mandados de injunção individual e coletivo e dá 
outras providências; disponibilizarei abaixo: 
Lei nº 13.300/16, Art. 1º Esta Lei disciplina o processo e o julgamento dos mandados de 
injunção individual e coletivo, nos termos do inciso LXXI do art. 5º da Constituição Federa 
l. 
Art. 2º Conceder-se-á mandado de injunção sempre que a falta total ou parcial de norma 
regulamentadora torne inviável o exercício dos direitos e liberdades constitucionais e das 
prerrogativas inerentes à nacionalidade, à soberania e à cidadania. Parágrafo único. 
Considera-se parcial a regulamentação quando forem insuficientes as normas editadas 
pelo órgão legislador competente. Art. 3º São legitimados para o mandado de injunção, 
como impetrantes, as pessoas naturais ou jurídicas que se afirmam titulares dos direitos, 
das liberdades ou das prerrogativas referidos no art. 2º e, como impetrado, o Poder, o 
órgão ou a autoridade com atribuição para editar a norma regulamentadora. 
Art. 4º A petição inicial deverá preencher os requisitos estabelecidos pela lei processual 
e indicará, além do órgão impetrado, a pessoa jurídica que ele integra ou aquela a que 
está vinculado. § 1º Quando não for transmitida por meio eletrônico, a petição inicial e 
os documentos que a instruem serão acompanhados de tantas vias quantos forem os 
impetrados. § 2º Quando o documento necessário à prova do alegado encontrar-se em 
repartição ou estabelecimento público, em poder de autoridade ou de terceiro, havendo 
recusa em fornecê-lo por certidão, no original, ou em cópia autêntica, será ordenada, a 
pedido do impetrante, a exibição do documento no prazo de 10 (dez) dias, devendo, 
nesse caso, ser juntada cópia à segunda via da petição. § 3º Se a recusa em fornecer o 
documento for do impetrado, a ordem será feita no próprio instrumento da notificação. 
Art. 5º Recebida a petição inicial, será ordenada: I - a notificação do impetrado sobre o 
conteúdo da petição inicial, devendo-lhe ser enviada a segunda via apresentada com as 
cópias dos documentos, a fim de que, no prazo de 10 (dez) dias, preste informações; II 
- a ciência do ajuizamento da ação ao órgão de representação judicial da pessoa jurídica 
interessada, devendo-lhe ser enviada cópia da petição inicial, para que, querendo, 
ingresse no feito. 
Art. 6º A petição inicial será desde logo indeferida quando a impetração for 
manifestamente incabível ou manifestamente improcedente. Parágrafo único. Da 
decisão de relator que indeferir a petição inicial, caberá agravo, em 5 (cinco) dias, para 
o órgão colegiado competente para o julgamento da impetração. 
Art. 7º Findo o prazo para apresentação das informações, será ouvido o Ministério 
Público, que opinará em 10 (dez) dias, após o que, com ou sem parecer, os autos serão 
conclusos para decisão. 
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Art. 8º Reconhecido o estado de mora legislativa, será deferida a injunção para: I - 
determinar prazo razoável para que o impetrado promova a edição da norma 
regulamentadora; II - estabelecer as condições em que se dará o exercício dos direitos, 
das liberdades ou das prerrogativas reclamados ou, se for o caso, as condições em que 
poderá o interessado promover ação própria visando a exercê-los, caso não seja suprida 
a mora legislativa no prazo determinado. Parágrafo único. Será dispensada a 
determinação a que se refere o inciso I do caput quando comprovado que o impetrado 
deixou de atender, em mandado de injunção anterior, ao prazo estabelecido para a 
edição da norma. 
Art. 9º A decisão terá eficácia subjetiva limitada às partes e produzirá efeitos até o 
advento da norma regulamentadora. § 1º Poderá ser conferida eficácia ultra partes ou 
erga omnes à decisão, quando isso for inerente ou indispensável ao exercício do direito, 
da liberdade ou da prerrogativa objeto da impetração. § 2º Transitada em julgado a 
decisão, seus efeitos poderão ser estendidos aos casos análogos por decisão 
monocrática do relator. § 3º O indeferimento do pedido por insuficiência de prova não 
impede a renovação da impetração fundada em outros elementos probatórios. 
Art. 10. Sem prejuízo dos efeitos já produzidos, a decisão poderá ser revista, a pedido 
de qualquer interessado, quando sobrevierem relevantes modificações das 
circunstâncias de fato ou de direito. Parágrafo único. A ação de revisão observará, no 
que couber, o procedimento estabelecido nesta Lei. 
Art. 11. A norma regulamentadora superveniente produzirá efeitos ex nunc em relação 
aos beneficiados por decisão transitada em julgado, salvo se a aplicação da norma 
editada lhes for mais favorável. Parágrafo único. Estará prejudicada a impetração se a 
norma regulamentadora for editada antes da decisão, caso em que o processo será 
extinto sem resolução de mérito. 
Art. 12. O mandado de injunção coletivo pode ser promovido: I - pelo Ministério Público, 
quando a tutela requerida for especialmente relevante para a defesa da ordem jurídica, 
do regime democrático ou dos interesses sociais ou individuais indisponíveis; II - por 
partido político com representação no Congresso Nacional, para assegurar o exercício 
de direitos, liberdades e prerrogativas de seus integrantes ou relacionados com a 
finalidade partidária; III - por organização sindical, entidade de classe ou associação 
legalmente constituída e em funcionamento há pelo menos 1 (um) ano, para assegurar 
o exercício de direitos, liberdades e prerrogativas em favor da totalidade ou de parte de 
seus membros ou associados, na forma de seus estatutos e desde que pertinentes a 
suas finalidades, dispensada, para tanto, autorização especial; IV - pela Defensoria 
Pública, quando a tutela requerida for especialmente relevante para a promoção dos 
direitos humanos e a defesa dos direitos individuais e coletivos dos necessitados, na 
forma do inciso LXXIV do art. 5º da Constituição Federal. Parágrafo único. Os direitos, 
as liberdades e as prerrogativas protegidos por mandado de injunção coletivo são os 
pertencentes, indistintamente, a uma coletividade indeterminada de pessoas ou 
determinada por grupo, classe ou categoria. 
Art. 13. No mandado de injunção coletivo, a sentença fará coisa julgada limitadamente 
às pessoas integrantes da coletividade, do grupo, da classe ou da categoria substituídos 
pelo impetrante, sem prejuízo do disposto nos §§ 1º e 2º do art. 9º. Parágrafo único. O 
mandado de injunção coletivo não induz litispendência em relação aos individuais, mas 
os efeitos da coisa julgada não beneficiarão o impetrante que não requerer a desistência 
da demanda individual no prazo de 30 (trinta) dias a contar da ciência comprovada da 
impetração coletiva. 
Art. 14. Aplicam-se subsidiariamente ao mandado de injunção as normas do mandado 
de segurança, disciplinado pela Lei nº 12.016, de 7 de agosto de 2009, e do Código de 
Processo Civil, instituído pela Lei nº 5.869, de 11 de janeiro de 1973, e pela Lei nº 13.105, 
de 16 de março de 2015, observado o disposto em seus arts. 1.045 e 1.046. 
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2.4.4 Arguição deDescumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) 
É regulamentada pela Lei n° 9.882/99 e tem como legitimados os mesmos da 
ADI. 
A competência para o processo e julgamento é originária e exclusiva do STF. 
CF, Art. 102. Compete ao Supremo Tribunal Federal, precipuamente, a guarda da 
Constituição, cabendo-lhe: (...) § 1.º A arguição de descumprimento de preceito 
fundamental, decorrente desta Constituição, será apreciada pelo Supremo Tribunal 
Federal, na forma da lei. 
Existem duas espécies de ADPF: 
• Autônoma ou direta – reparar ou evitar lesão a preceito fundamental 
decorrente de ato do Poder Público estadual, municipal ou federal. 
Lei nº 9.882/99, Art. 1º A arguição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal 
será proposta perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar 
lesão a preceito fundamental, resultante de ato do Poder Público. 
• Por equiparação ou incidental – relevante controvérsia constitucional 
sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, incluindo os 
atos normativos pré-constitucionais. 
Lei nº 9.882/99, Art. 1º (...)Parágrafo único. Caberá também arguição de 
descumprimento de preceito fundamental: I - quando for relevante o fundamento da 
controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual ou municipal, 
incluídos os anteriores à Constituição; 
A decisão que julgar procedente ou improcedente é irrecorrível, não podendo 
ser objeto de ação rescisória. 
A ADPF somente poderá ser ajuizada se não houver outros meios para 
reconhecer a inconstitucionalidade (princípio da subsidiariedade – Ação 
Residual). 
Não se admite intervenção de terceiros na ADPF, mas o STF tem admitido 
amicus curiae. 
As decisões tomadas em sede de ADPF têm efeitos erga omnes, vinculantes 
e, em regra, ex tunc; seus efeitos podem ser modulados (em razões de 
segurança jurídica ou de excepcional interesse social). 
Cabe reclamação ao STF se descumprida. 
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O STF, em regra, por decisão da maioria absoluta de seus membros, poderá 
deferir o pedido de medida liminar na ADPF. 
Obs.: Inconstitucionalidade por arrastamento - adotada pelo STF, há 
reconhecimento da inconstitucionalidade, independentemente de pedido, 
de norma não impugnada que seja dependente de norma declarada 
inconstitucional. 
Os TJs podem realizar controle concentrado de constitucionalidade tendo 
como parâmetro a Constituição Estadual. 
CF, Art. 125. Os Estados organizarão sua Justiça, observados os princípios 
estabelecidos nesta Constituição. (...) § 2º Cabe aos Estados a instituição de 
representação de inconstitucionalidade de leis ou atos normativos estaduais ou 
municipais em face da Constituição Estadual, vedada a atribuição da legitimação para 
agir a um único órgão. 
Não cabe ADPF: 
• Contra atos políticos; 
• Contra veto presidencial; 
• Contra súmulas do STF. 
Lei nº 9.882/99: 
Art. 1º A argüição prevista no § 1o do art. 102 da Constituição Federal será proposta 
perante o Supremo Tribunal Federal, e terá por objeto evitar ou reparar lesão a preceito 
fundamental, resultante de ato do Poder Público. Parágrafo único. Caberá também 
argüição de descumprimento de preceito fundamental: I - quando for relevante o 
fundamento da controvérsia constitucional sobre lei ou ato normativo federal, estadual 
ou municipal, incluídos os anteriores à Constituição; 
Art. 2º Podem propor argüição de descumprimento de preceito fundamental: I - os 
legitimados para a ação direta de inconstitucionalidade; § 1º Na hipótese do inciso II, 
faculta-se ao interessado, mediante representação, solicitar a propositura de argüição de 
descumprimento de preceito fundamental ao Procurador-Geral da República, que, 
examinando os fundamentos jurídicos do pedido, decidirá do cabimento do seu ingresso 
em juízo. 
Art. 3º A petição inicial deverá conter: I - a indicação do preceito fundamental que se 
considera violado; II - a indicação do ato questionado; III - a prova da violação do preceito 
fundamental; IV - o pedido, com suas especificações; V - se for o caso, a comprovação 
da existência de controvérsia judicial relevante sobre a aplicação do preceito 
fundamental que se considera violado. Parágrafo único. A petição inicial, acompanhada 
de instrumento de mandato, se for o caso, será apresentada em duas vias, devendo 
conter cópias do ato questionado e dos documentos necessários para comprovar a 
impugnação. 
Art. 4º A petição inicial será indeferida liminarmente, pelo relator, quando não for o caso 
de arguição de descumprimento de preceito fundamental, faltar algum dos requisitos 
prescritos nesta Lei ou for inepta. § 1º Não será admitida arguição de descumprimento 
de preceito fundamental quando houver qualquer outro meio eficaz de sanar a lesividade. 
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§ 2º Da decisão de indeferimento da petição inicial caberá agravo, no prazo de cinco 
dias. 
Art. 5º O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, 
poderá deferir pedido de medida liminar na arguição de descumprimento de preceito 
fundamental. § 1º Em caso de extrema urgência ou perigo de lesão grave, ou ainda, em 
período de recesso, poderá o relator conceder a liminar, ad referendum do Tribunal 
Pleno. § 2º O relator poderá ouvir os órgãos ou autoridades responsáveis pelo ato 
questionado, bem como o Advogado-Geral da União ou o Procurador-Geral da 
República, no prazo comum de cinco dias. § 3º A liminar poderá consistir na 
determinação de que juízes e tribunais suspendam o andamento de processo ou os 
efeitos de decisões judiciais, ou de qualquer outra medida que apresente relação com a 
matéria objeto da arguição de descumprimento de preceito fundamental, salvo se 
decorrentes da coisa julgada. 
Art. 6º Apreciado o pedido de liminar, o relator solicitará as informações às autoridades 
responsáveis pela prática do ato questionado, no prazo de dez dias. § 1º Se entender 
necessário, poderá o relator ouvir as partes nos processos que ensejaram a arguição, 
requisitar informações adicionais, designar perito ou comissão de peritos para que emita 
parecer sobre a questão, ou ainda, fixar data para declarações, em audiência pública, 
de pessoas com experiência e autoridade na matéria. § 2º Poderão ser autorizadas, a 
critério do relator, sustentação oral e juntada de memoriais, por requerimento dos 
interessados no processo. 
Art. 7º Decorrido o prazo das informações, o relator lançará o relatório, com cópia a todos 
os ministros, e pedirá dia para julgamento. Parágrafo único. O Ministério Público, nas 
arguições que não houver formulado, terá vista do processo, por cinco dias, após o 
decurso do prazo para informações. 
Art. 8º A decisão sobre a arguição de descumprimento de preceito fundamental somente 
será tomada se presentes na sessão pelo menos dois terços dos Ministros. 
Art. 10. Julgada a ação, far-se-á comunicação às autoridades ou órgãos responsáveis 
pela prática dos atos questionados, fixando-se as condições e o modo de interpretação 
e aplicação do preceito fundamental. § 1º O presidente do Tribunal determinará o 
imediato cumprimento da decisão, lavrando-se o acórdão posteriormente. § 2º Dentro do 
prazo de dez dias contado a partir do trânsito em julgado da decisão, sua parte 
dispositiva será publicada em seção especial do Diário da Justiça e do Diário Oficial da 
União. § 3º A decisão terá eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos 
demais órgãos do Poder Público. 
Art. 11. Ao declarar a inconstitucionalidade de lei ou ato normativo, no processo de 
arguição de descumprimento de preceito fundamental, e tendo em vista razões de 
segurança jurídica ou de excepcional interesse social, poderá o Supremo Tribunal 
Federal, por maioria de doisterços de seus membros, restringir os efeitos daquela 
declaração ou decidir que ela só tenha eficácia a partir de seu trânsito em julgado ou de 
outro momento que venha a ser fixado. 
Art. 12. A decisão que julgar procedente ou improcedente o pedido em arguição de 
descumprimento de preceito fundamental é irrecorrível, não podendo ser objeto de ação 
rescisória. 
Art. 13. Caberá reclamação contra o descumprimento da decisão proferida pelo Supremo 
Tribunal Federal, na forma do seu Regimento Interno. 
Art. 14. Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
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2.4.3 Ação Declaratória de Constitucionalidade (ADC) 
É semelhante a ADI, cuja competência é do STF e possui, além de natureza 
dúplice, efeitos erga omnes (eficácia contra todos), vinculante, e sempre ex 
tunc. Busca-se declarar a constitucionalidade de lei ou ato normativo. 
CF, Art. 102 (...) § 2º As decisões definitivas de mérito, proferidas pelo Supremo Tribunal 
Federal, nas ações diretas de inconstitucionalidade e nas ações declaratórias de 
constitucionalidade produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante, relativamente 
aos demais órgãos do Poder Judiciário e à administração pública direta e indireta, nas 
esferas federal, estadual e municipal. 
É importante destacar que o Poder Legislativo, em sua função típica de 
legislar, não fica vinculado às decisões definitivas de mérito proferidas pelo 
Supremo Tribunal Federal no controle de constitucionalidade, isto significa que 
se for aprovado um projeto de lei que contrarie o entendimento do STF, poderá 
ocorrer a superação da jurisprudência. 
Os legitimados para propor ADC são os mesmos da ADI. 
CF, Art. 103. Podem propor a ação direta de inconstitucionalidade e a ação declaratória 
de constitucionalidade: I - o Presidente da República; II - a Mesa do Senado Federal; III 
- a Mesa da Câmara dos Deputados; IV a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara 
Legislativa do Distrito Federal; V o Governador de Estado ou do Distrito Federal; VI - o 
Procurador-Geral da República; VII - o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do 
Brasil; VIII - partido político com representação no Congresso Nacional; IX - 
confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional 
A decisão sobre a constitucionalidade da lei ou do ato normativo será tomada 
por, no mínimo, seis Ministros estando presentes na sessão pelo menos oito. 
Com a ADC busca-se declarar a constitucionalidade da lei ou ato normativo 
federal impugnado. 
A ADC tem como pressuposto a existência de controvérsia judicial que 
coloque em risco a presunção de constitucionalidade da lei ou ato normativo. 
É desnecessária a manifestação do Advogado-Geral da União, mas é exigida a 
manifestação do Procurador-Geral da República. 
A decisão de mérito da ADC é irrecorrível, salvo a interposição de embargos 
declaratórios; e não se admite ação rescisória. 
Leitura recomendada 
Lei nº 9.868/99, Seção I - Da Admissibilidade e do Procedimento da Ação Declaratória 
de Constitucionalidade 
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Art. 13. Podem propor a ação declaratória de constitucionalidade de lei ou ato normativo 
federal: I - o Presidente da República; II - a Mesa da Câmara dos Deputados; III - a Mesa 
do Senado Federal; IV - o Procurador-Geral da República. 
Art. 14. A petição inicial indicará: 
I - o dispositivo da lei ou do ato normativo questionado e os fundamentos jurídicos do 
pedido; II - o pedido, com suas especificações; III - a existência de controvérsia judicial 
relevante sobre a aplicação da disposição objeto da ação declaratória. Parágrafo único. 
A petição inicial, acompanhada de instrumento de procuração, quando subscrita por 
advogado, será apresentada em duas vias, devendo conter cópias do ato normativo 
questionado e dos documentos necessários para comprovar a procedência do pedido de 
declaração de constitucionalidade. 
Art. 15. A petição inicial inepta, não fundamentada e a manifestamente improcedente 
serão liminarmente indeferidas pelo relator. Parágrafo único. Cabe agravo da decisão 
que indeferir a petição inicial. 
Art. 16. Proposta a ação declaratória, não se admitirá desistência. 
Art. 17. (VETADO) 
Art. 18. Não se admitirá intervenção de terceiros no processo de ação declaratória de 
constitucionalidade. § 1o (VETADO), § 2o (VETADO) 
Art. 19. Decorrido o prazo do artigo anterior, será aberta vista ao Procurador-Geral da 
República, que deverá pronunciar-se no prazo de quinze dias. 
Art. 20. Vencido o prazo do artigo anterior, o relator lançará o relatório, com cópia a todos 
os Ministros, e pedirá dia para julgamento. § 1º Em caso de necessidade de 
esclarecimento de matéria ou circunstância de fato ou de notória insuficiência das 
informações existentes nos autos, poderá o relator requisitar informações adicionais, 
designar perito ou comissão de peritos para que emita parecer sobre a questão ou fixar 
data para, em audiência pública, ouvir depoimentos de pessoas com experiência e 
autoridade na matéria. § 2º O relator poderá solicitar, ainda, informações aos Tribunais 
Superiores, aos Tribunais federais e aos Tribunais estaduais acerca da aplicação da 
norma questionada no âmbito de sua jurisdição. § 3º As informações, perícias e 
audiências a que se referem os parágrafos anteriores serão realizadas no prazo de trinta 
dias, contado da solicitação do relator. 
Seção II - Da Medida Cautelar em Ação Declaratória de Constitucionalidade 
Art. 21. O Supremo Tribunal Federal, por decisão da maioria absoluta de seus membros, 
poderá deferir pedido de medida cautelar na ação declaratória de constitucionalidade, 
consistente na determinação de que os juízes e os Tribunais suspendam o julgamento 
dos processos que envolvam a aplicação da lei ou do ato normativo objeto da ação até 
seu julgamento definitivo. Parágrafo único. Concedida a medida cautelar, o Supremo 
Tribunal Federal fará publicar em seção especial do Diário Oficial da União a parte 
dispositiva da decisão, no prazo de dez dias, devendo o Tribunal proceder ao julgamento 
da ação no prazo de cento e oitenta dias, sob pena de perda de sua eficácia. 
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3 LEI PENAL 
3.1 Interpretação da Lei Penal 
Interpretação é o processo lógico para estabelecer o sentido e a vontade da lei, 
ou seja, sua finalidade é buscar o exato significado da norma. 
A interpretação da lei penal pode ser assim classificada: 
Quanto à origem (ou sujeito, ou quanto ao sujeito que interpreta), pode ser: 
• Autêntica – é aquela praticada pelo próprio legislador, trazida na 
própria lei ou em lei posterior; 
• Doutrinária – realizada pelos estudiosos do Direito; 
• Jurisprudencial – é a interpretação dada após reiteradas decisões dos 
tribunais e juízes. 
Quanto ao modo (ou aos meios), pode ser: 
• Gramatical – ou literal; considera-se o sentido literal das palavras 
contidas na própria lei; 
• Teleológica – relaciona a lei com sua causa final, ou seja, busca a 
finalidade da lei interpretada; 
• Lógica – utiliza o raciocínio lógico/dedução para encontrar o sentido da 
lei; 
• Histórica – avalia as discussões, os motivos e o contexto social da 
época em que a norma foi elaborada; 
• Sistemática – busca a coerência apresentada pela lei comparando-a 
com o sistema jurídico como um todo. 
Quanto ao resultado, pode ser: 
• Declarativa – o que está previsto no texto da lei é exatamente a sua 
vontade, não sendo necessário restringir ou expandir seu alcance; 
• Restritiva – o texto legal foi além do que deveria, nesse caso, o alcance 
do texto deve ser restringido; 
• Extensiva – o conteúdo da lei não foi suficientepara alcançar a sua 
vontade, fazendo-se necessário ampliar seu alcance. 
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Bizu: atente-se para as distinções abaixo, pois são bastante cobradas em 
provas: 
• Interpretação – é o processo lógico para estabelecer o sentido e a 
vontade da lei; 
• Interpretação Extensiva – é a ampliação do conteúdo da lei, efetivada 
pelo aplicador do direito, quando a norma disse menos do que deveria; 
pode ser utilizada in bonam partem ou in malam partem; 
• Interpretação Analógica – é um processo de interpretação, usando a 
semelhança indicada pela própria lei; pode ser utilizada in bonam 
partem ou in malam partem; 
• Analogia – é um processo de integração do direito, utilizado para suprir 
lacunas, ou seja, não existe norma regulamentadora para o caso; no 
Direito Penal, somente pode ser utilizada in bonam partem. 
3.2 Abolitio Criminis 
Ocorre quando uma lei posterior (nova) deixa de criminalizar uma conduta 
que anteriormente era tida como crime. 
Aplicação da Abolitio Criminis: 
• Se o processo está com o juiz de primeiro grau – o próprio juiz de 
primeiro grau deve aplicar; 
• Se o processo está no Tribunal – o próprio Tribunal poderá aplicá-la, 
ou poderá remeter o processo para primeira instância para que o juízo 
de primeiro grau a aplique; 
• Se já ocorreu sentença transitada em julgado – cabe ao juízo das 
execuções aplica-la; 
CP, art. 2º (...) Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o 
agente, aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória 
transitada em julgado. 
Obs.: ocorrendo a abolitio criminis, somente as sanções penais deixarão 
de existir, as extrapenais permanecerão. 
Princípio da Continuidade Normativa Típica – ocorre quando uma norma 
penal é revogada, mas a mesma conduta continua sendo crime no tipo penal 
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revogador, ou seja, a infração penal continua tipificada em outro dispositivo, 
ainda que topologicamente ou normativamente diverso do originário; neste 
caso, não ocorre a abolitio criminis! 
Bizu: segundo a doutrina majoritária e a jurisprudência é vedada a combinação 
de leis (lex tertia). 
3.3 Extratividade 
A regra é a irretroatividade da lei penal. Todavia, excepcionalmente, pode 
ocorrer o fenômeno da extratividade. A extratividade possui duas espécies: 
• Ultratividade benéfica – é a possibilidade da lei penal, após sua 
revogação, continuar produzindo efeitos em relação a fatos ocorridos 
durante a sua vigência; 
• Retroatividade – ocorre quando a lei nova retroage (retrocedendo) 
alcançando fatos anteriores a sua vigência. 
Em regra, ambas serão aplicadas sempre em benefício o réu. 
C.P. Art. 2º - Ninguém pode ser punido por fato que lei posterior deixa de considerar 
crime, cessando em virtude dela a execução e os efeitos penais da sentença 
condenatória. Parágrafo único - A lei posterior, que de qualquer modo favorecer o agente, 
aplica-se aos fatos anteriores, ainda que decididos por sentença condenatória transitada 
em julgado. 
C.P. Art. 107- Extingue-se a punibilidade: (...) III - pela retroatividade de lei que não mais 
considera o fato como criminoso; 
Obs.: esses institutos podem ser utilizados nas fases pré-processual, 
processual e após o trânsito em julgado, porém, é importante saber que, 
antes do trânsito em julgado, a aplicação destes institutos é de 
competência da autoridade judiciária correspondente a fase em que se 
encontra o processo, mas após o trânsito em julgado competirá ao juiz da 
execução penal. 
3.3.1 Lei Intermediária ou Intermédia 
É a norma que não existia ao tempo do fato, tampouco ao tempo do 
julgamento, pode ser usada em benefício do réu. 
Possui dupla extratividade, podendo retroagir ao tempo da conduta ou investir-
se de ultratividade ao tempo do julgamento. 
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Por exemplo, imagine que determinado delito ocorreu na vigência da Lei A, 
durante o processo entra em vigor a Lei B (regulando o mesmo fato da Lei A) 
e, no julgamento, vigorava a Lei C (regulando o mesmo fato das Leis A e B). 
Nesta situação, se a Lei B (lei intermediária) for favorável, poderá ser aplicada 
ao caso. 
STF, súmula 711 - A lei penal mais grave aplica-se ao crime continuado ou ao crime 
permanente, se a sua vigência é anterior à cessação da continuidade ou da 
permanência. 
STF, súmula 611 - Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo 
das execuções a aplicação de lei mais benigna. 
3.3.2 Ultratividade Maléfica 
Aqueles que praticam crime durante o período de vigência de uma lei 
temporária ou excepcional poderão ser responsabilizados pela conduta, 
mesmo após o término do período de vigência dessas leis. 
CP, Art. 3º - A lei excepcional ou temporária, embora decorrido o período de sua duração 
ou cessadas as circunstâncias que a determinaram, aplica-se ao fato praticado 
durante sua vigência. 
3.3.2.1 Lei excepcional 
É a lei criada em situações de emergência, sua duração está diretamente 
relacionada à excepcionalidade, ou seja, enquanto permanecer a situação de 
emergência estará vigendo a lei excepcional; são autorrevogáveis e dotadas 
de ultratividade gravosa. 
3.3.2.2 Lei temporária 
É a lei que já nasce com o tempo de vigência definido em seu próprio texto; 
são autorrevogáveis e dotadas de ultratividade gravosa. 
3.4 Normas Penais em Branco 
São as normas que precisam de complementos extraídos de outros 
dispositivos, como é o caso da definição do que seria “droga” (portaria nº 344 
da ANVISA). 
As normas penais em branco podem ser: homogêneas, heterogêneas e ao 
avesso: 
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• Heterogênea – quando a norma que for utilizada como complemento 
possuir natureza jurídica diferente; é o caso do exemplo acima (Lei e 
Portaria); 
Lei nº 11.343/06, Art. 66. Para fins do disposto no parágrafo único do art. 1º desta Lei, 
até que seja atualizada a terminologia da lista mencionada no preceito, denominam-se 
drogas substâncias entorpecentes, psicotrópicas, precursoras e outras sob controle 
especial, da Portaria SVS/MS nº 344, de 12 de maio de 1998. 
• Homogênea – quando as normas que se complementam possuem a 
mesma hierarquia; podem ser: 
o Homovitelíneas, homovitelinas ou homólogas – a lei penal tem 
seu complemento advindo de outra lei penal; 
CP, Uso de documento falso - Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados 
ou alterados, a que se referem os arts. 297 a 302: Pena - a cominada à falsificação ou à 
alteração. 
o Heterovitelíneas, heterovitelinas ou heterólogas – a lei penal 
tem seu complemento advindo de uma lei extrapenal. 
CP, Conhecimento prévio de impedimento - Art. 237 - Contrair casamento, conhecendo 
a existência de impedimento que lhe cause a nulidade absoluta: Pena - detenção, de três 
meses a um ano. 
• Ao avesso, investidas ou ao revés – é a norma que não tem a presença 
do efeito secundário (pena); como exemplo, o art. 304, art. 158, § 3º, do 
Código Penal; 
CP, Art. 304 - Fazer uso de qualquer dos papéis falsificados ou alterados, a que se 
referem os arts. 297 a 302: Pena - a cominada à falsificação ou à alteração. 
CP, Art. 158 - Constranger alguém, mediante violência ou grave ameaça, e com o intuito 
de obter para si ou para outrem indevida vantagem econômica, a fazer, tolerar que se 
faça ou deixar de fazer alguma coisa: (...) § 3° Se o crime é cometido mediante a restrição 
da liberdade da vítima, e essa condição é necessária para a obtenção da vantagem 
econômica,a pena é de reclusão, de 6 (seis) a 12 (doze) anos, além da multa; se resulta 
lesão corporal grave ou morte, aplicam-se as penas previstas no art. 159, §§ 2° e 3°, 
respectivamente. 
Bizu: em se tratando de normas penais em branco, somente serão consideradas 
criminosas as condutas praticadas depois da entrada em vigor da norma 
complementar. 
3.5 Lei Penal no Tempo 
Em relação ao tempo do crime existem 3 teorias: 
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• Teoria da atividade ou da conduta – para essa teoria o tempo do crime 
será o momento da conduta; tempus regit actum (é a teoria adotada 
pelo Direito Penal Brasileiro); 
C.P. Art. 4º - Considera-se praticado o crime no momento da ação ou omissão, ainda 
que outro seja o momento do resultado. 
• Teoria do resultado – essa, por sua vez, defende que o momento em 
que se deu o resultado da conduta será o tempo do crime; 
• Teoria mista ou da ubiquidade – para essa importa tanto o tempo da 
conduta quanto o da produção do resultado. 
STF, súmula 611 - Transitada em julgado a sentença condenatória, compete ao juízo 
das execuções a aplicação de lei mais benigna. 
3.6 Lugar do Crime 
A Teoria da ubiquidade foi adotada por nosso Código Penal, é a junção da 
teoria da atividade com a teoria do resultado, por exemplo, homicídio que se 
iniciou em um estado e a vítima falece em outro, aplica-se a teoria da ubiquidade 
e dar-se-á preferência ao lugar do crime: 
C.P. Art. 6º - Considera-se praticado o crime no lugar em que ocorreu a ação ou omissão, 
no todo ou em parte, bem como onde se produziu ou deveria produzir-se o resultado. 
Obs.: a teoria da ubiquidade também se aplica aos crimes à distância 
(crimes que envolvem mais de um país). Os dois países têm competência 
para julgar o delito. 
3.7 Lei Penal no Espaço 
Quanto à lei penal no espaço, aplica-se o princípio da territorialidade – onde 
todo crime praticado em território nacional incidirá a aplicação da lei 
brasileira; o CP adota a territorialidade temperada. 
C.P. Art. 5º - Aplica-se a lei brasileira, sem prejuízo de convenções, tratados e regras de 
direito internacional (territorialidade temperada), ao crime cometido no território nacional. 
Considera-se como extensão do território nacional: 
§ 1º - Para os efeitos penais, consideram-se como extensão do território nacional as 
embarcações e aeronaves brasileiras, de natureza pública ou a serviço do governo 
brasileiro onde quer que se encontrem, bem como as aeronaves e as embarcações 
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brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, que se achem, respectivamente, no 
espaço aéreo correspondente ou em alto-mar. 
§ 2º - É também aplicável a lei brasileira aos crimes praticados a bordo de aeronaves 
ou embarcações estrangeiras de propriedade privada, achando-se aquelas em pouso 
no território nacional ou em voo no espaço aéreo correspondente, e estas em porto ou 
mar territorial do Brasil. 
Obs.: caso a conduta, no país da matrícula da embarcação ou aeronave 
privada, não seja crime, não haverá delito algum a ser punido. 
Quando a extraterritorialidade, é necessário que você leia estes dispositivos: 
Extraterritorialidade Incondicionada 
CP, Art. 7º - Ficam sujeitos à lei brasileira, embora cometidos no estrangeiro: I - os 
crimes: a) contra a vida ou a liberdade do Presidente da República; b) contra o patrimônio 
ou a fé pública da União, do Distrito Federal, de Estado, de Território, de Município, de 
empresa pública, sociedade de economia mista, autarquia ou fundação instituída pelo 
Poder Público; c) contra a administração pública, por quem está a seu serviço; d) de 
genocídio, quando o agente for brasileiro ou domiciliado no Brasil; § 1º - Nos casos do 
inciso I, o agente é punido segundo a lei brasileira, ainda que absolvido ou 
condenado no estrangeiro. 
Extraterritorialidade Condicionada 
CP, Art. 7º (...) II - os crimes: a) que, por tratado ou convenção, o Brasil se obrigou a 
reprimir; b) praticados por brasileiro; c) praticados em aeronaves ou embarcações 
brasileiras, mercantes ou de propriedade privada, quando em território estrangeiro e aí 
não sejam julgados. § 2º - Nos casos do inciso II, a aplicação da lei brasileira 
depende do concurso das seguintes condições: a) entrar o agente no território 
nacional; b) ser o fato punível também no país em que foi praticado; c) estar o crime 
incluído entre aqueles pelos quais a lei brasileira autoriza a extradição; d) não ter sido o 
agente absolvido no estrangeiro ou não ter aí cumprido a pena; e) não ter sido o agente 
perdoado no estrangeiro ou, por outro motivo, não estar extinta a punibilidade, segundo 
a lei mais favorável. 
Extraterritorialidade Hipercondicionada 
CP, art. 7º (...) § 3º - A lei brasileira aplica-se também ao crime cometido por 
estrangeiro contra brasileiro fora do Brasil, se, reunidas as condições previstas no 
parágrafo anterior (§ 2º): a) não foi pedida ou foi negada a extradição; b) houve 
requisição do Ministro da Justiça. 
Obs.: É considerada mais uma hipótese de extraterritorialidade: Lei de 
tortura, Art. 2º O disposto nesta Lei aplica-se ainda quando o crime não 
tenha sido cometido em território nacional, sendo a vítima brasileira ou 
encontrando-se o agente em local sob jurisdição brasileira. 
Princípios relativos à extraterritorialidade 
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• Princípio da Nacionalidade ou da Personalidade – será aplicada a lei 
da nacionalidade do agente; 
• Princípio da Defesa Real ou de Proteção – aplica-se a lei do bem 
jurídico protegido; 
• Princípio da Justiça Universal ou da Universalidade – aplica-se a lei 
do local onde se encontrar o agente; 
• Princípio da Representação, Bandeira, ou do Pavilhão – aplica-se a 
lei do meio de transporte privado em que for praticado o crime. 
A pena cumprida no estrangeiro, atenua a pena imposta no Brasil pelo 
mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
C.P. Art. 8º - A pena cumprida no estrangeiro atenua a pena imposta no Brasil pelo 
mesmo crime, quando diversas, ou nela é computada, quando idênticas. 
Eficácia de sentença estrangeira - Art. 9º - A sentença estrangeira, quando a 
aplicação da lei brasileira produz na espécie as mesmas consequências, pode ser 
homologada no Brasil para: I - obrigar o condenado à reparação do dano, a restituições 
e a outros efeitos civis; II - sujeitá-lo a medida de segurança. Parágrafo único - A 
homologação depende: a) para os efeitos previstos no inciso I, de pedido da parte 
interessada; b) para os outros efeitos, da existência de tratado de extradição com o país 
de cuja autoridade judiciária emanou a sentença, ou, na falta de tratado, de requisição 
do Ministro da Justiça. 
Bizu: a extraterritorialidade não se aplica às contravenções penais. 
Lei das Contravenções Penais, Art. 2º A lei brasileira só é aplicável à contravenção 
praticada no território nacional. 
3.8 Conflitos de Normas no Direito Penal 
As normas penais entram em conflito quando mais de uma norma puder ser 
aplicada ao caso; resolve-se o conflito da seguinte forma: (mnemônico: 
S.E.C.A.) 
2.8.1 3rincípio da Subsidiariedade 
O fato é regulado de forma menos grave por uma lei (chamada subsidiária) em 
relação a outra (chamada principal); a aplicação da lei mais grave anula a lei 
menos grave; pode ocorrer de forma: 
• Expressa ou explícita – a própria lei estabelece que somente será 
aplicada se o fato não constituir crime mais grave, por exemplo: 
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Perigo para a vidaou saúde de outrem - CP, Art. 132 - Expor a vida ou a saúde de outrem 
a perigo direto e iminente: Pena - detenção, de três meses a um ano, se o fato não 
constitui crime mais grave. 
• Tácita ou implícita – quando um delito menor faz parte do delito maior, 
por exemplo: 
Ameaça – CP, Art. 147 - Ameaçar alguém, por palavra, escrito ou gesto, ou qualquer 
outro meio simbólico, de causar-lhe mal injusto e grave: Pena - detenção, de um a seis 
meses, ou multa. 
Constrangimento ilegal – CP, Art. 146 - Constranger alguém, mediante violência ou grave 
ameaça, ou depois de lhe haver reduzido, por qualquer outro meio, a capacidade de 
resistência, a não fazer o que a lei permite, ou a fazer o que ela não manda: Pena - 
detenção, de três meses a um ano, ou multa. 
3.8.2 Princípio da Especialidade 
Ocorre quando uma lei é considerada especial em relação a outra, ou seja, uma 
lei especial derroga (suprime) uma lei geral e, havendo lei especial regulando o 
fato, fica excluída a aplicação da norma geral, como por exemplo: 
CP, Art. 12 - As regras gerais deste Código aplicam-se aos fatos incriminados por lei 
especial, se esta não dispuser de modo diverso. 
3.8.3 Princípio da Consunção ou Absorção 
Ocorre quando uma conduta (crime consunto) é parte da realização de outra 
(crime consuntivo), onde os delitos menos graves e menos amplos funcionam 
como fase normal de preparação ou de execução ou como mero exaurimento. 
3.8.3.1 Hipóteses de aplicação do Princípio da Consunção: 
Crime complexo puro ou em sentido estrito – ocorre quando a lei considera 
como elemento ou circunstância do tipo penal fatos que, por si mesmos, são 
considerados delitos. Como exemplo temos o latrocínio, que é resultado da soma 
entre roubo e homicídio. 
CP, Art. 101 - Quando a lei considera como elemento ou circunstâncias do tipo legal 
fatos que, por si mesmos, constituem crimes, cabe ação pública em relação àquele, 
desde que, em relação a qualquer destes, se deva proceder por iniciativa do Ministério 
Público. 
Crime complexo puro ou em sentido amplo – resultado da conjunção entre 
uma conduta típica e atípica; trata-se de uma hipótese defendida por parte da 
doutrina. 
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Crime Progressivo – o agente em um único ato, para atingir o resultado 
pretendido, necessariamente passa por uma conduta inicial que produz um 
evento menos grave. Perceba que o dolo inicial do agente é a prática do 
crime mais grave. 
Progressão Criminosa – o dolo do agente, no mesmo contexto fático, é 
modificado, nesse caso, o dolo inicial do agente é a pratica do crime menos 
grave. 
Fato anterior não punível – trata-se do antefactum impunível, nessa situação, 
um fato anterior menos grave precede outro mais grave, funcionando como meio 
necessário para a realização deste. 
3.8.4 Princípio da Alternatividade 
Ocorre quando a norma descreve várias formas de realização da figura típica 
(tipos mistos alternativos), bastando a realização de uma delas para que se 
configure o crime, por exemplo: 
Lei de Drogas (Lei nº11.343/06), Art. 33. Importar, exportar, remeter, preparar, produzir, 
fabricar, adquirir, vender, expor à venda, oferecer, ter em depósito, transportar, trazer 
consigo, guardar, prescrever, ministrar, entregar a consumo ou fornecer drogas, ainda 
que gratuitamente, sem autorização ou em desacordo com determinação legal ou 
regulamentar: Pena - reclusão de 5 (cinco) a 15 (quinze) anos e pagamento de 500 
(quinhentos) a 1.500 (mil e quinhentos) dias-multa. 
3.9 Contagem dos Prazos 
Na lei penal computa-se o dia de início da contagem, independentemente da 
hora em que esta começou. 
CP, Art. 10 - O dia do começo inclui-se no cômputo do prazo. Contam-se os dias, os 
meses e os anos pelo calendário comum. 
As frações de dia, como as horas e minutos, devem ser desprezadas. 
CP, Art. 11 - Desprezam-se, nas penas privativas de liberdade e nas restritivas de 
direitos, as frações de dia, e, na pena de multa, as frações de cruzeiro. 
O prazo não se prorroga quando termina em sábado, domingo ou feriado, 
portanto, não se estende até o dia útil seguinte. 
 
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4 INQUÉRITO POLICIAL 
Conceito – é procedimento administrativo (natureza administrativa) que 
antecede a ação penal, é dispensável e não caminha junto com a ação penal. 
Caso as informações obtidas por outros meios sejam suficientes para sustentar 
a inicial acusatória, o inquérito policial torna-se dispensável. 
CPP. Art. 39, § 5º O órgão do Ministério Público dispensará o inquérito, se com a 
representação forem oferecidos elementos que o habilitem a promover a ação penal, e, 
neste caso, oferecerá a denúncia no prazo de quinze dias. 
CPP. Art. 46, § 1º Quando o Ministério Público dispensar o inquérito policial, o prazo para 
o oferecimento da denúncia contar-se-á da data em que tiver recebido as peças de 
informações ou a representação. 
É presidido pelo delegado de polícia de carreira (polícia civil ou federal). 
CPP. Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de 
suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua 
autoria. 
CF. Art. 144, § 4º Às polícias civis, dirigidas por delegados de polícia de carreira, 
incumbem, ressalvada a competência da União, as funções de polícia judiciária e a 
apuração de infrações penais, exceto as militares. 
Não se aplica ao inquérito as garantias do contraditório e da ampla defesa, 
mas o ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer 
qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
CPP, Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer 
qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
É facultado ao investigado ser acompanhado pelo seu advogado; 
A investigação criminal não é exclusividade da polícia judiciária porque 
existem os inquéritos extrapoliciais, por exemplo, as CPIs e o inquérito policial 
militar (IPM). 
O inquérito tem a finalidade de apurar indícios de autoria e materialidade; 
justa causa para ação. 
Concluído o inquérito as informações são passadas ao Promotor de Justiça, 
titular da ação penal, para que ofereça ou deixe de oferecer a denúncia. 
O Ministério Público é o destinatário do inquérito 
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Cláusulas de reserva de jurisdição – são providências que dependem de 
autorização judicial. 
Os vícios (ilegalidades) que ocorrerem no inquérito não contaminam a ação 
penal. 
Por não existir contraditório e ampla defesa no inquérito, seu valor probatório 
relativo. 
Não se admite a condenação fundada, exclusivamente, nas informações 
colhidas no inquérito policial. 
CPP. Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir 
de base a uma ou outra. 
As informações apuradas na fase policial podem ser: repetíveis ou irrepetíveis: 
• Repetíveis – são as que devem ser repetidas novamente em juízo, para 
terem valor de prova; 
• Irrepetíveis – agregam grande valor a persecução criminal e não podem 
ser repetidas (ex. perícias), devendo apenas ser submetidas ao 
contraditório diferido posterior. 
CPP. Art. 155. O juiz formará sua convicção pela livre apreciação da prova produzida 
em contraditório judicial, não podendo fundamentar sua decisão exclusivamente nos 
elementos informativos colhidos na investigação, ressalvadas as provas cautelares, não 
repetíveis e antecipadas. 
4.1 Características do Inquérito Policial 
Escrito ou formal – o inquérito deve ser escrito e constar em suas folhas a 
assinatura da autoridade. 
CPP.Art. 9º. Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas 
a escrito ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. 
Sigiloso – a autoridade policial deve assegurar no inquérito o sigilo necessário 
à apuração do fato ou exigido pelo interesse social. 
O sigilo no inquérito não alcança o advogado que, no interesse do 
representado, pode ter amplo acesso aos elementos já documentados. 
O sigilo se aplica ao advogado quando tratar-se de interceptação telefônica 
em andamento. 
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Quanto à incomunicabilidade: 
• Não abrange o advogado. 
• É determinada pelo Juiz; 
• Tem duração máxima de 3 dias; não há previsão de prorrogação da 
incomunicabilidade. 
• É cabível quando for de interesse da sociedade ou quando a 
conveniência da investigação exigir: 
CPP. Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do 
fato ou exigido pelo interesse da sociedade. Parágrafo único. Nos atestados de 
antecedentes que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar 
quaisquer anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. 
C.P.P. Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos 
autos e somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da 
investigação o exigir. Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três 
dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade 
policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto 
no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil 
Súmula vinculante 14 – É direito do defensor, no interesse do representado, ter acesso 
amplo aos elementos de prova que, já documentados em procedimento investigatório 
realizado por órgão com competência de polícia judiciária, digam respeito ao exercício 
do direito de defesa. 
Indisponível – o delegado não pode determinar o arquivamento do inquérito 
policial; o MP é a autoridade legitima para requerer o arquivamento. 
CPP. Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
Obs.: Indisponibilidade é diferente de indispensabilidade, uma vez que o 
IP é indisponível, mas dispensável. 
Discricionário ou Oficioso – diante da notícia de delitos de ação penal de 
iniciativa pública incondicionada, a autoridade policial deverá instaurar o 
inquérito policial de ofício. 
Oficial – deve ser presidido pela autoridade policial; delegado de polícia de 
carreira. 
CPP. Art. 107. Não se poderá opor suspeição às autoridades policiais nos atos do 
inquérito, mas deverão elas declarar-se suspeitas, quando ocorrer motivo legal. 
Inquisitorial – não se admite contraditório ou ampla defesa; resquício do 
sistema inquisitivo. 
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CPP. Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer 
qualquer diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
CPP. Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial 
negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento 
da verdade. 
Dispensável – o promotor, obtendo elementos suficientes para a denúncia, 
pode fazê-la independentemente da existência de inquérito policial. Logo, 
não é condição de procedibilidade para o oferecimento da denúncia. 
4.2 Formas de Início do Inquérito Policial 
O inquérito policial tem início no momento em que a autoridade policial tem 
ciência da ocorrência do fato/infração penal (notitia criminis). 
O Inquérito pode ser instaurado: 
• Ofício – pelo delegado, no exercício regular das funções; a autoridade 
policial toma conhecimento direto e pessoal da infração penal (notitia 
criminis de cognição direta, imediata ou informal); 
o Somente é permitido o início do inquérito de ofício nos crimes de 
ação penal de iniciativa pública incondicionada. 
CPP. Art. 5º Nos crimes de ação pública (incondicionada) o inquérito policial será 
iniciado: I - de ofício; 
Obs.: Informativo n º 652, STJ - É possível a deflagração de investigação 
criminal com base em matéria jornalística. 
• Requisição – feito pelo promotor de justiça ou pelo Juiz, requisitando 
(ordenando) ao delegado de polícia, que seja instaurado o inquérito 
policial; 
o Nesta hipótese o delegado é obrigado a iniciar o inquérito, em 
regra (notitia criminis de cognição indireta, provocada, mediata 
ou formal), exceto se a ordem for manifestamente ilegal; 
CPP. Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: II - mediante 
requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do 
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. 
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• Requerimento (B.O.) – a vítima ou seu representante pede ao 
delegado que seja instaurado o inquérito policial (notitia criminis de 
cognição indireta, provocada, mediata ou formal); 
o O delegado pode iniciar ou indeferir o pedido; 
o Se indeferir caberá recurso para o chefe de polícia; 
o Se deferir não cabe recurso; 
CPP. Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: II - mediante 
requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento do 
ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo (...)§ 2º Do despacho que 
indeferir o requerimento de abertura de inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. 
CPP. Art. 31. No caso de morte do ofendido ou quando declarado ausente por decisão 
judicial, o direito de oferecer queixa ou prosseguir na ação passará ao cônjuge (ou 
companheiro), ascendente, descendente ou irmão. 
• Auto de prisão em flagrante – com a apresentação do preso à 
autoridade policial, instaura-se o inquérito (notitia criminis de cognição 
coercitiva); 
Obs.: no JECRIM não há inquérito policial e sim, termo circunstanciado; 
• Delatio criminis - É a notitia criminis oferecida por qualquer um do povo: 
CPP - Art. 5º, §3º - Qualquer pessoa do povo que tiver conhecimento da existência de 
infração penal em que caiba ação pública poderá, verbalmente ou por escrito, comunicá-
la à autoridade policial, e esta, verificada a procedência das informações, mandará 
instaurar inquérito. 
• Notitia criminis apócrifa – é a denúncia anônima (ou delatio criminis 
apócrifa); 
o Nesse caso o delegado deve averiguar as informações e, havendo 
um mínimo de procedência, deverá instaurar o inquérito; 
o É admitida pelo STF, mas atenção: o STF entende que a denúncia 
anônima não é meio hábil para sustentar, por si só, a instauração 
de inquérito policial, ou seja, a autoridade policial deve realizar 
diligências preliminares para averiguar se os fatos narrados são 
materialmente verdadeiros. 
Na Ação Penal Pública Condicionada à Representação - a instauração da 
investigação ocorre mediante representação do ofendido. 
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CPP. Art. 5º (...) § 4º O inquérito, nos crimes em que a ação pública depender de 
representação, não poderá sem ela ser iniciado. 
Na Ação Penal Privada o inquérito será iniciado após o requerimento 
(manifestação) da vítima ou do seu representante legal. 
CPP. Art. 5º (...) § 5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá 
proceder a inquérito a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. 
Bizu: em se tratando de Ação Penal Privada Subsidiária da Pública, por já ter 
sido iniciada pelo MP, obedece às regras deAção Penal Pública. Tratando-se 
de Ação Penal Pública Incondicionada, o inquérito pode se iniciar de ofício, 
por requisição do Juiz ou MP, por requerimento do ofendido ou pelo auto de 
prisão em flagrante; ou seja, todas as formas de início do inquérito. 
4.2.1 Providências Comuns no Inquérito Policial 
São providências mais comuns no curso do inquérito policial e que devem 
ser adotadas pela autoridade policial: 
• Dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e 
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; 
• Apreender os objetos que tiverem relação com o fato, após liberados 
pelos peritos criminais; esses objetos devem acompanhar o inquérito; 
CPP. Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, 
acompanharão os autos do inquérito. 
CP. Art. 91 - São efeitos da condenação: (...) II - a perda em favor da União, ressalvado 
o direito do lesado ou de terceiro de boa-fé: a) dos instrumentos do crime, desde que 
consistam em coisas cujo fabrico, alienação, uso, porte ou detenção constitua fato ilícito; 
b) do produto do crime ou de qualquer bem ou valor que constitua proveito auferido pelo 
agente com a prática do fato criminoso. 
• Colher todas as provas (informações) que servirem para o 
esclarecimento do fato e suas circunstâncias; 
• Ouvir o ofendido; 
• Ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, das 
disposições pertinentes ao interrogatório judicial, devendo o respectivo 
termo ser assinado por duas testemunhas que tenham ouvido sua leitura; 
• Proceder ao reconhecimento de pessoas e coisas, e a acareações; 
• Determinar, se for o caso, que se proceda a exame de corpo de delito 
e a quaisquer outras perícias; 
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Obs.: o exame de corpo de delito é indispensável em infrações penais que 
deixam vestígios. 
• Ordenar a identificação do indiciado pelo processo datiloscópico, se 
possível e fazer juntar aos autos sua folha de antecedentes; 
CF. Art. 5º (...) LVIII - o civilmente identificado não será submetido a identificação 
criminal, salvo nas hipóteses previstas em lei. 
Lei 12.037/09, Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer 
identificação criminal quando: I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de 
falsificação; II – o documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o 
indiciado; III – o indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações 
conflitantes entre si; IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, 
segundo despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou 
mediante representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa; V – 
constar de registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; VI – o 
estado de conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do 
documento apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres 
essenciais. Parágrafo único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser 
juntadas aos autos do inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas 
insuficientes para identificar o indiciado. 
• Averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista 
individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado 
de ânimo antes e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros 
elementos que contribuírem para a apreciação do seu temperamento e 
caráter; 
• Colher informações sobre a existência de filhos, respectivas idades e 
se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de eventual 
responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. 
CPP. Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade 
policial deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado 
e conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; II - apreender os objetos 
que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; III - colher todas 
as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV - ouvir o 
ofendido; V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no 
Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas 
testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de 
pessoas e coisas e a acareações; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame 
de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII - ordenar a identificação do indiciado 
pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de 
antecedentes; IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista 
individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes 
e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a 
apreciação do seu temperamento e caráter. X - colher informações sobre a existência de 
filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de 
eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. 
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A autoridade policial tem ampla liberdade na condução das investigações, 
obviamente, desde que aja dentro da legalidade. 
Indiciamento é ato privativo da autoridade policial que atribui a autoria de uma 
infração penal a determinada pessoa; o indiciamento pode ser: direto (quando 
está presente o indiciado), ou indireto (quando o indiciado estiver ausente). 
Obs.: o indiciamento necessita de fundamentação após análise técnico-
jurídica (autoria e materialidade) do fato. 
Artigos Relacionados: 
Lei nº 12.037/09 - Dispõe sobre a identificação criminal do civilmente 
identificado, regulamentando o art. 5º, inciso LVIII, da Constituição Federal. 
Só o juiz pode determinar a identificação genética, neste caso, deve ser 
imprescindível para as investigações. 
Art. 1º O civilmente identificado não será submetido a identificação criminal, salvo nos 
casos previstos nesta Lei. 
Art. 2º A identificação civil é atestada por qualquer dos seguintes documentos: I – carteira 
de identidade; II – carteira de trabalho; III – carteira profissional; IV – passaporte; V – 
carteira de identificação funcional; VI – outro documento público que permita a 
identificação do indiciado. Parágrafo único. Para as finalidades desta Lei, equiparam-se 
aos documentos de identificação civis os documentos de identificação militares. 
Art. 3º Embora apresentado documento de identificação, poderá ocorrer identificação 
criminal quando: I – o documento apresentar rasura ou tiver indício de falsificação; II – o 
documento apresentado for insuficiente para identificar cabalmente o indiciado; III – o 
indiciado portar documentos de identidade distintos, com informações conflitantes entre 
si; IV – a identificação criminal for essencial às investigações policiais, segundo 
despacho da autoridade judiciária competente, que decidirá de ofício ou mediante 
representação da autoridade policial, do Ministério Público ou da defesa; V – constar de 
registros policiais o uso de outros nomes ou diferentes qualificações; VI – o estado de 
conservação ou a distância temporal ou da localidade da expedição do documento 
apresentado impossibilite a completa identificação dos caracteres essenciais. Parágrafo 
único. As cópias dos documentos apresentados deverão ser juntadas aos autos do 
inquérito, ou outra forma de investigação, ainda que consideradas insuficientes para 
identificar o indiciado. 
Art. 4º Quando houver necessidade de identificação criminal, a autoridade encarregada 
tomará as providências necessárias para evitar o constrangimento do identificado.Art. 5º A identificação criminal incluirá o processo datiloscópico e o fotográfico, que serão 
juntados aos autos da comunicação da prisão em flagrante, ou do inquérito policial ou 
outra forma de investigação. Parágrafo único (Atenção). Na hipótese do inciso IV do art. 
3º, a identificação criminal poderá incluir a coleta de material biológico para a obtenção 
do perfil genético. 
Art. 5º-A. Os dados relacionados à coleta do perfil genético deverão ser armazenados 
em banco de dados de perfis genéticos, gerenciado por unidade oficial de perícia 
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criminal. § 1º As informações genéticas contidas nos bancos de dados de perfis 
genéticos não poderão revelar traços somáticos ou comportamentais das pessoas, 
exceto determinação genética de gênero, consoante as normas constitucionais e 
internacionais sobre direitos humanos, genoma humano e dados genéticos. § 2º Os 
dados constantes dos bancos de dados de perfis genéticos terão caráter sigiloso, 
respondendo civil, penal e administrativamente aquele que permitir ou promover sua 
utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial. § 3º As 
informações obtidas a partir da coincidência de perfis genéticos deverão ser consignadas 
em laudo pericial firmado por perito oficial devidamente habilitado. 
Art. 6º É vedado mencionar a identificação criminal do indiciado em atestados de 
antecedentes ou em informações não destinadas ao juízo criminal, antes do trânsito em 
julgado da sentença condenatória. 
Art. 7º No caso de não oferecimento da denúncia, ou sua rejeição, ou absolvição, é 
facultado ao indiciado ou ao réu, após o arquivamento definitivo do inquérito, ou trânsito 
em julgado da sentença, requerer a retirada da identificação fotográfica do inquérito ou 
processo, desde que apresente provas de sua identificação civil. 
Em virtude da entrada em vigor da Lei 13.964/19 (Pacote Anticrime), o art. 7°-
A sofreu alterações e ocorreu a inserção do art. 7°-C referente a criação do 
Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais. 
Art. 7º-A. A exclusão dos perfis genéticos dos bancos de dados ocorrerá: I - no caso de 
absolvição do acusado; ou II - no caso de condenação do acusado, mediante 
requerimento, após decorridos 20 (vinte) anos do cumprimento da pena. 
Art. 7º-B. A identificação do perfil genético será armazenada em banco de dados 
sigiloso, conforme regulamento a ser expedido pelo Poder Executivo. 
Art. 7º-C. Fica autorizada a criação, no Ministério da Justiça e Segurança Pública, do 
Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais. § 1º A formação, a gestão e o 
acesso ao Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais serão 
regulamentados em ato do Poder Executivo federal. § 2º O Banco Nacional 
Multibiométrico e de Impressões Digitais tem como objetivo armazenar dados de 
registros biométricos, de impressões digitais e, quando possível, de íris, face e voz, para 
subsidiar investigações criminais federais, estaduais ou distritais. § 3º O Banco Nacional 
Multibiométrico e de Impressões Digitais será integrado pelos registros biométricos, de 
impressões digitais, de íris, face e voz colhidos em investigações criminais ou por 
ocasião da identificação criminal. § 4º Poderão ser colhidos os registros biométricos, de 
impressões digitais, de íris, face e voz dos presos provisórios ou definitivos quando não 
tiverem sido extraídos por ocasião da identificação criminal. § 5º Poderão integrar o 
Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais, ou com ele interoperar, os 
dados de registros constantes em quaisquer bancos de dados geridos por órgãos dos 
Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário das esferas federal, estadual e distrital, 
inclusive pelo Tribunal Superior Eleitoral e pelos Institutos de Identificação Civil. § 6º No 
caso de bancos de dados de identificação de natureza civil, administrativa ou eleitoral, a 
integração ou o compartilhamento dos registros do Banco Nacional Multibiométrico e de 
Impressões Digitais será limitado às impressões digitais e às informações necessárias 
para identificação do seu titular. § 7º A integração ou a interoperação dos dados de 
registros multibiométricos constantes de outros bancos de dados com o Banco Nacional 
Multibiométrico e de Impressões Digitais ocorrerá por meio de acordo ou convênio com 
a unidade gestora. § 8º Os dados constantes do Banco Nacional Multibiométrico e de 
Impressões Digitais terão caráter sigiloso, e aquele que permitir ou promover sua 
utilização para fins diversos dos previstos nesta Lei ou em decisão judicial responderá 
civil, penal e administrativamente. § 9º As informações obtidas a partir da coincidência 
de registros biométricos relacionados a crimes deverão ser consignadas em laudo 
pericial firmado por perito oficial habilitado. § 10. É vedada a comercialização, total ou 
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parcial, da base de dados do Banco Nacional Multibiométrico e de Impressões Digitais. 
§ 11. A autoridade policial e o Ministério Público poderão requerer ao juiz competente, 
no caso de inquérito ou ação penal instaurados, o acesso ao Banco Nacional 
Multibiométrico e de Impressões Digitais. 
Art. 8º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
Art. 9º Revoga-se a Lei nº 10.054, de 7 de dezembro de 2000. 
Lei nº 13.441/2017 - altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da 
Criança e do Adolescente), para prever a infiltração de agentes de polícia na 
internet com o fim de investigar crimes contra a dignidade sexual de criança e de 
adolescente. 
Seção V-A Da Infiltração de Agentes de Polícia para a Investigação de Crimes contra a 
Dignidade Sexual de Criança e de Adolescente” 
Art. 190-A. A infiltração de agentes de polícia na internet com o fim de investigar os 
crimes previstos nos arts. 240, 241, 241-A, 241-B, 241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 
154-A , 217-A , 218 , 218-A e 218-B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 
(Código Penal), obedecerá às seguintes regras: I – será precedida de autorização judicial 
devidamente circunstanciada e fundamentada, que estabelecerá os limites da infiltração 
para obtenção de prova, ouvido o Ministério Público; II – dar-se-á mediante requerimento 
do Ministério Público ou representação de delegado de polícia e conterá a demonstração 
de sua necessidade, o alcance das tarefas dos policiais, os nomes ou apelidos das 
pessoas investigadas e, quando possível, os dados de conexão ou cadastrais que 
permitam a identificação dessas pessoas; III – não poderá exceder o prazo de 90 
(noventa) dias, sem prejuízo de eventuais renovações, desde que o total não exceda a 
720 (setecentos e vinte) dias e seja demonstrada sua efetiva necessidade, a critério da 
autoridade judicial. § 1º A autoridade judicial e o Ministério Público poderão requisitar 
relatórios parciais da operação de infiltração antes do término do prazo de que trata o 
inciso II do § 1º deste artigo. § 2º Para efeitos do disposto no inciso I do § 1º deste artigo, 
consideram-se: I – dados de conexão: informações referentes a hora, data, início, 
término, duração, endereço de Protocolo de Internet (IP) utilizado e terminal de origem 
da conexão; II – dados cadastrais: informações referentes a nome e endereço de 
assinante ou de usuário registrado ou autenticado para a conexão a quem endereço de 
IP, identificação de usuário ou código de acesso tenha sido atribuído no momento da 
conexão. § 3º A infiltração de agentes de polícia na internet não será admitida se a prova 
puder ser obtida por outros meios. 
Art. 190-B. As informações da operação de infiltração serão encaminhadas diretamente 
ao juiz responsável pela autorização da medida, que zelará por seu sigilo. Parágrafo 
único. Antes da conclusão daa dois anos, por sentença transitada em julgado, será submetido 
ao julgamento previsto no inciso anterior; VIII - aplica-se aos militares o disposto no art. 
7º, incisos VIII, XII, XVII, XVIII, XIX e XXV, e no art. 37, incisos XI, XIII, XIV e XV, bem 
como, na forma da lei e com prevalência da atividade militar, no art. 37, inciso XVI, alínea 
"c"; X - a lei disporá sobre o ingresso nas Forças Armadas, os limites de idade, a 
estabilidade e outras condições de transferência do militar para a inatividade, os direitos, 
os deveres, a remuneração, as prerrogativas e outras situações especiais dos militares, 
consideradas as peculiaridades de suas atividades, inclusive aquelas cumpridas por 
força de compromissos internacionais e de guerra. 
1.3 Concurso Público 
A regra é que para o preenchimento de cargos e empregos públicos seja 
necessário concurso público. 
As restrições de acesso a estes cargos deverão ser excepcionais, pois do 
contrário podem violar valores constitucionais, ou seja, os editais de concurso 
público não podem estabelecer, por exemplo, restrição as pessoas com 
tatuagem. 
CF, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
(...) II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em 
concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a 
complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as 
nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração. 
Vale ressaltar que concursos internos prevendo a promoção de servidores são 
considerados inconstitucionais. 
Após a nomeação, o agente não poderá ocupar cargo diverso daquele que foi 
nomeado. 
Termos, regras e condições do concurso estão no edital, que deve ser 
disponibilizado em até 60 dias antes da prova (regra geral). 
O controle do concurso público pode ser feito pela Administração Pública ou 
pelo Poder Judiciário. 
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Os concursos terão validade de 2 anos, salvo disposição contrária no edital, 
e prorrogável, discricionariamente, uma única vez. 
CF, Art. 37. A administração pública direta e indireta de qualquer dos Poderes da União, 
dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios obedecerá aos princípios de 
legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência e, também, ao seguinte: 
(...) III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma 
vez, por igual período. 
Obs.: poderá ser feito outro concurso dentro do prazo de validade do 
anterior, desde que sejam convocados todos os aprovados do concurso 
anterior antes do novo. 
Obs.: o Poder Judiciário não pode anular questões de prova de 
concursos, porém havendo erro grosseiro pode o judiciário anular a 
questão. 
Nos casos em que o edital fizer previsão somente para cadastro de reserva, 
apenas o primeiro colocado tem o direito subjetivo de ser chamado. 
Obs.: o STF entendeu que o candidato terá direito subjetivo à nomeação 
nas seguintes situações: 1 - Quando a aprovação ocorrer dentro do 
número de vagas dentro do edital; 2 Quando houver preterição na 
nomeação por não observância da ordem de classificação; 3 - Quando 
surgirem novas vagas, ou for aberto novo concurso durante a validade do 
certame anterior, e ocorrer a preterição de candidatos de forma arbitrária 
e imotivada por parte da administração nos termos acima 
Quanto às cotas, temos que 20% é a porcentagem máxima de vagas para 
portadores de deficiência, contudo, se o concurso oferecer apenas 2 vagas, não 
existirá vagas para cotistas. 
Lei nº 8.112/90, Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público: (...) § 
2º Às pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em 
concurso público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a 
deficiência de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte 
por cento) das vagas oferecidas no concurso. 
Quanto ao acesso a cargo, emprego ou função, observe os mandamentos 
abaixo: 
CF, art. 37, I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros 
que preencham os requisitos estabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na 
forma da lei. 
STF, súmula 686 - Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de 
candidato a cargo público. 
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Súmula Vinculante 44 - Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de 
candidato a cargo público. 
STF, súmula 683 - O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima 
em face do art. 7º, XXX, da Constituição, quando possa ser justificado pela natureza das 
atribuições do cargo a ser preenchido. 
STF, súmula 14 - Não é admissível, por ato administrativo, restringir, em razão da idade, 
inscrição em concurso para cargo público. 
STJ, súmula 266. O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser 
exigido na posse e não na inscrição para o concurso público. 
1.4 Cargo público 
Cargo público se resume no conjunto de atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional que devem ser atribuídas a um 
servidor. 
Em regra, os cargos públicos são acessíveis a todos os brasileiros e 
estrangeiros, entretanto, para alguns cargos a nossa CF faz restrições. 
Os cargos públicos são criados por lei, com denominação específica e 
vencimentos pagos pelos cofres públicos, para provimentos em caráter efetivo 
ou em comissão. 
Lei nº 8.112/90, Art. 3º Cargo público é o conjunto de atribuições e responsabilidades 
previstas na estrutura organizacional que devem ser cometidas a um servidor. Parágrafo 
único. Os cargos públicos, acessíveis a todos os brasileiros, são criados por lei, com 
denominação própria e vencimento pago pelos cofres públicos, para provimento em 
caráter efetivo ou em comissão. 
Lei nº 8.112/90, Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público: I 
- a nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos políticos; III - a quitação com as 
obrigações militares e eleitorais; IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do 
cargo; V - a idade mínima de dezoito anos; VI - aptidão física e mental. § 1º As atribuições 
do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei. § 2º Às 
pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso 
público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência 
de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) 
das vagas oferecidas no concurso. § 3º As universidades e instituições de pesquisa 
científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos 
e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. 
Lei nº 8.112/90, Art. 116. São deveres do servidor: I - exercer com zelo e dedicação as 
atribuições do cargo; II - ser leal às instituições a que servir; III - observar as normas 
legais e regulamentares; IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando 
manifestamente ilegais; V - atender com presteza: a) ao público em geral, prestando as 
informações requeridas, ressalvadas as protegidas por sigilo; b) à expedição de 
certidões requeridas para defesa de direito ou esclarecimento de situações de interesse 
pessoal; c) às requisições para a defesa da Fazenda Pública. VI - levar as irregularidades 
de que tiver ciência em razão do cargo ao conhecimento da autoridade superior ou, 
quando houver suspeita de envolvimento desta, ao conhecimentooperação, o acesso aos autos será reservado ao juiz, ao 
Ministério Público e ao delegado de polícia responsável pela operação, com o objetivo 
de garantir o sigilo das investigações. 
Art. 190-C. Não comete crime o policial que oculta a sua identidade para, por meio da 
internet, colher indícios de autoria e materialidade dos crimes previstos nos arts. 240, 
241, 241-A, 241-B, 241-C e 241-D desta Lei e nos arts. 154-A, 217-A, 218, 218-A e 218-
B do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal). Parágrafo único. 
O agente policial infiltrado que deixar de observar a estrita finalidade da investigação 
responderá pelos excessos praticados. 
Art. 190-D. Os órgãos de registro e cadastro público poderão incluir nos bancos de dados 
próprios, mediante procedimento sigiloso e requisição da autoridade judicial, as 
informações necessárias à efetividade da identidade fictícia criada. Parágrafo único. O 
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procedimento sigiloso de que trata esta Seção será numerado e tombado em livro 
específico. 
Art. 190-E. Concluída a investigação, todos os atos eletrônicos praticados durante a 
operação deverão ser registrados, gravados, armazenados e encaminhados ao juiz e ao 
Ministério Público, juntamente com relatório circunstanciado. Parágrafo único. Os atos 
eletrônicos registrados citados no caput deste artigo serão reunidos em autos apartados 
e apensados ao processo criminal juntamente com o inquérito policial, assegurando-se 
a preservação da identidade do agente policial infiltrado e a intimidade das crianças e 
dos adolescentes envolvidos. 
Art. 2º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação. 
4.3 Formas de Investigação Diversas do Inquérito: 
4.3.1 Termo Circunstanciado 
Está disposto na Lei n° 9.099/95. É o meio utilizado para investigação de 
infrações de menor potencial ofensivo. 
É procedimento sumaríssimo realizado no JECRIM. 
É oral e informal; 
Tem como objetivos: 
• Economia processual; 
• Reparação de dano sofrido pela vítima; 
• Aplicação de pena diversa da privativa de liberdade. 
Enunciado 34, FONAJE: Atendidas as peculiaridades locais, o termo circunstanciado 
poderá ser lavrado pela Polícia Civil ou Militar. 
4.3.2 Comissão parlamentar de inquérito (CPI) 
Terão poderes próprios das autoridades judiciais. 
São criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado Federal, em conjunto 
ou separadamente, mediante requerimento de 1/3 de seus membros, possui 
prazo certo e tem a finalidade de apurar um fato específico. 
Obs.: é possível que se crie CPI nas Assembleias Legislativas, Câmara 
Distrital e nas Câmaras municipais (Princípio da Simetria). 
Após conclusão, a CPI deve enviar os autos ao MP. 
C.F. Art. 58 (...) § 3º As comissões parlamentares de inquérito, que terão poderes de 
investigação próprios das autoridades judiciais, além de outros previstos nos regimentos 
das respectivas Casas, serão criadas pela Câmara dos Deputados e pelo Senado 
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Federal, em conjunto ou separadamente, mediante requerimento de um terço de seus 
membros, para a apuração de fato determinado e por prazo certo, sendo suas 
conclusões, se for o caso, encaminhadas ao Ministério Público, para que promova a 
responsabilidade civil ou criminal dos infratores. 
4.4 Prazos de Encerramento do Inquérito Policial 
Regra geral 
• 10 dias se o indiciado estiver preso e não prorrogável; 
• 30 dias se estiver solto, pode ser prorrogado. 
CPP - Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido 
preso em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta 
hipótese, a partir do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, 
quando estiver solto, mediante fiança ou sem ela. 
Se tratando de investigado preso, em caso de excesso de prazo sem 
razoabilidade, caracteriza-se constrangimento ilegal (relaxamento da prisão). 
Obs.: os arts. 3ª-A ao 3º-F do CPP (Juiz das Garantias) estão com a 
eficácia suspensa. 
4.4.1 Exceções 
• Tráfico de drogas – 30 dias se o indiciado estiver preso e 90 dias 
estando solto, em ambos os casos pode haver prorrogação. 
Lei nº 11.343/06 (Lei de drogas), Art. 51. O inquérito policial será concluído no prazo de 
30 (trinta) dias, se o indiciado estiver preso, e de 90 (noventa) dias, quando solto. 
Parágrafo único. Os prazos a que se refere este artigo podem ser duplicados pelo juiz, 
ouvido o Ministério Público, mediante pedido justificado da autoridade de polícia 
judiciária. 
• Justiça Federal – o prazo para conclusão do inquérito policial será de 15 
dias, quando o indiciado estiver preso e 30 dias se estiver solto (aplica-
se a regra geral); em ambos os casos pode haver prorrogação por igual 
período; o pedido deve ser fundamentado pela autoridade policial 
(Delegado de Polícia Federal). 
Lei nº 5010/66, Art. 66. O prazo para conclusão do inquérito policial será de quinze dias, 
quando o indiciado estiver preso, podendo ser prorrogado por mais quinze dias, a pedido, 
devidamente fundamentado, da autoridade policial e deferido pelo Juiz a que competir o 
conhecimento do processo. Parágrafo único. Ao requerer a prorrogação do prazo para 
conclusão do inquérito, a autoridade policial deverá apresentar o preso ao Juiz. 
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• Nos casos de crimes hediondos ou assemelhados – em casos de 
prisão temporária, durará 30 dias se o indiciado solto, podendo ser 
prorrogável por mais 30; 
Lei nº 8.072/90, Art. 2º (...) § 4º A prisão temporária, sobre a qual dispõe a Lei no 7.960, 
de 21 de dezembro de 1989, nos crimes previstos neste artigo, terá o prazo de 30 (trinta) 
dias, prorrogável por igual período em caso de extrema e comprovada necessidade. 
• Nos crimes contra economia popular – o prazo de conclusão das 
investigações é de 10 dias prorrogáveis por mais 10 dias, não 
importando se o indiciado está preso ou solto. 
Lei 1.521/51, Art. 10, § 1º. Os atos policiais (inquérito ou processo iniciado por portaria) 
deverão terminar no prazo de 10 (dez) dias. 
4.5 Fim do Inquérito Policial 
Concluído o inquérito, a autoridade policial deve elaborar um relatório. 
CPP. Art. 10. (..) § 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver sido apurado e 
enviará autos ao juiz competente. 
O Ministério Público pode: oferecer denúncia, requerer o arquivamento ou 
requisitar novas diligências imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. 
O MP, caso entenda serem necessárias novas diligências, por considerá-las 
imprescindíveis ao oferecimento da denúncia, poderá requerer a devolução do 
inquérito à autoridade policial. 
Obs.: pode haver denúncia sem que haja relatório da autoridade policial. 
Obs.²: no relatório podem ser indicadas testemunhas que não foram 
ouvidas. 
Obs.³: o juiz não pode indeferir uma diligência no inquérito, somente na 
fase processual. E se o juiz indeferir cabe mandado de segurança pelo 
promotor. 
4.6 Arquivamento do Inquérito 
O arquivamento do inquérito policial deve ser entendido como a paralisação das 
investigações. 
O arquivamento somente pode ser determinado pelo juiz, a requerimento do 
Ministério Público. 
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As hipóteses autorizadoras do arquivamento são aquelas em que haveria a 
rejeição da denúncia, destaca-se: 
• Atipicidade da conduta; 
• Exclusão da ilicitude; 
• Exclusão da culpabilidade; 
• Extinção de punibilidade; 
• Ausência de justa causa. 
Em regra, se o fundamento para o arquivamento for a ausência justa causa, a 
decisão judicialnão faz coisa julgada material, podendo ser desarquivado o 
inquérito policial, diante do surgimento de novas provas. 
A regra é que se arquivado o inquérito por requerimento do Ministério Público, 
nova ação penal não pode ser iniciada sem novas provas. 
STF, súmula 524 - Arquivado o inquérito policial, por despacho do juiz, a requerimento 
do promotor de justiça, não pode a ação penal ser iniciada, sem novas provas. 
CPP, Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, 
por falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas 
pesquisas, se de outras provas tiver notícia. 
Obs.: Prova nova é aquela que altera de maneira significativa o contexto 
dos fatos e do procedimento. 
A autoridade policial pode prosseguir nas investigações, buscando novas 
provas, mesmo depois de arquivado o inquérito. 
CPP, Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
Se o fundamento do arquivamento for: atipicidade da conduta, excludente de 
ilicitude, culpabilidade, ou extinção da punibilidade, a decisão produz coisa 
julgada formal e material, não se admitindo o desarquivamento (coisa 
julgada material). 
Com a entrada em vigor da Lei nº 13.964/19 (Pacote Anticrime), o art. 28 do 
CPP recebeu nova redação, e foi inserido o art. 28-A ao CPP para tratar do 
acordo de não persecução penal. 
Segundo o art. 28 do CPP, quando ordenado o arquivamento do inquérito 
policial ou de quaisquer elementos informativos da mesma natureza, o Ministério 
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Público deverá comunicar à vítima, ao acusado e à autoridade policial e 
encaminhará os autos para a instância de revisão ministerial para fins de 
homologação. 
CPP. Art. 28. Ordenado o arquivamento do inquérito policial ou de quaisquer elementos 
informativos da mesma natureza, o órgão do Ministério Público comunicará à vítima, ao 
investigado e à autoridade policial e encaminhará os autos para a instância de revisão 
ministerial para fins de homologação, na forma da lei. § 1º Se a vítima, ou seu 
representante legal, não concordar com o arquivamento do inquérito policial, poderá, no 
prazo de 30 (trinta) dias do recebimento da comunicação, submeter a matéria à revisão 
da instância competente do órgão ministerial, conforme dispuser a respectiva lei 
orgânica. § 2º Nas ações penais relativas a crimes praticados em detrimento da União, 
Estados e Municípios, a revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser 
provocada pela chefia do órgão a quem couber a sua representação judicial. 
Uma das novidades deste dispositivo está na situação em que a vítima, ou seu 
representante legal, não concordando com o arquivamento do inquérito 
policial, poderá submeter a matéria à revisão na instância competente do 
órgão ministerial no prazo de 30 dias a contar do recebimento da 
comunicação. 
Outra novidade incide nas hipóteses de ações penais relativas a crimes 
praticados em detrimento da União, Estados e Municípios. Nestas situações, a 
revisão do arquivamento do inquérito policial poderá ser provocada pela 
própria chefia do órgão a quem couber a representação judicial. 
Lei 1.521/51, Art. 7º. Os juízes recorrerão de ofício sempre que absolverem os acusados 
em processo por crime contra a economia popular ou contra a saúde pública, ou quando 
determinarem o arquivamento dos autos do respectivo inquérito policial. 
Decreto-Lei 6.259/44, Art. 58. Realizar o denominado "jogo do bicho", em que um dos 
participantes, considerado comprador ou ponto, entrega certa quantia com a indicação 
de combinações de algarismos ou nome de animais, a que correspondem números, ao 
outro participante, considerado o vendedor ou banqueiro, que se obriga mediante 
qualquer sorteio ao pagamento de prêmios em dinheiro. Penas: de seis (6) meses a um 
(1) ano de prisão simples e multa de dez mil cruzeiros (Cr$ 10.000,00) a cinquenta mil 
cruzeiros (Cr$ 50.000,00) ao vendedor ou banqueiro, e de quarenta (40) a trinta (30) dias 
de prisão celular ou multa de duzentos cruzeiros (Cr$ 200,00) a quinhentos cruzeiros 
(Cr$ 500,00) ao comprador ou ponto. § 1º Incorrerão nas penas estabelecidas para 
vendedores ou banqueiros: a) os que servirem de intermediários na efetuação do jogo; 
b) os que transportarem, conduzirem, possuírem, tiverem sob sua guarda ou poder, 
fabricarem, darem, cederem, trocarem, guardarem em qualquer parte, listas com 
indicações do jogo ou material próprio para a contravenção, bem como de qualquer 
forma contribuírem para a sua confecção, utilização, curso ou emprego, seja qual for a 
sua espécie ou quantidade; c) os que procederem à apuração de listas ou à organização 
de mapas relativos ao movimento do jogo; d) os que por qualquer modo promoverem ou 
facilitarem a realização do jogo. § 2º Consideram-se idôneos para a prova do ato 
contravencional quaisquer listas com indicações claras ou disfarçadas, uma vez que a 
perícia revele se destinarem à perpetração do jogo do bicho. 
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Decreto-Lei 6.259/44, Art. 60. Constituem contravenções, puníveis com as penas do art. 
45, o jogo sobre corridas de cavalos, feito fora dos hipódromos, ou da sede e 
dependências das entidades autorizadas, e as apostas sobre quaisquer outras 
competições esportivas. Parágrafo único. Consideram-se competições esportivas, 
aquelas em que se classifiquem vencedores: a) pelo esforço físico, destreza ou 
habilidade do homem; b) pela seleção ou adestramento de animais, postos em disputa, 
carreira ou luta de qualquer natureza. 
A inimputabilidade por doença mental não autoriza o arquivamento, a 
persecução penal deverá ter seu curso normal para eventual aplicação de 
medida de segurança. 
Arquivamento implícito – o Ministério Público deixa de incluir corréu ou um fato 
delituoso na denúncia e não pede o arquivamento, se mantendo inerte; 
modalidade não admitida pela jurisprudência por força do art. 28 do CPP. 
Arquivamento indireto – o promotor solicita a declinação de competência, mas 
o juiz se recusa a fazê-lo. Aplica-se, analogicamente, o art. 28 do CPP. 
Obs.: arquivamento é diferente de trancamento, naquele é a pedido do 
promotor e neste ocorre a paralisação do inquérito policial obtida por 
habeas corpus no tribunal. 
4.7 Acordo de Não Persecução Penal 
O art. 28-A trouxe o acordo de não persecução penal. 
O acordo de não persecução penal será proposto pelo MP, quando for medida 
necessária e suficiente para reprovação e prevenção do crime, dependerá 
de algumas condições (cumulativas e alternativas) a serem cumpridas pelo 
acusado. 
Requisitos para a propositura do acordo de não persecução penal: 
• Que investigado confesse formal e circunstancialmente a prática de 
infração penal; 
• Que a infração penal tenha sido cometida sem violência ou grave 
ameaça à pessoa; 
• Que a pena mínima cominada seja inferior a 4 anos. 
Condições do acordo de não persecução penal (cumulativa e 
alternativamente): 
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• Reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade 
de fazê-lo; 
• Renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério 
Público como instrumentos, produto ou proveito do crime; 
• Prestar serviço à comunidade ou a entidades públicas por período 
correspondente à pena mínima cominada ao delito diminuída de um 
a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da execução, na forma 
do art. 46 do Código Penal; 
CP, Art. 46. A prestação de serviços à comunidade ou a entidades públicas é aplicável 
às condenações superiores a seis meses de privação da liberdade. § 1º A prestação deserviços à comunidade ou a entidades públicas consiste na atribuição de tarefas gratuitas 
ao condenado. § 2º A prestação de serviço à comunidade dar-se-á em entidades 
assistenciais, hospitais, escolas, orfanatos e outros estabelecimentos congêneres, em 
programas comunitários ou estatais. § 3º As tarefas a que se refere o § 1o serão 
atribuídas conforme as aptidões do condenado, devendo ser cumpridas à razão de uma 
hora de tarefa por dia de condenação, fixadas de modo a não prejudicar a jornada normal 
de trabalho. § 4º Se a pena substituída for superior a um ano, é facultado ao condenado 
cumprir a pena substitutiva em menor tempo (art. 55), nunca inferior à metade da pena 
privativa de liberdade fixada. 
• Pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 do 
Código Penal, a entidade pública ou de interesse social, a ser 
indicada pelo juízo da execução, que tenha, preferencialmente, como 
função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos 
aparentemente lesados pelo delito; 
CP, Art. 45. Na aplicação da substituição prevista no artigo anterior, proceder-se-á na 
forma deste e dos arts. 46, 47 e 48. § 1º A prestação pecuniária consiste no pagamento 
em dinheiro à vítima, a seus dependentes ou a entidade pública ou privada com 
destinação social, de importância fixada pelo juiz, não inferior a 1 (um) salário mínimo 
nem superior a 360 (trezentos e sessenta) salários mínimos. O valor pago será deduzido 
do montante de eventual condenação em ação de reparação civil, se coincidentes os 
beneficiários. § 2º No caso do parágrafo anterior, se houver aceitação do beneficiário, a 
prestação pecuniária pode consistir em prestação de outra natureza. § 3º A perda de 
bens e valores pertencentes aos condenados dar-se-á, ressalvada a legislação especial, 
em favor do Fundo Penitenciário Nacional, e seu valor terá como teto – o que for maior 
– o montante do prejuízo causado ou do provento obtido pelo agente ou por terceiro, em 
consequência da prática do crime. 
• Cumprir, por prazo determinado, outra condição indicada pelo 
Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a 
infração penal imputada. 
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Na aplicação da pena mínima a que se sujeita o acordo de não persecução 
penal, serão consideradas as causas de aumento e diminuição aplicáveis 
ao caso concreto. 
O acordo será na forma escrita, sendo firmado pelo membro do Ministério 
Público, pelo investigado e por seu defensor. 
Homologação será realizada em audiência na qual o juiz deverá verificar a 
voluntariedade do agente, por meio da oitiva do investigado na presença do seu 
defensor, e sua legalidade. 
Sendo homologado, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para que 
inicie sua execução perante o juízo de execução penal. 
Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições 
dispostas no acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao 
Ministério Público para que seja reformulada a proposta de acordo, com 
concordância do investigado e seu defensor. 
Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério Público para 
a análise da necessidade de complementação das investigações ou o 
oferecimento da denúncia. 
Se descumpridas quaisquer das condições estipuladas no acordo, o 
Ministério Público deverá comunicar ao juízo, para fins de rescisão e posterior 
oferecimento de denúncia. 
O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado 
também poderá ser utilizado como justificativa para o não oferecimento de 
suspensão condicional do processo. 
A vítima será intimada da homologação do acordo e de seu 
descumprimento. 
A celebração e o cumprimento do acordo de não persecução penal não 
constarão de certidão de antecedentes criminais, exceto se o agente tiver 
sido beneficiado nos 5 anos anteriores ao cometimento da infração, com: 
• Outro acordo de não persecução penal; 
• Transação penal; 
• Suspensão condicional do processo. 
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Se o acordo for cumprido integralmente, o juízo competente decretará a 
extinção de punibilidade. 
Se houver recusa do MP em propor o acordo de não persecução penal, o 
investigado poderá requerer a remessa dos autos a órgão superior do MP para 
revisão. 
Hipóteses de não cabimento do acordo de não persecução penal: 
• Se for cabível transação penal de competência dos Juizados Especiais 
Criminais, nos termos da lei; 
• Se o investigado for reincidente ou se houver elementos probatórios 
que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, 
exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas; 
• Ter sido o agente beneficiado nos 5 (cinco) anos anteriores ao 
cometimento da infração, em acordo de não persecução penal, 
transação penal ou suspensão condicional do processo; 
• Nos crimes praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, 
ou praticados contra a mulher por razões da condição de sexo 
feminino, em favor do agressor. 
CPP, Art. 28-A. Não sendo caso de arquivamento e tendo o investigado confessado 
formal e circunstancialmente a prática de infração penal sem violência ou grave ameaça 
e com pena mínima inferior a 4 (quatro) anos, o Ministério Público poderá propor acordo 
de não persecução penal, desde que necessário e suficiente para reprovação e 
prevenção do crime, mediante as seguintes condições ajustadas cumulativa e 
alternativamente: I - reparar o dano ou restituir a coisa à vítima, exceto na impossibilidade 
de fazê-lo; II - renunciar voluntariamente a bens e direitos indicados pelo Ministério 
Público como instrumentos, produto ou proveito do crime; III - prestar serviço à 
comunidade ou a entidades públicas por período correspondente à pena mínima 
cominada ao delito diminuída de um a dois terços, em local a ser indicado pelo juízo da 
execução, na forma do art. 46 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 
(Código Penal); IV - pagar prestação pecuniária, a ser estipulada nos termos do art. 45 
do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), a entidade pública 
ou de interesse social, a ser indicada pelo juízo da execução, que tenha, 
preferencialmente, como função proteger bens jurídicos iguais ou semelhantes aos 
aparentemente lesados pelo delito; ou V - cumprir, por prazo determinado, outra 
condição indicada pelo Ministério Público, desde que proporcional e compatível com a 
infração penal imputada. § 1º Para aferição da pena mínima cominada ao delito a que 
se refere o caput deste artigo, serão consideradas as causas de aumento e diminuição 
aplicáveis ao caso concreto. § 2º O disposto no caput deste artigo não se aplica nas 
seguintes hipóteses: I - se for cabível transação penal de competência dos Juizados 
Especiais Criminais, nos termos da lei; II - se o investigado for reincidente ou se houver 
elementos probatórios que indiquem conduta criminal habitual, reiterada ou profissional, 
exceto se insignificantes as infrações penais pretéritas; III - ter sido o agente beneficiado 
nos 5 (cinco) anos anteriores ao cometimento da infração, em acordo de não persecução 
penal, transação penal ou suspensão condicional do processo; e IV - nos crimes 
praticados no âmbito de violência doméstica ou familiar, ou praticados contra a mulher 
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por razões da condição de sexo feminino, em favor do agressor. § 3º O acordo de não 
persecução penal será formalizado por escrito e será firmado pelo membro do Ministério 
Público, pelo investigado e por seu defensor. § 4º Para a homologação do acordo de não 
persecução penal, será realizada audiência na qual o juiz deverá verificara sua 
voluntariedade, por meio da oitiva do investigado na presença do seu defensor, e sua 
legalidade. § 5º Se o juiz considerar inadequadas, insuficientes ou abusivas as condições 
dispostas no acordo de não persecução penal, devolverá os autos ao Ministério Público 
para que seja reformulada a proposta de acordo, com concordância do investigado e seu 
defensor. § 6º Homologado judicialmente o acordo de não persecução penal, o juiz 
devolverá os autos ao Ministério Público para que inicie sua execução perante o juízo de 
execução penal. § 7º O juiz poderá recusar homologação à proposta que não atender 
aos requisitos legais ou quando não for realizada a adequação a que se refere o § 5º 
deste artigo. § 8º Recusada a homologação, o juiz devolverá os autos ao Ministério 
Público para a análise da necessidade de complementação das investigações ou o 
oferecimento da denúncia. § 9º A vítima será intimada da homologação do acordo de 
não persecução penal e de seu descumprimento. § 10. Descumpridas quaisquer das 
condições estipuladas no acordo de não persecução penal, o Ministério Público deverá 
comunicar ao juízo, para fins de sua rescisão e posterior oferecimento de denúncia. § 
11. O descumprimento do acordo de não persecução penal pelo investigado também 
poderá ser utilizado pelo Ministério Público como justificativa para o eventual não 
oferecimento de suspensão condicional do processo. § 12. A celebração e o 
cumprimento do acordo de não persecução penal não constarão de certidão de 
antecedentes criminais, exceto para os fins previstos no inciso III do § 2º deste artigo. § 
13. Cumprido integralmente o acordo de não persecução penal, o juízo competente 
decretará a extinção de punibilidade. § 14. No caso de recusa, por parte do Ministério 
Público, em propor o acordo de não persecução penal, o investigado poderá requerer a 
remessa dos autos a órgão superior, na forma do art. 28 deste Código. 
Caberá recurso em sentido estrito da decisão, despacho ou sentença que 
recusar homologação à proposta de acordo de não persecução penal. 
Artigos Relacionados, CPP: 
Art. 4º A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território de suas 
respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua 
autoria. Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de 
autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. 
Art. 5º Nos crimes de ação pública o inquérito policial será iniciado: I - de ofício; II - 
mediante requisição da autoridade judiciária ou do Ministério Público, ou a requerimento 
do ofendido ou de quem tiver qualidade para representá-lo. § 1º O requerimento a que 
se refere o no II conterá sempre que possível: a) a narração do fato, com todas as 
circunstâncias; b) a individualização do indiciado ou seus sinais característicos e as 
razões de convicção ou de presunção de ser ele o autor da infração, ou os motivos de 
impossibilidade de o fazer; c) a nomeação das testemunhas, com indicação de sua 
profissão e residência. § 2º Do despacho que indeferir o requerimento de abertura de 
inquérito caberá recurso para o chefe de Polícia. § 3º Qualquer pessoa do povo que tiver 
conhecimento da existência de infração penal em que caiba ação pública poderá, 
verbalmente ou por escrito, comunicá-la à autoridade policial, e esta, verificada a 
procedência das informações, mandará instaurar inquérito. § 4º O inquérito, nos crimes 
em que a ação pública depender de representação, não poderá sem ela ser iniciado. § 
5º Nos crimes de ação privada, a autoridade policial somente poderá proceder a inquérito 
a requerimento de quem tenha qualidade para intentá-la. 
Art. 6º Logo que tiver conhecimento da prática da infração penal, a autoridade policial 
deverá: I - dirigir-se ao local, providenciando para que não se alterem o estado e 
conservação das coisas, até a chegada dos peritos criminais; II - apreender os objetos 
que tiverem relação com o fato, após liberados pelos peritos criminais; III - colher todas 
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as provas que servirem para o esclarecimento do fato e suas circunstâncias; IV - ouvir o 
ofendido; V - ouvir o indiciado, com observância, no que for aplicável, do disposto no 
Capítulo III do Título Vll, deste Livro, devendo o respectivo termo ser assinado por duas 
testemunhas que Ihe tenham ouvido a leitura; VI - proceder a reconhecimento de 
pessoas e coisas e a acareações; VII - determinar, se for caso, que se proceda a exame 
de corpo de delito e a quaisquer outras perícias; VIII - ordenar a identificação do indiciado 
pelo processo datiloscópico, se possível, e fazer juntar aos autos sua folha de 
antecedentes; IX - averiguar a vida pregressa do indiciado, sob o ponto de vista 
individual, familiar e social, sua condição econômica, sua atitude e estado de ânimo antes 
e depois do crime e durante ele, e quaisquer outros elementos que contribuírem para a 
apreciação do seu temperamento e caráter. X - colher informações sobre a existência de 
filhos, respectivas idades e se possuem alguma deficiência e o nome e o contato de 
eventual responsável pelos cuidados dos filhos, indicado pela pessoa presa. 
Art. 7º Para verificar a possibilidade de haver a infração sido praticada de determinado 
modo, a autoridade policial poderá proceder à reprodução simulada dos fatos, desde que 
esta não contrarie a moralidade ou a ordem pública. 
Art. 8º Havendo prisão em flagrante, será observado o disposto no Capítulo II do Título 
IX deste Livro. 
Art. 9º Todas as peças do inquérito policial serão, num só processado, reduzidas a escrito 
ou datilografadas e, neste caso, rubricadas pela autoridade. 
Art. 10. O inquérito deverá terminar no prazo de 10 dias, se o indiciado tiver sido preso 
em flagrante, ou estiver preso preventivamente, contado o prazo, nesta hipótese, a partir 
do dia em que se executar a ordem de prisão, ou no prazo de 30 dias, quando estiver 
solto, mediante fiança ou sem ela. § 1º A autoridade fará minucioso relatório do que tiver 
sido apurado e enviará autos ao juiz competente. § 2º No relatório poderá a autoridade 
indicar testemunhas que não tiverem sido inquiridas, mencionando o lugar onde possam 
ser encontradas. § 3º Quando o fato for de difícil elucidação, e o indiciado estiver solto, 
a autoridade poderá requerer ao juiz a devolução dos autos, para ulteriores diligências, 
que serão realizadas no prazo marcado pelo juiz. 
Art. 11. Os instrumentos do crime, bem como os objetos que interessarem à prova, 
acompanharão os autos do inquérito. 
Art. 12. O inquérito policial acompanhará a denúncia ou queixa, sempre que servir de 
base a uma ou outra. 
Art. 13. Incumbirá ainda à autoridade policial: I – fornecer às autoridades judiciárias as 
informações necessárias à instrução e julgamento dos processos; II - realizar as 
diligências requisitadas pelo juiz ou pelo Ministério Público; III - cumprir os mandados de 
prisão expedidos pelas autoridades judiciárias; IV - representar acerca da prisão 
preventiva. 
Art. 13-A. Nos crimes previstos nos arts. 148, 149 e 149-A, no § 3º do art. 158 e no art. 
159 do Decreto-Lei no 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal), e no art. 239 
da Lei no 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente), o 
membro do Ministério Público ou o delegado de polícia poderá requisitar, de quaisquer 
órgãos do poder público ou de empresas da iniciativa privada, dados e informações 
cadastrais da vítima ou de suspeitos. Parágrafo único. A requisição, que será atendida 
no prazo de 24 (vinte e quatro) horas, conterá: I - o nome da autoridade requisitante; II - 
o número do inquérito policial; e III - a identificação da unidade de polícia judiciária 
responsável pela investigação. 
Art. 13-B. Se necessário à prevenção e à repressão dos crimes relacionados ao tráfico 
de pessoas, o membro do MinistérioPúblico ou o delegado de polícia poderão requisitar, 
mediante autorização judicial, às empresas prestadoras de serviço de telecomunicações 
e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos adequados – como 
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sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima ou dos suspeitos do 
delito em curso. § 1º Para os efeitos deste artigo, sinal significa posicionamento da 
estação de cobertura, setorização e intensidade de radiofrequência. § 2º Na hipótese de 
que trata o caput, o sinal: I - não permitirá acesso ao conteúdo da comunicação de 
qualquer natureza, que dependerá de autorização judicial, conforme disposto em lei; II - 
deverá ser fornecido pela prestadora de telefonia móvel celular por período não superior 
a 30 (trinta) dias, renovável por uma única vez, por igual período; III - para períodos 
superiores àquele de que trata o inciso II, será necessária a apresentação de ordem 
judicial. § 3º Na hipótese prevista neste artigo, o inquérito policial deverá ser instaurado 
no prazo máximo de 72 (setenta e duas) horas, contado do registro da respectiva 
ocorrência policial. § 4º Não havendo manifestação judicial no prazo de 12 (doze) horas, 
a autoridade competente requisitará às empresas prestadoras de serviço de 
telecomunicações e/ou telemática que disponibilizem imediatamente os meios técnicos 
adequados – como sinais, informações e outros – que permitam a localização da vítima 
ou dos suspeitos do delito em curso, com imediata comunicação ao juiz. 
Art. 14. O ofendido, ou seu representante legal, e o indiciado poderão requerer qualquer 
diligência, que será realizada, ou não, a juízo da autoridade. 
Art. 15. Se o indiciado for menor, ser-lhe-á nomeado curador pela autoridade policial. 
Art. 16. O Ministério Público não poderá requerer a devolução do inquérito à autoridade 
policial, senão para novas diligências, imprescindíveis ao oferecimento da denúncia. 
Art. 17. A autoridade policial não poderá mandar arquivar autos de inquérito. 
Art. 18. Depois de ordenado o arquivamento do inquérito pela autoridade judiciária, por 
falta de base para a denúncia, a autoridade policial poderá proceder a novas pesquisas, 
se de outras provas tiver notícia. 
Art. 19. Nos crimes em que não couber ação pública, os autos do inquérito serão 
remetidos ao juízo competente, onde aguardarão a iniciativa do ofendido ou de seu 
representante legal, ou serão entregues ao requerente, se o pedir, mediante traslado. 
Art. 20. A autoridade assegurará no inquérito o sigilo necessário à elucidação do fato ou 
exigido pelo interesse da sociedade. Parágrafo único. Nos atestados de antecedentes 
que lhe forem solicitados, a autoridade policial não poderá mencionar quaisquer 
anotações referentes a instauração de inquérito contra os requerentes. 
Art. 21. A incomunicabilidade do indiciado dependerá sempre de despacho nos autos e 
somente será permitida quando o interesse da sociedade ou a conveniência da 
investigação o exigir. Parágrafo único. A incomunicabilidade, que não excederá de três 
dias, será decretada por despacho fundamentado do Juiz, a requerimento da autoridade 
policial, ou do órgão do Ministério Público, respeitado, em qualquer hipótese, o disposto 
no artigo 89, inciso III, do Estatuto da Ordem dos Advogados do Brasil (Lei n. 4.215, de 
27 de abril de 1963). 
Art. 22. No Distrito Federal e nas comarcas em que houver mais de uma circunscrição 
policial, a autoridade com exercício em uma delas poderá, nos inquéritos a que esteja 
procedendo, ordenar diligências em circunscrição de outra, independentemente de 
precatórias ou requisições, e bem assim providenciará, até que compareça a autoridade 
competente, sobre qualquer fato que ocorra em sua presença, noutra circunscrição. 
Art. 23. Ao fazer a remessa dos autos do inquérito ao juiz competente, a autoridade 
policial oficiará ao Instituto de Identificação e Estatística, ou repartição congênere, 
mencionando o juízo a que tiverem sido distribuídos, e os dados relativos à infração penal 
e à pessoa do indiciado. 
https://pay.hotmart.com/G69878327B?src=amostrapvde outra autoridade 
competente para apuração; VII - zelar pela economia do material e a conservação do 
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patrimônio público; VIII - guardar sigilo sobre assunto da repartição; IX - manter conduta 
compatível com a moralidade administrativa; X - ser assíduo e pontual ao serviço; XI - 
tratar com urbanidade as pessoas; XII - representar contra ilegalidade, omissão ou abuso 
de poder. Parágrafo único. A representação de que trata o inciso XII será encaminhada 
pela via hierárquica e apreciada pela autoridade superior àquela contra a qual é 
formulada, assegurando-se ao representando ampla defesa. 
Súmula Vinculante 43 - É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie 
ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu 
provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. 
1.4.1 Principais Classificações dos Cargos Públicos 
Quanto à organização: 
• Cargos de carreiras – são distribuídos e organizados em classes 
(agrupamentos de cargos), em sentido de progressão (carreira); 
• Cargos Isolados – são os que não são organizados em classes. 
Obs.: O conjunto de cargos de carreira e isolados é chamado de quadro 
funcional. 
Quanto ao provimento, os cargos podem ser: 
• Cargos Vitalícios – nesta modalidade, o elemento permanência é ainda 
mais intenso, uma vez que seus ocupantes só podem perdê-lo por 
meio de sentença transitada em julgado; 
o São privativos da Magistratura, Ministério Público e Ministros dos 
Tribunais de Contas; 
o Seu provimento pode ou não depender de concurso público; 
o A vitaliciedade ocorre após dois anos de exercício do cargo, 
se o ingresso foi por concurso (juízes e promotores); ou logo 
após a posse, quando se tratar de indicação (Ministros dos 
Tribunais Superiores). 
• Cargos efetivos – dependem de prévia aprovação em concurso público 
e garantem estabilidade aos seus ocupantes após três anos, se 
aprovados no estágio probatório; 
• Cargos em comissão – são cargos de livre nomeação e exoneração e 
esta não precisa ser motivada. 
o Em geral, cargos de confiança submetem-se a duas regras 
constitucionais: 1ª – Servem somente para funções de direção, 
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chefia ou assessoramento. 2ª – Dentro dos cargos em comissão é 
necessário que haja uma porcentagem de pessoas concursadas 
previamente. 
CF, art. 37 (...)V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores 
ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por 
servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, 
destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; 
1.5 Empregado Público 
Há um vínculo contratual entre o agente e a Administração, que será regido 
pela CLT. 
O provimento será obrigatoriamente por concurso público. 
O regime de emprego público é obrigatório para as empresas estatais e suas 
subsidiárias que explorem atividade econômica. 
As ações envolvendo os empregados públicos e Administração serão 
processadas perante a Justiça do Trabalho. 
CF, Art. 173. Ressalvados os casos previstos nesta Constituição, a exploração direta de 
atividade econômica pelo Estado só será permitida quando necessária aos imperativos 
da segurança nacional ou a relevante interesse coletivo, conforme definidos em lei. § 1º 
A lei estabelecerá o estatuto jurídico da empresa pública, da sociedade de economia 
mista e de suas subsidiárias que explorem atividade econômica de produção ou 
comercialização de bens ou de prestação de serviços, dispondo sobre: I - sua função 
social e formas de fiscalização pelo Estado e pela sociedade; II - a sujeição ao regime 
jurídico próprio das empresas privadas, inclusive quanto aos direitos e obrigações civis, 
comerciais, trabalhistas e tributários; III - licitação e contratação de obras, serviços, 
compras e alienações, observados os princípios da administração pública; IV - a 
constituição e o funcionamento dos conselhos de administração e fiscal, com a 
participação de acionistas minoritários; V - os mandatos, a avaliação de desempenho e 
a responsabilidade dos administradores. 
Obs.: Compete à Justiça Comum (estadual ou federal) decidir se a greve 
realizada por servidor público é ou não abusiva (Informativo nº 871-STF) 
1.6 Servidores Temporários 
São servidores que passaram por um processo seletivo simplificado (não é 
concurso!!), para exercer funções temporárias de excepcional interesse 
público. 
CF, Art. 37 (...) IX - a lei estabelecerá os casos de contratação por tempo determinado 
para atender à necessidade temporária de excepcional interesse público; 
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Obs.: O disposto no art. 38, da CF: “Ao servidor público da administração 
direta, autárquica e fundacional, no exercício de mandato eletivo”, não se 
aplica aos servidores temporários. 
Se sujeitam ao vínculo jurídico-administrativo. 
Súmula vinculante nº 13 - A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha 
reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou 
de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou 
assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de 
função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da 
União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste 
mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal (Nepotismo). 
Obs.: Informativo nº 815 do STF - Não haverá nepotismo se a pessoa 
nomeada possui um parente no órgão, mas sem influência hierárquica 
sobre a nomeação. 
Obs.²: Informativo nº 786 do STF - Norma que impede nepotismo no 
serviço público não alcança servidores de provimento efetivo. 
 A súmula acima não se aplica aos cargos políticos. 
Obs.: o STF admite o uso da lei de greve do setor privado no serviço 
público, pelo simples fato dessa suposta lei ordinária não existir. 
Obs.²: a CF em seu art. 39 estendeu aos servidores públicos todos os 
direitos dos trabalhadores previstos no art. 7º da CF. 
1.7 Remuneração 
Está prevista no art. 37, X da CF. 
C.F. Art. 37 (...), X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o 
§ 4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a 
iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma 
data e sem distinção de índices; 
Será feita através de subsídios e pagos em parcela única. Em regra, não se 
admite prestação de serviços gratuitos. 
Lei nº 8.112/90, Art. 4º É proibida a prestação de serviços gratuitos, salvo os casos 
previstos em lei. 
Remuneração é o vencimento acrescido das vantagens pecuniárias 
permanentes inerentes ao cargo, ao passo que subsídio são pagos em 
parcelas únicas, sendo vedado, neste último, acréscimos como gratificação, 
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adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie 
remuneratória. 
Lei nº 8.112/90, Art. 41. Remuneração é o vencimento do cargo efetivo, acrescido das 
vantagens pecuniárias permanentes estabelecidas em lei. § 1º A remuneração do 
servidor investido em função ou cargo em comissão será paga na forma prevista no art. 
62. § 2º O servidor investido em cargo em comissão de órgão ou entidade diversa da de 
sua lotação receberá a remuneração de acordo com o estabelecido no § 1o do art. 93. 
§ 3º O vencimento do cargo efetivo, acrescidodas vantagens de caráter permanente, é 
irredutível. § 4º É assegurada a isonomia de vencimentos para cargos de atribuições 
iguais ou assemelhadas do mesmo Poder, ou entre servidores dos três Poderes, 
ressalvadas as vantagens de caráter individual e as relativas à natureza ou ao local de 
trabalho. § 5º Nenhum servidor receberá remuneração inferior ao salário mínimo. 
CF, Art. 39 (...), § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de 
Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por 
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, 
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, 
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI. 
CF, Art. 37 (...)X - a remuneração dos servidores públicos e o subsídio de que trata o § 
4º do art. 39 somente poderão ser fixados ou alterados por lei específica, observada a 
iniciativa privativa em cada caso, assegurada revisão geral anual, sempre na mesma 
data e sem distinção de índices; 
CF, Art. 37 (...)XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e 
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos 
detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões 
ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as 
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como 
limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o 
subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos 
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco 
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do 
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; 
CF, Art. 37 (...) § 9º O disposto no inciso XI aplica-se às empresas públicas e às 
sociedades de economia mista, e suas subsidiárias, que receberem recursos da União, 
dos Estados, do Distrito Federal ou dos Municípios para pagamento de despesas de 
pessoal ou de custeio em geral. 
Agentes públicos regidos pela CLT recebem salário. 
Súmula Vinculante 37: Não cabe ao Poder Judiciário, que não tem função legislativa, 
aumentar vencimentos de servidores públicos sob o fundamento da isonomia. 
Súmula Vinculante 42: É inconstitucional a vinculação do reajuste de vencimentos de 
servidores estaduais ou municipais a índices federais de correção monetária. 
O subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos 
são irredutíveis, salvo nos seguintes casos: 
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CF, Art. 37 (...)XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e 
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos 
detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões 
ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as 
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como 
limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o 
subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos 
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco 
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do 
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (...) XIV - os acréscimos 
pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados 
para fins de concessão de acréscimos ulteriores; 
Art. 39 (...) § 4º O membro de Poder, o detentor de mandato eletivo, os Ministros de 
Estado e os Secretários Estaduais e Municipais serão remunerados exclusivamente por 
subsídio fixado em parcela única, vedado o acréscimo de qualquer gratificação, 
adicional, abono, prêmio, verba de representação ou outra espécie remuneratória, 
obedecido, em qualquer caso, o disposto no art. 37, X e XI; 
Art. 150 (...) II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em 
situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão de ocupação profissional ou 
função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, 
títulos ou direitos; 
Art. 153 (...) III - renda e proventos de qualquer natureza; (...) § 2º O imposto previsto no 
inciso III: I - será informado pelos critérios da generalidade, da universalidade e da 
progressividade, na forma da lei. 
Nos cargos públicos a remuneração somente pode ser alterada através de lei. 
Logo, a iniciativa cabe ao chefe do poder a que se submete o servidor, por 
exemplo, se o servidor for de cargo executivo, a iniciativa para alterar a 
remuneração partirá do Presidente da República. 
Nos casos de cargos eletivos a remuneração é estipulada pelo Congresso 
Nacional, através de lei. 
Alguns direitos aplicados aos trabalhadores do setor privado são estendidos aos 
servidores públicos. 
CF, art. 39 (...) § 3º Aplica-se aos servidores ocupantes de cargo público o disposto no 
art. 7º, IV, VII, VIII, IX, XII, XIII, XV, XVI, XVII, XVIII, XIX, XX, XXII e XXX, podendo a lei 
estabelecer requisitos diferenciados de admissão quando a natureza do cargo o exigir. 
Art. 7º (...) VI - irredutibilidade do salário, salvo o disposto em convenção ou acordo 
coletivo; VII - garantia de salário, nunca inferior ao mínimo, para os que percebem 
remuneração variável; VIII - décimo terceiro salário com base na remuneração integral 
ou no valor da aposentadoria; IX – remuneração do trabalho noturno superior à do diurno; 
XII - salário-família pago em razão do dependente do trabalhador de baixa renda nos 
termos da lei; XIII - duração do trabalho normal não superior a oito horas diárias e 
quarenta e quatro semanais, facultada a compensação de horários e a redução da 
jornada, mediante acordo ou convenção coletiva de trabalho; XV - repouso semanal 
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remunerado, preferencialmente aos domingos; XVI - remuneração do serviço 
extraordinário superior, no mínimo, em cinquenta por cento à do normal; XVII - gozo de 
férias anuais remuneradas com, pelo menos, um terço a mais do que o salário normal; 
XVIII - licença à gestante, sem prejuízo do emprego e do salário, com a duração de cento 
e vinte dias; XIX - licença-paternidade, nos termos fixados em lei; XX - proteção do 
mercado de trabalho da mulher, mediante incentivos específicos, nos termos da lei; XXII 
- redução dos riscos inerentes ao trabalho, por meio de normas de saúde, higiene e 
segurança; XXX - proibição de diferença de salários, de exercício de funções e de critério 
de admissão por motivo de sexo, idade, cor ou estado civil. 
Os servidores poderão se associar a sindicatos ou aderir greves, aplicando no 
que couber, no último caso, a Lei 7.783/89. 
STF, súmula-679 - A fixação de vencimentos dos servidores públicos não pode ser objeto 
de convenção coletiva. 
Obs.: a Administração Pública poderá, em caso de greve, descontar os 
dias de paralizaçãodos servidores, desde que não tenha sido a greve 
provocada por conduta ilícita do Poder Público. 
A licença gestante poderá ser de 180 dias se houver requerimento da 
interessada até o final do primeiro mês após o parto. 
Decreto 6.690/08, Art. 2º Serão beneficiadas pelo Programa de Prorrogação da Licença 
à Gestante e à Adotante as servidoras públicas federais lotadas ou em exercício nos 
órgãos e entidades integrantes da Administração Pública federal direta, autárquica e 
fundacional. § 1º A prorrogação será garantida à servidora pública que requeira o 
benefício até o final do primeiro mês após o parto e terá duração de sessenta dias. 
1.8 Regime de Previdência dos Agentes Públicos 
O Regime Geral de Previdência Social (RGPS), regida pela Lei nº 8.213/91, 
abrange os trabalhadores de um modo geral, incluindo os empregados 
públicos, os servidores temporários, os ocupantes de cargos em comissão de 
livre nomeação e exoneração e os servidores efetivos que não estiverem 
vinculados a regime próprio de previdência, é regida pela Lei 8.213/91. 
Regime Próprio de Previdência Social (RPPS) pode ser criado pelos entes 
federativos para beneficiar os servidores titulares de cargos efetivos da 
Administração Pública Direta ou Indireta. 
Recomendo a leitura do dispositivo abaixo, em virtude da recente alteração 
trazida pela reforma da previdência. 
CF, Art. 40. O regime próprio de previdência social dos servidores titulares de cargos 
efetivos terá caráter contributivo e solidário, mediante contribuição do respectivo ente 
federativo, de servidores ativos, de aposentados e de pensionistas, observados critérios 
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que preservem o equilíbrio financeiro e atuarial. § 1º O servidor abrangido por regime 
próprio de previdência social será aposentado: I - por incapacidade permanente para o 
trabalho, no cargo em que estiver investido, quando insuscetível de readaptação, 
hipótese em que será obrigatória a realização de avaliações periódicas para verificação 
da continuidade das condições que ensejaram a concessão da aposentadoria, na forma 
de lei do respectivo ente federativo; II - compulsoriamente, com proventos proporcionais 
ao tempo de contribuição, aos 70 (setenta) anos de idade, ou aos 75 (setenta e cinco) 
anos de idade, na forma de lei complementar; III - no âmbito da União, aos 62 (sessenta 
e dois) anos de idade, se mulher, e aos 65 (sessenta e cinco) anos de idade, se homem, 
e, no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, na idade mínima 
estabelecida mediante emenda às respectivas Constituições e Leis Orgânicas, 
observados o tempo de contribuição e os demais requisitos estabelecidos em lei 
complementar do respectivo ente federativo. § 2º Os proventos de aposentadoria não 
poderão ser inferiores ao valor mínimo a que se refere o § 2º do art. 201 ou superiores 
ao limite máximo estabelecido para o Regime Geral de Previdência Social, observado o 
disposto nos §§ 14 a 16. § 3º As regras para cálculo de proventos de aposentadoria 
serão disciplinadas em lei do respectivo ente federativo. § 4º É vedada a adoção de 
requisitos ou critérios diferenciados para concessão de benefícios em regime próprio de 
previdência social, ressalvado o disposto nos §§ 4º-A, 4º-B, 4º-C e 5º. § 4º-A. Poderão 
ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de 
contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores com deficiência, 
previamente submetidos a avaliação biopsicossocial realizada por equipe 
multiprofissional e interdisciplinar. § 4º-B. Poderão ser estabelecidos por lei 
complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de contribuição diferenciados 
para aposentadoria de ocupantes do cargo de agente penitenciário, de agente 
socioeducativo ou de policial dos órgãos de que tratam o inciso IV do caput do art. 51, o 
inciso XIII do caput do art. 52 e os incisos I a IV do caput do art. 144. § 4º-C. Poderão 
ser estabelecidos por lei complementar do respectivo ente federativo idade e tempo de 
contribuição diferenciados para aposentadoria de servidores cujas atividades sejam 
exercidas com efetiva exposição a agentes químicos, físicos e biológicos prejudiciais à 
saúde, ou associação desses agentes, vedada a caracterização por categoria 
profissional ou ocupação. § 5º Os ocupantes do cargo de professor terão idade mínima 
reduzida em 5 (cinco) anos em relação às idades decorrentes da aplicação do disposto 
no inciso III do § 1º, desde que comprovem tempo de efetivo exercício das funções de 
magistério na educação infantil e no ensino fundamental e médio fixado em lei 
complementar do respectivo ente federativo. § 6º Ressalvadas as aposentadorias 
decorrentes dos cargos acumuláveis na forma desta Constituição, é vedada a percepção 
de mais de uma aposentadoria à conta de regime próprio de previdência social, 
aplicando-se outras vedações, regras e condições para a acumulação de benefícios 
previdenciários estabelecidas no Regime Geral de Previdência Social. § 7º Observado o 
disposto no § 2º do art. 201, quando se tratar da única fonte de renda formal auferida 
pelo dependente, o benefício de pensão por morte será concedido nos termos de lei do 
respectivo ente federativo, a qual tratará de forma diferenciada a hipótese de morte dos 
servidores de que trata o § 4º-B decorrente de agressão sofrida no exercício ou em razão 
da função. I - ao valor da totalidade dos proventos do servidor falecido, até o limite 
máximo estabelecido para os benefícios do regime geral de previdência social de que 
trata o art. 201, acrescido de setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso 
aposentado à data do óbito; ou II - ao valor da totalidade da remuneração do servidor no 
cargo efetivo em que se deu o falecimento, até o limite máximo estabelecido para os 
benefícios do regime geral de previdência social de que trata o art. 201, acrescido de 
setenta por cento da parcela excedente a este limite, caso em atividade na data do óbito. 
§ 8º É assegurado o reajustamento dos benefícios para preservar-lhes, em caráter 
permanente, o valor real, conforme critérios estabelecidos em lei. § 9º O tempo de 
contribuição federal, estadual, distrital ou municipal será contado para fins de 
aposentadoria, observado o disposto nos §§ 9º e 9º-A do art. 201, e o tempo de serviço 
correspondente será contado para fins de disponibilidade. § 10 - A lei não poderá 
estabelecer qualquer forma de contagem de tempo de contribuição fictício. § 11 - Aplica-
se o limite fixado no art. 37, XI, à soma total dos proventos de inatividade, inclusive 
quando decorrentes da acumulação de cargos ou empregos públicos, bem como de 
outras atividades sujeitas a contribuição para o regime geral de previdência social, e ao 
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montante resultante da adição de proventos de inatividade com remuneração de cargo 
acumulável na forma desta Constituição, cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração, e de cargo eletivo. § 12. Além do disposto neste artigo, serão 
observados, em regime próprio de previdência social, no que couber, os requisitos e 
critérios fixados para o Regime Geral de Previdência Social. § 13. Aplica-se ao agente 
público ocupante, exclusivamente, de cargo em comissão declarado em lei de livre 
nomeação e exoneração, de outro cargo temporário, inclusive mandato eletivo, ou de 
emprego público, o Regime Geral de Previdência Social. § 14. A União, os Estados, o 
Distrito Federal e os Municípios instituirão, por lei de iniciativa do respectivo Poder 
Executivo, regime de previdência complementar para servidores públicos ocupantes de 
cargo efetivo, observado o limite máximo dos benefícios do Regime Geral de Previdência 
Social para o valor das aposentadoriase das pensões em regime próprio de previdência 
social, ressalvado o disposto no § 16. § 15. O regime de previdência complementar de 
que trata o § 14 oferecerá plano de benefícios somente na modalidade contribuição 
definida, observará o disposto no art. 202 e será efetivado por intermédio de entidade 
fechada de previdência complementar ou de entidade aberta de previdência 
complementar. § 16 - Somente mediante sua prévia e expressa opção, o disposto nos 
§§ 14 e 15 poderá ser aplicado ao servidor que tiver ingressado no serviço público até a 
data da publicação do ato de instituição do correspondente regime de previdência 
complementar. § 17. Todos os valores de remuneração considerados para o cálculo do 
benefício previsto no § 3° serão devidamente atualizados, na forma da lei. § 18. Incidirá 
contribuição sobre os proventos de aposentadorias e pensões concedidas pelo regime 
de que trata este artigo que superem o limite máximo estabelecido para os benefícios do 
regime geral de previdência social de que trata o art. 201, com percentual igual ao 
estabelecido para os servidores titulares de cargos efetivos. § 19. Observados critérios 
a serem estabelecidos em lei do respectivo ente federativo, o servidor titular de cargo 
efetivo que tenha completado as exigências para a aposentadoria voluntária e que opte 
por permanecer em atividade poderá fazer jus a um abono de permanência equivalente, 
no máximo, ao valor da sua contribuição previdenciária, até completar a idade para 
aposentadoria compulsória. § 20. É vedada a existência de mais de um regime próprio 
de previdência social e de mais de um órgão ou entidade gestora desse regime em cada 
ente federativo, abrangidos todos os poderes, órgãos e entidades autárquicas e 
fundacionais, que serão responsáveis pelo seu financiamento, observados os critérios, 
os parâmetros e a natureza jurídica definidos na lei complementar de que trata o § 22. § 
22. Vedada a instituição de novos regimes próprios de previdência social, lei 
complementar federal estabelecerá, para os que já existam, normas gerais de 
organização, de funcionamento e de responsabilidade em sua gestão, dispondo, entre 
outros aspectos, sobre: I - requisitos para sua extinção e consequente migração para o 
Regime Geral de Previdência Social; II - modelo de arrecadação, de aplicação e de 
utilização dos recursos; III - fiscalização pela União e controle externo e social; IV - 
definição de equilíbrio financeiro e atuarial; V - condições para instituição do fundo com 
finalidade previdenciária de que trata o art. 249 e para vinculação a ele dos recursos 
provenientes de contribuições e dos bens, direitos e ativos de qualquer natureza; VI - 
mecanismos de equacionamento do déficit atuarial; VII - estruturação do órgão ou 
entidade gestora do regime, observados os princípios relacionados com governança, 
controle interno e transparência; VIII - condições e hipóteses para responsabilização 
daqueles que desempenhem atribuições relacionadas, direta ou indiretamente, com a 
gestão do regime; IX - condições para adesão a consórcio público; X - parâmetros para 
apuração da base de cálculo e definição de alíquota de contribuições ordinárias e 
extraordinárias. 
CF, art. 37 (...) § 14. A aposentadoria concedida com a utilização de tempo de 
contribuição decorrente de cargo, emprego ou função pública, inclusive do Regime Geral 
de Previdência Social, acarretará o rompimento do vínculo que gerou o referido tempo 
de contribuição. § 15. É vedada a complementação de aposentadorias de servidores 
públicos e de pensões por morte a seus dependentes que não seja decorrente do 
disposto nos §§ 14 a 16 do art. 40 ou que não seja prevista em lei que extinga regime 
próprio de previdência social. 
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1.8.1 Teto remuneratório 
Teto geral – não pode ultrapassar a remuneração recebida pelos Ministros do 
STF. 
Subteto – os Estados e o Distrito Federal podem escolher limitar à 
remuneração dos servidores do Poder Judiciário, Procuradores, Defensores e 
dos membros do MP, ao teto da remuneração dos Desembargadores que é 
90,25% do que ganham os Ministros do STF. O subteto não se aplica aos 
Juízes Estaduais. 
Teto específico – cabe aos Municípios e é limitado ao que ganha o Prefeito. 
CF, Art. 37 (...)XI - a remuneração e o subsídio dos ocupantes de cargos, funções e 
empregos públicos da administração direta, autárquica e fundacional, dos membros de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, dos 
detentores de mandato eletivo e dos demais agentes políticos e os proventos, pensões 
ou outra espécie remuneratória, percebidos cumulativamente ou não, incluídas as 
vantagens pessoais ou de qualquer outra natureza, não poderão exceder o subsídio 
mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo Tribunal Federal, aplicando-se como 
limite, nos Municípios, o subsídio do Prefeito, e nos Estados e no Distrito Federal, o 
subsídio mensal do Governador no âmbito do Poder Executivo, o subsídio dos 
Deputados Estaduais e Distritais no âmbito do Poder Legislativo e o subsidio dos 
Desembargadores do Tribunal de Justiça, limitado a noventa inteiros e vinte e cinco 
centésimos por cento do subsídio mensal, em espécie, dos Ministros do Supremo 
Tribunal Federal, no âmbito do Poder Judiciário, aplicável este limite aos membros do 
Ministério Público, aos Procuradores e aos Defensores Públicos; (...) XIV - os acréscimos 
pecuniários percebidos por servidor público não serão computados nem acumulados 
para fins de concessão de acréscimos ulteriores; 
O servidor efetivo que exercerá um cargo eletivo para Prefeito, terá de ser 
afastado da função de servidor público para exercer o cargo, podendo escolher 
qual remuneração irá receber, de servidor público ou do cargo eletivo. 
Se o cargo eletivo for o de vereador, havendo compatibilidade de horário, 
poderá acumular os cargos, somando-se as remunerações. 
É vedada a equiparação salarial entre servidores. 
O servidor que exercer função diversa da que foi aprovado em concurso, terá 
direito a receber a equiparação salarial correspondente a esta função pelo tempo 
que prestou este serviço. 
1.9 Acumulação de cargos 
Regra geral: não se pode acumular cargos. 
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Exceções – trata-se de hipóteses onde é permitido acumular cargos, são elas: 
CF, Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no 
exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: I - tratando-se de 
mandato eletivo federal, estadual ou distrital, ficará afastado de seu cargo, emprego ou 
função; II - investido no mandato de Prefeito, será afastado do cargo, emprego ou função, 
sendo-lhe facultado optar pela sua remuneração; III - investido no mandato de Vereador, 
havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de seu cargo, emprego 
ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não havendo 
compatibilidade, será aplicada a norma do inciso anterior; IV - em qualquer caso que 
exija o afastamento para o exercício de mandato eletivo, seu tempo de serviço será 
contado para todos os efeitos legais, exceto para promoção por merecimento; V - na 
hipótese de ser segurado de regime próprio de previdência social, permanecerá filiado a 
esse regime, no ente federativo de origem. 
• Cargo efetivo + mandado eletivo de vereador + horário compatível; 
CF, Art. 38. Ao servidor público da administração direta, autárquica e fundacional, no 
exercício de mandato eletivo, aplicam-se as seguintes disposições: (...) III - investido no 
mandato de Vereador, havendo compatibilidade de horários, perceberá as vantagens de 
seu cargo, emprego ou função, sem prejuízo da remuneração do cargo eletivo, e, não 
havendo compatibilidade,será aplicada a norma do inciso anterior; 
• Dois cargos de professor; 
CF, Art. 37 (...) XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, 
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no 
inciso XI: a) a de dois cargos de professor; 
• Cargos de professor + cargo técnico ou científico; 
CF, Art. 37 (...) XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, 
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no 
inciso XI: b) a de um cargo de professor com outro técnico ou científico; 
Obs.: O cargo de Delegado é considerado como cargo de nível técnico-
científico. 
• Dois cargos ou dois empregos privativos de profissionais da saúde; 
aplica-se, também, aos militares profissionais da saúde. 
CF, Art. 37 (...) XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, 
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no 
inciso XI: c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com 
profissões regulamentadas; 
• Cargo de magistrado com outro de magistério: 
CF, Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: (...)Parágrafo único. Aos juízes é 
vedado: I - exercer, ainda que em disponibilidade, outro cargo ou função, salvo uma de 
magistério; 
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• Cargo de membro do ministério público com outro de magistério: 
CF, Art. 128. O Ministério Público abrange: (...) § 5º Leis complementares da União e 
dos Estados, cuja iniciativa é facultada aos respectivos Procuradores-Gerais, 
estabelecerão a organização, as atribuições e o estatuto de cada Ministério Público, 
observadas, relativamente a seus membros: (...) II - as seguintes vedações: (...) d) 
exercer, ainda que em disponibilidade, qualquer outra função pública, salvo uma de 
magistério; 
A acumulação somente será possível se houver compatibilidade de horários. 
As regras sobre acumulação aplicam-se à Administração Pública Direta e 
Indireta. 
CF, Art. 37 (...) XVII - a proibição de acumular estende-se a empregos e funções e 
abrange autarquias, fundações, empresas públicas, sociedades de economia mista, 
suas subsidiárias, e sociedades controladas, direta ou indiretamente, pelo poder público; 
Sobre acumulação de cargos, empregos e funções dos militares, é importante 
a leitura dos dispositivos abaixo: 
CF, Art. 142. As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela 
Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base 
na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e 
destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais e, por iniciativa 
de qualquer destes, da lei e da ordem. (...) § 3º Os membros das Forças Armadas são 
denominados militares, aplicando-se-lhes, além das que vierem a ser fixadas em lei, as 
seguintes disposições: (...) II - o militar em atividade que tomar posse em cargo ou 
emprego público civil permanente, ressalvada a hipótese prevista no art. 37, inciso XVI, 
alínea "c", será transferido para a reserva, nos termos da lei; 
CF, art. 37 (...) XVI - é vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto, 
quando houver compatibilidade de horários, observado em qualquer caso o disposto no 
inciso XI: a) a de dois cargos de professor; b) a de um cargo de professor com outro 
técnico ou científico; c) a de dois cargos ou empregos privativos de profissionais de 
saúde, com profissões regulamentadas; 
1.10 Estágio Probatório 
Estágio probatório é o período de três anos dentro do qual o servidor é avaliado 
quanto à sua aptidão e capacidade para o desempenho do cargo, observando-
se sua assiduidade, disciplina, capacidade de iniciativa, produtividade e 
responsabilidade. 
STF, súmula 21 - Funcionário em estágio probatório não pode ser exonerado nem 
demitido sem inquérito ou sem as formalidades legais de apuração de sua capacidade. 
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1.11 Efetividade 
É um atributo do cargo, relacionada à forma de provimento, ou seja, o cargo é 
efetivo, e não o servidor. 
Os cargos efetivos pressupõem a realização de concurso público e partem 
do princípio ou expectativa de que o servidor terá um vínculo duradouro. 
1.12 Estabilidade 
É uma garantia de permanência no serviço público adquirida após três anos 
de efetivo exercício e aprovação do servidor em avaliação especial de 
desempenho por comissão instituída para essa finalidade. 
O período de afastamento não conta para a estabilidade. 
Existe para que o servidor não se sinta, de alguma forma, pressionado no 
exercício de suas atribuições. 
É um atributo pessoal do ocupante do cargo. 
O servidor somente poderá ser desligado de suas funções quando ocorrer: 
• Sentença transitada em julgado; 
• Decisão em processo administrativo; 
• Por insuficiência de desempenho; 
• Por adequação dos gastos da Administração com pessoal. 
CF, Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados 
para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público. § 1º O servidor público 
estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - 
mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - 
mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei 
complementar, assegurada ampla defesa. § 2º Invalidada por sentença judicial a 
demissão do servidor estável, será ele reintegrado, e o eventual ocupante da vaga, se 
estável, reconduzido ao cargo de origem, sem direito a indenização, aproveitado em 
outro cargo ou posto em disponibilidade com remuneração proporcional ao tempo de 
serviço. § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua desnecessidade, o servidor estável ficará 
em disponibilidade, com remuneração proporcional ao tempo de serviço, até seu 
adequado aproveitamento em outro cargo. § 4º Como condição para a aquisição da 
estabilidade, é obrigatória a avaliação especial de desempenho por comissão instituída 
para essa finalidade. 
Art. 169. A despesa com pessoal ativo e inativo da União, dos Estados, do Distrito 
Federal e dos Municípios não poderá exceder os limites estabelecidos em lei 
complementar. (...) § 3º Para o cumprimento dos limites estabelecidos com base neste 
artigo, durante o prazo fixado na lei complementar referida no caput, a União, os Estados, 
o Distrito Federal e os Municípios adotarão as seguintes providências: I - redução em 
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pelo menos vinte por cento das despesas com cargos em comissão e funções de 
confiança; II - exoneração dos servidores não estáveis. § 4º Se as medidas adotadas 
com base no parágrafo anterior não forem suficientes para assegurar o cumprimento da 
determinação da lei complementar referida neste artigo, o servidor estável poderá perder 
o cargo, desde que ato normativo motivado de cada um dos Poderes especifique a 
atividade funcional, o órgão ou unidade administrativa objeto da redução de pessoal. 
Atenção: o dispositivo abaixo trata-se da estabilidade conferida a agentes não 
concursados: 
ADCT, Art. 19. Os servidores públicos civis da União, dos Estados, do Distrito Federal e 
dos Municípios, da administração direta, autárquica e das fundações públicas, em 
exercício na data da promulgação da Constituição, há pelo menos cinco anos 
continuados, e que não tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37, da 
Constituição, são considerados estáveis no serviço público. § 1º O tempo de serviço dos 
servidores referidos neste artigo será contado como título quando se submeterem a 
concurso para finsde efetivação, na forma da lei. § 2º O disposto neste artigo não se 
aplica aos ocupantes de cargos, funções e empregos de confiança ou em comissão, nem 
aos que a lei declare de livre exoneração, cujo tempo de serviço não será computado 
para os fins do "caput" deste artigo, exceto se se tratar de servidor. § 3º O disposto neste 
artigo não se aplica aos professores de nível superior, nos termos da lei. 
Disponibilidade – CF, art. 41 (...) § 3º Extinto o cargo ou declarada a sua 
desnecessidade, o servidor estável ficará em disponibilidade, com remuneração 
proporcional ao tempo de serviço, até seu adequado aproveitamento em outro 
cargo. 
Vacância – ocorre quando existe o cargo, mas não existe servidor 
regulamente investido, são causas que podem ocasionar a vacância do 
cargo: 
• Exoneração; 
• Demissão; 
• Promoção; 
• Readaptação; 
• Aposentadoria; 
• Posse em outro cargo inacumulável; 
• Falecimento. 
Obs.: Demissão: possui caráter punitivo (uma penalidade aplicada ao 
servidor), após regular processo administrativo disciplinar. Exoneração: é 
a dispensa por interesse do próprio servidor ou da Administração, não 
possui caráter punitivo. 
Lei nº 8.112/90, Art. 33 Art. 33. A vacância do cargo público decorrerá de: I - exoneração; 
II - demissão; III - promoção; IV - (Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) V - 
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(Revogado pela Lei nº 9.527, de 10.12.97) VI - readaptação; VII - aposentadoria; VIII - 
posse em outro cargo inacumulável; IX - falecimento. 
Lei nº 8.112/90, Art. 34. A exoneração de cargo efetivo dar-se-á a pedido do servidor, 
ou de ofício. Parágrafo único. A exoneração de ofício dar-se-á: I - quando não satisfeitas 
as condições do estágio probatório; II - quando, tendo tomado posse, o servidor não 
entrar em exercício no prazo estabelecido. 
Lei nº 8.112/90, Da Remoção - Art. 36. Remoção é o deslocamento do servidor, a pedido 
ou de ofício, no âmbito do mesmo quadro, com ou sem mudança de sede. Parágrafo 
único. Para fins do disposto neste artigo, entende-se por modalidades de remoção: I - de 
ofício, no interesse da Administração; II - a pedido, a critério da Administração; III - a 
pedido, para outra localidade, independentemente do interesse da Administração: a) 
para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de 
qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que 
foi deslocado no interesse da Administração; b) por motivo de saúde do servidor, 
cônjuge, companheiro ou dependente que viva às suas expensas e conste do seu 
assentamento funcional, condicionada à comprovação por junta médica oficial; c) em 
virtude de processo seletivo promovido, na hipótese em que o número de interessados 
for superior ao número de vagas, de acordo com normas preestabelecidas pelo órgão 
ou entidade em que aqueles estejam lotados 
Lei nº 8.112/90, Da Redistribuição - Art. 37. Redistribuição é o deslocamento de cargo 
de provimento efetivo, ocupado ou vago no âmbito do quadro geral de pessoal, para 
outro órgão ou entidade do mesmo Poder, com prévia apreciação do órgão central do 
SIPEC, observados os seguintes preceitos: I - interesse da administração; II - 
equivalência de vencimentos; III - manutenção da essência das atribuições do cargo; IV 
- vinculação entre os graus de responsabilidade e complexidade das atividades; V - 
mesmo nível de escolaridade, especialidade ou habilitação profissional; VI - 
compatibilidade entre as atribuições do cargo e as finalidades institucionais do órgão ou 
entidade. § 1º A redistribuição ocorrerá ex officio para ajustamento de lotação e da força 
de trabalho às necessidades dos serviços, inclusive nos casos de reorganização, 
extinção ou criação de órgão ou entidade. § 2º A redistribuição de cargos efetivos vagos 
se dará mediante ato conjunto entre o órgão central do SIPEC e os órgãos e entidades 
da Administração Pública Federal envolvidos. § 3º Nos casos de reorganização ou 
extinção de órgão ou entidade, extinto o cargo ou declarada sua desnecessidade no 
órgão ou entidade, o servidor estável que não for redistribuído será colocado em 
disponibilidade, até seu aproveitamento na forma dos arts. 30 e 31. § 4º O servidor que 
não for redistribuído ou colocado em disponibilidade poderá ser mantido sob 
responsabilidade do órgão central do SIPEC, e ter exercício provisório, em outro órgão 
ou entidade, até seu adequado aproveitamento. 
1.13 Provimento 
Provimento é o ato administrativo da autoridade competente de cada Poder que 
designa alguém para titularizar um cargo público. 
Investidura ocorre com a posse, o agente investe-se em suas funções. 
São requisitos básicos para investidura em cargo público, lembrando que 
dependendo do cargo podem haver outros requisitos: 
• a nacionalidade brasileira; 
• o gozo dos direitos políticos; 
• a quitação com as obrigações militares e eleitorais; 
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• o nível de escolaridade exigido para o exercício do cargo; 
• a idade mínima de dezoito anos; 
• aptidão física e mental. 
Lei 8.112/90, Art. 5º São requisitos básicos para investidura em cargo público: I - a 
nacionalidade brasileira; II - o gozo dos direitos políticos; III - a quitação com as 
obrigações militares e eleitorais; IV - o nível de escolaridade exigido para o exercício do 
cargo; V - a idade mínima de dezoito anos; VI - aptidão física e mental. § 1º As atribuições 
do cargo podem justificar a exigência de outros requisitos estabelecidos em lei. § 2º Às 
pessoas portadoras de deficiência é assegurado o direito de se inscrever em concurso 
público para provimento de cargo cujas atribuições sejam compatíveis com a deficiência 
de que são portadoras; para tais pessoas serão reservadas até 20% (vinte por cento) 
das vagas oferecidas no concurso. § 3º As universidades e instituições de pesquisa 
científica e tecnológica federais poderão prover seus cargos com professores, técnicos 
e cientistas estrangeiros, de acordo com as normas e os procedimentos desta Lei. 
1.13.1 Classificações do Provimento 
O Ato de Provimento pode ser classificado em: 
7.13.1.1 Provimento originário 
Ocorre com a nomeação do agente para o cargo. Nesta modalidade não há 
um vínculo anterior ativo entre o sujeito e o Estado, pelo menos com relação 
ao cargo para o qual foi nomeado. 
Pressupõe a realização concurso público, salvo os cargos em comissão de 
livre nomeação e exoneração. 
A única forma de provimento originário reconhecida é a nomeação. 
7.13.1.2 Provimento derivado 
Pressupõe um vínculo anterior entre o agente e a Administração. 
O provimento derivado pode ser subdividido em: 
Vertical – consiste na atribuição de um novo cargo ao servidor dentro da 
carreira em que está inserido. É espécie desta modalidade a promoção. 
Horizontal – não há elevação funcional, mas o servidor passa a ocupar 
outro cargo. É espécie desta modalidade a readaptação. 
Reingresso – o servidor retorna ao cargo que não mais ocupava; existem 
quatro espécies: reversão, aproveitamento, reintegração e recondução. 
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Além destas hipóteses legais, o STF entende que a desistência durante o estágio 
probatório do exercício das funções do novo cargo ocupado confere ao servidor 
o direito de ser reconduzido ao cargo anteriormente ocupado no serviço público. 
Bizu: 
1) será provimento originário quando o servidor não possuir vínculo anterior 
com a Administração; 
2) será provimento derivado quando o servidor possuir alguma ligação anterior 
com a Administração. 
1.13.2 Formas de Provimentos 
São forma de provimento; 
Nomeação –

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